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1 Engenheiros do Hawaii Músicas Ilustradas

Engenheiros do Hawaii: Músicas Ilustradas

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Projeto de ilustração acadêmico

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Engenheiros do Hawaii

Músicas Ilustradas

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Músicas

1. 3ª Do Plural

2. Terra de Gigantes

3. Eu que não amo você.

4. Somos quem Podemos Ser.

5. Dom Quixote

6. Depois de Nós.

7 . Infinita Highway

8. Era um garoto.

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3ª Do PluralCorrida pra vender cigarro

Cigarro pra vender remédioRemédio pra curar a tosse

Tossir, cuspir, jogar pra fora

Corrida pra vender os carrosPneu, cerveja e gasolinaCabeça pra usar boné

E professar a fé de quem patrocina

Eles querem te venderEles querem te comprarQuerem te matar (de rir)Querem te fazer chorar

Quem são eles?Quem eles pensam que são?

Quem são eles?Quem eles pensam que são?

(2x)

Corrida contra o relógioSilicone contra a gravidadeDedo no gatilho, velocidade

Quem mente antes diz a verdade

Satisfação garantidaObsolescência programada

Eles ganham a corridaAntes mesmo da largada

Eles querem te venderEles querem te comprar

Querem te matar (a sede)Eles querem te sedar

Quem são eles?Quem eles pensam que são?

Quem são eles?Quem eles pensam que são?

(2x)

Vender, comprar, vendar os olhosJogar a rede... contra a parede

Querem te deixar com sedeNão querem te deixar pensar

Quem são eles?

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Terra de GigantesHey, mãe!

Eu tenho uma guitarra elétricaDurante muito tempo isso foi tudo

Que eu queria ter

Mas, hey, mãe!Alguma coisa ficou pra trás

Antigamente eu sabia exatamenteO que fazer

Hey, mãe!Tem uns amigos tocando comigo

Eles são legais, além do maisNão querem nem saber

Que agora, lá foraO mundo todo é uma ilha

A milhas e milhasDe qualquer lugar

Nessa terra de gigantesQue trocam vidas por diamantes

A juventude é uma bandaNuma propaganda de refrigerantes

Hey, mãe!Já não esquento a cabeça

Durante muito tempoIsso era só o que eu podia fazer

Mas, hey, mãe!Por mais que a gente cresça

Há sempre alguma coisa que a gente não consegue entender

Por isso, mãeSó me acorda quando o sol tiver se posto

Eu não quero ver meu rostoAntes de anoitecerPois agora lá fora

O mundo todo é uma ilhaA milhas e milhas e milhas

E milhas e milhas e milhas e milhas

Mega, ultra, hiper, microBaixas calorias

QuilowattsGigabytes

Traço de audiência, tração nas quatro rodasE eu, o que faço com esses números?Eu, o que faço com esses números?!

Hey, mãeHey, mãe

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Eu que não amo VocêEu que não fumo, queria um cigarro

Eu que não amo vocêEnvelheci dez anos ou mais

Nesse último mêsEu que não bebo, pedi um conhaque

Pra enfrentar o invernoQue entra pela porta

Que você deixou aberta ao sair

Senti saudade, vontade de voltarFazer a coisa certaAqui é o meu lugar

Mas sabe como é difícil encontrarA palavra certa

A hora certa de voltarA porta aberta

A hora certa de chegar

Eu que não fumo, queria um cigarroEu que não amo você

Envelheci dez anos ou maisNesse último mês

Eu que não bebo, pedi um conhaquePra enfrentar o invernoQue entra pela porta

Que você deixou aberta ao sair

O certo é que eu dancei sem querer dançarE agora já nem sei qual é o meu lugar

Dia e noite sem parar eu procurei sem encontrarA palavra certa

A hora certa de voltarA porta aberta

A hora certa de chegar

Eu que não fumo, queria um cigarroEu que não amo você

Envelheci dez anos ou maisNesse último mês

Eu que não bebo, pedi um conhaquePra enfrentar o inverno

Que entra pela portaQue você deixou aberta ao sair

Eu que não fumo, pedi um cigarroEu que não amo você

Envelhevci dez anos ou maisNesse último mês

Eu que não bebo, queria um conhaquePra enfrentar o invernoQue entra pela porta

Que você deixou aberta ao sair

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Somos Quem Podemos SerUm dia me disseram

Que as nuvens não eram de algodãoUm dia me disseram

Que os ventos às vezes erram a direção

E tudo ficou tão claroUm intervalo na escuridãoUma estrela de brilho raro

Um disparo para um coração

A vida imita o vídeoGarotos inventam um novo inglês

Vivendo num país sedentoUm momento de embriaguez

NósSomos quem podemos ser

Sonhos que podemos ter

Um dia me disseramQuem eram os donos da situação

Sem querer eles me deramAs chaves que abrem essa prisão

E tudo ficou tão claroO que era raro ficou comum

Como um dia depois do outroComo um dia, um dia comum

A vida imita o vídeoGarotos inventam um novo inglês

Vivendo num país sedentoUm momento de embriaguez

NósSomos quem podemos serSonhos que podemos ter

Um dia me disseramQue as nuvens não eram de algodão

Um dia me disseramQue os ventos às vezes erram a direção

Quem ocupa o trono tem culpaQuem oculta o crime também

Quem duvida da vida tem culpaQuem evita a dúvida também tem

Somos quem podemos serSonhos que podemos ter

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Dom Quixote

Muito prazer, meu nome é otárioVindo de outros tempos, mas sempre no horário

Peixe fora d’água, borboletas no aquário

Muito prazer, meu nome é otárioNa ponta dos cascos e fora do páreo

Puro sangue, puxando carroça

Um prazer cada vez mais raroAerodinâmica num tanque de guerra

Vaidades que a terra um dia há de comer

“Ás” de Espadas fora do baralhoGrandes negócios, pequeno empresário

Muito prazer, me chamam de otário

Por amor às causas perdidas

Tudo bem, até pode serQue os dragões sejam moinhos de vento

Tudo bem, seja o que forSeja por amor às causas perdidas

Por amor às causas perdidas

Tudo bem, até pode serQue os dragões sejam moinhos de vento

Muito prazer, ao seu disporSe for por amor às causas perdidas

Por amor às causas perdidas

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Depois de Nós

Hoje os ventos do destinoComeçaram a soprar

Nosso tempo de meninoFoi ficando para trás

Com a força de um moinhoQue trabalha devagar

Vai buscar o teu caminhoNunca olha para trás

Hoje o tempo voa nas asas de um aviãoSobrevoa os campos da destruição

É um mensageiro das almasDos que virão ao mundo

Depois de nós

Hoje o céu está pesadoVem chegando temporal

Nuvens negras do passadoDelirante flor do mal

Cometemos o pecadoDe não saber perdoar

Sempre olhando para o mesmo ladoFeito estátuas de sal

Hoje o tempo escorre dos dedos da nossa mãoEle não devolve o tempo perdido em vão

É um mensageiro das almas dos que virão ao mundoDepois de nós

Meninos na beira da estradaEscrevem mensagens com lápis de luz

Serão mensageiros divinosCom suas espadas douradas, azuis

Na terra, no alto dos montesFlorestas do Norte, cidades do Sul

Meninos avistam ao longeA estrela do menino Jesus

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Infinita HighwayVocê me faz correr demais

Os riscos desta highwayVocê me faz correr atrás

Do horizonte desta highwayNinguém por perto, silêncio no deserto

Deserta highwayEstamos sós e nenhum de nós

Sabe exatamente onde vai parar

Mas não precisamos saber pra onde vamosNós só precisamos ir

Não queremos ter o que não temosNós só queremos viver

Sem motivos, nem objetivosEstamos vivos e isto é tudo

É sobretudo a leiDessa infinita highway

Quando eu vivia e morria na cidadeEu não tinha nada, nada a temer

Mas eu tinha medo, medo desta estradaOlhe só! Veja você

Quando eu vivia e morria na cidadeEu tinha de tudo, tudo ao meu redor

Mas tudo que eu sentia era que algo me faltava

E, à noite, eu acordava banhado em suor

Não queremos lembrar o que esquecemosNós só queremos viver

Não queremos aprender o que sabemosNão queremos nem saber

Sem motivos, nem objetivosEstamos vivos e é sóSó obedecemos a leiDa infinita highway

Escute garota, o vento canta uma cançãoDessas que a gente nunca canta sem razão

Me diga, garota: “Será a estrada uma prisão?”

Eu acho que sim, você finge que nãoMas nem por isso ficaremos parados

Com a cabeça nas nuvens e os pés no chão

Tudo bem, garota, não adianta mesmo ser livre

Se tanta gente vive sem ter como viver

Estamos sós e nenhum de nósSabe onde quer chegar

Estamos vivos sem motivosQue motivos temos pra estar?Atrás de palavras escondidasNas entre linhas do horizonte

Desta highwaySilenciosa highway

“Eu vejo um horizonte trêmulo”“Eu tenho os olhos úmidos”

“Eu posso estar completamente enganado”“Posso estar correndo pro lado errado”

Mas “A dúvida é o preço da pureza”E é inútil ter certeza

Eu vejo as placas dizendo “Não corra”“Não morra”, “Não fume”

“Eu vejo as placas cortando o horizonteElas parecem facas de dois gumes”

Minha vida é tão confusa quanto a Améri-ca Central

Por isso não me acuse de ser irracionalEscute garota, façamos um trato

“Você desliga o telefone se eu ficar muito abstrato”

Eu posso ser um BeatleUm beatnik, ou um bitolado

Mas eu não sou atorEu não tô à toa do teu lado

Por isso garota façamos um pactoDe não usar a highway pra causar impacto

Cento e dezCento e vinte

Cento e sessentaSó pra ver até quando

O motor aguentaNa boca, em vez de um beijo

Um chiclet de mentaE a sombra de um sorriso que eu deixei

Numa das curvas da highway

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Era um GarotoEra um garoto que como eu

Amava os Beatles e os Rolling StonesGirava o mundo sempre a cantar

As coisas lindas da América

Não era belo, mas mesmo assimHavia mil garotas afim

Cantava Help and Ticket To RideOh! Lady Jane e Yesterday

Cantava viva à liberdadeMas uma carta sem esperarDa sua guitarra, o separouFora chamado na América

Stop! Com Rolling StonesStop! Com Beatles songsMandado foi ao Vietnã

Lutar com vietcongs

Ratá-tá tá tá, tatá-rá tá táRatá-tá tá tá, tatá-rá tá táRatá-tá tá tá, tatá-rá tá tá

Ratá-tá tá tá

Ra-tá-tá tá-tá, ra-tá-tá tá-tá

Era um garoto que como euAmava os Beatles e os Rolling Stones

Girava o mundo, mas acabouFazendo a guerra no Vietnã

Cabelos longos não usa maisNem toca a sua guitarra e sim

Um instrumento que sempre dáA mesma nota, ra-tá-tá-tá

Não tem amigos, não vê garotasSó gente morta caindo ao chão

Ao seu país não voltaráPois está morto no Vietnã

Stop! Com Rolling StonesStop! Com Beatles songs

No peito, um coração não háMas duas medalhas sim

Ratá-tá tá tá, tatá-rá tá táRatá-tá tá tá, tatá-rá tá táRatá-tá tá tá, tatá-rá tá tá

Ratá-tá tá tá

Ra-tá-tá tá-tá, ra-tá-tá tá-tá

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