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EXTENSÃO E SUAS PRÁTICAS: crise hídrica, sensibilização da comunidade escolar e uso da água EXTENSIONAND ITSPRACTICES: water crisis, awareness of school community and use of water Romana de Fátima Cordeiro Leite 1 Luiz Andrei Gonçalves Pereira 2 Carlos Alexandre de Bortolo 3 RESUMO Na ciência geográfica é de suma importância abordar o tema água, visando compreender a distribuição espacial da vida animal e vegetal na superfície terrestre, bem como o seu uso diário pela população. O objetivo deste artigo é descrever o desenvolvimento de atividades práticas de extensão na escola Estadual Professor Plínio Ribeiro, que buscou sensibilizar a comunidade escolar para o uso consciente da água em momento de crise hídrica. Os procedimentos metodológicos adotados foram a revisão de literatura e a aplicação de 189 questionários junto a comunidade escolar, focando no uso da água em suas práticas cotidianas. Á água é preciosa para manutenção da vida na superfície terrestre, mas em uma crise hídrica, os abusos no seu uso pelas atividades econômicas e pela população podem comprometer a sobrevivência de gerações futuras. Esta prática extensionista verifica as formas de utilização da água pela comunidade escolar, expõe os problemas referentes à crise hídrica e busca sensibilizar quantoao uso sustentável/consciente da água. Palavras-chave: Projeto de extensão. UNIMONTES. Água. Crise hídrica. Sensibilização. 1 Universidade Estadual de Montes Claros – UNIMONTES.[email protected] 2 Universidade Estadual de Montes Claros – UNIMONTES. [email protected] 3 Universidade Estadual de Montes Claros – UNIMONTES. [email protected] Revista Intercâmbio - vol. VIII - 2017 / ISSN - 2176-669X - Página 061

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EXTENSÃO E SUAS PRÁTICAS: crise hídrica, sensibilização da comunidade escolar e uso da água

EXTENSIONAND ITSPRACTICES: water crisis, awareness of school community and

use of water

Romana de Fátima Cordeiro Leite1

Luiz Andrei Gonçalves Pereira2

Carlos Alexandre de Bortolo3

RESUMO

Na ciência geográfica é de suma importância abordar o tema água, visando compreender

a distribuição espacial da vida animal e vegetal na superfície terrestre, bem como o seu

uso diário pela população. O objetivo deste artigo é descrever o desenvolvimento de

atividades práticas de extensão na escola Estadual Professor Plínio Ribeiro, que buscou

sensibilizar a comunidade escolar para o uso consciente da água em momento de crise

hídrica. Os procedimentos metodológicos adotados foram a revisão de literatura e a

aplicação de 189 questionários junto a comunidade escolar, focando no uso da água em

suas práticas cotidianas. Á água é preciosa para manutenção da vida na superfície

terrestre, mas em uma crise hídrica, os abusos no seu uso pelas atividades econômicas e

pela população podem comprometer a sobrevivência de gerações futuras. Esta prática

extensionista verifica as formas de utilização da água pela comunidade escolar, expõe os

problemas referentes à crise hídrica e busca sensibilizar quantoao uso

sustentável/consciente da água.

Palavras-chave: Projeto de extensão. UNIMONTES. Água. Crise hídrica. Sensibilização.

1Universidade Estadual de Montes Claros – [email protected] 2Universidade Estadual de Montes Claros – UNIMONTES. [email protected] 3Universidade Estadual de Montes Claros – UNIMONTES. [email protected]

Revista Intercâmbio - vol. VIII - 2017 / ISSN - 2176-669X - Página 061

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ABSTRACT In geographical Science, it is very important to approach the water issue to understand the

spatial distribution of plant and animal life on Earth's surface, and itsdaily use by the

population. This article aims to describe the development of practical extension activities at

the State School Professor PlínioRibeiro, seeking to raise awareness of the school

community for the conscious use of water in a moment of water crisis. Methodological

procedures adopted literature review and application of 189 questionnaires to the school

community, focusing on water use in their daily practices. Water is precious for sustaining

life on Earth's surface,but in a water crisis, the misuses in economic activities and by

population could jeopardize the survival of future generations. This extension project

checks the forms of water use by school community, exposes the problems related to the

water crisis and seeks to raise awareness of sustainable / conscientious useof the water.

Keywords: UNIMONTES. Extension project, Water, Water crisis, Awareness. INTRODUÇÃO

Na ciência geográfica é de suma importância à abordagem da temática água

para compreensão da distribuição espacial da vida animal e vegetal na superfície

terrestre, bem como o seu uso diário nas atividades econômicas e pela população para o

consumo humano em um momento de crise hídrica. Esta prática extensionista é uma

forma de aproximação entre a Universidade Estadual de Montes Claros (UNIMONTES) e

a comunidade escolar na cidade de Montes Claros, buscando investigar o uso cotidiano

da água pela comunidade escolar. Após este processo, serão desenvolvidas atividades

para mostrar a crise hídrica vivenciada pela sociedade contemporânea e propor ações

que a leve ao uso sustentável/consciente da água.

O problema de estudo está pautado na seguinte questão: como foram

desenvolvidas as atividades práticas de extensão para sensibilização da comunidade de

escolas públicas sobre o uso consciente da água em um contexto de crise hídrica?O

objetivo deste artigo é descrever o desenvolvimento de atividades práticas de extensão na

escola Estadual Professor Plínio Ribeiro, buscando a sensibilização da comunidade

escolar para o uso consciente da água em momento de crise hídrica.

Com relaçãoaos procedimentos metodológicos, este trabalho baseou-se em

um projeto de extensão desenvolvido pela Universidade Estadual de Montes Claros –

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UNIMONTES, na escola Estadual Professor Plínio Ribeiro, no dia 27 de novembro de

2015. Este artigo foi organizado em duas etapas: na primeira etapa, trabalhou-se a

revisão de literatura, basedas discussões de temáticas acerca da crise hídrica e da

adoção de medidas que levam ao uso consciente da água. Na segunda etapa, tabulou-se

e analisou-seos dados de 189questionários aplicados na comunidade escolar durante a

ação de extensão realizada no dia 27 de novembro de 2015 na II e III Mostra Escolar:

“Águas de Minas:potencial, aproveitamento, poluição e degradação”,para verificar como a

comunidade escolar faz uso da água em suas práticas cotidianas.Os resultados foram

organizados e apresentados em gráficos, elaborados no software Excel 2010. Além disso,

foi utilizado o software Arcgis 9.3 para mostrar a espacialização dos entrevistados por

bairro de Montes Claros.

Água: preciosidade para a vida

A abordagem da temática água na ciência geográfica é de suma importância

para compreender a distribuição espacial da vida animal e vegetal na superfície terrestre.

Para Vianna (2005, p. 343), a água é um:

Elemento físico-químico que, tal como conhecemos na natureza, cumpre funções biológicas e ambientais de suporte e meio para todos os seres vivos no planeta. A água é um bem de valor biológico e ambiental e um direito universal do homem. Exemplos: as águas correm nos rios, dando vida a uma bacia hidrográfica, entalhando seu relevo, regando solos e as plantas, evaporando e infiltrando no subsolo.

Aágua está presente em praticamente toda a superfície terrestre, podendo ser

visualizada em oceanos, rios, lagos, arroios, sangas, calotas polares (geleiras), chuvas,

dentre outras. Ela ocupa uma porção de aproximadamente 1,3 bilhões de quilômetros

cúbicos (km³), subdividida em água salgada encontrada no mar e água doce presente nos

rios, lagos e subsolos. Em sua distribuição, cerca de 97,2% da água do planeta é salgada,

praticamente imprópria para o consumo. Enquanto aproximadamente 2,8% da água é

doce, dividida em 2,38% para as geleiras, 0,39% é água subterrânea, 0,29 encontra-se

em lagos e rios, e 0,001% está na atmosfera (VICTORINO, 2007). Neste contexto, o

Mapa 01 mostra a espacialização dos corpos hídricos – água salgada e doce – no mundo.

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Mapa 01 – Distribuição espacial da água no mundo: oceanos, rios, lagos e áreas glaciais

Fonte: Natural Earth, 2016. Org. PEREIRA, L. A. G., 2016.

Na superfície terrestre, a água encontra-se armazenada e/ou em circulação

entre as camadas de rochas/solos e em “reservatórios” constituídos por rios, lagos e

oceanos. Portanto a água está presente na superfície e no subsolo (lençol freático). O

processo de circulação da água na superfície terrestre e na atmosfera ocorre em dois

sentidos: no primeiro, sentindo superfície-atmosfera, a água circula na forma de

evaporação oceânica e evapotranspiração continental; no segundo, sentido atmosfera-

superfície, a circulação se dá em qualquer estado físico, sendo mais comum na forma de

precipitação, granizo e neve (MIRANDA; OLIVEIRA; SILVA, 2010).

No processo de distribuição de água na superfície terrestre, os autores

Miranda, Oliveira e Silva (2010) destacam que a água apresenta três estados físicos:

líquido, sólido e gasoso, mantendo uma circulação contínua na superfície terrestre e na

atmosfera, através do ciclo hidrológico. Dessa forma, o ciclo hidrológico representa o

processo de circulação de água na superfície terrestre e na atmosfera, bem como a

interação entre as duas.

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Page 5: EXTENSÃO E SUAS PRÁTICAS: crise hídrica, sensibilização da

Considerando o ciclo hidrológico, Mendonça (2009, p. 6) definiu como “o

movimento permanente da água, resultante dos fenômenos de evaporação, transpiração,

precipitação, escoamento superficial, escoamento subterrâneo, infiltração, entre outros”. A

presença terrestre e atmosférica da água, representada pelo ciclo hidrológico, pode ser

visualizada na Figura 01.

Figura 01 –representação do ciclo hidrológico

Fonte: MENDONÇA, 2009, p. 6. Disponível em: <http://www.ebah.com.br/content/ABAAAAvToAC/apostila-

hidrologia>. Acesso em: 21 de agosto de 2016.

Diante do processo de circulação da água no espaço geográfico, por meio do

ciclo hidrológico, percebe-se a sua dinâmica na manutenção da vida de pessoas, animais

e plantas. Além disso, à água é muito utilizada nas atividades econômicas ligadas

principalmente a indústria, a pecuária, a agricultura, consumo doméstico, dentre outras. A

distribuição diferenciada entre água salgada e doce, lembrando que à água doce tem uma

oferta reduzida se comparada à água salgada. Desta forma, diantedo uso indiscriminado

da água, da poluição dos corpos hídricos e das mudanças climáticasresultantes dessas

atividades, destaca-se a necessidade do uso sustentávelda água no contexto de crise

hídrica, sendo este o assunto da próxima seção.

Recursos hídricos: usos e abusos da água

Ao iniciar a discussão acerca dos usos e dos abusos da água na sociedade

contemporânea, primeiramente é preciso pontuar as condições de consumo da água e a

crise hídrica vivenciada na atualidade. Neste contexto, torna-se necessário o

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desenvolvimento de ações que sensibilizem a população em geral a utilizar à água de

forma sustentável, visando conservá-la para garantir a sobrevivência de gerações futuras.

Mas a sensibilização da população para racionalizar o uso da água não é uma tarefa fácil,

pois envolve questões econômicas, sociais e culturais,que acabam influenciando nas

formas de se ter acesso à água.

Desde a antiguidade, a água vem sendo utilizada pela sociedade para atender

as necessidades fisiológicas das pessoas, preparação de alimentos, higienização e a

manutenção da agricultura pela irrigação. Desta forma, ao longo dos anos, foram-se

desenvolvendo diversas tecnologias para captar, transportar, tratar e distribuir a água,

garantindo assim, o fornecimento de água, uma vez que a água de boa qualidade

contribui para melhoria das condições de saúde da população (HELLER, 2006).É

importante observar que a água pode ser utiliza de diversas formas e para atender

diversas finalidades.

Uma comunidade faz uso da água para atender diversas necessidades,

segundo Heller (2006), estas podem ser agrupadas em uso comercial, industrial, público e

doméstico. O uso doméstico da água ocorre através da ingestão; da preparação de

alimentos; da higiene da moradia e pessoal; da limpeza de utensílios; lavagem de roupas

e de veículos; da descarga em vasos sanitários; das atividades econômicas domiciliares;

da irrigação de hortas, jardins e pomares e da criação de animais. Para Pádua e Ferreira

(2006), a água de consumo doméstico passa pelo processo de tratamento e de

distribuição, na medida em que o tratamento da água visa eliminar impurezas e micro-

organismos para fornecê-la de forma potável, com o intuito de não colocar em risco a

saúde da população. O aumento da demanda requer novos sistemas de captação, tais

como abertura de poços artesianos, construção de reservatórios, tratamento de esgotos e

ampliação da rede de distribuição.

No percurso da distribuição da água para o consumo doméstico, conforme

Libânio et al. (2006), as principais perdas ocorrem através de vazamentos nas tubulações

e de ligações clandestinas, popularmente apelidadas de “gato”. Além disso, Rebouças

(2003) pontua que do consumo de água pela população mundial, cerca de 10% é para

consumo residencial, 20% é consumida na atividade industrial e 70% do consumo

concentra-se na agricultura. O elevado consumo de água na agricultura resulta do

desperdício devido à utilização de métodos pouco eficientes de irrigação, principalmente

por meio de pivô central e aspersão convencional. Para Victorino (2007), os problemas

ligados à água não ocorrem por causa de fenômenos naturais e sim por causa do

desperdício de água nos domicílios e da poluição generalizada do meio ambiente.

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Os danos causados por problemas ligados a água advém do descasonoseuuso

irregulare inconsciente. O agravamento e a complexidade da crise da água são oriundos

dos problemas relacionados à disponibilidade, à intensa urbanização, à contaminação de

recursos hídricos por descargas, ao aumento da demanda para abastecimento por parte

das atividades econômicas e ao consumo residencial. Esses problemasperpetuam-se

pelas deficiências nas articulações e nas ações relacionadas com o planejamento e a

gestão dos recursos hídricos, visando à sustentabilidade ambiental (VICTORINO, 2007).

A irregularidade na distribuição da água, conforme Rebouças (2003),é um problema

visível por parte da população no racionamento e na falta d’água em determinados

momentos do(s) dia(s). As incertezas provocadas pelas mudanças climáticas e pelos

aspectos políticos e sociais tornam-se, na concepção de Marengo (2008), um empecilho

para o planejamento operacional e gerencial do recurso água, representando um sério

risco para os recursos hídricos, que podem trazer custos elevados para sociedade.

Em um contexto de usos e abusos da água para atender demandas

econômicas, políticas, sociais e ambientais, num momento em que à sociedade enfrenta

uma crise hídrica,isso passa a exigir ações e/ou medidas que sensibilizem a população a

utilizar a água de forma racional. Victorino (2007) destaca que é preciso solucionar ou

atenuar os efeitos das mudanças globais dos recursos hídricos através da adaptação e

conscientização da população, incluindo governantes, no desenvolvimento de tecnologias

avançadas de monitoramento e gestão da água, por meio da participação da comunidade.

Diversas ações poderão ser desenvolvidas também em escolas e

universidades, visando informar a comunidade acerca da real situação dos recursos

hídricos e da sua utilização, na medida em que a sensibilização/conscientização torna-se

elemento importante para pensar as políticas públicas voltadas para recursos

hídricos,garantindoassim esse bem, que é a água, para as gerações futuras. Diante disso,

na próxima seção, discutiu-se a questão da água – crises e medidas para o bom uso da

água – com a comunidade escolar na Escola Estadual Professor Plínio Ribeiro, na cidade

de Montes Claros, Minas Gerais.

Mostra: “Águas de Minas: potencial, aproveitamento, poluição e degradação”

Abordar a questão da água, principalmente no norte de Minas Gerais, é de

suma importância, uma vez que nos últimos anos a região está vivenciando longos

períodos de estiagem, com secas prolongadas, ocasionando a redução no volume d’água,

com rios e lençóis freáticos secando. Isso tem comprometido o abastecimento de água

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nas cidades e nas áreas rurais. Para Leite (2003), torna-se necessário dar ênfase aos

rios: São Francisco, Rio Jequitinhonha, Rio Verde Grande e Rio Viera devido

àimportância deles no contexto regional norte mineiro. O mapa 2 mostra a localização

geográfica da rede hidrográfica na região norte mineira.

Mapa 2 – Norte de Minas Gerais: localização geográfica dos rios

Fonte: Ministério do Meio Ambiente, 2015. Org. PEREIRA, L. A. G., 2016.

Considerando as bacias hidrográficas localizadas no norte de Minas Gerais,

Leite (2003, p. 62) pontua que:

Sob o aspecto hidrográfico, o Norte de Minas é drenado por 3 bacias consideradas, no Diagnóstico Ambiental Minas Gerais – CETEC (Fundação Centro Tecnológica do Estado de MG - 1997), como Bacias Federais, compreendendo a Bacia do São Francisco, a Bacia do Jequitinhonha e a Bacia do Pardo, sendo que, as duas últimas integram-se ao sistema de Bacias do Leste no território brasileiro (LEITE, 2003,p.62).

Nos limites da região norte mineira e da região do Vale do Jequitinhonha, está

localizado o rio Jequitinhonha. Segundo Leite (2003), dentre os principais formadores do

rio Jequitinhonha no norte de Minas, destacam-se os rios Vacaria, Salinas e Itacambiruçú.

A usina Hidrelétrica Presidente Juscelino Kubitschek – usina de Irapéestá localizada no

rio Jequitinhonha, cuja abrangência do lago atinge os municípios de Berilo, Grão Mogol,

Turmalina, Leme do Prado, José Gonçalves de Minas, Botumirim e Cristália.Inaugurada

em 2006, a usina pertenceaCompanhia Energética de Minas Gerais – CEMIG. Além

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desses rios, é preciso destacar o rio Vieras que drena a cidade de Montes Claros, e

recebe os efluentes montesclarenses, posteriormente são lançados no rio Verde Grande,

afluente da margem direita do rio São Francisco.

Nesse contexto de poluição das águas, dodesperdício da água e também de

escassez da água devido à baixa quantidade e/ou má distribuição de chuvas, o Projeto de

Extensão “Práticas Pedagógicas: Reflexão e Ação da Licenciatura em Geografia da

UNIMONTES”busca desenvolver práticas pedagógicas inovadoras, a serem usadas nas

aulas de regência de Geografia do ensino básico, sendo que este trabalho é uma mostra

fotográfica. A finalidade da mostra é sensibilizar a comunidade escolar paraa importância

e o uso racional da água, buscando divulgar as atividades desenvolvidas no curso de

Geografia, com destaque para os trabalhos de campo realizados por professores e

acadêmicos.Nas atividades desenvolvidas, os professores do curso de Geografia da

Universidade Estadual de Montes Claros (UNIMONTES)realizaram três trabalhos de

campo, como parte da carga horária das disciplinas: Biogeografia, Hidrografia, Geografia

da Energia e da Indústria, Geografia de Minas e Geografia do Brasil/Nordeste. Os locais

visitados foram: o Parque Nacional da Serra da Canastra, nascente do Rio São Francisco

no Sudoeste Mineiro; a Usina Hidrelétrica de Irapé, localizada no Rio Jequitinhonha e a

Fazenda Betânia nascente do Rio Vieira no município de Montes Claros no norte de

Minas Gerais. A partir desses trabalhos de campo, desenvolveu-se a mostra “Águas de

Minas: potencial, aproveitamento, poluição e degradação”.

Inicialmente, a mostra foi organizada conforme demanda da Prefeitura de

Japonvar (MG), para ser apresentada na sua 18ª Festa do Biscoito, que ocorreu no mês

de Junho de 2015 e teve como tema: “Água, Meio Ambiente e Preservação”. A partir do

mês de julho de 2015, a mostra passou a ser oferecida nas escolas de Educação Básica

na cidade de Montes Claros, sendo numerada e identificada de Mostra Escolar: “Águas de

Minas: potencial, aproveitamento, poluição e degradação”.

Ao longo do segundo semestre de 2015, foram desenvolvidas seis mostras em

três escolas da cidade de Montes Claros, subdivididas em duas mostras realizadas na

Escola Estadual Professor Plínio Ribeiro, duas na Escola Estadual Américo Martins e

mais duas na Escola Estadual Vereador Francisco Toffani, atendendo ao público nos

turnos Matutino e Vespertino, horários em que funcionam aulas do Ensino Fundamental e

Médio.A mostra compreendedez painéis fotográficos,com fotografias ampliadas e

organizadas portítulos e legendas explicativas para identificação das mesmas. As fotos

foram coladas em papel Paraná– um papelão de grande resistência– para facilitar o

transporte e a exposição, organizadas em quatro painéis da Usina Hidrelétrica de Irapé,

Revista Intercâmbio - vol. VIII - 2017 / ISSN - 2176-669X - Página 069

Page 10: EXTENSÃO E SUAS PRÁTICAS: crise hídrica, sensibilização da

quatro painéis da nascente do Rio Vieira e dois painéis da nascente do Rio São

Francisco.Para atendimento ao público, professores e acadêmicos voluntários do Curso

de Geografia realizaram palestras que explicavam as temáticas representadas pelas

fotografias expostas nos painéis. Também ocorreu a distribuição de panfletos e de

adesivos da campanha “Pingo Consciente”, visando sensibilizar a comunidade escolar

para o uso consciente da água.

As mostras “Águas de Minas: potencial, aproveitamento, poluição e

degradação” foram desenvolvidas na Escola Estadual Professor Plínio Ribeiro. A vista

panorâmica da infraestrutura predial deste educandário pode ser visualizada na Figura 1.

Figura 1 – Vista panorâmica da Escola Estadual Professor Plínio Ribeiro

Fonte: FERREIRA, I. N., 2016.

A escolha da Escola Estadual Professor Plínio Ribeiro ocorreu pelo fato desse

ser o principal educandário da cidade de Montes Claros, com 224 funcionários e 2.174

alunos, subdivididos em 607 matriculados no ensino fundamental e 1.567 matriculados no

ensino médio(dados do ano de 2015). Durante a realização das mostras foram aplicados

189questionários junto aos membros da comunidade escolar (Vide Tabela 1).

Tabela 1: Público atendido pela mostra: “Águas de Minas: potencial, aproveitamento, poluição e degradação” na Escola Estadual Professor Plínio Ribeiro.

Data

Turno

Nome

Número de

atendimento

27/11/2015 Matutino II Mostra Escolar: “Águas de Minas:

potencial, aproveitamento, poluição e degradação”

108

27/11/2015 Vespertino III Mostra Escolar: “Águas de Minas: potencial, aproveitamento, poluição e

degradação”

81

Total 189

Fonte: Relatório do Projeto de Extensão “Práticas Pedagógicas: Reflexão e Ação da Licenciatura em Geografia da Unimontes”, novembro de 2015.Org. LEITE, R. F. C., 2016.

Revista Intercâmbio - vol. VIII - 2017 / ISSN - 2176-669X - Página 070

Page 11: EXTENSÃO E SUAS PRÁTICAS: crise hídrica, sensibilização da

Com base no gráfico anterior, para saber como a comunidade escolar faz o uso

da água nas suas atividades cotidianas –uso doméstico –, foram aplicados 189

questionários,subdivididos em 107 questionários para o turno matutino e 81 questionários

para o turno vespertino. Cada questionário apresentava 10 perguntas para serem

respondidas pelo entrevistado. Ao analisar o Gráfico 1, observa-se que a maioria dos

entrevistados está concentrado na faixa etária de 11 a 15 anos, totalizando 90 membros;

seguida pela faixa etária entre 16 a 18 anos, que possui 70 membros. Enquanto a faixa

etária maior de 18 anos tem um total de 26 pessoas. E apenasum entrevistado na

categoriamaior de 10 anose dois não responderam à pergunta.

Gráfico 1 – Faixa etária dos entrevistados

Fonte: Relatório do Projeto de Extensão “Práticas Pedagógicas: Reflexão e Ação da Licenciatura em Geografia da Unimontes”, novembro de 2015. Org. LEITE, R. F. C., 2016.

Considerando a concentração dos entrevistados na faixa etária com idade

entre 11 a 18 anos, faixa etária em que os alunos estão frequentando o ambiente escolar,

escolaridade deles pode ser verificado no Gráfico 2. Neste gráfico, percebe-se que 73

membros tem o ensino médio incompleto, 61 membros possuem o fundamental

incompleto, enquanto 20 concluíram o ensino fundamental, 19 membros concluíram o

ensino médio e 16 membros cursaram o ensino superior.

26

90

70

1 2

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

> 18 anos 11-15 anos 16-18 anos mais de 10 anos Não respondeu

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Page 12: EXTENSÃO E SUAS PRÁTICAS: crise hídrica, sensibilização da

Gráfico 2 – Escolaridade dos entrevistados

Fonte: Relatório do Projeto de Extensão “Práticas Pedagógicas: Reflexão e Ação da Licenciatura em

Geografia da Unimontes”, novembro de 2015. Org. LEITE, R. F. C., 2016.

Após analisar a escolaridade, em seguida o foco foi a faixa de renda dos

entrevistados. O Gráfico 3 mostra que a maioria das famílias apresenta renda que varia

de um a três salários mínimos, totalizando 108 membros, enquanto a faixa de renda entre

quatro e seis salários tem 50 membros, sendo que 15 membros tem renda superior a sete

salários. 16 membros não responderam esta pergunta.

Gráfico 3 – Renda familiar dos entrevistados

Fonte: Relatório do Projeto de Extensão “Práticas Pedagógicas: Reflexão e Ação da Licenciatura em

Geografia da Unimontes”, novembro de 2015. Org. LEITE, R. F. C., 2016.

A renda está relacionada com o consumo, pois quanto maior a renda, a

tendência é de se ter consumo mais elevado. O uso do chuveiro quente aumenta o

consumo de energia e pode aumentar o tempo de banho, devido à comodidade e o

conforto. O Gráfico 4 informa o tempo de banho dos entrevistados, sendo que 70

61

20

73

19 16

0

10

20

30

40

50

60

70

80

Fundamentalincompleto

FundamentalCompleto

MédioIncompleto

Médio Completo Superior

15

108

50

16

0

20

40

60

80

100

120

> 7 Salários 1-3 salários 4-6 salários Não respondeu

Revista Intercâmbio - vol. VIII - 2017 / ISSN - 2176-669X - Página 072

Page 13: EXTENSÃO E SUAS PRÁTICAS: crise hídrica, sensibilização da

entrevistados responderam que gastam menos de 15 minutos no banho, enquanto 59

disseram que gastam exatamente 15 minutos, 58 membros afirmaram que gastam mais

de 15 minutos no banho e dois não responderam à pergunta.

Gráfico 4 – Tempo de banho dos entrevistados (minutos)

Fonte: Relatório do Projeto de Extensão “Práticas Pedagógicas: Reflexão e Ação da Licenciatura em

Geografia da Unimontes”, novembro de 2015. Org. LEITE, R. F. C., 2016.

Outra atividade cotidiana que gasta água é o período de escovação dos

dentes. O Gráfico 5 apresenta que dos 189 entrevistas, 162 fecham a torneira durante o

tempo que escovam os dentes, mas 24 entrevistados não fecham a torneira e três não

quiseram responder a pergunta.

Gráfico 5 – Período de escovação dos dentes, o entrevistado?

Fonte: Relatório do Projeto de Extensão “Práticas Pedagógicas: Reflexão e Ação da Licenciatura em

Geografia da Unimontes”, novembro de 2015. Org. LEITE, R. F. C., 2016.

70

58 59

2

0

10

20

30

40

50

60

70

80

< 15 min. > 15 min. 15 min. Não respondeu

162

24

3

0

20

40

60

80

100

120

140

160

180

Fecha torneira Não fecha torneira Não respondeu

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Page 14: EXTENSÃO E SUAS PRÁTICAS: crise hídrica, sensibilização da

Considerando o horário de molhar as plantas na casa de cada entrevistado,

verifica-se que 65 entrevistados molham as plantas antes das oito horas, 30 molham as

plantas entre oito e meio dia, 18 molham as plantas entre meio dia e dezoito horas e 48

molham as plantas a partir das dezoito horas, lembrando que 28 não responderam à

pergunta. Essas informações são mostradas no Gráfico 6.

Gráfico 6 – Horários que molham as plantas na casa do entrevistado

Fonte: Relatório do Projeto de Extensão “Práticas Pedagógicas: Reflexão e Ação da Licenciatura em

Geografia da Unimontes”, novembro de 2015. Org. LEITE, R. F. C., 2016.

Na utilização da água para lavar o carro, 83 entrevistados disseram que usam

o balde durante o processo de lavagem, enquanto 53 usaram a mangueira e 46 deles

informaram que não tem carro e sete não responderam essa pergunta (Vide Gráfico 7).

Gráfico 7 – Os equipamentos utilizados para lavar o carro

Fonte: Relatório do Projeto de Extensão “Práticas Pedagógicas: Reflexão e Ação da Licenciatura em

Geografia da Unimontes”, novembro de 2015. Org. LEITE, R. F. C., 2016.

65

30

18

48

28

0

10

20

30

40

50

60

70

antes 8:00h 8:00-12:00 h 12:00-16:00h após 18:00h Não respondeu

83

53

46

7

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

Balde Mangueira não tem carro Não respondeu

Revista Intercâmbio - vol. VIII - 2017 / ISSN - 2176-669X - Página 074

Page 15: EXTENSÃO E SUAS PRÁTICAS: crise hídrica, sensibilização da

Na contemporaneidade, um dos problemas vividos pela população urbana é a

falta d’água, que pode ser diária, semanal e até mesmo mensal, principalmente nos

bairros periféricos, localizados em áreas de relevo elevado. Para exemplificar isso, o

Gráfico 8 mostra que 119 entrevistados afirmam faltar água em determinado período do

dia, mas para 69 entrevistados não há falta d’água e um entrevistado não respondeu à

pergunta.

Gráfico 8 – Os equipamentos utilizados para lavar o carro

Fonte: Relatório do Projeto de Extensão “Práticas Pedagógicas: Reflexão e Ação da Licenciatura em

Geografia da Unimontes”, novembro de 2015. Org. LEITE, R. F. C., 2016.

Nas atividades cotidianas, a água é consumida para diversas finalidades, mas

em determinadas atividades a água pode ser reaproveitada. O Gráfico 9 demonstra que

143 membros da comunidade escolar reutilizam a água da máquina de lavar, 23 fazem o

reuso da água utilizada na lavagem de verduras e 23 membros não responderam ao

questionário. É importante destacar que a água advinda da máquina de lavar roupas pode

ser utilizada para dar descarga em vasos sanitários e para lavar o quintal. E as águas das

verduras podem ser reutilizadas, principalmente para molhar as plantas.

119

69

10

20

40

60

80

100

120

140

falta em determinadohorário

não falta Não respondeu

Revista Intercâmbio - vol. VIII - 2017 / ISSN - 2176-669X - Página 075

Page 16: EXTENSÃO E SUAS PRÁTICAS: crise hídrica, sensibilização da

Gráfico 9 – Reutilização da água pelos entrevistados

Fonte: Relatório do Projeto de Extensão “Práticas Pedagógicas: Reflexão e Ação da Licenciatura em

Geografia da Unimontes”, novembro de 2015. Org. LEITE, R. F. C., 2016.

Fechando esta seção, percebe-se que a água é utilizada para diversas

finalidades no consumo doméstico, tais como: tomar banho, escovar os dentes, lavar

carro, molhar plantas, etc. No entanto, às águas usadas na lavagem de roupas e de

verduras podem ser reutilizadas para dar descargas em vasos sanitários ou lavar quintal e

molhar as plantas, respectivamente. É preciso destacar que os efluentes das atividades

econômicas (indústrias) precisam de tratamento, para sódepois de tratados possam ser

lançados nos corpos hídricos, garantido assim, a vida da flora, da fauna e até mesmo da

população.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

As atividades práticas de extensão, através das mostras desenvolvidasna

Escola Estadual Professor Plínio Ribeiro contribuíram para a sensibilização desta

comunidadeno tocante ao uso consciente da água no atual contexto de crise hídrica.

Cotidianamente, nas atividades domésticas que envolvem o uso da água, a população

pode reduzir seu consumo através de medidas simples, tais como: desligar o chuveiro

quando estiver passando o sabão no corpo, desligar as torneiras durante a escovação,

eliminar os vazamentos da rede d’água, usar balde para lavar o carro e reutilizar a água

para descarga de vasos sanitários, lavar quintal e calçadas, dentre outras.

143

23 23

0

20

40

60

80

100

120

140

160

de máquina de lavar de verduras Não respondeu

Revista Intercâmbio - vol. VIII - 2017 / ISSN - 2176-669X - Página 076

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As mostras desenvolvidas em escolas públicas montesclarenses, com ênfase

na Escola Estadual Professor Plínio Ribeiro, foram uma forma de despertar o interesse da

comunidade escolar pela temática e também sensibilizá-los na disseminação da

necessidade do uso consciente da água todos os dias e não somente em momento de

secas prolongadas.Além das secas prolongadas, a poluição dos recursos hídricos e o uso

de grande quantidade de água nas atividades econômicas tornam-se fatores

preocupantes para sociedade contemporânea. Isso demanda a implementação de

políticas públicas para uso racional da água e para o tratamento de esgoto por parte dos

governantes e das companhias de saneamento básico.

As práticas de extensão desenvolvidas no curso de Geografia (UNIMONTES)

buscaram interagir com a comunidade escolar, com o intuito de sensibilizá-los quanto a

questão hídrica, que tanto tem preocupado a sociedade na atualidade.

REFERÊNCIAS HELLER, Léo. Abastecimento de água, sociedade e ambiente. In: HELLER, Léo; PÁDUA, Valter Lúcio de (org.). Abastecimento de água para consumo humano. Belo Horizonte: Editora: UFMG, 2006. LEITE, Romana de Fátima Cordeiro. NORTE DE MINAS E MONTES CLAROS: o significado do ensino superior na (re) configuração da rede urbana regional. 2003.191f. Dissertação (Mestrado em Geografia).Universidade Federal de Uberlândia-UFU, Uberlândia, 2003. LIBÂNIO, Marcelo et al. Consumo de água. In: HELLER, Léo; PÁDUA, Valter Lúcio de (org.). Abastecimento de água para consumo humano. Belo Horizonte: Editora: UFMG, 2006. MARENGO, José Antônio. Água e mudanças climáticas. Estudos Avançados, São Paulo, v. 22, n. 63, p. 83-96, 2008. MENDONÇA, Antônio Sérgio Ferreira. Hidrologia. Vitória: UFES, 2009. Disponível em: <http://www.ebah.com.br/content/ABAAAAvToAC/apostila-hidrologia>. Acesso em: 21 de agosto de 2016. MIRANDA, Ricardo Augusto Calheiros de; OLIVEIRA, Marcus Vinicius Siqueira de; SILVA, Danielle Ferreira da. Ciclo hidrológico planetário: abordagens e Conceitos. GEOUERJ, Rio de Janeiro, v. 1, n. 21, p. 109-119, 2010. Disponível em: <http://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/geouerj/article/view/1461>. Acesso em: 21 de agosto de 2016.

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Page 18: EXTENSÃO E SUAS PRÁTICAS: crise hídrica, sensibilização da

PÁDUA, Valter Lúcio de; FERREIRA, Andrea Cristina da Silva. Qualidade da água para consumo humano. In: HELLER, Léo; PÁDUA, Valter Lúcio de (org.). Abastecimento de água para consumo humano. Belo Horizonte: Editora: UFMG, 2006. REBOUÇAS, Aldo da C. Água no Brasil: abundância, desperdício e escassez. Bahia Análise e Dados, Salvador, v.13, n. especial, p. 341-345, 2003. VICTORINO, Célia Jurema A. Planeta água morrendo de sede: uma visão analítica na metodologia do uso e abuso dos recursos hídricos. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2007.

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