Upload
others
View
6
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
ESCOLA BRASILEIRA DE MEDICINA CHINESA – EBRAMEC
MARISTELLA YAHAGI ESTEVAM
EFEITO IMEDIATO DOS CRISTAIS RADIÔNICOS, CRISTAIS REGULARES E ESFERAS DE AÇO INOXIDÁVEL NA
AURICULOTERAPIA, EM PACIENTES COM DOR ARTICULAR E DIMINUIÇÃO DE AMPLITUDE DE MOVIMENTO (ADM)
IMMEDIATE EFFECT OF RADIONICS CRYSTALS, REGULAR CRYSTALS AND STAINLESS STEEL BALLS ON
AURICULOTHERAPY IN PACIENTS WITH JOINT PAIN AND DECREASE OF RANGE OF MOTION (ROM)
SÃO PAULO 2016
MARISTELLA YAHAGI ESTEVAM
EFEITO IMEDIATO DOS CRISTAIS RADIÔNICOS, CRISTAIS REGULARES E ESFERAS DE AÇO INOXIDÁVEL NA
AURICULOTERAPIA, EM PACIENTES COM DOR ARTICULAR E DIMINUIÇÃO DE AMPLITUDE DE MOVIMENTO (ADM)
Trabalho apresentado por Maristella Yahagi Estevam como pré-requisito para a conclusão do curso de pós-graduação em Acupuntura na Escola Brasileira de Medicina Chinesa – EBRAMEC. Orientador: Professor Reginaldo de Carvalho Silva Filho.
SÃO PAULO 2016
MARISTELLA YAHAGI ESTEVAM
EFEITO IMEDIATO DOS CRISTAIS RADIÔNICOS, CRISTAIS REGULARES E ESFERAS DE AÇO INOXIDÁVEL NA
AURICULOTERAPIA, EM PACIENTES COM DOR ARTICULAR E DIMINUIÇÃO DE AMPLITUDE DE MOVIMENTO (ADM)
Trabalho apresentado por Maristella Yahagi Estevam como pré-requisito para a conclusão do curso de pós-graduação em Acupuntura na Escola Brasileira de Medicina Chinesa – EBRAMEC. São Paulo,______ de ____________________ de 2016.
BANCA EXAMINADORA
Orientador: Reginaldo de Carvalho Silva Filho
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a Deus, que me deu ânimo e sabedoria para enfrentar obstáculos,
reconhecer oportunidades e encarar os desafios.
Agradeço ao meu marido Peterson, que me apoia incondicionalmente para o meu
crescimento profissional.
À minha filha Julia, que é minha motivação para olhar em frente e seguir com alegria.
Aos meus pais e irmãos, que me incentivaram em todo o tempo, com sua torcida e orações.
Aos meus professores, que compartilharam o seu conhecimento com generosidade e
paciência.
Aos meus amigos, que me incentivam sempre a crescer pessoal e profissionalmente,
dividindo as tristezas e multiplicando as alegrias.
RESUMO
As dores articulares e periarticulares são causas frequentes de incapacidade funcional em adultos, com consequente afastamento das atividades laborais. A Auriculoterapia é uma técnica de Acupuntura que relaciona o pavilhão auricular com os demais órgãos e regiões do corpo. O presente estudo teve por objetivo comparar o efeito imediato da Auriculoterapia entre os estímulos considerados neutros, na dor e amplitude de movimento. Participaram deste estudo 60 pacientes do Ambulatório da EBRAMEC com histórico de dor articular e diminuição de Amplitude de Movimento (ADM). Randomizado e duplo cego, os estímulos foram divididos em três grupos: A – Cristais Radiônicos, B – Esferas de Aço Inoxidável e C – Cristais Regulares. Os pontos aplicados foram Shenmen e ponto correspondente à dor articular. Os resultados mostraram que 85% dos indivíduos do grupo A e C tiveram aumento na amplitude de movimento, seguidos do grupo B (75%). Qualitativamente, o grupo A teve maior aumento na amplitude de movimento (20%), seguido do grupo C (19%) e grupo B (15%). Em relação à dor, o número de indivíduos que apresentaram melhora foi maior no grupo B (70%), seguido dos grupos A e C (60%). Qualitativamente, o grupo A teve maior melhora (24%), seguido dos grupos B e C (23%). Além de produzir resultados rápidos, a Auriculoterapia tem baixo custo, fácil aprendizado, fácil aplicação e boa aceitação pelos pacientes. Este estudo concluiu que os estímulos não apresentam variação significativa entre eles e que a Auriculoterapia proporciona benefícios imediatos aos indivíduos que apresentam dor articular e diminuição da amplitude de movimento.
PALAVRAS-CHAVE: Auriculoterapia. Acupuntura. Dor. Amplitude de Movimento.
ABSTRACT
The articular and periarticular pain are common causes of disability in adults, with consequent absence from labor activities. The Auriculotherapy Acupuncture is a technique that relates the ear with the other organs and body regions. This study aimed to compare the immediate effect of Auriculotherapy between stimuli considered neutral, in pain and range of motion. The study included 60 patients of EBRAMEC’s Clinic with history of joint pain and decrease of range of motion (ROM). Randomized, double-blind, stimuli were divided into three groups: A - Radionics crystals, B - Stainless Steel Balls and C - Regular crystals. The points applied were Shenmen and point corresponding to articular pain. The results showed that 85% of individuals of group A and C showed an increase in range of motion, followed group B (75%). Qualitatively, the group A had greater increase in range of motion (20%), followed by C (19%) and group B (15%). Regarding pain, the number of individuals who showed improvement was greater in group B (70%), followed by Groups A and C (60%). Qualitatively, the group A had greater improvement (24%), followed by group B and C (23%). In addition to produce quick results, Auriculotherapy is low cost, easy to learn, easy to use and well accepted by patients. This study concluded that the stimuli did not show significant variation between them and the Auriculotherapy provides immediate benefits to people who have joint pain and decreased range of motion.
KEY WORDS: Auriculotherapy. Acupuncture. Pain. Range of Motion.
1
Efeito imediato dos cristais radiônicos, cristais regulares e esferas de aço inoxidável na Auriculoterapia, em pacientes com dores articulares e diminuição de ADM
INTRODUÇÃO
As dores articulares e periarticulares são possivelmente as causas mais frequentes de
incapacidade funcional em pacientes adultos, com consequente afastamento das atividades laborais.
Dentre as causas destacam-se as alterações degenerativas e inflamatórias das articulações, tendões,
cápsula articular, bursas e sinóvias (GREVE; PLAPLER, 2009).
As alterações da mecânica normal do movimento articular relacionada com as
instabilidades pela perda da capacidade estabilizadora dos tendões e ligamentos também podem
causar dor. Este tipo de dor se caracteriza pelo aparecimento durante a realização do movimento
articular, associado com diminuição de potência muscular e amplitude de movimento. As alterações
inflamatórias intrínsecas das estruturas periarticulares, principalmente tendões, bursas e ligamentos
também pode ser o fator causal da dor (GREVE; PLAPLER, 2009).
A maioria dos estudiosos concorda que a dor articular é multi fatorial e por este motivo a
abordagem terapêutica deve também ser diferenciada (BONICA, 1990; MELZACK & WALL,
1989).
A Acupuntura, o recurso mais conhecido da Medicina Tradicional Chinesa no ocidente,
visa o equilíbrio do corpo por meio do estímulo em pontos de acúmulo de energia ao longo de
linhas corporais conhecidas como meridianos de acupuntura, na visão clássica. Alguns de seus
mecanismos de ação, como a analgesia, são comprovados pela medicina ocidental (WANG; KAIN;
WHITE, 2008).
A Auriculoterapia, assim como a acupuntura, é parte integrante da Medicina Tradicional
Chinesa. Embora existam evidências de sua utilização por diversos povos desde a Antiguidade, foi
na China que se deu seu maior desenvolvimento, a partir da relação do pavilhão auricular com os
demais órgãos e regiões do corpo (NEVES, 2009).
A Auriculoterapia é uma das técnicas mais antigas de Acupuntura, existindo documentos
que datam de 500 a 300 A.C. Esta técnica tem sido amplamente praticada ao longo dos séculos,
porém no início do século XX este tipo de terapia quase caiu no esquecimento, sendo resgatada por
volta de 1957, por um médico francês chamado Paul Nogier que passou a estudar a estreita relação
entre as regiões do corpo e as zonas reflexas da orelha, mapeando-as segundo suas pesquisas e
2
introduzindo alterações na localização e no número de pontos, os quais são conhecidos até hoje
(MAIKE, 1995).
Segundo a medicina tradicional chinesa, a aurícula possui uma estreita relação com o
sistema nervoso central através dos canais e meridianos que percorrem o corpo fluindo QI (energia).
Assim, quando há uma alteração no fluxo normal de QI, ocorrem distúrbios e/ou doenças, e ao se
fazer a estimulação dos pontos auriculares proporcionar-se-ia o reequilíbrio do fluxo de QI,
restabelecendo-se o estado de saúde e até mesmo a cura da doença (SOUZA, 1996).
A neuroanatomia e a neurofisiologia não são capazes de explicar completamente o
mecanismo de ação, tanto da acupuntura como da Auriculoterapia. As explicações são justificadas
porque a aurícula possui uma grande quantidade de inervação derivada dos nervos trigêmeos, do
facial, do vago, os auriculares maiores e os occipitais maiores e menores. Isso significa que em
toda a região da orelha externa existem pontos associados com uma inervação ligada ao cérebro e
este por sua vez unido pela rede do sistema nervoso, a determinado órgão ou região do corpo,
comandando suas funções. A relação ponto auricular-cérebro-órgão é que tornam a Auriculoterapia
compatível com o tratamento das mais variadas patologias (SOUZA, 1996).
Yamamura (1991) explica que o efeito obtido é devido ao reflexo cutâneo visceral, do qual
afirma que a irritação de pontos da pele pode influenciar funcionalmente um órgão por que a área
cutânea é conectada ao mesmo neurótomo.
Quanto aos recursos da técnica, Neves (2009) descreve a utilização de diversos estímulos,
como massagem, sangria, agulhas filiformes, agulhas permanentes, estímulo elétrico e
estimuladores esféricos.
Dentre os estimuladores esféricos estão as sementes e as esferas de cristal, prata e ouro.
Alguns autores acreditam que o uso da esfera de prata promova sedação, que o uso da esfera de
ouro promova tonificação, e que a semente e a esfera de cristal tenham estímulo neutro (NEVES,
2009).
Os cristais radiônicos compreendem minúsculas esferas de vidro cristal com 1mm de
diâmetro especificamente programados (via radiônica), capazes de transmitir uma forte intenção
(involuntária, ou seja, além daquela exercida pelo terapeuta e presumida pelo paciente) de
harmonização nos pontos a serem utilizados tanto quando submetido tratamento na acupuntura
sistêmica quanto nos microssistemas (BREVES, 2007).
3
O presente estudo teve por objetivo comparar o efeito imediato da Auriculoterapia entre os
seguintes estímulos neutros: cristais regulares, esferas de aço inoxidável e cristais radiônicos, na dor
e amplitude de movimento (ADM) em pacientes com dor articular.
MÉTODO
Participaram deste estudo 60 pacientes do Ambulatório da EBRAMEC entre 16 e 93 anos,
com histórico de dor articular e limitação de Amplitude de Movimento (ADM). Foram excluídos os
indivíduos que apresentavam piercing na orelha (salvo brinco normal), gestantes e indivíduos com
algum ferimento na orelha. Também foram excluídos indivíduos que apresentavam dor articular ou
limitação na ADM, sem concomitância.
Os estímulos foram divididos em três grupos, sendo estes:
A – Cristais Radiônicos
B – Esferas de Aço Inoxidável
C – Cristais Regulares
Este estudo foi randomizado e duplo cego. As placas foram preparadas por uma pessoa que
não estava envolvida diretamente na pesquisa, de modo que o paciente, o aplicador e o avaliador
não sabiam qual estímulo estava sendo aplicado.
Cada indivíduo sorteou uma letra: A, B ou C. Antes da aplicação foi realizada a avaliação
de dor através de uma escala visual analógica (EVA) e de amplitude de movimento através de um
goniômetro. Realizou-se a assepsia da orelha, com álcool 70%, para retirada da oleosidade da pele e
desinfecção do local antes de cada aplicação.
A aplicação da Auriculoterapia se deu através dos pontos:
Shenmen: considerado analgésico por todos os autores, unânimes em considerá-lo útil no
tratamento de dor (SOUZA, 1996; NEVES, 2009; GARCIA, 2003).
Correspondente à articulação: exerce ação direta sobre a área do corpo correspondente ao
seu nome e possui ação analgésica e antiinflamatória (NEVES, 2009; GARCIA, 2003).
Foram aplicados pontos homolaterais à queixa do indivíduo. A estatística clínica mostra
que os pontos obedecem à homolateralidade das estr
Foram realizadas três estimulações dos pontos auriculares pelo terapeuta, por meio de
pressão digital. Após cinco minutos da aplicação foi realizada avaliação de dor e ADM.
A ADM foi avaliada por um goniômetro univers
avaliação física, pois identifica as limitações articulares, bem como permite aos profissionais
acompanharem de modo quantitativo a eficácia das intervenções terapêuticas durante a reabilitação.
O instrumento mais utilizado pelos terapeutas para medir a ADM é o goniômetro universal
(BATISTA et al, 2006).
A dor foi avaliada pela Escala Visual Analógica de dor (EVA) por ser de fácil e rápida
aplicação. Tem fácil entendimento pelo paciente, sendo uma forma adequada para e
intensidade da dor presente (MARTINEZ; GRASSI;
Na aplicação dos cristais radiônicos não se levou em consideração a aplicação do método
descrito por Raul Breves (2007).
RESULTADOS
Neste estudo foram avaliados 16 homens (27%) e 44 mulheres (73%)
e 93 anos, conforme os gráficos 1 e 2.
27%
73%
Relação entre
Homens/Mulheres
Homens
Mulheres
Gráfico 1 – Relação entre Homens e Mulheres Fonte: autoria própria
7%5%
20%
17%
0%
5%
10%
15%
20%
25%
< 30 30 a 49 50 a 69 70 a 79
Idade em anos
Faixa Etária
Foram aplicados pontos homolaterais à queixa do indivíduo. A estatística clínica mostra
que os pontos obedecem à homolateralidade das estruturas que representam (NEVES, 2009).
Foram realizadas três estimulações dos pontos auriculares pelo terapeuta, por meio de
pressão digital. Após cinco minutos da aplicação foi realizada avaliação de dor e ADM.
A ADM foi avaliada por um goniômetro universal por ser um componente importante na
avaliação física, pois identifica as limitações articulares, bem como permite aos profissionais
acompanharem de modo quantitativo a eficácia das intervenções terapêuticas durante a reabilitação.
lizado pelos terapeutas para medir a ADM é o goniômetro universal
A dor foi avaliada pela Escala Visual Analógica de dor (EVA) por ser de fácil e rápida
aplicação. Tem fácil entendimento pelo paciente, sendo uma forma adequada para e
idade da dor presente (MARTINEZ; GRASSI; MARQUES, 2011).
Na aplicação dos cristais radiônicos não se levou em consideração a aplicação do método
descrito por Raul Breves (2007).
Neste estudo foram avaliados 16 homens (27%) e 44 mulheres (73%), com idades entre 16
gráficos 1 e 2.
Relação entre Homens e Mulheres
Gráfico 2 – Faixa Etária Fonte: autoria própria
4
17%
12%
20%
70 a 79 80 a 89 > 90
Idade em anos
Faixa Etária
Foram aplicados pontos homolaterais à queixa do indivíduo. A estatística clínica mostra
uturas que representam (NEVES, 2009).
Foram realizadas três estimulações dos pontos auriculares pelo terapeuta, por meio de
pressão digital. Após cinco minutos da aplicação foi realizada avaliação de dor e ADM.
al por ser um componente importante na
avaliação física, pois identifica as limitações articulares, bem como permite aos profissionais
acompanharem de modo quantitativo a eficácia das intervenções terapêuticas durante a reabilitação.
lizado pelos terapeutas para medir a ADM é o goniômetro universal
A dor foi avaliada pela Escala Visual Analógica de dor (EVA) por ser de fácil e rápida
aplicação. Tem fácil entendimento pelo paciente, sendo uma forma adequada para estimar a
Na aplicação dos cristais radiônicos não se levou em consideração a aplicação do método
, com idades entre 16
As articulações avaliadas foram: ombro (68%), joelho (26%), quadril (
e punho (2%), conforme o gráfico 3.
Os resultados quantitativos mostraram
indivíduos que apresentaram aumento d
(75%), conforme o gráfico 4.
68%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
Ombro Joelho
Articulações Avaliadas
85%
0%15% 0%
A = Cristais Radiônicos
Gráfico 4 – Avaliação quantitativa de
Fonte: autoria própria
Gráfico 3 – Articulações avaliadas Fonte: autoria própria
As articulações avaliadas foram: ombro (68%), joelho (26%), quadril (2%), cotovelo (2%)
e punho (2%), conforme o gráfico 3.
Amplitude de Movimento
Os resultados quantitativos mostraram que os grupos A e C tiveram maior número de
apresentaram aumento da amplitude de movimento (85%) em relação ao grupo B
26%
2% 2% 2%
Joelho Quadril Colovelo Punho
Articulações Avaliadas
75%
5%
15%5%
B = Aço Inoxidável
0%15% 0%
C = Cristais Regulares
Avaliação quantitativa de Amplitude de Movimento (ADM) dos grupos A, B e C
Articulações avaliadas
5
2%), cotovelo (2%)
ue os grupos A e C tiveram maior número de
) em relação ao grupo B
85%
0%
C = Cristais Regulares
6
Na comparação qualitativa, as médias da amplitude de movimento pré e pós tratamento
(gráfico 5) mostraram que o grupo A teve maior aumento da amplitude de movimento (20%),
seguido pelo grupo C (19%) e grupo B (15%), conforme o gráfico 6.
84,593,75
99,5101,75108,25
118
0
20
40
60
80
100
120
140
A = Cristais
Radiônicos
B = Aço Inoxidável C = Cristais
Regulares
Esc
ala
de
Am
plitu
de
ADM Pré / ADM Pós Tratamento
ADM Pré
ADM Pós
20%
15%
19%
0%
5%
10%
15%
20%
25%
A = Cristais
Radiônicos
B = Aço
Inoxidável
C = Cristais
Regulares
Esc
ala
de
Am
plitu
de
Aumento da ADM pós Tratamento
Melhora na ADM
Gráfico 5 – Médias pré e pós tratamento da Amplitude de Movimento (ADM)
Fonte: autoria própria
Gráfico 6 – Aumento qualitativo da Amplitude de Movimento (ADM) pós tratamento
Fonte: autoria própria
Em relação à dor, quantitativamente, o número de indivíduos que apresentaram melhora foi
maior no grupo B (70%) em relação aos grupos A e C (60%), conforme gráfico 7
Qualitativamente, as médias da
grupo A teve maior melhora (24%), seguido pe
9.
60%
5%
30%
5%
A = Cristais Radiônicos
7,15
5,4
0
1
2
3
4
5
6
7
8
A = Cristais Radiônicos
Esc
ala
de
Do
r
Dor Pré / Dor Pós Tratamento
Gráfico 7 – Avaliação quantitativa de dor dos grupos A, B e C
Fonte: autoria própria
Gráfico 8 – Médias pré e pós tratamento da Fonte: autoria própria
Dor
Em relação à dor, quantitativamente, o número de indivíduos que apresentaram melhora foi
relação aos grupos A e C (60%), conforme gráfico 7
, as médias da dor pré e pós tratamento (gráfico 8) nos mostram que
grupo A teve maior melhora (24%), seguido pelos grupos B e C, ambos com 23%, conforme gráfico
70%
0%
30%
0%
B = Aço Inoxidável
0%
40%
0%
C = Cristais Regulares
7,15
6,3
5,54,85
A = Cristais Radiônicos B = Aço Inoxidável C = Cristais Regulares
Dor Pré / Dor Pós Tratamento
ativa de dor dos grupos A, B e C
e pós tratamento da dor, segundo a escala visual de dor
7
Em relação à dor, quantitativamente, o número de indivíduos que apresentaram melhora foi
relação aos grupos A e C (60%), conforme gráfico 7.
nos mostram que o
los grupos B e C, ambos com 23%, conforme gráfico
60%
0%
C = Cristais Regulares
Dor Pré
Dor Pós
8
DISCUSSÃO
A Auriculoterapia é uma técnica baseada em diagnóstico e tratamento que normaliza
atividade orgânica através da estimulação de pontos que alivia a dor e ameniza as doenças ou
disfunções, se refere a uma modalidade de reflexoterapia (NEVES, 2009), o que justifica o efeito
imediato que tivemos no presente estudo.
Além de ser uma terapia que produz resultados rápidos, na maioria das vezes imediato, a
Auriculoterapia tem baixo custo, fácil aprendizado, fácil aplicação e boa aceitação pelos pacientes
(NEVES, 2009).
Segundo Souza (1996) e Garcia (2003) o uso da Auriculoterapia no tratamento das
enfermidades dolorosas tem resultados notáveis.
Garcia (2003) acrescenta que os estímulos nos pontos auriculares com função sedativa, ou
calmante, aumentaria o limiar doloroso, o que foi demonstrado no presente estudo e, como
consequência, a Amplitude de Movimento foi otimizada.
Os estimuladores esféricos estão sendo cada vez mais utilizados pelos profissionais, uma
vez que são mais seguros, não são invasivos e minimizam os riscos de lesão no pavilhão auricular
(NEVES, 2009).
24%
23% 23%
15%
16%
17%
18%
19%
20%
21%
22%
23%
24%
25%
A = Cristais Radiônicos B = Aço Inoxidável C = Cristais regulares
Esc
ala
de
Do
r
Melhora na Dor
Melhora Dor
Gráfico 9 – Melhora qualitativa pós tratamento da dor
Fonte: autoria própria
9
Os recursos terapêuticos não invasivos, tais como as sementes, esferas ouro, prata, inox e
cobre, cristais e cristais radiônicos são menos dolorosos e podem beneficiar pacientes de qualquer
idade.
Chu (2005) acrescenta que os materiais esféricos de superfície lisa implicam em melhor
pressão sobre os pontos auriculares. Ao se utilizar este tipo de material o paciente pode desfrutar
constantemente dos benefícios promovidos pela estimulação enquanto permanecer com a aplicação
(VARGAS, 2001).
Neves (2009) acredita que o uso da esfera de prata promova sedação, que o uso da esfera
de ouro promova tonificação, e que a semente e a esfera de cristal tenham estímulo neutro. O
presente estudo avaliou somente os estimuladores considerados neutros para que não houvesse
influência de tonificação e sedação na aplicação.
CONCLUSÃO
Concluiu-se que a Auriculoterapia proporciona benefícios imediatos aos indivíduos que
apresentam dor articular e diminuição da Amplitude de Movimento, podendo esta ser uma técnica
de tratamento auxiliar no tratamento destes indivíduos.
Ao observarmos os resultados obtidos com o presente estudo, podemos concluir que os
estímulos utilizados (esfera de aço inoxidável, cristal regular e cristal radiônico) não apresentam
variação significativa entre eles, o que não justifica o uso de um em detrimento de outro.
No entanto, estudos longitudinais devem ser realizados para avaliar a manutenção da
melhora da dor e amplitude de movimento.
10
BIBLIOGRAFIA
BATISTA, L.H.; CAMARGO, P.R.; AIELLO, G.V.; OISHI, J.; SALVINI, T.F. Avaliação da amplitude articular do joelho: Correlação entre as medidas realizadas com o goniômetro universal e no dinamômetro isocinético. Rev. Bras. Fisioter. Vol 10, No. 2 (2006), 193-198
BONICA, J.J. The Management of Pain, 2ª ed, Lea & Fabiger, Philadelphia, 1990.
BREVES, R. Acupuntura Tradicional via Radiônica. São Paulo: Ed. Armazém Gráfico, 2007.
CHU, L.H. Auriculoterapia. <www.espaçoalternativo.com.br>. Acesso em: 23.02.2016
GARCIA, E.G. Auriculoterapia. São Paulo: Roca, 2003.
GREVE J.M.D.; PLAPLER P.G. Dor Articular Periférica – Diagnóstico e Tratamento. Texto de apoio ao curso de especialização Atividade Física adaptada e Saúde Prof. Dr. Luzimar Teixeira. 2009
MAIKE, R.S. Fundamentos essenciais da acupuntura chinesa. Trad. Escola de Medicina Tradicional Chinesa de Beijing. São Paulo: Ícone, 1995.
MARTINEZ, J.E.; GRASSI, D.C.; MARQUES, L.G. Análise da aplicabilidade de três instrumentos de avaliação de dor em distintas unidades de atendimento: ambulatório, enfermaria e urgência. Rev Bras Reumatol., 2011;51(4):299-308
MELZACK, R.; WALL, P.D. Textbook of Pain, 2ª ed., Churchill Livingstone, Edinburgh, 1989.
NEVES, M.L. Manual Prático de Auriculoterapia. 1ª edição, 2009
SOUZA, M. P. Tratado de auriculoterapia. Brasília: Look, 1996. p. 27-175.
VARGAS, T. J. B. Efi cácia da auriculoterapia y combinación de auriculoterapia y tuina em la bursitis de hombro. Rev. Cubana Enfermer. v. 17, n.1, p. 9-13, jan./abr. 2001.
WANG, S.M; KAIN, Z.N, WHITE, P. Acupuncture analgesia I: the scientific basis. Anesth Analg. 2008;106(2):602-10.7
YAMAMURA, I. Acupuntura Auricular. 2ª edição, 1991.