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As Quatro FolhasDjalmar Stüttgen
Momentos no campo Mizuno Toshikata 1866-1908
Copyright © 2004 Djalmar Stüttgen
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LençóisEspaçamAzuis
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A velha madeiraDo banco do jardimQueima solitária
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PaquetáBailamPedras
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Chuva torrencialAs folhas brandasRegam os uitis
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Por cima por baixoConfiscam morcegosFrutos de oiti
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Lança a pedraSuperfície em ondasAvisa que bateu
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Sol atuante Sombrinhas coloridasPasseiam nas mãos
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Surfa a pedraA superfície em ondasAvisa que valeu
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Densa neblina São as luzes de bordo Pedras preciosas
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Calmo latido Outros perguntamO distante vale
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Coroam o Fuji Assim deitadoColzas amarelas
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Morcegos chegamMilhão num só pé sapotiChegam ainda mais
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CaminhoLatões de leiteO sol recente
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Consumindo Queimam por si Gravetos secos
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Atrás da pedraSe protegeO verde limo
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Sobre a rochaMostra o sapo Corte ao céu
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Margens de nuvensYyang Tse - Rio AmareloEntre
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Faz as compras Ali que tanto quer A moça do caixa
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Zap bezouro cai Boa rede seguraJantar da aranha
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A cunha dos patosEm frente curvam asas Não olham para trás
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Olha de ladoO besouro Desconfiado
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Será estrelaA flor de lótusOlha o tempo
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Pomo de cetimCostura a noite A cor marfim
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A lonaTambém recebe Carícias do vento
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Alto abaixoRasga filetes do marO lento primaveril
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Alto e baixoRasga filetes no marA lua refletida
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Vontade de chegar A fumaça no campoO capim molhado
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Já enfeitiçaPequenina bruxaBoneca de pano
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Pose de beija-florSó bico e rabichoGrampo do varal
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A densa neblinaAumentam pela varandaOs focinhos amigos
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Matemática Letra teta lia teta Sinal do ser poeta
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Denso frioAbraça o fogo forte As tábuas do chão
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Fortes pingosNevoam batidasTelhas vizinhas
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Quando se tocam Orihime e KengyuTímidos sorrisos
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Enleva acimaTanzakus dos sassa dakeChão esquecido
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Nódoas do troncoMarcas antigasDepois não mais
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Toca na gradeMendiga na calçadaDo pássaro pego
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Portal da escolaSímbolo pena e letraAbandonados
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Desde meninoSou útil inda brincandoGrato meu sábio
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DespreocupadaPasseia comigoA moeda em prata
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Posso esperar?Vou pensar vou pensarEla responde
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PontuaçãoEstragamPensar
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Barca chegandoNão consigo esperarPulo pro cais
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Bater da chuvaOlhos nas mãos pousadasDela me lembro
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Colhi da águaCavalinho do marMorremos juntos
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Lanço-me na águaChuva grossa da praiaOlhos cheios dágua
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Pés sobre areiaAreias de paquetáNa água cintilam
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Calor achegandoBeijo na bocaBenção da pecadora
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Os vagalumesVamos namorarOs sapos aceita juntá-los
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Dançam voandoAlegres pirilamposFaiscando luz
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Focalizo alémVagalumes acesosQue baterias
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Pula sobre mimCheia da boa lamaGrito ou beijo
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Ao redor grilosVoltam os problemasFossem só de antes
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Rato no fogãoFazendo arrumaçãoMas que folgado
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Novo naufrágioJá presencioNaquelas ondas curvas
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Sábios egípciosFecundandoVastas civilizações
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Pedras da ruaNão as chutemSão terras do amanhã
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Aratacas no ninhoOs olhos de tamarindosTão-somente
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Não bata o péPor baixo tem mil vidasE têm silêncio
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Pesquei no niloHieroglífosQue saborosas
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HieróglifosHieroglífosMistério egípcio
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Lânguida deitaMostra dez tetinhasCorrem doze
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Quando conheciToda meiguiceDepois realidade
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Rebola mordePula quando chegoAh essas fêmeas
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Escolhe muitoFila no portãoAcaba solteirona
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É com chicoteQue se distorcePepinos crescidos
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Olhos nos olhosQuanta dedicaçãoPonto de paixão
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Quantos amigosLá já se foram hapts Fica pra sempre tá
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Cães esquecidosDe dor aguda no peitoMorrem amigos
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Qual delas casarPrecisei ajudaA demônia decidiu
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Coberta cinza Desperta o orvalho brancoO cheiro do mato
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Sentenciei a juízaTens de me amarPeno até hoje
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Na cava do troncoA distante mariposaDeixa-lhe a seda
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A forte seda
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Talha a pedraNome e sobrenomeFalta-lhe a data
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Geme manhosaQuerendo entrarPoltrona verificar
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Tomar o caféNa casa da vizinhaAprendi fazer
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Planta trataColhe pila ferve côaCafé só dela
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Assim gritavaRespeitável públicoCoisa de palhaço
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Tudo palpitaTudo sabiaCorrigindo deuses
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Sempre julgaCada passoQue dá
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Por quê cinzasSempre mergulhei no marCorpo e alma
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Dorme na casinhaPreciso companhiaVou acordá-la
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Bela cidadeDo chão passassesChegaria a adjetos
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Varro o quintalCapricha direitinhoAssim conquistou
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Maldito zíperDo pijama infantilCriva-bingulin
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Varrido chãoCai a primeiraFlor roxa do ipê
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Mata e mataSeguem bandeirantesTrilha de santos
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A face de budaQue troça comigo Fica sorriso
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Igual ao quadroPreciso entender O teu sorriso
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Um punho de penasNo portão do cercadoCoruja-do-mato
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Coruja pousaBaixo trêmulo cantoCoruja-do-campo
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Coruja se ergueSuave se lançaO dia clareia
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Esguia e altivaEnfeita-se a palmeiraFruto do açaí
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Vagueiam no caisMortos olhos de cardumesA procura do mar
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A verde palmeiraOferece as visitasVermelhos açaís
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Tempo feioÉ incompreendidoOu não sabe o que diz
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Cabelos brancosRespeitai disseramE alvos bandidos?
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Bons sapatosMelhor ter sucessoBoas pernas
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Discretos amigosVocê aqui eles aliCordiais animais
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Passa as comprasPassa o trocoPassa-me correta
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Podridão ratosLadrões horror de lugarLá iremos pousar
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A minhoca espiaRápido sol do diaLua é mais amiga
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Sê cuidadoEnxada do campoVida na terra
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Caixão ornadoCoisa mais inútilGuarda podridão
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Caixão bem simplesQuanto desperdícioRéstia de orgulho
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Fiéis ombro a ombroQuintal e cemitérioEnxada do campo
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Música de wagnerFiligranas de ouroLapidam os metais
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Rua de saibroMortiça luz trigueiraPára os passos
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Pitbull lateDentro da casinhaA chuva fria
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Palmeiras do açaíEram quatro agora duasO vento sudoeste
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Torna-se bruxaAmando mais do que foiA boneca de pano
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Diário da bruxaEscrita desde pequenaBoneca de pano
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Bruxa sonhadaEncontro combinadoIguarias
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Vem neste tremRápido agita os braçosPara ela só o ver
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Salta na estaçãoRápido abre os braçosPura sedução
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Joga o pescadorIsca anzol e linhaO mais possível
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ContratoAberraçãoEscrita
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Arreio CabrestoAmigo
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Janela marfimDono esquecidaBalança o vidro
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Goteja tintaA pipa fugidiaO monte fuji
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Gelo do fujiO sol esquentaA água do chá
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Recolhe os remosAjeita no cascoGotas do mar
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Aperto de mãoLevianoÉ leviano
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CivilizadosDe um e do outroO arame farpado
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O sapo por baixoO pássaro por cimaEu no fio farpado
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Ah estrada de barroSempre a mesma aventuraPular a cerca
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O sol poenteA luz alcançaEla sabe ele
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Deito ao luarAtento inicioO eclipse lunar
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Então você achaQue estou malucaPode ser que sim
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Desfruta o ócioPequena mansãoO estendido cão
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Prende a meninaContra o aventalA cúmplice bruxa
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Mostra a meninaMisturas do caldeirãoE a bruxa no avental
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Sê simplesInclusoNo simples
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A lua crescenteAvó lhe diziaA unha da bruxa
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Subida da serraPassam mais devagarBuquês de ipês
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Contorna a serraE passam devagarBuquês de ipês
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As quinas de murosJuntam-se em gruposCriando peçonhas
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Fita íris do céuLaranja verde lilásCorta o pássaro
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Fita íris no céuLaranja verde lilásLava jato
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TormentaBrinca o navioEspalhando água
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Avisa a ilhaNão necessita o nomeManter distância
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FainaA onda na proaVarre o convés
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TempestadeParece que nadaO petroleiro
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Equipagem brancaApontam as gaivotasRumo a tomar
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Trigo amareloA foice no campoO inverno brilha
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Fim do invernoRessoa na muralhaA onda dominante
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Telhas partidasReproduz o tetoCenas tingidas
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Roda o grumeteProcurando convésLição temporal
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Do outro ladoOs pés de kyomi Sentem frio
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Macia enroscaV dos seiosFelpudo nó
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ÁguiaPinça o peixeA gota da folha
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Boceja o cãoFastioOutros imitam
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Levam consigoLembranças do caminhoOs carrapichos
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Qual um míopeTenta ler IssaO besourinho
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Entrada de circoO bilheteiroRasga o bilhete
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Hoje tem abiuAmarelo e verdeGosto de beijo
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EncaracoladoTambém subo o fujiPequeno buda
a Shiki
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Ah maravilhaO receber rindoBuddha descalço
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Três três vezesInsiste o besouroTestar o vidro
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Teia de aranhaPrende com sua redeA bola mundo
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Lento invernoAmigos não chegamSirvo o chá
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Longe galoVai ver o diaChegou por lá
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Glauco aprendiVerde claro azuladoNome do mar
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Sem fazer nadaPega o dicionárioLê cautela
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PacíficoNomeDomar
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Dorme a manhã Boca kikinha Cheiro sapoti
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Boca kikinhaDorme a manhã Cheiro sapoti
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Varre o quintalSerá que também fazHaikai
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Ah farturaSem me conhecer dizBom dia
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BarcoPraiaBom dia bom dia
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Varre o quintalCom certeza fazHaicai
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Varre o quintalAqui também se fazHaicai
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Sacuda o péNão não precisaCai sozinho
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Aninha o FujiCoruja brancaSacode o corpo
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De uma criançaRouba o tempoA sopa quente
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ManhãOutra vezO pio longo
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ManhãOutra vezO bosque longo
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Água de rosasSofisticadoO beija-flor
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Rouba o tempoDas criançasAs mensalidades
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Ah caminhanteSe eu pular Fico famoso
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DarwinShakespeareBóias da inglaterra
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Rua de saibroMortiça luz trigueiraParo os passos
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EsperaO lápisAl dente
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Silêncio do brejoDas conversas de saposAltos coaxos
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Resvala o solOuro amarelo brancoCaminho de saibro
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Aposentada ao solA folha estendidaVerso caída
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Olhar da pontePara baixo o tentaLevar a corrente
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SeboEncontra budhaLivre de poeiras
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Oh encaracoladoTambém subo o fujiMais devagar
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PropagandistasOs deuses mandamUm dia lindo
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Como pretendiaChora a meninaComedida
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A minha frentePrimavera japonesaTriângulo fuji
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Chega primeiroBuquês de coresMoço encontro
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Sabiá quer casarLogo encontrará A lua de paquetá
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Gigantes borboletasFolhas a noiteBananeiras
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Curvinha do seioObra de mestreQuisera ser o mestre
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Reflete a luaSol aquece e passaA lua só transpassa
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BananeirasPrimeiro o coraçãoDepois as bananas
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Cabeça de nenêSó pensaPapinha
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Manhã se abreNa cor do lagoVou pescar
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Entra ventoNas cabeças alinhadasLuzes da estrada
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Raios de solBaratas tontasTampa de esgoto
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VizinhosBatem pênaltisNo meu vidro
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Por pipocasLutam entre siPombinhas da paz
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O rio das velhasBrigam os urubusPor uma tripa
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Abre aspasPestanas perigosasFecha aspas
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SinoMonge páraMosquito passa
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ChucruteLá em casaÉ al dente
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Buquê de floresLetras colocadasLaço arrumado
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Ida e voltaComo ter certezaBilhete do metrô
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O doce alecrimEncharcado secaE a chuva não cessa
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QuadriculadaTransparece a vidroA vista da baía
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EsplêndidasNo cacho de açaíAs três marias
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Feira do livroPor que o país está assimTalvez aqui saibam
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Pedras do rioParecem que se movemAssim por cima
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A cor da manhãNão se decideFico deitado
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Achei o títuloDescansa o lápis Bem travesseiro
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Sem dúvidaQue lhe faça espécieSome a libélula
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Aquele meninoQue dobra a esquinaE vê a praia
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Desse ladoO monte fujiComeça por aqui
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Esquecendo tudoViver só de paquetáPulo pro cais
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Assim assimAzul branca pretaBorboleta
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Noite de frioArranham a portaOs amigos
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O marDentro do cocoPaquetá
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Som de paquetáEscreve na lápideSons de paquetá
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Sem dúvida Que lhe faça espécieSome a caneta
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O cocoDentro de um poucoPaquetá
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A foto da moçaDo outro ladoNão lembra a data
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DúvidaAquece a maçanetaPorta da casa
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Bom diaSaem das casquinhasMiudinhas de ipê
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Evolução Protege o homem Peludo cão
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Lenço de sedaAquece ao ouvirCoisas do vento
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Lápis de corSentada à frentePrimeiro amor
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Fol
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Que conceito fazSe todos os seresBrincam iguais
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Fol
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TempestadeAbraça com vontadeLençóis do varal
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Fol
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Ontem o ventoCaíram as folhasDe tão contentes
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Coisa divinaEstar em casa Viuvinha
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Fol
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Urso se espantaDas abelhinhasQuerer tanto mel
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Fol
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Um mar de montanhasOrgulho maneira Uai
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Um beijoA queimaduraVira borboleta
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Confuso céuDois três quatroQuantos patos
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Passa a mãoDeixa seu cheiroSobre a mesa
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AntigamenteEra antiga mente agoraMais pra frente
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Leve vazioPassa a orientalMeio aos livros
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Vende-se terrasEm lotes saqueadasAproveita
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Chove nas folhasQue agora fazem faltaBarulho de sapos
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Meus poemas São inéditosNunca os li
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Meus inéditos São de prosaNunca os li
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uatro
Fol
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SorteioDeposite aquiSuas economias
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uatro
Fol
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Escrever-teNão tenho poemaFostes justa
As Q
uatro
Fol
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Por que gritarSe todos os ovos São iguais
As Q
uatro
Fol
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Tempos outrosAnsiosos esperamAbrir e-mail
As Q
uatro
Fol
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Aonde nasce a luaAliA minha também
As Q
uatro
Fol
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Fogos de artifíciosMostra para que vieramÓ vasto espaço
As Q
uatro
Fol
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Manhã vernalDepois da abelhaTomarei o chá
As Q
uatro
Fol
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Pérolas aos porcosMelhor tolo provérbioQue aos porcarias
As Q
uatro
Fol
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HipódromoUma cabeça valeMais que todas
As Q
uatro
Fol
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Teatro da vidaMuita falaPoucos atos
As Q
uatro
Fol
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Reli o livroQue te empresteiCheiro patchouli
As Q
uatro
Fol
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Rocha próximaFaz parte da ilhaOu é como tu
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uatro
Fol
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O cônico problemaDo monte fujiDeixo em branco
As Q
uatro
Fol
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Tumba ataúdeÊta nominhos feiosEstragam qualquer viagem
As Q
uatro
Fol
has
Branca nuvemA deusa fuchiJunto a buda
As Q
uatro
Fol
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Porta AdiantadoO coração
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uatro
Fol
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Escrita riscaRanha poetisa feridaPena enferma
As Q
uatro
Fol
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AniversárioQue vida estendaDuração do sol
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uatro
Fol
has
Adoro fotos Antigas originaisSem silicone
As Q
uatro
Fol
has
É apropriadaPisa reza e moraTerra roubada
As Q
uatro
Fol
has
Escrever-teNão tenho pressaFostes justa
As Q
uatro
Fol
has
Ah passarinheiroQuitutes de bondadeSabor da jaula
As Q
uatro
Fol
has
Tudo apareceAssim mais pertoSem reflexo
As Q
uatro
Fol
has
Cada noiteSonha o vira lataAssobio do dono
As Q
uatro
Fol
has
Neste momentoO cão de rua sentePassos do dono
As Q
uatro
Fol
has
O caco de telhaEscreve ao chão Aproveita
As Q
uatro
Fol
has
Inda as águasBatem nas pedrasPaquetá
As Q
uatro
Fol
has
Cão de ruaCada vez mais esquecePassos do dono
As Q
uatro
Fol
has
Fina hasteBorboletasNamoram
As Q
uatro
Fol
has
Concisos haikaiCom cinco sete cincoÉ mais preciso?
As Q
uatro
Fol
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Varrem quintais Será que ninguémLê meus haicais
As Quatro Folhas
Ukiyo e
Ukiyo e ou “o mundo flutuante”, é um estilo de pintura da arte japonesa criado por Hishikawa Maranobu no século 17. Seus pintores procuravam captar fatos e costumes do cotidiano da população. Estas pinturas impressas sobre madeira, vem influenciar, e muito, se não decisiva, o que convencionou-se chamar de Impressionistas no século 19, sendo Manet, Monet, Van Gogh, T. Lautrec, apreciadores e colecionadores destas gravuras.
A esta forma de representação da vida pensa o autor dedicar este livro.
As Q
uatro
Fol
has
Con
side
raçõ
es
É fa
ma
que
no Ja
pão
algu
em se
aba
ixa
em a
titud
e de
apa
nhar
um
a pe
dra
para
atir
á-la
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As Q
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Fol
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[email protected] Editora
2ª
AS FOLHAS BRANCAS
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Fol
has A Bruxa-Zen fez a gata ter coelhinhos. Como a gata pode
ter coelhinhos?, pergunta-lhe a menina Chin. São gatinhos, respondeu-lhe Bruxa-Zen. Como posso saber que são gatinhos?, pergunta-lhe novamente a menina Chin. Olhe por baixo da pele, e verás que são gatinhos.
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Fol
has O Burro-Che’n, da província de Sun, falou ao cego viajante
da vizinha província Lu; Segura no meu rabo que eu te conduzo. Poderia montá-lo?, perguntou-lhe Cego-de-Lu. Responde-lhe Burro-Che’n: Não, pois você assim não aprende o caminho.
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Cair é morrer
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Todos Menos euVou pescar
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O vizinho Lai, aborreceu o vizinho Tu. Respondeu-lhe o vizi-nho Tu com súbita afronta. Venceu o primeiro.
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A mentira é a porta do infortúnio.
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A fome é a lucidez da carência. A raiz profunda, silenciosa.
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Salpica de gelo a neve o sábio andarilho.
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Foi o banco do jardim ou a falta dela que me resfriou?
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Triste a flor guardada
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Povos que conhecessem o mar não seriam tão duros
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Bate o barcoO outro vazioSom oco
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Idiotas se anulam:Com o tolo
Não se faz silêncio.
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Se foresNão se parecemFlores?
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Ao braçoApoiastesSofisticada
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Juntam aos céus criando pássaros
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O Burro-Chen de dia chorava e de noite frustrava.Falou-lhe assim Luz-Perfeita.Deixe-me ir conduzi-lo.Para quê, se tenho quatro patas? respondeu-lhe sobriamente o Burro-Chen.Perguntou-lhe Luz-Perfeita.Conheces o Diálogo-do-Céu?Não.É assim – Luz-Perfeita...Lá tem quatro.Não PestanejarNão BalbuciarNão AfrontarNão Dividir
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EntardeceTarde tardeLago de carpas
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Para o cão, seu osso, é o ócio.
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Vinham correndo três meninas chinesas win, Han e Lin e três meninas japonesas Saito, Sumi e Mioto que ao se encontrarem abraçavam-se e diziam entre si – “Estamos perto.”.
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PoemasSemelhantes ondasOutras não
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Nas portas e janelas Hun-Tse batia e dizia vazio – “Deixe o Sol entrar, para que a noite seja só sua.”.
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Na Luz-Prateada as crianças da Praça-Pequena em coro, diziam alto – “ Nunca mais se tem o instante que começa agora.”.
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Como pode serCaminha para o lesteO sol poente
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Um dia, afinal, fica terminada a casa, caíram as paredes, voa-ram os assoalhos. Ah! Não é isto felicidade?
Para Chin Schengt’an, Câmara Ocidental.
Casa Terminada
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Manhã-de-Sol, deixava olhar para o horizonte e pensava. “Puxa, quem será que existe ali?”O Sol desceu.
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A farinha se dizia pura
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Do anel pende a âncora. Tuuu.
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RestauranteMúsica-dos-deusesíndico
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SóMeia-entradaO circo ri
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Pergunta-lhe novamente o Conto ao Desafio: Porquê me olhas tão incisivo? Porque assim, disfarças melhor, responde-lhe de novo o Desafio.
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Há três mundos. O feito, o perfeito e o prefeito.
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wun-Tsu queria ser imperador; como deveria atravessar o rio sem margens, desistiu.
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A chuva fortePor cima das cabeçasOs raios de luz
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O vento húmidoAs florestas mudamVale de Wei
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A Pedra
Chu-lai, caminhava na beira do penhasco, viu uma pedra efoi apanhá-la. Chegou lá em baixo.
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wen-Tzu saboreava o queijo quando wu Su, a deusa, apareceu-lhe e disse-lhe – “ Este queijo foi feito com o meu leite.”. wen-Tzu foi feliz.
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wu Su, a deusa, disse – “O meu corpo foi feito com o meuleite.”. wen-Tzu foi novamente feliz.
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Quando menina Yan Tse, disse “Que são essas mãos para cima?”. O Mestre Zen disse: “São pássaros.”
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wen Su subiu ao Morro Das Predições não sentiu nada e voltou feliz.
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Águas folgadasMonges do yantsuMãos e doutrina
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A colheita do traço e o avental
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Fol
has
Quando o homem deve ser humilde? perguntou Faz de Conta. Nunca!, responde-lhe Deixa de Ser Burro. E quando o homem é realmente pobre? Jamais, responde-lhe a Briza.
A arte não é brincadeira para crianças.
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