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UFT CAMPUS GURUPI FUNDAMENTOS DE GENÉTICA VOLTADA À BIOTECNOLOGIA PROFESSOR RAIMUNDO WAGNER ASSUNTO: DIFERENÇAS ENTRE MICRO-RNA E RNAi ALUNA: MAUREN SILVEIRA

Diferenças entre micro RNA e RNAsi

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Diferenças entre micro RNA e siRNA

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Page 1: Diferenças entre micro RNA e RNAsi

UFTCAMPUS GURUPI

FUNDAMENTOS DE GENÉTICA VOLTADA À BIOTECNOLOGIA

PROFESSOR RAIMUNDO WAGNER

ASSUNTO: DIFERENÇAS ENTRE MICRO-RNA E RNAi

ALUNA: MAUREN SILVEIRA

Page 2: Diferenças entre micro RNA e RNAsi

DIFERENÇAS ENTRE MICRO-RNA E RNAi

A interferência de dupla fita de RNA na tradução é um mecanismo que pode ser mediado por duas moléculas distentas: o miRNA (microRNA) e siRNA (do inglês, small interfering RNA).

Os micro RNAs são produtos naturais da transcrição em muitos eucariotos. Eles possuem cerca de 70 nucleotídeos que são complementares entre si, formando por isso um grampo.

Os siRNA são derivados de longas moléculas de RNA dupla fita de origem exógena (como aquelas provenientes de vírus de RNA).

A figura mostra a enzima DICER quebrando essa longa fita endógena, formando assim, pequenos siRNA.

Mecanismo de ação dos RNAi mediado por siRNA (exógeno)

Como mostrado na figura anterior, a enzima DICER corta a fita em pequenos fragmentos, com 2 bases em cada fita, chamados, então, de dsRNA.

Cada grupo de ser vivo possui diferentes DICER. Em mamíferos, apenas um tipo de DICER, em Drosófila, dois, por exemplo.

Os pequenos fragmentos de dsRNA são então carregados num complexo enzimático formado pela enzima Argonauta e algumas outras enzimas, como uma helicase e uma enzima com domínio ligador de dsRNA, chamada R2D2. Assim como existe o complexo formando um ribossomo, para tradução do RNA em proteína, existe este complexo para o bloqueio da tradução.

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Um das subunidades leva embora uma das fitas de RNA e a outra fica. Há um mecanismo de instabilidade da região 5´ do dsRNA que favorece a permanência da fita complementar no complexo (isto ainda está sendo investigado). A ligação entre a fita que fica e a enzima Argonauta do complexo é muito forte. Esta associação é então chamada de complexo RISC.

Agora haverá um pareamento entre essa fita dentro do complexo RISC e o RNAm.

Se o pareamento ocorrer por inteiro (sem sobrar parte do RNAm sem parear), o complexo RISC degradará o RNAm.

Se o pareamento ocorrer parcialmente, o RNAm fica desestabilizado. Nesta condição, o RNAm desestabilizado pode ser conduzido aos chamados corpos de processamento (corpos-P: estruturas citosólicas responsáveis pela degradação de RNAm).

Nos dois casos, não haverá tradução para proteína.

Lembra-se daquelas fitas de siRNA que foram descartadas pelo complexo RISC? Elas serão degradadas pelas enzimas RNAses 3’-5’ ou pelas RNAses 5’-3’ dependendo do caso. Mas pode haver outra transformação: ele pode ser transformado em fita dupla pela RNApolimerase RNA dependente. Assim, poderá estar disponível para a enzima DICER, aumentando em ordem progressiva o mecanismo.

Mecanismo de ação dos RNAi mediado por miRNA (endógeno)

O gene para formação do miRNA não leva à formação de nenhuma proteína, nem tem a configuração típica de um gene, além de ser muito pequeno. Por isso por vários anos, ficou desconhecido o mecanismo de interferência de RNA.

Quando um gene desses é transcrito, resulta numa longa cadeia de RNA com sequências que se completam na própria cadeia, fazendo com que ela se dobre e fixe-se, formando um grampo, ou vários grampos, dependendo da quantidade de repetições de sequências que se completam.

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A enzima DROSHA que fica dentro do núcleo cliva esses grampos, tornando-os independentes da cadeia de RNA que os gerou.

Esses fragmentos passam para o citoplasma onde a enzima DICER começa o complexo semelhante ao relatado com os siRNA.