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revista técnico-profissional REPORTAGEM o electricista 72 eficiência energética em destaque na MATELEC A MATELEC 08, Salão Internacional de Material Eléctrico e Elec- trónico, é uma importante plataforma comercial e um ponto de encontro da indústria. Este ano a aposta centrou-se nas energias renováveis e eficiência energética. A décima quarta edição do Salão Internacio- nal de Material Eléctrico e Electrónico, MA- TELEC 08, terá lugar de 28 de Outubro a 1 de Novembro, na Feria de Madrid, com a pre- sença habitual e insubsitituível da Federa- ção Nacional de Empresários de Instalações Eléctricas e Telecomunicações de Espanha (FENIE). São esperadas mais de 800 empre- sas expositoras, na sua maioria espanholas, distribuídas por 51 mil metros quadrados. A participação internacional aumentou mui- to este ano ao ultrapassar as 210 registadas no anterior salão internacional, em 2006, para este ano se situar nas 300, vindas de países emergentes como a Coreia do Sul, Turquia, Índia, China, Rússia, Argentina, Bra- sil, entre outros. Esta exposição mantém um firme compro- misso com o sector da iluminação, tentando travar e denunciar a pirataria industrial, e cumprir as directivas europeias que afectam produtos e instalações, como uma das con- dições para uma presença sólida no mer- cado. Outros sectores apresentarão os seus produtos e inovações, desde a Energia Eléc- trica, a Tecnologia da Instalação Eléctrica, a Inter e a Telecomunicação, a Electrónica, o Equipamento Industrial, entre outros. A MATELEC 08 reforçou a sua relação com Portugal através de encontros e acordos re- alizados com a principal associação empre- sarial portuguesa, ANIMEE, e irá propor que este seja o “País de Referência” através de jornadas técnicas, encontros, apresentações de empresas portuguesas, etc. O Salão Inter- nacional de Material Eléctrico e Electrónico recebe cerca de 3.000 visitantes portugue- ses e mantém acordos de colaboração e in- tercâmbio com a feira Endiel, realizada em Portugal entre Lisboa e Porto. NOVIDADES DA MATELEC 08 A MATELEC deste ano tem um novo espa- ço de demonstrações e exposições, no qual Helena Paulino todas as associações representadas no Co- mité Organizador da Feira irão participar, desenvolvendo e colocando em funciona- mento aplicações imóticas e domóticas. O espaço situado no Pavilhão 2 da Feria de Madrid terá vários níveis de automatização, para além de uma instalação fotovoltaica, e a apresentação de vários produtos dis- poníveis no mercado. Desta forma mostram ao visitante profissional e aos estudantes de Formação Profissional, as aplicações reais dos conceitos de Casa Inteligente, Domótica, Imótica, eficiência energética e da importân- cia das energias alternativas. Irá realizar-se pela décima vez o Concurso Nacional de Jo- vens Instaladores, com vista a formar futuros profissionais da instalação. A feira adaptou-se às necessidades do mer- cado, e por isso houve uma nova divisão por sectores, melhorando a distribuição da ofer- ta expositiva e indo ao encontro do cres- cimento das diversas áreas temáticas que compõem o Salão Internacional de Material Eléctrico e Electrónico. Em consequência disto, a Inter e Telecomunicação ocupam o Pavilhão 9, ao passo que a Electrónica e o Equipamento Industrial ficam distribuídos

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A MATELEC 08, Salão Internacional de Material Eléctrico e Elec-trónico, é uma importante plataforma comercial e um ponto de encontro da indústria. Este ano a aposta centrou-se nas energias renováveis e eficiência energética.

A décima quarta edição do Salão Internacio-nal de Material Eléctrico e Electrónico, MA-TELEC 08, terá lugar de 28 de Outubro a 1 de Novembro, na Feria de Madrid, com a pre-sença habitual e insubsitituível da Federa-ção Nacional de Empresários de Instalações Eléctricas e Telecomunicações de Espanha (FENIE). São esperadas mais de 800 empre-sas expositoras, na sua maioria espanholas, distribuídas por 51 mil metros quadrados. A participação internacional aumentou mui-to este ano ao ultrapassar as 210 registadas no anterior salão internacional, em 2006, para este ano se situar nas 300, vindas de países emergentes como a Coreia do Sul, Turquia, Índia, China, Rússia, Argentina, Bra-sil, entre outros.

Esta exposição mantém um firme compro-misso com o sector da iluminação, tentando travar e denunciar a pirataria industrial, e cumprir as directivas europeias que afectam produtos e instalações, como uma das con-dições para uma presença sólida no mer-cado. Outros sectores apresentarão os seus produtos e inovações, desde a Energia Eléc-trica, a Tecnologia da Instalação Eléctrica, a Inter e a Telecomunicação, a Electrónica, o

Equipamento Industrial, entre outros.A MATELEC 08 reforçou a sua relação com Portugal através de encontros e acordos re-alizados com a principal associação empre-sarial portuguesa, ANIMEE, e irá propor que este seja o “País de Referência” através de jornadas técnicas, encontros, apresentações de empresas portuguesas, etc. O Salão Inter-nacional de Material Eléctrico e Electrónico recebe cerca de 3.000 visitantes portugue-ses e mantém acordos de colaboração e in-tercâmbio com a feira Endiel, realizada em Portugal entre Lisboa e Porto.

Novidades da matelec 08 A MATELEC deste ano tem um novo espa-ço de demonstrações e exposições, no qual

Helena Paulino

todas as associações representadas no Co-mité Organizador da Feira irão participar, desenvolvendo e colocando em funciona-mento aplicações imóticas e domóticas. O espaço situado no Pavilhão 2 da Feria de Madrid terá vários níveis de automatização, para além de uma instalação fotovoltaica, e a apresentação de vários produtos dis-poníveis no mercado. Desta forma mostram ao visitante profissional e aos estudantes de Formação Profissional, as aplicações reais dos conceitos de Casa Inteligente, Domótica, Imótica, eficiência energética e da importân-cia das energias alternativas. Irá realizar-se pela décima vez o Concurso Nacional de Jo-vens Instaladores, com vista a formar futuros profissionais da instalação.

A feira adaptou-se às necessidades do mer-cado, e por isso houve uma nova divisão por sectores, melhorando a distribuição da ofer-ta expositiva e indo ao encontro do cres-cimento das diversas áreas temáticas que compõem o Salão Internacional de Material Eléctrico e Electrónico. Em consequência disto, a Inter e Telecomunicação ocupam o Pavilhão 9, ao passo que a Electrónica e o Equipamento Industrial ficam distribuídos

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pelos Pavilhões 5 e 7. A Iluminação apre-senta-se no Pavilhão 3, e a Tecnologia da Instalação Eléctrica e Energia Eléctrica esta-rão nos Pavilhões 4, 6, 8 e 10. As empresas expositoras do sector da subcontratação industrial optaram por se expôr seguindo a divisão por sectores da feira, de forma a que o visitante possa conhecer este segmento em cada âmbito de aplicação.

O Salão Internacional de Material Eléctrico e Electrónico continua a manter um forte compromisso na formação de futuros pro-fissionais do sector, e prova disso é a cres-cente afluência de estudantes de Formação Profissional vindos de toda a Espanha, tal como estudantes universitários das diversas especialidades de engenharia, telecomu-nicações, industriais, etc. Nos últimos dez anos a MATELEC recebeu cerca de 80.000 estudantes, um número a ter em conta devi-do à crescente necessidade de mão-de-obra qualificada neste sector. Para este ano está prevista a visita de 10.000 estudantes, inte-ressados em toda a oferta de produtos e so-luções disponíveis no mercado, e que terão o seu protagonismo no Pavilhão 2 dentro da nova área de demonstrações de aplicações imóticas e domóticas. Para esta zona tam-bém estão previstos workshops e espaços práticos para que os futuros profissionais do sector eléctrico e das telecomunicações tenham um contacto mais directo com os utensílios e aplicações reais.

Do programa das Jornadas Técnicas da MATELEC 08 faz parte o Congresso Inter-nacional de Empresas Instaladoras de Te-lecomunicações, o que será um avanço na consciencialização dos instaladores de tele-comunicações como grupo profissional.

domótica, um sector em deseNvolvimeNtoA domótica é um sector em crescimento e ao alcance de todas as bolsas, e por isso terá na MATELEC 08 uma boa apresentação com a presença das melhores marcas da robóti-ca. Prevê-se que o volume de negócios do sector domótico atinja nos próximos dois anos, entre 300 e 400 milhões de euros anu-ais em Espanha, um valor superior em 33% a 50% do que no ano passado. Com este crescimento, em 2010 cerca de 30% das ha-bitações estarão domotizadas, beneficiando largamente os utentes, sobretudo idosos e deficientes.

A crise actual do sector imobiliário provocada por um abrandamento no mercado de ven-das e por uma concorrência crescente entre empresas promotoras, deu origem a novas fórmulas de venda por parte dos emprei-teiros. Marisol Fernández, responsável pela Secretaria Técnica da Associação Espanhola de Domótica (CEDOM) explica: “a domótica, incorporada nas casas para habitação como um valor diferenciador, permite oferecer um produto com maiores e novas prestações, reduzindo assim o período de comercializa-ção. Esta situação gera um estado de opor-tunidade para o desenvolvimento do sector da domótica, que está desde há um tempo à espera de uma enzima que acelere o espera-do crescimento dos sistemas domóticos em Espanha.” Os compradores estão cada vez mais exigentes quando compram uma casa, exigindo algo mais que rentabilize o seu in-vestimento, e para responder a isso, o sec-tor da domótica oferece actualmente uma vasta oferta com soluções para todo o tipo de casas, desde construções simples até ca-sas de luxo, ambas equipadas com sistemas modernos adaptados às necessidades dos clientes e ao seu orçamento económico. Por isso viver numa “casa inteligente” é hoje em dia uma possibilidade ao alcance de todos graças à democratização da domótica, com um sem fim de ofertas desde detectores de fogo e gás, sistemas de climatização e ilumi-nação, programas de gestão à distância da casa, entre outras.

A Ingenium, Ingeniería y Domótica, uma em-

presa espanhola especialista em domótica, dita que o sector facturou mais de 15 milhões de euros em 1997, ao passo que agora, esse valor ultrapassa os 200 milhões de euros, com cerca de 15 a 20% das casas construídas a terem sistemas de alta tecnologia domótica.

PouPaNça eNergética em destaqueO Foro da Sustentabilidade será uma das grandes apostas do MATELEC deste ano, com jornadas técnicas de reflexão com três me-sas onde serão discutidas novas tecnologias, também haverá uma exposição de produtos eco-eficientes, serviços e soluções baseadas na eficiência energética e nas energias re-nováveis. Esta é uma mais-valia para os ex-positores e visitantes, permitindo-lhes pro-mover e comunicar o desenvolvimento dos seus produtos, estimulando o sector na luta contra a mudança climática, em condições de competitividade. É bom lembrar que as energias renováveis contribuíram para o sis-tema eléctrico em Espanha, cerca de 14,4% em 2007, num ano em que os espanhóis gastaram mais 2,7% de energia.

Neste âmbito, o Director-Geral da Indústria da Comunidade de Madrid, Carlos López Ji-meno, já apresentou a campanha “Madrid com energia”, uma iniciativa centrada em três aspectos: a melhoria das infra-estru-turas de forma a optimizar o abastecimento energético, o fomento da energia vinda das fontes renováveis, aumentando a sua capa-cidade de armazenamento, e ainda um cres-cimento na poupança energética, de forma a reduzir 10% no consumo até 2010.

Rosario Heras, Chefe da Unidade de Efici-ência Energética na Edificação do CIEMAT,

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chamou a atenção para a dupla poupança energética em edifícios eficientes: por um lado, a da indústria, transporte e edificação e por outro, no consumo doméstico através da energia bioclimática. A oradora salientou que se podem conseguir poupanças desde 60% até edifícios completamente auto-su-ficientes, com a necessidade de um trabalho conjunto de engenheiros e arquitectos.

seguraNça Nos cabos e coNdutores eléctricosUm sector muito ligado e representado no MATELEC 08 é o mercado dos cabos, con-dutores e fibra óptica, representado pela Federação Espanhola de Cabos e Condutores Eléctricos e de Fibra Óptica, FACEL. As cerca de 40 empresas associadas à FACEL irão ex-por e apresentar produtos inovadores, jorna-das técnicas e actos que a Federação desen-volverá no Salão Internacional de Madrid.

De acordo com os dados da Federação, este mercado sentiu a desaceleração económica em 2007 com a quebra na construção de ca-sas para habitação, e na subida e oscilações constantes dos preços das matérias-primas. Assim as perspectivas para 2008 são dúbias, e daí a oferta de produtos e soluções expos-tos na MATELEC 08 terem uma importância tão grande. As empresas associadas à FACEL pretendem recuperar as instalações eléctri-cas, com critérios de segurança e de pou-pança energética, que facilitem a vida dos cidadãos e evitem emissões negativas para o meio ambiente. Outras medidas que fomen-tam o bom clima empresarial e de mercado propostas pela FACEL são o fomento da uti-lização dos cabos de Alta Segurança (AS e

AS+), a participação em todos os foros onde se discutam aspectos relacionados com a indústria de cabos e condutores, de forma a elaborar regulamentos, normas ou temas de interesse.

imPortâNcia estética e eficiêNcia Na ilumiNaçãoA MATELEC 08 conta com uma participação em massa de várias empresas do sector da iluminação, que apresentarão as últimas tendências e novidades de um mercado crescente, que conjuga tecnologia com efi-ciência e design. A iluminação controlada através de sistemas domóticos, de baixo consumo e de alta eficiência, a evolução das instalações eléctricas, tudo conjugado num misto de eficiência e estética, seja na ilumi-nação de uma casa, um posto de trabalho, um lugar público ou um espaço urbano.

A Fundação ECOLUM, criada a partir da As-sociação Nacional de Fabricantes de Apa-relhos de Iluminação (ANFALUM) aposta firmemente na eficiência e reciclagem de lâmpadas, e também estará presente no Salão Internacional de Material Eléctrico e Electrónico. Segundo dita um estudo so-bre reciclagem de resíduos apresentado pela Fundação ECOLUM e realizado pela Federação Espanhola da Recuperação, FER, são reciclados anualmente 1.591 toneladas de resíduos provenientes dos sistemas de

iluminação, de casas de habitação, escritó-rios, zonas industriais e vias públicas. Em Espanha, a reciclagem de “lâmpadas pú-blicas” permite recuperar metais de gran-de resistência e durabilidade como o ferro e o aço, com a finalidade de os incorporar como matéria-prima nos processos de fa-brico de automóveis, estruturas de edifícios ou tubagens, entre outros. Assim, estima-se que cerca de 87% do total de 18 milhões de toneladas de aço, produzidos em Espanha, provém de materiais reciclados. As lâmpa-das domésticas quando são recicladas dão origem ao alumínio, utilizado como matéria-prima no fabrico de produtos tão quotidia-nos como fechaduras, caçarolas ou tacos de golfe. Segundo ditam os dados revelados pela Fundação ECOLUM, cerca de 82% da produção espanhola de alumínio provém da reciclagem.

A Gewiss Ibérica, especialista em ilumina-ção de interiores e exteriores, transformou a iluminação numa arte ao alcance de to-dos, com o seu “kit domótico facílimo” que permite aceder às instalações de iluminação, até agora apenas reservadas a profissionais com conhecimentos técnicos específicos. Com este produto inovador podemos criar diferentes atmosferas de iluminação nas nossas casas, através de uma tecnologia vanguardista que constrói autênticas casas do futuro. Os diferentes pontos de luz distri-buídos pelos quartos são diferentes porque

Entrada nortE

Entrada sul

intEr EtElEcomunicaçõEs

ElEctrónica EEquipamEnto industrial

iluminação

EnErgia Eléctrica

tEcnologia dEinstalação Eléctrica

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obedecem a um sentido estético, prático e também emocional. Daí que alguns factores de relevo assentem no facto da zona da casa ser a mais usada, ou que tipo de actividades se realizam na mesma.

A empresa espanhola Simon Lighting, es-pecialista na personalização da iluminação de acordo com as necessidades do cliente, será outra das presenças na MATELEC 08. Um dos materiais utilizados é o cobre, muito simples mas de excelente brilho que provoca um contraste muito harmonioso e que é ide-al para os ambientes fora da cidade. Dentro das unidades de negócio da Simon Lighting destaca-se a iluminação por projecção de castelos, muralhas, igrejas; a iluminação de fibra óptica, ideal para piscinas e museus, iluminação pública viária e ainda, ilumina-ção urbana.A Fenoplástica é uma empresa de ilumina-ção de jardins, com um design muito inova-dor, tornando os espaços verdes em locais mais pessoais e íntimos, tendo uma grande panóplia de soluções para todos os gostos.

ProPriedade iNdustrial e iNtelectual em debateA Associação Espanhola de Fabricantes de Iluminação, ANFALUM, realizou no passado dia 27 de Fevereiro na Feria de Madrid uma jornada profissional sobre a Propriedade Industrial e Intelectual, onde debateu com os fabricantes a situação actual do merca-do, cada vez mais preocupado com a con-corrência desleal. Um dos objectivos deste encontro profissional passou pelo esclare-cimento dos prejuízos advindos da concor-

rência desleal e o estabelecimento de um código de boa conduta entre as empresas associadas. O presidente da ANFALUM, Ra-fael Barón, ditou que “a cópia é um fenóme-no actual e muito nocivo. Noutros âmbitos impõe-se um direito, mas no mercado da iluminação não se pode aplicar. Os nossos esforços em I+D são grandes, assim como no design dos nossos produtos, e significam muito dinheiro investido. Quando há cópia no mercado é porque alguém a pede. Há inclusive quem peça a cópia, isto é, clien-tes que pedem aos fabricantes um modelo similar a um original, e que seja mais bara-to para eles. Um dos maiores problemas de cópia passa pelo mercado chinês cada vez mais bem informado, sendo muitas vezes eles quem denuncia a Europa por copiar os seus produtos. A solução passa assim por proteger a inovação, a propriedade indus-trial e intelectual.”

O Director Técnico de Certificação da AENOR, Teófilo de Frutos, abordou o dilema marca-voluntária-marca obrigatória: “a marca CE não é uma garantia de que existam produ-tos não conformes, porque quando alguém

a põe, parte-se do princípio de que cumpre os requisitos, mas existem muitas deficiên-cias. Em resumo, a marca CE não significa que tenha sido fabricado na União Europeia nem é uma marca de qualidade europeia. É somente um produto afectado por alguma norma comunitária, em algum aspecto. É, simplesmente, um passaporte para vender na Europa.”

Alfredo Berges, secretário-geral da ANFA-LUM promoveu a associação ao garantir que

através dela há a promoção do cumprimen-to das normas, e esclareceu: “representamos um sector que factura 1.400 milhões de eu-ros por ano, com 30 por cento da produção dirigida à exportação. Somos o sector mais regulamentado de todo o mercado eléctrico e o mais competitivo, porque se trata de um mercado aberto. A permeabilidade é alta e deparamo-nos com concorrência desleal e produtos órfãos, isto é, produtos sem a marca CE nem outras etiquetas de acordo com os normativos.”

No final do encontro foram fixadas duas metas: a redacção de um Código Ético da ANFALUM, estabelecendo as boas práticas empresariais entre as companhias do mer-cado da iluminação associadas, e a criação de uma Corte de Arbitragem que evite a passagem directa à Justiça.

Para mais informações

Tel.: +351 213 868 517/8 | Fax: +351 213 868 519

[email protected] | www.matelec.ifema.es