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Escola UNESP “Gestão Acadêmica”Atibaia, 01 de outubro de 2013
A universidade (de pesquisa) e o mundo global
Renato H. L. PedrosaDepartmento de Política Científica e Tecnológica/ Instituto de Geociências Grupo de Estudos em Educação [email protected]
A universidade (de pesquisa) no Brasil
Origens internacionais? (I)
Unesp 2013-10-01 ©2013 rhlpedrosa
• 1823 – José Bonifácio de Andrada e Silva, que havia estudado química e mineralogia em Freiburg e Paris• Propõe o primeiro projeto de universidade, que D. Pedro I ignora • JB é exilado por suas ideias liberais … (incluindo o fim da escravidão)
• 1875 – Escola de Minas de Ouro Preto• Projeto encomendado por D. Pedro II a Henri Gorceix, após visitar a
Escola de Minas em Paris• Proposta incluía enviar os melhores estudantes à Europa
• 1896 – Escola de Engenharia, Química e Farmácia de Porto Alegre• Segue o modelo da Technische Hochshule de Berlin• Docentes e técnicos trazidos da Alemanha• Primeira instituição de ES do país a ter a pesquisa entre suas
atividades principais• Origem da UFRS
A universidade (de pesquisa) no Brasil
Origens internacionais? (II)
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• 1934 – USP • Fernando de Azevedo, Júlio de Mesquita Filho: ideais liberais
abandonados por Vargas• Projeto deliberadamente baseado no modelo de Humboldt• Participação de pesquisadores e professores estrangeiros: Fernand
Braudel, Claude Levy-Strauss, Gleb Wataghin, ….• Simon Schwartzman: “o evento mais importante na história da
ciência e da educação no Brasil.” (Um espaço para ciência no Brasil, p. 164)
http://www.leginf.usp.br/?historica=decreto-n-o-6-283-de-25-de-janeiro-de-1934
Art. 1º – Fica creada, com sede nesta Capital, a Universidade de São Paulo.Art. 2º – São fins da Universidade:a) promover, pela pesquisa, o progresso da ciência;b) transmitir pelo ensino, conhecimentos que enriqueçam ou desenvolvam o espírito,
ou sejam úteis à vida;c) formar especialistas em todos os ramos de cultura, e técnicos e profissionais em
todas as profissões de base científica ou artística;d) realizar a obra social de vulgarização das ciências, das letras e das artes, por meio
de cursos sintéticos, conferências palestras, difusão pelo rádio filmes científicos e congêneres.
A universidade (de pesquisa) no Brasil
Origens internacionais?
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• 1945-1947 – Instituto Tecnológico de Aeronáutica • Casemiro Montenegro, diretor de tecnologia do MAer, encomenda a
Robert Smith, professor do MIT, projeto para um Centro e um Instituto para desenvolver a industria aeronáutica no Brasil
• Smith se torna o primeiro reitor e traz diversos professores dos EUA• CTA/ITA primeiro parque tecnológico do mundo (?)
• 1954 – Escola de Medicina de Ribeirão Preto (USP)• Zeferino Vaz faz o projeto e traz diversos docentes do exterior
• 1963 – COPPE (UFRJ)• Alberto Coimbra traz seu orientador, Frank Tiller (U. Houston)
(Química)• Vários estudantes vão aos EUA e voltam para iniciar o novo centro
• 1966 – Unicamp • Zeferino Vaz faz o projeto e traz diversos docentes do exterior
A tensão entre expansão da graduação e o desenvolvimento da pesquisa e da pós-graduação
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• 1965 – MEC estabelece a estrutura da pós-graduação no país
• São reconhecidos 37 cursos: 11 de doutorado e 26 de mestrado• Há cerca de 150 mil alunos de graduação no país, 50% em IES
públicas
• 2000 – • 1420 cursos de mestrado e 865 de doutorado• 60 mil alunos de mestrado e 33 mil de doutorado• 2,7 milhões de alunos de graduação no país, 33% em IES públicas
• 2012 – • 2874 cursos de mestrado e 1697 de doutorado• 110 mil alunos de mestrado e 80 mil de doutorado• 13 mil doutorados/ano• 6,7 milhões de alunos de graduação no país, 25% em IES públicas
• Fontes: MEC/INEP e Geocapes, Elizabeth Balbachevsky (2005)
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1981 1983 1985 1987 1989 1991 1993 1995 1997 1999 2001 2003 2005 2007 2009 20110.0
0.5
1.0
1.5
2.0
2.5
3.0
3.5
4.0
4.5
5.0
5.5
6.0
6.5
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
Private
Public
% Private (right axis)
Matrículas na graduação (milhões de alunos, presencial)
% privado (eixo direito)
Figure 1 – Enrollment, private x public, 1981-2011, source: HE Census, INEP/MEC
CEAv
Alunos matriculados no sistema Público
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1981198319851987198919911993199519971999200120032005200720092011
-0.3
1.66533453693773E-16
0.3
0.6
0.9
1.2
1.5
1.8
2.1
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
Federal State City
Figure 4 - Number of students enrolled in public (millions), by government sector, and share of federal and state subsectors, 1981-2011. Source: INEP, Censo do Ensino Superior, 1981-2011.
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Doutorados e artigos publicados internacionalmente
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Docentes nas universidades federais:mestres, doutores e fração em tempo integral
Table 1 - Faculty employed by federal universities, by region, degree and workload. Source: HE Census data, 2011, INEP/Ministry of Education.
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Artigos publicados internacionalmente: com pelo menos um autor do Brasil, pelo menos um de
São Paulo, grupo complementar
0
5,000
10,000
15,000
20,000
25,000
30,000
35,000
40,000
45,000
50,000
0%
5%
10%
15%
20%
25%
30%
35%
40%
45%
50%
Brasil SP BR menos SP
Fração sem São Paulo (eixo direito)Figura 1 – Número de artigos publicados internacionalmente (escala no eixo esquerdo) com pelo menos um autor sediado no Brasil, com pelo menos um autor sediado em São Paulo e com pelo menos um autor sediado no Brasil mas nenhum sediado em SP; fração de documentos publicados sem autores sediados em SP (escala no eixo direito) 1981-2011. Fonte: elaborado a partir de dados de InCites, Thomson Reuters.
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Impacto relativo de artigos publicados internacionalmente:
com pelo menos um autor do Brasil, pelo menos um de São Paulo, grupo complementar
1981
1982
1983
1984
1985
1986
1987
1988
1989
1990
1991
1992
1993
1994
1995
1996
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
0.30
0.35
0.40
0.45
0.50
0.55
0.60
0.65
0.70
0.75
0.80
0.85
Impacto relativo à média mundial
Brasil SP BR menos SP
Impacto relativo à média mundial para artigos com pelo menos um autor do Brasil, pelo menos um autor de São paulo e com pelo menos um autor do Brasil mas nenhum de São Paulo (InCites, Thomson Reuters – Fapesp)
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Efeito da coautoria internacional sobre citações
Fonte: Knowledge, networks and nations: global scientific collaboration in the 21st century, RS Policy doc. 03/2011, The Royal Society, 2011.
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Inovação, patentes e o papel da universidade
Fonte: Knowledge, networks and nations: global scientific collaboration in the 21st century, RS Policy doc. 03/2011, The Royal Society, 2011.
Fonte: MIT Study on Universities and Innovation, R.K. Lester, 2005
CEAv
Fonte: Fundação Paulo Montenegro, 2012
2001-2002
2002-2003
2003-2004
2004-2005
2007 2009 20110%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
12% 13% 12% 11% 9% 7% 6%
27% 26% 26% 26%25%
20% 21%
34% 36% 37% 38%38%
46% 47%
26% 25% 25% 26% 28% 27% 26%
Pleno Básico Rudimentar Analfabeto
Resultados do INAF(Indicador de Alfabetismo Funcional)
2001-2011
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CEAv
Fonte: Fundação Paulo Montenegro, 2012
Resultados do INAF(Indicador de Alfabetismo Funcional)
2011
Nenhuma E Fundamental I E Fundamental II E Médio E Superior0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
0.54
0.080.01 0 0
0.41
0.45
0.25
0.080.04
0.06
0.43
0.59
0.57
0.34
00.05
0.15
0.35
0.62
Pleno Básico Rudimentar Analfabeto
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CEAv
Resultados do INAF(Indicador de Alfabetismo Funcional)
2001-2002 e 2011
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CEAv
Concluintes no Ensino Médio
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19961997199819992000200120022003200420052006200720082009201020110.0
0.2
0.4
0.6
0.8
1.0
1.2
1.4
1.6
1.8
2.0
-5%
0%
5%
10%
15%
20%
Rate of change over previous year (right axis)
High School graduates (million)
Figure 7 - Number of graduates from secondary education and rate of change over previous year, 1996-2011. Source: Census of Basic Education data, 1996-2011, INEP/MEC. (Data for 2006 is missing; figure was computed using linear interpolation of 2005 and 2007 data).
CEAv
Qualidade da Educação e Produtividade
Unesp 2013-10-01 ©2013 rhlpedrosa Fonte: Penn World Tables, Hanushek & Woessman, 2012
200 250 300 350 400 450 500 5500
20000
40000
60000
80000
100000
120000
Africa
Asia
Eastern Europe
Latin America
Northern Africa
OECD
Southeastern Asia
Engenharias no Enade 2008Concluintes de cursos com
conceito EnadeCEAv
Fonte: INEP/MEC 2008
Conceito Enade Público Privado Púb+Priv %/Total
5 2.217 132 2.349 9,2%
4 3.430 1.422 4.852 18,9%
3 3.525 4.073 7.598 29,6%
2 2.244 6.565 8.809 34,3%
1 479 1.564 2.043 8,0%
Total 11.895 13.756 25.651 100,0%
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Engenharias no Enade 2005 e 2008Cursos com ingressantes e concluintes
Notas médias dos cursos(quintis segundo notas médias de concluintes na prova de conteúdo
específico)CEAv
2005 (685 cursos) 2008 (882 cursos)Fonte: INEP/MEC 2005/2008
I II III IV V0
10
20
30
40
50
60
I II III IV V0
10
20
30
40
50
60
Ingressantes CEConcluintes CE
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Engenharias no Enade 2008 e 2011Cursos com ingressantes e concluintes
Notas médias dos cursos(quintis segundo notas médias de concluintes na prova de conteúdo
específico)CEAv
Fonte: INEP/MEC Enade 2008/2011
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Escola UNESP “Gestão Acadêmica”Atibaia, 01 de outubro de 2013
Referências
Simões, T., R.H.L. Pedrosa, A.M. Carneiro, C.Y. Andrade, H. Sampaio, M. Knobel. Access to higher education in Brazil.Preprint 2013.
Brito Cruz, C.H, R.H.L. Pedrosa.Internationalization and the Brazilian research university: past and present trends.Preprint 2013.
Pedrosa, RHL. Evolução da qualidade (resultados) dos cursos de nível superior nas áreas CTEM: padrões observados a partir do ENADE.Em preparação, projeto IPEA/ABDI sobre Formação e Mercado de Trabalho
Escola UNESP “Gestão Acadêmica”Atibaia, 01 de outubro de 2013
A universidade (de pesquisa) e o mundo global
Renato H. L. PedrosaDepartmento de Política Científica e Tecnológica/ Instituto de Geociências Grupo de Estudos em Educação [email protected]
OBRIGADO!
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