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Um sonho de 30 anos NOVA IGREJA NOSSA SENHORA DO CARAVAGGIO, NO VILA NOVA II Água do Rio das Antas irá abastecer quatro municípios DISTRIBUIÇÃO GRATUITA BENTO GONÇALVES | DEZEMBRO 2018|JANEIRO 2019 | EDIÇÃO 210 | ANO 17 Para brindar Vinícolas da Serra Gaúcha comemoram aumento nas vendas de espumantes Eleições italianas Eleitores com cidadania italiana são convidados a participar do pleito por correspondência De Mostra do Mobiliário a Movelsul, feira alavancou o crescimento do setor moveleiro em Bento Gonçalves Terceira Idade O novo perfil da CONTRASTES DEVOÇÃO SANTA MARIA GORETTI Lixo orgânico vai gerar energia elétrica Câncer: desafio para restabelecer o fluxo da vida? Hora de escolher os representantes políticos Natal na Sra Gaucha ´

DISTRIBUIÇÃO GRATUITA BENTO GONÇALVES | DEZEMBRO 2018 ... · Segurança Pública, Bento Gonçalves figura entre as 20 cidades mais violentas do Rio Grande do Sul. No ranking nacional,

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Um sonho de 30 anos

NOVA IGREJANOSSA SENHORA DO CARAVAGGIO,NO VILA NOVA II

Água do Rio das Antas iráabastecer quatro municípios

DISTRIBUIÇÃO GRATUITA BENTO GONÇALVES | DEZEMBRO 2018|JANEIRO 2019 | EDIÇÃO 210 | ANO 17

Para brindar

Vinícolas da Serra Gaúcha comemoram aumento nas vendas de espumantes

EleiçõesitalianasEleitores com cidadania italiana são

convidados a participar do pleito por correspondência

De Mostra do Mobiliário a Movelsul,feira alavancou o crescimento do

setor moveleiro em Bento Gonçalves

Terceira IdadeO novo perfil da

CONTRASTES

DEVOÇÃO

SANTA MARIA GORETTI

Lixo orgânico vaigerar energia elétrica

Câncer: desafiopara restabelecero fluxo da vida?

Hora de escolher os representantes políticos

Natalna Serra Gaucha´

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RETROSPECTIVA 2018 JORNAL INTEGRAÇÃO DA SERRA | Dezembro 2018 |Janeiro 20192

Por Kátia Bortolini

Empresa Jornalística Integração da Serra Ltda. Rua Refatti, 101 - Maria Goretti - Bento Gonçalves - RS | Fone: (54) 3454.2018 | 3451.2500 | E-mail: [email protected] | www.integracaodaserra.com.br

Periodicidade: Mensal | Circulação: Primeira semana de cada mês, em Bento Gonçalves, Garibaldi, Santa Tereza, Monte Belo do Sul, Pinto Bandeira, São Pedro, Vale dos Vinhedos, São Valentim, Tuiuty e Faria Lemos

Diretora e Jornalista responsável: Kátia Bortolini - MTB 8374 | Social Media: Natália Zucchi | Área Comercial: Moacyr Rigatti | Atendimento: Sinval Gatto Jr. | Diagramação: Vania Maria Basso | Editor de Fotografia:

André Pellizzari | Colaboradores e Colunistas: Aldacir Pancotto, Ancilla Dall´Onder Zat, Bruna Bello, Bruno Nascimento, Melissa Maxwell Bock, Rogério Gava, Thompsson Didoné.

RETROSPECTIVA

As doze edições do Jornal Integração da Serra

que circularam entre janeiro e dezembro de

2018 reportaram, em suas capas, matérias sobre

saúde, terceira idade, feiras, política nacional e

internacional, religiosidade e projetos públicos.

Acompanhe a retrospectiva destas reportagens.

Notícias de capa deste anono Jornal Integração da Serra

Comercialização de espumantes

SinopseO brasileiro vai comemorar a virada de ano – e estourar garrafas de espuman-

te. A bebida está pop. Segundo dados do Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin), o crescimento na comercialização de espumantes moscatel e brut, de janeiro a outubro de 2007, em comparação ao mesmo período de 2017, foi de 125,9%. O destaque deste ano é o crescimento, até o último mês de outubro, de 13,8 % na co-mercialização de espumantes moscatéis, em relação ao mesmo período de 2016.

Atualização Em 2018, o espumante brasileiro continuou em alta, tanto no mercado interno

como no externo. De janeiro a junho, a venda de espumantes no mercado interno atingiu 4,3 milhões de litros, com um crescimento de quase 10% frente a igual pe-ríodo de 2017. Além disso, até setembro deste ano as exportações de espumante cresceram 61,21% em volume e 29,23% em valores, em relação ao mesmo período de 2017.

O espumante nacional se diferencia dos vinhos por ser elaborado a partir de duas fermentações alcoólicas que conferem a ele borbulhas naturais, as famosas “bolinhas”.

JANEIRO

Foto: André Pellizzari

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JORNAL INTEGRAÇÃO DA SERRA | Dezembro 2018 |Janeiro 2019 RETROSPECTIVA 2018 3

Eleições italianas

SinopsePleito, com vagas para italianos residentes em outros países e também para íta-

lo-descendentes com cidadania, mobiliza 89 candidatos pela América do Sul para quatro vagas ao Parlamento e duas ao Senado. Votos da América do Sul serão apu-rados nos primeiros dias do próximo mês de março.

A Itália, de sistema parlamentarista, é o único país que reserva vagas na Câmara e no Senado para representantes fora do seu território. A Lei 459/2001, conhecida como Lei Tremaglia, em vigor desde 2006, destina 18 vagas parlamentares, entre 12 Deputados e seis Senadores, para sufrágios de italianos residentes no exterior, nas-cidos ou não no país, inscritos no Cadastro de Italianos Residentes no Exterior (AIRE). A última eleição foi em 2013, quando foram renovadas todas as vagas da América do Sul. Para a América do Sul há vagas para quatro Deputados e dois Senadores. Elas estão sendo disputadas por 89 candidatos, entre 63 ao Parlamento e 26 ao Senado. O mandato é de cinco anos.

AtualizaçãoA América do Sul elegeu quatro candidatos da Argentina e dois do Brasil. Os

ítalo-argentinos Ricardo Merlo (MAIE), com 52.739 votos e Adriano Cario, da Unione Sudamericana Emigrati Italiani (USEI), com 21.868 votos, foram eleitos para o Se-nado. Os dois deputados eleitos pela Argentina são Mário Borguese (MAIE), com 26.184 votos e Eugênio Sangregorio, da Unione Sudamericana Emigranti Italiani (USEI), com 32.923 votos. Pelo Brasil, foram eleitos deputados os paulistas Fausto Longo, do Partido Democrático (PD), com 8.906 votos e Luis Alberto Lorenzato, da Liga Norte (Lega), com 11.106 votos. Longo foi Senador na gestão anterior. Lorenza-to é o coordenador da Lega na América do Sul.

21ª Movelsul

SinopseA 26ª edição da Movelsul Brasil, que ocorre de 12 a 15 deste mês, na Fundaparque,

sob a presidência do empresário Edson Pellicioli, será focada na diversidade e inovação do mobiliário. Serão 246 expositores, entre os segmentos de escritório, cozinha, dormi-tórios, área de serviço, banho, móveis para jardim, eletros, copas, salas de jantar e estar, tapetes, estofados e colchões, apresentando suas novidades para um público estimado em cerca de 30 mil visitantes profissionais de 50 países. O evento é voltado para lojistas, representantes, arquitetos, designers, decoradores, importadores e jornalistas. Na edi-ção de 2016, a Movelsul Brasil recebeu 29 mil visitantes profissionais de 48 países.

AtualizaçãoMesmo com redução de um dia frente às edições anteriores, a edição de 2018 encer-

rou com 30.284 visitantes profissionais de 33 países. O Sindmóveis, entidade promotora da feira, estima que os 246 expositores obtiveram uma geração de negócios de mais de R$ 300 milhões. A próxima edição ocorre de 16 a 19 de março de 2020, na Fundaparque.

Rio das Antas, fonte de captação

SinopseO Rio das Antas será a próxima fonte de captação de água da Corsan para o

abastecimento dos municípios de Bento Gonçalves, Farroupilha Garibaldi e Carlos Barbosa. No último trimestre de 2017, a Corsan apresentou, em audiências públicas nos municípios abrangidos, o projeto Sistema de Abastecimento de Água Integra-do da Serra, de captação de recursos hídricos para fins de consumo humano na 3ª Secção do Rio das Antas, na comunidade Nossa Senhora do Rosário, pertencente ao município de Bento Gonçalves. O projeto encontra-se em fase de aprovação no Banco Internacional de Desenvolvimento (BID), órgão que destina recursos para obras públicas com juros mais baixos. Orçado em R$ 165 milhões, inclui sistema de captação e adutoras, bombeamento, estação de tratamento de água, reservatório e rede distribuidora. A conclusão está prevista, inicialmente, para 2022. Início da obra depende de liberação de recursos pelo BID. A obra, que já tem o estudo geo-lógico e aguarda licenciamento na Fepam, não demandará barragem.

AtualizaçãoO cenário continua o mesmo.

MARÇO

FEVEREIRO

Reprodução web

Foto: Guilherme Jordani

Foto: André Pellizzari

ABRIL

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JORNAL INTEGRAÇÃO DA SERRA | Dezembro 2018 |Janeiro 2019RETROSPECTIVA 20184

3ª idade

SinopseEm todo o mundo, o número de pessoas com 60 anos ou mais está cres-

cendo rapidamente em relação a outras faixas etárias. O Brasil, segundo a World Health Organization (WHO), até 2025 será o sexto país em número de idosos. Esse cenário é decorrente da redução nas taxas de fertilidade e do acréscimo da longevidade nas últimas décadas. Em todo os países do mundo estão sendo registradas quedas nas taxas de fertilidade. Conforme a WHO, até 2025, 120 países terão alcançado taxas de fertilidade total abaixo do nível de reposição (média de fertilidade de 2,1 crianças por mulher). Atualmente, os especialistas no estudo do envelhecimento referem-se a três grupos de pes-soas mais velhas: os idosos jovens, os idosos velhos e os idosos mais velhos.

AtualizaçãoA população brasileira chegou a 208,4 milhões de pessoas em 2018, se-

gundo estimativa do IBGE, com base no Censo de 2010, divulgada em julho deste ano. Também conforme projeção do IBGE, o país terá mais idosos que jovens em 2060.

Contrastes

SinopseRecentemente, o município de Bento Gonçalves foi manchete nos prin-

cipais veículos de comunicação do estado do Rio Grande do Sul. Dessa vez, não por se destacar como destino turístico brasileiro ou pela alta taxa de qualidade de vida apontada em relatórios anteriores, mas sim pelo crescente número de homicídios na cidade. Os representantes da segurança pública do município atribuem esse acréscimo de assassinatos na cidade a ações de duas facções criminosas de Porto Alegre, em busca do domínio do tráfico de drogas em Bento Gonçalves. Em 2016, foram 28 mortes violentas registradas e, em 2017, o município fechou o ano com o número recorde de 34 homicí-dios. Nos três primeiros meses deste ano, mais da metade dessa taxa já foi atingida: foram 23 mortes violentas registradas. Em 2016, a Brigada Militar realizou 56 prisões em flagrante referentes ao tráfico de drogas, em 2017 este número subiu para 107. Neste ano, 52 prisões foram realizadas no período de quatro meses. De acordo com o Atlas da Violência publicado em 2017 pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, Bento Gonçalves figura entre as 20 cidades mais violentas do Rio Grande do Sul. No ranking nacional, ocupa a 221ª posição de municí-pios brasileiros mais violentos com população superior a 100 mil habitantes.

AtualizaçãoAté o final de dezembro de 2018 foram registrados 50 homicídios em

Bento Gonçalves, com um acréscimo de 47% em relação ao ano anterior.

Maria Goretti

SinopseO bairro Maria Goretti, um dos mais antigos de Bento Gonçalves, no próxi-

mo dia 8 de julho promove a 65ª edição consecutiva da Festa em Honra a San-ta Maria Goretti, padroeira da comunidade. Inspirados no lema “Uma História Construída pela Fé”, a equipe de liturgia, casais festeiros e demais lideranças res-gataram documentos, cartazes das primeiras festas e da inauguração da igreja, construída em ação comunitária, há 55 anos. A primeira edição da festa ocorreu em 2 de agosto de 1953, com procissão solene saindo da Igreja Matriz Santo Antônio até o local onde seria, mais tarde, concretizado o sonho da constru-ção da capela, numa área de 1.800 metros quadrados, doada pela Congregação das Irmãs Carlistas. A missa campal e a bênção da pedra fundamental da igreja Santa Maria Goretti marcaram o início da história que envolveu as famílias do bairro. Também em julho, do dia 21, foi dada a bênção ao novo espaço litúrgico - presbitério e batistério, da Igreja Santa Maria Goretti, em missa presidida pelo pároco da Igreja Matriz Santo Antônio, Ricardo Fontana. O espaço foi revitaliza-do segundo normas litúrgicas, com projeto e orientação dos arquitetos Denise Travi e Dangle Marini.

AtualizaçãoPróxima edição da festa, já em preparativos, ocorre em julho de 2019.

MAIO

JUNHO

JULHO

Foto: André Pellizzari

Foto: André Pellizzari

Foto: André Pellizzari

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JORNAL INTEGRAÇÃO DA SERRA | Dezembro 2018 |Janeiro 2019 RETROSPECTIVA 2018 5

Usina de queima de lixo doméstico

SinopseTrês empresas já demonstraram interesse em participar da licitação para

a construção da Usina de Tratamento e Eliminação dos Resíduos Sólidos Ur-banos de Bento Gonçalves, por pirólise, com edital lançado pela prefeitura no último dia 24 de julho, para a apresentação de propostas até o próximo dia 17 de setembro. A informação é do secretário municipal de Desenvolvi-mento Econômico, Sílvio Bertolini Pasin. A obra será feita em Parceria Público Privada (PPP), na modalidade de concessão administrativa de 35 anos, numa área do município, de 3,79 hectares localizada na rua Davile Sandrin, no bair-ro Pomarosa, onde funciona atualmente a Estação de Transbordo. O modelo vencedor do projeto da usina foi o elaborado pela Planex S/A - Consultoria e Planejamento, de Minas Gerais. A empresa vencedora para a implementa-ção do projeto terá o prazo de doze meses para a execução da obra. Bento Gonçalves produz, em média, 110 toneladas de lixo por dia. Desse montante, 24% é reciclado. Os materiais orgânicos são transportados por caminhões até o aterro sanitário de Minas de Leão, por cerca de 180 quilômetros, com um custo mensal de R$ 250 mil aos cofres do município.

AtualizaçãoA apresentação das propostas, no dia 17 de setembro, foi impugnada por

uma empresa que não estava participando da licitação. O edital foi relançado pela prefeitura, com previsão de abertura das propostas para o último dia 22 de outubro, não concretizada, por intervenção do Tribunal de Contas do Esta-do (TCE). O órgão solicitou à prefeitura esclarecimentos sobre seis pontos do processo, de origem administrativa. As informações são do secretário munici-pal de Desenvolvimento Econômico, Sílvio Bertolini Pasin. Ele acrescenta que as dúvidas do TCE são resultantes da Parceria Público Privada (PPP) propostas pelo projeto, por ser a primeira do gênero do Rio Grande do Sul.

Setembro Dourado: combate ao câncer infantil

SinopseO câncer não poupa ninguém. Segundo o Instituto Nacional de Câncer

(Inca), é a principal causa de morte por doença em crianças e adolescentes de 1 a 19 anos. Mediante essa realidade, está ocorrendo a campanha Setem-bro Dourado, de amplitude nacional, com o objetivo de divulgar o diagnós-tico precoce como forma de vencer o câncer infantil. Em Bento Gonçalves, a campanha, lançada no último dia 13 de setembro, está sendo promovida pelo Centro Espírita Nossa Casa. Entre as ações da campanha no município ocorre, no dia 30 de setembro, a primeira edição da ‘Caminhada pela Vida’, com orientações sobre a importância do diagnóstico precoce do câncer infantil. Cerca de 80% das crianças diagnosticadas precocemente obtém a cura do câncer.

AtualizaçãoDe acordo com dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade

(SIM), do Ministério da Saúde, divulgados no dia 28 de novembro de 2018, o total de crianças, de 0 a 14 anos que morreram por causa do câncer, apre-sentou queda de 13,4%, entre os anos de 2006 e 2016.

Eleições 2018

SinopseMunicípio tem doze candidatos aos cargos de deputado estadu-

al e federal. ito candidatos a Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul e quatro à Câmara Federal, todos residentes em Bento Gonçalves, disponibilizaram seus nomes à eleição do próximo dia 7 de outubro. A disputa promete ser acirrada e, como as chances de pulverização dos votos são grandes, Para Bento Gonçalves, órfã de representatividade nos parlamentos gaúcho e federal nas últimas três décadas, a escolha de pelo menos um nome para essas esferas pode marcar um período de mudanças.

AtualizaçãoMais um pleito sem eleger representantes de Bento Gonçalves na

Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul e na Câmara Federal.

AGOSTO

Foto: André Pellizzari

SETEMBROReprodução Web

Foto: André Pellizzari

OUTUBRO

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Santuário no Vila Nova 2

SinopseMais de cinco mil famílias católicas residentes em Bento Gonçalves nos bair-

ros Vila Nova II, III e IV, no próximo dia 26 de novembro, concretizam um antigo anseio religioso com a inauguração, da nova sede da Igreja Nossa Senhora do Caravaggio. Situado na rua Arlindo Menegotto, nº 480, bairro Vila Nova II, terá mil metros quadrados de área construída entre dois pavimentos, em estilo con-temporâneo, contemplando tendências e técnicas arquitetônicas utilizadas nos tempos atuais. O pavimento superior comportará o santuário, com capacidade para 200 pessoas sentadas, sacristia e três salas de catequese. O pavimento infe-rior sediará o salão de festas, com copa, cozinha, área de serviço e dois banheiros com fraldário, além de duas capelas mortuárias.

AtualizaçãoA comunidade do bairro Vila Nova II, em Bento Gonçalves, prestigiou a inau-

guração da Igreja Nossa Senhora de Caravaggio, no último dia 26 de novembro. Os fiéis lotaram o espaço e acompanharam a missa celebrada pelo bispo da Dio-cese de Caxias do Sul, Dom Alessandro Ruffinoni, e também pelos padres das paróquias Santo Antônio e Cristo Rei.

ASSOCIAÇÃOCAMINHOS DE PEDRALinha Palmeiro, s/n - Distrito de São Pedro

Bento Gonçalves - RS

EDItAl DE CONVOCAÇÃOPelo Presente Edital, nos termos dos artigos 20 a 26 dos Estatutos

Sociais, ficam convocados todos os Associados da categoria sócios contribuintes empreendedores da Associação Caminhos de Pedra para Assembleia Geral Extraordinária, que acontecerá no dia 09 de janeiro de 2019, na Casa da Memória Merlin, Linha Palmeiro, São Pedro, Bento Gonçalves, RS, marcada para às 19 horas, em primeira convocação e para às 19 horas e 30 minutos, em segunda convocação, com a seguin-te:

Ordem do Dia:1. Definição de contribuição para associados na modalidade de

empreendimentos.2. Assuntos Gerais.

Bento Gonçalves, 29 de dezembro de 2018

Maristela Pastorello lerinPresidente

Natal na Serra Gaúcha

As festividades de Natal mexem com as emoções das pessoas, de uma for-ma ou de outra. Milhares de brasileiros demonstram estar ainda mais emoti-vos para o próximo Natal em relação aos anteriores, em função da prolonga-da crise financeira e política que atormenta o país. O Brasil está ansioso pelo término desse ciclo e a maioria acredita que o governo do presidente eleito, Jair Bolsonaro, dará um fim a essas crises. Com o cenário nacional em “lua de mel” com Bolsonaro e com o pagamento do 13º salário, o dinheiro tem cir-culado um pouco mais no Brasil nos últimos meses, animando o comércio e o turismo, entre outros setores da economia. Em Bento Gonçalves, os lojistas projetam acréscimo de vendas para esse Natal, alguns em até 20% em relação ao anterior.

Nos últimos anos, Bento Gonçalves cresceu como destino turístico no Na-tal, por conta do acréscimo de atrações, como o passeio noturno com o trem Maria Fumaça, entre a estação férrea de Bento Gonçalves e a de Carlos Barbo-sa, com parada na estação de Garibaldi, iniciado no último mês de novembro.

NOVEMBRO

Foto: André Pellizzari

Foto: Divulgação Giordani Turismo

DEZEMBRO

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JORNAL INTEGRAÇÃO DA SERRA | Dezembro 2018 |Janeiro 2019 7LAZER

A área verde do Parque de Eventos de Bento Gonçalves (Fundaparque) está sendo redescoberta pela popu-lação para esporte e lazer, a exemplo do que ocorria no local nas décadas de 80 e 90, no então denominado Par-que da Fenavinho. O parque, com um território total de 322. 556 mil metros quadrados, está sendo procurado pela população para contato mais próxi-mo à natureza e práticas esportivas, como caminhada, corrida e ciclismo. No parque, também é comum encon-trar, principalmente no gramado em frente ao Pavilhão A, crianças corren-do com a liberdade que as ruas já não oferecem aos pequenos. Encontros para o chimarrão no final de tarde ou do domingo de manhã são frequen-tes, principalmente sob a sombra de alguma árvore, e até piqueniques, como acontece em parques de gran-des cidades, são vistos pela grande área verde do complexo, atualmente administrado pela Fundação Parque de Eventos (Fundaparque).

Parque redescobertocomo área de lazer

Foto: Exata Comunicação

Fotos: Divulgação

Vida noturna nas décadas de 80 e 90no então Parque da Fenavinho

Nas décadas de 80 e 90, havia, no então chamado Parque da Fena-vinho, restaurantes e bares, em torno dos quais também girava a vida noturna do município. Hoje, o acesso dos moradores de Bento Gon-çalves ao parque é liberado das 6h30min às 20 horas, durante a sema-na. O acesso de veículos é permitido até às 17 horas. Após esse horá-rio, a entrada é liberada apenas para pedestres e ciclistas. Aos finais de semana, o horário de funcionamento também é das 6h30min às 20h, mas o acesso é permitido apenas para pedestres/ciclistas. Nessa faixa horária, é permitido utilizar as churrasqueiras do bosque de árvores nativas, mediante prévia comunicação à administração do parque.

Área de terra do parque foi adquirida pela prefeiturana década de 60 para sediar o pavilhão da Fenavinho

Grande parte da área do parque foi adquirida pelo município na década de 60 para a construção do pavilhão de exposição da 1ª Festa Nacional do Vinho (Fenavinho). Em 1998, a prefeitura de Bento Gonçalves repassou a administração do patrimônio público à Fun-daparque, através de concessão de uso de bem público por tempo determinado, no caso para vinte anos. A cessão foi renovada para a Fundaparque em 2018, para mais vinte anos.

Hoje, o complexo sedia 58.000 metros quadrados de área constru-ída e climatizada para a promoção de feiras e eventos que projetam Bento Gonçalves no cenário nacional e internacional e rendem divi-dendos à cidade por atraírem milhares de pessoas ao município.

Encontros para o chimarrão de final de tarde são frequentes no Parque de Eventos de Bento Gonçalves (Fundaparque)

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INHASV JORNAL INTEGRAÇÃO DA SERRA | Dezembro 2018 |Janeiro 20198

A graciosa Taiza Borba da Silva comemorou seus sete aninhos na casa dos dindos e avós

Anderson e Juliana de Pauli na festa dos sete anos do filhão Anderson Jr.

Foto: André Pellizzari Fotografia

Foto: Arquivo Pessoal

Foto: Arquivo Pessoal

Pietro Bortolini comemorou seus 14 anos no último dia 18 de dezembro na companhia de familiares e amigos, em Farroupilha

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JORNAL INTEGRAÇÃO DA SERRA | Dezembro 2018 |Janeiro 2019

LABORATóRIO OSwALDO CRUZ

9EMPRESAS

A Cia do Sono, de Porto Alegre, divulgou a franquia de Bento Gonçal-ves, em evento da empresa, em Porto Alegre, como segunda colocada no seu ranking nacional de 2018, em ven-das e metas alcançadas.

Na comemoração anual, ocorri-da no último dia 16 de dezembro, na Merci Casa de Festas, a companhia reconheceu o trabalho desenvolvido pelos franqueados e micro franque-ados. Os melhores do ano ganharam troféus e prêmios, de acordo com os patamares alcançados.

O Laboratório Oswaldo Cruz, de Bento Gonçalves, que há mais de duas décadas vem oferecendo serviços di-ferenciados a pacientes, clínicas e la-boratórios, também pensa nas crian-ças. Para facilitar a coleta com agulha, o laboratório disponibiliza aos peque-nos óculos de realidade virtual, com desenhos animados de super. Heróis. A técnica de distração é reconhecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Além disso, o laboratório tam-bém conta com uma brinquedoteca e concede um “certificado de coragem” à criança, após a coleta para o exame.

Além desse, há outros diferenciais

54 3452.4723 | [email protected] General Osório, 309 - Sala 904 - Centro - Bento Gonçalves - RS

Franquia da Cia do Sono de Bento destaca-se no alcance de metas

As franqueadas de Bento Gon-çalves Natália Millan e Neide Olsseski receberam o troféu da diretora finan-ceira Tatiana Pedroso. A franquia local também ganhou uma viagem nacio-nal, com destino a ser escolhido.

A Cia do Sono é uma marca com 31 anos de mercado, que atualmente conta com vinte franquias e 20 micros franquias em todo o Brasil. A empre-sa gaúcha já foi destaque em diversas mídias nacionais devido à qualidade de seus produtos e seu modelo de ne-gócio inovador.

Foto: Divulgação

Uso de tecnologia para coletaem crianças aprovada pela OMS

que determinaram a consolidação do laboratório em Bento Gonçalves e ou-tros municípios da região.

l Nível excelente em controle de qualidade há 15 anos;

l Laudos modernizados, com grá-ficos e histórico de resultados anterio-res;

l Identificação de amostras infor-matizada, através de código de barras;

l Coletas a domicílio, com prévio agendamento;

l Salas de coletas individualiza-das, com espaço infantil diferenciado para atendimento pediátrico;

l Resultados via internet.

Felipe Pedroso, Francisco de Brito, Natália Milan, Tatiana Pedroso, Neide Olsseski, Jésica Olsseski com Pedro Henrique e Carlos Alberto Bitello, na premiação

da franquia da Cia do Sono de Bento Gonçalves

Profissionais do Laboratório Oswaldo Cruz realizam a coleta enquantoas crianças assistem a desenhos animados

ERRAtANa edição 208, página 6, erramos ao citar a entidade promotora da Fimma

Brasil, como Sindicato das Indústrias de Construção e do Mobiliário do Estado do Rio Grande do Sul. O correto é: Associação das Indústrias de Móveis do Estado do Rio Grande do Sul (Movergs).

Foto: Divulgação

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JORNAL INTEGRAÇÃO DA SERRA | Dezembro 2018 |Janeiro 2019

CIC-BG: entidade protagonizou várias

ENTIDADES10

ano de 2018 entrará na história do Centro da Indús-tria, Comércio e Serviços (CIC-BG) por ser ter sido o primeiro de atuação em sua aguardada nova sede,

um sonho acalentado durante décadas. Entregue em dezembro de 2017, o prédio começou a ser utilizado a partir de janeiro deste ano, quando a sede administrativa foi transferida para o novo espaço. O prédio simboliza o associativismo que sempre pautou a atuação do CIC-BG. Ao lado da mais representativa entidade empresarial da cidade, operam no mesmo prédio, denominado Bento Gonçalves Centro Empresarial, importantes associações de classe, como a Movergs e o Sindmóveis, do setor moveleiro. As três foram responsáveis pelo investimento de R$ 17 milhões aplicados na construção do prédio, um complexo de 5 mil metros quadrados, que também con-grega outras entidades: Ascon, Segh, Simplav e Sindiben-to, Apescont e Consepro.

Há um ano, em dezembro de 2017, Elton Paulo Gialdi, assumiu a presidência do CIC-BG. Na entrevista a seguir, ele discorre sobre as ações da entidade no decorrer deste ano.

Foto: Igor Guedes

Elton Paulo Gialdi, presidente do CIC-BG

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JORNAL INTEGRAÇÃO DA SERRA | Dezembro 2018 |Janeiro 2019 ENTIDADES 11

Integração: Como avalia seu primeiro ano à frente do CIC-BG?

Elton: De maneira positiva, de trabalho intenso, de muita superação e aprendizado. Acredito que tivemos e ainda temos vários desafios para superar, pois quem assume uma enti-dade com a grandeza do CIC-BG, não pode medir esforços para bem repre-sentar esta instituição que tem muito a contribuir para o município. Procu-ramos fazer tudo com muito zelo e na melhor forma, buscamos união e fortalecimento com demais entida-des para sermos mais representativos. Acredito que conseguimos ajudar um pouco a tornar nossa região e nossa sociedade ainda melhores.

Integração: Há alguma iniciativaque gostaria de destacar?

Elton: Foi um ano bem produtivo, até pelas circunstâncias que surgiram. Mas também acho que o CIC conse-guiu desempenhar sua função como entidade que protagoniza ações em prol da sociedade. Atuamos muito de maneira política, engajados so-cialmente. Acredito que isso faz uma diferença muito grande, porque te-mos força para isso e não deixamos o poder público sozinho na busca pela representatividade que o município precisa. Atuamos com entidades par-ceiras, como Cics Serra, Amesne e Co-rede, para que nossa região não fique desassistida, para que tenhamos voz para que nossas demandas sejam vis-tas pelos governos como prioritárias e necessárias, pois somos uma das regi-ões que mais contribuem com a rique-za deste Estado.

Integração: Um de seus desafios quando assumiu era o de criar oportunidades. Conseguiu fazer isso?

Elton: Acredito que sim, que o CIC criou várias situações para oportuni-zar melhorias em nossa sociedade. Muito partiu de sua própria história ligada ao associativismo, trabalhan-do de maneira coletiva. Aliás, essa foi

ações em prol da comunidade em 2018

Foto: Natália Zucchi

uma das oportunidades: fomentar a atuação coletiva da sociedade. Esti-vemos à frente de nossos associados para estimular seu envolvimento polí-tico, já que só assim vamos conseguir mudar algo; trouxemos a maior festa deste município de volta e, junto a ou-tras entidades, tenho certeza que fare-mos, em 2019, uma Fenavinho à altura de sua história, ao lado de outra gran-de marca de nosso município, a Expo-Bento. Atuamos fortemente também com outras entidades para conseguirmos o novo presídio e dotar nossas polícias com equipamentos para combater o crime; nos empenhamos muito para reunir a cidade em torno do Bento+20, para pen-sar, discutir e projetar a Bento que quere-mos nos próximos 20 anos, um trabalho também coletivo. Tem muitas ações, e tenho certeza que muitos resultados vi-rão disso.

Integração: Por que a preocupação política?

Elton: Porque não há outra for-ma de resolver a situação do país se-não por meio da política. Em tudo há política, onde há diálogo, há política. É preciso entender que frases como “políticos são todos iguais” ou “prefiro não me envolver com essas questões” só dão a entender que as coisas estão boas do jeito que estão. E todos sa-bem que não estão. Se quisermos mu-dar, se quisermos melhorar, temos de nos envolver, discutir, debater, cobrar. Nós, como entidade, temos o dever de estimular essa postura. E foi o que procuramos fazer, envolvendo nossos associados nessas discussões, pois sa-bemos que elas serão replicadas em seus meios. Estando cientes, agimos com mais inteligência.

Integração: O que esperar do CIC-BG em 2019?

Elton: Muito trabalho. Dedicação e empenho. Estaremos sempre dis-postos ao engajamento pela defesa das bandeiras que são importantes para nossa gente. Entendemos que o mundo está mudando muito e rápido e os desafios e as necessidades que nossa entidade tem hoje são muito

diferentes que a do passado, por isso precisamos estar atentos as novas demandas e principalmente incluir os jovens, dar espaço e apoio a esta geração que vai estar liderando daqui a alguns anos, mas para isso preciso incluir e preparar o terreno buscan-do uma sociedade melhor, sempre a favor dos interesses de Bento Gonçal-ves.

Bento Gonçalves Centro Empresarial, a sonhada sede do CIC-BG

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JORNAL INTEGRAÇÃO DA SERRA | Dezembro 2018 |Janeiro 2019OPINIÃO12

AncillaDall Onder

[email protected]

Zat

Dezembro

mês de dezembro é pródigo em comemorações e da-tas significativas em muitos e variados aspectos. É o de fato chamado mês dos presentes. Inicia com o dia

primeiro, lembrando o bem-aventurado Charles de Fou-cauld, pela sua luta contra a Aids e, poucos dias depois, comemora-se o lendário São Nicolau de Mira, origem fi-gurativa do Papai Noel.

A Imaculada Conceição de Nossa Senhora é comemo-rada em 8 de dezembro, juntamente com o Dia Nacional da Família e também o da Justiça. Comemora-se, dias de-pois, o da Bíblia dos Direitos Humanos e de Nossa Senhora de Guadalupe. Não podemos esquecer Santa Luzia, pro-tetora dos olhos, e São João da Cruz, com sua afirmação: “Quem ama não se cansa e não cansa os outros”.

Em dezembro também comemoramos o Dia Interna-cional do Migrante, do passado e da atualidade, na sensi-bilidade humana em relação ao processo migratório. Por outro lado, a Primavera, que nos brindou com o espetácu-lo da exuberância da natureza, cede espaço ao verão, com o seu calor natural e, por derivação, espera-se também o calor humano entre as pessoas.

Mas a data máxima de dezembro e do ano é o Natal, quando celebramos o nascimento de Jesus, em família,

entre abraços e presentes, precedidos pela oração. Não podemos esquecer que Jesus de Nazaré nasceu em Be-lém, por um chamamento dos pais Maria e José, para responder ao censo ordenado pelo imperador romano César Augusto. Na manjedoura, que lhe serviu de berço, revelou a sua humildade para crescer em virtudes e sabe-doria: “amar ao próximo como a ti mesmo”, em princípio de igualdade e respeito entre as pessoas. O Natal imprime em todos nós sentimentos nobres de amor ao próximo, de solidariedade, de partilha e, sobretudo, de esperança.

Após o Natal lembramos Santo Estevão, o primeiro mártir da Igreja, e a Sagrada Família, comemorada em trinta de dezembro, enquanto aguardamos o findar de mais um ano em 31 de dezembro, o dia da Esperança.

A esperança sempre esteve presente entre os seres humanos pois encerra, em seu significado e sentido, o desejo de realização de que algo de bom aconteça, isto é, motiva e estimula o alcance de objetivos em qualquer idade.

Todo final de ano é propício para uma reflexão sobre a trajetória realizada. É nesse clima de reflexão e de es-perança que desejamos um Ano Novo de muita alegria, saúde e paz.

Que você sempre tenha um sonho pelo qual lutar, um projeto para realizar, algo que aprender, um jornal para ler, um lugar para onde ir e alguém a

quem amar... Tudo de bom em 2019!

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Consepro define diretoria para 2019-2020

JORNAL INTEGRAÇÃO DA SERRA | Dezembro 2018 |Janeiro 2019 SEGURANÇA 13

Estão definidos os integrantes que farão parte da diretoria da Fundação Consepro de Apoio à Segurança Públi-ca de Bento Gonçalves para o biênio 2019-2020, cuja presidência ficará a cargo do empresário José Carlos Zor-tea. Ele terá como primeiro-vice Vitor Agostini e como segundo-vice Mateus Basso.

Uma das metas definidas pelo novo corpo diretivo do órgão é sen-sibilizar a comunidade na busca pela doação de recursos para a aquisição de 40 câmeras, a fim de ampliar o mo-nitoramento eletrônico da cidade. Os pontos para a instalação dos disposi-tivos já foram mapeados pela Brigada

GEStÃO 2019/2020 DO CONSEPROPresidente: José Carlos Zortea1º vice-presidente: Vitor Agostini2º vice-presidente: Mateus Antonio Basso1º secretário: Edegar Brandelli2º secretário: Fernando Ben1º tesoureiro: Dione Zaccaron2º tesoureiro: Leocir GlowackiConselho Técnico: Sidnei Cipriani, Gabriel Poletto Luchese, Laudir PiccoliConselho Fiscal: Jocimara Nunes, Juliano Frizzo e Emiliano Castamann. Como suplentes, Carlos Alberto Cainelli, Elton Paulo Gialdi e Márcio Brandelli

Militar, responsável pelo Centro Inte-grado de Operações, onde as imagens são geradas.

A prefeitura também participará do processo, auxiliando no cabea-mento de fibra ótica e ligação com os postes de luz. “A união da nossa comunidade já trouxe muitos bene-fícios a todos. Esse é mais um plano para continuarmos nosso objetivo em deixar Bento Gonçalves cada vez mais segura, para todos”, diz Zortea.

No espírito cooperativo que de-marca a atuação do Consepro, as dire-torias estão trabalhando unidas para colocar em prática, mais uma vez, a emissão das guias, juntamente com

o carnê do IPTU, para contribuição voluntária da comunidade. Os bole-tos devem ser distribuídos a partir de janeiro. “É importante engajarmos a comunidade nesse projeto, que é ar-recadar fundos para a manutenção do trabalho do Consepro, uma vez que a aplicação desses recursos beneficia

toda a comunidade. Por isso é que es-tamos trabalhando na sensibilização das pessoas para contribuir. O bene-fício será para todos, pois as verbas arrecadadas são utilizadas para o me-lhor serviço de nossas forças policiais”, destaca Zortea. O valor da contribui-ção espontânea será de R$ 15,00.

Foto: Exata Comunicação

Diretoria do Consepro articula projetos para 2019

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JORNAL INTEGRAÇÃO DA SERRA | Dezembro 2018 |Janeiro 2019RURAL14

Abertas as inscrições para curso básico de elaboração de vinho na Serra Gaúcha e Paraná

Nós agradecemos pela oportunidade de fazer parte da sua história e por contribuir para o seu sucesso. Esperamos que esta parceria continue ainda por muitos e muitos anos.Que as sementes do bem que você plantou durante o ano floresçam neste novo ano, em forma de AMOR, PAZ, UNIÃO e TOLERÂNCIA e que em 2019 você encha seu coração de brilhantes motivações para a nova semeadura.

São os votos da equipe da EMATER de Bento Gonçalves

thompssonDidoné

EnólogoEmater/RS - AscarBento Gonçalves

[email protected]

O início da safra de uva é o mo-mento ideal para aprender a milenar arte da elaboração do vinho. As inscri-ções para o tradicional curso promovi-do pela Embrapa Uva e Vinho já estão abertas com duas turmas em Bento Gonçalves (RS), e duas turmas em Co-lombo (PR).

O curso, com um dia e meio de duração, irá abordar a teoria e a prá-tica de elaboração de suco e vinhos brancos e tintos, além de propiciar um turno exclusivamente para a prática em análise sensorial, momento fun-damental para apreciar os atributos de um bom produto ou identificar os defeitos graves.

“A cada ano vamos ajustando a programação, visando atender as de-mandas que recebemos. Com certeza essa é a base do sucesso dessa capa-citação que já vem sendo realizada há

Mais um ano se encerra, mais um ciclo se fecha e é tempo de fazer uma retrospectiva. É tempo de olhar para trás e rever os planos que foram traçados, o caminho que foi percorrido, as metas e os objetivos que foram alcançados. É tempo também de olhar para a frente, refazer planos, vislumbrar novos horizontes e abrir o coração para sonhar.

Foto: Viviane Zanellamuitos anos pela equipe”, comenta Rodrigo Monteiro, Supervisor do Se-tor de Prospecção, Gestão e Avaliação de Tecnologias da Embrapa Uva e Vi-nho. Ele destaca que antes mesmo da abertura das inscrições a procura pelo treinamento já estava acontecendo e que a perspectiva é que as vagas, que são limitadas, se esgotem rapidamen-te.

Os treinamentos começam por Bento Gonçalves. A primeira turma será nos dias 28 e 29 de janeiro e a se-gunda, nos dias 30 e 31 de janeiro. Em Colombo, a turma 1 ocorre nos dias 4 e 5 de fevereiro, e a turma 2, nos dias 6 e 7 de fevereiro. As inscrições são an-tecipadas e as vagas são limitadas.

Para conferir o programa comple-to e fazer a inscrição em Bento Gon-çalves, acesse o site da Embrapa Uva e Vinho: www.embrapa.br.

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JORNAL INTEGRAÇÃO DA SERRA | Dezembro 2018 |Janeiro 2019 SAÚDE 15

Hospital Tacchini passa a utilizar software próprio para monitorar casos de urgência em Cardiologia

Nova ferramenta já está em atividade, garantindo ainda mais a segurança do paciente

A doença cardiovascular é a prin-cipal causa de óbito no mundo. O in-farto agudo do miocárdio representa a principal causa de óbito entre as doenças cardiovasculares. Neste caso, um atendimento rápido, eficaz e orga-nizado faz total diferença no momen-to de salvar uma vida. Focado nisso, o Hospital Tacchini passou a utilizar a tecnologia da informação para agi-lizar todo o processo, sendo o único hospital a ter um programa próprio para esta área de atendimento. Os pri-meiros resultados são bastante pro-missores.

Na instituição, este trabalho ficou conhecido Protocolo da Dor toráci-ca, idealizado pela equipe formada pelos médicos Ricardo De Gasperi e Franciele Debortoli e pelas enfermei-ras Mariana Miotto e Marcela Dachery, coordenadora do Pronto Socorro. A ideia surgiu da necessidade de reduzir o tempo entre a chegada do paciente na emergência, o diagnóstico do in-farto e o tratamento definitivo. “Reuni-mos enfermeiros, médicos e a equipe da TI (Tecnologia da Informação) com o objetivo de criar um dispositivo que mobilizasse toda a equipe a favor do tempo. Afinal, tempo é determinante para ter ou não lesões definitivas ou mesmo salvar a vida de um paciente”, diz Marcela. Ela confirma que após a implantação os tempos diminuíram consideravelmente.

Ela conta que após a implanta-ção do aplicativo, as equipes envol-vidas se engajaram totalmente ao novo processo e hoje o desafio dos profissionais é diminuir sempre mais o tempo a favor do paciente”, relata. A Enfermeira lembra que até então, os indicadores eram registrados em papel e ao final de cada mês podiam

Foto: Divulgação Hospital Tacchini

ser avaliados apenas como positivos ou negativos. “Em termos de socorro, a eficiência das equipes sempre foi a mesma. Agora, com essa ferramenta temos como mensurar nossos dados com maior precisão, pois tudo fica registrado. Hoje temos ainda mais se-gurança em nossas ações e vimos o quanto a tecnologia pode contribuir com nosso trabalho em prol da segu-rança do paciente”, diz a coordenado-ra do Pronto Socorro.

tI a favor do pacienteDesenvolvido pela Xcape Enge-

nharia de Software, o sistema supre totalmente a necessidade do Hospi-tal Tacchini. Conforme o CEO da em-presa, Andreo Buffon, a plataforma é fácil de ser interpretada por todos os profissionais envolvidos. “Desde a tria-gem na chegada ao Pronto Socorro até o último procedimento, o progra-ma consegue mostrar todas as etapas de atendimento, bem como os tem-pos em que os mesmos são realiza-

dos, obedecendo sempre os tempos padrões estipulados”, explica. A Xca-pe já é parceira do Hospital Tacchini há mais de cinco anos e hoje oferece suporte e soluções em tecnologia da informação de forma integral para di-ferentes setores da Instituição. “O fato de conhecermos o perfil do Hospital facilitou o trabalho, pois todos os pro-fissionais, de uma forma ou de outra, já tem acesso aos nossos programas”, reconhece Andreo.

Como funcionaQuando o paciente chega ao Pron-

to Socorro do Hospital Tacchini com sintomas como dor torácica de forte intensidade (queimação), podendo irradiar para o estômago, pescoço, braços e eventualmente até a região posterior do tórax, imediatamente ele é atendido pela equipe assistencial do setor de triagem. No mesmo ins-tante, o atendente acessa o programa em um ‘tablet’, respondendo a alguns questionamentos sobre os sintomas

reais e, a partir disso, é disparado um cronômetro que mostra o tempo de cada etapa do procedimento.

O passo inicial é a realização do exame de eletrocardiograma, o qual precisa ser avaliado pelo médi-co emergencista em até 10 minutos. Se confirmado o diagnóstico, com o mesmo tablet, um cardiologista é acionado com urgência, assim como toda equipe de sobreaviso da hemo-dinâmica, a qualquer momento das 24h do dia.

Conforme o médico cardiologis-ta, Dr. Ricardo de Gasperi, chefe do Departamento de Hemodinâmica do Hospital Tacchini, o uso do aplicativo permite agilizar o acionamento do serviço de hemodinâmica e permite gerenciar o tempo de todo o processo dentro da instituição. “O paciente pre-cisa estar com a artéria aberta o mais breve possível, e o tempo neste caso, pode ser a diferença entre o sucesso e insucesso”, avalia.

Doença cardiovascularO infarto agudo do miocárdio re-

presenta a principal causa de óbito entre as doenças cardiovasculares. Comumente apresenta-se com dor torácica em queimação, de forte in-tensidade, podendo irradiar para o es-tômago, pescoço, braços e eventual-mente até a região posterior do tórax. Sintomas como falta de ar, palpitação, sudorese, náuseas e vômitos podem estar associados.

Entre os tipos de infarto, existe aquele em que a artéria coronária (ar-téria do coração) oclui subitamente. Neste caso o paciente apresenta dor sem alívio e precisa ter o diagnóstico e tratamento realizados em caráter de urgência.

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JORNAL INTEGRAÇÃO DA SERRA | Dezembro 2018 |Janeiro 201916 ARTE

Esculturas de Aido Dal Mass, em zinco, inspiradas em atividades camponesas

Via del Vino 3452.4163 | Shopping Bento 3055.2218 | L´América Shopping 3451.7696

Seja um

Ligue

A mais nova obra do artista plás-tico Aido Dal Mass,intitulada “Ameaça do futuro da nossa paisagem rural”, apresentada em 29 de dezembro, objetiva renovar a imagem de uma região rural de Bento Gonçalves, a ser escolhida, inserindo cinco esculturas com tamanho de dois metros, feitas com refugos de ferro velho, inspiradas nas atividades camponesas.

As peças foram confeccionadas com a técnica destrutivista. difundida por Dal Mass em Bento Gonçalves. A técnica se baseia na utilização de ma-teriais de ferro velho, especialmente o zinco (imune às intempéries do tem-po que afetam a maioria dos metais), arames e canos, tendo como base tijo-los e ladrilhos confeccionados na zona rural de Bento Gonçalves.

O artistaAido Dal Mass é natural de Ponta

Grossa, Paraná. Em meados de 1956,

Fotos: Divulgação/Émile Dala Senta

sua família retorna para Bento Gonçal-ves, onde reside até hoje. Autodidata, Dal Mass tem uma trajetória de 35 anos marcada pela criação de diver-sas obras, entre pinturas e escultura. Boa parte de sua obra retrata a saga da imigração italiana no Rio Grande do Sul. No acervo do artista tambem há obras dos mais diversos materiais e técnicas, com leituras diversas para o Brasil e exterior.

Em sua fase atual utiliza acrílico sob tela de caráter expressionista ge-ométrico. Já produziu obras relaciona-das às técnicas abstratas e surrealistas. Na escultura. imprime um traço geo-metrizado sem perder essencialmen-te as curvas com uma leitura contem-porânea.

O projeto artístico “Ameaça do fu-turo da nossa paisagem cultural” foi contemplado pelo Fundo Municipal de Cultura. O Atelier Aido Dal Mass fica situado na rua Humaitá, 585.

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Caderno de Cultura e Arte Jornal Integração da Serra

Nº 63 | Dezembro 2018 | Janeiro 2019

Foto: Rita Michelin

Hotel Villa Michelon abre suas portas para o público na edição 2019 do La Bella Vendemmia. Evento inicia no dia 11 de janeiro e segue até 8 de março, sempre às sextas-feiras. Página 3

La BellaVendemmia

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2 | Mosaico | Jornal Integração da Serra | Dezembro 2018 | Janeiro 2019

Numa determinada floresta havia três leões. Um dia o macaco, representante eleito dos animais súditos, fez uma reunião com toda a bicharada da floresta e disse:

- Nós, os animais, sabemos que o leão é o rei dos animais, mas há uma dúvida no ar: existem três fortes leões. Ora, a qual deles nós devemos prestar homena-gem? Quem, dentre eles, deverá ser o nosso rei? Os três leões souberam da reunião e comentaram entre si:

- É verdade, a preocupação da bicharada faz senti-do, uma floresta não pode ter três reis, precisamos sa-ber qual de nós será o escolhido. Mas como descobrir?

Essa era a grande questão: lutar entre si eles não queriam, pois eram muito amigos. O impasse estava formado. De novo, todos os animais se reuniram para discutir uma solução para o caso. Depois de usarem técnicas de reuniões, etc. eles tiveram uma ideia exce-lente. O macaco se encontrou com os três felinos e con-tou o que eles decidiram:

- Bem, senhores leões, encontramos uma solução desafiadora para o problema. A solução está na Mon-tanha Difícil.

- Montanha Difícil? Como assim? - É simples, pon-derou o macaco.

Decidimos que vocês três deverão escalar a Monta-nha Difícil. O que atingir o pico primeiro será consagra-do o rei dos reis. A Montanha Difícil era a mais alta entre todas naquela imensa floresta. O desafio foi aceito. No dia combinado, milhares de animais cercaram a Monta-nha para assistir a grande escalada. O primeiro tentou. Não conseguiu. Foi derrotado. O segundo tentou. Não conseguiu. Foi derrotado. O terceiro tentou. Não con-seguiu. Foi derrotado. Os animais estavam curiosos e impacientes, afinal, qual deles seria o rei, uma vez que os três foram derrotados? Foi nesse momento que uma águia sabia, idosa na idade e grande em sabedoria, pe-diu a palavra:

- Eu sei quem deve ser o rei. Todos os animais fize-ram um silencio de grande expectativa.

Todos gritaram para a Águia. - A senhora sabe, mas como sabe?

CesarAnderle

Diretor da Anderle Transportes

O Rei dos Reis- É simples, - confessou a sabia águia, - eu estava

voando entre eles, bem de perto e, quando eles volta-ram fracassados para o vale, eu escutei o que cada um deles disse para a montanha.

O primeiro leão disse: - Montanha, você me venceu! O segundo leão disse: - Montanha, você me venceu! O terceiro leão também disse que foi vencido, mas, com uma diferença, ele olhou para sua dificuldade e disse:

- Montanha, você me venceu, por enquanto! Mas você, montanha, já atingiu seu tamanho final, e eu ainda estou crescendo.

- A diferença, - completou a águia, - é que o terceiro leão teve uma atitude de vencedor diante da derrota e quem pensa assim é maior que seu problema.

Os animais da floresta aplaudiram entusiasticamen-te ao terceiro leão que foi coroado rei entre os reis.

Ou seja, não importa o tamanho de seus problemas ou dificuldades que você tenha; seus problemas, pelo menos na maioria das vezes, já atingiram o clímax, já estão no nível máximo - mas você não. Você ainda está crescendo.

Você é maior que todos os seus problemas juntos. Você ainda não chegou ao limite de seu potencial e per-formance. A Montanha das Dificuldades tem tamanho fixo, limitado. Portanto, é só uma questão de tempo para superá-la. O que importa na Vida é termos respeito pela natureza, pelas pessoas, pelos costumes, o outro é tão importante quanto o eu, tendo a certeza que Deus é o criador da Montanha e que é necessário respeitá-la ja-mais iremos cometer deslizes com as pessoas ao nosso redor, mas estaremos ao lado de Deus para superar os nossos próprios limites e desafios.

Na verdade, crescemos juntos, o desafio estará ex-posto para todos os dias do novo ano, mas as soluções e alternativas também, basta compreendermos melhor cada situação e isso se dá através do comprometimen-to e suor de cada segundo que iremos viver no novo ano que se inicia.

A Anderle Transportes Ltda deseja um ótimo Ano Novo para Você!

Você é maior que

todos os seus

problemas juntos.

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Mosaico | Jornal Integração da Serra | Dezembro 2018 | Janeiro 2019 | 3

Fique Informado!Entretenimento, promoções,

músicas e muita notícia.

Uma experiência de contato com a cultura do vinho e, sobretudo, va-lorização da herança deixada pelos primeiros imigrantes italianos. As-sim é a La Bella Vendemmia, evento promovido pelo Hotel Villa Michelon há três anos, que valoriza a cultura do vinho. São nove finais de sema-na com uma programação intensa onde os presentes imergem na his-tória da vitivinicultura no Rio Grande do Sul e no Brasil, além da esperada experiência de contato com a uva através da colheita e da pisa. Este ano, as edições serão abertas ao público mediante reserva de ingres-sos antecipadamente.

Segundo a diretora geral do Villa

CARDÁPIO

l Vinhos M. Luiz Michelon em Bag (Chardonnay, Merlot ou Cabernet Sau-vignon);l Suco de uva;l Água mineral com e sem gás;l Tábuas de queijo colonial, salame e copas fatiados;l Pão Colonial e Pão Recheado;l Cucas diversas;l Conservas (pepino, azeitonas e ovos de codorna);l Risoto Italiano;l Macarrão à bolonhesa;l Polenta na chapa com e sem queijo;l Linguiça suína na chapa (servida no pão);l Sagu e creme de confeiteiro.

La BellaVendemmia

Contato com a cultura do vinho e, sobretudo, a valorização da herança deixada pelos primeiros imigrantes italianos será celebrado pelo Hotel Villa Michelon

PROGRAMAÇÃOl Recepção na Casa do Filó;l Visita Guiada ao Parreiral Modelo;l Colheita simbólica e orientada;l Pisa de Uvas na tina;l Filó com Coral Italiano Vicentino e música tradicionalista com a dupla Natália e Emanuel.

Fotos: Rita Michelin

Abertura oficial da Vindima

Anfitrião da festa mais tradi-cional do Vale dos Vinhedos há mais de uma década, o Villa Mi-chelon mantém o hábito e rece-be autoridades, imprensa, co-munidade e hóspedes a partir das 17h do dia 25 de janeiro de 2019, para celebrar a Abertura Oficial da Vindima, um espetá-culo de gastronomia, costumes e religiosidade. Nessa ocasião, a solenidade não será aberta ao público.

Michelon, Elaine Michelon, a medi-da visa proporcionar a experiência a um público mais amplo. “Na vindi-ma de 2018 presenciamos diversos momentos comoventes, de pes-soas que estavam aqui revivendo até mesmo suas histórias de vida. Tivemos crianças acostumadas a centros urbanos desfrutando da na-tureza e até mesmo reencontros de famílias. Queremos que este ano o Villa Michelon seja um palco ainda mais amplo para essas sensações e, por isso, abrimos algumas vagas limitadas para o público em geral. A minha dica é que as reservas se-jam feitas com antecedência. Não queremos ninguém fora dessa!”,

aconselha. A estrutura da festa será a mesma, com algumas alterações no cardápio e no horário. Em virtude das altas temperaturas da estação, La Bella Vendemmia inicia às 18h às sextas-feiras, nos dias 11 e 18 de ja-neiro, 01, 08 e 15 de fevereiro. Nos dias 22 de fevereiro, 01 e 08 de mar-ço, o horário se mantém às 17h, a exemplo dos anos anteriores.

Os ingressos vão de R$ 60 para crianças menores de seis anos; R$ 140 para crianças de seis a 12 anos e R$ 210 para adultos. No valor, está incluso o filó italiano com comida, vinho da casa, água e suco à vonta-de, um avental, um boné e uma taça personalizados do evento.

LA BELLA VENDEMMIA 2019

Às sextas-feiras, de 11 de ja-neiro até 8 de marçol 18h de 11 de janeiro até 15 de fevereirol 17h no dia 25 de janeiro (Abertura da Vindima) e de 22 de fevereiro até 8 de março

RESERVASWhatsApp: (54) 98112.5443Fone: 0800.703.3800E-mail: [email protected]ção: RS 444 - Km 18,9 - Estrada do Vinho - Vale dos Vinhedos

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4 | Mosaico | Jornal Integração da Serra | Dezembro 2018 | Janeiro 2019

RogérioGava

[email protected]

Os Neandertais eram filhos do frio, de tal sorte que conseguiram sobreviver durante centenas de milhares de anos na implacável Era Glacial. Eram extremamente resistentes e conseguiam conviver com as sequelas de uma vida duríssima. Muitos

fósseis neandertais mostram diversas fraturas e ferimentos graves. Como o de um indivíduo

que fraturou o cotovelo esquerdo na adoles-cência, e cuja cicatrização lhe impediu de esticar o membro pelo resto da vida. Outro, trazia implicações de artrose nos joelhos e nos tornozelos, além de fraturas nos dedões do pé. Também, não era para menos: sabe lá o que era abater um mamute à unha? Ou enfrentar uma fratura exposta em plena Ida-de da Pedra?

Por um bom tempo a imagem de nosso irmão extinto foi a de um troglodita com uma

clava na mão, bruto e estúpido. Nada mais fal-so. Os Neandertais possuíam uma organização

social rica e complexa. Cozinhavam alimentos, produziam ferramentas, conheciam o poder medicinal de muitas plantas, pintavam as cavernas e utilizavam adereços pessoais, como colares. Mães Neandertais amamentavam seus bebês até cerca dos dois anos de idade. Tomavam conta da prole com zelo e carinho.

Neandertais também cuidavam de seus doentes. Sabemos disso pelos ossos de indiví-duos deficientes encontrados, os quais apresentam graves sequelas: uma boca totalmente sem dentes, desgaste na bacia, cegueira, atrofia ou amputação de algum membro. Impos-sível alguém sobreviver dessa forma, nas duras condições de então, sem o amparo dos outros membros do clã. Um exemplo de solidariedade muito antes da civilização florescer. E um detalhe muito importante: Neandertais também enterravam seus mortos, mostrando uma atitude sofisticada em relação ao fim e talvez, à crença em uma outra vida. Só não sabemos ao certo até que ponto os Neandertais desenvolveram algum tipo de linguagem. Ao que tudo indica, porém, eles se comunicavam de forma bastante eficiente.

Por um bom tempo a

imagem de nosso irmão

extinto foi a de um troglodita

com uma clava na mão,

bruto e estúpido. Nada

mais falso. Os Neandertais

possuíam uma organização

social rica e complexa.

Neandertalque vive em nós

O

S ou fascinado pela história do Homem de Neandertal. Tenho até, em minha bibliote-ca, uma réplica perfeita de um crânio dessa espécie (o senhor aí da foto). Repre-senta um homem adulto, que viveu cerca de cinquenta mil anos antes de Cristo.

Faz parte do esqueleto mais completo de Neandertal até hoje conhecido, encon-trado na França em 1909. Olhar para esse fóssil é como mergulhar

nos confins do tempo. Me faz lembrar do tipo atarracado e baixinho, ruivo, extremamente forte, nariz de batata e

enormes arcadas sobre os olhos, que habitou a Terra por quatrocentos mil anos. Me faz lembrar, na verdade, de nosso irmão! Sim, isso mesmo esti-mada leitora e caro leitor: os Neandertais e os pri-meiros Sapiens descendem ambos de um ances-tral comum, nosso verdadeiro “pai” genético, que lá pelas tantas cansou do continente africano e resolveu dar uma voltinha pela Europa.

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Até fisicamente os Neandertais não eram lá tão diferentes de nós. Se um deles desembarcasse de uma máquina do tempo, vestisse um blazer e fosse passear pela cidade, com certeza iria passar desa-percebido em meio à multidão. Na Alemanha (onde o primeiro fóssil batizado como da espécie homo neanderthalensis foi encontrado, em 1856, no vale de Neander - daí o nome Neandertal), há um exem-plo desses no museu dedicado à espécie. Um Ne-andertal de camisa social e terno, com os cabelos alinhados e barba feita, na maior beca. Parece até o George Clooney.

Penso que nosso irmão se daria muito bem por aqui, em nossas plagas gaúchas. É que os Nean-dertais adoravam um churrasquinho. Era abater um colossal mamute ou bisão, para todo o clã se empanturrar por vários dias. Também pudera: para sustentar o corpanzil diante das duras temperatu-ras um Neandertal tinha que ingerir muita proteína. Assim, um macho precisava comer, por dia, cerca de quatro quilos e meio de carne. Algo assim como uns dois espetos inteiros de picanha. E dos grandes! No cardápio neandertal entravam ainda tartarugas, peixes, caracóis, rãs, pássaros, pequenos roedores, até mesmo insetos; todo animal que atravessava em frente a um Neandertal tinha vida curta: ia logo parar no braseiro. Olha, hipercarnívoro como era e acostu-mado a uma geada brava, estou para dizer que até uma bombacha o Neandertal toparia usar.

A vida muda, no entanto, quando a vizinhança muda. A chegada dos Sapiens ao continente eu-ropeu, foi, aos poucos, tirando o lugar dos Nean-dertais e empurrando-os para as montanhas, onde tinham menos chance de sobrevivência. Popu-lações cada vez menores foram escasseando a reprodução. O fim se aproximava. Os últimos fósseis neandertais conhecidos foram en-contrados em uma caverna, junto ao Estreito de Gibraltar. Pelo o que se sabe, o derradeiro Neandertal caminhou pela Terra há cerca de trinta mil anos.

Uma grande parte

da humanidade tem

um pouquinho de

DNA Neandertal.

Eu e você, muito

provavelmente.

Guardamos em

nossos genes uma

parcela dessa

história fantástica e

que também ajudou

a construir nossa

espécie.

O crepúsculo dos Neandertais segue envolto em uma nuvem de mistério. O processo de extinção dessa espécie deixou vestígios muito escassos. Mas existem hipóteses bastante plausíveis. Quase todas elas ligadas ao aparecimento do rival Sapiens, mais inovador e adaptável, e, se supõe, desenvolvido culturalmente. Mesmo que menos dotado do ponto de vista físico. A verdade é que nossos ancestrais diretos mudaram a vida neandertal para sempre. E sem retorno. Da mesma forma como os índios da América foram cedendo à supremacia dos invasores europeus.

Recentemente, no entanto, a ciência lançou uma nova luz sobre toda essa história. Em 2010 foi se-quenciado 60% do genoma nuclear neandertal. O resultado: europeus e asiáticos compartilham entre 1% e 4% do DNA com os Neandertais (ao contrário dos africanos, pois os Neandertais nunca migraram para a África). Três anos mais tarde, em 2013, era descoberto o primeiro osso pertencente a um filho de pai Sapiens e mãe Neandertal. Sim, houve na-moro e casamento entre as duas espécies. Sapiens e Neandertais cruzaram seus genes e isso não foi casual, mas se deu ao longo de centenas de gera-ções. O sexo no fim do Pleistoceno já era um grande sucesso.

Uma grande parte da humanidade tem um pou-quinho de DNA neandertal. Eu e você, muito prova-velmente. Guardamos em nossos genes uma parce-la dessa história fantástica e que também ajudou a construir nossa espécie. E que deve nos fazer lem-brar de nossa fragilidade. Os Neandertais habitaram

a Terra por milhares de anos. Com-parada à história do Homem de Neandertal, a nossa está apenas começando. Nós, Sapiens, somos meros principiantes na antiquíssi-ma e extraordinária espiral da vida.

A saga de nosso irmão extin-to tem muito a nos ensinar. A nos advertir. Ele, que sumiu da face da Terra para sempre, mas que ainda vive entre nós. Fotos: Rogério Gava

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A infância e o

ElvisPletsch

[email protected]

inha mãe conta que quando era criança tinha o costume de subir em qualquer árvore que es-tivesse ao redor de sua casa. As árvores eram

praticamente um segundo lar: servia para aproveitar a sombra, para ler ou até brincar de boneca. Em alguns desses casos, subia em um pé de abacate e colocava uma tábua para passar de uma árvore para outra - sim, ela praticamente inventou o slackline rústico.

Isso acabou refletindo em seu conhecimento: mi-nha mãe sabe tudo sobre árvores. Sabe em quais épo-cas elas crescem, sabe quais frutos elas dão e sabe o tamanho da sombra que elas irão fornecer, mesmo que não tenha estudado sobre isso.

Já quando eu era criança, lembro que ela tenta-va fazer com que eu subisse nas árvores - mas eu simplesmente não gostava, sentia que aquilo seria entediante, afinal, o que eu faria lá em cima? Quan-do desafiado pelos primos e amigos para subir, sentia vergonha, pois a minha habilidade para as escaladas era, no mínimo, deprimente - reflexo das poucas ten-tativas.

O custo de oportunidade

O “preço” que paguei ao não aceitar as sugestões de minha mãe é o que chamamos na economia de custo de oportunidade, introduzido pelo econo-mista austríaco Friedrich Freiherr von Wieser, da Esco-la Austríaca de Economia.

Esse senhor de 167 anos nos ensinou que pode-mos ser verdadeiros gênios econômicos, pois antes de tomar qualquer decisão, calculamos qual é a me-lhor ação que podemos realizar naquele momento, concluindo que todas as outras coisas que deixamos de fazer não são tão boas ou possíveis quanto a ação que escolhemos.

Segundo Wieser, o custo de oportunidade sempre é calculado de acordo com a sua utilidade, e não so-mente pelo seu custo monetário. Para perceber isso, ele levou em conta o princípio de que todos os recur-sos são escassos, e por isso optamos por direcionar o nosso tempo e dinheiro para alguns projetos, e re-nunciar de outras alternativas.

Logo, o valor mensurado desse custo é tudo aqui-lo que você abriu mão de fazer em prol de algum be-nefício maior.

custo de oportunidade

Isso significa que quando você decide construir uma casa, está levando em consideração que o be-nefício de ter um local novo para morar é maior que usar o dinheiro para ir a um bar, ou usar o terreno para fazer uma horta, mesmo que alguma dessas opções seja mais barata que as outras.

Essas escolhas irão variar conforme a prefe-rência temporal de cada indivíduo, pois há quem prefira poupar e investir para consumir algo de maior valor amanhã, e há quem gaste tudo no momento em que recebe qualquer recurso.

O que um conceito econômico tem a ver com a infância?

Perceba a grandiosidade do intelecto humano. Possuímos a habilidade de calcular o custo de oportu-nidade mesmo quando somos crianças, uma aptidão precoce que prova a nossa capacidade de nos tornar-mos independentes e assumirmos as consequências de nossas ações - e apesar das implicações que isso pode trazer, não deixa de ser uma habilidade incrível.

Nunca fui uma das crianças mais inteligentes do mundo, mas quando tomava a decisão de não partici-par dessas atividades naturais, estava realizando um cálculo econômico de enorme complexidade que não possui uma fórmula pré-determinada, e essa equação levava em conta diversos fatores que poderiam ser percebidos unicamente por mim: a vontade, o conhe-cimento, o medo e o tempo disponível.

Mas mesmo que o meu cálculo fosse diferente do dos meus amigos, o resultado era característico da minha geração, pois o benefício de jogar videogame era visto como maior que o de subir em uma árvore. Obviamente, assim como qualquer matemático, os meus cálculos poderiam estar errados (para o alívio das mães leitoras), pois ao tomar essa decisão dei-xei de aprender e vivenciar o prazer que minha mãe sentia.

Talvez não seja tarde para arriscar-me nas reco-mendações maternas, mas, infelizmente, a apuração do meu custo de oportunidade possui os mesmos resultados de anos atrás, já que continuo preferindo o conforto dos videogames do que as aventuras radi-cais contadas por minha mãe.

O “preço” que

paguei ao

não aceitar as

sugestões de

minha mãe é o

que chamamos

na economia

de custo de

oportunidade.

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Dicas deFilmes

Apocalypse NowAno: 1979Gênero: Drama, GuerraDireção: Francis Ford CoppolaRoteiro: John Milius, Francis Ford Coppola, Joseph Conrad (escritor do livro não creditado)Elenco: Martin Sheen, Marlon Branco, Robert Duvall, Frederic Forrest

BrunoNascimento

[email protected]

ivendo num mundo em contínua mutação, o ser

humano necessita de cons-tante ajuste com a realidade ex-terna, porquanto o movimento é a lei geral que rege este uni-verso. Tudo está continuamente mudando. Vida é movimento e quando cessa um deles cessa o outro também. Assim é natural que o ente humano esteja sem-pre querendo mudar ou desejar algo que ainda não tem. Seus anseios e aspirações são sem-pre por alguma coisa maior que deseja alcançar. É desta manei-ra que o mundo cresce. Há uma força que o impele sempre para a frente, para o progresso e para a evolução.

Esqueça, porém, a perfei-ção de suas oferendas, seus sacrifícios e suas colaborações, porque pode haver sempre um embate, um confronto, um atrito,

Durante a guerra do Vietnã, Willard, um capitão do exército americano cheio de vícios é chamado para mais uma campanha. Sua missão é apreender um coronel condecorado e desertor que agora supostamente con-trola uma tribo de nativos. O soldado – erroneamente – acredita estar calejado o suficiente para experimentar mais uma vez os horrores da guerra.

O filme é inspirado no livro sobre o colonialismo “O Coração das Trevas”, de Joseph Conrad, onde seu per-sonagem, ao adentrar cada vez mais no rio e perceber a fragilidade de suas instituições perante uma cadeia ali-mentar rígida, perde a fé na civilização. Aqui o mesmo descontentamento ocorre, porém, o gatilho é diferente.

A Felicidade

Antonio CarlosKoff

Médico, Cientista,Filósofo e Humanista

CREMERS 2887

Felicidade é o que todos

procuram. Consciente ou

inconscientemente todos querem

sentir-se bem e ser felizes.

uma incompreensão, uma irritação em cada palavra, em cada coisa, em cada gesto, em cada ação, mas é assim que chega a luz.

Esqueça também o reconheci-mento dos outros por suas obras, seus trabalhos, doações e realiza-ções, mas é por aí que vem a luz.

Aqui não é um lugar de perfei-ção, mas que isso não seja descul-pa para você se descuidar de suas responsabilidades pessoais para consigo mesmo, seu futuro, seu tra-balho e seus relacionamentos.

Viver em permanente contato com Deus, fazendo da vida toda uma oração, é a suprema realiza-ção do ser humano na face da terra, porém a felicidade nunca pode ser completa, total e definitiva, porque neste mundo estamos no desterro, fomos expulsos do Jardim de Éden, e aqui não é o nosso verdadeiro lu-gar. Não bastasse a influência do meio ambiente, a lei da instabilidade

do Sistema Nervoso determina que a períodos de positividade se se-guem os de negatividade e vice-ver-sa, o que impede uma felicidade to-tal e perene. Ademais, o sofrimento é necessário para moldar o caráter e promover o aprendizado. A men-te atua por comparação, de tal for-ma que ninguém dá valor ao que é bom se não conhecer o que é ruim. E o que dizer então da vida humana, que necessita sempre de empenho e persistência? O controle da mente é o controle de tudo e sem esforço valemos pouco mais do que nada.

O homem jamais verá a real natureza de Deus, mas Ele nos dá mostras de Sua face e só é feliz quem pensa bem. Sim, é possível ser feliz neste mundo, mas não de maneira completa, porque o cora-ção humano é uma lira onde faltam cordas; é como se a alma clamasse: “Tenho sede de Ti, Senhor!” Contu-do, você precisa realizar, mas não se

preocupe com suas imperfeições e limitações, porque é bem melhor fa-zer mal algo que precisa ser feito, do que fazer com perfeição aquilo que não precisa ser feito.

Tenha sempre em mente que há em todas as pessoas um frustrante “vazio existencial” que nem mesmo a presença de Deus pode amainar, porque Ele quer que se compar-tilhe a felicidade. A única maneira de preencher este vazio é doar-se, prestando serviço ao seu semelhan-te, porque ninguém pode ser feliz se não fizer os outros felizes.

Mas também está no plano di-vino encontrar felicidade quando se entrega o coração.

Toque o sino que ainda pode tocar!

São os horrores da guerra que transformam as pesso-as, presenteando-as com olhar distante e de desprezo.

Enquanto Willard desce o rio no barco com sua tri-pulação, se dá conta de que os horrores não são pre-meditados e só acabam quando você para de percebê--los. Quando sua mente se for.

Apocalypse Now se firma como uma das maiores obras anti-guerra, carregada de momentos lisérgicos e ressaquistas, ao som de clássicos do rock n’ roll e tam-bém da música erudita. É excelente material de reflexão para melhor compreendermos a natureza humana.

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Faces da MulherLivro mostra o perfil empreendedor da mulher na Região Colonial Italiana, com análises de provérbios sob a ótica de Jung

“No perfil psicológico das europeias imigradas para a Serra Gaúcha, a partir de 1875, predomina o animus positivo, que ajudou a forjar nessas mulheres e seus descendentes valores como trabalho, em-preendedorismo, vitalidade, austeridade e persistência, para superar as dificuldades em uma sociedade patriarcal”. A avaliação consta no livro “Faces da Mulher na Região Colonial Italiana”, de 155 páginas, de auto-ria da psicóloga Maria Cristina Filippon, de Bento Gonçalves, lançado no último dia 30 de novembro, pelo Fundo Municipal de Cul-tura, com ilustrações de Ernani Cousandier.

A obra é resultante de dissertação feita por Maria Cristina para mestrado pela UCS em Letras e Cultura Regional. O estudo in-terpretou 66 provérbios dialetais que se re-feriam à mulher da Região Colonial Italiana no Nordeste do Estado do Rio Grande do Sul (RCI), sob a ótica analítica do psicote-rapeuta suíço Carl Gustav Jung. O estudo aborda os aspectos psicológicos que se manifestam nesses provérbios para cons-truir o perfil psicológico da mulher na Re-gião Colonial Italiana.

Provérbios fazem parte do inconsciente coletivoSegundo a autora, o percurso teórico e

analítico que resultou no livro traz uma nova

Maria Cristina Filippon analisou provérbios para construir o perfil psicológico da mulher na Região Colonial Italiana

Foto: Kátia Bortolini

Animus PositivoJung postulou uma estrutura inconsciente que re-

presenta a parte sexual oposta de cada indivíduo. Ele denomina tal estrutura de anima no homem e animus na mulher. Classifica o animus como uma espécie de todas as experiências ancestrais da mulher em relação ao homem. A mulher é compensada por uma natureza masculina e, por isso, o seu inconsciente tem, por as-sim dizer, um sinal masculino. Em comparação com o homem, isto indica uma diferença considerável. “Cor-relativamente, designei o fator determinante de proje-ções presente na mulher com o nome de Animus. Este vocábulo significa razão ou espírito. Como a anima corresponde ao Eros materno, o Animus corresponde ao Logos paterno” (Carl Gustav Jung; AION: Estudos sobre o simbolismo do Si-Mesmo - § 29). É um arquéti-po com funções psicológicas muito importantes, pois, além de servir como ponte para as relações com o sexo oposto, também faz a ligação entre o consciente e o inconsciente.

Do mesmo modo que a anima, assim também o Animus tem um aspecto positivo. Sob a forma do pai expressam-se não somente opiniões tradicionais como também aquilo que se chama “espírito” e, de modo particular, certas concepções filosóficas e religiosas universais.

abordagem, que amplia a dimensão sim-bólica e participativa da mulher imigrante italiana na elaboração indenitária no mu-nicípio. Ela acrescenta que os provérbios, muito usados naquela época, fazem parte da linguagem do Inconsciente Coletivo. “A análise desses dizeres, com base nos ar-quétipos propostos por Carl Gustav Jung, permitiu conhecer um pouco mais sobre a figura feminina, que sempre se fez presen-te na imigração italiana, e sua fundamental participação para o desenvolvimento dessa região”, acentua. “Não existe uma verdade absoluta, mas em todo tempo e nos mais variados contextos, existe uma verdade a ser desabrochada, dita ou questionada. Cabe a nós encontrar a visão adequada, um método pertinente e as ferramentas para desvendá-la”, reitera.

A obra reporta que no universo feminino da RCI a casa era o templo, o altar era a cozinha e o fogão, o sacrário. “Era em torno desse espaço que a mulher exercia o domí-nio da casa. Enquanto preparava os alimen-tos, ouvia, falava, ensinava o catecismo aos filhos, transmitia códigos de valores, cobra-va comportamentos e exercia o controle sobre filhas e noras. No ato de preparar e servir refeições também se manifestavam discórdias, o afastamento ou aproximação, o elogio o prêmio e o castigo”, acrescenta.

Semo done e tanto basta, semo tutti d´una pasta.Somos mulheres e isso basta, somos todas da mesma massa, somos parecidas.

A le dóne ghe la fata gnanca ‘l diáol, chissà i òm.As mulheres não se deixam enganar nem pelo diabo, muito menos pelo homem.

L´é la dóna che fa l´òmo.É a mulher que faz o homem.

Done che no le brusa nel leto ghe manca el afeto.Mulheres que não queimam no leito precisam de afeto.