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EXÉRCITO BRASILEIRO
ESTADO-MAIOR DO EXÉRCITO
BOLETIM INFORMATIVO
OFICIAIS DE LIGAÇÃO E
INTERCÂMBIO NOS EUA E CANADÁ
Nr 06 – Nov/Dez 2018
1. GENERALIDADES
Na presente edição do boletim informativo mantemos importantes aspectos da reestruturação dos
exércitos do EUA, como: A Companhia de Pontes Multifunção do Exército dos EUA e alguns
dados sobre Kit de Precisão Guiado M1156 (Precison Guided Guided Kit – M1156 PGK). Em
relação ao Exército Canadense, será apresentado o seu novo conceito operacional, constante da
publicação Engajamento Aproximado: Poder Terrestre em uma Era de Incertezas.
Nas informações doutrinárias, faremos uma apresentação da Organização do US Army,
começando com as Brigades Combat Teams (BCT), assunto esse que terá continuação nas próximas
edições.
Dentro das atividades de ensino, instrução e adestramento serão apresentados aspectos
relacionados ao Desenvolvimento das Operações de Selva no Exército Canadense, bem como
algumas particularidades sobre o Curso Básico de Oficiais do US Army
2. REESTRUTURAÇÃO NOS EXÉRCITO AMERICANO/CANADENSE
a. A Companhia de Pontes Multifunção do Exército dos EUA
Segundo a doutrina do Exército dos EUA, existem quatro categorias de unidades de engenharia,
complementares e interdependentes, que operam na força terrestre. As quatro categorias são as
seguintes:
- engenharia orgânica;
- quartel-general de engenharia;
- unidades básicas de engenharia; e
- unidades especializadas de engenharia.
As unidades que integram as categorias quartel-general de engenharia, unidades básicas de
engenharia e unidades especializadas de engenharia compõem os escalões acima de brigada e servem
para aumentar as capacidades de engenharia das brigadas de combate (Brigade Combat Team - BCT),
quando e onde for necessário. A tabela a seguir apresenta todos os tipos de unidades existentes em
cada uma das categorias de unidades de engenharia, bem como em qual componente do exército elas
estão disponíveis (Exército Regular, Guarda Nacional ou Reserva do Exército).
A Companhia de Pontes Multifunção (Multirole Bridge Company – MRBC) é a principal
unidade do Exército dos EUA responsável por fornecer o apoio de pontes, sendo capaz de apoiar todo
o espectro de operações militares e assistência humanitária. Sua missão é prover pessoal e
equipamento para transportar, lançar, operar, recolher e manutenir todos os sistemas de pontes
padronizados e não padronizados do Exército dos EUA, para transposições de cursos de água e vãos
secos.
Dentre as suas capacidades, destacam-se as seguintes:
- conduzir e preparar relatórios de reconhecimentos de estradas, vias, túneis, pontes e
passagens de vau;
- lançar e operar até 213 metros de ponte flutuante tipo Improved Ribbon Bridge (IRB), com
classe 75 sobre lagartas e/ou 96 sobre rodas; ou seis portadas com as mesmas capacidades de classe
da ponte flutuante, baseado numa velocidade da correnteza de 0 a 0,91 m/s (0 a 3 pés/s); e
- lançar e operar até quatro pontes fixas tipo Dry Support Bridge (DSB), em vãos de até 40
metros, com classe 70 sobre lagartas e/ou 96 sobre rodas.
Boletim Informativo Nov/Dez 18 Pág 2
Tabela 1: unidades de engenharia existentes no Exército dos EUA.
Figura 1: integrantes da 50ª Companhia de Pontes Multifunção durante treinamento com a
ponte flutuante IRB (Fort Leonard Wood – ano 2012).
Boletim Informativo Nov/Dez 18 Pág 3
Figura 2: integrantes da 50ª Companhia de Pontes Multifunção realizam reconhecimento de
estrada e lançamento da ponte DSB (Fort Leonard Wood – ano 2015).
A MRBC é composta por uma seção de comando, dois pelotões de pontes e um pelotão de
apoio, conforme organograma abaixo. O seu efetivo é de 182 militares, sendo 5 oficiais, 1 oficial
técnico (warrant officer) e 176 praças.
Com relação ao escalão enquadrante, normalmente a MRBC integra o nível divisão ou corpo
de exército, sendo atribuída ou colocada sob controle operacional de uma Brigada de Multiplicadores
de Poder de Combate ou Brigada de Engenharia.
Como a MRBC não é orgânica de determinado escalão, sua dosagem leva em consideração os
obstáculos conhecidos e previstos para serem transpostos em determinada operação, bem como a
natureza das BCT que serão apoiadas
Figura 3: organograma da Companhia de Pontes Multifunção.
A dosagem padrão para fins de atribuição às divisões e corpos é a seguinte:
- 01 (uma) MRBC por Brigada Blindada (Armored BCT);
- 01 (um) Pelotão de Pontes por Brigada de Infantaria (Infantry BCT) e Brigada Stryker
(Stryker BCT);
- 01 (uma) MRBC por quatro vãos de 40 metros ou oito vãos de 20 metros;
- 01 (uma) MRBC por um vão em curso d’água de 107 a 213 metros; e
- 01 (uma) MRBC para dois vãos em curso d’água menores de 106 metros cada.
Boletim Informativo Nov/Dez 18 Pág 4
b. Mais precisão, menos consumo – Kit de Precisão Guiado M1156 (Precison Guided Guided
Kit – M1156 PGK).
Para reconstruir a capacidade de prontidão e modernizar a força, o Exército dos EUA
concentrou-se em seis prioridades de modernização: fogos de precisão de longo alcance, nova geração
de veículos de combate, sustentação vertical futura, rede, defesa antiaérea e de mísseis e letalidade
dos soldados.
O esforço para desenvolver o programa “Fogos de Precisão de Longo Alcance” inclui não só o
desenvolvimento de novas armas de artilharia, mas também mísseis, projéteis e foguetes mais
precisos e mais letais em um longo alcance. Esses novos sistemas devem ter a capacidade de destruir
ou degradar os Sistemas Antiacesso e Negação de Área do inimigo (A2AD) para permitir a liberdade
de ação e manobra da força combinada.
Como subprojeto do programa LRPF, o Exército dos EUA, em parceria com a indústria de
defesa, desenvolveu o Kit de Precisão Guiado M1156 (Precision Guided Kit-M1156 PGK).
O M1156 PGK é um composto que integra a funcionalidade de navegação por GPS, orientação
e controle em um pacote padrão de espoletas. Ele fornece um meio acessível, confiável e eficaz de
engajar um alvo com precisão e rapidez usando o estoque já existente de munição de artilharia
convencional.
O PGK é de fácil utilização e proporciona precisão já na primeira rajada de tiro. Seu batismo
de fogo, desempenho e a confiabilidade tática foram comprovados no Afeganistão, onde o PGK foi
testado e qualificado para uso pelo Exército dos EUA.
1) Características do M1156 PGK
Um projétil convencional de artilharia M549A1 155mm não guiado tem uma probabilidade
de erro circular (CEP) de 267 m em seu alcance máximo. Isso significa que parte das granadas pode
ser esperada dentro de 267 metros do alvo. Este erro circular faz com que a artilharia não guiada
ofereça riscos para uso em combate aproximado e área urbana, devido a possibilidade provocar fogo
amigo e danos colaterais.
A fim de melhorar a precisão dos fogos e prestar um apoio aproximado com menos riscos, o
Exército dos EUA, em parceria com a indústria de defesa, desenvolveu a munição de precisão
Excalibur M982. Esta munição é uma granada guiada que atinge o alvo efetivamente dentro de 6 m
de erro circular. Porém, o alto custo da Excalibur fez o Exército evitar ao máximo o uso de tão
eficiente munição.
Na busca de uma solução que atendesse os requisitos de precisão e com um custo mais
acessível, o Exército desenvolveu o PGK XM1156 como alternativa.
O PGK substitui as espoletas das granadas de artilharia padrão M549A1 e M795 155mm já
existentes. Ele se encaixa na parte anterior do projétil, da mesma forma que as espoletas
convencionais.
Além da função espoleta, ele fornece um pacote de orientação GPS e superfícies de controle
para corrigir o voo da granada fazendo-a atingir o alvo dentro de um raio de 30m (CEP de 30m) em
qualquer alcance. Isto é, melhora muito a precisão da artilharia convencional.
Boletim Informativo Nov/Dez 18 Pág 5
Figura 04: Trajetória balística e CEP de uma granada com PGK. Figura 05: Projetil com PGK
As pequenas aletas aerodinâmicas permitem que o sistema dirija o projétil no alvo. Seu
receptor de GPS compara o padrão de voo do PGK com as coordenadas de onde ele deve aterrar, e
as aletas ajustam seu caminho para coincidir com o ponto em que a rajada realmente impactará. Além
disso, a granada com PGK desenvolve uma trajetória balística de voo, diferentemente da Excalibur,
o que minimiza o trabalho de desconflito do espaço aéreo.
A espoleta PGK pesa 1,4 kg, isto é, 0,4 kg a mais do que uma espoleta padrão devido à adição
das aletas e um alternador. A presença do alternador no sistema autônomo exclui a necessidade de
bateria, pois o mesmo gera energia em voo.
Apesar de ser inserido mais um dispositivo na granada e ter seu peso aumentado, o PGK
mantém mais de 90% da capacidade de alcance das granadas convencionais.
Outra característica do PGK é que pode ser empregado para efetuar uma detonação pontual
ou ser usada como espoleta de proximidade para explodir quando se aproximar do alvo.
Cabe ainda ressaltar que o PGK também pode ser utilizado em qualquer condição
meteorológica.
O PGK, além de usar as granadas já existentes, pode ser disparado dos sistemas de artilharia
M109A6 Paladin e Obuseiro M777A2, atualmente empregados pelo Exército Americano, sem a
necessidade de qualquer modernização.
Da mesma forma, pode ser estudada a viabilidade técnica do Obuseiro Autopropulsado
M109A5 em disparar granadas equipadas com o PGK. Vale salientar que este modelo de obuseiro
está em processo de modernização e recebimento pelo Exército Brasileiro para equipar sua artilharia
de campanha.
2) Segurança e Operação
O PGK é seguro e fácil de operar. Seguro porque possui um recurso incorporado que evita a
detonação caso esteja a mais de 150m da distância prevista para o impacto. Isto é, cinco segundos
após o lançamento o PGK avalia se o local provável de impacto está próximo o suficiente do alvo
para detonar. Esse recurso garante mais confiança aos soldados para solicitar o apoio de artilharia
para um alvo próximo de sua posição e da tropa amiga.
Além disso, incorpora o mais recente impulsionador (booster) de Munição Insensível (IM).
Isto é, blindado contra interferência eletrônica.
Boletim Informativo Nov/Dez 18 Pág 6
Quanto a operação, o PGK é de fácil manuseio e requer do operador um treinamento mínimo
para ser proficiente. Uma tripulação de artilharia treinada gasta menos de 3 minutos para preparar o
tiro.
3) Custo
Um dos fatores mais revolucionários da PGK é
a sua capacidade de converter granadas de artilharia
convencionais em Armas de Precisão a baixo custo.
Não requer nenhuma mudança nas plataformas dos
obuses Autopropulsados M109A6 Paladin e Rebocados
M777A2, projéteis US M795 e M549A1, já existentes
em todo Exército, ou equipamentos de missão de apoio
já existentes. Isto é, não necessita nenhuma
modernização nos sistemas de artilharia.
Não só o PGK é mais barato de produzir do que
os projéteis de artilharia guiada, como sua capacidade
de transformar projéteis padrão em munições mais
precisas permite que os milhões de projéteis já em
estoque sejam utilizados. Ao passo que a criação de
novos projéteis inteligentes levaria tempo para serem
construídos e estocados.
Figura 06: Preparação de uma missão com PGK.
A precisão que o PGK adiciona aos projetis convencionais proporciona maior eficácia no
cumprimento de missões, já na primeira rajada de tiro. Isso acarreta um consumo munição muito
inferior ao consumo quando o PGK não é empregado.
Convencional Convencional com PGK
Comparativo
da necessidade
de estocagem
para a mesma
missão.
301 projetis 77 projetis (74% a menos)
301 espoletas 77 PGKs
959 MACS cargas 208 MACS cargas
18.2 toneladas 4.5 toneladas (75% a menos)
Traduzindo em custos, o emprego do PGK proporciona menor necessidade de aquisição de
munição, o que reduz custos com aquisição, armazenamento e transporte acarretando menor custo
em toda cadeia de suprimentos.
Boletim Informativo Nov/Dez 18 Pág 7
Além da redução na quantidade de munição gasta e transportada, a precisão permite que a
missão seja cumprida com um número inferior de disparos, o que gera uma economia de custos
significativos em todo o ciclo de vida da arma.
Observando o gráfico abaixo, podemos verificar que:
Legenda: ATACMS- Sistema de Mísseis de
Cruzeiro Tático do Exército Americano.
LRLAP- Granada de Precisão de
Artilharia Naval.
GMLRS- Sistema Múltiplo de La-
nçamento de Foguetes Guiados.
Excallibur- Granada de Precisão.
PGK- Kit de Precisão Guiado.
Apesar do PGK ter um CEP inferior a 30m e as demais armas de precisão ter um CEP inferior
a 10m, o PGK apresenta o menor custo total por missão do que qualquer outra Arma de Precisão.
4) Conclusão
A densidade habitacional pode variar muito ao longo de pequenas distâncias entre os
elementos do terreno. Porém, a presença de inimigos escondidos entre a população torna ainda mais
desafiador o trabalho do artilheiro. Soma-se a isso as medidas restritivas a execução de fogos em
regiões povoadas e próximas a tropas amigas que podem por em risco o cumprimento da missão.
O PGK não pretende substituir as demais Armas de Precisão, e sim complementá-las e ocupar
uma lacuna que existe devido a necessidade de diferentes níveis de precisão.
A maior eficiência por tiro proporciona uma redução de custos em toda cadeia produtiva e
logística. Assim, o objetivo do PGK é fazer mais com menos. Pois tem a capacidade de bater o alvo
com precisão disparando menos rajadas de tiro de artilharia por missão. Esta maior eficiência resulta
em maior disponibilidade de meios de artilharia, pois proporciona uma necessidade de menos
obuseiros por posição de tiro, o que permite uma maior dispersão dos meios de apoio de fogo em
todo o campo de batalha.
c. Engajamento Aproximado: Poder Terrestre em uma Era de Incertezas
Incerteza, volatilidade e letalidade são características do ambiente de segurança internacional.
As Forças Armadas do Canadá (Canadian Armed Forces - CAF), portanto, devem ser capazes de
realizar operações em todo o espectro de respostas operacionais em apoio aos objetivos do governo
do Canadá. As CAF permanecem como o único instrumento de poder nacional com o mandato de
conduzir operações de combate. A capacidade de fazer o combate subscreve a capacidade dos
militares de também realizar uma série de operações de não-combate em ambientes imprevisíveis.
No entanto, a defesa não é o único jogador na arena global, que é povoada por um amplo complemento
de parceiros e agências conjuntas, interagências, multinacionais e públicas (Joint, Interagency,
Boletim Informativo Nov/Dez 18 Pág 8
Multinational and Public - JIMP). Operar dentro dessa estrutura requer o reconhecimento de que as
CAF raramente funcionarão sem uma grande contribuição dos outros atores.
Considerando o acima exposto e para mitigar o perigo no futuro e ajudar a garantir que as CAF
desenvolvam uma força que funcione efetivamente com todos os parceiros em potencial, o Exército
Canadense trabalha para um melhor entendimento de futuros conflitos e para extrair as implicações
mais importantes para o projeto de força futura. As operações terrestres são um elemento crucial para
lidar com conflitos armados que, invariavelmente, têm seu nexo no ambiente operacional mais
complexo possível, ou seja, no solo e entre as pessoas. É para apoiar a aplicação do poder terrestre
através das forças terrestres, sendo apoiado e apoiando todos os elementos da equipe conjunta e
interinstitucional, que o Exército está se preparando para oferecer seu novo conceito operacional,
constante da publicação Engajamento Aproximado: Poder Terrestre em uma Era de Incertezas,
como o conceito de operações terrestres das CAF para o período de 10 a 15 anos.
A publicação destina-se a fornecer uma visão das operações futuras, orientar o desenvolvimento
de capacidades futuras e fornecer ao Exército Canadense o conceito operacional necessário para
cumprir sua missão, antecipar novos desafios, adaptar-se a circunstâncias variáveis e atuar com
liderança e profissionalismo exemplares, apoiando a paz e a segurança em todo o mundo.
A publicação considera que o Exército tem duas competências essenciais: combate
aproximado e o engajamento aproximado. Enquanto o combate aproximado é bem compreendido
doutrinariamente, como as operações de combate conduzidas dentro do alcance das armas de fogo
direto e determinam o sucesso do campo de batalha durante conflitos violentos, o engajamento
aproximado é menos compreendido. Como uma competência central, o engajamento aproximado é
a capacidade de conduzir atividades letais e não letais no nível tático, a fim de criar os efeitos
necessários para influenciar os planos físico, moral e cognitivo dentro do ambiente operacional. O
engajamento aproximado, como competência central, inclui o combate aproximado. Como um
conceito operacional, o Engajamento Aproximado se torna o meio pelo qual essa competência é
operacionalizada dentro de qualquer contexto de emprego de força. É a capacidade das CAF de
conduzir um combate terrestre que sustente sua capacidade de conduzir a ampla variedade de outras
missões essenciais que não sejam de combate em ambientes operacionais imprevisíveis.
De acordo com a futura publicação, o desenvolvimento das CAF no caminho para a realização
dos ideais do Engajamento Aproximado exigirá uma série de áreas de foco. A primeira área
importante será o desenvolvimento da cultura e das ferramentas necessárias para um alto padrão de
interoperabilidade no ambiente JIMP. O futuro ambiente operacional terrestre será preenchido com
Boletim Informativo Nov/Dez 18 Pág 9
uma infinidade de potenciais parceiros e as forças terrestres precisam ser capazes de se integrar com
eles para ter sucesso nas operações. A segunda área chave é o desenvolvimento de formações,
unidades e subunidades equilibradas, ágeis e adaptáveis. O Engajamento Aproximado identifica as
bases para esse desenvolvimento como a equipe aprimorada de armas combinadas. Adaptabilidade e
agilidade permanecem obrigatórias para organizações, sistemas e processos. Os requisitos de
equipamentos e aquisições estão fortemente ligados a essa área e precisam garantir uma força robusta
- equipamentos com propósito único ou restrito devem se tornar a exceção e não a regra. Terceiro, o
Exército também precisa colher as recompensas de uma rede superior, enquanto ao mesmo tempo
preserva a capacidade de operar efetivamente em um ambiente degradado ou austero. A rede inclui,
não apenas os nós de comando e controle e o equipamento necessário para que a equipe conjunta
integrada trabalhe de forma eficaz, mas também inclui o requisito de formar redes com os parceiros
JIMP. O avanço das capacidades necessárias para que os líderes do Exército comandem e controlem
as forças desdobradas como parte da equipe integrada conjunta é essencial para a eficácia futura. Esta
é a área onde o Engajamento Aproximado conduz as operações terrestres canadenses para o sucesso
contínuo.
O conceito de Engajamento Aproximado constante da nova publicação, além de estabelecer as
condições para uma colaboração efetiva com outros departamentos governamentais, aliados e
parceiros de coalizão, também irá reger a forma como o Exército Canadense será desenvolvido para
enfrentar os desafios do futuro. Todas as forças desdobradas pelo Canadá serão forças conjuntas, de
modo que este conceito se encaixará e informará qualquer conceito de operação conjunta das Forças
Armadas do Canadá. Também buscará alinhar com os conceitos operacionais dos outros pilares
geradores de força, a Marinha Real Canadense (RCN), a Força Aérea Real Canadense (RCAF), o
Comando de Operações Conjuntas Canadense (CJOC), o Comando de Forças de Operações Especiais
Canadense (CANSOFCOM), Comando de Pessoal Militar (MILPERSCOM), Comando de
Inteligência das Forças Canadenses (CFINTCOM) e outras agências centrais.
A nova publicação conclui que as operações terrestres nas próximas duas décadas serão
caracterizadas por operações complexas envolvendo uma gama diversificada de condições e um
amplo conjunto de adversários multifacetados e adaptáveis. O Exército e outros elementos das CAF
precisam ser capazes de gerar forças terrestres que possam sobreviver e vencer em combate e, por
meio do entendimento compartilhado e da capacidade de se envolver efetivamente com todos os
atores, ajudar a estabelecer as condições para o sucesso duradouro da missão.
3. INFORMAÇÕES DOUTRINÁRIAS
a. Organização das Brigades Combat Teams (BCT)
Alguns anos atrás, o Exército Americano padronizou a Brigade Combat Team (BCT) como a
unidade básica de armas combinadas. Essa estrutura modular substituiu todos os tipos de brigadas
de combate existentes anteriormente, compondo-se de uma força tática, auto-suficiente e
padronizada.
O US ARMY possui três tipos de BCT:
- Brigadas de Infantaria ( Infantry BCT ) com efetivo de 4.285 militares;
- Brigadas Blindadas ( Armored BCT ) com efetivo de 4.244 militares; e
- Brigadas Stryker ( Stryker BCT ) com efetivo de 4.439 militares.
Essas BCT possuem organização bastante similar:
1) Brigadas de Infantaria ( Infantry Brigade Combat Team - IBCT )
As IBCT são compostas por três Batalhões de Infantaria, um Esquadrão de Cavalaria (unidade
valor batalhão, destinada a prover reconhecimento, segurança e vigilância), um Grupo de Artilharia
de Campanha, um Batalhão de Engenharia (BEB) e um Batalhão Logístico (BSB). As IBCT também
podem ser organizadas com capacidades específicas como montanha, aeromóvel ou paraquedista
(Airborne ).
Boletim Informativo Nov/Dez 18 Pág 10
Figura 07 – Organograma das brigadas de infantaria
2) Brigadas Blindadas (Armored Brigade Combat Team - ABCT)
Com organização bastante similar a IBCT, as ABCT possuem três Batalhões Blindados
(denominados Combined Arms Battalion), um Esquadrão de Cavalaria, um Grupo de Artilharia de
Campanha, um Batalhão Logístico e um Batalhão de Engenharia.
Figura 08 – Organograma das brigadas blindadas
Boletim Informativo Nov/Dez 18 Pág 11
3) Brigadas Stryker (Stryker Brigade Combat Team - SBCT)
As SBCT são centradas no blindado sobre rodas Stryker (veículo blindado 8x8) e são
constituídas por três Batalhões de Infantaria Mecanizados, um Esquadrão de Cavalaria, um Grupo de
Artilharia de Campanha, um Batalhão Logístico e um Batalhão de Engenharia. A SBCT também
possui sistemas avançados de comando, controle, comunicação, computador, inteligência,
reconhecimento e vigilância (C4IRV).
Figura 09 – Organograma das Brigadas Stryker
Todos os demais tipos de brigadas de combate foram substituídos pelas três BCT atuais. Os
ACR (Armored Combat Regiments), embora ainda mantenham sua designação original (2º e 3º
Cavalry Regiment), foram reestruturados como Brigadas Stryker (Infantaria Mecanizada). Deste
modo, os ACR, grandes unidades que possuíam organização similar a nossa Brigada Mecanizada,
perderam a sua missão original que era prover reconhecimento e segurança no nível Corpo de
Exército e passaram a ter a mesma missão atribuída a infantaria mecanizada.
Com todas estas modificações implementadas em sua estrutura de combate, o Exército
Americano possui agora somente um tipo de tropa de cavalaria destinada a prover reconhecimento e
segurança para o seu escalão enquadrante: o Cavalry Squadron.
4. ATIVIDADES DE ENSINO, INSTRUÇÃO E ADESTRAMENTO
a. Desenvolvimento das Operações na Selva no Exército Canadense
O Centro de Guerra Avançada do Exército Canadense (Canadian Army Advanced Warfare
Centre - CAAWC) reuniu, no período de 27 a 29 de novembro de 2018, um Grupo de Trabalho (GT)
para desenvolver um plano de ação visando à implementação da capacidade de Operações na Selva
(Op Sl) no âmbito do Exército Canadense (Canadian Army - CA). A atividade, que foi realizada na
base das Forças Armadas Canadenses (Canadian Armed Forces - CAF) localizada em Trenton,
Ontario, foi planejada e conduzida pelo oficial brasileiro que desempenha a função de instrutor /
assessor para Operações na Selva naquele Centro, e contou com a participação de membros do Centro
de Treinamento do Exército Canadense e da 2ª Divisão do Exército Canadense.
Boletim Informativo Nov/Dez 18 Pág 12
O desenvolvimento das Op Sl pelo CA faz parte de um programa mais abrangente que busca
desenvolver uma capacidade geral de desencadear operações com características especiais e/ou em
ambientes especiais. Vale ressaltar, no entanto, que tal esforço visa não só a implementação de
capacidades operacionais em si, mas possui também um propósito bastante significativo de retenção
de pessoal nas CAF, por meio da execução de atividades de adestramento que possam ser enquadradas
no conceito de “train to excite” / “treinar para motivar”.
A primeira medida para atingir esse objetivo foi a divisão de responsabilidades entre os Grandes
Comandos do Exército. Dentro deste contexto, a 2ª Divisão, com o comando na cidade de Montreal
e tropas na região de Valcartier, Quebec, foi designada como a responsável pelas Op Sl.
Figura 10 – Comando responsável pelo Desenvolvimento das Operações na Selva no Exército Canadense
Na sequência foram criados “centros funcionais de excelência” (Functional Centres of
Excellence – FCoE), os quais devem funcionar como um repositório de conhecimento por
especialidade. Estes centros são responsáveis por abrigar um efetivo mínimo de especialistas capaz
de cumprir as tarefas de atualizar e/ou produzir manuais doutrinários, desenvolver a documentação
de ensino e prover assessoramento adequado no que diz respeito a aspectos específicos como, por
exemplo, aquisição de material especial ou adequação de estrutura de pessoal.
O CAAWC é o FCoE para Op Sl e trabalha em conjunto com o 3º Batalhão do 22º Regimento
Real (3R22eR), localizado em Saint-Gabriel-de-Valcartier, Quebec, o qual tem a missão de adaptar
a estrutura de uma de suas subunidades para operar em ambiente de selva.
Dentro do contexto supracitado, o GT teve como principal objetivo o estabelecimento de um
plano de ação de curto e médio prazos para o desenvolvimento da capacidade de Op Sl no âmbito do
CA. O passo inicial para se atingir este propósito foi definir os aspectos de um Estado Final Desejado
(EFD) adequado, bem como um conceito que pudesse sintetizar como esta capacidade será atingida.
Ao término dos trabalhos ficou estabelecido, em termos gerais, o seguinte EFD:
Abrigar modesta capacidade para operações na selva no nível subunidade, provendo o
Exército Canadense de uma estrutura mínima que possa ser ampliada adequadamente em caso
de demanda por emprego de tropas em áreas de floresta equatorial.
A partir do EFD supracitado, decidiu-se pelo estabelecimento de vetores pelos quais o mesmo
deverá ser atingido, os quais estão representados na imagem a seguir:
Boletim Informativo Nov/Dez 18 Pág 13
Conceito das Operações na Selva
Figura 11 – Conceito para Desenvolvimento da Capacidade de Operações na Selva no Exército Canadense
Após as discussões, foram estabelecidas diretrizes para cada um dos eixos de trabalho,
conforme segue:
1) Vetor 1 - Adestramento Individual
a) Formação do comandante de fração / assessor:
A formação dos comandantes de fração será realizada por meio do envio de militares para
cursos em escolas de selva de países amigos. Depois de qualificados, estes militares atuarão como
assessores no planejamento de operações e como instrutores no Curso Básico de Selva, a ser
detalhado em seguida. Para isto, foram estabelecidos três centros de instrução de selva como destinos
prioritários:
- Centro de Instrução de Guerra na Selva (CIGS), no Brasil;
- Centro de Treinamento de Floresta Equatorial (CEFE), na Guiana Francesa; e
- Escola de Selva do Exército Britânico, em Brunei.
b) Formação do combatente básico:
A formação básica para o combate na selva será realizada com base no programa de treinamento desenvolvido pelo instrutor brasileiro do CAAWC, e terá como universo os militares que
compõem a estrutura de SU de Inf L do CA. Com relação à execução deste treinamento, existe um
acordo de cooperação assinado entre o Canadá e a França para que esse curso seja realizado uma vez
ao ano nas instalações do CEFE, na Guiana Francesa, oportunidade em que instrutores canadenses
trabalharão em conjunto com instrutores franceses. Tal programa caracterizará o Curso Básico de
Selva, que para ser aprovado ainda demandará a realização de um GT destinado exclusivamente à
elaboração da documentação de ensino.
Foi levantada a hipótese de condução deste curso no Brasil, por intermédio do CIGS, sendo
este um aspecto que deverá ser discutido na próxima Conferência Bilateral de Estado-Maior
(CBEM) Brasil – Canadá, a ser realizada em julho de 2019, na cidade de Ottawa, Canadá.
2) Vetor 2 - Adestramento Coletivo
O GT discutiu a necessidade de desenvolver um programa de treinamento coletivo,
internamente denominado Battle Task Standards (BTS), por meio do qual a SU do Batalhão de
Valcartier pudesse orientar o planejamento de seu adestramento para Op Sl. O BTS é similar ao
Programa de Adestramento Avançado do EB, e descreve as missões operacionais que as unidades
devem cumprir ao final de seu ciclo de adestramento. O GT concluiu que o programa anual de
adestramento do Exército Canadense deve ser seguido, apenas considerando que as tarefas
operacionais previstas para o ano em questão, ao invés de serem cumpridas em terreno convencional
no Canadá, serão cumpridas em uma área de selva.
No que diz respeito à área para a execução do referido adestramento, ficou estabelecido que
se buscará realizar o desdobramento da SU para realização de exercícios em áreas de selva, por
Boletim Informativo Nov/Dez 18 Pág 14
intermédio de convênios com países amigos. Atualmente, existe um acordo de cooperação entre
Canadá e França que estabelece o envio anual de uma tropa valor pelotão para um exercício na região
de Martinica, o que não atende o objetivo estabelecido, pois a área não pode ser caracterizada como
região de floresta equatorial e o tipo de atividade realizada impede o desdobramento de fração maior
que um pelotão.
3) Vetor 3 - Doutrina
a) Guia do Soldado para Selva
O Guia do Soldado para Selva é um manual voltado para o combatente individual e aborda as
táticas, técnicas e procedimentos necessários para atuar no ambiente de selva, abrangendo assuntos
como sobrevivência, orientação, cuidados com a saúde, entre outros. Tal publicação foi totalmente
reescrita pelo instrutor brasileiro do CAAWC e revisada durante o GT, sendo sua publicação prevista
para o biênio 2019-2020.
b) Manual de Operações na Selva
O Manual de Op Sl atualmente em vigor é datado do ano de 1979, estando, obviamente,
completamente desatualizado. Foi discutido no GT o estabelecimento de uma equipe formada por
oficiais do 3R22eR, a qual conte com um capitão ou major possuidor do Curso de Operações do
Exército Canadense (Army Operations Course – AOC), equivalente ao Curso da Escola de
Aperfeiçoamento de Oficiais do EB. Esta medida possibilitará que seja feita uma adequação da versão
inicial do manual escrita pelo instrutor brasileiro à doutrina em vigor no Exército Canadense.
Com base no que foi tratado, pode-se concluir que alguns vetores de trabalho tais como o
desenvolvimento de produtos doutrinários, a escrituração da documentação de ensino e o envio de
militares isolados para participação em cursos no exterior não trazem impacto orçamentário
significativo e devem continuar em um ritmo adequado de execução. Por outro lado, a realização do
curso básico de selva na Guiana Francesa e, principalmente, o desdobramento de tropas para
realização de atividades de adestramento coletivo em uma região de floresta tropical são ações que
podem sofrer atrasos devido ao alto custo. De qualquer forma, como resultado das ações
desencadeadas durante o referido GT espera-se que ocorra uma aceleração do processo de
desenvolvimento da capacidade de Operações na Selva do Exército Canadense, o que certamente terá
impactos na relação Brasil x Canadá pelo aumento da interação entre os dois países neste campo
específico da expressão militar.
b. O Curso Básico de Oficiais
A formação militar dos oficiais do Exército dos EUA (EEUA) se divide em duas fases distintas,
a primeira dedicada a formação inicial e uma segunda fase voltada aos conhecimentos específicos de
acordo com o ramo que o militar será especializado. A fase inicial para os Oficiais da linha Bélica
destina-se exclusivamente as instruções básicas que são diluídas durante os cursos de graduação
realizados na Academia Militar de West Point ou nos Corpos de Treinamento de Oficiais da Reserva
(ROTC) existentes em diversas Universidades civis dos EUA. Além disso, aqueles candidatos que já
possuem curso superior podem ingressar no oficialato, cursando a Escola de Candidatos a Oficial
(Officer Candidate School - OCS).
Após a formação inicial realizada em uma das três escolas supracitadas, os alunos são
declarados Segundos-Tenentes e aqueles que decidem seguir carreira são enviados para um dos
Centros de Excelência de cada Arma/Quadro/Serviço, onde recebem sua formação militar específica.
Assim, os oficiais que optam pelas Armas de Infantaria, Blindados ou Cavalaria realizam seus
Cursos Básicos (Basic Officer Leader Course - BOLC) no Centro de Excelência de Manobra
(Maneuver Center Of Excellence - MCoE), localizado no Forte Benning, Estado da Georgia.
No corrente ano, de forma inédita, o EB enviou dois 2º Ten de Cavalaria e dois de Infantaria
para realizar respectivamente o Armor Basic Officer Leader Course (ABOLC) e o Infantry Basic
Officer Leader Course (IBOLC), (assuntos abordado nos Boletins Informativos Nr 04 – JUL/AGO e
05 – SET/OUT).
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O presente artigo detalha os supracitados cursos, destinados a formação dos Oficiais de
Manobra (Infantaria, Blindados e Cavalaria) realizados no MCoE, bem como seus requisitos e
principais características.
1) Dados gerais do IBOLC
O IBOLC destina-se a formar o Oficial de Infantaria do EEUA. Durante o curso, o aluno
receberá as primeiras noções relativas aos fundamentos doutrinários, formações básicas e
maneabilidade de pequenas frações. Além disso, o curso aborda a utilização dos armamentos básicos
da Arma de Infantaria.
O curso possui uma duração de 19 semanas, sendo o aluno é exigido física e mentalmente,
tanto nas sessões diárias de treinamento físico quanto nas atividades práticas e exercícios de campo
que preenchem aproximadamente a metade da carga horária prevista. Além disso, as avaliações
físicas e cognitivas exigem um padrão mínimo para prosseguimento e aprovação final.
Ao final do IBOLC os Tenentes de Infantaria devem ser capazes de resolver problemas táticos
e comandar pequenas frações sob “stress”. Além disso, os alunos aprovados devem demonstrar a
habilidade de entender uma situação tática, visualizar e descrever uma operação, comandar sua
fração, liderar seus subordinados e avaliar o desempenho de sua fração durante e após uma missão
de combate.
Anualmente são formadas nove turmas do IBOLC no MCoE com aproximadamente 160
alunos cada.
2) Dados gerais do ABOLC
O ABOLC destina-se a formar os oficiais de Cavalaria e Blindados (Armor), que no US Army
corresponde a uma arma específica. Além disso, oficiais do US Marine Corps, da Reserva do US
Army e de países aliados também podem realizar o curso no MCoE.
O Curso também possui uma duração de 19 semanas, sendo realizados em média 08 cursos
por ano, com uma média de 72 alunos por turma formada.
Ao final do ABOLC os alunos deverão ser capazes de comandar um Pelotão de Cav ou de
CC, conhecer os fundamentos do emprego de unidades blindadas em combate, empregar de modo
combinado, unidades de manobra e realizar Operações de Reconhecimento e Segurança.
3) Padrão mínimo para aprovação (Graduation Requirements)
Os alunos realizam diversas avaliações em eventos importantes do curso, que são pontuadas.
A aprovação final ocorre se forem atingidos 700 de 1000 pontos possíveis. Além disso, em algumas
atividades exigem-se um índice mínimo de 70% para prosseguimento, sendo denominadas de
“Eventos Críticos”.
A avaliações seguem critérios semelhantes para ambos os cursos com as devidas adaptações.
Os High Physical Demmands Tests (Testes de Habilidades Físicas Essenciais na tradução livre -
HPDT) são específicos para cada Arma e simulam diversas atividades exigidas em combate, inclusive
algumas que são demandadas ao militar que opera com viaturas blindadas. Esses testes são eliminató-
rios e necessários para aprovação nos cursos, não havendo distinção para oficiais do segmento
feminino.
Fotos 01, 02 e 03 – Exemplos dos High Physical Demmands Tests sendo aplicados
Boletim Informativo Nov/Dez 18 Pág 16
4) Desenvolvimento dos Cursos
Os cursos possuem basicamente duas fases, sendo a primeira relativa as habilidades
individuais e a segunda voltada para as pequenas frações básicas de cada da Arma. O IBOLC foca a
Esquadra, o Grupo de Combate e Pelotão, enquanto o ABOLC aborda pequenas unidades embarcadas
como o Pel Rec e Pel CC. As figuras abaixo detalham as fases do IBOLC e ABOLC.
Figura 01 – Fases do IBOLC
Figura 02 – Fases do ABOLC
Boletim Informativo Nov/Dez 18 Pág 17
Ambos os cursos, realizam diversas atividades de campo e emprego de simuladores. O
principal exercício no terreno dos cursos é denominado Exercício Combinado de Manobra
(Combined Competitive Maneuver Exercise – CCME), que ocorre em uma das últimas semanas e
agrupa numa mesma atividade alunos do IBOLC e ABOLC, permitindo o aprofundamento do
conhecimento relativo as capacidades e limitações de cada arma. O exercício funciona em sistema de
dupla ação, permitindo maior realidade nos eventos e proporcionando melhor compreensão das
diferenças entre uma atitude ofensiva e defensiva.
5) Especialização complementares
Ao término dos respectivos cursos de formação, os oficiais de manobra podem realizar até
três tipos de especializações antes de apresentarem-se em suas brigadas de destino. Alguns destes
cursos de especialização são obrigatórios e outros opcionais. Porém são altamente recomendáveis,
inferindo-se que a não realização de alguma dessas especializações diminui as possibilidades no
prosseguimento da carreira. Os quadros abaixo detalham as possibilidades de especialização de cada
curso disponíveis no MCoE para os tenentes formados no IBOLC e ABOLC.
Tipo de Brigada
(1ª unidade após ABOLC)
1ª
Especialização
2ª
Especialização
3ª
Especialização
Bda Bld
(ABCT)
Ranger Course
Cmt
Vtr Bradley Reconhecimento
(Army Reconnaissance
Course – ARC)
--------
Cmt Pel Morteiro
-------
Reconhecimento e
Vigilância
(Army Reconnaissance
and Surveillance Leaders
Course – RSLC)
Bda Stricker
(SBCT) Cmt
Vtr Stricker
Bda Pqdt
(IBCT) Básico Pqdt
Bda Inf
(IBCT) Op Amv
Quadro 01 – Especialidades destinadas aos Of oriundos do ABOLC
Tipo de Brigada
(1ª unidade após IBOLC)
1ª
Especialização
2ª
Especialização
3ª
Especialização
Bda Bld
(ABCT)
Reconhecimento
(Army Reconnaissance
Course - ARC
Cmt
Vtr Bradley Rangers Course
Cmt Pel Morteiro
Bda Stricker
(SBCT) Cmt
Vtr Stricker
Rangers Course
Cmt Pel Morteiro
Básico Pqdt
Bda Pqdt
(IBCT) Rangers Course
Básico Pqdt
Cmt Pel Morteiro
Precursor Pqdt
Op Amv
Bda Inf
(IBCT) Rangers Course
Op Amv Cmt Pel Morteiro
Básico Pqdt
Quadro 02 – Especialidades destinadas aos Of oriundos do IBOLC
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Realização:
Oficiais de Ligação do Exército Brasileiro junto ao US ARMY
TRADOC
Comando de
Adestramento e
Doutrina
CAC
Centro de Armas
Combinadas
MCoE
Centro de
Excelência de
Manobra
MSCoE
Centro de
Excelência de
Apoio a Manobra
FCoE
Centro de
Excelência de
Fogos
Oficiais de Intercâmbio junto ao US ARMY Oficial de Ligação do Exército
Brasileiro junto ao Exército do Canadá
WHINSEC
Instituto do
Hemisfério
Ocidental para a
Cooperação em
Segurança
USAWC
War College
CADTC
Centro de
Doutrina e
Treinamento do
Exército do
Canadá
Contatos: