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ESTUDO SOBRE ASPECTOS DO COMPORTAMENTO ALIMENTAR NOS
ACADÊMICOS DE INSTITUIÇÃO SUPERIOR PRIVADA EM TERESINA-PI
SÓLON FERREIRA ARAÚJO MENDES
EVETRYCYELY VIEIRA DE SOUSA
TERESINA
2019
2
ESTUDO SOBRE ASPECTOS DO COMPORTAMENTO ALIMENTAR NOS
ACADÊMICOS DE INSTITUIÇÃO SUPERIOR PRIVADA EM TERESINA-PI
SÓLON FERREIRA ARAÚJO MENDES
EVETRYCYELY VIEIRA DE SOUSA
Projeto de Pesquisa apresentado à Coordenação de
Medicina do Centro Universitário UNINOVAFAPI
como requisito parcial para Aprovação na disciplina
TCC 1, sob orientação do Prof. THIAGO AYRES
HOLANDA
TERESINA
2019
3
ESTUDO SOBRE ASPECTOS DO COMPORTAMENTO ALIMENTAR NOS
ACADÊMICOS DE INSTITUIÇÃO SUPERIOR PRIVADA EM TERESINA-PI
STUDY ON ASPECTS OF FOOD BEHAVIOR IN THE ACADEMICS OF PRIVATE
SUPERIOR INSTITUTION IN TERESINA-PI
ESTUDIO SOBRE ASPECTOS DEL COMPORTAMIENTO ALIMENTARIO EN
LOS ACADÉMICOS DE INSTITUCIÓN SUPERIOR PRIVADA EN TERESINA-PI
Evetrycyely Vieira de Sousa1, Sólon Ferreira de Araújo Mendes2 e Thiago Ayres Holanda3
RESUMO
O objetivo deste trabalho foi aplicar o questionário TFEQ-R21 nos acadêmicos de um
centro universitário, assim permitindo a análise dos dados obtidos para que houvesse a
discussão sobre a influência do contexto comportamental no hábito alimentar e a variável
comportamental que mais influenciam os acadêmicos e a relação dos comportamentos de
restrição cognitiva, alimentação emocional e descontrole alimentar entre si com os parâmetros
antropométricos(índice de massa corporal, sexo, idade, período e curso). Trata-se de uma
pesquisa de campo, que seguiu o caráter quantitativo e descritivo de desenho transversal. A
amostra foi composta por 385 estudantes matriculados no centro universitário Uninovafapi, no
período de 1º de março até 28 de abril de 2019. Diante dos resultados encontrados foi possível
aferir que os resultados estão em dissonância com os estudos anteriores, que o descontrole
alimentar se destacou em relação a alimentação emocional.
Palavras-chave: Hábito Alimentar, TFEQ-R21, influência do contexto comportamental
1 Acadêmico de Medicina do Centro Universitário de Saúde, Ciências Humanas e Tecnológicas do Piauí-PI –
UNINOVAFAPI, Teresina-PI ([email protected]) 2 Acadêmico de Medicina do Centro Universitário de Saúde, Ciências Humanas e Tecnológicas do Piauí-PI –
UNINOVAFAPI, Teresina-PI ([email protected]) 3 Professor Prof. Ms. do Curso de Medicina do Centro Universitário de Saúde, Ciências Humanas e Tecnológicas
do Piauí-PI – UNINOVAFAPI, Teresina-PI ([email protected])
4
SUMMARY
The objective of this study was to apply the TFEQ-R21 questionnaire in the academics
of a university center, thus allowing the analysis of the data obtained to discuss the influence
of the behavioral context on the eating habit and the behavioral variable that most influence the
academics and relationship of cognitive restriction behaviors, emotional eating and lack of
control among the anthropometric parameters (body mass index, sex, age, period and course).
This is a field research, which followed the quantitative and descriptive character of cross-
sectional design. The sample consisted of 385 students enrolled at the university center
Uninovafapi, from March 1 to April 28, 2019. Given the results found, it was possible to verify
that the results are in dissonance with the previous studies, that the lack of food was highlighted
in relation to emotional eating.
Key words: Feeding Habits, TFEQ-R21, influence of behavioral context
RESUMEN
El objetivo de este trabajo fue aplicar el cuestionario TFEQ-R21 en los académicos de un
centro universitario, permitiendo así el análisis de los datos obtenidos para que hubiera la discusión
sobre la influencia del contexto comportamental en el hábito alimentario y la variable comportamental
que más influencian a los académicos y la la relación de los comportamientos de restricción cognitiva,
la alimentación emocional y el descontrol alimentario entre sí con los parámetros antropométricos
(índice de masa corporal, sexo, edad, período y curso). Se trata de una investigación de campo, que
siguió el carácter cuantitativo y descriptivo de diseño transversal. La muestra fue compuesta por 385
estudiantes matriculados en el centro universitario Uninovafapi, en el período del 1 de marzo al 28 de
abril de 2019. Ante los resultados encontrados fue posible aferir que los resultados están en disonancia
con los estudios anteriores, que el descontrol alimenticio se destacó en relación a la alimentación
emocional.
Palabras clave: Hábito Alimenticio, TFEQ-R21, influencia del contexto conductual
5
INTRODUÇÃO
A obesidade e o sobrepeso podem ser definidos como o acúmulo excessivo de gordura
corporal e representam um dos principais campos de intervenção das equipes de saúde, sendo
assim, uma doença crônica relacionada a prejuízos refletidos na saúde física e emocional. São
muitas as suas causas, o excesso de peso pode estar ligado ao patrimônio genético da pessoa, a
maus hábitos de alimentação, disfunções de ordem endócrina, ou por exemplo efeito colateral
de fármacos.
Apesar de ser uma patologia multifatorial, porém ainda é abordada principalmente no
desequilíbrio nutricional e estilo de vida sedentário. Entretanto, os fatores de ordem psicológica
e social ainda não recebem a devida importância em discussões de nível popular e profissional,
mesmo sendo eles responsáveis pela ação compulsiva e motivam o desequilíbrio alimentar.
Sendo assim os principais padrões ou dimensões de comportamento associados ao hábito
alimentar são: restrição cognitiva, alimentação emocional e descontrole alimentar (Natacci e
Ferreira, 2011).
O cotidiano acadêmico frequentemente oferece más influências na rotina de vida dos
estudantes como: hábitos alimentares irregulares e a escassez de atividade física nos seus
horários, e esse conjunto proporciona aumento das taxas de sobrepeso e obesidade entre tal
população. A obesidade/sobrepeso se não corrigidos podem gerar consequências como: baixa
qualidade de vida, diminuição da autoestima, hipertensão arterial sistêmica,
hipercolesterolemia, dislipidemia, diabetes mellitus tipo 2, doenças hepáticas, aterosclerose,
síndrome metabólica, distúrbios cardiovasculares e neoplasias.
A exposição acadêmica, ou seja, estar cursando o ensino superior é um fator que pode
influenciar no ganho de peso e, consequentemente, no IMC (EDMONDS et al., 2008;
RACETTE et al., 2008). Dados de estudos internacionais mostraram que o aumento do IMC
pode ser verificado na transição do ensino médio para o ensino superior, no primeiro ano de
universidade (EDMONDS et al., 2008) e durante a universidade, em ambos os sexos
(RACETTE et al., 2008). Além disso, inquéritos repetidos com estudantes das mesmas
universidades apontaram o aumento nas prevalências de obesidade tanto em homens (1993:
5,4%; 1999: 7,8%) quanto em mulheres (1993: 2,9%; 1999: 5,4%) (NELSON et al., 2007).
6
As maiores prevalências de estudantes universitários com sobrepeso e obesidade foram
verificadas entre os homens (NELSON et al., 2007; TRUJILLO-HERNÁNDEZ et al., 2010;
VASCONCELOS et al., 2013) e entre praticantes de atividades físicas (MOCHEL et al., 2007;
FONTES; PONTES; VIANNA, 2012). Além disso, maiores prevalências de obesidade foram
verificadas em estudantes universitários com hábitos alimentares inadequados (FONTES;
PONTES; VIANNA, 2012).
As informações em relação ao sobrepeso e à obesidade em estudantes universitários
brasileiros são limitadas, seja pela participação de estudantes de apenas um ou poucos cursos,
quanto pela não cobertura de todas as regiões do País. Após o início das aulas e a adaptação aos
novos horários, muitos acadêmicos apresentam ou mantem características de perda de controle
sobre a alimentação, que podem estar associadas a fatores como depressão, impulsividade, e
ansiedade, prejudicando a adesão a hábitos alimentares e estilo de vida saudáveis. Emoções
como tristeza, raiva e estresse também tendem a afetar o comportamento alimentar.
Diante dessa problemática em obter dietas que demandam longo prazo, insatisfação e
relutância em se moderar, que compreende prescrição de dietas e incentivo a prática de
atividade física, vem se mostrando ineficiente na manutenção da perda ponderal em longo prazo
em alunos, principalmente, obesos graves.
Esse trabalho visa apresentar dados sobre o comportamento alimentar de acadêmicos,
visando melhor coleta de dados sobre essas variações de comportamentais. Será estruturado em
cima de uma pesquisa realizada com base no TFEQ que foi desenvolvido inicialmente com 51
itens por Stunkard e Messick (1985). Com o objetivo de facilitar a sua aplicabilidade, Tholin e
colaboradores (2005) elaboraram uma nova versão com 21 itens que, posteriormente, foi
traduzida e validada para o Brasil (Natacci, 2009).
7
METODOLOGIA
Trata-se de um estudo descritivo de caráter transversal e observacional com abordagem
quantitativa. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa do Centro Universitário
de Saúde, Ciências Humanas e Tecnologias do Piauí – UNINOVAFAPI, sob o parecer nº
04147518.8.0000.5210.
A população do estudo foi composta de acadêmicos matriculados na UNINOVAFAPI
e que estavam regularmente matriculados e período em curso. A coleta de dados foi realizada
de 1º de março de 2018 a 28 de abril de 2019 pelos próprios pesquisadores.
A abordagem foi feita nas salas de aula, praça de alimentação e biblioteca no qual o
estudante se encontrava se encontrava, oportunidade na qual foi realizado a explicação acerca
do tema e do objetivo do estudo, e, posteriormente, feito o convite a participar do presente
trabalho, sendo concedido o tempo mínimo de 30 minutos para que o convidado a participar da
pesquisa pudesse refletir, consultando, quando necessário os pesquisadores na tomada de
decisão livre e esclarecida. Após o aceite para participação do estudo, bem como assinatura do
TCLE, a aplicação do questionário se realizou de acordo com a acomodação do entrevistado.
Foram excluídas os estudantes que não assinaram o Termo de Consentimento Livre e
Esclarecido (TCLE), os que não preencheram o questionário socio demográfico e TFEQ 21
corretamente, para aplicação do questionário objeto desse estudo.
O instrumento de coleta consistiu na aplicação de um questionário estruturado com 20
perguntas fechadas e uma pergunta aberta que foram preenchidas por meio de entrevistas
presenciais conduzidas pelos autores do estudo, bem como a coleta de dados nos prontuários
das pacientes. As variáveis estudadas foram a idade, curso, período, peso, altura e IMC.
A análise estatística foi descritiva através da leitura das frequências simples (nº) e
seletivas (%), os resultados foram expostos em tabelas e gráficos e os questionários aplicados
foram transcritos para uma planilha no Microsoft Excel que serviu de base para o programa
IBM SPSS statistics 20 que realizou o processamento dos dados. Os resultados finais foram
apresentados na forma de tabela e gráficos.
8
REFERÊNCIAL TEÓRICO
O comportamento alimentar envolve, principalmente, processos relacionados à
seleção dos alimentos, o ato alimentar (frequência de ingestão e quantidade de alimentos
ingerida) e as sensações provocadas pela alimentação incluindo atitudes e preferências
alimentares. Assim, pode-se afirmar que o comportamento alimentar estabelece interface entre
aspectos biológicos, psicológicos, socioculturais e ambientais construídos e consolidados ao
longo da vida.
Os aspectos biológicos dizem respeito ao controle dos processos metabólicos (balanço
energético e controle da adiposidade) e fisiológicos (fome e saciedade) coordenados pelo
sistema nervoso central e periférico. Entre os aspectos psicológicos pode-se destacar as atitudes
frente à alimentação que são construídas e restauradas desde os primeiros anos de vida. Essas
estão associadas às experiências alimentares e ao contexto social no qual o indivíduo está
inserido e envolve aspectos afetivos, cognitivos e motivacionais. O aspecto afetivo abrange os
sentimentos envolvidos na relação com o alimento e o ato/contexto alimentar. O cognitivo
relaciona-se ao conhecimento sobre os alimentos e a nutrição. Já o aspecto motivacional se
caracteriza por um processo dinâmico que envolve fatores intrínsecos e extrínsecos aos
indivíduos considerando expectativas, esforço pessoal, compensação, emoções e cognição.
Esses aspectos (afetivos, cognitivos e motivacionais) em conjunto com a personalidade, o
autoconceito, o estado de saúde, as crenças e os valores pessoais são considerados
fatores importantes e interferentes no comportamento alimentar.
A Teoria da Externalidade de Schachter (1968) concentra-se na incapacidade do
indivíduo de decodificar suas necessidades e na grande influência de estímulos ambientais
associados aos alimentos. Segundo essa teoria a presença de um alimento ou o fato de ver
alguém comer, desencadearia a desinibição externa, e o sujeito comeria mesmo sem ter fome.
O Modelo de “Set Point” de Nisbett (1972), por sua vez, sugere que cada indivíduo apresenta
um peso corporal ideal determinado a partir de suas características fisiológicas e metabólicas e
que as pessoas obesas teriam este peso fixado num nível mais elevado. Dessa forma, as pressões
sociais, forçariam a busca por um peso corporal diferente do “Set Point” o que alteraria a
ingestão calórica podendo levar à privação ou ao excesso alimentar produzindo um conjunto de
alterações comportamentais, incluindo o aumento da resposta a fatores externos.
9
Baseados na proposta de Nisbett (1972) e no avanço teórico da área, Herman e Mack
(1975) desenvolveram um terceiro modelo, denominado Teoria da Restrição. Essa teoria atribui
o aumento do peso à pratica de dieta restritiva (controle cognitivo e consciente do apetite sem
ter em conta as necessidades biológicas e físicas) e de acordo com a mesma após um período
restritivo surge um estado de descontrole ou de desinibição alimentar.
Assim, atrelado a Teoria de Restrição surge o conceito de “Contra Regulação ou
Desinibição”, comportamento caracterizado pelo comer em excesso após um momento de
desinibição do controle cognitivo nos indivíduos com comportamento restritivo. Estas
premissas teóricas têm sido utilizadas para explicar o conceito comportamento alimentar e para
sustentar a elaboração de instrumentos de medida para a captura desse conceito. Entre os
instrumentos mais utilizados para auxiliar na avaliação do comportamento alimentar pode-se
citar o Three-Factor Eating Questionnaire (TFEQ).
O TFEQ aborda aspectos do comportamento alimentar em três dimensões denominadas
Restrição Cognitiva (controle cognitivo da ingestão de alimentos), Desinibição (ingestão
determinada por fatores emocionais ou determinada por fatores externos) e Fome (avalia a
sensação de fome e realização de excessos alimentares). O TFEQ tem sido o instrumento
amplamente utilizado na literatura para avaliação do comportamento alimentar que
desenvolvido na língua inglesa para indivíduos que apresentam desde extrema restrição
alimentar até a completa falta de restrição alimentar.
A versão original é composta por 51 itens sendo que 36 permitem investigação por meio
de afirmações com respostas dicotômicas (verdadeiro/falso) e 15 em formato de questões sendo
14 itens com respostas em escala do tipo Likert de 4 pontos e 1 item com 6 pontos. Na literatura
existem traduções e adaptações culturais do TFEQ para a população chinesa, tailandesa, alemã
e mexicana. Existem também duas versões reduzidas propostas para o TFEQ, uma com 18 itens
(TFEQ-18) e outra com 21 itens (TFEQ-21). Ambas as versões foram testadas em amostra da
população sueca. Deve-se ressaltar, porém, que essas versões foram construídas considerando:
I) O agrupamento das escalas de “Desinibição” e “Fome” em um único fator, chamado
de “Descontrole Alimentar” (tendência a comer em excesso devido a uma perda de
controle sobre a ingestão acompanhado por sentimentos subjetivos de fome),
10
II) O encurtamento da escala de “Restrição Cognitiva” (restrição consciente da ingestão
de alimentos, a fim de controlar ou perder peso)
III) A criação de um terceiro fator denominado “Alimentação Emocional” (incapacidade
de resistir a problemas emocionais).
Realizando uma revisão de literatura nas bases de dados Bireme, Pubmed e Scielo no
período de agosto de 2015 a março de 2016 constatou se a existência de 67 trabalhos,
disponíveis na integra, que utilizaram o TFEQ em sua versão completa ou reduzidas (TFEQ-
18 e TFEQ-21).
Diante do fato de o comportamento alimentar ser uma variável latente, ou seja, que não
pode ser medida diretamente, entende-se que para utilização de instrumentos de medida como
o TFEQ faz-se necessário avaliar suas propriedades métricas para cada amostra de estudo. Essa
estratégia é a única maneira de garantir que os dados coletados apresentem adequada validade
e confiabilidade.
A versão traduzida para o português do TFEQ-21 foi proposta por Natacci e Ferreira
Júnior (2011). Essa versão foi testada em 125 mulheres trabalhadoras do Instituto Central do
Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e apresentou
adequada consistência interna ( =0,85).
Medeiros et al. (2016) realizaram um estudo de validação dessa versão em português
aplicada a estudantes universitários. Os autores verificaram pesos fatoriais >0,40 para todos os
itens (λ=0,45-0,90) e adequado ajustamento do modelo à amostra (χ2/gl=2,24; CFI=0,97;
TLI=0,96 e RMSEA=0,05). A Variância Extraída Média (VEM) foi de 0,55, 0,43 e 0,76 para
os fatores Restrição Cognitiva (RC), Descontrole Alimentar (DA) e Alimentação Emocional
(AE), respectivamente, e verificou-se adequada validade discriminante para todos os fatores do
TFEQ-21. A confiabilidade composta (CC) foi considerada satisfatória (CC = 0,87-0,95) assim
como a consistência interna (α) (α = 0,83-0,92)43. Assim, nota-se uma lacuna na literatura no
que se refere à disponibilidade da versão completa do TFEQ na língua portuguesa e à avaliação
de suas propriedades métricas e sugere-se a necessidade de realização de estudos brasileiros
que comparem o ajustamento das diferentes versões do TFEQ em diferentes amostras com o
intuito de apresentar evidências da melhor estrutura. Após a definição da melhor
estrutura/versão do instrumento para a avaliação do comportamento alimentar em uma amostra
pode-se proceder estudos para investigação das variáveis relacionadas ao comportamento
alimentar.
11
A investigação do comportamento alimentar reveste-se de importância diante das
evidências apresentadas na literatura de seu impacto no consumo alimentar e na vida dos
indivíduos. Desse modo, investigar os fatores que podem estar relacionados com o
desenvolvimento de comportamentos alimentares salutares ou não pode ser uma estratégia para
identificação de fatores de risco/proteção.
Neste questionário, a restrição cognitiva aborda 6 itens, identificando o controle
alimentar como forma de influenciar o peso. A escala de alimentação emocional também possui
6 itens e mede o quanto que estados emocionais negativos influenciam na aptidão a comer
exageradamente. A terceira e última escala é de descontrole alimentar, contendo 9 itens que
avaliam a propensão do indivíduo em perder o controle alimentar mediante presença de fome
ou estímulos externos (Natacci, 2009).
Para determinar o grau de cada uma dessas variáveis, serão utilizadas as instruções de
classificação fornecidas pelos autores do questionário: para os itens de 1 a 20 há uma escala de
quatro pontos e uma escala de classificação numérica de oito pontos para o item 21. A média
de cada uma das variáveis será calculada e transformada em uma escala de 0 a 100, quanto
maior o valor maior é a presença do comportamento. Será feita uma análise categórica das
respostas dadas a 20 questões, não sendo realizada em uma questão referente à restrição
cognitiva por se tratar de uma classificação numérica quanto à auto percepção sobre seu
comportamento restritivo.
Será traçado o perfil de comportamento alimentar de todos os indivíduos, verificando-
se qual variável comportamental mais prevalente e, posteriormente, realizada a associação entre
as variáveis do comportamento alimentar com diferentes características sociodemográficas.
Os dados serão apresentados em média (X), desvio padrão (DP) ou frequências
absolutas (n) e relativa (%). As análises estatísticas serão realizadas utilizando IBM SPSS
statistics 20.0 para Windows.
12
RESULTADOS
Após levantamento junto à instituição alvo do estudo, da média de respostas em
Uninovafapi em Teresina-PI, com posterior análise estatística, obteve-se o espaço amostral de
385 estudantes. Em relação ao perfil epidemiológico obteve-se a média de idade de 25,65 anos,
com maior prevalência a faixa de 21 a 25 anos; com 69,35% do total sendo do sexo feminino.
Em relação aos cursos, as porcentagens de acadêmicos foram Direito 14,54%, Fisioterapia
7,27%, Medicina 32,46%, Nutrição 2,59%, Engenharia 7,79%, Odontologia 6,49%, Educação
física 7,79%, Arquitetura 3,89%, Administração 8,31%, Radiologia 6,23%, Mestrandos 2,59%.
Quanto ao período, a maior demanda foi quinto período, ou seja, dois anos e meio de curso
(39,74%). Dos índices de Massa corpórea houve maior destaque para o intervalo entre 21 e
25(36,88%) como demonstrados na Tabela 1.
Tabela 1. Caracterização sociodemográfica dos estudantes do Centro Universitário
Uninovafapi. Teresina – PI, Brasil. 2019 (n=385)
Disposição quanto ao sexo Número %
Feminino 267 69,35
Masculino 118 30,65
TOTAL 385 100
Faixa etária (anos) Número %
15 a 20 118 30,64
21 a 25 202 52,46
26 a 30 35 9,09
30 a 34 30 7,79
MÉDIA 25,65 -
TOTAL 385 100
Período em curso Número %
1º 85 22,07
2º 15 3,89
3º 10 2,59
4º 37 9,61
5º 153 39,74
6º 14 3,63
13
7º 5 1,29
8º 10 2,59
9º 9 2,33
10º 3 0,77
11º 5 1,29
12º 29 7,53
Mestrandos 10 2,59
TOTAL 385 100
Curso Número %
Direito 56 14,54
Fisioterapia 28 7,27
Medicina 125 32,46
Nutrição 10 2,59
Engenharia 30 7,79
Odontologia 25 6,49
Ed. Física 30 7,79
Arquitetura 15 3,89
Administração 32 8,31
Radiologia 24 6,23
Mestrado 10 2,59
TOTAL 385 100
IMC Número %
17 a 20 53 13,76
21 a 25 142 36,88
26 a 30 121 31,42
31 a 35 54 14,02
36 a 40 10 2,59
40 a 45 5 1,29
MÉDIA 25,99 -
TOTAL 385 100
14
Conforme as variáveis do aspecto alimentar presentes na Tabela 2, dos estudantes que
participaram do questionário em relação a dados absolutos, 53,2% apresentaram resultado
preditivo para o descontrole alimentar, 26,44% para alimentação emocional e 20,34% para
restrição cognitiva. Entretanto em relação a relação entre a pontuação máxima referente a cada
aspecto individualmente, verificou-se que 59,01% foram preditivas ao descontrole alimentar,
48,89% a alimentação emocional e 56,42% a restrição cognitiva. Com relação ao IMC médio e
as variáveis comportamentais, o descontrole alimentar estava presente na media de 26,52kg/m²,
alimentação emocional na media de 23,53kg/m² e restrição cognitiva na media de 25,64kg/m²
do IMC.
Tabela 2: Porcentagem das variáveis comportamentais, estudantes do Centro
universitário Uninovafapi. Teresina – PI, Brasil. 2019 (n=385)
Comportamento
alimentar
Restrição
cognitiva
Alimentação
emocional
Descontrole
alimentar
Total
Questões 4 6 10 20
Valor mínimo
relativo
1540 2310 3850 7700
IMC Médio 25,64 23,53 26,32 -
Valor obtido 3476 4518 9088 17082
Valor máximo
relativo
6160 9240 15400 30800
% Relativa 56,42 48,89 59,01 -
% Real 20,34 26,44 53,2 100
Com relação a porcentagem da avaliação da restrição cognitiva (questão 21) em
estudantes do centro universitário Uninovafapi(Tabela 3), verificou-se que 45,45% dos
entrevistados se avaliaram com baixa restrição cognitiva, 49,87% media restrição cognitiva e
4,67% alta restrição cognitiva
15
Tabela 3: Porcentagem da avaliação da restrição cognitiva (questão 21), em estudantes do
Centro universitário Uninovafapi. Teresina – PI, Brasil. 2019 (n=385)
Valor Restrição
cognitiva
Número %
1 a 2 Baixa 175 45,45
3 a 5 Média 192 49,87
6 a 8 Alta 18 4,67
Total - 385 100
16
DISCUSSÃO
A experiência prática da aplicação do questionário traduzido, neste estudo, e a análise
demonstraram uma boa adequação da tradução do questionário para os fins aos quais ele se
destina. Em 2004, De Lauzon et al. procederam à análise psicométrica da versão de 18 itens do
TFEQ e encontraram um resultado igualmente satisfatório. Isso indica que a aplicação do
TFEQ-R21 em português tem a capacidade de expressar, com alto grau de confiabilidade, o
comportamento dos estudantes em relação a todos os domínios que ele aborda. Muito embora
o TFEQ-R21 tenha sido originalmente desenvolvido para análise do comportamento alimentar
de indivíduos obesos, estudos mais recentes identificaram sua validade também em populações
eutróficas.
Tendo-se em conta que, na amostra das pessoas estudadas, as distribuições dos valores
de IMC sugeriam maior prevalência do IMC médio de 25,99 e que nos participantes da pesquisa
acadêmicos da Uninovafapi, era esperado que a aplicação do questionário revelasse
comportamentos disfuncionais ligados a hábitos alimentares. De fato, a análise dos escores
atribuídos aos três domínios de comportamento mostrou que o TFEQ-R21 foi correto na
tentativa de identificá-los, e que os resultados estão em dissonância com estudos anteriores, que
ressaltaram que a alimentação emocional, e não a restrição cognitiva, destaca-se como um dos
maiores responsáveis pelo descontrole alimentar e o consumo energético exagerado, resultando
em aumento de peso, conforme demonstrado por Westerhofer, o que encontramos foi um
descontrole alimentar destacando-se (53,2%) em relação a alimentação emocional (26,44%)
que inclusive nos dados por pontuação individualizadas a alimentação emocional foi a menos
preponderante ( 48,89%) enquanto descontrole alimentar (59,01%) e a restrição cognitiva
(56,42%) foram mais afirmativos.
Porém, ao contrário do que mostraram outros estudos realizados em países do
hemisfério norte, a restrição cognitiva apesar de presente na amostra estudada, se correlacionou
com os domínios da alimentação emocional e do descontrole alimentar, e associou-se com os
indicadores de excesso de peso e acúmulo de gordura. Essa discordância em relação a outros
estudos poderia significar um baixo desempenho do questionário na abordagem dos
comportamentos; porém, como o domínio da restrição cognitiva associou-se fortemente ao
descontrole alimentar e outros indicadores, surgem algumas hipóteses: que possivelmente o
grupo avaliado neste estudo estivesse sob influência preponderante de fatores desencadeantes
da restrição cognitiva(por exemplo, uma conscientização sobre os malefícios da obesidade);
17
que esta possa ser decorrente das mudanças aspectos culturais, alimentares e de saúde da
população em estudo, que começariam a se comportar semelhante a outras do hemisfério norte;
que a característica transversal deste estudo tenha enviesado os resultados, uma vez que ignora
variações comportamentais ao longo do tempo.
Uma relação positiva entre a restrição cognitiva e a alimentação emocional foi reportada
anteriormente em estudos de coorte, como o conduzido por Lindroos em 1997, e confirmada
por Provencher et al., relatando que a restrição cognitiva pode deixar o indivíduo vulnerável à
alimentação emocional e mais reativo à exposição sensorial ou cognitiva ligada ao alimento.
Portanto, é possível que o acompanhamento da amostra desse estudo anterior revelaria ao longo
do tempo demonstrar essa alternância entre os comportamentos alimentares avaliados no
presente trabalho. Esses achados preliminares, conseguidos com o uso do TFEQ-R21, na versão
em português, são interessantes e levantam várias dúvidas em relação aos comportamentos
associados aos hábitos alimentares de acadêmicos, que podem estar impactando de forma
decisiva ao crescente ganho de peso no país. Ao mesmo tempo, abrem uma gama de
possibilidades de abordagens terapêuticas que somam à orientação nutricional clássica, baseada
principalmente no conteúdo energético dos alimentos e dietas restritivas, os conhecimentos
acumulados e as técnicas da psicologia comportamental no aconselhamento de hábitos
alimentares mais saudáveis e eficazes, visando ao controle ou redução do peso e acúmulo de
gordura corporal.
18
CONCLUSÃO
Diante dos resultados analisados foi possível aferir que o principal aspecto alimentar
achado nos acadêmicos do centro universitário Uninovafapi foi o descontrole alimentar, através
da avaliação dos dados do questionário. Com relação a porcentagem, a avaliação da restrição
cognitiva, os estudantes que foram submetidos ao item 21 do questionário eram em sua maioria
mulheres adultas, com idade média de 25 anos, cursando o quinto período do seu curso,
preponderantemente em medicina, avaliaram-se que a restrição cognitiva seria um aspecto
menos presente nessa população.
Entretanto com relação aos itens do questionário (1-20), evidenciou-se que a restrição
cognitiva foi o segundo aspecto afirmativo entre os 3 aspectos alimentares, estando a
alimentação emocional como o aspecto que na avaliação geral demostrava ser o segundo, porém
na pontuação individual foi o aspecto menos apresentado na população em estudo. Apesar da
discordância entre o valor absoluto e relativo da alimentação emocional percebeu-se que na
maioria dos resultados o descontrole alimentar foi a variação do aspecto alimentar mais
encontrada nos acadêmicos. Por fim esse estudo ratifica junto à comunidade cientifica o papel
do questionário TFEQ-R21 como um instrumento de auxílio na avaliação dos aspectos
alimentares na população.
19
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21
ANEXO 1: QUESTIONÁRIO TFEQ-R21 - VERSÃO EM PORTUGUÊS
Esta seção contém declarações e perguntas sobre hábitos alimentares e sensação de fome.
Leia cuidadosamente cada declaração e responda marcando a alternativa que melhor se aplica
a você.
1. Eu deliberadamente consumo pequenas porções para controlar meu peso.
a) Totalmente verdade
b) Verdade, na maioria das vezes
c) Falso, na maioria das vezes
d) Totalmente falso
2. Eu começo a comer quando me sinto ansioso.
a) Totalmente verdade
b) Verdade, na maioria das vezes
c) Falso, na maioria das vezes
d) Totalmente falso
3. Às vezes, quando começo a comer, parece-me que não conseguirei parar.
a) Totalmente verdade
b) Verdade, na maioria das vezes
c) Falso, na maioria das vezes
d) Totalmente falso
4. Quando me sinto triste, frequentemente como demais.
a) Totalmente verdade
b) Verdade, na maioria das vezes
c) Falso, na maioria das vezes
d) Totalmente falso
22
5. Eu não como alguns alimentos porque eles me engordam.
a) Totalmente verdade
b) Verdade, na maioria das vezes
c) Falso, na maioria das vezes
d) Totalmente falso
6. Estar com alguém que está comendo, me dá frequentemente vontade de comer também.
a) Totalmente verdade
b) Verdade, na maioria das vezes
c) Falso, na maioria das vezes
d) Totalmente falso
7. Quando me sinto tenso ou estressado, frequentemente sinto que preciso comer.
a) Totalmente verdade
b) Verdade, na maioria das vezes
c) Falso, na maioria das vezes
d) Totalmente falso
8. Frequentemente sinto tanta fome que meu estômago parece um poço sem fundo.
a) Totalmente verdade
b) Verdade, na maioria das vezes
c) Falso, na maioria das vezes
d) Totalmente falso
9. Eu sempre estou com tanta fome, que me é difícil parar de comer antes de terminar toda a
comida que está no prato.
a) Totalmente verdade
b) Verdade, na maioria das vezes
c) Falso, na maioria das vezes
23
d) Totalmente falso
10. Quando me sinto solitário (a), me consolo comendo.
a) Totalmente verdade
b) Verdade, na maioria das vezes
c) Falso, na maioria das vezes
d) Totalmente falso
11. Eu conscientemente me controlo nas refeições para evitar ganhar peso.
a) Totalmente verdade
b) Verdade, na maioria das vezes
c) Falso, na maioria das vezes
d) Totalmente falso
12. Quando sinto o cheiro ou vejo um alimento que adoro acho muito difícil evitar de comer,
mesmo que eu tenha terminado de comer há muito pouco tempo.
a) Totalmente verdade
b) Verdade, na maioria das vezes
c) Falso, na maioria das vezes
d) Totalmente falso
13. Estou sempre com fome o bastante para comer a qualquer hora.
a) Totalmente verdade
b) Verdade, na maioria das vezes
c) Falso, na maioria das vezes
d) Totalmente falso
14. Se eu me sinto nervoso(a), tento me acalmar comendo.
a) Totalmente verdade
b) Verdade, na maioria das vezes
24
c) Falso, na maioria das vezes
d) Totalmente falso
15. Quando vejo algo que me parece muito delicioso, eu frequentemente fico com tanta fome
que tenho que comer imediatamente.
a) Totalmente verdade
b) Verdade, na maioria das vezes
c) Falso, na maioria das vezes
d) Totalmente falso
16. Quando me sinto depressivo(a), eu quero comer.
a) Totalmente verdade
b) Verdade, na maioria das vezes
c) Falso, na maioria das vezes
d) Totalmente falso
17. O quanto frequentemente você evita “estocar” (ou se aprovisionar de) comidas tentadoras?
a) Quase nunca
b) Raramente
c) Frequentemente
d )Quase sempre
18. O quanto você estaria disposto(a) a fazer um esforço para comer menos do que deseja?
a) Não estou disposto(a)
b) Estou um pouco disposto(a)
c) Estou relativamente bem disposto(a)
d) Estou muito disposto(a)
19. Você comete excessos alimentares, mesmo quando não está com fome?
a) Nunca
25
b) Raramente
c) Às vezes
d) Pelo menos 1 vez por semana
20. Com qual frequência você fica com fome?
a) Somente nos horários das refeições
b) Às vezes entre as refeições
c) Frequentemente entre as refeições
d) Quase sempre
21. Em uma escala de 1 a 8, onde 1 significa nenhuma restrição alimentar, e 8 significa
restrição total, qual número você daria para si mesmo?
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ANEXO 2: QUESTIONARIO SOCIODEMOGRÁFICO
1)Sexo: _________________ 2)Idade: _______ 3)Data de nascimento:___/___/_____
4)EstadoCivil:_________________ 5)Curso:_________________ 6)Período:_______
7)Peso:__________ 8)Altura:____________ 9)IMC:_____________
10)Circunferência abdominal:____________
27
28
29
30
31