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ENTOMOLOGIA APLICADA – 1ª prova Tainah Freitas 2014/2 1. INTRODUÇÃO AO MANEJO INTEGRADO DE PRAGAS 1.1. Conceitos - Praga: Qualquer organismo que pode causar dano econômico. Nem toda praga precisa ser controlada, pois algumas não causam dano econômico significativo (pragas secundárias). - Entomologia: estudo dos insetos - MIP: filosofia de controle de pragas que procura preservar e incrementar os fatores de mortalidade natural, através do uso integrado de todas as técnicas de combate possíveis, selecionadas com base nos parâmetros econômicos, ecológicos e sociológicos. - Controle químico:  seleciona resistência. É emergencial. Se usar a mesma molécula, que atua no mesmo mecanismo de ação, seleciona resistência. Quando há seleção de resistência, deve parar a produção local e espera o reestabelecimento da suscetibilidade. 1.2. Motivos para implementação do MIP - Resistência de pragas aos inseticidas - Surgimento de pragas secundárias - Ressurgência de pragas - Efeitos adversos em insetos não-alvo, peixes e animais - Efeitos tóxicos prejudiciais ao homem 1.3. Alicerces para decisões no manejo - Taxonomia: classificação - Amostragem: saber a população na área - Níveis de controle: de dano econômico - Mortalidade natural no agroecossistema Bióticos: inimigos naturais – predadores, entomopatógenos, parasitoides. Ex de entomopatógenos: fungos, bactérias, vírus e alguns nematoides.  Abióticos: temperatura, umidade, luz Obs.: evitar pulverizações de produtos químicos entre 10 e 15h (janela de polinização das abelhas) 1.4. Técnicas de manejo - Manipulação ambiental - Variedades resistentes - Manipulação genética - Feromônios - Controle biológico - Controle físico - Controle químico (último a ser utilizado) 1.5. Ecossistema x Agroecossistema - Ecossistema: é uma unidade espacial com relações complementares entre organismos vivos e seu ambiente, que no espaço e no tempo, parece mantes um equilíbrio estável, porém dinâmico. - Agroecossistema: é um ecossistema com presença de pelo menos uma população agrícola e difere dos ecossistemas naturais por ser regulado pela intervenção humana na busca de determinado propósito - MIP: busca reestabelecer o ecossistema natural, preocupando em fazer com que os agroecossistemas se estruturem e funcionem de forma mais semelhante aos ecossistemas naturais, sendo mais sustentável no ponto de vista ecológico 1.6. Fatores que regulam o crescimento da população a) Potencial biótico (Pb): capacidade do indivíduo reproduzir e sobreviver, isto é, aumentar em número. Pb = Pr – Ra b) Potencial reprodutivo (Pr): velocidade na qual o indivíduo é capaz de se reproduzir c) Resistência ambiental (Ra): conjunto de fatores físicos e biológicos que atuam contra o crescimento populacional do inseto. Fatores bióticos: predadores, entomopatógenos, parasitoides. Fatores abióticos: temperatura, umidade, luz. Diapausa: interrupção do desenvolvimento (TºC, UR, luz). Ex.: cigarrinha das pastagens. Quinetopausa: interrupção da atividade. Ex.: bicudo do algodoeiro. - Obs.: pragas de armazenamento: fazer controle preventivo, pois Ra ~ 0.

Entomologia Aplicada

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  • ENTOMOLOGIA APLICADA 1 prova Tainah Freitas 2014/2 1. INTRODUO AO MANEJO INTEGRADO DE PRAGAS 1.1. Conceitos - Praga: Qualquer organismo que pode causar dano econmico.

    Nem toda praga precisa ser controlada, pois algumas no causam dano econmico significativo (pragas secundrias). - Entomologia: estudo dos insetos - MIP: filosofia de controle de pragas que procura preservar e incrementar os fatores de mortalidade natural, atravs do uso integrado de todas as tcnicas de combate possveis, selecionadas com base nos parmetros econmicos, ecolgicos e sociolgicos. - Controle qumico: seleciona resistncia. emergencial. Se usar a mesma molcula, que atua no mesmo

    mecanismo de ao, seleciona resistncia. Quando h seleo de resistncia, deve parar a produo local e espera o reestabelecimento da suscetibilidade. 1.2. Motivos para implementao do MIP

    - Resistncia de pragas aos inseticidas - Surgimento de pragas secundrias - Ressurgncia de pragas - Efeitos adversos em insetos no-alvo, peixes e animais - Efeitos txicos prejudiciais ao homem 1.3. Alicerces para decises no manejo

    - Taxonomia: classificao - Amostragem: saber a populao na rea - Nveis de controle: de dano econmico - Mortalidade natural no agroecossistema

    Biticos: inimigos naturais predadores, entomopatgenos, parasitoides. Ex de entomopatgenos: fungos, bactrias, vrus e alguns nematoides. Abiticos: temperatura, umidade, luz

    Obs.: evitar pulverizaes de produtos qumicos entre 10 e 15h (janela de polinizao das abelhas) 1.4. Tcnicas de manejo

    - Manipulao ambiental - Variedades resistentes - Manipulao gentica - Feromnios - Controle biolgico - Controle fsico - Controle qumico (ltimo a ser utilizado) 1.5. Ecossistema x Agroecossistema - Ecossistema: uma unidade espacial com relaes complementares entre organismos vivos e seu

    ambiente, que no espao e no tempo, parece mantes um equilbrio estvel, porm dinmico. - Agroecossistema: um ecossistema com presena de pelo menos uma populao agrcola e difere dos

    ecossistemas naturais por ser regulado pela interveno humana na busca de determinado propsito - MIP: busca reestabelecer o ecossistema natural, preocupando em fazer com que os agroecossistemas se estruturem e funcionem de forma mais semelhante aos ecossistemas naturais, sendo mais sustentvel no ponto de vista ecolgico 1.6. Fatores que regulam o crescimento da populao a) Potencial bitico (Pb): capacidade do indivduo reproduzir e sobreviver, isto , aumentar em nmero.

    Pb = Pr Ra b) Potencial reprodutivo (Pr): velocidade na qual o indivduo capaz de se reproduzir c) Resistncia ambiental (Ra): conjunto de fatores fsicos e biolgicos que atuam contra o crescimento

    populacional do inseto. Fatores biticos: predadores, entomopatgenos, parasitoides. Fatores abiticos: temperatura, umidade, luz.

    Diapausa: interrupo do desenvolvimento (TC, UR, luz). Ex.: cigarrinha das pastagens. Quinetopausa: interrupo da atividade. Ex.: bicudo do algodoeiro.

    - Obs.: pragas de armazenamento: fazer controle preventivo, pois Ra ~ 0.

  • 1.7. Fatores que afetam o crescimento populacional dos insetos a) Fatores independentes da densidade populacional: climticos, fsicos (ex.: solo), fatores da planta b) Fatores dependentes da densidade populacional: alimentares, competio inter e intraespecfica 1.8. Principais termos - Dano econmico (D): qualquer perda econmica decorrente de uma injria. - Injria (I): qualquer ao deletria decorrente da ao de um organismo. Ex,: mina, folhas comidas, ataque

    de ponteiros, etc. - Combate: aplicao direta de qualquer tcnica para exterminar a praga do agroecossistema. - Controle: manuteno da densidade populacional de uma praga abaixo do nvel de dano econmico. - Nvel de dano econmico (NDE): densidade populacional de uma praga capaz de causar um prejuzo de

    igual valor ao seu custo de controle (no deixar chegar nesse nvel). - Nvel de ao ou de controle (NA ou NC): a densidade populacional de uma praga em que devem ser tomadas as medidas de controle, para que no cause danos econmicos.

    ND NC = velocidade de ao dos mtodos de controle. - Nvel de no-ao (NNA): densidade populacional do inimigo natural capaz de controlar a populao da praga. 1.9. Implementao do MIP a) Reconhecimento das pragas mais importantes. Pragas-chave.

    Identificao taxonmica Bionomia das pragas-chave (biologia, hbitos, hospedeiro, inimigos naturais, etc.)

    b) Avaliao dos inimigos naturais. Mortalidade natural Tcnicas de criao de inimigos naturais Tcnicas de produo de patgenos

    c) Estudo dos fatores climticos que afetam a dinmica populacional da praga e de seus inimigos naturais. Ex.: radiao, luz, umidade, temperatura, pluviosidade. d) Avaliao do estdio fenolgico da planta e) Determinao dos nveis de dano e de controle

    ND = Ct x 100/V Ct: custo de tratamento (controle) por unidade de produo V: valor da produo por unidade de produo

    Tipos de praga: - Organismo no praga: densidade populacional nunca atinge o nvel de controle.

    - Pragas secundrias: raramente atinge NC. Ex.: caro vermelho.

    - Pragas frequentes (praga-chave): frequentemente atingem NC. Ex.: bicho mineiro, broca do caf, bicudo.

    - Pragas severas (praga-chave): ponto de equilbrio sempre maior que NDE. Ex.: pragas de armazenamento.

    De acordo com as partes da planta

    - Direta: atacam partes da planta que sero comercializadas. Ex.: broca do caf. - Indireta: atacam outras partes da planta que no sero comercializadas. Ex.: lagarta da soja, bicho mineiro f) Avaliao populacional (amostragem): se atingir NC faz controle. Sempre deve realizar amostragens.

    Amostragem: pessoal (conhecimento), mecnico (aparelhos), estatstico (preciso), econmico (custo) e) Avaliao do mtodo de controle mais adequado baseado na eficincia, economia, ecotoxicologia e

    parmetros sociolgicos (adaptveis aos usurios)

  • 1.10. Tipos de mtodos de controle a) Mtodos culturais: emprego de prticas agrcolas normalmente utilizadas no cultivo das plantas

    objetivando o controle de pragas. So eles: rotao de culturas, arao do solo, poca de plantio e colheita, destruio de restos culturais, cultura no limpo, poda, adubao e irrigao, plantio direto e outros sistemas de cultivo. b) Controle biolgico: ao biolgica dos inimigos naturais na manuteno da densidade das pragas em nvel inferior quele que ocorria na ausncia desses inimigos naturais. Controle biolgico clssico, controle biolgico natural, controle biolgico aplicado c) Controle qumico: aplicao de substncias qumicas no controle de pragas d) Controle por comportamento: consiste no uso de processos que modifiquem o comportamento da praga

    de tal forma a reduzir sua populao e danos. No apresentam risco de intoxicao. No apresentam resduos txicos. Evitam desequilbrios biolgicos. Hormnios, feromnios, atraentes, repelentes e macho estril. e) Controle mecnico: uso de tcnicas que possibilitem a eliminao direta das pragas. Catao manual: coleta e destruio direta dos insetos que esto causando prejuzo. Barreiras: consiste no uso de qualquer praga que impea ou dificulte o acesso dos insetos planta Uso de armadilhas: fracos caa-moscas. f) Controle fsico: consiste no uso de mtodos como fogo, drenagem, inundao, temperatura, radiao

    eletromagntica no controle de pragas. g) Resistncia de plantas: uso de plantas que devido suas caractersticas genticas sofrem menor dano por pragas. 2. MTODOS DE AVALIAO DE DENSIDADE POPULACIONAL DE INSETOS Amostragem: faz amostragem para ver se atingiu NC. Se no atingiu, continua amostrando. Se atingir, faz controle e faz amostragem posteriormente para saber se foi efetivo ou no, se no, controla novamente. Sempre amostra! 2.1. Componentes da amostragem a) Pessoal: por meio de inspetor fitossanitrio b) Mecnico: amostragem por meio de armadilhas

    b.1. Contagem direta b.2. Aparelhos

    b.2.1. Aparelhos que exigem a presena de inspetor sanitrio. Ex.: rede entomolgica, pano de batida b.2.2. Aparelhos que no exigem a presena de inspetor sanitrio. Sem atraente: malaise, funil de Berleise Com atraente: armadilha de cola (cultivo protegido para tripes, pulges e moscas brancas)

    Ex. mecnico: - Rede entomolgica: possui aro de metal de tamanho varivel, onde inserido um cabo rolio de madeira de tamanho varivel e um saco de fil - Pano de batida ou pano de amostragem: 5 batidas por talho (rea homognea edaficamente). Dimenses: 1,20m de altura, pano com 0,6m de altura e largura varivel. - Armadilha de cola: tripes, pulges e moscas brancas - Malaise - Funil de Berleise - Bandeja dgua: fundo amarelo, gua + detergente - Armadilhas luminosas: eletrocusso, Luiz de Queiroz. Para insetos fototrpicos positivos. - Grandlure - Armadilhas de feromnio sinttico - Frasco caa-mosca: sacarose 5% - Armadilha tipo delta: para mariposas. Possui refil que libera feromnio sexual. 2.2. Tipos de caminhamento

    Zigue-zague o mais usual 2.3. Tipos de amostragem a) Convencional (comum): baseia-se em um nmero fixo de amostras.

    Ex.: Bicho mineiro do caf: 20 plantas, 3 folhas por planta do 3 ou 4 par de folhas, observar minas (fechadas ou abertas. Se tiver aberta porque tem inimigo natural). Controlar acima do NC = 30%. b) Sequencial: nmero variado de amostras (no pr-determinado), aplica uma hiptese pr-estabelecida

    para definir o controle. 1 folha por planta. c) Biolgica: baseia-se em parmetros biolgicos d) Sensoriamento remoto: utiliza o sensoriamento remoto 3. CONTROLE BIOLGICO 3.1. Introduo

    - Resistncia natural:

  • Clima: temperatura, UR (chuva), luz, vento Seres vivos: alimento, competio, predao. - Predao: inimigos naturais (IN) Ex.: Broca-da-cana

    Pr = 506 250 000 ind./casal/ano Pb = 187 500 ind./casal/ano Ra = 506 062 500 ind = 99,96% 0,04% praga

    - Flutuao populacional: inseto fitfago, inimigo natural, que fitfago, diminuindo IN, fazendo com que fitfago... - Dissipao de energia nvel trfico: praga, C1rio - fitfagos, C2rio - inimigos naturais, Carnvoro - homem A medida que aumenta o nvel trfico (da esquerda para direita), aumenta a sensibilidade do organismo a estresses ambientais. Logo, como IN est um nvel trfico acima do herbvoro, so mais sensveis a estresses ambientais. 3.2. Adaptaes dos inimigos naturais a) Modificaes no aparelho bucal - Mastigador: parte ativa: mandbula. Com dentes, pontiagudas (alongadas), ocas (sulcadas: tubo alimentar) - Picador/sugador: parte ativa o rostro (bico)

    Percevejos fitfagos: possui 4 segmentos (fi-t-fa-go: 4 slabas) Percevejo predador: possui 3 segmentos (pre-da-dor: 3 slabas) H excees b) Modificaes nas pernas

    - Pernas raptatrias: para segurar a presa. Ex.: louva-a-deus - Pernas ambulatrias: para correr. Ex.: Carabidae, Coccinelidae c) Modificaes no ovopositor

    - Adaptado para ferroar: comum em vespas, abelhas, formigas. Veneno paralisa e conserva. (Vespa: mandbula, ferro, pernas fortes para carregar a presa) - Tambm comum nas microvespas parasitoides, que ovopositam dentro do hospedeiro. Ex.: pulgo, larvas dentro de frutos, outros ovos 3.3. Tipos de inimigos naturais 3.3.1. Predadores - Alimentam-se de vrias presas para se desenvolver - Alimentam-se externamente - fora-bruta - Normalmente maior que a presa Exemplos: a) Percevejos: sugadores. - Orius insidiosus: inimigo natural do Tripes - Nabis: inimigo natural do Pulgo - Geocoris: IN do Psildio - Zelus: IN de lagartas desfolhadoras. - Podisus: IN de lagarta da soja e algodo. b) Besouros: mastigadores - Calosoma: besouro do solo. - Joaninhas: predam pulges, cochonilhas, mosca branca. As larvas so cegas c) Vespas: ferro. Capturam muitas lagartas - Polybia: predam bicho-mineiro do cafeeiro d) Crisopdeos: tem asas rendilhadas. S larva predadora. - Chrysopa e Chrysoperla: predam pulgo, mosca branca

    Larva no lixeira: no carrega o lixo (casca, restos) dos pulges. A presa sugada e no mastigada. e) Sirfdeos: moscas predadoras. Chamado de fevereiro. - Moscas f) Asildeos: moscas caadoras. Adultos predam em voo, larvas predam no solo. g) Outros predadores - Louva-a-deus: predam aranha - Tesourinha: predam ovos - caros: no inseto, mas timo predador - Aranhas 3.3.2. Parasitoides

    - Consomem um hospedeiro por indivduo - Alimentam-se externa ou internamente - Mata o hospedeiro no final do ciclo, no imediatamente - menor que o hospedeiro

  • Categorias de parasitoides: - Parasitoide Primrio: ovo sobre o hospedeiro ainda no parasitado - Parasitoide Secundrio (hiperparasitoide): ovo sobre outro parasitoide. Problema: mata o parasitoide 1rio, acabando com o controle biolgico - Multiparasitoide: 2 ou + espcies de parasitoide em um mesmo hospedeiro. Problema: As duas no toleram

    a presena uma da outra, brigando entre si. - Superparasitoide: vrios indivduos da mesma espcie em um hospedeiro. Problema: que no conseguiram ovopositar acaba desovando em um hospedeiro com outro parasitoide, fazendo com que o hospedeiro morra precocemente, e, como consequncia, os parasitoides. Exemplos: a) Microvespas: pequeno tamanho, ovopositam no interior do hospedeiro, adultos alimentam de nctar

    - Braconidae: parasitam pulgo - Cotesia: deixam 40 a 50 ovos dentro da broca da cana - Apheninidae: predam mosca branca - Trichogramma: predam ovos de insetos - Mymaridae: predam ovos de insetos - Eulophidae: predam minadores - Ichneumonidae: predam brocas (do milho) - Pompilidae: predam aranhas b) Moscas -Tachinidae: Taquindeos: predam lagartas. J foi usado para broca-da-cana.

    3.3.3. Patgenos - Causam doenas nos insetos - Atrasam seu desenvolvimento a) Bactrias: afetam o aparelho digestivo do inseto. Ex.: Bacillus thuringiensis (Bt) b) Vrus: afetam de vrias maneiras o inseto. Ex.: Baculovrus: desmancha o inseto. O inseto fica cheio de caldo de vrus, que infecta outros insetos. c) Fungos: afetam de vrias maneiras o inseto. Beauveria bassiana: esporulao branca que seca o inseto Metarrhizum anisopliae: esporulao esverdeada Aspergillus Entomophthoralis: esporulao avermelhada/rosada no pulgo

    d) Nematoide: multiplicam-se no interior do inseto, associado a bactrias. Nematoide come a bactria, que mata o inseto. Steirnernema sp e Heterorhabditis sp: para pragas de solo 3.4. Tipos de controle biolgico 3.4.1. Aplicado a) Inundativo - Liberao de grande quantidade de IN produzidos mensalmente - Efeito inseticida no duradouro - Para olercolas Ex.: caro, tricograma, fungos

    b) Inoculao sazonal

    - Liberao peridica de IN, nativos ou no, criados massalmente - Libera doses pequenas - Efeito duradouro na estao de cultivo, perde-se de um ano para o outro. Ex.: Libera 0,6 parasitoide/m para controlar broca-da-cana.

    Ou seja, 6000 parasitoides/ha

    c) Conservativo

    - Manuteno das populaes de IN nativos, atravs do manejo do habitat. - Efeito a mdio/longo prazo - Sustentvel e duradouro

    d) Inoculativo/Clssico

    - Importao de IN exticos para controle de pragas exticas - Efeito a mdio/longo prazo - Duradouro e sustentvel, se tudo der certo.

  • 3.4.2. Natural

    - Ocorre em condies de no interferncia do homem Ex.: florestas nativas, campos de vegetao natural, formaes vegetais diversas 4. MTODO COMPORTAMENTAL 4.1. Semioqumicos - Semioqumicos e os insetos: Tringulo: Histria de vida; Combate de pragas; Comportamento - So todas as substncias qumicas presentes no meio ambiente responsveis pela comunicao entre os seres vivos. - Infoqumicos + nutrientes + toxinas - Dividem se em 2 grupos: 4.1.1. Aleloqumicos: semioqumicos responsveis pelas relaes interespecficas. a) Alomnio: quando a substncia qumica beneficia o emissor. Ex.: percevejo libera odor ruim, favorecendo ele. Maria-fedida; Formiga (cido frmico) b) Cairomnio: quando a substncia beneficia o receptor. Ex. Cardiochiles sp. (Hymenoptera) atrado por secrees mandibulares da lagarta de Heliothis virescens; o Trichogramma evanescens atrado pelo tricosano presente nos ovos de Helicoverpa zea. c) Sinomnio: quando as substncias qumicas trazem benefcio mtuo. Ex. Ao serem picadas pelo pulgo Brevicoryne brassicae, as crucferas liberam o isotiocianato de alila que atrai o parasitide de pulges, Diaretiella rapae. Maracuj e mamangava. d) Apneumnio: quando as substncias liberadas por matria morta atraem parasitoides.

    Ex. Carne em decomposio atrai moscas e) Antimnio: tricomas repelindo joaninhas e crisopdeos (predadores): favorece os fitfagos. 4.1.2. Feromnios: interao intraespecfica. Mistura de molculas/substncias que sero liberadas ao meio

    ambiente, provocando uma resposta comportamental e/ou fisiolgica em indivduos de mesma espcie. - A comunicao atravs de feromnios essencial sobrevivncia e propagao da maioria das espcies de insetos. Essencial entre os grupos sociais, tais como abelhas, formigas e cupins cuja organizao da colnia exige a diviso do trabalho. a) Preparadores: agem na fisiologia do organismo, exercendo efeito mais prolongada e mais duradouro. Maturao sexual, desenvolvimento e estgio fisiolgico. Ex. Gafanhoto Schistocerca gregaria: quando imaturos so rseos, adulto libera substncia que permite a

    maturidade sexual dos gafanhotos imaturos, que ficam amarelados (adultos). Abelha rainha libera um cido que inibe o desenvolvimento de rgo sexuais em operrias.

    b) Desencadeadores: substncias que provocam uma mudana imediata no comportamento do seu receptor

    Ex. - Ferommio de trilha: formiga, abelha, etc. Orientao da colnia na direo de novas fontes de alimento. - Ferommio de alarme: formiga, abelhas, cupins, marimbondo, etc. Alerta presena de inimigos. - Ferommio de ataque: orientao da colnia para atacar o intruso. - Ferommio de marcao de territrio: inseto social - Ferommio de necroforese: formigas - Ferommio sexual: substncias emitidas geralmente pela fmea para atrair o macho para cpula. Muito especfico 4.1.2.1. Fatores que governam a produo de feromnios

    - Idade (Idade feromnio) - Presena de feromnios coespecficos (presena F) - Condies de acasalamento - Planta hospedeira (Pl.Hosp. F) - Patgeno (Pat. F) - Temperatura - Fotoperodo - Intensidade luminosa - Umidade relativa - Velocidade do vento ~ 3 m/s 4.1.2.2. Utilizao de feromnios sexuais no MIP a) Deteco e monitoramento: detectar a presena ou ausncia das pragas, aumento ou diminuio da populao, estimar a populao, tudo isso para avaliar a necessidade de controle. b) Coleta massal: consiste na distribuio de um grande n de armadilhas por unidade de rea capaz de capturar cerca de 90% da populao de machos. recomendado para populao com baixa densidade. c) Atrai e mata: utiliza armadilhas com feromnios para atrair e matar os , reduzindo a reproduo da sp

  • d) Confuso sexual: instala grande n de armadilhas para impedir o encontro do com a para copulao Ex.: Migdolus fryanus (broca do rizoma da cana): 4 armadilhas/ha: Coleta massal: capta grande parte da populao e previne reprodues futuras

    Tuta absoluta (broca do tomateiro): armadilha Ihara: atrai e mata

    5. PRAGAS DO MILHO

    - Tratamento de sementes contra o princpio do MIP. Mas se as pragas forem detectadas na rea, deve-se fazer o tratamento. Vantagem: menor impacto ambiental. Cruiser, Gaucho, Furazin, etc. Semente preta: carvo ativado. Semente roxa: Silicato de Al+3. - Inimigos naturais: Trichogramma spp: ovoposita dentro do ovo da praga. 100 mil vespas/h para controlar lagarta. Telenomus remus Doru luteipes: principal predador da lagarta-do-cartucho

    - importante conservar os inimigos naturais no agroecossistema - Controle biolgico: Baculovirus spodoptera (vrus)- 100 lagartas mortas, macerar em liquidificador, secar p molhvel 50g p/ha, diludo em 250L de gua Spodoptera mata Spodoptera aplicar na regio do cartucho. - Lagarta do cartucho ao comer o p morre, pois o p tem vrus. - Milho Bt: lagarta-do-cartucho, lagarta-da-espiga e broca-da-cana - Safrinha levou ao aumento das pragas. Fazer vazio sanitrio.

    5.1. Pragas de solo a) Cupins

    - Ordem isoptera - Atacam sementes e plntulas (raiz) - Planta quando puxada se destaca facilmente do solo, pois o cupim ataca o sistema radicular. A planta seca. b) Angor

    - Inseto amarelado com 5 manchas pretas em cada litro - Besouro: adulto alimenta de plen - Larva: marrom escura com pelos, vive no solo. Ataca sementes antes e aps germinao falhas no estande - Controle preventivo tratamento de sementes c) Cors ou po-de-galinha

    - Larvas brancas, com final do abdome escurecido, recurvada (em forma de C), cabea marrom -Comum em esterco depositado no cho devido a matria orgnica - Larvas atacam sementes e razes, causando tombamento das plantas e at morte em altas infestaes. Ataque em reboleiras d) Percevejo-castanho

    - Ninfa: branca. Adulto: castanho - Amarelecimento e secamento das plantas - Odor desagradvel e som estridente na rea (+ importante para algodoeiro) - Danos em reboleiras, sintomas parecidos com deficincia nutricional e) Larva-alfinete

    - Adulto verde com trs manchas amarelas nos litros - Larvas branco-leitosa - Polfaga: solanaceae, poaceae - Larvas atacam razes adventcias, causando crescimento irregular das plantas recurvadas pescoo de ganso ou milho ajoelhado. Podem causar morte da planta. - Batata: perfura o tubrculo

    5.2. Pragas do colmo a) Lagarta-elasmo

    - Verde azulada, cabea escura e pequena - Pupas: base da planta (colo) ou solo - Mata a folha bandeira (central) da planta: corao morto - Adulto: mariposa (Lepdoptera) - Causa falhas no estande - Orifcios na folha no mesmo nvel - Solo arenoso, clima seco b) Lagarta-rosca - Corta a plntula na regio do colo rente ao solo e digere toda parte area

  • - Solo argiloso, mido (chuva) - Corao-morto em plantas mais crescidas - Hbito noturno, ficam enroladas no solo durante o dia - Lagarta pardo-acinzentada - No habitam o mesmo lugar que a lagarta-elasmo (veranico) c) Percevejo-barriga-verde - Colorao marrom, abdome verde, 2 espinhos laterais no protrax - Sugam a seiva na base do colmo murchamento e secamento - Podem provocar perfilhamento, diminui a produo em at 29% d) Broca-da-cana-de-acar

    - Postura lembra escama de peixe - Lagarta: amarelo-plida - Ataca o colmo, galerias longitudinais - Galerias circulares que seccionam o colmo - Fungos oportunistas: causam inverso de sacarose 5.3. Pragas das folhas a) Lagarta-do-cartucho

    - Lagartas: cinza-escura a marrom, faixa dorsal com pontos pretos. Difere da lagarta-rosca, pois tem sutura em forma de Y invertido na cabea. - Raspa epiderme adaxial das folhas: sinais de raspagem - Depois comeam a cortar a folha, formando buracos - Atacam o cartucho b) Curuquer-dos-capinzais - Mariposa: possui dois pontos pretos nas asas - Quatro geraes anuais - Lagarta mede-palmo, amarelada com estrias longitudinais escuras - Atacam o limbo e, quando em altas infestaes, as espigas - Lavoura atacada: pulverizao area, por meio de irrigao por canho, milho para silagem c) Pulges

    - Sugam seiva e transmitem mosaico comum (virose) d) Cigarrinha-do-milho

    - Adulto e ninfas amarelo pardo, com duas pontuaes negras na regio dorsal da cabea - Suco da seiva. Transmisso de viroses. Raiado fino. 5.4. Pragas das espigas a) Lagarta-da-espiga - Helicoverpa zeae

    - Ovos colocados no cabelo, preferencialmente - Lagartas: colorao varivel - Lagartas atacam cabelos: impede fertilizao, falha na espiga - Alimenta-se de gros leitosos - Perfuraes so entradas para microorganismos b) Percevejo-do-milho - Cowboy - Adultos e ninfas sugam os gros da espiga: murchamento e apodrecimento c) Mosca-da-espiga

    - Adulto: preto, com asas transparentes com faixas escuras - Movimenta-se lateralmente na planta - Larvas brancas e gregrias (ficam juntas) - Larvas atacam ponteiro das espigas

    PRAGA POCA DE

    OCORRNCIA PARTE AMOSTRADA NVEL DE CONTROLE

    Lagarta do cartucho At 60 dias Plantas 20% de plantas atacadas

    Lagarta elasmo At 30 dias Plantas 3% de plantas atacadas

    Lagarta rosca At 30 dias Plantas 3% de plantas atacadas

    Larva arame Incio da cultura Amostragem preventiva Mdia 2 larvas/ponto

    Bicho bolo Incio da cultura Amostragem preventiva Mdia 1 larva/ponto

  • Controle qumico

    PRAGAS NOME TCNCO NOME COMERCIAL

    CARNCIA (dias)

    OBS

    Lagarta do cartucho tiodicarb Semevin 350 RPA -

    carbaril Sevin 480 SC 14 Bacillus thuringiensis Dipel PM - Aplicar na regio do

    cartucho

    clorpirifs Lorsban 48 CE - Cuidado: mata a tesourinha (IN)

    deltametrina Decis 25 CE 37

    Lagarta rosca carbaril Sevin 480 SC 14 Aplicar na regio do colo

    permetrina Pouce 384 CE

    Pragas subterrneas Bacillus thuringiensis Dipel PM -

    deltametrina Decis 25 CE 37

    fenitrotion Sumithion 500 CE

    14

    triclorfon Dipterex 500 7 6. CONTROLE QUMICO 6.1. Introduo a) Inseticida: causam alta mortalidade de insetos b) Vantagens: rapidez, permite ao unilateral, relativamente baratos c) Desvantagens:

    - Ressurgncia/aparecimento de novas pragas - Mata, mas no regula as populaes de insetos (quem regula so os inimigos naturais) - Surtos de pragas secundrias - Contaminao de alimentos, solo, ambiente, etc - Resistncia de insetos a inseticidas 6.2. Classificao a) Quanto a forma de penetrao - Contato: via exoesqueleto (via solo) - Ingesto: via oral - Fumigao: via espirculo b) Quanto forma de translocao na planta - Profundidade: ao translaminar: passa entre as clulas. Ex.: Cartap, Thiobel, Benevia, Trigard - Sistmicos: ao no sistema vascular + no xilema (neonicotinoides) que no floema (Movento plus) Floema melhor que xilema, pois no xilema ele s sobe, fica no mesmo lugar, enquanto que pelo floema o produto circula por toda a planta. Aplicados: no solo, na folha, drench (esguicho no colo da planta) Sistmico melhor que o de contato, pois mais seletivo aos inimigos naturais. c) Quanto a origem - Inorgnicos: Ex.: enxofre - Microbianos

    Fungos: Ex.: Metarril, i.a. Metorhizium anisopliae Bactrias: Ex.: Dipel, i.a. Bacillus thurigiensis

    Vrus: especfico - Orgnico

    Naturais: - nicotina: fumo - rotenona: raiz do timb - piretrina: flor do crisntemo - azadiractina: folhas, leo de nim

    Problemas: logstica/quantidade para grandes propriedades, pois esse produto no tem tempo de prateleira. Usado para agricultura orgnica (pequena).

    Sintticos: (1939): Clorados: persistncia no ambiente (+ 500 anos) proibido! (BHC, DDT) (dc. 40) Fosforados: extremamente txicos a mamferos. Ex.: clorpirifs

    Carbamatos: extremamente txicos a mamferos. Ex.: aldecarb (Temik), Metomil

  • (1969) Piretroides: pouco txico a mamferos. Ex.: deltametrina. Problema: resistncia de insetos, surto de caros

    (dc. 80) Fisiolgicos: reguladores de crescimento. Ex.: diflubenzuron (Dimilin) (dc. 90) Neonicotinides: para insetos sugadores. Ex.: imidacloprido Outros

    6.3. Conceitos Intervalo de segurana (dia): perodo entre a ltima aplicao e a colheita Poder residual: perodo em que o produto mantm sua eficcia.

    Ex.: A = 20 dias; B = 15 dias. Tempo de controle: Tempo entre as necessidades de se fazer uma nova aplicao.

    Ex.: A = 25 dias; B = 40 dias Escolheria o produto B, pois o tempo de controle maior. Essa diferena entre o poder residual e o tempo de controle se deve aos inimigos naturais, que atuam durante esse tempo. Provavelmente o produto A afeta os inimigos naturais e o B no. B seletivo.

    7. MODO DE AO DOS INSETICIDAS 7.1. Neurotxicos 7.1.1. Atuam na transmisso sinptica a) Fosforados e carbamatos: inibidores da Ache (acetilcolinesterase) Ache-F: enzima fosforilada; Ache-C: enzima carbamilada inibidas - Usados hoje: fosforado clorpirifs

    carbamato metomil b) Neonicotinoides, nicotinas, spinosinas (Tracer): agonistas da Ache - Ligam-se aos receptores da Ache ps-sinptico. Os insetos ficam hiperexcitados. Pulges, cochonilhas, cigarrinhas. c) Cartap (Cartap, Thiobel): antagonistas da Ache. Impedem a transmisso de um impulso nervoso, o inseto fica paralisado. - Efeito de profundidade: mata insetos que esto dentro da folha. d) Avermectinas (i.a. abamectina) e Milbemicinas (Milbecknock): agonistas do Gaba

    Gaba o principal inibidor neuro-muscular de insetos. Os insetos ficam paralisados. e) Ciclodienos e Fenil-pirazois (i.a. fipronil): antagonistas do Gaba. Os insetos ficam hiperexcitados.

    - Insetos de solo: cupim, formiga, minhoca - Fipronil mata invertebrados somente - Perigoso para a microbiota do solo 7.1.2. Atuam na transmisso axnica a) Piretroides: moduladores de canais de Na+. Os insetos ficam hiperexcitados b) Oxadiazinas: bloqueadores de canais de Na+. Reduzem ou impedem a fase ascendente do potencial de

    ao. Os insetos ficam paralisados. Rumo e Avante: i.a. indoxacarb. 7.1.3. Reguladores dos receptores de Rianodina (grupo Antranilamina)

    i.a. = CHL (Altacor) e CY (Benevia) - Causam um desequilbrio no balano de Ca++, ocorre contrao muscular. 7.2. Reguladores de crescimento de insetos (produtos fisiolgicos)

    - Inibidores da sntese de quitina: Diflubenzuron (Dimilin): grupo das benzoilureias - Agonistas de ecdisteroides: grupo das Diacilidrazinas Provocam acelerao no processo de ecdise (metamorfose precoce) Ex.: Mimic, Intrepid. Para lagartas de 2 instar 7.3. Inibidores da respirao celular

    - Chlorfenapir: atua na respirao celular de tripes. Ex.: Pirate 7.4. Outros - Pimetrozine: bloqueia a alimentao de insetos sugadores. Paralisa a glndula salivar de pulges e mosca branca. Ex.: Chess.

    8. TECNOLOGIA DE APLICAO DE PFs - Tecnologia: Conhecimento cientfico aplicado em um determinado processo produtivo. - Alvo biolgico: insetos, doenas, plantas invasoras - Objetivo: aplicao da quantidade necessria, de forma econmica e com o mnimo de contaminao ambiental.

  • 8.1. Tipos de aplicaes

    - Aplicao via slida: ps, granulados (GR) - Aplicao via gasosa: expurgo em gros armazenados - Aplicao via lquida: + de 90% dos casos 8.2. Mquinas para produo de gotas:

    Pulverizador: usa energia hidrulica Atomizador: usa energia pneumtica corrente de ar Turboatomizador: pulverizador + atomizador 8.3. Diluentes - gua e leo pH da gua/calda interfere: ideal pH cido 8.4. Cobertura foliar

    - % da folha que coberta pelo PF Melhorar a cobertura: aumentar o volume de calda por ha ou diminuir o dimetro das gotas. 8.5. Dimetro de gotas a) Finas/pequenas: alvo no interior das plantas (pulges, moscas brancas): bico tipo jato cnico cone vazio b) Mdias: alvo na periferia das plantas (lagartas): bico tipo jato cnico cone cheio c) Grandes: alvos na superfcie plana (solo, cartucho). Bico tipo jato leque (ou plano) 8.6. Volume de calda - Calibrao do equipamento: Q = 600*q / V*F Q: Volume de calda (L/ha) q: vazo do bico (L/min) V: velocidade de deslocamento (Km/h) F: faixa de aplicao (m) 9. TECNOLOGIA DE APLICAO Inseticidas (i.a. ou grupo qumico) a) Lagartas

    - Sobre folhas: Pequenas (1 a 3 nstar) Benzoilureias, Chlorantraniliprole (CHL), Bacillus thurigirnsis (Bt) Grandes (> 3 nstar) Piretroides, Metomil, Indoxacarb - Dentro dos tecidos: Clorpirifs (qualquer tamanho de lagarta) b) Sugadores (Mosca branca, pulges, cigarrinhas, percevejos): Neonicotinoides: Imidacloprido e Tiametoxan c) Tripes: Neo e Pirate d) Pragas de solo (cupins): Fipronil e) Vaquinhas: Piretrides f) Mosca minadora: Ciromazina (Trigard): especfico g) caros: Enxofre e Envidor

    Estudo de caso

    Feijo, 100 ha, cigarrinha-verde-do-feijoeiro, 25 dias. (Sugador Neo) Imidacloprido (i.a.) Evidence 700 WG Dose do PC = 150 g/ha. Volume de calda = 200 a 300 L/ha. Intervalo de segurana = 21 dias 100 ha x 150 g/ha = 15000g = 15kg quantidade a adquirir Se for inseto de solo: controle preventivo Se for outros: prescrio de controle N de aplicaes: geralmente 1, para ter rotao de i.a. (para fungicida so 3) 10. RECEITURIO AGRONMICO

    1989: Lei dos agrotxicos (Lei 7802) vlida at hoje RA: evitar o uso abusivo de produtos fitossanitrios. Decreto 4074: Regulamenta a Lei 7802 - Bases para o RA: Competncia legal: Engenheiro Agrnomo e Florestal Competncia profissional: reciclagem constante 10.1. Receiturio agronmico x Receita agronmica Receiturio: conjunto de procedimentos que levam ao diagnstico e controle de problema fitossanitrio. Receita: documento para autorizar a comprar do produto. Receita deve conter o nome comercial do produto.

    1 receita por diagnstico. A receita apenas o instrumento final de todo o processo desenvolvido, envolvendo caractersticas tcnicas e ticas. 3 vias: agrnomo, produtor, revenda. 10.2. Passo a passo:

    a) Abordagem com o produtor

  • b) Queixa: - Anamnese passiva: o cliente ir expor o problema fitossanitrio, sem ser interrompido - Anamnese ativa: o profissional vai solicitar do cliente informaes com relao a cultura (rea, poca de plantio, cultivar, sistema de conduo, etc.), equipamentos de aplicao (tipo de equipamento, bicos, conservao, etc), equipamentos de proteo individual (EPIs), disponibilidade de pessoal, etc. c) Histria progressiva do problema atual: o resultado da conversa inicial, da Anamnese Passiva e da Anamnese Ativa. d) Histria do problema atual e) Diagnstico agente causal f) Elaborao da receita g) Ficha tcnica 11. EPI - Luvas: equipamento mais importante - Mscaras: protege contra vapores orgnicos (so txicos) - Viseira: pode ser substituda por culos, mas culos embaam. - Botas - Bon rabe - Cala + jaqueta - Avental - Tivek: capa amarela da DuPont - Capacete: em operaes de armazm (carga e descarga)

    Classes toxicolgicas: Lei dos agrotxicos: todo produto deve estar dentro de uma classe. Produtos: Domisanitrio, Veterinrio, Fitossanitrio

    Granulometria: - PM: p molhvel - P: p - SC: suspenso concentrada - CS: suspenso encapsulada (aumenta poder residual) - CE: concentrado emulsionvel - Granulado - WG: grnulo dispersvel em gua - Foguing - Pastilha Usar espalhante adesivo: sempre, exceto se for CE. 12. OBSERVAES 12.1. Duas formas de se controlar formigas cortadeiras por meio do mtodo qumico: Isca granulada: o mtodo mais prtico e econmico de controle. Consiste na mistura do ingrediente ativo com um veculo (bagao de laranja) atraente para as formigas, que carregado por elas para o interior do ninho. Problema: chuva, pois a isca se desintegra e a formiga no consegue carreg-la. Deve-se evitar aplic-la em formigueiros muito grandes. Mata o formigueiro mais lentamente (40 dias), porm, paralisa as atividades de corte rapidamente (3 a 6 dias). P seco: um mtodo barato, de fcil aplicao, porm, exige alta demanda de mo-de-obra e estressante para o aplicador. Consiste na aplicao de um inseticida na formulao p seco, diretamente no formigueiro, usando-se uma pulvilhadeira. Recomendado para formigueiros pequenos (at 3 m), principalmente nas operaes de ronda, e em dias secos, pois quando o solo est molhado, dificulta a penetrao do produto. Mata o formigueiro rapidamente. 12.2. O que uma planta transgnica? D pelo menos um exemplo de uso hoje em dia. So plantas em que foram introduzidos um ou mais genes vindos de um outro organismo (outra espcie de planta, animal, bactria, etc.), pelas tcnicas da engenharia gentica. So conhecidas tambm como organismos geneticamente modificados (OGM). Um exemplo de uso o milho Bt, no qual foi codificado a toxina produzida pela bactria do solo Bacillus thuringiensis, que txica para muitos tipos de insetos, como lagarta-do-cartucho, lagarta-da-espiga e broca-da-cana, necessitando de menor quantidade de inseticidas, reduzindo o custo de produo e aumentando a produtividade, por reduzir os danos causados pelas pragas.