28
CIÊNCIA DA LITERATURA 2021.1 PROGRAMA: CIÊNCIA DA LITERATURA DISCIPLINA: As novas formas do sujeito PROFESSOR: Beatriz Resende Siape: 8360503 CÓDIGO: LEL820 PERÍODO: 2021- 1 NÍVEL: M/D ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: Teoria Literária/Literatura Comparada HORÁRIO/DINÂMICA: Quarta-feira, das 17h às 20hs. O link de acesso à plataforma digital de transmissão será encaminhado antes do início das aulas. TÍTULO DO CURSO: Estratégias de construção da ficção contemporânea no Brasil EMENTA O curso pretende ler e debater obras da ficção brasileira publicadas a partir de 2020, ou seja, absolutamente contemporâneas. Nas obras queremos inves- tigar procedimentos literários que se evidenciam como dominantes no tempo atual. Principais questões que queremos levantar são: 1. As estratégias literárias de uso da primeira pessoa em romances e contos. 2. Questões de raça e de gênero. O entrelaçamento dos temas como trato de temas da desigualdade, da subalternidade, do patriarcalismo e do ra- cismo. 3. As escritas da cidade e da periferia das grandes cidades. 4. A retomada de espaços fora da centralidade urbana. Territórios e aspectos de língua literária 5. A mobilidade do conceito de literatura. O trânsito entre diferentes possi- bilidades das artes da palavra. O corpus de leituras a serem estudadas será definido junto com os alunos a partir de sugestões fornecidas. BIBLIOGRAFIA ALMEIDA, Sílvio. Racismo estrutural. Col. Feminismos plurais. SP: Jandaira, 2020 ANZALDÚA, Gloria. “Falando em línguas: uma carta para mulheres escritoras do Terceiro Mundo”. Rev. Estudos Feministas 229. 1/2000 BUTLER. Judith. Relatar a sim mesmo. Crítica da violência estética. BH: Au- têntica, 2015. ---------- Corpos em aliança e a política das ruas. Notas para uma teoria performativa de assembleia. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2018. CANCLINI, Nestor Garcia. O mundo todo como lugar estranho. SP:EDUSP, 2016 DERRIDA, JACQUES. Essa estranha instituição chamada literature. BH: Edi- tora UFMG, 2018. GROYS, BORIS. Arte poder. Belo Horizonte, Ed. UFMG, 2015 HARDING, Sandra. “A instabilidade das categorias analíticas na teoria femi- nista”. In: Revista Estudos Feministas n. 1/93 pp 7-3 HOLLANDA, Heloisa Buarque de (Org.) Pensamento feminista: conceitos fun- damentais. Rio de Janeiro: Bazar do Tempo, 2019

Ementas CIÊNCIA DA LITERATURA 2021-1 - UFRJ

  • Upload
    others

  • View
    4

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

CIÊNCIA DA LITERATURA 2021.1

PROGRAMA: CIÊNCIA DA LITERATURA DISCIPLINA: As novas formas do sujeito PROFESSOR: Beatriz Resende Siape: 8360503 CÓDIGO: LEL820 PERÍODO: 2021- 1 NÍVEL: M/D

ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: Teoria Literária/Literatura Comparada HORÁRIO/DINÂMICA: Quarta-feira, das 17h às 20hs. O link de acesso à plataforma digital de transmissão será encaminhado antes do início das aulas. TÍTULO DO CURSO: Estratégias de construção da ficção contemporânea no Brasil EMENTA

O curso pretende ler e debater obras da ficção brasileira publicadas a partir de 2020, ou seja, absolutamente contemporâneas. Nas obras queremos inves-tigar procedimentos literários que se evidenciam como dominantes no tempo atual. Principais questões que queremos levantar são:

1. As estratégias literárias de uso da primeira pessoa em romances e contos. 2. Questões de raça e de gênero. O entrelaçamento dos temas como trato

de temas da desigualdade, da subalternidade, do patriarcalismo e do ra-cismo.

3. As escritas da cidade e da periferia das grandes cidades. 4. A retomada de espaços fora da centralidade urbana. Territórios e aspectos

de língua literária 5. A mobilidade do conceito de literatura. O trânsito entre diferentes possi-

bilidades das artes da palavra. O corpus de leituras a serem estudadas será definido junto com os alunos a

partir de sugestões fornecidas. BIBLIOGRAFIA ALMEIDA, Sílvio. Racismo estrutural. Col. Feminismos plurais. SP: Jandaira, 2020 ANZALDÚA, Gloria. “Falando em línguas: uma carta para mulheres escritoras do Terceiro Mundo”. Rev. Estudos Feministas 229. 1/2000 BUTLER. Judith. Relatar a sim mesmo. Crítica da violência estética. BH: Au-têntica, 2015. ---------- Corpos em aliança e a política das ruas. Notas para uma teoria performativa de assembleia. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2018. CANCLINI, Nestor Garcia. O mundo todo como lugar estranho. SP:EDUSP, 2016 DERRIDA, JACQUES. Essa estranha instituição chamada literature. BH: Edi-tora UFMG, 2018. GROYS, BORIS. Arte poder. Belo Horizonte, Ed. UFMG, 2015 HARDING, Sandra. “A instabilidade das categorias analíticas na teoria femi-nista”. In: Revista Estudos Feministas n. 1/93 pp 7-3 HOLLANDA, Heloisa Buarque de (Org.) Pensamento feminista: conceitos fun-damentais. Rio de Janeiro: Bazar do Tempo, 2019

------------------- (org.) Pensamento feminista hoje. Perspectivas decoloniais. Rio de Janeiro: Bazar do Tempo, 2020 --------------------(org.) Pensamento feminista hoje. Sexualidades no sul glo-bal. . Rio de Janeiro: Bazar do Tempo, 2020 OSBORNE, Peter. The Postconceptual Condition. N.Y, Verso, 2018. ROLNIK, Suely. Esferas da insurreição. SP: n-1edições, 2018 SOARES, Luiz Eduardo. O Brasil e seu duplo. SP: Todavia, 2019. SPIVAK, GAYATRI C. “Literatura”. Cadernos Pagu, São Paulo, no. 19, ano 2002.

PROGRAMA: CIÊNCIA DA LITERATURA DISCIPLINA: Poesia e canção PROFESSOR: Carlos Pires Siape: 3081190 CÓDIGO: LEL863 PROFESSOR: Enrique Menezes Siape: - PERÍODO: 2021.1 NÍVEL: M/D

ÁREAS DE CONCENTRAÇÃO: Literatura Comparada/Musicologia HORÁRIO/DINÂMICA DO CURSO: Quarta-feira, às 14h, aula dialogada, se-minários, audição e exercícios. Avaliação: um trabalho final desenvolvido ao longo do curso com apoio dos professores e colegas. TÍTULO DO CURSO: Tópicos atuais em teoria e análise da música afri-cana e sua projeção na música brasileira EMENTA

O curso irá oferecer uma seleção de teorias atuais que tratam da música africana – como as de Agawu, Anku, Locke, Kubik, Kolinski, Temperley, Pressing e Toussaint – e brasileira – como as de Sandroni, Oliveira Pinto, Lopes, Lacerda, Béhague e Kubik – buscando aí suas transformações, inter-relações e afasta-mentos. Pretende-se oferecer uma bibliografia internacional que tem colocado em circulação ideias e conceitos ainda pouco discutidos no âmbito da relação entre música brasileira e africana. Ao longo do curso faremos audições de re-pertórios de diferentes lugares da África, hoje nos arquivos fonográficos de Vi-ena, Berlim e na International Library of African Music, para considerá-los em chave comparada a repertórios brasileiros. Serão realizados exercícios de trans-crição, análise e performance para a aproximação dos conceitos trabalhados. Faremos, quando necessário, a discussão sobre teorias divergentes. O objetivo do curso é fornecer recursos interdisciplinares que contribuam para a reflexão e pesquisa sobre músicas e canções em perspectiva transnacional e comparada.

BIBLIOGRAFIA (Plano inicial previsto do curso com bibliografia) Rotas escravistas do tráfico atlântico: ELTIS, David; Richardson, David. “The Transatlantic Slave Trade Database” (2006), http://www.slavevoyages.org/ ______. Atlas of the Transatlantic Slave Trade, Yale University Press, 2010. ALENCASTRO, Luiz Felipe de. “África, números do tráfico atlântico”. Dicionário da escravidão e liberdade: 50 textos críticos, Lilia Moritz Schwarcz e Flávio dos Santos Gomes (Orgs.). São Paulo: Companhia das Letras, 2018. CASTRO, Yeda Pessoa de. “Localização e origem da população negra escravi-zada em território colonial brasileiro: as denominações banto e iorubá”. Re-vista Eletrônica: Tempo - Técnica - Território, V.3, N.2 (2012), 45 – 58. Conceitos de multidimensionalidade, isomorfismo e complementari-dade: LOCKE, David. “Simultaneous multidimensionality in “african music: musical cubism” African Music, vol. 8, no. 3, 2009, pp. 8–37. Pressing, Jeff. “Cognitive Isomorphisms between Pitch and Rhythm in World Musics: West Africa, the Balkans and Western Tonality” Studies in Music 17 (1983), p. 38-61. ANKU, Willie. “Principles of Rhythm Integration in African Drumming.” Black Music Research Journal, vol. 17, no. 2, 1997, pp. 211–238. Análise estrutural e/ou cultural:

AGAWU, Kofi. “Structural Analysis or Cultural Analysis? Competing Perspec-tives on the ‘Standard Pattern’ of West African Rhythm,” Journal of the Amer-ican Musicological Society 59 (2006), p. 1-46. KUBIK, Gerhard. “The Emics of African Musical Rhythm”, in Cross Rhythms 2, ed. Daniel Avorgbedor and Kwesi Yankah (Bloomington, IN: Trickster Press, 1985), p. 26-66. Música instrumental fon e bàtá: BRANDA-LACERDA, Marcos. “Instrumental texture and heterophony in a fon repertoire for drums”, Trans. Revista Transcultural de Música, 11, julho, 2007. ______. “Música de ritual africana e alguns conceitos contemporâneos de organização musical.” Seminário Música Ciência Tecnologia 1.4, 2012. Questões sobre ritmo na música africana: AGAWU, Kofi. “The Invention of African Rhythm”, in Representing African Mu-sic: Postcolonial Notes, Queries, Positions (New York: Routledge, 2003, 55-70). TEMPERLEY, David. “Meter and Grouping in African Music: A View from Music Theory,” Ethnomusicology 44 (2000), p. 65-96. KOLINSKI, Mieczslaw. “A Cross-Cultural Approach to Metro-Rhythmic Pat-terns.” Ethnomusicology 26 (1973): 217-46. Opcional: KOLINSKI, Mieczyslaw. “Studies in African Music by A. M. Jones”. The Musical Quarterly, Vol. 46, No. 1 (Jan., 1960), pp. 105-110. A tradição dos barbeiros no choro e o violão de 7 cordas: TINHORÃO, José Ramos. “O som da cidade na música de barbeiros”, em His-tória social da música popular brasileira, Editora 34, 1998. JEHA, Silvana. “Ganhar a vida. Uma história do barbeiro africano Antonio José Dutra e sua família. Rio de Janeiro, século XIX.” Revista de História 176, 2017, p. 01-35. Opcional: PALOPOLI, Cibele Odete. Violão velho, Choro novo: processos com-posicionais de Zé Barbeiro. Tese de Doutorado, Universidade de São Paulo. Tempo isócrono e não-isócrono: KEIL, Charles. “Participatory Discrepancies and the Power of Music”. Cultural Anthropology, ano 2, n. 3, p. 275-283, ago. 1987. POLAK, Rainer. “Rhythmic Feel as Meter: Non-Isochronous Beat Subdivision in Jembe Music from Mali.” Music Theory Online 2010. Cuíca, pandeiro e tamborim: BARROS, Vinícius de Camargo. O uso do tamborim por Mestre Marçal: legado e estudo interpretativo, capítulo 2, Dissertação de Mestrado, Unicamp, 2015. KUBIK, Gerhard. “The Pwita and Kwika friction drums”, em Angola in the black cultural expressions of Brazil, Diasporic Africa Press, 2013. Opcional: BOLÃO, Oscar. Batuque é um privilégio. Irmãos Vitale, 2003. Transcrição: ELLINGSON, Ter. “Transcription”, em Ethnomusicology: An Introduction, ed. Helen Myers (1992), 110-152. KOETTING, James. “Analysis and notation of West African drum ensemble music”, Selected reports in ethnomusicology 1.3 (1970): 115-46. Teorias da música afro-brasileira 1: ANDRADE, Mário de. Ensaio sobre música brasileira. Belo Horizonte: Itatiaia, 2006. ______. Música de feitiçaria no Brasil. Nova Fronteira, 2015. ______. “O Samba Rural Paulista”, In: Aspectos da música brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2012.

BINAZZI, B. ; MENEZES, E. V. ; ANDRADE, M. ; PIRES, C. Jazz Rural. São Paulo: Hedra, 2020. Teorias da música afro-brasileira 2: MUKUNA, Kazadi W. Contribuição banto à música popular brasileira. Global, 1978. KUBIK, Gerhard. “Angolan traits in black music, games and dances of Brazil. A study of African cultural extensions overseas”, Estudos de Antropologia Cul-tural. Junta de Investigações Cientiacas de Ultramar Lisboa 10 (1979): 1-55. Teorias da música afro-brasileira 3: LACERDA, Marcos Branda. “Transformação dos processos rítmicos de offbeat timing e cross rhythm em dois gêneros musicais tradicionais do Brasil” - Opus, Ano 11, 2005. PINTO, Tiago Oliveira. "As cores do som: estruturas sonoras e concepção estética na música afro-brasileira." África 22-23, 2004, p. 87-109. Teorias da música afro-brasileira 4: SANDRONI, Carlos. Feitiço decente: transformações do samba no Rio de Ja-neiro (1917-1933). Zahar, 2001. LOPES, Nei. O negro no Rio de Janeiro e sua tradição musical: partido-alto, calango, chula e outras cantorias. Vol. 1. Pallas, 1992. Teorias da música afro-brasileira 5: LUCAS, Glaura. Os sons do rosário: o congado mineiro dos Arturos e Jatobá. Vol. 86. Editoria UFMG, 2002. SLENES, Robert W. “Eu venho de muito longe, eu venho cavando”: jongueiros cumba na senzala centro-africana”, Memória do jongo: as gravações históri-cas de Stanley J. Stein. Vassouras (1949), In: Lara, Silvia Hunold & Pacheco, Gustavo (orgs.), Memória do jongo: as gravações históricas de Stanley J. Stein. Vassouras, 1949. Rio de Janeiro: Folha Seca; Campinas, SP: CECULT, 2007, p. 109-156. Opcional: FROMONT, Cécile. “Dancing for the king of Congo from early mod-ern Central Africa to slavery-era Brazil”, Colonial Latin American Review 22.2, 2013, p. 184-208. João Gilberto e a tradição do samba urbano brasileiro: MAMMI, Lorenzo. "João Gilberto e o projeto utópico da bossa nova", Novos estudos CEBRAP 34 (1992): 63-70. GARCIA, Walter. Bim bom: a contradição sem conflitos de João Gilberto, ca-pítulo 1, Paz e Terra, 1999. TINHORÃO, José Ramos. “Problemas”, em Música popular: um tema em de-bate. Editora 34, 1997. A Moderna Música Popular Brasileira e a crise tropicalista: SCHWARZ, Roberto. “Cultura e política, 1964-1969”. In: O pai de família e outros estudos. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1978. FAVARETTO, Celso F. Tropicália: alegoria, alegria. São Paulo: Ateliê Editorial, 1996. PIRES, Carlos. Frio Tropical. São Paulo: Alameda, 2017. O RAP e as transformação contemporâneas na canção brasileira: TEPERMAN, Ricardo. Se liga no som. São Paulo: Claro Enigma, 2015. Garcia, Walter. “Ouvindo Racionais”. In: Teresa: Revista de Literatura Brasi-leira, São Paulo, n. 4/5, pp. 167-80, 2003.

PROGRAMA: CIÊNCIA DA LITERATURA DISCIPLINA: Arte e representação na modernidade PROFESSOR: Danielle Corpas Siape: 3303029 CÓDIGO: LEL812 PROFESSOR: Siape: PERÍODO: 2021.1 NÍVEL: M/D

ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: Teoria Literária/Literatura Comparada HORÁRIO/DINÂMICA DO CURSO: Quarta-feira, 10h, encontros on-line se-manais via plataforma Meet. TÍTULO DO CURSO: Formas do cotidiano EMENTA

O ponto de partida do curso é a noção de realismo sério, proposta por Erich Auerbach para designar modalidades bastante distintas de tratamento literário do cotidiano, formas de apresentação dos “acontecimentos mais corriqueiros da realidade num contexto sério e significativo” em relação às circunstâncias histó-ricas. A proposta consiste em observar transformações que aquilo que se chama vida cotidiana vem sofrendo desde o início do século XX, e discutir modos como isso se configura na expressão estética.

A programação se organiza em três módulos. O primeiro tem como foco proposições relacionadas à representação literária da vida cotidiana em Mimesis, com ênfase para o contraste entre o realismo do século XIX e a prosa de ficção do modernismo europeu, e levando em conta também a retomada de juízos de Auerbach em trabalhos de Jacques Rancière, Franco Moretti, Fredric Jameson e Siegfried Kracauer. O segundo módulo tem caráter bem mais panorâmico: um mapeamento introdutório de perspectivas teóricas a propósito da vida cotidiana, com prioridade para aspectos peculiares ao contexto do capitalismo tardio – por exemplo, redefinições de coordenadas de tempo e espaço, assim como de regi-mes de trabalho e de consumo (material e simbólico). Por fim, no terceiro mó-dulo, os encontros serão dedicados à leitura de obras (a serem selecionadas com a turma) que sejam interessantes para a reflexão sobre as relações entre arte e cotidiano moderno e contemporâneo – de preferência, objetos de pesquisa dos participantes do curso.

BIBLIOGRAFIA BÁSICA (Bibliografia completa e links para os arqui-vos serão fornecidos no início do curso.) ALVES, Giovanni. Trabalho e subjetividade: o espírito do toyotismo na era do ca-pitalismo manipulatório. São Paulo: Boitempo, 2011. ALVES, Giovanni; ANTUNES, Ricardo. As mutações no mundo do trabalho na era da mundialização do capital. Educ. Soc., Campinas, v. 25, n. 87, p. 335-351, maio-ago. 2004. AUERBACH, Erich. Mimesis: a representação da realidade na literatura ocidental. Edição revista e aumentada. São Paulo: Perspectiva, 2021. CRARY, Jonathan. 24/7: capitalismo tardio e os fins do sono. São Paulo: Ubu Edi-tora, 2016. DEBORD, Guy. A sociedade do espetáculo. Rio de Janeiro: Contraponto, 1997. DE CERTEAU, Michel. A vida cotidiana 1 (Artes de fazer). Petrópolis: Vozes, 2014. DE CERTEAU, Michel; GIARD, Luce; MAYOL, Pierra. A vida cotidiana 2 (Morar, co-zinhar). Petrópolis: Vozes, 2013. DURÃO, Fabio Akcelrud. Da superprodução semiótica: caracterização e implicações estéticas. In: DURÃO, F.; VAZ, A.; ZUIN, A. (Org.). A indústria cultural hoje. São Paulo: Boitempo Editorial, 2008.

HARVEY, David. A condição pós-moderna: uma pesquisa sobre as origens da mu-dança cultural. São Paulo: Edições Loyola, 2016. HOGGART, Richard. The uses of literacy: Aspects of working-class life with special reference to publications entertainments. Londres: Penguin Books, s./d. JAMESON, Fredric. O fim da temporalidade. ArtCultura. Uberlândia, v. 13, n. 22, p. 187-206, jan.-jun. 2011. ______. Realism and the dissolution of genre. In: The antinomies of realism. Lon-dres; Nova York: Verso, 2015. JAPPE, Anselm. A crítica da vida cotidiana. In: Guy Debord. Petrópolis: Vozes, 1999. LEFEBVRE, Henri. Critique de la vie quotidienne. T. III: De la modernité au moder-nisme (Pour une métaphilosophie du quotidien). Paris, L’Arche, 1981. ______. A vida cotidiana no mundo moderno. São Paulo, Ática, 1991. LUKÁCS, Georg. Caracterización general del pensamento cotidiano. In: Estetica. V. I: La peculiaridade de lo estetico. Barcelona; Mexico, D.F.: Ediciones Grijalbo, 1966. KRACAUER, Siegfried. Film in our time. In: Theory of film: the redemption of phys-ical reality. Princeton: Princeton University Press, 1997. _____. O ornamento da massa. In: O ornamento da massa. São Paulo: Cosac Naify, 2009. MORETTI, Franco. O século sério. Novos Estudos. São Paulo: CEBRAP, n. 65, pp. 03-33, mar. 2003. RANCIÈRE, Jacques. O efeito de realidade e a política da ficção. Novos Estudos. São Paulo: CEBRAP, n. 86, pp. 75-90, mar. 2010. ______. Le ciel du plébéien (Paris, 1830). In: Aisthesis: scènes du régime esthé-tique de l’art. Paris: Éditions Galilée, 2011. ______. O fio perdido do romance. In: O fio perdido. São Paulo: Martins Fontes, 2017. ______. Le moment quelconque. In: Les bords de la fiction. Paris: Éditions du Seuil, 2017. ______. Auerbach and the contradictions of realism. Critical Inquiry. Chicago, The University of Chicago, v. 44, p. 227-241, Winter 2018. SANTOS, Milton. A natureza do espaço: técnica e tempo, razão e emoção. São Paulo: Edusp, 2006. SIMMEL, Georg. As grandes cidades e a vida do espírito (1903). Mana: estudos de Antropologia Social. Rio de Janeiro, PPGAS – Museu Nacional/UFRJ, v. 11 (2), p. 577-591, 2005. WAIZBORT, Leopoldo. Erich Auerbach e a condição humana. In: ALMEIDA, J.; BA-DER, W. (Org.). O pensamento alemão no século XX: grandes protagonistas e recepção das obras no Brasil. v. 2. São Paulo: Cosac Naify, 2013. WILLIS, Susan. Cotidiano: para começo de conversa. São Paulo: Paz e Terra, 1997.

PROGRAMA: CIÊNCIA DA LITERATURA DISCIPLINA: Historiografia e crítica literária PROFESSOR: Eduardo Coelho Siape: 2478182 CÓDIGO: LEL806 PROFESSOR: Siape: PERÍODO: 2021.1 NÍVEL: M/D

ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: Teoria Literária/Literatura Comparada HORÁRIO/DINÂMICA DO CURSO: Encontros síncronos às terças-feiras, às 18h, por meio do app Zoom. Algumas oficinas serão realizadas na modalidade síncrona, nesse mesmo dia/hora; outras serão realizadas de forma assíncrona. TÍTULO DO CURSO: A escrita acadêmica: dissertação e tese EMENTA

Este curso pretende descrever e analisar estilos de escrita acadêmica; dis-cutir o bloqueio da escrita; tratar de etapas e processos referentes à produção científica na área de Letras; apresentar técnicas e recursos de produção de tex-tos acadêmicos voltados para o desenvolvimento de dissertações e teses. Uma parte dos encontros será destinada a conversas com pesquisadores a respeito de suas práticas, de seus modos de fazer e de suas dificuldades na criação tex-tual; outro módulo deste curso vai consistir na realização de oficinas de produ-ção textual e copidesque.

BIBLIOGRAFIA AIRA, César. Continuação de ideias diversas. Tradução de Joca Wolff. S.l.: Papéis Selvagens, s./d. Coleção Archimboldi. ANZALDÚA, Gloria. Falando em línguas: uma carta para as mulheres escrito-ras do terceiro mundo, Estudos Feministas, ano 8, p. 229-236, 1o semestre de 2020. Disponível em: <https://periodicos.ufsc.br/index.php/ref/arti-cle/view/9880/9106>. Acesso em: 30 mar. 2021. BECKER, Howard S. Truques da escrita: para começar e terminar teses, livros e artigos. Tradução de Denise Bottmann. Revisão técnica de Karina Kuschnir. Rio de Janeiro: Zahar, 2019. BEAUD, Michel. A arte da tese: como elaborar trabalhos de pós-graduação, mestrado e doutorado. Tradução de Glória de Carvalho Lins. Rio de Janeiro: Edições BestBolso, 2014. CARLINO, Paula. Escribir, leer y aprender en la universidad. Una introducción a la alfabetización académica. Buenos Aires: Fondo de Cultura Económica de Argentina, 2005. CRUZ, Robson. Bloqueio da escrita acadêmica. Caminhos para escrever com conforto e sentido. Belo Horizonte: Artesã, 2020. DINIZ, Debora. Cartas a uma orientadora: o primeiro projeto de pesquisa. 2a edição. Brasília: Letras Livres, 2013. ______. Série Banquinha (IGTV), Instagram. Disponível em: <https://www.instagram.com/debora_d_diniz/channel/>. Acesso em: 30 mar. 2021. DOZE ENSAIOS SOBRE O ENSAIO: ANTOLOGIA SERROTE, São Paulo, Insti-tuto Moreira Salles, 2018. ECO, Umberto. Como se faz uma tese. Tradução de Gilson Cesar de Souza. 27a edição, revista e atualizada. São Paulo: Perspectiva, 2019. Coleção es-tudos, 85. EVARISTO, Conceição. “A Escrevivência e seus subtextos”. In DUARTE, Cons-tância Lima; NUNES, Isabella Rosado. Escrevivência: a escrita em nós:

reflexões sobre a obra de Conceição Evaristo. Ilustrações de Goya Lopes. Rio de Janeiro: Mina Comunicação e Arte, 2020. p. 26-46. GARCIA, Othon M. Comunicação em prosa moderna. 2a edição. Rio de Ja-neiro: Fundação Getúlio Vargas, 1972. MORAES, Ana Cristina de; CASTRO, Francisco Mirtiel Frankson Moura. Por uma estetização da escrita acadêmica: poemas, cartas e diários envoltos em intenções pedagógicas, Revista Brasileira de Educação, v. 23, Rio de Janeiro, Associação Nacional de Pós-graduação e Pesquisa em Educação, p. 1-15, 2018. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_art-text&pid=S1413-24782018000100276&tlng=pt>. Acesso em: 27 mar. 2021. MORICONI, Italo. “O fetiche morreu, viva o fetiche: A questão da crítica”; “Circuitos contemporâneos do literário”; “Literatura 00”; “Um pé na acade-mia, outro no mercado”. Literatura, meu fetiche. Organização de Paloma Vi-dal e Ieda Magri. Recife: Cepe, 2020. P. 25-29; 31-49; 51-60; 61-71. TERCEIRA MARGEM: Revista do Programa de Pós-Graduação em Ciência da Literatura, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Centro de Letras e Artes, Faculdade de Letras, Pós-Graduação, ano IX, n. 13, 2005.

PROGRAMA: CIÊNCIA DA LITERATURA DISCIPLINA: Poiesis: arte e cultura enquanto identidade e diferença PROFESSOR: Eduardo Guerreiro B. Losso

Siape: 1721533 CÓDIGO: LEL889

PROFESSOR: Siape: PERÍODO: 2021.1 NÍVEL: M/D

ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: Teoria Literária/Literatura Comparada HORÁRIO/DINÂMICA DO CURSO: Quarta, das 17h às 20h. TÍTULO DO CURSO: Reencantamento do mundo na expressão poética e musical: da Belle Époque à contracultura EMENTA

Alguns teóricos da literatura moderna, como Octavio Paz e Michael Löwy, entendem que o romantismo inaugurou uma estética revolucionária e liberta-dora. É comum salientar ligações entre o romantismo e o modernismo que apon-tam para um comum apagamento da fronteira entre arte e vida e uma revolta contra o racionalismo utilitarista em prol do reencantamento do mundo a partir do desencantamento dos dogmas e das instituições tutelares.

Seguindo tal linhagem fundamental da modernidade literária, muitos elidem o papel crucial que o período do final do século XIX desempenhou na história. Se a boemia artística nasceu no romantismo parisiense dos anos 1830, ela só cresceu e se desenvolveu numa ligação indissociável com cafés literários e ex-perimentação estética no período de efervescência do decadentismo e do sim-bolismo, especialmente na década de 1880, cuja história em Paris é pouco lem-brada e deve ser reconstituída. A convivência entre artistas criou uma especial valorização da musicalidade, melódica ou harmônica, da estrutura verbal, além de uma das principais revistas do movimento ser dedicada somente a Wagner.

No Brasil, a irrupção do simbolismo se deu nos anos 1890 em todo Brasil, com destaque para o Rio de Janeiro de Cruz e Sousa e Gonzaga Duque e para a Curitiba da revista Cenáculo. Na comparação da atividade da juventude literária do movimento francês e brasileiro, nosso interesse incidirá nas diferenças de repercussão que o combate juvenil pelo sonho e pelo mistério encontrou na ci-dade literária central, onde venceu, e na periferia do capitalismo, onde se man-teve marginal frente aos parnasianos. O ponto de maior destaque é que, se no romantismo a revolta existencial e o pendor antiburguês ainda eram setoriais, no simbolismo se tornou basilar.

Tendo como horizonte as conquistas éticas e estéticas da Belle Époque, as vanguardas do século XX puderam radicalizar o efeito de choque e de fragmen-tação inconsciente. A melodia verbal de mulheres poetas Gilka Machado e Cecília Meireles e o surrealismo apocalíptico de Murilo Mendes são manifestações de estados de alma que reúnem diferentes tipos de afinidade com o universo mu-sical, anseio por liberdade verbal e social, bem como inquietação espiritual.

O ponto de convergência de toda a trajetória da boêmia artística, sempre minoritária e marginal dentro da sociedade, é a contracultura dos anos 60 e 70, que deu voz ao jovem contestador, libertário e pacifista e privilegiou o rock psicodélico como sua principal manifestação cultural. O grande exemplo brasi-leiro a ser analisado será a banda tropicalista Os Mutantes, que conseguiu rea-lizar uma das mais cultuadas séries de álbuns do psicodelismo mundial. Nela, podemos reconhecer o ponto culminante da associação entre poesia onírica e sonoridade lisérgica.

O curso pretende atravessar tais momentos históricos para refletir sobre a correlação entre pacifismo e feminismo, avanços formais e imersões espirituais, cosmopolitismo e naturismo como forma de liberação comportamental, ambi-guidade verbal e inefabilidade musical, cultivo da solidão para a experiência in-terior e associação comunitária enquanto defesa política da arte.

BIBLIOGRAFIA (A bibliografia específica será dada durante o curso.) ADORNO, Theodor. Prismas: crítica cultural e sociedade. São Paulo: Ática, 2001. BENJAMIN, Walter. Magia e técnica, arte e política. Ensaios sobre literatura e cultura. São Paulo: Brasiliense, 1994. BORGES, Jorge Luis. Prólogos: com um prólogo dos prólogos. Rio de Janeiro: Rocco, 1985. CALADO, Carlos. A divina comédia dos Mutantes. São Paulo: Editora 34, 2012. FOUCAULT, Michel. As palavras e as coisas. Uma arqueologia das ciências humanas. São Paulo: Martins Fontes, 2000. LÖWY, Michael. A estrela da manhã: surrealismo e marxismo. Rio de Janeiro: Civilizacão Brasileira, 2002. MICHAUD, Guy. Méssage poétique du symbolisme. Paris: Nizet, 1961. PAZ, Octavio. Os filhos do barro: do romantismo à vanguarda. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1984. VELOSO, Caetano. Verdade Tropical. São Paulo: Companhia das Letras, 1997. WILLER, Claudio. Os rebeldes: Geração Beat e anarquismo místico. Porto Ale-gre: L&PM, 2014. WILSON, Edmund. O castelo de Axel: estudo sobre literatura imaginativa de 1870 a 1930. Trad. José. Paulo Paes. São Paulo: Companhia das Letras. 2004.

PROGRAMA: CIÊNCIA DA LITERATURA DISCIPLINA: Obra de arte: linguagem e verdade PROFESSOR: João Camillo Penna Siape: 1311027 CÓDIGO: LEL857 PERÍODO: 2021.1 NÍVEL: M/D

ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: Teoria Literária/Literatura Comparada HORÁRIO/DINÂMICA DO CURSO: A disciplina será ministrada de forma re-mota. São previstos encontros on-line às quintas-feiras, às 14h, com duração média de 3 horas, pela plataforma Zoom. De forma assíncrona, será aberta uma “turma” na plataforma Google Sala de Aula com o objetivo de constituir um fórum do curso. A bibliografia do curso será disponibilizada sempre que possível em arquivos no formato pdf, numa pasta no GSA. TÍTULO DO CURSO: O objeto-água: o “estilo tardio” de Clarice. EMENTA

Adorno fala a propósito dos últimos quartetos de Beethoven de um certo “estilo tardio”, quando tocado pela mão da morte, os materiais estilhaçados não mais absorvidos são simplesmente deixados pelo autor “em pé”, intactos. Quem sabe essa noção nos ajude a entender o que acontece com a escrita de Clarice Lispector nos últimos anos de sua vida, digamos nos anos 1970. Uma escrita absolutamente aberta às coisas do cotidiano, ao tempo “real” da escrita, às in-terrupções do dia a dia, todos os restos de realidade agregados sem qualquer formatação à escrita. Os seus últimos narradores parecem transformar a escrita em um registro mecânico, tentando encontrar uma forma de automatismo, que imita a máquina de escrever, em que ela frequentemente se queixa de estar se tornando. Clarice parece marcada pela escrita profissional jornalística, assober-bada de trabalho, contabiliza cada palavra como tempo-dinheiro inscrita como tal em seu texto, que tematiza seus problemas financeiros. Sônia Roncador em um estudo pioneiro flagrou um elemento indicial (Peirce) nessa escrita. Há sem dúvida algo da “hora do lixo” a que Clarice se refere na Explicação de A Via crucis do corpo. Ali estão as coisas ou objetos como em “O relatório da coisa”, que retoma a sintaxe paratática de “O ovo e a galinha” ou do díptico de Brasília. Estamos num mundo em que tudo se tornou coisa e aonde ainda assim é preciso respirar e nascer; são os espaçamentos dos instantes-já de Água viva. Nesse curso nos dedicaremos a ler o mais proximamente possível esses textos tardios de Clarice. Trata-se de um curso “em progresso” dedicado à obra de Clarice Lispector, mas não é necessário ter estado nos seminários anteriores.

BIBLIOGRAFIA Adorno, Theodor W. “The Late Style”. In: Beethoven. The Philosophy of Mu-sic. Ed.: Rolf Tiedmann; Trad. Edmund Jephcott. Cambridge/ Malden, MA: Polity Press, 2002. Antelo, Raúl. Objecto textual. São Paulo: Fundação Memorial da América Latina, 1997. Cixous, Hélène. “Água viva: How to follow a Trinket of Water”. In: Reading with Clarice Lispector. Trad e ed. Verena Andermatt Conley. Minneapolis: Uni-versity of Minnesota Press, 1990. Lispector, Clarice. A descoberta do mundo [recurso digital]. Rio de Janeiro: Rocco digital, s/d. Lispector, Clarice. Água viva. Edição com manuscritos e ensaios inéditos. Rio de Janeiro: Rocco, 2019.

Lispector, Clarice. Água viva. Leticia Beze (digitalização). Rio de Janeiro: Rocco, s/d. Lispector, Clarice. Objecto gritante. Manuscrito. Arquivo de Clarice Lispector. In: Arquivo-Museu da Literatura da Fundação Casa de Rui Barbosa, Rio de Janeiro. Lispector, Clarice. Todos os contos [recurso eletrônico]. Benjamin Moser (org.). Rio de Janeiro: Rocco Digital, 2016. Nodari, Alexandre. “O indizível manifesto: sobre a inapreensibilidade da coisa na ‘dura escritura’ de Clarice Lispector”. Revista Letras, UFPR, 2019.https://revistas.ufpr.br/letras/article/view/66898. Pessanha, José Américo. Carta de 05/03/1972. In: Lispector, Clarice. Água viva. Edição com manuscritos e ensaios inéditos. Rio de Janeiro: Rocco, 2019. Roncador, Sônia. Poéticas do empobrecimento. A escrita derradeira de Cla-rice. São Paulo: Annablume, 2002.

PROGRAMA: CIÊNCIA DA LITERATURA DISCIPLINA: A narrativa do século XX PROFESSOR: Luiz Eduardo Soa-res

Siape: 1365708

CÓDIGO: LEL801

PROFESSOR: Siape: PERÍODO: 2021.1 NÍVEL: M/D

ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: Teoria Literária/Literatura Comparada HORÁRIO/DINÂMICA DO CURSO: Sextas-feiras, às 16:00. O acesso re-moto se dará pela plataforma Zoom, oferecida pelo professor. TÍTULO DO CURSO: Ficção e jornalismo literário EMENTA

Por que nos preocupamos com as distinções entre esses tipos discursi-vos? Somos zelosos com a verdade ou com a classificação da autoridade, segundo hierarquias e campos nos quais elas se exercem? Como o autor ou a autora, pessoa física, está implicada nesse ou naquele produto de lingua-gem? Como este produto circula, age e põe em circulação os demais produ-tos de mesma espécie, no campo cultural, acadêmico e no mercado? Como este produto põe em circulação as hierarquias e seus critérios, assim como as próprias comunidades e, portanto, as convenções?

Propomos dois ângulos de abordagem, os quais dizem respeito, em uma ponta, à propriedade – ou origem – e, em outra ponta, à propriedade do tratamento do tema – postas aqui as questões da verossimilhança, da mí-mesis, da articulação conceitual, ou da relação referencial, e aquelas relati-vas à linguagem como prática, como ato. Ato que envolve o objeto livro no circuito de suas reapropriações e, voltando à primeira ponta, a propriedade jurídico-comercial.

As prescrições classificatórias não constituem apenas volúpia burocrática e apetite micro-político, responsáveis pela reserva de mercado e a distribui-ção de prebendas congratulatórias que garantem o beneplácito institucional. Elas determinam as condições de validade da verossimilhança porque con-trolam, pelo menos em parte, o circuito das expectativas relativamente ao que se lerá no processo de leitura. O que está em jogo é a autoridade do texto como regente do real, e o pacto que sustenta a credibilidade do dis-curso (calibrando o êxito de sua pretensão de validade e de verdade). A ânsia classificatória converte as categorias taxonômicas em profecias que se auto-cumprem, domesticando a experiência estética, o exercício reflexivo, as dinâmicas cognitivas, os processos comunicativos e a fruição literária, pavimentando carreiras e inibindo circulações criativas ousadas.

BIBLIOGRAFIA ANDERSON, John Lee. A queda de Bagdá. Rio de Janeiro: Objetiva, 2004. ANTONIO, João. “Três cunhadas – Natal 1960” In Leão de chácara. São Paulo: Cosac & Naify, 2002. CAPOTE, Truman. A sangue frio. São Paulo: Companhia das Letras, 2003. DAS, Veena. “O ato de testemunhar: violência, gênero e subjetividade” In Cadernos Pagu (37), julho-dezembro de 2011:9-41. [Tradução: Plínio Dentzien] (“The Act of Witnessing: Violence, Gender, and Subjectivity” In Veena Das, Life and Words: Violence and the Descent into the Ordinary. Pub-lished by the University of California Press, 2007).

GLENNY, Misha. McMáfia; crime sem fronteiras. São Paulo: Companhia das Letras, 2008. HERR, Michael. Despachos do front. Rio de Janeiro: Objetiva, 2005. HERSEY, John. Hiroshima. São Paulo: Companhia das Letras, 2002. KAPUSCINSKI, Ryszard. O Xá dos Xás. São Paulo: Companhia das Letras, 2012. LINS, Paulo. Cidade de Deus. São Paulo: Planeta, 2012. MAILER, Norman. “O cerco de Chicago”. In O Super-homem vai ao supermer-cado. São Paulo: Companhia das Letras, 2006. MALCOLM, Janet. “Quarenta e um inícios falsos”. In Quarenta e um inícios falsos. São Paulo: Companhia das Letras, 2016. ______. Anatomia de um julgamento: Ifigênia em Forest Hills. São Paulo: Companhia das Letras, 2012. MORICONI, Italo. “Circuitos contemporâneos do literário”. In Literatura, meu fetiche. Recife: CEPE, 2020. REMNICK, David. “Kid Dynamite explode: Mike Tyson”. In Dentro da floresta. São Paulo: Companhia das Letras, 2006. ______. “Uma infância stalinista” In O túmulo de Lenin. São Paulo: Compa-nhia das Letras, 2017. RESENDE, Beatriz. “A literatura brasileira na era da multiplicidade”. In Con-temporâneo; expressões da literatura brasileira no século XXI. Rio de Janeiro: Casa da Palavra, 2008. ______. “Direto para o fim do mundo”. In Apontamentos de crítica cultural. Rio de Janeiro: Aeroplano, 2002. RIBEIRO, José Hamilton. “A mina na estrada sem alegria”. In O gosto da guerra. Rio de Janeiro: Objetiva, 2005. ROSS, Lillian. Filme. São Paulo: Companhia das Letras, 2005. SAVIANO, Roberto. Gomorra. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2008. SILVEIRA, Joel. “Pode uma feijoada derrubar um governo? Pois foi o que aconteceu”. In A feijoada que derrubou o governo. São Paulo: Companhia das Letras, 2004. SIMAS, Luiz Antonio. O corpo encantado das ruas. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2020. TALESE, Gay. “Frank Sinatra está resfriado” e “Como não entrevistar Frank Sinatra”. In Fama & anonimato. São Paulo, Companhia das Letras, 2004. WOOD, James. Como funciona a ficção. São Paulo: Cosac & Naify, 2011.

PROGRAMA: CIÊNCIA DA LITERATURA DISCIPLINA: O espaço literário PROFESSOR: Marcelo Diego Siape: 2731983 CÓDIGO: LEL836 PERÍODO: 2021.1 NÍVEL: M/D ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: Teoria Literária / Literatura Comparada HORÁRIO/DINÂMICA DO CURSO: Terças-feiras, às 14h, por meio remoto. TÍTULO DO CURSO: Vida literária e epistolografia: três estudos de caso (Machado, Drummond, Lispector) EMENTA

Assumindo a forma de oficina, o curso se debruçará sobre momentos nodais da epistolografia de Machado de Assis, Carlos Drummond de Andrade e Clarice Lispector. O exame de cartas trocadas entre esses autores e destinatários di-versos, observadas em contexto, servirá de meio tanto para a investigação da gênese de obras literárias específicas quanto, principalmente, para a reconsti-tuição da vida literária desses escritores. A correspondência, portanto, será ana-lisada menos em função de suas características próprias – de gênero, de estilo, de produção, de circulação, de estatuto – e mais como fonte, como via de acesso a redes de sociabilidade e a processos de criação. A hipótese sendo testada enlaça precisamente essas duas noções: é a de que, na obra dos autores em tela, a tomada de consciência e o amadurecimento dos processos de criação literária acontece em paralelo à tomada de consciência e ao amadurecimento das redes de sociabilidade literária. A fim de comprovar essa hipótese, após um breve primeiro momento, de estabelecimento de um enquadro teórico, o curso se dedicará à análise, em perspectiva crítica e historiográfica, dos estudos de caso.

BIBLIOGRAFIA ANDRADE, Carlos Drummond de. ANDRADE, Mário de. Carlos e Mário: cor-respondência de Carlos Drummond de Andrade e Mário de Andrade. Organi-zação de Silviano Santiago. Rio de Janeiro: Bem-te-vi, 2002. ______ . ANDRADE, Mário de. A licão do amigo: cartas de Mário de Andrade a Carlos Drummond de Andrade anotadas pelo destinatário. Posfácio de An-dré Botelho. São Paulo: Companhia das Letras, 2015. ______. ANJOS, Cyro dos. Correspondência de Cyro Dos Anjos e Carlos Drummond de Andrade. Organização de Wander Melo Miranda e Roberto Said. Rio de Janeiro: Biblioteca Azul, 2012. ______. COUTO, Ribeiro. Carlos Drummond de Andrade e Ribeiro Couto: cor-respondência. Organização de Marcelo Bortoloti. São Paulo: Editora da Unesp, 2019. ______. LIMA, Alceu Amoroso. Correspondência de Carlos Drummond de An-drade e Alceu Amoroso Lima. Organização de Leandro Garcia Rodrigues. Belo Horizonte: Editora da UFMG, 2014. ______. NAVA, Pedro. Descendo a rua da Bahia: correspondência entre Pedro Nava e Carlos Drummond de Andrade. Organização de Eliane Vasconcellos e Matilde Demetrio dos Santos. Rio de Janeiro: Bazar do Tempo, 2017. ANDRADE, Mário de. Vida literária. Pesquisa, estabelecimento de texto, in-troducão e notas de Sonia Sachs. São Paulo: HUCITEC/Edusp, 1993. ______. BANDEIRA, Manuel. Correspondência Mário de Andrade & Manuel Bandeira. Organização de Marcos Antonio de Moraes. São Paulo: Edusp, 2001.

ASSIS, Machado de. Correspondência. 5 tomos. Coordenação e orientação de Sergio Paulo Rouanet; reunida, organizada e comentada por Irene Moutinho e Sílvia Eleutério. 2.ed. São Paulo: Global; Rio de Janeiro; Academia Brasi-leira de Letras, 2019. BROCA, José Brito. A vida literária no Brasil – 1900. Introdução de Francisco de Assis Barbosa. 3.ed. Rio de Janeiro: José Olympio; Departamento de Cul-tura da Guanabara, 1975 (Col. Documentos Brasileiros, v. 108). CASANOVA, Pascale. A república mundial das letras. São Paulo: Estação Li-berdade, 2002. DIMAS, Antonio. Anotações sobre a correspondência de Machado de Assis. Machado de Assis em linha, v. 10, n. 21, São Paulo, Ago. 2016, p. 158-178. GALVÃO, Walnice Nogueira; GOTLIB, Nádia Batella (Orgs). Prezado senhor, prezada senhora: estudos sobre cartas. São Paulo: Companhia das Letras, 200. GUIMARÃES, Júlio Castañon. Contrapontos: notas sobre a correspondência no modernismo. Rio de Janeiro: Fundação Casa de Rui Barbosa, 2004. LIMA, Luiz Costa. Questionamento da crítica literária. In: ______. Dispersa demanda: ensaios sobre literatura e teoria. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1981. p. 199-207. LISPECTOR, Clarice. Todas as cartas. Prefácio e notas bibliográficas: Teresa Monteiro. Posfácio: Pedro Karp Vasquez. Pesquisa textual e transcrição das cartas: Larissa Vaz. Rio de Janeiro: Rocco, 2020. ______. SABINO, Fernando. Cartas perto do coração selvagem: Fernando Sabino e Clarice Lispector. Rio de Janeiro: Record, 2001. MACHADO, Ubiratan. A vida literária no Brasil durante o Romantismo. 2.ed. rev. e amp. Rio de Janeiro: Tinta Negra Bazar Editorial, 2010. MELO NETO, João Cabral. BANDEIRA, Manuel. ANDRADE, Carlos Drummond de. Correspondência de Cabral com Bandeira e Drummond. Organização de Flora Süssekind. Rio de Janeiro: Nova Fronteira; Fundação Casa de Rui Bar-bosa, 2001. MICELI, Sérgio. Intelectuais à brasileira. São Paulo: Companhia das Letras, 2001. ______. Poder, sexo e letras na República Velha. São Paulo: Perspectiva, 1977. MORAES, Marcos Antônio. Epistolografia e crítica genética. Ciência e Cultura, v.59, n.1. São Paulo, Jan./Mar. 2007, p. 30-32. ______. Epistolografia de Machado de Assis: escrita de si e testemunhos de criação literária. Machado de Assis em linha, v. 4, n. 7, Rio de Janeiro, Jun. 2011, p. 88-111. MOUTINHO, Irene. ELEUTÉRIO, Silvia. Entrevista. Machado de Assis em linha, v. 13, n. 29, São Paulo, Abr. 2020, p. 123-147. SÜSSEKIND, Flora. O romance epistolar e a virada do século: Lúcio de Men-donça e João do Rio. Papéis colados. Rio de Janeiro: Ed. UFRJ, 1993.

PROGRAMA: CIÊNCIA DA LITERATURA/ LETRAS NEOLATINAS DISCIPLINA: Leitura de textos poéticos contemporâneos PROFESSOR: Marcelo Jacques de Moraes

Siape: 6377623 CÓDIGO: LEL814

PROFESSOR: Siape: PERÍODO: 2021.1 NÍVEL: M/D

ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: Teoria Literária/Literatura Comparada HORÁRIO/DINÂMICA DO CURSO: Sextas-feiras, das 14h às 17h, encontros síncronos semanais. TÍTULO DO CURSO: Bordas e fronteiras, corpos e línguas na poesia fran-cesa contemporânea EMENTA

O curso estará centrado na reflexão teórico-crítica de base francesa sobre os sentidos e modos de sobrevivência da poesia na contemporaneidade e, mais especialmente, sobre as relações entre experiência, corpo e linguagem articula-das sob a perspectiva da tensão entre identidade, alteridade e comunidade. Pro-poremos paralelamente a leitura de alguns/umas autores/as franceses/as con-temporâneos/as.

Um dos problemas subjacentes a tal proposta de articulação é o problema teórico da tradução, que consideraremos não apenas em seu sentido prático e crítico, mas também, e sobretudo, no sentido mais amplo, poético e político, de “partilha” de um mundo, na dupla acepção da palavra “partilha”, remetendo ao que une e ao que separa os corpos que coabitam o mundo em questão – como o faz à sua maneira a própria tradução stricto sensu ao colocar línguas em rela-ção e, assim, a um só tempo aproximá-las e criar entre elas um abismo.

Em um mundo cada vez mais entremeado de “translation zones” (Emily Ap-ter), isto é, de zonas de contato e de conflito entre povos e línguas, e onde brota e se petrifica em toda parte o que Freud chamou de “narcisismo das pequenas diferenças”, interessa-nos investigar particularmente, no seio de uma cultura tão altiva quanto a francesa, na qual a poesia é um “bem cultural” (Walter Benjamin) historicamente associado à própria identidade nacional, a emergência de bordas, de fronteiras, de limiares, de zonas de partilha, de passagem e de impasse, de saída, de translação, ou de tradução, enfim, entre vozes, corpos e mundos que, em língua, se endereçam uns aos outros.

Para além da investigação em torno das reflexões teóricas sobre os temas implicados, o curso se insere no contexto de um projeto de produção de uma antologia traduzida de poesia francesa contemporânea. Assim, a proposta é de que os participantes possam também participar da escolha e da tradução de textos poéticos.

Em suma, os encontros síncronos semanais, com cerca de 3 horas de dura-ção, devem alternar discussões de textos teórico-críticos com a discussão dos textos poéticos em tradução. Autores/as: Amandine André, Alexandra Badea, Luc Bénazet, Jerôme Bertin, Stéphane Bouquet, Francis Cohen, Jean-Michel Espitalier, Dominique Fourcade, Liliane Giraudon, AC Hello, Jacques Jouet, Aurélie Loiseleur, Cécile Mainardi, Bernard Noël, Isabelle Sbrissa, Charles Pennequin, Nathalie Quintane.

BIBLIOGRAFIA ALFERI, Pierre. Chercher une phrase. Paris: Christian Bourgois, 2001. (Tra-dução em português no prelo) BAILLY, Jean-Christophe. “‘Nous ne nous entoure pas”. Association Vacarme. 2014/4 N° 69 | pages 172 à 195 https://www.cairn.info/revue-vacarme-2014-4-page-172.htm BENJAMIN, Walter. Magia e técnica, arte e política: ensaios sobre literatura e história da cultura. 8ª ed. rev. Trad. de Sérgio Paulo Rouanet. São Paulo: Brasiliense, 2012. BOULBINA, Seloua Luste. “Le devenir décolonial. Entretien avec Seloua Luste Boulbina”. https://www.erudit.org/en/journals/spirale/1900-v1-n1-spi-rale02683/83617ac.pdf CÁMARA, Mário; KLINGER, Diana; PEDROSA; Celia; WOLFF, Jorge (org.). In-dicionário do contemporâneo. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2018. CASSIN, Barbara. Plus d’une langue. Paris: Bayard, 2012. DERRIDA, Jacques. Anne Dufourmantelle convida Jacques Derrida a falar Da Hospitalidade. Trad. de Antonio Romane; revisão técnica de Paulo Ottoni. São Paulo: Escuta, 2003. GLEIZE, Jean-Marie. “Poesia, poor”. Trad. de Alexandre Rosa. Em: Alea vol.15 no.2 Rio de Janeiro July/Dec. 2013. GLISSANT, Édouard. Introdução a uma poética da diversidade. Trad. de Enilce Albergaria Rocha. Juiz de Fora: Editora da UFJF, 2005. KIFFER, Ana & GIORGI, G. Ódios políticos e política do ódio. Rio de Janeiro: Bazar do tempo, 2019. LAPOUJADE, David. As existências mínimas. Trad. de Hortencia Santos Len-castre. São Paulo: n – 1, 2017. LEMOS, Masé. “Qualidades para uma poesia sem qualidades”. Aletria, Belo Horizonte, v. 27, n. 3, 2017, pp. 129-146. LUDMER, Josefina. “Literaturas pós-autônomas”. In: Sopro. Panfleto Político-Cultural. Trad. De Flávia Cera. Desterro: Cultura e Barbárie, janeiro, 2010, p. 01-04. Disponível em: http://culturaebarbarie.org/ sopro/outros/posauto-nomas.html. MACÉ, Marielle. Siderar, considerar. Migrantes: formas de vida. Trad. e apre-sentação de Marcelo Jacques de Moraes. Rio de Janeiro: Bazar do Tempo, 2018. ______. Nos cabanes. Paris: Verdier, 2019 (tradução no prelo). NANCY, Jean-Luc. “Fazer, a poesia”. Trad. de Letícia Della Giacoma de França, Janaína Ravagnoni e Maurício Mendonça Cardozo. ALEA. Rio de Janeiro, vol. 15/2, p. 414-422, jul-dez. 2013. NOVARINA, Valère. Diante da palavra. Trad. de Angela Leite Lopes. Rio de Janeiro: Sete Letras, 2003. PERLOFF, Marjorie, O gênio não original. Poesia por outros meios no novo século. Trad. de Adriano Scandolara. Belo Horizonte, Editora UFMG, 2013. Poesia e interfaces operações, composições, plasticidades. Lemos, Masé; MORAES, Marcelo J.; Glenadel, Paula; GORRILLOT, B. (Org.). 1. ed. Rio de Janeiro: 7 Letras, 2017. PRIGENT, Christian. Para que poetas ainda? Trad. e organização de Inês Oseki-Depré e Marcelo Jacques de Moraes. Florianópolis: Cultura e Barbárie: 2017. SISCAR, Marcos. Jacques Derrida. Literatura, política e tradução. Campinas: Autores Associados, 2013. TARKOS, Christophe. Enrégistrés. Paris: P.O.L., 2014.

ZUMTHOR, Paul. Performance, recepção, leitura. Trad. de Jerusa Pires Fer-reira e Suely Fenerich. São Paulo: Cosac & Naify, 2007.

PROGRAMA: CIÊNCIA DA LITERATURA DISCIPLINA: Interdisciplinaridade e interpretação PROFESSOR: Marco Lucchesi Siape: 0365916 CÓDIGO: LEL864 PROFESSOR: Siape: PERÍODO: 2021.1 NÍVEL: M/D

ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: Teoria Literária/Literatura Comparada HORÁRIO/DINÂMICA DO CURSO: terça-feira, das 9h às 12h, através do app Zoom. TÍTULO DO CURSO: Dimensões éticas da tradução literária: sujeito, mundo, translação EMENTA

Tradução enquanto polifonia. História e estética. A mediação e o significado do processo tradutório como intangível. Tradução literária: índices de remissão e deslocamento, diferença e repetição. Elementos da oficina. Alquimia e tradu-ção.

BIBLIOGRAFIA AKRICH, Madeleine, CALLON, Michel & LATOUR, Bruno. Sociologie de la tra-duction: textes fondateurs. Paris: Presses de l'Ecole des Mine, 2006. APEL, Friedmar & KOPETZKI, Annette. Literarische Übersetzung. Stuttgart-Weimar: Metzler, 2003. ______. APEL, Friedmar, Il movimento del linguaggio. Milano: Marcos Y Mar-cos, 1997. BANTAŞ, Croitoru. Didactica Traducerii. Bucureşti: Teora, 1998. BENJAMIN, Walter. Übersetzen. (org. Christiaan Lucas Hart Nibbrig). Berlin: Suhrkamp, 2001. BERMAN, Antoine. Pour une critique des traductions: John Donne. Paris: Gal-limard, 1995. BEYLARD-OZEROFF. Translators' Strategies and Creativity. Amsterdam: John Benjamins, 1998. BUFFONI, Franco. La traduzione del testo poetico. Milano: Guerini, 1989. CAMPOS, Haroldo. Deus e o diabo no Fausto de Goethe. São Paulo: Perspec-tiva, 1989. CARENA, Carlo. Tradurre la poesia e il testo sacro. Milano: Mondadori, 2010. CAVAGNOLI, Franca. La voce del testo. L'arte e il mestiere di tradurre. Milano: Feltrinelli, 2012. CARMIGANI, Illide. Gli autori invisibili. Incontri sulla traduzione letteraria. Città del Castello: Besa, 2008. CLUNY, Claude Michel. Le silence de Delphes. Paris: Èditions de la Différence, 2002. DEDECIUS, Karl: Vom Übersetzen. Theorie und Praxis. Frankfurt: Suhrkamp 1986. DIADORI, Pierangela. Teoria e tecnica della traduzione. Strategie, testi e con-testi. Milano: Mondadori, 2012. ______. Verso la consapevolezza traduttiva. Perugia: Guerra, 2012. DIMITRIU, Rodica. Disocieri şi interferenţe în traductologie. Iaşi: Timpul, 2001.

DIZDAR, Dilek. Translation. Um- und Irrwege. Berlin: Frank & Timme, 2006. ECO, Umberto. Dire quasi la stessa cosa. Milano: Bompiani, 2004. ______. L’isola del giorno prima. Milano: Bompiani, 1994. ______. Baudolino. Milano: Bompiani, 2001. ETKIND, Efim. Un art en crise. Essai de poétique de la traduction poétique. Lausanne: L’Age d’Homme, 1982. FAINI, Paola. Tradurre. Dalla teoria alla pratica. Roma: Carocci, 2004. GALLO, Daniele. Elementi di teoria tecnica e tecnica della traduzione lettera-ria. Milano: Viator, 2012. GREINER, Robert. Grundlagen der Übersetzungsforschung: Übersetzung und Literaturwissenschaft. Wien: Narr, 2004. GUERINI, Andréia; SIMONI, Karine; COSTA, Walter Carlos. Palavra de escri-tor-tradutor: Marco Lucchesi. Florianópolis: Escritório do Livro, 2017. Prefácio de Walter Carlos Costa. HEWSON, Lance/Martin, Jacky: Redefining translation. The variational ap-proach. London: Routledge 1991. HIRSCH, Alfred. Übersetzung und Dekonstruktion. Berlin: Suhrkamp, 2001. HÖNIG, Hans. Konstruktives Übersetzen. Tübingen: Stauffenburg, 1997. JEANRENAUD, Magda. Universaliile traducerii. Studii de traductologie. Iaşi: Polirom, 2006. HURTADO, Amparo: La notion de fidélité en traduction. Paris: Didier 1990. IONESCU, Gelu. Orizontul traducerii. Bucureşti: Editura Institutului Cultural Român, 2004. JÖRN, Albrceht. Übersetzung und Linguistik: Grundlagen der Übersetzungs-forschung. Wien: Gunter Narr, 2013. KOLLER, Werner. Einführung in die Übersetzungswissenschaft. Stuttgart: Utb, 2011. KOSELLECK, Reinhart. Begriffgeschichten. Frankfurt am Main: Suhrkamp, 2006. KYOUNG, Jin Lee. Die deustsche Romantik und das Etische der Übersetzung: Die literarischen Übersetzngsdiskurse Herdes, Goethes, Schleiermaches, No-valis, der Brüder Schlegel und Benjamins. Würzburg: Königshausen und Neumann, 2014. LARBAUD, Valéry, Sous l’invocation de saint Jérôme. Paris: NRF, 1946. LEDERER, Marianne: La traduction aujourd'hui: le modèle interprétatif. Van-ves: Hachette 1994. LUCCHESI. Marco. Cultura da paz. Rio de Janeiro: Oficina Raquel, 2020. MATTIOLI, Emilio. L’etica del tradurre e altri scritti. Modena, Mucchi, 2009. MESCHONIC, Henri. Poétique du traduire. Paris: Verdier, 2012. ______. Étique et politique du traduire. Paris: Verdier, 2007. ______. Pour la poétique II. Epistémologie de l’écriture. Poétique de la traduction. Paris: Gallimard, 1973.

PROGRAMA: CIÊNCIA DA LITERATURA DISCIPLINA: Literatura e e vida nas cidades PROFESSOR: Paulo Roberto To-nani do Patrocínio

Siape: 2144382 CÓDIGO: LEL849

PERÍODO: 2021.1 NÍVEL: M/D

ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: Teoria Literária/Literatura Comparada HORÁRIO/DINÂMICA DO CURSO: A disciplina será ministrada de forma re-mota. São previstos encontros on-line às quintas-feiras, às 18h, com duração média de 3 horas, pela plataforma Google Meet. De forma assíncrona será aberta uma “turma” na plataforma Google Sala de Aula com o objetivo de constituir um fórum do curso. A bibliografia do curso será disponibilizada em arquivos no for-mato pdf. TÍTULO DO CURSO: Formas de interpelação ao estatuto do literário a par-tir da enunciação de vozes subalternas EMENTA

O curso centra-se na discussão da relação entre literatura e política – ampli-ando esta abordagem para a compreensão da relação entre literatura e vida – tendo como objetivo central a análise das formas de (auto)representação da su-balternidade, em especial os textos reunidos sob a égide de literatura marginal. Nessa perspectiva, busca-se construir um quadro teórico que permita ler as mui-tas questões que emergem da insurreição dos sujeitos silenciados, dentre elas:

- o debate sobre os limites da crítica literária de base imanentista para a leitura e a interpretação de textos subalternos;

- a política de construção identitária e formas de subjetivação a partir do texto literário e de outras manifestações e produtos discursivos;

- formas de legitimação e autoridade discursiva na estruturação de uma nova alteridade entre intelectuais e subalternos;

- a na(rra)ção no discurso subalterno e a construção de uma performance pedagógica a partir do acionamento de um novo conceito de tempo e povo;

- as formas de engajamento a partir da representação literária e política do texto;

- a dimensão coletiva do testemunho em oposição ao discurso autotélico da autobiografia;

- os Estudos Culturais como referencial para a leitura e análise dos suportes discursivos da voz subalterna: música, texto e audiovisual.

A partir de uma abordagem multidisciplinar, o curso busca indagar os limites do literário frente às vozes subalternas e propor uma discussão sobre os modelos teóricos que possam abarcar as especificidades dos discursos minoritários con-temporâneos tendo como referência exercícios críticos que conjuguem o entendi-mento entre literatura e política.

BIBLIOGRAFIA ALMEIDA, Júlia; MIGLIEVICH-RIBEIRO, Adelia; GOMES, Heloisa Toller. (Orgs). Crítica pós-colonial. Panorama de leituras contemporâneas. Rio de Janeiro: 7Letras/FAPERJ, 2013. BHABHA, Homi K. O local da cultura. Belo Horizonte: Ed. UFMG, 1999. CHATTERJEE, Partha. La nación en tiempo heterogeneo. Madrid: Paidós, 2009.

FOUCAULT, Michel. Microfísica do poder. Organização e tradução de Roberto Machado. Rio de Janeiro: Edições Graal, 1979. ________. A ordem do discurso. Tradução de Laura Fraga de Almeida Sam-paio. São Paulo: Edições Loyola, 1996. MIRANDA, Wander Melo. Nações literárias. Cotia (SP): Ateliê Editorial, 2010. MOREIRAS, Alberto. A exaustão da diferença; a política dos estudos culturais latino-americanos. Trad. Eliana L. Lima e Gláucia R. Gonçalves. Belo Hori-zonte: Ed. UFMG, 2001. PENNA, João Camillo, PATROCÍNIO, Paulo Roberto Tonani do, FARIA, Alexan-dre, orgs. Modos da margem: Figurações do da marginalidade na literatura brasileira. Rio de Janeiro: Aeroplano, 2015. RANCIÈRE, Jacques. O desentendimento. Política e filosofia. Tradução de Ân-gela Leite Lopes. Rio de Janeiro: Editora 34, 1996. ________. Políticas da escrita. Tradução de Raquel Ramalhete. Rio de Ja-neiro: Editora 34, 1995. SANTIAGO, Silviano. Uma literatura nos trópicos. São Paulo: Perspectiva, 1978. ________. O cosmopolitismo do pobre. Belo Horizonte: Ed. UFMG, 2005. TENNINA, Lucía. Cuidado com os poetas. Literatura e periferia na cidade de São Paulo. Tradução de Ary Pimentel. Porto Alegre: Editora Zouk, 2017.

PROGRAMA: CIÊNCIA DA LITERATURA DISCIPLINA: Literatura e modernidade PROFESSOR: Priscila Matsunaga Siape: 2544259 CÓDIGO: LEL809 PROFESSOR: Siape: PERÍODO: 2021.1 NÍVEL: M/D

ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: Teoria Literária/Literatura Comparada HORÁRIO/DINÂMICA DO CURSO: Aulas semanais, sextas-feiras, às 10h, pelo Google Meet TÍTULO DO CURSO: Mulheres e dívida, dramas e tragédias: noções para pensar a relação entre a dramaturgia e a crítica do valor EMENTA

O curso pretende pensar a relação entre dramaturgia e processo social a partir da hipótese de que é possível articular a teoria e crítica do valor à leitura de obras literárias. De um lado, o curso privilegiará autores que apresentam a lógica do valor como o centro de todas as crises; valor que é a um só tempo forma de consciência, de produção e reprodução (Anselm Jappe). O debate pro-curará demonstrar que se são as relações fetichistas que conduzem e estrutu-ram as relações sociais, e que portanto o fetichismo diz respeito ao mundo das trocas simbólicas, religiosas e materiais, é possível pensarmos a sujeição das mulheres através da dívida, da culpa e do sacrifício, assumindo teorico-critica-mente a provocação de Luci Cavallero e Veronica Gago: “tirar a dívida do armá-rio é um movimento político contra a culpa, contra a abstração da dominação que as finanças querem exercer e contra a moral de boas pagadoras”. A hipó-tese está apoiada na leitura de tragédias e dramas, buscando percorrer um arco temporal que diz respeito à formação do capitalismo, e buscará apresentar as diferenças de composição entre as peças escolhidas. Módulo I: Mulheres e crítica do valor Aula 1: Apresentação do curso e Introdução do debate teórico. Notas iniciais para discussão dramaturgia e processo social. Cultura e capital financeiro, de Fredric Jameson. Aula 2: Marx e as mulheres. Sobre o suicídio, de Karl Marx. Aula 3: Marx e o dinheiro. Dinheiro (Manuscritos econômico-filosóficos); Marx, Shakespeare e o dinheiro, de Ana Cotrim. Aula 4: Mercadoria e dinheiro. A mercadoria (O Capital); Objetividade valor e forma valor. Apontamentos de Marx para a segunda edição de O Capital, de Rômulo Lima e Michael Heinrich. Aula 5: Para pensar a crítica do valor. Miséria informalizada: sobre a relação entre o setor informal e a moderna produção mercantil, de Norbert Trenkle; A quarta expropriação, de Ernst Lohoff; A ditadura do tempo abstrato: o trabalho como desajustamento da era moderna, de Robert Kurz. Aula 6: O valor é o homem. Teses sobre a socialização pelo valor e a relação entre os sexos, de Roswitha Scholz. Módulo II: A socialização pelo valor e a dívida Aulas 7 e 8: Divida os primeiros 5.000 anos, de David Graeber. Módulo III: Dramas e tragédias. Estrutura e análise Apresentação de seminários: Aula 9: A casa de bonecas, de Henrik Ibsen. Aula 10: O mercador de Veneza, de Shakespeare Aula 11: A tempestade, de Shakespeare/Augusto Boal Aula 12: Ifigênia em Áulis, de Eurípides

Aula 13: Medeia, de Eurípides obs: cada peça tem bibliografia específica para discussão. Módulo IV: Teatro, performance e os limites da crítica O debate será feito a partir das análises de performances e peças teatrais con-temporâneas.

BIBLIOGRAFIA INICIAL ATWOOD Margaret. Payback: a dívida e o lado sombrio da riqueza. Rio de Janeiro: Rocco, 2009. BENJAMIN, Walter. O capitalismo como religião. São Paulo: Boitempo, 2013. CAVALERO, L.; GAGO, V. Uma leitura feminista da dívida. Porto Alegre: Cri-ação Humana, 2019. COTRIM, A. (2019). Marx, Shakespeare e o nexo do dinheiro. Signótica, 31. <https://doi.org/10.5216/sig.v31.56341>. FEDERICI, S. Calibã e a bruxa: mulheres, corpo e acumulação primitiva. Tra-dução Coletivo Sycorax, São Paulo: Elefante, 2017. GRAEBER, David. Dívida: os primeiros 5.000 anos. São Paulo: Três estrelas, 2016. JAMESON, Fredric. Cultura e capital financeiro. In: JAMESON, F. A cultura do dinheiro: ensaios sobre a globalização. Tradução Maria Elisa Cevasco. Petró-polis: Vozes, 2001. KURZ, Robert. Dinheiro sem valor. Linhas gerais para uma transformação da crítica da economia política. Tradução Lumir Nahodil. Lisboa: Antígona, 2014. LEITE, Taylisi. Crítica ao feminismo liberal: valor-clivagem e marxismo femi-nista. São Paulo: Editora Contracorrente, 2020. LIMA, RÔMULO; HEINRICH, MICHAEL. Objetividade valor e forma valor. Apontamentos de Marx para a segunda edição de O Capital. Brazil. J. Polit. Econ., São Paulo, v. 38, n. 1, p. 201-214, mar. 2018 . LORAUX, Nicole. Maneiras trágicas de matar uma mulher. Rio de Janeiro: Zahar, 1988. MARX, K. Manuscritos econômico-filosóficos.Tradução: Jesus Ranieri. São Paulo: Boitempo, 2004. MARX, K. O capital: crítica da economia política: livro I. Tradução: Reginaldo Sant’Anna. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2011. MARX, K. Sobre o suicídio. São Paulo: Boitempo, 2006. REVISTA Margem Esquerda n. 35. 2º semestre, 2020. SCHOLZ, R. O valor é homem: teses sobre a socialização pelo valor e a rela-ção entre os sexos. Novos Estudos. CEBRAP, São Paulo, n. 45, julho 1996, p. 15-36. SZONDI, Peter. Teoria do drama moderno (1880-1950). Tradução: Luiz Sér-gio Repa. São Paulo: CosacNaify, 2001. SZONDI, Peter. Teoria do drama burguês (século XVIII). Tradução: Luiz Sér-gio Repa. São Paulo: CosacNaify, 2004.

PROGRAMA: CIÊNCIA DA LITERATURA DISCIPLINA: Arte, manifestação e representação do real PROFESSOR: Thiago Rhys B. Cass

Siape: 3062065

CÓDIGO: LEL846

PROFESSOR: Siape: PERÍODO: 2021.1 NÍVEL: M/D

ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: Teoria Literária/Literatura Comparada HORÁRIO/DINÂMICA DO CURSO: Segunda-feira, das 17h às 20h (via Google Meet). Avaliação: seminário (10%), participação em aula (20%) e trabalho in-dividual ao final do curso (70%). Idioma: português. Observação: o curso será ministrado em português, mas se supõe que os alunos tenham domínio de lei-tura de textos em língua inglesa. TÍTULO DO CURSO: Teoria do Romance: vertentes inglesas EMENTA

Objetivos Propõe-se familiarizar os estudantes com bibliografia fundamental de língua

inglesa sobre a teoria, a história e a historiografia do gênero novelístico, com especial ênfase nas discussões sobre o processo de formação, disseminação e institucionalização do romance ao longo dos séculos XVIII e XIX.

Justificativa

Um dos capítulos privilegiados da teoria do romance é a discussão de como a novelística se sedimenta e institucionaliza na Grã-Bretanha dos séculos XVIII e XIX. Paradigmaticamente, correlacionam-se as generalizações de críticos ma-terialistas, como as de Lukács e Bakhtin, à cristalização de procedimentos for-mais e narrativos que tentam dar conta do advento da revolução comercial, da imprensa periódica, da Reforma protestante, das bases do método científico e do Estado-nação. Por meio da leitura de teóricos britânicos e norte-americanos, a disciplina pretende familiarizar os alunos com algumas das questões recorren-tes dessa importante discussão em que se diluem as fronteiras entre teoria e história literárias.

Conteúdo

01. Apresentação; — 02. Questões teóricas: uma estética do romance? (Texto base: Henry James, “The Art of Fiction”, Longman’s Magazine (1884)); — 03. Uma teoria do romance (Texto-base: Percy Lubbock, The Craft of Fiction (1921)); — 04. Romance e processo social (Ian Watt, The Rise of the Novel (1957)); — 05. Romance e nação (Texto-base: Benedict Anderson, Imagined Communities (1983)); — 06. A mulher e o romance (Nancy Armstrong, Desire and Domestic fiction (1987)); — 07. O romance como anti-gênero (Michael Mckeon, “Generic Transformation and Social Change: Rethinking the Rise of the Novel”, (1985)); — 08. Romance e estudos da cultura (Texto-base: J. Paul Hun-ter, Before Novels (1990)) ; — 09. Romance como entretenimento (Texto-base:

“The Elevation of the Novel in England: Hegemony and Literary History” (1992)); — 10. As inovações formais do romance (Texto-base: Patricia Meyer Spacks, Novel Beginnings (2006)); — 11. Romance, União e império (Texto-base: Patrick Parrinder, Nation & Novel, (2008)); — 12. Romance e liberalismo (Texto-base: Amanda Anderson, Bleak Liberalism, (2016).

BIBLIOGRAFIA ANDERSON, Amanda. Bleak Liberalism. Chicago – Londres: The University of Chicago Press, 2016. HUNTER, J. Paul. Before Novels: The Cultural Contexts of Eighteenth-Century English fictions. New York – London: Norton, 1990. LUBBOCK, Percy. The Craft of Fiction. Nova Iorque: Charles Scribner’s Sons, 1921. MAITZEN, Rohan (ed.). The Victorian Art of Fiction: Nineteenth-Century Es-says on the Novel. Peterborough, ON: Broadview, 2009. MCKEON, Michael (ed.). Theory of the Novel: A Historical Approach. A Critical Anthology. Baltimore – Londres: The Johns Hopkins University Press, 2000. PARRINDER, Patrick. Nation & Novel: The English Novel from its Origins to the Present Day. Oxford: Oxford University Press, 2008. WARNER, William B. “The Elevation of the Novel in England: Hegemony and Literary History”. ELH, v. 59, n. 3 (outono, 1992), pp. 577-596.