Estudos epidemiológicos na investigação de surtos

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Estudos

epidemiológicos na

Investigação de Surto

Estudos

epidemiológicos na

Investigação de Surto


Estudos no campo

Quando o pesquisador coleta dados simplesmente

observando os eventos à medida que eles ocorrem, sem

desempenhar um papel ativo no que acontece, são chamados

de estudos observacionais.

A maioria dos estudos sobre risco são observacionais.

� Estudos de Coorte

� Estudos de Caso-controle


Estudos de coorte

• Coorte: termo usado na Roma antiga para definir um grupo de soldados que marchavam juntos.

• São estudos que acompanham grupos de sujeitos no tempo.

• Apresentam dois objetivos principais: descrever a incidência de certos desfechos ao longo do tempo e analisar as associações entre os preditores e esses desfechos.


Exemplos: Exposição vs. Doença

Relação entre causa e efeito

SarampoVacinação incompleta

DiabetesHistória familiar

Acidente de carroAlcoolismo

AVC (derrame)Dieta gordurosa

Doença cardíacaObesidade

Câncer de pulmãoTabagismo


- Inicia com pessoas expostas a determinado fator: Cigarro- Segue em direção ao desfecho: Câncer- Direção do estudo:

Exposição => => => => => => Doença

Estudos de coorte

Passado Presente FuturoPassado Presente Futuro

Coorte

ConstituídaSeguimento

Retrospectivo

Coorte

ConstituídaSeguimento

Prospectivo

Observador


Estudos de coorte

Fator de risco presente

Fator de riscoausente

População

População

SemDoença

ComDoença

SemDoença

ComDoença

Passado Presente


- Medida de associação* -

- Risco relativo (RR)

- Compare incidência da doença em expostos com

incidência da doença em não expostos

- Exemplo:

- Divida incidência de câncer de pulmão em

fumantes por incidência de CP em não fumantes

* Pode ser calculado risco atribuível e pode ser analisado por pessoa/ano

Estudos de coorte


Risco relativo

dc

ba

Doença

Exposição

Total

Totala + b

c + d

a + b + c + da + c b + d

+

+ -

-

RR = Incidência da doença em expostos

Incidência da doença em não expostos

RR = a / a + bc / c + d

Estudos de coorte


Risco relativo

dc

ba

Doença

Exposição

Total

Totala + b

c + d

a + b + c + da + c b + d

+

+ -

-



RR = a / a + bc / c + d

LEITURA

Estudos de coorte


Risco relativo

dc

ba

Doença

Exposição

Total

Totala + b

c + d

a + b + c + da + c b + d

+

+ -

-



RR = a / a + bc / c + d

LEITURA

Estudos de coorte


Risco relativo

- Interpretação -

RR = 1.0

• O risco é idêntico: independente da

presença ou não de exposição

RR < 1.0

• O risco diminui com a presença da exposição

Ex.: Uso de hipoclorito de sódio – surto cóleraRR > 1.0

• O risco aumenta com a presença da exposição•Ex.: Exposição a locais fechados – Hanta/ DF

Estudos de coorte


Exemplo:

Tabagismo e câncer de pulmão

Compara freqüência de história

de tabagismo em casos com

freqüência de história para

tabagismo em controles

Compara incidência de câncer

pulmonar (CP) em fumantes

com incidência de CP em não

fumantes

Procura no passado (tempo)

por história de tabagismo

Segue até o desfecho: câncer

Inicia com casos de câncer

pulmonar e controles são

pessoas sem câncer pulmão

Inicia com fumantes e não

fumantes

Estudo de caso-controleEstudo de coorte

Estudos de coorte X Estudos de Caso-controle


- Principais vantagens -

- Seqüência temporal é lógica

- Possível de calcular incidência da doença

- Pois existem denominadores (taxas !!!)

- Bom para exposições raras

- Alto potencial analítico

- Possível de se estudar diversos efeitos de uma única

exposição

Estudos de coorte


- Principais Desvantagens -

- Para se estudar doenças raras muitas pessoas são

necessárias

- Acompanhamento: perda e logísticas

- Prospectivo: longo tempo, caro, observação pode

influenciar comportamentos

- Retrospectivo: Necessidade de registros adequados

Estudos de coorte


- Inicia com a doença: Diarréia- Segue em direção ao desfecho: Comida contaminada- Direção do estudo:

Exposição => => => => => => Doença

Estudos de caso-controle

Passado Presente FuturoPassado Presente Futuro

Exposição Doença

Retrospectivo

Exposição Doença

Híbrido

Observador


Passado Presente

Caso

Populaçãocom a doença

Controle

Populaçãosem a doença

Fatorde riscoausente

Fator de riscopresente

Fator de riscoausente

Fatorde riscopresente

Amostra com a doença

Amostra sem a doença



- Diretrizes para seleção de controles

- Desenho do estudo é importantíssimo !!!!

- Não existe um grupo ideal em todas as situações

- Controles devem ...

- Representar a população de origem da qual os casos são derivados

- Representar pessoas que, se casos, estariam no estudo

- Serem selecionados independentemente da exposição



Viés- Conceitos básicos -

- Viés: erro sistemático causando uma associação exposição-doença imprecisos

- Viés: Resultados imprecisos devido a:

- Viés de seleção

- Viés de informação (forma da pergunta, proxy, memória, etc.)

- Fator de confusão

- Resultados válidos = resultados que não são “enviesados”



- Vieses comuns -

- Viés de seleção

- Viés de informação

- Viés de memória

- Quais as causas ?!!!



Porque é susceptível a viés ? - Tempo

- Doença e exposição já ocorreram quando estudo

inicia

- Duas metas:

- Seleção dos participantes: Selecionar pessoas com

base na doença (SIM, NÃO) independente da situação

de exposição (SIM, NÃO)

- Coleta de dados: Obter e classificar informação sobre

exposição e doença independentemente



Odds (chances) X Probabilidade

- Odds: probabilidade que um evento ocorra, dividido pela probabilidade que um evento não ocorra

- Pode ser qualquer número positivo

- Probabilidade: Proporção de vezes que um evento ocorra em várias tentativas

- Sempre varia de 0 a 1

Probabilidade = 0 Odds = 0

Probabilidade = 0.5 Odds = 1

Probabilidade = 0.75 Odds = 3



Odds ratio (razão de chances)

dc

ba

Doença

Exposição

Total

Totala + b

c + d

a + b + c + da + c b + d

+

+ -

-

OR = Odds de expostos com doença

Odds de não-expostos com doença

OR = a / (a + c) x d / (b + d) = ad

b / (b + d) c / (a + c) bc



- Medida de associação -

- Probabilidades entre as freqüências dos eventos

- Exemplo:

- Os doentes de câncer de pulmão apresentaram oito

vezes mais chances de ter adoecido por exposição a

mais de 25 cigarros por dia

- Odds ratio (OR) – Razão de chances




dc

ba

Doença

Exposição

Total

Totala + b

c + d

a + b + c + da + c b + d

+

+ -

-



OR = a / (a + c) x d / (b + d) = ad

b / (b + d) c / (a + c) bc




dc

ba

Doença

Exposição

Total

Totala + b

c + d

a + b + c + da + c b + d

+

+ -

-



OR = a / (a + c) x d / (b + d) = ad

b / (b + d) c / (a + c) bc



Risco relativo X Odds ratio

- Risco relativo:

- Mede incidência da doença

- Estudos experimentais e estudos de coorte

- Risco relativo NÃO pode ser usado em estudos de caso-controle

- Odds ratio:

- Mede a probabilidade de exposição

- Estudos de caso-controle

- Pode ser calculada em estudos de coorte



- Principais vantagens -

- Rápido e barato (relativamente)

- Adequado para estudar doenças raras

- Alto potencial analítico

- Requer menor número de pessoas no início

- Possível de se estudar exposições múltiplas



- Principais desvantagens

- Desenhado para o passado

- Não é adequado para exposições raras

- Usualmente não pode medir incidência da doença

- Incerteza temporal: exposição – doença

- Propenso a viés de seleção e memória


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