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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE
CENTRO TECNOLOGICO
CURSO DE MESTRADO DE SISTEMAS DE GESTO
FERNANDO DA SILVEIRA BULCO RINALDI
PROGRAMA DE CONTROLE DE ENERGIAS PERIGOSAS: ESTUDO DE CASO
EM ATIVIDADE DE MANUTENO NUMA REFINARIA DE PETRLEO
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FERNANDO DA SILVEIRA BULCO RINALDI
PROGRAMA DE CONTROLE DE ENERGIAS PERIGOSAS: ESTUDO DE CASO
EM ATIVIDADE DE MANUTENO NUMA REFINARIA DE PETRLEO
Dissertao apresentada ao Curso de MestradoProfissional em Sistemas de Gesto da Universidade
Federal Fluminense, como requisito parcial paraobteno do Grau de Mestre. rea de Concentrao:Gesto de Segurana.
Orientador: Prof. GILSON BRITO ALVES LIMA, D.Sc.
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FERNANDO DA SILVEIRA BULCO RINALDI
PROGRAMA DE CONTROLE DE ENERGIAS PERIGOSAS: ESTUDO DE CASO
EM ATIVIDADE DE MANUTENO NUMA REFINARIA DE PETRLEO
Dissertao apresentada ao Curso de MestradoProfissional em Sistemas de Gesto da UniversidadeFederal Fluminense, como requisito parcial paraobteno do Grau de Mestre. rea de Concentrao:Gesto de Segurana.
Aprovado em 12 de setembro de 2008.
BANCA EXAMINADORA
_______________________________________________________Prof. Gilson Brito Alves Lima, D.Sc. - Orientador
Universidade Federal Fluminense
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AGRADECIMENTOS
A Gilson Brito Alves Lima meu orientador, que incentivou minha chegada
ao final deste trabalho.
A Willian Frana da Silva meu grande amigo, que incentivou meu trabalho
sempre me abrindo oportunidades de aprimoramento profissional.
A Geny Mattoso dos Santos minha segunda me, que com seu imenso
carinho e dedicao tem sempre me auxiliado nesta caminhada.
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Excelncia uma habilidade conquistada atravs de
treinamento e prtica. Ns somos aquilo que
fazemos repetidamente. Excelncia, ento, no um
ato, mas um hbito.
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RESUMO
Este trabalho objetiva apresentar uma proposta de implementao de uma ferramenta de
planejamento de gesto de manuteno, que permita a execuo do trabalho de forma segura,
minimizando os riscos de processo. Neste sentido, a ferramenta de controle de energias
perigosas, no que tange a SMS, torna segura e adequada liberao de equipamentos para
manuteno, bem como a execuo dos trabalhos, em unidades de processamento de petrleo
e derivados, propiciando a integrao da funo manuteno aos objetivos estratgicos da
empresa, levando a preservao dos ativos e da imagem da corporao permitindo a
continuidade operacional e a garantia da sustentabilidade do negcio. Desse modo, como
opo metodolgica, estruturou-se um estudo de caso enfocando o controle de energias
perigosas em atividades de manuteno numa unidade de processamento de uma refinaria de
petrleo. Como resultado apresenta-se um instrumento robusto e implementado com base no
modelo do Ciclo PDCA, envolvendo pessoas, procedimentos e gesto do processo produtivo.
Palavras-chave: Gesto de Manuteno, Sustentabilidade, Segurana, Sade, Meio
Ambiente.
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ABSTRACT
This study aims to present a proposal for implementation of a planning tool in the
management of maintenance, allowing the execution of work in a safe, minimizing the risks
of proceeding, in terms of SMS, making safe and appropriate to release equipment for
maintenance As well as the implementation of the work in processing plants and oil
derivatives, thus providing the integration of the function to maintain the company's strategic
objectives, as well as the preservation of assets and image of the corporation, which allows
the continuation of operational and security sustainability of the business. In this sense, as an
option methodology, structure is a case study focusing on the control of hazardous energy in
activities to maintain a data-processing unit at an oil refinery. As a result it presents a proposal
based on a robust planning and implemented, based on the model of the PDCA cycle, which
involves people, procedures and management of the production process.
Keywords: Management of Maintenance, Sustainability, Safety, Health, Environment
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LISTA DE SIGLAS
API American Petroleum Institute
APR Anlise Preliminar de Risco
BOVESPA Bolsa de Valores de So Paulo
BS Bright StockBSE Bright Stock Exportao
DSJI Dow Jones Sustainability World ndex
ECO Equipe de Continuidade Operacional
ECOLUB Equipe de Continuidade Operacional para atendimento s Unidades Produtoras
de Lubrificantes e ParafinasECOLOG Equipe de Continuidade Operacional para atendimento Transferncia e
Estocagem e a Gerao de Utilidades
ECOCOMB Equipe de Continuidade Operacional para atendimento s Unidades Produtoras
de Combustveis
FISPQ Ficha de Informao de Produto QumicoGI Gs Inerte
GLP Gs Liquefeito de Petrleo
HSE Health and Safety Executive
ISO Internacional Organization for Standardization
IV ndice de ViscosidadeLIBRA Liberao, Isolamento, Bloqueio, Raquetamento e Aviso
MIBC Metil-isobuti-cetona
NL Neutro Leve
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OIT Organizao Internacional do Trabalho
OM Ordem de Manuteno
OPPA leo para Pulverizao Agrcola
OSHA U.S. Department of Labor Occupational Safety and Health Administration
OSHAS Occupational Health and Safety Assessment Series
PGR Programa de Gerenciamento de Risco
PT Permisso de Trabalho
RAT Resduo Atmosfrico
REDUC Refinaria Duque de Caxias
RLAM Refinaria Landulfo Alves-Mataripe
RV Resduo de Vcuo
SGI Sistema Integrado de Gesto
SMS Segurana, Meio Ambiente e Sade
SPB Spindle Branco
SPT Spindle Transformador ou Isolante B
TL Turbina Leve
TP Turbina Pesado
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LISTA DE FIGURAS
Figura 1 Fluxo de delineamento do estudo ................................................................. 33
Figura 2 Ciclo de vida do equipamento e os fatores que afetam o custo de
manuteno ................................................................................................... 40
Figura 3 Fluxo de liberao de equipamentos para manuteno ................................ 47Figura 4 Cadeia de atividades da indstria do petrleo .............................................. 62
Figura 5 Esquema de produo de lubrificantes e parafinas na REDUC ................... 71
Figura 6 Sistemtica de Gesto da Manuteno de Rotina da REDUC ...................... 83
Figura 7 Fluxo de liberao de equipamentos para manuteno na REDUC, com a
ferramenta ..................................................................................................... 86Figura 8 PDCA da ferramenta de controle das energias perigosas ............................. 87
Figura 9 Vista da U-1520 ............................................................................................ 106
Figura 10 Fluxograma simplificado da U-1520 ............................................................ 109
Figura 11 Fluxograma simplificado da U-1520 ............................................................ 110
Figura 12 Fluxograma simplificado da U-1520 ............................................................ 111Figura 13 Controle de treinamento do pessoal envolvido ............................................ 118
Figura 14 Guarda do material ....................................................................................... 121
Figura 15 Controle do indicador de matrizes de isolamento ........................................ 123
Figura 16 Realizao do isolamento, etiquetagem e eliminao das energias
residuais ....................................................................................................... 126Figura 17 Controle do isolamento e o incio do servio ............................................... 127
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LISTA DE TABELAS
Tabela 1 Tcnicas de anlise de risco ..................................................................................... 53
Tabela 2 Cronologia das etapas do APR ................................................................................ 55
Tabela 3 Categoria de freqncia dos cenrios ...................................................................... 56
Tabela 4 Categoria de severidade das consequncias dos cenrios ....................................... 56Tabela 5 Matriz de classificao de riscos ............................................................................. 57
Tabela 6 Contexto das 15 diretrizes de SMS em relao funo manuteno .................... 84
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SUMRIO
1 INTRODUO............................................................................................... 17
1.1 A INDUSTRIA DO PETRLEO ..................................................................... 17
1.1.1 O petrleo......................................................................................................... 19
1.1.2 A indstria....................................................................................................... 20
1.1.3 A indstria do petrleo................................................................................... 22
1.1.4 Os riscos da indstria do petrleo................................................................. 23
1.2 FORMULAO DA SITUAO PROBLEMA ......................................... 25
1.3 OBJETIVOS ..................................................................................................... 27
1.4 DELIMITAO ............................................................................................... 27
1.5 IMPORTNCIA DO ESTUDO ....................................................................... 28
1.6 QUESTES DA PESQUISA ........................................................................... 30
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2.1 MANUTENO .............................................................................................. 35
2.1.1 A histria da manuteno............................................................................... 39
2.1.2 Os tipos de manuteno.................................................................................. 41
2.1.3 A organizao dos recursos de manuteno................................................. 42
2.1.4 O planejamento e o controle da manuteno............................................... 44
2.1.5 A estrutura do sistema de controle................................................................ 46
2.2 A GESTO DE SMS ........................................................................................ 48
2.2.1 O gerenciamento de risco............................................................................... 50
2.2.2 As tcnicas de anlise de riscos...................................................................... 52
2.2.2.1 Lista de verificao........................................................................................... 53
2.2.2.2 Anlise preliminar de riscos............................................................................. 54
2.3 O FATOR HUMANO ....................................................................................... 57
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3.3 OS PROCESSOS DE PRODUAO DE LUBRIFICANTES E PARAFINAS 65
3.3.1 Os leos lubrificantes...................................................................................... 66
3.3.2 As parafinas..................................................................................................... 68
3.3.3 Os processos de produo de lubrificantes e parafina................................. 69
3.3.3.1 Descrio geral................................................................................................. 69
3.3.3.2 Destilao atmosfrica e a vcuo (Us-1510-1710)........................................... 72
3.3.3.3 Desasfaltao a propano (U-1790).................................................................. 73
3.3.3.4 Extrao de aromticos (Us-1520-1720).......................................................... 74
3.3.3.5 Desparafinao(Us1-1530-1730)..................................................................... 75
3.3.3.6 Hidrogenao de leos (Us-1540/1740)........................................................... 76
3.3.3.7 Desoleificao de parafinas (U-1630).............................................................. 76
3.3.3.8 Hidrogenao de parafinas (U-1640)............................................................... 77
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4.2.1 Planejamento da ferramenta de controle das energias perigosas............... 89
4.2.1.1 O gerenciamento dos risos................................................................................ 91
4.2.1.2 O treinamento e a capacitao......................................................................... 93
4.2.1.3 Aquisio e guarda dos dispositivos de controle de energias perigosas.......... 95
4.2.2 Identificao das energias............................................................................... 96
4.2.3 Realizao isolamento e etiquetagem e eliminao das energias residuais 98
4.2.4 Controle do isolamento e incio do servio.................................................... 99
4.2.5 Restabelecimento das energias e comunicao final.................................... 101
4.2.6 Verificao e ao corretiva........................................................................... 102
4.2.7 Anlise crtica.................................................................................................. 103
5 ESTUDO DE CASO........................................................................................ 105
5.1 A UNIDADE 1520 ............................................................................................ 105
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5.6 APLICAO DA FERRAMENTA DE CONTROLE DAS ENERGIAS
PERIGOSAS ..................................................................................................... 113
5.6.1 Planejamento para implantao da ferramenta de controle das energias
perigosas........................................................................................................... 113
5.6.1.1 A motivao da fora de trabalho..................................................................... 115
5.6.1.2 O treinamento e a capacitao......................................................................... 116
5.6.1.3 Aquisio e guarda dos dispositivos e controle das energias........................... 119
5.6.1.4 As matrizes de isolamento................................................................................. 122
5.6.1.5 Realizao do isolamento, etiquetagem e eliminao das energias residuais 124
5.6.1.6 Controle do isolamento e o incio do servio.................................................... 126
5.7 ANLISE CRTICA DO ESTUDO ................................................................. 128
6 CONCLUSO................................................................................................. 130
6.1 CONSIDERAES FINAIS ............................................................................ 130
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1 O PROBLEMA
1.1 A INDSTRIA DO PETRLEO
O aumento da demanda energtica no mundo contemporneo vem ocorrendo em
funo da necessidade de atender aos patamares de consumo que so verificados nas
economias mundiais, bem como permitir desenvolvimento de outras, principalmente as dos
pases ditos como em desenvolvimento, como o caso do Brasil. O crescimento da economia
nestes pases tem permitido o aumento do fluxo de capitais, a gerao de novos empregos,
contudo nem capaz de erradicar a pobreza e excluso social, que so verificadas nestasreas. Todavia o aquecimento da economia dos pases ditos em desenvolvimento
extremamente preocupante, pois somente a China poder ser responsvel pelo aumento de at
um tero do consumo mundial de petrleo nos prximos anos.
No cenrio atual o petrleo continua sendo a principal fonte de energia do planeta,
sendo que a distribuio das suas jazidas no feito com base em qualquer fator eqitativo,mas de modo aleatrio, que foi motivado por fatores geolgicos, que foram verificados
durante os perodos de formao da Terra. A forma de distribuio aliada ao fato do petrleo
no ser um recurso renovvel, o coloca num patamar de extrema importncia, capaz de
desencadear crises econmicas e polticas, que alteraram os paradigmas econmicos que
foram verificados no Sculo XX. Piquet e Serra (2007) ressaltam a importncia estratgica dopetrleo, cuja explorao requer o domnio de modernas tecnologias. Enfatizam ainda que as
corporaes que operam no setor atuam de modo globalizado, organizando o espao de
maneira seletiva e extrovertidas.
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A economia brasileira tida como a oitava maior do mundo e a partir de meados dos
anos 90 passou por profundas transformaes estruturais e institucionais, que permitiram um
alavancamento da indstria do petrleo. A quebra do monoplio do petrleo no Brasil foi o
marco de mudana na estratgia empresarial da Petrobras, que foi conseguida atravs da
formulao de um Plano Estratgico, bem definido para um horizonte de mdio prazo, onde
foram identificadas as foras, fraquezas, ameaas e oportunidades, para todos os segmentos da
companhia, com vistas ao desenvolvimento sustentvel, ao aumento da produo nacional depetrleo, ao abastecimento do mercado interno e ao aumento da participao internacional.
Neste contexto, Piquet e Serra (2007) ressaltam que: em anos recentes, os investimentos na
indstria do petrleo vm desempenhando um relevante papel no processo de
desenvolvimento da economia brasileira.
O abastecimento do mercado brasileiro de derivados de petrleo faz parte da Missoda empresa, que preconiza o fornecimento de produtos e servios de qualidade e respeito ao
meio ambiente, que conseguido com a integrao do segmento downstream, que composto
pelo refino, transporte e comercializao.
O processo de refino do petrleo para obteno dos derivados composto de diversas
operaes, nas quais so utilizados diversos equipamentos estticos e dinmicos, produtos einsumos e a necessidade de mo de obra especializada, em diversas atividades.
A natureza do negcio de processamento perigosa, todavia os riscos tm de ser
mantidos em nveis que garantam a integridade fsica das pessoas, equipamentos e a
preservao do meio ambiente. Esse fato conseguido quando os equipamentos so operados
dentro das suas caractersticas e capacidades de projeto, os procedimentos so cumpridos e amo de obra qualificada para o exerccio das tarefas. A violao, mesmo que parcial, destes
componentes pode acarretar o aumento do risco indstria processamento de petrleo. Dessa
forma, as intervenes de manuteno por mais simples que sejam se configuram num
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Neste contexto, torna-se necessrio apresentar uma ferramenta, que permita de forma
organizada, identificar as energias perigosas existentes nos equipamentos e adotar as medidas
de controle necessrias, para que os riscos envolvidos possam ser mitigados, especificamente
para as organizaes que atuam em reas que envolvem altos riscos tecnolgicos, como as
empresas do segmento petrleo e gs conforme preceitua Theobald (2006).
Igualmente Theobald (2006) enfatiza que "a busca da excelncia em SMS1tornou-se
parte irrevogvel da estratgia empresarial que busca a sustentabilidade do negcio, quetranscede a reduo do risco de acidentes e impactos ao meio ambiente, pois permite o
atendimento do mercado, a manuteno do desempenho financeiro, a preservao da imagem
da empresa e tambm produz insumos para a melhoria do clima organizacional.
1.1.1 O petrleo
O petrleo e o homem tm estabelecido uma forte parceria desde os tempos antigos,
onde teve uma participao destacada no desenvolvimento de algumas civilizaes. Conformedestaca Thomas (2004), efetivamente presente nas culturas dos babilnicos e egpcios, no que
tange ao desenvolvimento das suas construes, como argamassa de fixao de blocos; teve
influencia tambm na cultura dos fencios, que o utilizaram na arte da construo naval; na
cultura greco-romana o petra (grego) oleum (latim) foi utilizado na arte da guerra. Estudos
mostram que foi utilizado pelos povos pr-colombianos, que o utilizavam comimpermeabilizante e em outras atividades.
Em meados do sculo XIX as relaes do mercado de combustveis, que eram
utilizados na iluminao so profundamente alteradas, pela entrada de produtos substitutos ao
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processo de prospeco por meio de um processo rotativo, o que permitiu a extrao a uma
profundidade de 354 metros. Contudo o consumo de derivados de petrleo era bem pequeno,
somente experimentando um grande crescimento aps a II Guerra Mundial, o que o tornou a
principal matriz energtica do mundo moderno.
O crescimento da economia capitalista ps-guerra, e o desenvolvimento de novas
tecnologias permitiram o aumento da oferta destas commodities, que passou a ser ofertado a
um custo muito baixo, o que possibilitou um incremento do seu consumo, tendo em vista asfacilidades que ele proporciona. O fator custo e a modernizao dos pases levaram as
economias mundiais a se tornarem extremamente dependentes do petrleo, que era visto como
o vetor que impulsionava o mundo moderno. Esta dependncia foi muito atingida, quando
houve no incio dos anos 70 a crise do petrleo, que elevou os preos deste produto a
patamares muito acima dos que eram praticados, devido ao embargo dos pases membros daOrganizao dos Pases Exportadores de Petrleo (OPEP), o que desestabilizou a economia
mundial. A ameaa trazida pela crise do petrleo viabilizou a pesquisa e prospeco em reas
que eram vista com antieconmicas. O desenvolvimento de novas tecnologias permitiu que
nos anos 80 e 90 ocorresse uma reduo drstica nos custos do segmento upstream, o que
permitiu a explorao de campos que eram vistos como antieconmicos.Hoje o petrleo no somente visto como um gerador de combustveis, mas passou a
ter uma importncia muito grande na vida do homem moderno, atravs do desenvolvimento
da petroqumica, o que permitiu a utilizao deste produto, para a obteno de derivados mais
nobres, de maior valor agregado, com caso dos plsticos, polmeros e outros, que cada vez
mais fazem parte da vida do homem moderno.
1.1.2 A indstria
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deste movimento, contudo o ano de 1698 considerado um marco de suma importncia,
tendo em vista a inveno da mquina a vapor pelo engenheiro ingls Thomas Savery. 3
Antes da Revoluo Industrial, o processo de produo era feito pelos artesos, no
mbito das famlias, com uso de ferramentas manuais e a principal fonte de energia era o
prprio homem. Aps o advento da Revoluo industrial houve profundas mudanas na
estrutura da sociedade, bem como um grande avano tecnolgico, o que permitiu a mudana
da forma de produo, isto , a entrada das mquinas, a utilizao da energia motriz emudana do sistema artesanal para fabril.
O processo de industrializao mundial se iniciou na Inglaterra em 1760, num
perodo de tempo de quase um sculo antes da outras naes, conforme conceitua
Wongtschowski (2002), ou seja, a Inglaterra, ainda na metade do sculo XIX, era tida como o
bero da revoluo industrial, e o pas mais industrializado da poca, devido a uma srie defatores econmicos, histricos e polticos, que conferiam uma hegemonia frente s demais.
Todavia esta hegemonia perdida no sculo XX, conforme comenta Pettigreew (1993) devido
adoo de estratgias inadequadas, que no verificaram as fraquezas relativas ao modelo
gesto e a falta de otimizao dos mecanismos do mercado, o que produziu mudanas
considerveis e indesejveis desta economia.Aps 1850 a revoluo industrial se estende para outros pases europeus e para os
Estados Unidos. E atravs dos grandes avanos tecnolgicos, permite a expanso da indstria
de bens de produo, o desenvolvimento dos transportes martimos e terrestres, bem como o
aumento da utilizao de novas formas de energia que estavam revolucionando o mundo na
poca, que o caso da energia eltrica e da energia gerada, principalmente, pela combustodos derivados do petrleo.
A partir do incio do sculo XX, tendo em vista o grande avano do capitalismo,
houve o crescimento dos grandes grupos industriais, que em alguns casos transpuseram as
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orientadas para que sejam alcanados os objetivos pretendidos. O custo baixo em relao aos
concorrentes o tema central da estratgia, porm fatores tais como qualidade, confiabilidade,durabilidade, economia e outros servios que estejam agregados ao produto continuam sendo
de suma importncia, pois a ausncia destes fatores pode contribuir negativamente na
comercializao do produto.
Conforme j havia sido dito anteriormente os grupos industriais tm aumentado
consideravelmente a sua participao em outros mercados muito alm das suas fronteiras,tendo em vista o efeito da globalizao, contudo Barney (2002) revela que a formulao das
estratgias internacionais pode ser vistas como algo indispensvel para manter o crescimento
e a sade financeira ou at mesmo como uma necessidade no mercado globalizado.
1.1.3 A indstria do petrleo
Em Thomas (2004), Estrella4 ressalta que a indstria do petrleo , certamente, a
mais fantstica atividade em toda a existncia do ser humano, tendo em vista o impulso quetrouxe para as economias mundiais, pelos recursos econmicos e humanos que so
deslocados, bem como pelo impulso que traz para diversas reas do conhecimento, o que se
traduz na transformao da sociedade humana.
A indstria do petrleo uma atividade complexa, todavia para uma maior
compreenso pode ser dividida em dois segmentos distintos que o upstream, quecompreende a explorao e a produo e o downstream, que compreende o segmento
transporte e refino.
O segmento upstream o incio de tudo. o momento inicial onde o petrleo d os
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Aps a concluso dos estudos previstos na primeira fase, iniciasse a perfurao nos
locais pr-determinados, todavia esta etapa s ser continuada caso a perfurao inicial reveleque h petrleo e que a jazida comercialmente vivel. O processo de perfurao demanda
grandes recursos financeiros e tecnolgicos, bem como utiliza pessoal altamente qualificado,
principalmente nas exploraes offshore.
A terceira fase do segmento upstream, que denominada extrao do petrleo, se
inicia aps a comprovao da extenso da jazida e da viabilidade comercial. Esta fase carecetambm de tcnicas e equipamentos especiais, que permitem a extrao do petrleo existente
nos campos de produo onshoreou offshore. Aps esta fase segue por meio de tubulaes ou
navios para os parques de armazenamento, que podem ser localizados nos terminais de
transferncia e estocagem ou no interior das refinarias.
A descrio do processo do downstream, bem como os processos de produo queso utilizados nas unidades de processamento que sero utilizadas no estudo de caso ser
abordada de modo amplo no captulo 3. No que tange aos derivados produzidos nas refinarias
so armazenados, transportados e comercializados, para que o petrleo possa cumprir o seu
papel na sociedade moderna.
1.1.4 Os riscos da indstria do petrleo
O petrleo uma mistura de compostos lquidos, gasosos e slidos de naturezainorgnica e orgnica, na sua maioria formada de hidrocarbonetos, alm da presena de outros
compostos orgnicos, que esto combinados a outros elementos qumicos, tais como o
nitrognio, oxignio e o enxofre. Thomas (2004) informa que existem metais na gua que est
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considerado uma substncia altamente inflamvel nas temperaturas ambientes, ou
seja, os riscos de incndios so maximizados em funo da baixa temperatura atribuda ao seuPonto de Fulgor5, o que propicia a formao vapores em temperaturas acima desta
propriedade, facilitando o processo de combusto6, que sempre ocorre na fase de vapor dos
combustveis. Os incndios em equipamentos ou instalaes de processamento, transporte ou
armazenamento de petrleo geram grande quantidade de calor e fumaa, que so prejudiciais
s instalaes, ao meio ambiente e s pessoas. As medidas relativas ao combate a incndiosem petrleo ou nos seus derivados tm por base as orientaes relativas aos incndios
considerados como da Classe B conforme preceitua a NR-23, ou seja, so considerados
inflamveis os produtos que queimem somente em sua superfcie, no deixando resduos,
como leo, graxas, vernizes, tintas, gasolina, etc.
Alm de trabalhar prioritariamente com um produto perigoso, a indstria do petrleooferece outros perigos nas diversas operaes existentes nos segmentos upstream e
downstreamtendo em vista que outras caractersticas so incorporadas, como o caso do uso
de temperaturas e presses altas, bem como o uso de outros tipos de energias de natureza
mecnica, qumica, eltrica e outras, que conferem condies extremas para os trabalhadores,
para as instalaes e para o meio ambiente.Lorenzo (2001) quando na elaborao do API 770, enfatiza que a complexidade
desses sistemas pode desencadear acidentes com grandes propores, que podem ser
traduzidos em danos pessoais, ambientais, as instalaes, aos ativos financeiros e tendem a
macular a reputao das organizaes. Mostrando que os riscos existentes na indstria do
petrleo no permitem que estes segmentos sejam operados por amadores, necessrio que aconfiabilidade seja um fator intrnseco dos projetos, que tem de estar unida capacitao da
fora de trabalho e a disponibilidade dos equipamentos, bem como a implantao dos
programas de gerenciamento de risco, que tem propor salvaguardas, quer seja preventiva, que
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preponderante nestes acidentes, quer sejam nas tarefas relativas ao processo ou em outras
ligadas s atividades de apoio. A manifestao do erro humano se acentua tendo em vista aincompatibilidade dos projetos de equipamentos e ambientes de trabalho, que em muitos
casos, so antagnicos s capacidades, limitaes e necessidades dos trabalhadores. Llory
(2001) evidencia que esta alm dos projeto; da concepo das mquinas ou instalaes inicial,
mas tambm nos processos decisrios, na organizao do trabalho e nos processos de
comunicao.
1.2 FORMULAO DA SITUAO-PROBLEMA
O mundo globalizado vem impondo uma competitividade cada vez mais acirrada,
levando as organizaes a realizarem mudanas profundas nas suas estratgias, para que
vantagem sobre os competidores e a rentabilidade do negcio seja alcanada.
Segundo Grant (1995) a formulao das estratgias bem sucedidas, devem ser
precedidas de uma criteriosa anlise e compreenso das situaes ou condies internas donegcio, o que leva a identificao das foras e das fraquezas. O conhecimento do meio
externo, ou seja, a posio dos competidores, para que sejam identificadas as ameaas e as
oportunidades para o negcio. Esta anlise deve transcender aos fatores econmicos, isto , os
fatores tecnolgicos, sociais, polticos, culturais, ambientais e outros tm de ser considerados,
pois podem ser decisivos para que os objetivos possam ser alcanados.Theobald (2006) enfatiza que a busca pela excelncia na Gesto em SMS, passou a
ser uma meta estratgica para as empresas que pretendem garantir a sua participao no
mercado, pois a competitividade tem aumentado, tendo em vista as inmeras exigncias
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equipamentos so operados dentro das suas caractersticas e capacidades de projeto, os
procedimentos so cumpridos e a mo de obra qualificada para o exerccio das tarefas.Alm das atividades ligadas diretamente produo, o upstream e o downstream
necessitam de outras atividades complementares, que permitem a continuidade operacional,
como o caso das intervenes de manuteno, que fazem parte do dia-a-dia destes
segmentos industriais, o que cria uma proximidade estreita destas atividades. Todavia as
intervenes de manuteno por mais simples que sejam se configuram num aumento do riscodo sistema, pois novos atores so inseridos no sistema, bem como um novo cenrio
descortinado. A entrada desses novos protagonistas ocasiona o aumento do risco em primeiro
lugar pelo aumento da exposio; em segundo lugar pelo fato desses profissionais em geral
no estarem totalmente conscientizados quanto aos riscos que so encontrados durantes as
diversas tarefas previstas no servio de manuteno, bem como pelo fato de noreconhecerem os riscos que envolvem os equipamentos ou sistemas; e em ltimo lugar por
no serem adotadas todas as salvaguardas necessrias que garantam a liberao dos
equipamentos para manuteno.
Lorenzo (2001) quando na elaborao do API 770, ressalta que as conseqncias dos
acidentes ocorridos nas instalaes de processamento qumico e de hidrocarbonetos, nosltimos trinta anos, ocasionaram grande nmero vtimas, seguidos em muitos casos por
acidentes fatais; provocaram contaminaes ambientais; e causaram grandes danos ao
patrimnio. Um grande nmero de acidentes esta relacionado s tarefas de liberao dos
equipamentos para manuteno, tendo em vista inmeros fatores da natureza humana, e
outros que permitem que os equipamentos ou sistemas sejam liberados de modo equivocado.A baixa percepo dos riscos que envolvem as energias presentes no equipamento, bem como
a eventual recomendao parcial ou equivocada dos dispositivos necessrios para o
isolamento destas energias pode levar ao surgimento de um acidente.
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1.3 OBJETIVOS
Neste contexto, esta dissertao objetiva apresentar uma proposta de ferramenta de
planejamento de gesto de manuteno, que permita a execuo do trabalho de forma segura,
minimizando os riscos de processo.
Para o alcance da inteno desta proposta, como objetivos especficos busca-se:
Identificar, por meio de uma reviso bibliogrfica, o que existe na literatura
cientfica sobre processos de refino e gesto da manuteno, em refinarias;
Definir as caractersticas e funes necessrias da estrutura de manuteno,
baseada na anlise riscos de processo, que deve ser adequada para liberao deequipamentos para manuteno na unidade de processo em anlise da refinaria
objeto do estudo de caso, deva possuir para que possibilite a operacionalizao
do modelo de gesto de manuteno proposto;
Apresentar a estrutura sistmica da ferramenta de controle de energias
perigosas.
Como contribuio ao conhecimento, espera-se com as discusses propostas na
presente dissertao a consolidao de uma ferramenta de gesto adequada para liberao de
equipamentos para manuteno em refinarias de petrleo, que conduza a melhoria contnua do
desenvolvimento de um modelo de gesto da manuteno para a empresa em anlise.
1.4 DELIMITAO
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processo, no que tange ao planejamento, priorizao frente aos aspectos relativos ao SMS,
os aspectos operacionais, a conscientizao, a capacitao e o envolvimento da fora detrabalho, o que converge para a implantao de uma ferramenta de planejamento de gesto de
manuteno, que permita a execuo do trabalho de forma segura, durante as rotinas
operacionais, minimizando os riscos de processo, no que tange a SMS, o que permite o
gerenciamento dos riscos, isto , os riscos sejam identificados, analisados e tratados. Todavia,
considerando a abrangncia da pesquisa, no ser escopo deste estudo a explicao detcnicas quantitativas de anlises de risco e confiabilidade, e respectivas ferramentas de
estatsticas; questes ambientais e respectivos aspectos relativos a emisses, efluentes ou
resduos; aspectos relativos sade ocupacional ou estudos epidemiolgicos. Igualmente, no
sero abordados os procedimentos de liberao de equipamentos em paradas de manuteno.
A ferramenta que ser apresentada para a liberao de equipamentos paramanuteno no estudo de caso desenvolvido na U-1520 Unidade de Desaromatizao a
Furfural, da Gerncia de Produo de Lubrificantes e Parafinas da Refinaria Duque de Caxias,
procura compreender e intervir no problema por seus vrios ngulos, no que tange aos
suportes lgicos; as relaes entre as pessoas envolvidas; o ambiente que se desenvolve e o
equipamento propriamente dito, com nfase, de forma integrada, aos fatores humanos,equipamentos e processos.
1.5 IMPORTNCIA DO ESTUDO
A elaborao uma ferramenta, que permita de forma organizada, identificar as
energias perigosas existentes nos equipamentos e adotar as medidas de controle necessrias,
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processamento qumico e de hidrocarbonetos. Esta afirmao mostra a gravidade do
problema, que interfere diretamente na segurana das pessoas, instalaes e do meioambiente, bem como a manuteno da produtividade. O aumento da segurana dos processos
tem de considerar os erros humanos, em todas suas fases, ou seja, desde a concepo indo at
aos processos normais de operao e tambm nas condies adversas, que so verificadas
durante os processos de manuteno ou contingncias.
No que tange a preveno destes erros durante os processos de manuteno, parteintegrante dos objetivos do presente trabalho, torna-se essencial que seja implementada uma
ferramenta de planejamento de gesto de manuteno, que permita a execuo do trabalho de
forma segura, minimizando os riscos de processo, no que tange a SMS. A eficcia s ser
conseguida com o envolvimento dos trabalhadores, que alm de serem treinados e
conscientizados, devero ter uma participao efetiva, transcendendo aos modelos formais desegurana, pois todos passam a ser ativos participantes e comprometidos, o que os leva
reconhecer e tratar os riscos existentes, conforme preconiza Geller (1994), no que tange
formao da cultura de segurana total. Nesta linha Kardec e Carvalho (2002) enfatizam a
necessidade de considerar o fator humano como um requisito bsico para se atingir os
objetivos da empresa e a valorizao do relacionamento estreito entre os profissionais demanuteno com os demais profissionais, como forma de reduzir as interfaces, e
consequentemente agilizar o atendimento s necessidades da organizao.
Em segundo lugar, tendo por base as diretrizes do U.S. Department of Labor
Occupational Safety & Health Administration (OSHA), torna-se necessrio estabelecer
medidas de controle para o isolamento das fontes de energia dos equipamentos e sistemas. Oestabelecimento destas medidas tem de ser referendado por um suporte lgico, que possa
espelhar de modo claro o reconhecimento das energias, bem como da recomendao dos
dispositivos mecnicos de Isolamento e bloqueio das energias perigosas, que devero ser
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1.6 QUESTES DA PESQUISA
Theobald (2006) procura mostrar que o desempenho empresarial da indstria do
petrleo e gs para o sculo XXI tem de estar intimamente ligado aos valores de SMS. Tendo
em vista, que os organismos financiadores e os grandes investidores internacionais esto
diversificando os seus portflios, buscando investir em empresas que apresentam boasprticas de sustentabilidade corporativa.
O atendimento do mercado e o crescente aumento das exigncias legais da sociedade,
principalmente motivados pela globalizao levam as organizaes, principalmente quelas
que envolvem altos riscos tecnolgicos, como o segmento petrleo e gs, a buscarem a
sustentabilidade do negcio.Conforme Lorenzo (2001) quando na elaborao do API 770, o fator humano tem de
ser considerado, tendo em vista que o homem o ser predominante na relao com os outros
fatores do trabalho, pois ativo e os demais coadjuvantes ou apenas cenrios, que so
movidos conforme determina o ator principal. O sistema compromete o homem, tornando-o
nico responsvel, tendo em vista que as suas decises e aes vo determinar a performanceou at mesmo a aceitabilidade. Dessa forma o erro humano tem grande influncia, tendo em
vista que ele est presente nas diversas fases de um processo, mesmo quando este ainda est
sendo concebido.
O problema da pesquisa que se prope investigar nesta dissertao, se insere no
contexto da carncia de uma metodologia de anlise de risco de processos que seja adequadaao processo de liberao de equipamentos para manuteno, em refinarias de petrleo,
particularmente na U-1520 Unidade de Desaromatizao a Furfural, da Gerncia de Produo
de Lubrificantes e Parafinas da Refinaria Duque de Caxias.
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para liberao de equipamentos para manuteno em refinarias de petrleo, aos processos
produtivos, com vistas minimizao das perdas operacionais.Neste sentido, a presente dissertao buscar propor o atendimento seguinte
questo da pesquisa: possvel a estruturao de uma ferramenta de gesto, que garanta a
liberao de equipamentos para manuteno, possibilitando a identificao prvia das tarefas
e respectivas energias perigosas que as envolvam, bem como, em paralelo, garantir o
processo de conscientizao e capacitao dos trabalhadores envolvidos?Como principal resultado a ser alcanado com a anlise da questo proposta busca-se
uma ferramenta, que permita de forma organizada, identificar as energias perigosas existentes
nos equipamentos e adotar as medidas de controle necessrias, em refinarias de petrleo,
estando inserida no contexto das 15 (quinze) diretrizes de SMS da empresa objeto do estudo
de caso. Num segundo aspecto, espera-se obter um processo de padronizao das tarefas dereconhecimento das energias perigosas e conseqente conscientizao e capacitao dos
profissionais de manuteno envolvidos nas atividades.
1.7 METODOLOGIA
A elaborao de um projeto de pesquisa e o desenvolvimento da prpria pesquisa
seja ela, uma dissertao ou tese, necessitam para que seus resultados sejam satisfatrios
estarem baseadas em planejamento cuidadoso, reflexes conceituais slidas e alicerados emconhecimentos j existentes.
Assim sendo, do ponto de vista de seus objetivos a dissertao desenvolver uma
pesquisa exploratria, pois visa proporcionar maior familiaridade com o problema com vistas
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constituio proposta central. necessrio ter em vista que o tema amplo, restringindo-se,
entretanto, medida que se expressam os demais objetivos que se prope atingir.Para discutir a relao entre a questo central proposta - Qual a metodologia de SMS
que deve ser adequada para liberao de equipamentos para manuteno em refinarias de
petrleo, proposto um estudo de caso, que ser desenvolvido na empresa Petrobras, na U-
1520 Unidade de Desaromatizao a Furfural, da Gerncia de Produo de Lubrificantes e
Parafinas da Refinaria Duque de Caxias.
1.7.1 Delineamento do Estudo
De acordo com os aspectos metodolgicos abordados, o delineamento do estudo est
definido nas etapas do fluxo de pesquisa abaixo (figura 1). Contudo Booth, Colomb e
Willians (2005) afirmam que as perguntas so cruciais, ou seja, o processo do saber comea
com a necessidade de investigar a situao ou o problema, que passa por perguntas simples ou
gerais que caminham na direo de perguntas mais especificas e detalhadas, para que ummosaico possa ser formado.
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Figura 1: Fluxograma de delineamento do estudoFonte: O autor (2007)
Assim, o estudo se desenvolveu conforme mostrado na figura acima, tendo incio
Formulao da EstratgiaMetodolgica (cap.1)
Definio dos Objetivos daPesquisa (cap.1)
ReferencialTerico (cap.2)
Anlise da Importncia da Manutenopara o Sucesso da Organizao (cap.2)
Anlise do Gerenciamento de Riscopara as atividades de manuteno(cap.2)
Estudo para elaborao de ferramenta de liberao deequipamentos para manuteno em refinarias de petrleo(cap.4
Anlise do processo de Manuteno no Downstream (cap.3
Estudo da Aplicao da ferramenta de liberao deequipamentos para manuteno em refinarias de petrleo(cap.5)
Principais Concluses (cap.6
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Unidade de Desaromatizao a Furfural, da Gerncia de Produo de Lubrificantes e
Parafinas da Refinaria Duque de Caxias - RJ da Petrobras.Finalizando o estudo, so feitas anlises conclusivas e propostas de novos trabalhos
a partir dele e de suas concluses, como a aplicao dos modelos propostos e avaliao da sua
eficcia, na gesto da funo Manuteno, no que tange a liberao de equipamentos para
manuteno em refinarias de petrleo, que garantam a sustentabilidade do negcio.
1.8 ORGANIZAO DO ESTUDO
O trabalho ser desenvolvido em seis captulos, onde este primeiro captulo apresentaaspectos introdutrios gerais sobre o assunto abordado, citando aspectos tcnicos, social e
outros que tragam relevncia, para o desenvolvimento do estudo. Este captulo evidencia a
forma organizacional, de como ser desenvolvido o trabalho, que ser detalhado nos captulos
subseqentes.
No segundo captulo buscar apresentar uma reviso bibliogrfica que descreve osprincipais conceitos de planejamento, manuteno, anlise de risco e a compreenso dos
fatores humanos, que esto relacionados diretamente ao objeto da pesquisa. Nesse nterim,
conforme afirma Booth, Colomb e Willians (2005) eis aqui os dois primeiros princpios do
uso de fontes: uma boa fonte vale mais do que uma poro de fontes medocres, e um resumo
preciso de uma boa fonte s vezes vale mais do que a prpria fonte, ou seja, o material depesquisa tem de ser baseado em fontes confiveis.
No terceiro captulo ser apresentado o Processo Downstream, em geral,
caracterizando as aes de manuteno na atividade de produo de lubrificantes.
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2 REFERENCIAL TERICO
O presente captulo procura trazer o embasamento terico necessrio para o
desenvolvimento do Programa de Controle de Energias Perigosas, que ser apresentado no
captulo 4. Estas informaes procuram luz da literatura pertinente ao exposto, trazer
conceitos sobre a funo manuteno, no que tange sua organizao, formas de
planejamento, estruturas de controle. Da mesma forma procura trazer subsdios relativos
Gesto de SMS, principalmente relativos ao gerenciamento de risco e a interferncia do fator
humano neste Programa.
2.1 MANUTENO
A funo manuteno muito mais do que uma ao de consertar equipamentos que
estejam quebrados ou quando h indicio de falha, um forte parceiro que assegura a
disponibilidade dos equipamentos e sistemas, o que vai permitir o atendimento do plano de
produo com custos adequados e a excelncia em SMS, levando a sustentabilidade do
negcio. Segundo Verri (2007) esta viso veio somente a partir da dcada de 80, tendo a
sociedade se movimentado de uma indstria simples para uma era caracterizada pela altatecnologia e complexidade, onde a mesma passou a ser inserida no resultado do negcio,
principalmente no segmento petrleo e gs tendo em vista a complexidade do mesmo.
Neste sentido Tavares (2005) enfatiza que a funo manuteno adquire um status
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do conhecimento humano, transcendendo os projetos de engenharia, ou seja, h necessidade
de alocar profissionais das reas de humanas, biomdicas e outros profissionais ligados ascincias exatas, para que sejam criadas as condies necessrias que vo propiciar a
transformao do leo cru em derivados, que venham atender s condies do mercado,
quanto aos volumes e a qualidade desejada.
Numa economia capitalista, onde a viso da rentabilidade de um negcio algo
determinante, h a necessidade de desenvolver de estudos que vo antecedem a implantaodos projetos das unidades de processamento nas refinarias de petrleo. Estes estudos tm
como premissa a realizao dos Estudos de Viabilidade Tcnico-Econmica, que procuram
estimar os investimentos que devero ser alocados para a implantao do projeto, bem como a
previso dos custos operacionais. Estes estudos procuram coletar dados relativos ao mercado,
custos de implantao, receita e conseqentemente estimar o retorno sobre o capital investido,o que ir determinar a viabilidade do investimento.
A conduo dos Estudos de Viabilidade Tcnico-Econmica deve procurar
identificar as oportunidades do mercado, pois conforme Barney (2002) ao analisar o mundo
dos negcios, a luz das Cinco Foras de Porter, ou seja, rivalidade entre os concorrentes;
poder de barganha dos clientes; poder de barganha dos fornecedores; ameaa de novosentrantes; ameaa de produtos substitutos, mostra principalmente aps a globalizao que
existem grandes ameaas e poucas oportunidades entre empresas, que se situam num
determinado segmento econmico.
A metodologia para confeco dos Estudos de Viabilidade Tcnico-Econmica tem
de considerar os investimentos relativos etapa de construo civil, aquisio de mquinas eequipamentos e outros investimentos ao suporte operacional, e tambm as projees
econmicas financeiras, com vistas otimizao dos recursos, fluxo de caixa, aporte de
capitais e outros, que influenciam diretamente no projeto. Os fatores relativos a recursos
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contexto mundial, segundo Tavares (2005) as organizaes de todos ostipos esto cada vez
mais preocupadas em demonstrar um desempenho ambiental correto por meio das suasatividades, produtos e servios, pois as presses legais, econmicas, polticas e sociais esto
conduzindo estas organizaes a uma postura de desempenho ambiental correto, o que feito
pelo controle dos impactos das suas atividades, em relao ao meio ambiente.
O desempenho ambiental correto muito mais do que, um desejo ou inteno de uma
organizao, mas alcanado quando a mesma busca trabalhar em conformidade com asdiretrizes da ISO 14001, que tem por objetivo prover as organizaes de elementos
formadores de um sistema de gesto ambiental eficaz. Alm disso, fornece diretrizes claras
para as organizaes e seus funcionrios, que aprendem a prevenir danos ao meio ambiente.
Pettigreew (1993) mostra que as empresas cada vez mais devero buscar diferenciais
atravs do seu know-how tecnolgico, aonde o conhecimento vai propiciar o fazer de modosustentvel, desenvolvendo tambm um conceito de reputao para o produto. Buscando
tambm a vanguarda pela inovao dos seus produtos, o que leva a criao de barreiras
entrada dos competidores, reduzindo desta forma a elasticidade da demanda e o nmero das
empresas na indstria.
Aps a comprovao da viabilidade econmica do projeto, o mesmo converge paraoutras fases, que vo definir o funcionamento e as caractersticas, luz da legislao vigente,
normas tcnicas e dos cdigos e padres engenharia, as quais vo nortear o projeto. A
avaliao de riscos parte integrante da elaborao dos projetos, e visa propiciar as medidas
preventivas e mitigadoras aos riscos inerentes ao processo, com vistas realizao do trabalho
seguro para as pessoas, para os equipamentos e a proteo ao meio ambiente.O detalhamento das fases relativas construo e montagem um momento, aonde
os projetistas devem buscar a harmonia das diversas disciplinas, com vistas otimizao dos
recursos, reduo das interfaces e o atendimento aos aspectos ergonmicos, pois segundo
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segundo Branco Filho (1996) como facilidade com que se pode realizar uma interveno de
manuteno tem de ser consideradas e correlacionadas aos custos iniciais e operacionais,bem como a desempenho do sistema.
Verri (2007) procura enfatizar que mantenabilidade esta ligada ao tempo de reparo
do equipamento; ou seja, quanto menor o tempo em que se recoloca um equipamento em
condies de operao, melhor a mantenabilidade e, conseqentemente, maior a
disponibilidade.As unidades de processamento tm por misso a produo de derivados que vo
atender ao mercado de forma segura, rentvel e conforme preconiza Kardec e Xavier (2001)
priorizando a excelncia nas questes de SMS. O rompimento ou o desbalanceamento desta
relao, mesmo que parcial, do processo determina o aumento dos riscos do negcio que
podem ocorrer pelo no cumprimento das cotas de produo ou pela insatisfao dos clientes,o que abre o caminho para a entrada dos concorrentes ou dos produtos substitutos, podendo
at comprometer a sade financeira da empresa.
Estes riscos tendem a impactar os valores tangveis da organizao, que podem
comprometer a integridade fsica das pessoas, equipamentos e a preservao do meio
ambiente, alm do fato destes tambm poder impactar aos bens intangveis, como o caso daimagem da empresa.
Aps a fase da implantao do empreendimento comea o condicionamento e a
operao propriamente dita da unidade de processamento, que feita com base em
procedimentos operacionais, que procuram descrever a capacidade, as limitaes, variveis de
processo, dados tcnicos, informaes sobre o funcionamento dos equipamentos, medidaspara controles de emergncias, correes ou ajustes operacionais e outras que vo dar o
suporte lgico para a execuo das tarefas. Nesta fase tambm a manuteabilidade de uma
importncia, tendo em vista que a viso do problema no pode ser olhada de modo linear,
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ser de natureza corretiva, que executada, quando constatada a falha do equipamento, ou de
modo preventivo, que sistemtica e feita quando o equipamento tem condies de operar,para que o mesmo no venha a falhar.
Todavia h necessidade de se fazer um contraponto nesta relao, pois conforme
preconiza Verri (2007) existe um antagonismo entre o pessoal de manuteno e o de
operao, ou seja, o primeiro costuma generalizar o pensamento de que o pessoal de
operao maltrata os equipamentos; por sua vez o homem de operao costuma associar amanuteno ao problema. Levando Verri (2007) a enfatizar que a experincia mostra que a
empresa s tem a ganhar se operao e manuteno trabalharem integradas em uma
verdadeira parceria. Tavares (2005) tambm enfatiza que a manuteno industrial uma das
reas que em muito contribui para o sucesso e a produtividade da organizao, ou seja, a
gesto de manuteno tem de ser estratgica e estar plenamente alinhada com os objetivos daempresa, que busca muito mais do que o reparo do equipamento, mas sim a reduo das
possibilidades de novas falhas, que venham a comprometer o sistema de produo, conforme
preconiza Kardec e Xavier (2001).
2.1.1 A Histria da Manuteno
Segundo Tavares (1999) a histria da manuteno acompanha o desenvolvimento
tecnolgico, principalmente processo de industrializao mundial que aconteceu aps arevoluo industrial, onde os novos equipamentos passaram a ter necessidade de reparos,
quando os mesmos vm a falhar ou quebrar, vinda a interromper o fluxo da produo.
A funo manuteno ganha maior importncia aps a primeira grande guerra, em
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No final dos anos 60, o avano da tecnologia na rea dos computadores e dos
equipamentos de proteo permitiu o avano do Engenharia de Manuteno, que passou aatuar de forma Preditiva, ou seja, mais destacada no estudo das ocorrncias e no planejamento
de manuteno, o que permitiu a ampliao do escopo do planejamento de manuteno. Nesta
fase segundo Kelly (1978) ainda nos anos 70 houve um aperfeioamento da gesto da
manuteno, que foi a reduo dos custos que estavam sendo observados, pelo advento da
terotecnologia, que conforme Branco Filho (1996) pode ser definido como conjunto deprticas de gerenciamento, financeiras, tcnicas e de outros tipos, que so aplicadas a Ativos
Fsicos, para reduzir os custos no ciclo de vida. Nos anos 80 surgiram os microcomputadores
que facilitaram a operao de programas relativos manuteno, criao de bancos de dados,
facilidade de comunicao e outros. Esta fase referendada por Kardec e Xavier (2001) como
a Terceira Gerao da Manuteno, onde houve um incremento nas atividades demanuteno preventiva e preditiva, o que trouxe aumento da confiabilidade, aumento da
disponibilidade e a reduo dos custos. Neste sentido, Tavares (2005) enfatiza que ao longo
da evoluo a manuteno tem perdido o seu carter corretivo e assumido, cada vez mais,
uma postura preventiva.
Especificao Projeto Fabricao einstalao
SubstituioOperaoPartida
Participao operacional
Gesto de SMS
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2.1.2 Os tipos de Manuteno
Kardec e Xavier (2001) procura evidenciar que os principais tipos de manuteno e
cuja distino relativo forma como ocorre interveno.
A manuteno corretiva, segundo Branco Filho (1996) todo trabalho de
manuteno realizada em mquinas que estejam em falha, para sanar esta falha. Amanuteno corretiva pode ser planejada ou no planejada. Evidenciando ser apenas uma
ao reativa, tendo em vista que o problema j ocorreu. O reparo apenas o tratamento de um
dos problemas, que foi motivado pela quebra do equipamento, que pode ser seguido de
outros, tais como a perda da qualidade, aumento dos custos e outros que podem ser fruto desta
interrupo.Kardec e Xavier (2001) so enfticos quando esta quebra ocorre em sistemas
complexos, como ocaso das unidades de processamento das refinarias de petrleo, em
funo dos perigos existentes nestas instalaes, o que propicia o aumento do risco e o
comprometimento das questes relativas ao SMS, numa primeira anlise, contudo podem
comprometer a vida til de outros equipamentos.A manuteno preventiva, segundo Branco Filho (1996) todo o servio de
manuteno realizado em mquinas que no estejam em falha. Conforme Kardec e Xavier
(2001) procura obstinadamente evitar a ocorrncia de falhas. Tem a sua filosofia centrada
em planos procuram trabalhar com intervenes definidas, com base em intervalos de tempo
antecipadamente determinados. Nos sistemas complexos a adoo da manuteno preventiva premente, tendo em vista que o fator segurana preponderante aos demais, podendo vir a
comprometer todo o negcio, caso no seja observada esta premissa.
A manuteno preditiva, segundo Branco Filho (1996) manuteno que permite
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processos, degradao de produtos e outros relativos s intervenes de manuteno e
aumento da segurana das instalaes, propiciando a prtica do trabalho seguro. Contudo amanuteno preditiva necessita de investimentos iniciais que vo permitir a aquisio dos
instrumentos necessrios para realizao das medies, bem como a elaborao de um
planejamento prvio que permita o acompanhamento de modo sistematizado e de pessoal
qualificado para realizao das anlises e dos diagnsticos.
A manuteno detectiva aquela que ocorre nos sistemas de proteo, com intuito deencontrar, segundo Kardec e Xavier (2001) falhas ocultas ou no perceptveis ao pessoal da
operao e manuteno.
A engenharia de manuteno, segundo Kardec e Xavier (2001) a segunda quebra
de paradigma na manuteno, que provoca mudanas na forma de pensar e por certo no agir.
a viso da vanguarda, que busca uma gesto integrada com outros atores, que tero algumtipo de interferncia no cenrio dos equipamentos, ou seja, busca as melhores prticas, que
esto sendo desenvolvidas no contexto mundial; busca conhecer as causas raiz ou causas
bsicas dos problemas, procurando desta forma propor solues quanto ao aumento da
confiabilidade; procura se antecipar aos problemas, atuando diretamente nos projetos,
reduzindo as interfaces e no conformidades observadas; trabalha baseado em dadosfornecidos pelas intervenes de manuteno, medies de origem preditiva ou relativas ao
projeto, como forma de otimizar e se antever aos possveis problemas.
Segundo Verri (2007) os conceitos modernos de manuteno pressupem que se
deve trabalhar para que os equipamentos no quebrem, e no simplesmente consert-los
quando quebram.
2.1.3 A Organizao dos Recursos de Manuteno
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que tem conter a composio dos recursos, dentro das suas respectivas especialidades; prever
a localizao; conter procedimentos que dem suporte lgico, bem como ter um sistema deplanejamento que venha priorizar o atendimento das demandas, frente continuidade
operacional e questes relativas SMS.
A composio e o dimensionamento das equipes de trabalho tm de levar em conta
as especialidades, a capacidade de superviso, as demandas de planejamento, os tempos
estimados para as intervenes e as distncias a serem percorridas. A flexibilidade de mo deobra pode ser considerada como um fator de reduo do quantitativo de pessoal a ser alocado.
Neste sentido Tavares (2005) resume o objetivo macro da organizao da manuteno como
sendo o de eliminar as possveis causas da insatisfao do cliente, reduzir os custos sem
perder o foco, mantendo a qualidade.
Quanto forma de atuao, segundo Kardec e Xavier (2001) h uma tendncia decentralizao nas organizaes pequenas e mdias; nas indstrias de processamento, pelas
caractersticas internas deste tipo de planta, que rene um grande quantitativo de
equipamentos numa pequena regio. Este tipo de organizao de manuteno tende a
apresentar algumas vantagens quanto aos efetivos, quantitativos de materiais e ferramentas,
que so bem mais reduzidos, apresentando tambm uma maior eficincia, devido flexibilidade da mo de obra. Em contrapartida oferece algumas desvantagens que podem ser
claramente percebidas no processo de superviso e a dificuldade de gerar especialistas para
determinados grupos de equipamentos existentes em determinadas unidades operacionais, o
que dificulta o diagnstico e a tomada de decises. Outro ponto que merece destaque segundo
Kelly (1978) o fator custo de disponibilidade da unidade de processamento, o que pode
levar a adoo de uma estrutura centralizada, mesmo numa pequena fbrica, para interromper
a descontinuidade operacional.
A descentralizao observada nas grandes indstrias, como forma de agilizar o
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Segundo Arese (1999) o sucesso da implantao dos sistemas de manuteno, tem de
considerar as que relaes humanas, mostrando que este est baseado essencialmente empessoas, que so as molas propulsoras. Nesse processo a confiana; respeito e principalmente
do dilogo, tem de ser estabelecido, para que o mesmo no sofra distores, que venham
torn-lo um empecilho para que os objetivos da organizao sejam atingidos e tambm se
tornar um mecanismo de insatisfao e gerador de tenses para os trabalhadores.
importante no permitir que este processo venha a se estagnar, o que conseguidopela participao das pessoas, ou seja, o dilogo com os trabalhadores que esto envolvidos
no sistema de manuteno tem de ser incentivado, inclusive com a participao dos
trabalhadores terceirizados, procurando ouvir constantemente as sugestes e crticas, isto
permite a transparncia do sistema; que arestas possam ser aparadas e as tarefas sejam
otimizadas, alm do fato de comprometer estes profissionais como os objetivos estratgicosda organizao e com os padres de excelncia existentes no mbito mundial.
2.1.4 O Planejamento e o Controle da Manuteno
O planejamento de manuteno tem de estar atrelado ao planejamento estratgico da
organizao, entendendo que o desenvolvimento da sua atividade pode trazer ganhos
substanciais para o sistema, bem como perdas, em muitos casos irrecuperveis, caso no haja
o alinhamento correto deste com aquele.
Os segmentos que operacionalizam a manuteno tm que procurar realizar, o
planejamento de manuteno, que segundo Branco Filho (1996) a anlise e decises
prvias das intervenes, seqncias, mtodos de trabalho, materiais e sobressalentes,
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aperfeioem a recepo e a sada de peas ou ferramentas, bem como o setor de compras e
outros que podem alavancar este processo.Segundo Kelly (1978) o planejamento de manuteno tem de buscar evidenciar um
programa de manuteno preventiva, contudo este tipo de manuteno tem de ser feito de
modo racional, o que implica em fatores relativos a um planejamento sistematizado para
implementao desta modalidade e tambm na avaliao relativa aos custos de implantao.
Contudo a organizao tem de ter diretrizes que propiciem a realizao das intervenescorretivas.
O planejamento das intervenes de manuteno tem de considerar a necessidade
realizar as Paradas Gerais de Manuteno, que so intervenes que devem ocorrer em
determinados perodos de tempos pr-definidos, cuja finalidade a realizao de uma
manuteno preventiva em equipamentos ou sistemas, que no podem sofrer este tipo deinterveno, quando a unidade esta operando.
Segundo Vendrame (2005), as paradas programadas de plantas industriais,
principalmente aquelas de grande porte, so eventos marcantes em uma unidade industrial.
Este momento pode ser entendido como um episdio atpico na vida das unidades de
processamento das refinarias de petrleo, que trabalha no regime contnuo, pois durante esteevento temos a maximizao dos riscos, no que tange aos critrios de SMS, devido elevada
concentrao de mo de obra, bem como o fluxo de energias, que eram contidas durante a
operao e outras que se manifestam devido s intervenes de manuteno Este momento
emblemtico, pois no h produo e, portanto no h faturamento, o que leva a um grande
dispndio de recursos financeiros em curto prazo. Portanto o planejamento e a gesto das
Paradas Gerais de Manuteno tm de ter um tratamento especial, devido sua grande
influncia no negcio.
A atividade de planejar visa colocar os recursos certos, no tempo certo, para ser
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problemas, desde a possvel acumulao de matria-prima em estoque at a total interrupo
das vendas do produto acabado.
2.1.5 A Estrutura do Sistema de Controle
Um dos cinco elementos da funo administrativa para Fayol o controle, que
entendido como verificar que tudo corra de acordo com o estabelecido. O processo de
manuteno procura, da mesma forma, ter um sistema de controle, que conforme Kardec e
Xavier (2001) visa harmonizar todos os processos que interagem na manuteno. Alm do
fato de conseguir efetivamente manter controle sobre todos os servios, podendo alocar osrecursos necessrio para execuo; providenciar a baixa dos j executados; controlar custos,
materiais e recursos complementares. Por outro lado fornece meios ao planejador para que
haja um nivelamento dos recursos.
O fluxo que mostra a estrutura do sistema de controle da manuteno, que
visualizado na Figura 03, iniciado, quando verificada a necessidade de um servio, cuja
solicitao pode vir da operao, da inspeo de equipamentos ou da prpria manuteno.
Nesta fase feita uma avaliao criteriosa, que procura enquadrar o servio dentro das
especialidades e tambm verificar se o mesmo pode ser executado em rotina, ou necessita ser
programado para uma eventual parada da planta de produo.
Segundo Kardec e Xavier (2001) o planejamento uma etapa importantssima,
independente do tamanho e da complexidade do servio. nesta fase que feito o
detalhamento dos servios determinando as diversas tarefas que o compe, bem como o
microdetalhamento das tarefas prevendo ento os recursos de mo de obra, mquinas e
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Planejamento dos Servios
Gerenciamento de Equipamentos
Processamento das Solicitaesde Servio
Programao dos Servios
Gerenciamento da Execuo dosServios
Registro dos Servios e Recursos
Administrao de Estoques deMateriais e Sobressalentes
Administrao da Carteira deServios
Gerenciamen o dos Recursos deManuteno
Gerenciamento dos Padres deServi os
Figura 3: Fluxo de Liberao de Equipamentos para ManutenoFonte: Kardec eXavier (2001)
A programao dos servios visa priorizao, tendo em vista que os recursos so
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Cabe ressaltar, conforme enfatiza Tavares (2005) equipamentos parados em
momentos de produo, decorrentes de manuteno inadequada, podem significar perdas declientes para a concorrncia, alm de afetar a qualidade daquilo que produzido.
O gerenciamento da execuo dos servios visa fazer com que aquilo que foi
planejado venha a ocorrer na prtica, contudo nesta fase que os profissionais de manuteno
tm de se antecipar aos possveis para possveis desvios que possam influenciar nos prazos,
nos recursos programados. Os registros dos servios e recursos, bem como o gerenciamentodos equipamentos procuram registrar o real frente ao prescrito, e tambm trazer subsdios para
futuros planejamentos.
2.2 A GESTO DE SMS
O atendimento do mercado e o crescente aumento das exigncias legais da sociedade,
principalmente motivados pela globalizao, fizeram com que as organizaes,
principalmente quelas que envolvem altos riscos tecnolgicos, como o segmento petrleo e
gs, passassem a se adequar a uma nova sistemtica de trabalho, onde os valores de SMS
segundo Arajo (2004) devem fazer parte do princpio do negcio da empresa, pois sem eles,
tambm no ser possvel sobreviver, bem como a qualidade do produto no mais um
diferencial e sim um pr-requisito; sem qualidade, o produto no sobrevive.
Segundo Arajo (2004) adotar os valores de SMS no princpio de negcio, virou,
literalmente um grande negcio, onde todas as partes interessadas ganham, ou seja, a prpria
empresa, os trabalhadores, as comunidades, e o governo. A anlise que as organizaes tm
realizar em relao ao ambiente, que esto inseridas, tem de ser cada vez mais abrangente,
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sido acompanhada na bolsa do EUA pela Dow Jones Sustainability World Index (DJSI
World), no Brasil a Bolsa de Valores de So Paulo BOVESPA tem adotado um sistemasemelhante que baseado no programa de responsabilidade social do Instituto Ethos,7 que
procura evidenciar o comprometimento com a sustentabilidade.
Segundo Arajo (2004) ainda nos anos 90 a Petrobras passou a compartilha desta
viso, inseriu no seu gerenciamento o Sistema de Gesto Integrada - SGI, que um sistema de
gesto composto por normas e procedimentos, monitoramento, recursos financeiros, que utilizado para aprimorar os processos, integrando a manuteno e a melhoria de seus
processos produtivos, de segurana, sade, gesto ambiental e responsabilidade social.
O Sistema de Gesto Integrada, que esta implantado na refinaria, objeto do estudo de
caso, utiliza-se para tal dos mais difundidos modelos de gesto em qualidade dos produtos e
processos (modelo ISO 9001), gesto de segurana e sade ocupacional (OHSAS 18001),gesto ambiental (ISO 14001) e responsabilidade social (SA 8000). O SGI um compromisso
de melhoria contnua, atendimento legislao e aos requisitos formados com os clientes e
demais partes interessadas, que esto aderentes ao seu planejamento estratgico.
Os resultados conseguidos pela Petrobras na Gesto de SMS permitiram o seu
reconhecimento pelo DJSI World, como uma das 11 companhias mundiais de petrleo e gs e
uma das seis empresas brasileiras mais sustentveis. Este reconhecimento tambm foi feito
pela BOVESPA, que inseriu a Petrobras no rol de empresas que apresentam alto grau de
comprometimento com a sustentabilidade.
Contudo, conforme destaca Arajo (2004) a certificao no o passaporte para o
cu, o que leva reflexo de que a sustentabilidade das empresas e a excelncia da Gesto de
SMS tm de estar associadas a um programa contnuo de educao visando a sedimentao
destes valores na formao individual e visando modificar aspectos comportamentais,o que
demonstra que o fator humano tem de ser visto como fator fundamental para o atendimento
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ambiente de trabalho, tendo em vista que este o centro do sistema, logo os fatores de
natureza comportamentais e pessoais tm de ser considerados.Theobald (2006) enftico em afirmar que as organizaes tm de modificar os seus
paradigmas, onde h uma dicotomia entre a gesto de pessoas e dos processos, que tm de
buscar o aprimoramento dos processos com pessoas, pois so complementares. Por isso,
um sistema de gesto ser tanto mais eficaz, quanto mais objetivamente considerar a
importncia das pessoas. A gesto com pessoas permite que sejam catalisados e estimuladosos esforos e comportamentos, para que todos tenham liberdade, vontade e desejo de
participar, porm buscando uma relao madura, onde o processo possa ser acompanhado e os
resultados sejam alcanados.
2.2.1 O gerenciamento de Risco
Faertes (2005) procura trazer diretrizes para elaborao de um Programa de
gerenciamento de Riscos (PGR), cuja finalidade prevenir ou minimizar a ocorrncia de
acidentes danosos integridade das pessoas, do meio ambiente e das instalaes. O
programa em questo robusto e necessita ser composto por diversas informaes, planos de
aes, que de modo organizado vo propiciar a identificao dos riscos, a analise, a avaliao
e o tratamento dos riscos.
O inicio do programa feito atravs do levantamento detalhado da unidade, que
passa pela verificao de toda documentao, desenhos, procedimentos e outros que forneam
o suporte lgico para o funcionamento ou operao da unidade, bem como aquelas que vo
permitir o atendimento legislao vigente.
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acidentais previamente identificados, bem como indicar medidas de proteo, que venham
mitigar as conseqncias nos cenrios acidentais previamente identificados.As bases do PGR tm de ser aliceradas para contemplar o tratamento eficaz do
Gerenciamento de Mudanas, na sua plenitude, ou seja, considerar e avaliar os fatores
relativos s instalaes e aos fatores humanos, que permeiam por toda a cadeia produtiva.
Nesse contexto, Llory (2001) traz algumas revelaes muito importantes, no que concerne ao
acidente de Chernobil, tendo em vista que os especialistas propuseram inmeras melhorias,contudo os fatores humanos no foram tratados. Da mesma forma tem de prever toda a
sistemtica aplicada aos procedimentos operacionais, tais como contedo, controle e guarda.
O programa de treinamento previsto no PGR tem de contemplar toda a fora de
trabalho de forma que seja desenvolvida a prtica do trabalho seguro luz dos procedimentos
vigentes, bem como para situaes de emergncias ou de contingncias.
O programa de treinamento tem de prever os treinamentos iniciais, revises
peridicas, para que toda fora de trabalho possa ser condicionada. O processo de
treinamento, segundo Faria (2003) um processo educacional, aplicado de maneira
sistemtica e organizado. Este processo visa transmitir determinados conhecimentos, alm
do desenvolvimento das habilidades e atitudes, para que seja alcanado o fim proveitoso
dentro do contexto organizacional, o qual pode ser considerado, segundo Faria (2003) como
um investimento empresarial.
O processo de treinamento visa o desenvolvimento das capacidades da fora de
trabalho, o qual deve ser extensivo a todos, inclusive para a liderana, que deve estar
comprometida com os programas relativos gesto de SMS, pois conforme Faria (2003) o
lder aquele que mais exerce influncia no grupo em direo aos seus objetivos numa
determinada situao. Contudo conforme preconiza Arajo (2004) possvel considerar
equivocadamente, que as diferenas individuais possam ser solucionadas atravs de
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situaes indesejveis. Alm do fato de buscar a satisfao dos trabalhadores no que tange as
suas necessidades sociais e psicolgicas.Na formulao do PGR outros pontos tm de ser considerados tais como controles de
materiais; processos de manuteno; acompanhamento; respostas as emergncias; auditorias;
garantia da qualidade e integridade mecnica dos equipamentos; analise e investigao dos
acidentes e incidentes; processos de seleo de contratadas e tambm o estabelecimento de
prticas que propiciem o trabalho seguro nas instalaes.O plano de ao de resposta as emergncias tem de estabelecer procedimentos
tcnicos e administrativos e equipamentos que tm de ser adotados ou utilizados para mitigar
e reduzir a magnitude dos efeitos de eventos indesejveis identificados na anlise de riscos.
Alm do fato de prever treinamentos e simulados para o condicionamento de toda a fora de
trabalho.
2.2.2 As tcnicas de anlise de riscos
As tcnicas de anlise de risco10que fazem parte do PGR segundo Morgado (2004)
tm evoludo junto com os demais conhecimentos humanos e algumas ferramentas hoje
disponveis permitem com que esta atividade seja realizada com elevado nvel de
profissionalismo.
A especializao de profissionais, bem como o surgimento e a evoluo de software
que permitem a anlise e a avaliao dos riscos tem crescido, tendo em vista a necessidade de
atendimento exigncias legais da sociedade, principalmente no segmento produtivo de
petrleo de gs, contudo Morgado (2004) no esto ainda suficientemente disseminadas e,
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Tabela 1: Tcnicas de Anlise de RiscoTcnicas destinadas identificao de perigos:
1. Listas de verificao (checklist)2. Anlise histrica de acidentes (AH)3. Anlise preliminar de riscos (APR)4. Anlise de perigos e operabilidade (Hazop)5. Anlise de modos e efeitos de falhas (FMEA)
Tcnicas destinadas avaliao de freqncias de ocorrncias de cenrios de acidentes:
1. Anlise por rvores de falhas (AF)2. Anlise por rvores de eventos (AE)
Tcnicas a serem usadas na avaliao das conseqncias de acidentes:
1. Anlise de vulnerabilidade (AV)2. Anlise de conseqncias (AC)
Tcnicas a serem usadas em situaes especficas:
1. Anlise quantitativa de riscos (AQR)2. Anlise de custo benefcio (ACB)3. Tcnicas especiais (TE)
Fonte: REDUC (1993)
Verri (2007) enftico em afirmar em relao execuo dos trabalhos de
manuteno, que mesmos os servios mais urgentes devem merecer instantes de reflexo
sobre quais so os principais riscos a eles associados e quais as maneiras de bloquear esses
riscos.
Visando atender ao escopo de presente trabalho, que busca apresentar uma
ferramenta, que permita de forma organizada, identificar as energias perigosas existentes nos
equipamentos e adotar as medidas de controle necessrias, para que os riscos envolvidos
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As Listas de Verificao ou checklist uma tcnica simples, porm poderosa, que
estabelecida por meio de uma srie de perguntas direcionadas ao sistema ou unidade queesta sendo analisado, com a finalidade de identificar os perigos. Estas perguntas permitem de
modo rpido a verificao e a constatao anomalias existentes ou potenciais que possam
causar algum problema operacional ou danos a equipamentos, a pessoas ou ao meio ambiente.
A sua aplicao pode ser feita nas diversas fases da vida do equipamento ou sistema,
ou seja, no projeto, na construo, na montagem, rotinas operacionais, acompanhamento de
procedimentos ou em situaes de parada, partida ou condicionamento, averiguar se os
mesmos esto ou no em concordncia com as normas e procedimentos padres, o que
permite a sua utilizao em processos de auditorias.
Identifica tambm necessidade de informaes ou situaes que necessitam de uma
avaliao mais detalhada. E pode ser vista tambm como meio de comunicao ou de controle
nas diversas fases da vida do equipamento ou sistema.
2.2.2.2 Anlise Preliminar de Riscos
Segundo Souza e Muratore (2004) a Anlise Preliminar de Riscos (APR) uma
metodologia estruturada para identificar a priori os riscos decorrentes da instalao de novas
unidades/sistemas ou da operao de unidades/sistemas existentes. uma tcnica de relativa
fcil, no que tange a sua aplicao e possui uma metodologia robusta, que deve ser aplicada
por um grupo multifuncional, que possa atender a situao a ser analisada, cuja participao
do profissional de SMS imprescindvel. Pode ser usada em algumas fases da vida do
equipamento ou sistema, ou seja, no projeto, na construo, na montagem ou em situaes
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operadores, a populao circunvizinha e sobre o meio ambiente. Alm de possibilitar uma
anlise qualitativa e a adoo de medidas de proteo, que venham mitigar as conseqnciasnos cenrios acidentais previamente identificados.
Tabela 2: Cronologia das etapas do APR
1. Definio dos objetivos e do escopo da anlise;
2. Definio das fronteiras da instalao analisada;
3. Coleta de informaes sobre a regio, a instalao e a substncia perigosaenvolvida;
4. Subdiviso da instalao em mdulos de anlise;
5. Realizao do APR propriamente dita (preenchimento da planilha);
6. Elaborao das estatsticas dos cenrios identificados por categorias de freqncia ede severidade;
7. Anlise dos resultados e preparao do relatrio.
Fonte: REDUC (1993)
Segundo Souza e Muratore (2004) no contexto da APR, um cenrio de acidente definido como o conjunto formado pelo perigo identificado, suas causas e cada um dos seus
efeitos.
A metodologia de confeco do APR, para o estabelecimento do nvel de risco,
procura utilizar uma matriz, que formulada com base na freqncia, conforme indica a
tabela 03 e outra que indica a severidade, conforme indica a tabela 04. As categorias defreqncias fornecem uma indicao qualitativa dos cenrios indicados, que segundo
Morgado (2004) poder ser determinada pela experincia dos componentes do grupo ou por
banco de dados de acidentes Do mesmo modo a categoria de severidade procura tambm
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Tabela 3: Categorias de Freqncias dos Cenrios
CATEG DENOMIN.FAIXA DE
FREQ. (/ano)
DESCRIO
A Remota f < 10-3 No esperado ocorrer durante a vida til da instalao.
B Pouco provvel 10-3> f > 10-2Pouco provvel de ocorrer durante a vida til da instalao.
C Provvel 10-2> f > 10-1Provvel de ocorrer durante a vida til da instalao.
D Freqente f > 10-1 Esperado ocorrer pelo menos uma vez durante a vida til da
instalao.Fonte: Motta (2005)
Tabela 4: Categorias de Severidade das Conseqncias dos Cenrios
SEVERIDADE DAS CONSEQNCIAS DO CENRIO
CAT DENOMINAO DESCRIO / CARACTERSTICAS
1 DESPREZVEL
Sem danos ou danos insignificantes aos equipamentos, propriedade e/ouao meio ambiente;No ocorrem leses/mortes de funcionrios, de terceiros (no-funcionrios) e/ou de pessoas extra muros (indstrias e comunidade); omximo que pode ocorrer so casos de primeiros socorros ou tratamentomdico menor.
2 MARGINALDanos leves aos equipamentos, propriedade e/ou ao meio ambiente (osdanos materiais so controlveis e/ou de baixo custo de reparo);Leses leves em funcionrios, terceiros e/ou em pessoas extra muros.
3 CRTICA
Danos severos aos equipamentos, propriedade e/ou ao meio ambiente,levando parada ordenada da unidade e/ou sistema;Leses de gravidade moderada em funcionrios, em terceiros e/ou empessoas extra muros (probabilidade remota de morte de funcionrios e/oude terceiros);Exige aes corretivas imediatas para evitar seu desdobramento emcatstrofe.
4 CATASTRFICA
Danos irreparveis aos equipamentos, propriedade e/ou ao meioambiente, levando parada desordenada da unidade e/ou sistema(reparao lenta ou impossvel);Provoca mortes ou leses graves em vrias pessoas (em funcionrios, em
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Tabela 5: Matriz de Classificao de RiscosF R E Q N C I A
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D RNC RM RC RC
C RNC RM RM RC
B RNC RNC RM RM
SEVERIDADE A RNC RNC RNC RNC
SEVERIDADE FREQNCIA RISCO
1 Desprezvel A Remota RC - Risco Crtico2 Marginal B Pouco Provvel RM - Risco Moderado3 Crtica C Provvel RNC Risco No Crtico4 Catastrfica D FreqenteFonte: Motta (2005)
2.3 O FATOR HUMANO
Conforme preconiza Arajo (2004) o pensamento empresarial atual tem procurado
conhecer o ser humano, principalmente o homem interior, em funo da sua atuao,
capacidades e limitaes que venham a contribuir na funo de trabalhador e como agente no
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ritmo mecnico. Essas teorias propiciavam um processo de excluso onde os trabalhadores
eram vistos em apenas dois grupos, ou seja, os dos que pensam e daqueles que executam