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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO
Campus Baixada Santista
LAURA DOS SANTOS SILVA
EFEITOS DO MÉTODO PILATES SOBRE O
CONTROLE POSTURAL E FORÇA MUSCULAR DE
PRATICANTES E NÃO PRATICANTES: UMA
REVISÃO INTEGRATIVA
Santos
2021
1
LAURA DOS SANTOS SILVA
EFEITOS DO MÉTODO PILATES SOBRE O
CONTROLE POSTURAL E FORÇA MUSCULAR DE
PRATICANTES E NÃO PRATICANTES: UMA
REVISÃO INTEGRATIVA
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Universidade
Federal de São Paulo como parte dos requisitos curriculares para
obtenção do título de bacharel em Educação Física.
Orientadora: Profa. Dra. Rafaela Barroso de Souza Costa Garbus
Co-orientador: Prof. Dr. Rogério Cruz de Oliveira
Santos
2021
2
Ficha catalográfica elaborada por sistema automatizado com os dados fornecidos pelo(a) autor(a)
Bibliotecária Daianny Seoni de Oliveira - CRB 8/7469
S586
Silva, Laura.
EFEITOS DO MÉTODO PILATES SOBRE O CONTROLE
POSTURAL E FORÇA MUSCULAR DE PRATICANTES E NÃO
PRATICANTES: UMA REVISÃO INTEGRATIVA. / Laura Silva;
Orientadora Rafaela Garbus; Coorientador Rogério
Oliveira. -- Santos, 2021.
23 p. ; 30cm
TCC (Graduação - Educação Física) -- Instituto Saúde
e Sociedade, Universidade Federal de São Paulo, 2021.
1. Método Pilates. 2. Controle Postural. 3. Força
Muscular. 4. Oscilação Postural . 5. Estabilização
Postural. I. Garbus, Rafaela, Orient. II. Título.
CDD 613.7
3
AGRADECIMENTOS
Agradeço à Deus por ter me dado força, saúde e muita sabedoria para enfrentar os momentos
difíceis e pelos momentos incríveis durante a minha graduação;
Agradeço aos meus professores orientadores pelas reuniões, pelo apoio, pela disponibilidade
e por toda ajuda, vocês foram a melhor escolha para que o resultado deste trabalho fosse tão positivo;
Agradeço à minha família pelo incentivo diário, pelo amor e toda dedicação para que eu
chegasse até aqui, sem vocês nada disso seria possível, eu os amo incondicionalmente;
Agradeço à minha amiga por toda ajuda durante as fases difíceis da graduação e por me apoiar
em todas as decisões até esse momento;
Agradeço aos amigos que fiz durante minha graduação, com vocês os dias intensos se
tornaram mais leves e mais divertidos, tornando esses anos inesquecíveis;
Agradeço à todos os professores do curso, cada um contribuiu de maneira única na minha
formação profissional e como ser humano;
Agradeço à todos os funcionários da Unifesp – Campus Baixada Santista, pelo acolhimento,
carinho e aos serviços prestados;
Agradeço à todos que torceram e me apoiaram durante esse tempo, todos contribuíram para
que tudo se realizasse da forma mais incrível com uma energia positiva;
E por fim, agradeço aos professores da Banca Examinadora pela contribuição feita ao meu
trabalho.
4
“Paciência e persistência são qualidades vitais no resultado final para realizar algum esforço que
valha a pena”.
Joseph Pilates
5
RESUMO
O sistema de controle postural atua basicamente com informações advindas dos sistemas
somatossensorial, visual e vestibular. O método Pilates traz como parte do conceito a realização de
exercícios que proporcionem aos praticantes um controle consciente da respiração, concentração e
principalmente da estabilização do core. O objetivo era avaliar o efeito do método Pilates sobre o
controle postural e estabilização do tronco em comparação a indivíduos sedentários na literatura
científica. Foi realizada a busca pelos artigos de livre acesso nas bases de dados LILACS, SciELO e
PubMed acompanhando os descritores com os termos “Pilates”, “Controle Postural”, “Posturografia”,
“Oscilação Postural”, “Centro de Massa”, e suas respectivas traduções em inglês “Pilates”, “Postural
Control”, “Posturography”, “Postural Sway”, “Center of Mass”. Para a determinação da validade
metodológica de cada estudo coletado, houve uma análise criteriosa utilizando-se a leitura na íntegra
através de uma planilha confeccionada de maneira organizada com os objetivos, métodos e efeitos
sobre o controle postural. A literatura científica evidenciou uma redução da oscilação postural e uma
maior força dos músculos avaliados em praticantes de Pilates quando comparado a indivíduos
sedentários.
Palavras-chave: Pilates. Controle Postural. Posturografia. Oscilação Postural. Centro de Massa.
6
ABSTRACT
The postural control system mainly works with informations from vestibular, somatossensorial and
vision systems. Pilates method in the concepts request that participants perform exercises that provide
the control of concious breathing, concentration and specially the core stabilization. The aim of this
study was to evaluate the effect of Pilates training on the postural control and trunk stabilization
comparing to sedentary individuals in the scientific literature. The search of free access articles was
run in LILACS, SciELO and PubMed databases with the terms “Pilates”, “Postural Control”,
“Posturography”, “Postural Sway”, “Center of Mass”. To methodological validation of each
collected study, there was a specific analysis including the full reading through a sheet made for this
study in a organized way with the aim, method and effects on postural control. The scientific literature
showed a reduction of postural sway and a greater strengh of the evaluated muscles in Pilates
pracioners When compared to sedentary individuals.
Key words: Pilates. Postural Control. Posturography. Postural Sway. Center of Mass.
7
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 08
MÉTODO ............................................................................................................................... 11
RESULTADOS ...................................................................................................................... 12
DISCUSSÃO .......................................................................................................................... 17
CONCLUSÃO ........................................................................................................................ 21
REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 22
8
INTRODUÇÃO
O método Pilates desenvolvido por Joseph Pilates traz como parte do conceito a realização de
exercícios que proporcionem aos praticantes um controle consciente da respiração, concentração e
principalmente da estabilização do core (JULIANO e BERNARDES, 2014).
O core ou complexo lombo-pélvico é composto pela região lombar, pelve, articulações do
quadril e estruturas ativas e passivas que auxiliam na produção de movimentos e até mesmo na
restrição deles (WILSON et al., 2005). Também segundo Wilson et al. (2005), a estabilidade é a
capacidade de sustentar a integridade estrutural e limitar o deslocamento, funcionando de maneira
instantânea com a função de devolver o equilíbrio ao corpo após uma perturbação e se adaptando às
constantes mudanças de postura.
Manter a estabilidade do core exige controle de tronco nos três planos de movimento, além
disso, permite a transferência de cargas para as articulações dos membros inferiores e superiores
trazendo força de maneira eficiente para a realização de movimento. Os músculos do core são de
extrema importância para interação no controle do tronco na postura, seja estática ou dinâmica.
Anatomicamente o core compõem-se de 29 pares de músculos divididos por regiões: na anterior estão
localizados os abdominais, na posterior os paravertebrais e glúteos, na superior o diafragma e por
fim, na inferior o assoalho pélvico. Sem esse agrupamento de músculos localizados no tronco não
seria possível a manutenção de uma postura adequada. (FERREIRA et al., 2011).
O método de Joseph Pilates busca alcançar alguns pilares essenciais para a evolução durante
o treinamento, dentre eles: concentração, centro de força, respiração, coordenação dos movimentos,
precisão e controle da mente e do corpo. (MARÉS et al., 2012). Para uma melhor evolução na prática,
o trabalho com a respiração pode ser considerado como a base do Pilates, ao trabalharmos a
consciência necessária da respiração durante os movimentos, há uma maior ativação dos músculos
do tronco.
Os exercícios associados à respiração ao ativar os músculos do tronco, concentra-se no
objetivo de proporcionar estabilidade estática e dinâmica do corpo, além de beneficiar a ativação de
músculos pouco utilizados diariamente, essa ativação busca fortalecer o grupo de músculos que estão
presentes no centro de força do corpo (MARÉS et al., 2012, p. 447).
Segundo Bankoff, Freire e Villarta (1994) o sistema de controle postural envolve a interação
do indivíduo, o ambiente e a experiência prévia aos movimentos realizados. Por meio de resultados
do controle postural é possível identificar alterações na morfologia corpórea que levam à possíveis
disfunções, alterações posturais, variações no sistema esquelético e no sistema muscular, sendo
fatores que, possivelmente, acentuam alterações no equilíbrio (BANKOFF, FREIRE e VILLARTA,
1994).
9
Horak e Macpherson (1996) traz em seu texto, diversas definições que esclarecem a
importância do sistema de controle postural. Este sistema, possui dois importantes aspectos:
orientação e alinhamento, esses dois fatores possibilitam a tomada de decisões em relação à realização
de movimentos voluntários e toda a sua amplitude. Somos propensos a assumir posturas específicas
para a realização de um movimento ou de uma atividade comum, sendo uma tarefa automatizada para
controlar essa produção motora (HORAK e MACPHERSON, 1996, p. 256).
Na postura estão reunidos todos os elementos que caracterizam os movimentos realizados,
sendo implicados fatores anatômico-funcionais, psico-emotivos e sócio-ambientais (BANKOFF,
FREIRE e VILLARTA, 1994, p. 46). Ajustes necessários para manter a postura ereta dependem de
uma interação entre diversos sistemas, tais como o somatossensorial, visual e vestibular. A integração
entre esses sistemas, no sistema nervoso central proporciona ao indivíduo a capacidade de manter o
corpo em equilíbrio, realizar ajustes na postura e executar as atividades com estabilidade e a devida
orientação espacial. (SOARES, 2010, p. 371).
Ainda, segundo Horak e Macpherson (1996) o equilíbrio postural é um componente que visa
a posição e a velocidade do tronco no ambiente, sendo um dos objetivos mais importantes já que a
maior parte da massa corporal se localiza no tronco. É possível observar que nesta região tanto as
forças externas quanto internas agem diretamente para acelerar ou desacelerar o corpo.
A causa do desequilíbrio ao longo dos anos pode ser multifatorial, tais fatores podem levar a
alterações na percepção postural, na posição e movimentação envolvendo a cabeça e até mesmo na
percepção visual. O sistema visual nos fornece informações sobre a orientação espacial, ou seja, a
exposição do indivíduo em relação ao ambiente, espaços, objetos e até mesmo ao peso do seu próprio
corpo. Desajustes posturais como os citados neste estudo, levam à uma piora da qualidade de vida,
de modo a interferir nas atividades diárias, tais como a prática de atividades físicas, principalmente
pelo risco de quedas (MÜJDECI, AKSOY e ATAS, 2012, p.105).
Um outro fator que leva ao enfraquecimento dos músculos da região do tronco é o
sedentarismo. O tronco é o local em que há maior concentração de massa corporal e transferência de
força, com hábitos sedentários há o comprometimento do controle postural no indivíduo e
conseqüentemente na realização eficaz de tarefas motoras habituais. De acordo com Pate, O’Neill e
Lobelo (2008), o comportamento sedentário envolve atividades que não aumentem o gasto energético
acima do nível de descanso, nessas atividades podemos incluir: sentar, deitar, assistir televisão, mexer
no celular, entre outras atividades em que não se utilize grande esforço físico, caracterizando um nível
de inatividade associada à alimentação inadequada. Sendo assim, a inatividade física pode ser
considerada como um componente direto e indireto ligado às disfunções da coluna vertebral. A
aptidão musculoesquelética e a força da região do tronco são dois componentes importantes e que
10
poderão ser comprometidos com a inatividade física levando ao possível aparecimento de doenças
com o passar dos anos.
A prática de exercícios que aumente o gasto de energia acima do nível de descanso
proporciona uma melhora da tolerância ao estresse postural, fortalecimento dos músculos da região
do tronco, orientação postural de acordo com o espaço, diminuição do risco de quedas, além da
diminuição do risco de lesões (TOSCANO e EGYPTO, 2001, p. 133; OLIVEIRA, MONTAÑEZ e
LARA, 2016, p. 111).
A justificativa de interesse pessoal para o estudo teve início durante meu segundo ano de
graduação após matérias como Biomecânica e Bases Fisiológicas do Exercício e por ter uma vivência
familiar com o método Pilates, despertando o interesse de associar componentes como a postura,
músculos do tronco e o efeito de uma prática como o Pilates, aprofundando o meu conhecimento
sobre o assunto e através disso, foi feita a escolha do tema do meu trabalho de conclusão de curso.
No campo acadêmico esta pesquisa terá relevância na caracterização do controle postural de
praticantes de Pilates comparado a indivíduos sedentários, bem como a correlação da força dos
músculos abdominais e extensores do tronco com o equilíbrio do mesmo grupo populacional.
Sendo assim, o objetivo deste estudo é avaliar o efeito do método Pilates sobre o controle
postural e estabilização do tronco em comparação a indivíduos sedentários na literatura científica.
Em termos de hipótese acredita-se que a literatura científica evidenciará uma redução da oscilação
postural e maior força dos músculos avaliados em praticantes de Pilates quando comparado a
indivíduos sedentários.
11
MÉTODO
Para este estudo foi realizada uma revisão integrativa. Trata-se de um método específico que
permite a inclusão de estudos que abordam diversas metodologias, fornecendo uma melhor
compreensão de um fenômeno de característica individual (BROOME, 2000). Tendo como objetivo
delinear uma análise sobre informações descritas em pesquisas anteriores sobre uma determinada
temática, o que permite a síntese destas pesquisas já publicadas proporcionando novos conhecimentos
sobre o tema (MENDES, SILVEIRA e GALVÃO, 2008, p.760).
Realizou-se no dia 26 de novembro de 2020 a busca pelos artigos de livre acesso nas bases de
dados LILACS, SciELO e PubMed acompanhando os descritores com os termos “Pilates”, “Controle
Postural”, “Posturografia”, “Oscilação Postural”, “Centro de Massa”, “Força de tronco”,
“Estabilização de tronco”, e suas respectivas traduções em inglês “Pilates”, “Postural Control”,
“Posturography”, “Postural Sway”, “Center of Mass”, “Trunk force”, “Trunk Stabilization”.
Utilizando-se o operador booleano “AND” com os termos acima.
Para os critérios de inclusão, os artigos deveriam estar relacionados ao tema proposto,
utilizando a análise de força de tronco na pesquisa, entre 2010 e 2020 (últimos dez anos), nos idiomas
português e/ou inglês, sendo estudos com seres humanos (de ambos os sexos, com classificação etária
a partir dos 18 anos, correlacionando os indivíduos em grupos praticantes e não praticantes do método
Pilates).
Como critérios de exclusão, não foram utilizados artigos de revisão, sem a análise das
variáveis como a força de tronco e o equilíbrio, estudos associando outro programa de treinamento
ao método Pilates, com população específica e com comprometimentos específicos, tais como:
neuromuscular, neurológico e neurodegenerativa e todo material que não estava de acordo com os
aspectos expostos nesta pesquisa.
A busca na literatura ocorreu seguindo os critérios de inclusão e exclusão, em seguida,
realizou-se a coleta de dados, incluindo o máximo de estudos dentro do tema proposto. Para a
determinação da validade metodológica de cada estudo coletado, houve uma análise criteriosa
utilizando a leitura na íntegra através de uma planilha confeccionada de maneira organizada com os
objetivos, métodos e efeitos sobre o controle postural.
Este processo resultou em uma redução do número de estudos selecionados para a fase final
da revisão integrativa, em que foram analisados, interpretados, sintetizados e através disso as
conclusões sobre o tema foram formuladas.
12
RESULTADOS
A busca inicial identificou 61 títulos nas bases de dados LILACS e PubMed que atendiam à
especificação dos descritores utilizados, dentre esses, foram selecionados 37 artigos que
apresentavam os termos previstos nos temas e foram excluídos 24 estudos que eram repetições por
título.
Os 37 estudos resultantes foram examinados através dos resumos que apresentavam de forma
sucinta a introdução, objetivo, método, resultado e conclusão de cada estudo, sendo assim, foram
excluídos 26 artigos que não cumpriam os critérios de inclusão e exclusão previamente estabelecidos.
Após a análise pelo resumo, foram selecionados 11 artigos, dessa seleção um artigo foi
excluído por falta de acesso ao texto completo para elegibilidade do estudo. Portanto, dez artigos
foram lidos na íntegra e após serem examinados, foram excluídos dois artigos, um de revisão
sistemática e um com participantes de faixa etária abaixo do esperado pelo critério de inclusão.
Ao final, permaneceram oito artigos que foram lidos na íntegra e utilizados nesta revisão
integrativa. Na Figura 1 é apresentado o fluxograma que reproduz essas ações e os respectivos
resultados. A seleção para a inclusão dos oito artigos utilizados nesta revisão integrativa foi baseado
nos objetivos, métodos e efeitos do método Pilates sobre o controle postural de cada estudo.
13
Figura 1 – Fluxograma das etapas da busca bibliográfica
Fonte: Adaptado de Moher D. et al. (2009).
No Quadro 1 são apresentadas informações sobre os autores, método, efeitos sobre o controle
postural e o público alvo dos estudos analisados, essas informações obtidas após a leitura na íntegra,
contribuíram para a seleção dos artigos. Para isso, os artigos deveriam relacionar o equilíbrio, força
de tronco e a oscilação postural com a proposta de intervenção e avaliação dos resultados após a
intervenção.
O primeiro artigo selecionado foi o estudo de Bergamin et al. (2015), em que os autores
investigaram os efeitos do treinamento com o Pilates na função física de mulheres na pós-menopausa,
14
foi utilizado um programa de treinamento com duração de 12 semanas, duas vezes por semana com
duração de 60 minutos cada sessão. O programa de exercícios incluiu dez minutos de aquecimento,
a parte principal contendo 40 minutos incluindo exercícios de solo e dez minutos de alongamento,
após a intervenção com o método, os efeitos sobre o controle postural foram significativos, houve
melhora da oscilação postural e na força muscular.
No estudo de Lima e Braz (2016) foi avaliado o equilíbrio estático de mulheres jovens,
sedentárias e nuligestas sobre os efeitos do mat Pilates, a intervenção foi composta por dez
atendimentos com duração de 60 minutos, duas vezes por semana, com 50 minutos de exercícios
intermediários e avançados do mat Pilates e dez minutos de relaxamento. Após a intervenção, os
resultados demonstraram que estatisticamente não houveram diferenças significativas no equilíbrio
das mulheres avaliadas.
A intervenção no estudo de Lopes, et al. (2017) utilizou apenas uma sessão de 20 minutos
realizada individualmente, composta por quatro exercícios, tendo como objetivo melhorar os
músculos estabilizadores profundos e os extensores do quadril. Através da Plataforma de força e a
tarefa de controle postural dinâmico pós sessão foi verificado uma redução significativa da oscilação
postural nos participantes com lombalgia.
Os estudos de Newel et al. (2012) e de Quadros Júnior, Pestana e Schinoni (2011), utilizaram
um programa de treinamento com o método Pilates recrutando idosos acima de 60 anos, as variáveis
analisadas pós intervenção foram os movimentos da marcha e do equilíbrio. Os resultados obtidos
pós tratamento nos dois estudos demonstraram efetiva melhora no equilíbrio e na marcha dos idosos
participantes, diferenciando apenas no método utilizado pelos autores.
Rodrigues et al. (2009) analisaram os efeitos do método Pilates no equilíbrio estático de idosas
saudáveis, sendo utilizado o protocolo de Tinetti como método de avaliação, a intervenção foi
realizada por oito semanas com frequência semanal de duas sessões, com duração de 60 minutos, os
exercícios trabalharam condicionamento geral, fortalecimento global, mobilização articular e
estabilização estática e dinâmica. No grupo praticante do método Pilates houve uma evolução
significativa do equilíbrio estático comparado ao grupo controle.
O estudo de Sinzato et al. (2013) utilizou o alinhamento postural e a flexibilidade articular
para avaliar os efeitos do método Pilates no solo em mulheres jovens saudáveis, foram realizadas 20
sessões compostas por 12 exercícios em solo focando no centro de força, com nível básico,
intermediário e avançado. Para avaliar a flexibilidade foi utilizado o teste de sentar e alcançar no
banco de Wells e o alinhamento postural foi utilizado a avaliação postural (SAPO), após a intervenção
houve ganho significante na flexibilidade articular.
O último estudo dessa seleção avaliou os efeitos do Pilates na percepção da dor e de
parâmetros estabilométricos, Patti et al. (2016) recrutaram pacientes com lombalgia inespecífica,
15
utilizando a posturografia e o teste de Romberg como método de avaliação. Na intervenção, as sessões
duraram 50 minutos seguindo um protocolo de Pilates pré-estabelecido, com duração de 14 semanas
sendo três vezes por semana, os exercícios realizados foram em dois níveis de dificuldade: básico e
intermediário. Todas as variáveis pós intervenção mostraram significantes diferenças para os
pacientes com dor lombar crônica.
Todos os estudos selecionados demonstraram efeitos sobre o controle postural juntamente
com as variáveis analisadas e o público recrutado para as pesquisas. Uma versão com essas
informações estão retratadas no Quadro 1.
16
Quadro 1 – Dados dos artigos selecionados para a pesquisa
Fonte: Dados do estudo.
AUTOR OBJETIVO MÉTODO
EFEITO SOBRE O
CONTROLE
POSTURAL
PÚBLICO
ALVO
BERGAMIN et al.
(2015)
Investigar os efeitos do
treinamento de
exercícios de Pilates na
função física.
Plataforma
estabilométrica; Teste de
força de pressão manual;
Teste de sentar e
levantar-se; Teste de
força abdominal.
Melhoras significativas
das oscilações posturais
após intervenção no
Teste de força de pressão
manual e no teste de
força abdominal.
Mulheres na pós-
menopausa com faixa
etária entre 59 a 66 anos.
LIMA e BRAZ.
(2016)
Avaliar os efeitos do mat
Pilates sobre o equilíbrio
estático de mulheres
sedentárias.
Avaliação da ativação do
transverso do abdômen;
Plataforma de força.
Não houveram
diferenças
estatisticamente
significativas entre as
variáveis no pré e pós-
teste.
Mulheres jovens,
sedentárias e nuligestas
com faixa etária acima
de 20 anos.
LOPES et al.
(2017)
Determinar os efeitos
imediatos dos exercícios
de Pilates na oscilação
postural e no equilíbrio
dinâmico de jovens com
lombalgia inespecífica.
Tarefa de controle
postural dinâmico;
Plataforma de força.
Redução sigficativa da
oscilação postural após a
sessão de Pilates.
Homens e mulheres com
faixa etária acima de 18
anos com dor lombar
inespecífica.
NEWEL et al.
(2012)
Investigar se idosos
participantes de um
programa de Pilates
supervisionado baseado
na comunidade
melhoraram nos
parâmetros de marcha e
equilíbrio.
Esteira incorporando
Plataforma de força;
Biodex Balance System
para estimar o equilíbrio.
Melhora da marcha, do
equilíbrio e diminuição
da oscilação postural pós
intervenção.
Idosos com faixa etária
entre 60 a 79 anos.
QUADROS JÚNIOR,
PESTANA e
SCHINONI.
(2011)
Analisar o efeito do
tratamento com o
Método Pilates na
qualidade dos
movimentos da marcha e
do equilíbrio em idosos.
Avaliação do equilíbrio
e da marcha pela escala
Performance-Oriented
Mobility Assessment
(POMA)
Efetiva melhora no
equilíbrio e na marcha
dos indivíduos pós
tratamento.
Idosos acima de 60 anos
com distúrbios do
equilíbrio e da marcha.
RODRIGUES et al.
(2009)
Conhecer os efeitos que
o método Pilates pode
oferecer em relação ao
equilíbrio estático de
idosas saudáveis.
Protocolo de Tinetti para
idosos.
Evolução significativa
do equilíbrio estático
quando comparado ao
grupo controle.
Idosas sedentárias acima
de 60 anos.
SINZATO et al.
(2013)
Avaliar os efeitos do
método Pilates em solo
no alinhamento postural
e flexibilidade articular
de indivíduos sadios
jovens do sexo feminino.
Avaliação Postural
(SAPO); Teste de sentar
e alcançar no banco de
Wells.
Ganhos significantes na
flexibilidade articular.
Mulheres universitárias
jovens com faixa etária
de 18 a 25 anos.
PATTI et al.
(2016)
Avaliar os efeitos de um
programa de exercícios
de Pilates na percepção
da dor e parâmetros
estabilométricos em
pacientes com lombalgia
inespecífica.
Posturografia; Teste de
Romberg.
Significantes diferenças
em todas as variáveis
pós intervenção.
Pacientes com dor
lombar crônica com
faixa etária acima de 40
anos.
17
DISCUSSÃO
Com o objetivo de avaliar o efeito do método Pilates sobre o controle postural e estabilização
do tronco em comparação a indivíduos sedentários na literatura científica, os artigos selecionados
evidenciaram efetivos resultados com a escolha do método e do público em comparação ao grupo
controle ou pela avaliação pós intervenção. A descrição de cada autor e os diferentes métodos
utilizados para avaliar as variáveis incluídas neste estudo, contribuíram para uma melhor
compreensão sobre a técnica e os desafios que ainda serão investigados na literatura.
Sendo assim, através dos resultados obtidos podemos delinear os fatores que contribuem para
uma melhora significativa das variáveis analisadas em cada artigo selecionado, utilizando como base
principal o método Pilates. O programa de treinamento escolhido para esta análise e para os demais
achados, traz como princípio uma série de elementos considerados essenciais para uma prática efetiva
do método.
Os princípios de Joseph Pilates trazem o objetivo de conduzir o praticante à um controle
consciente do conjunto físico e mental (LATEY, 2001, p. 278). O devido controle físico e mental
proporcionam resultados significantes na melhora da dor, diminuição do risco de quedas, melhora do
equilíbrio e controle postural como os descritos pela literatura.
Ao descrever a importância de um treinamento baseado no controle postural, o estudo de
Lopes et al. (2017) incluíram participantes com lombalgia de causa inespecífica, baseado em uma
única sessão do método Pilates em que os exercícios foram totalmente focados nos músculos
estabilizadores superficiais e profundos, proporcionando de imediato após a sessão uma melhora da
oscilação postural e redução da dor quando comparado ao grupo controle.
O que nos leva a avaliar os resultados positivos que um treinamento a longo prazo com foco
principal nos músculos que proporcionam manutenção da postura pode trazer ao praticante. Os
músculos a serem trabalhados dentro dos princípios do Pilates são os músculos globais e locais que
ao serem fortalecidos resultam maior estabilidade durante as realizações de tarefas e atividades físicas
(MARÉS et al., 2012).
Os músculos globais (superficiais) são relacionados à força do core, sendo eles: reto
abdominal, fibras laterais do oblíquo externo, psoas maior, eretor da espinha e os iliocostais (torácico)
(FARIES e GREENWOOD, 2007). Ainda descrito pelos mesmos autores, os músculos locais
(profundos) são relacionados à estabilidade do core fornecendo proteção para as estruturas articulares,
são os músculos: transverso abdominal, multífido, oblíquo interno, fibras mediais do oblíquo externo,
quadrado lombar, diafragma, assoalho pélvico, iliocostais e longuíssimo (lombar).
18
Ao relacionarmos os músculos profundos e superficiais ao controle postural, nos remetemos
ao tônus muscular que pode contribuir tanto com mecanismos neurais como não neurais. De acordo
com Shumway-Cook e Woollacott (2010), um certo nível de tônus muscular está relacionado a um
melhor controle postural no indivíduo, já que o tônus está associado a produção de força que os
músculos exercem para fornecer suporte durante o movimento ou o repouso. Sendo assim,
percebemos que ao negligenciar os músculos do centro de força (core) em diferentes modalidades
esportivas, podemos prejudicar e intensificar fatores negativos na saúde de quem o pratica.
Estudos como o de Patti et al. (2016) e Bergamin et al. (2015), em que foram realizadas mais
de dez semanas de treinamento com o método Pilates, embora o número de sessões seja declarado
como insuficientes, os resultados pós-intervenção nos mostram que os exercícios propostos pelo
Pilates aumentaram significativamente a força dos músculos do tronco e melhora do equilíbrio
estático de acordo com o público avaliado. Bergamin et al. (2015) ainda demonstram a aplicabilidade
da posturografia considerada padrão ouro para avaliação da instabilidade postural e resultados
positivos em seu estudo.
É interessante notar que os resultados dos artigos selecionados variam de acordo com a faixa
etária do público avaliado, sendo assim, embora o público jovem possua benefícios em relação à
melhora do equilíbrio, diminuição da oscilação postural, melhora da força dos músculos do tronco e
melhor consciência corporal, os autores ainda concluem que o número de sessões ou a quantidade de
pessoas no grupo avaliado necessitariam ser maior, para que de fato possa efetivar a melhora que o
treinamento com o Pilates pode ocasionar.
Os efeitos encontrados no estudo de Sinzato et al. (2013) com mulheres jovens entre 18 e 30
anos de idade ao trabalhar com força de tronco através dos exercícios do método Pilates, concluíram
que 20 sessões não foram suficientes para modificar o equilíbrio estático das avaliadas, com o número
de sessões escolhido pelos autores, somente na flexibilidade articular houve melhora significativa.
Na literatura, estudo em que os autores promoveram uma intervenção com mais de 30 sessões, notou-
se uma melhora significante do alinhamento postural para o mesmo público (NUNES JUNIOR et al.,
2008).
Lembrando que os efeitos positivos podem ser evidenciados de forma mais clara com o passar
dos anos, uma vez que à medida que ocorre o processo de envelhecimento são observadas alterações
nos sistemas do corpo, incluindo o de controle postural que levam à um declínio da capacidade
funcional e instabilidades na condição de saúde. Mesmo assim, estudos que utilizam indivíduos
jovens podem comprovar benefícios relacionados ao método dependendo do tamanho da amostra e
tempo de intervenção utilizado.
Nesse sentido, ao pensarmos no aumento do risco de quedas há uma preocupação maior com
os idosos em relação às atividades de vida diária, tarefas fora de casa e exercícios físicos. Tendo em
19
vista que das alterações que ocorrem nos sistemas em geral, a instabilidade com o equilíbrio e o
enfraquecimento dos músculos do tronco são os componentes mais afetados com o envelhecimento
(BALOH et al., 2003; STEADMAN et al., 2003).
Os resultados de estudos em que se utilizaram idosos acima de 60 anos, independente do sexo
e do tamanho da amostra, sugerem que um programa de treinamento com exercícios do método
Pilates focados no equilíbrio estático e dinâmico além da utilização principal dos músculos
estabilizadores e mobilizadores, proporcionaram a eliminação da tensão excessiva e como
conseqüência menor oscilação postural.
Para Quadros Júnior, Pestana e Schinoni (2011), que analisaram o efeito do Pilates na marcha
e no equilíbrio de idosos de ambos os sexos com faixa etária acima de 60 anos, ocorreu um aumento
favorável do equilíbrio e na qualidade dos movimentos da marcha após 32 sessões do método Pilates.
Para as sessões, os exercícios foram baseados na respiração diafragmática, na mobilização da coluna
e para recrutar os músculos abdominais e do assoalho pélvico, o que certamente contribuiu na melhora
do equilíbrio e da marcha avaliado pela escala Performance-Oriented Mobility Assessment (POMA),
proporcionando a prevenção de quedas e de lesões graves para a população idosa.
Observamos o mesmo resultado positivo no estudo de Rodrigues et al. (2009) com idosas
acima de 60 anos, em que foi avaliado o equilíbrio estático através do protocolo de Tinetti, pode-se
observar que com apenas 16 sessões de método Pilates houve um reforço para os componentes
musculares como força e resistência, além da melhora dos princípios que envolve o equilíbrio como
a concentração, precisão e o controle de tronco. Desta forma, os autores sugerem o Pilates como uma
boa ferramenta na redução do risco de quedas e melhora do feedback sensorial de idosas.
No estudo de Newel et al. (2012), assim como nos estudos anteriores, os idosos participantes
com faixa etária entre 60 a 76 anos trabalharam com exercícios de Pilates baseado principalmente na
força de tronco com o intuito de investigar os parâmetros relacionados ao equilíbrio e marcha. Após
oito semanas de intervenção, com base nos resultados do pré e pós intervenção, houve diminuição da
oscilação postural e melhora dos parâmetros analisados, proporcionando melhora da estabilização do
tronco para os idosos participantes da pesquisa.
Ao utilizar a plataforma de força para avaliar as variáveis relacionadas ao centro de pressão,
Lima e Braz (2016), por meio de uma abordagem quantitativa quase experimental com um grupo de
nove mulheres jovens, sedentárias e nuligestas, realizou como intervenção dez sessões de Pilates com
exercícios intermediários e avançados, porém, após a intervenção foi verificado que o grupo já
possuía bom equilíbrio antes da intervenção o que interferiu no resultado e na conclusão do estudo.
Observamos que há a necessidade da manutenção do equilíbrio, pois eventos que levam o indivíduo
à queda tem sido um dos fatores mais incapacitantes ao longo da idade, desenvolvendo patologias e
retirando a completa autonomia principalmente de pessoas sedentárias.
20
Dessa forma, evidencia-se que há uma série de benefícios propostos pelo método Pilates
quando avaliamos variáveis como o equilíbrio estático e dinâmico, oscilação postural, controle
postural, estabilização e força de tronco. Dentre alguns benefícios constatados após a intervenção
estão: diminuição da fadiga muscular na realização de tarefas, força muscular principalmente nos
membros inferiores, diminuição da dor lombar, equilíbrio em tarefas simples e complexas e melhora
da motivação para realizar exercícios e atividades de vida diária (CURI, 2009 apud MARÉS et
al.,2012).
Através do público avaliado em cada estudo quando comparado ao grupo sedentário e pós
intervenção com o Pilates, a literatura científica demonstra a redução da oscilação postural e maior
força dos músculos do tronco em indivíduos praticantes de Pilates, independente do sexo e faixa
etária, sendo que em idosos os benefícios são potencialmente significativos. O que demonstra para
esta pesquisa que os estudos sobre treinamento com foco em equilíbrio e nos músculos estabilizadores
e mobilizadores do tronco devem fazer parte de protocolos de treinamento de outras modalidades
esportivas, sendo o Pilates uma opção benéfica para diferentes grupos e faixas etárias.
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CONCLUSÃO
A partir dos artigos incluídos nesta pesquisa, pode-se concluir que o método Pilates possui
efeitos positivos sobre o controle postural e estabilização do tronco em seus praticantes quando
comparado a indivíduos sedentários, evidenciando uma redução da oscilação postural e melhora da
força dos músculos avaliados após um programa de treinamento com o Pilates.
Apesar dos estudos apontarem efeitos positivos nas variáveis incluídas como força de tronco,
estabilização, força muscular e equilíbrio estático e dinâmico em diferentes populações e faixas
etárias, seus efeitos ainda são escassos na literatura dependendo da variável, tamanho da amostra e o
tempo de intervenção com o método Pilates. Uma das limitações do presente estudo foi encontrar na
literatura científica estudos que fizeram a comparação entre praticantes de Pilates e indivíduos
sedentários, ambos os grupos sem qualquer comorbidade.
O que é encontrado com maior facilidade são grupos populacionais específicos, tais como
portadores de esclerose múltipla, crianças com necessidades especiais, entre outros grupos. Desta
forma, sugere-se que novos estudos sejam realizados com o objetivo de investigar os fatores citados
acima (variáveis, tamanho da amostra, tempo de treinamento, etc.) em grupos saudáveis praticantes
e não praticantes do método Pilates.
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