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CIPE Hipertermia excessiva, de forma contínua (ou Febre, sim): Promover arrefecimento natural: remover roupa em excesso; arrefecer o ambiente; bano de água tépida; aplicar combressas embebidas em água tépida nas axilas, virilhas, teste, ... Promover ingestão hídrica; Monitorizar SV (a temperatura de 4 em 4 h); Manter a temp. entre 36 e 37,2ºC; Administrar anti-pirético prescrito em SOS; Vigiar efeitos adversos da terapêutica; Avaliar eficácia da terapêutica; Vigiar sinais de febre e de alterações neurológicas(cefaleias, vómitos, < consciência, alt. Das pupilas). Hipotermia: Identificar os factores causadores da hipotermia; Vigiar a temperatura de 4 em 4 h; Manter a temperatura entre 36 e 37,2ºC; Providenciar: Cobertores e roupa interior extra, Botija de água quente, Sacos de aquecimento insufláveis, Temp. ambiente aumentada(21ºC, caso esteja só); Massajar/Friccionar energicamente / vigorosamente o corpo com óleo de amêndoas doces (salvo contra- indicações); Instruir para a identificação de S e S de hipotermia: pele fria, palidez, enregecimento, tremores. Diarreia Observar características, quantidade e frequência das dejecções; Monitorizar balanço hídrico; Motivar ingestão hídrica(mínimo 3 l/dia); Planear dieta apropriada: Pobre em resíduos; Hipercalórica e hiperproteico; sem alimentos irritantes e estimulantes do peristaltismo(cereais integrais, fibras, fritos, gorduras, condimentos, chocolate, café, citrinos e carbonatos, ...); Obstipante: Sopa de arroz, cenoura e

Diagnósticos de Pediatria

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Hipertermia excessiva, de forma contínua (ou Febre, sim):Promover arrefecimento natural: remover roupa em excesso; arrefecer o ambiente; bano de água tépida; aplicar combressas embebidas em água tépida nas axilas, virilhas, teste, ...Promover ingestão hídrica;Monitorizar SV (a temperatura de 4 em 4 h);Manter a temp. entre 36 e 37,2ºC;Administrar anti-pirético prescrito em SOS;Vigiar efeitos adversos da terapêutica;Avaliar eficácia da terapêutica; Vigiar sinais de febre e de alterações neurológicas(cefaleias, vómitos, < consciência, alt. Das pupilas).Hipotermia: Identificar os factores causadores da hipotermia; Vigiar a temperatura de 4 em 4 h; Manter a temperatura entre 36 e 37,2ºC; Providenciar: Cobertores e roupa interior extra, Botija de água quente, Sacos de aquecimento insufláveis, Temp. ambiente aumentada(21ºC, caso esteja só); Massajar/Friccionar energicamente / vigorosamente o corpo com óleo de amêndoas doces (salvo contra-indicações); Instruir para a identificação de S e S de hipotermia: pele fria, palidez, enregecimento, tremores.Diarreia Observar características, quantidade e frequência das dejecções; Monitorizar balanço hídrico; Motivar ingestão hídrica(mínimo 3 l/dia); Planear dieta apropriada: Pobre em resíduos; Hipercalórica e hiperproteico;sem alimentos irritantes e estimulantes do peristaltismo(cereais integrais, fibras, fritos, gorduras, condimentos, chocolate, café, citrinos e carbonatos, ...); Obstipante: Sopa de arroz, cenoura e peito de galinha, maçã cozida ou meia banana, iogurte natural, leite diluído a 50%, bolachas de água e sal.

Orientar para a higiene perineal e perianal; Aconselhar a não usar sabonetes fortes e irritantes; Aplicar água morna e sabão neutro; Aplicar anestésicos tópicos e compostos de vitaminas A e D, se houver irritação; Administrar antidiarréticos e ansiolíticos; Estimular maiores períodos de repouso, em ambiente tranquilo, sem ruídos nem movimentos excessivos. Risco de obstipação: Vigiar sinais e sintomas de obstipação; Aumentar a ingestão hídrica para 800ml de água por turno; Providenciar um dieta rica em fibras; Estimular exercícios articulares: flexão e extensão das pernas; deambulação. Executar massagem abdominal.

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Obstipação: Explicar precocemente medidas preventivas da obstipação; Negociar com o doente o aumento da ingestão de fibras(vegetais, frutas, cereais integrais, farelo de trigo, nozes, castanhas, amêndoas, uvas passas, ameixas, ...) ; Motivar ingestão hídrica(mínimo 3 l/dia); Providenciar bebidas quentes que estimulam o peristaltismo; Motivar a prática de exercício físico e deambulação; Regular o horário de evacuação; Administrar laxantes; Vigiar a frequência e características das fezes.Incontinência fecal: sim Vigiar a freq. e caract. das fezes; Inspeccionar o estado da pele, na zona perianal; Aplicar Halibut na zona perianalRisco de retenção urinária Avaliar o desconforto vesical; Vigiar diurese; Aumentar a ingestão hidrica; Motivar: deambulação precoce; urinar no WC; Atender à privacidade.Náuseas e vómitos excessivos:Instruir sobre N & V;Administrar antieméticos ½ hora antes das refeições;Promover hidratação adequada(3 l/dia) durante e após as ref.;Executar balanço hídrico; Inspeccionar sinais de desidratação;Vigiar presença de vómito e suas características;Proteger doente do conteúdo do vómito;Providenciar alimentação adequada: Alimentos agradáveis Evitar alimentos muito quentes ou frios, gordurosos, condimentados, com odores fortes e doces;

Requerer apoio de nutricionista, se necessário;Providenciar um ambiente confortável, tranquilo e calmo, sem odores desagradáveis;Instruir técnicas de relaxamento(conversar, ler, ver TV, respirar lentamente ...);Treino autogénico;Providenciar medidas de alívio do stress, da ansiedade e medo; Incentivar para o auto-cuidado: higiene oral antes e após as ref.;Evitar movimentos bruscos, que podem desencadear o vómito; Anorexia (apetite diminuído):Avaliar estado nutricional: sinais de perda de peso;Realçar preferências alimentares;Orientar para a necessidade de fazer refeições pequenas e fragmentadas, bem apresentadas, livres de odores fortes;

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Providenciar ambiente calmo e agradável durante as refeições;Informar que deve evitar ingestão de líquidos ás refeições;Instruir para a importância de uma boa higiene oral;Evitar stress na hora das refeições;Supervisionar dieta;Educar acerca de hábitos alimentares adequados:

Alimentos de alto valor calórico e proteico Variedade de temperos Boa apresentação dos alimentos Utilizar suplementos dietéticos se necessário Manter-se longe da cozinha durante o prepara dos ali\ Comer com família e/ou amigos

Educar para a importância de um bom estado nutricional como factor coadjuvante no sucesso do tratamento.Ferida cirúrgica no abdómen:Inspeccionar: a) sinais e sintomas de infecção;b) características da ferida e do exsudado;Lavar a ferida com SF(diariamente/em dias pares/em dias impares/em SOS);Desinfectar a ferida com Betadine® Solução Dérmica;Executar penso oclusivo / de protecção;Remover pontos no dia x;Promover nutrição adequada (hiperproteica).Dispneia em repouso, excessiva, frequente:Instruir método de respiração profunda;Instruir método de tosse eficaz;Executar aspiração de secreções em SOS;Avaliar as mucosas;Instruir administração de O2;Vigiar eficácia da administração de O2;Executar Cinesiterapia.Dispneia intermitente:Promover tosse e expectoração frequentemente;Posicionar doente em decúbitos alternados (2 em 2 horas).Executar asp. de secreções em SOS;Executar Cinesiterapia.Dispneia Funcional, em grau mediano, de forma contínua;Instruir doente: respiração abdomino-diafragmática, profunda e lenta; método de tosse eficaz;Monitorizar respiração e tosse;Planear a actividade física e as AVDs.Limpeza das vias aéreas ineficaz, em grau muito elevado:Promover hidratação adequada (2l/dia);Monitorizar:- SV: T e FR(frequência (taquipneia >40 cic/min), ritmo (regular ou irregular), tipo (Abdom., Torax., Mista), amplitude (Superfícial ou profunda);

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- Sinais de SDR: Pieira (“gatinhos”); Adejo nasal; Tiragem inter e subcostal; Escala de Silverman:Factor \ Grau

0 1 2

Sincronização toraco-abdom

Sincr.

Amplit.

Torax e Abd.

Retracção intercostal

Nula

Pouco visível

Acentuada

Retracção do apêndice xifóide

Nula

Pouco visível

Acentuada

Batimento da asa do nariz

Nulo

Mínima

Acentuada

Gemido expiratório

Nulo

Só com Estetosc.

Audível

Vigiar as características da respiração e das secreções;Aplicar SF nas narinas em SOS;Executar Nebulizações prescritas e em SOS com SF;Aspirar secreções;Monitoriza Sat. de O2;Administrar O2 em SOS;Motivar doente a utilizar o nebulizador;Instruir doente:a)respiração abdomino-diafragmática, profunda e lenta b) método de tosse eficazMotivar resp. profunda e tosse eficaz;Posicionar doente em decúbitos alternados (2/2 horas), com o leito <30º.Tosse excessiva, frequente:Promover limpeza das vias aéreas;Instruir doente:

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a)respiração abdomino-diafragmática, profunda e lenta; b) método de tosse eficaz;Executar aspiração de secreções em SOS; Executar Cinesiterapia.Desidratação: Isotónica, Hipertónica, Hipotónica:Monitorizar a velocidade de perfusão do líquido IV, do soro;Executar BH;Pesar semanalmente;Avaliar: - sinais vitais (P e TA);

- estado mental; - turgor da pele; - mucosas.

Inspeccionar: - hematócrito;- BUN (ureia nitrogenada);- creatinina;- sódio sérico;- Corpos cetónicos (=deshidratação)Vigiar: - refeições e tolerância- vómitos e características;- dejecções e características;Motivar a ingestão de líquidos;Manter os líquidos disponíveis, à cabeceira;Observar a quantidade e características da urina;Explicar a importância de ingerir grandes quantidades de líquidos;Executar hidratação por sonda nasogástrica.Risco de alteração do volume de líquidos (soroterapia):Manter fluidoterapia conforme prescrição;Monitorizar SV de __ em __ horas;Trocar Sistema de Soro em dias alternados (pares/impares) e Sistemas de Vigon diariamente;Avaliar características de pele e mucosas (Executar Prega cutânea);Vigiar características da urina, dejecções, vómitos, etc.;Executar BH (vigiar diurese)Pesar semanalmente;Promover hidratação oral.Ansiedade devido ao estado de saúde / internamento, demonstrada:Incentivar o doente a exteriorizar os seus sentimentos;Escutar o doente quanto aos seus medos, dúvidas, problemas, ...;Descartar qualquer dúvida que o doente apresente;Evitar situações de stress;Aconselhar medidas de relaxamento (conversar, ver TV, ler, ...);Promover ambiente calmo e descontraído.Sono comprometido em grau mediano:Providenciar: Ambiente calmo; Temperatura agradável; Luminosidade reduzida; Ausência de ruídos;

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Manter os rituais de indução do sono (beber leite, ler, ver TV, ...); Aconselhar o doente a não dormir durante o dia.Ferida cirúrgica no abdómen: Inspeccionar: a) sinais e sintomas de infecção;b) características da ferida e do exsudado; Lavar a ferida com SF(diariamente/em dias pares/em dias impares/em SOS); Desinfectar a ferida com Betadine® Solução Dérmica; Executar penso oclusivo / de protecção; Remover pontos no dia x; Promover nutrição adequada(hiperproteica).Ferida na zona peri-bucal: Vigiar a evolução das feridas; Desinfectar com betadine pomada às 7 e às 19 horas; Aplicar pomada prescrita; Aconselhar a doente a não retirar as crostas.Deglutição comprometida, em grau elevado: Alimentar a doente por sonda nasogástrica; Hidratar com cerca de 800ml por turno.Deglutição comprometida em grau mediano para substâncias líquidas de forma contínua:Promover hidratação da mucosa oral e ingestão de pelo menos um copo de água a meio da manhã e outro a meio da tarde;Educar o doente sobre a importância da higiene oral;Instruir o doente sobre a forma de fazer os gargarejos;Promover a ingestão de alimentos pastosos;Negociar com o doente a diminuição do consumo de tabaco (no domicílio).Nutrição comprometida em grau mediano: Providenciar dieta: hiperproteica, hipervitaminada, rica em fibras, alimentos pastosos, refeições atraentes e ao gosto do doente – Dieta a gosto; Ajudar/Alimentar o doente se ele não consegue alimentar-se sozinho; Proporcionar refeições com boas características organoléticas; Executar Entubação Naso-gástrica(quando há disfagia ou em SOS).Risco de HemorragiaMonitorizar SV;Vigiar características de: pele; mucosas; micções; dejecções. Risco de infecção no local de inserção do catéter:Vigiar o local de inserção do catéter;Monitorizar SV;Executar penso em SOS; Trocar sistemas de soro em dias alternados (pares / impares);Imobilizar as articulações distal e proximal ao local de inserção do catéter.Risco de aspiração de vómito: Posicionar em DLD após as refeições; Elevar o leito a 30º; Executar cuidados à SNG;

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Promover: refeições pequenas e frequentes; leite AR; Aspirar em SOS. Luto potencial Proporcionar apoio emocional e psicológico; Promover um relacionamento de confiança e abertura; Encorajar os pais à expressão de sentimentos; Ajudar os pais/família a encontrarem estratégias para combaterem os sentimentos de culpa; Favorecer a presença de pessoas significativas (padre – baptismo).