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FACULDADE ASSIS GURGACZ DANIEL BONDAN
MAYCON RODRIGUES SABARÁ
ANALISE DE CUSTO BENEFICIO NA IMPLANTAÇÃO DE UM SEC ADOR DE CEREAIS
CASCAVEL-PR 2012
DANIEL BONDAN MAYCON RODRIGUES SABARÁ
ANALISE DE CUSTO BENEFICIO NA IMPLANTAÇÃO DE UM SEC ADOR DE CEREAIS
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como requisito parcial de conclusão do curso de Bacharel em Administração da Faculdade Assis Gurgacz – FAG. Orientadora: Professora Evanilde Pereira
Salles Lange.
CASCAVEL-PR
2012
DANIEL BONDAN MAYCON RODRIGUES SABARÁ
ANALISE DE CUSTO BENEFICIO NA IMPLANTAÇÃO DE UM SEC ADOR DE
CEREAIS
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado no curso de administração, da faculdade Assis Gurgacz, como requisito parcial para obtenção do titulo de bacharel
em administração, sob a orientação da professora Evanilde Pereira Salles Lange.
BANCA EXAMINADORA
______________________________________
Professora Orientadora: Evanilde Pereira Salles Lange Faculdade Assis Gurgacz
____________________________________
Professor avaliador Faculdade Assis Gurgacz
_________________________________
Professor avaliador Faculdade Assis Gurgacz
Cascavel, _____de________de 2012.
DEDICATÓRIA
Dedicamos este trabalho primeiramente a Deus, pois sem ele nada seria
possível.
Aos nossos familiares, que sem ajuda deles também não seria possível realizar
esta pesquisa.
Aos nossos mestres que ao longo de nossa graduação vieram criando em nós
este desejo de ciência e nos mostraram como é bom saber sempre mais.
Em especial a nossa Orientadora Evanilde Pereira Sales Lange pela paciência
compreensão, disposição e principalmente a dedicação demonstrada no
decorrer do projeto.
Enfim a todos que de alguma forma tornaram hoje não o fim, mas o inicio de
uma carreira cheia de metas e objetivos os quais sempre serão alcançados.
Maycon, Daniel
AGRADECIMENTOS A todos aqueles que, direta ou indiretamente, colaboraram para este
trabalho. A nossos familiares que sempre incentivaram nos momentos difíceis, aos nossos professores que ao longo dos anos soube nos guiar perante as incertezas da graduação e hoje somos resultados desse trabalho excelente.
Agradecimento especial ao Jeferson Medina funcionário da empresa em estudo que nos apresentou os orçamentos que foram solicitados.
Maycon, Daniel.
“Muda que quando a gente muda o mundo muda com a gente A gente muda o mundo na mudança da mente
E quando a mente muda a gente anda pra frente E quando a gente manda ninguém manda na gente!
Na mudança de atitude não há mal que não se mude nem doença sem cura Na mudança de postura a gente fica mais seguro
Na mudança do presente a gente molda o futuro!”. (Gabriel Pensador)
RESUMO
Nos dias de hoje a agricultura nacional está em constante crescimento, e, fazer a diferença é imprescindível, diferença esta que pode ser alcançada diminuindo a competitividade entre vendedores de cereais que comercializam soja e milho sem padronização chegando muitas vezes em umidade superior a 29%, aonde são desprivilegiados por terem que pagar por esta diferença na padronização que em média seria 13% ou 14%. Este trabalho tem por objetivo geral, analisar os custos da implantação de secador de cereais e os benefícios em padronizar o milho e a soja na propriedade. Onde são descritos também como objetivos específicos, levantar os custos necessários para implantação do secador, pesquisar a demanda de milho e soja e os descontos pela umidade na venda; Levantar as necessidades para a secagem de milho e soja; Propor a instalação de secadores. Tendo como problema o seguinte questionamento: Qual o custo e os benefícios na implantação do secador para processar o produto antes de negociá-lo? Para tal, na coleta dos dados primários são representados relatórios e tabelas com dados referentes à implantação de secadores, e os descontos na hora da entrega do produto padronizado. Também se avalia relatórios e documentos de empresas para verificar os dados de recebimento, armazenamento, secagem e distribuição do milho e da soja, no intuito de saber a quantidade produzida. E por término, foram estruturadas tabelas onde se verifica os custos da entrega do produto sem padronização. Os descontos de acordo com a umidade e impureza da soja e do milho.
Palavras-chave: Secadores grãos, Milho, Soja.
ABSTRACT
Nowadays the national agriculture is constantly growing, and making a difference is essential, a difference that can be achieved by decreasing the competitiveness among vendors who sell grain corn and soybeans without standardization often coming in humidity exceeding 29%, where are disadvantaged by having to pay for this difference in standardization that on average would be 13 or 14%. This work aims generally analyze the costs of deploying grain dryer and benefits in standardizing corn and soybeans on the property. Where are described as well as specific objectives, raise the costs necessary to implement the dryer, research the demand for corn and soybeans and discounts on sale by moisture; lift needs for drying corn and soybeans; propose the installation of dryers. Having problem as the following question: What is the cost and benefits in deploying the dryer to process the product before trading it? Thus, for the collection of primary data are represented with tables and reports data regarding the deployment of dryers, and discounts at the time of delivery of standardized product. It also evaluates company reports and documents to verify the data of receiving, storing, drying and distribution of corn and soybeans in order to know the quantity produced. And by the end, were structured tables where there is the cost of delivering the product without standardization. The discounts according to the moisture and impurity of soybeans and corn. Keywords: Grain Dryers. Corn. Soybeans. Agribusiness.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 1 – Consilos industrial Ltda. vista aérea 51
Figura 2 – Máquina de pré-limpeza e limpeza 52
Figura 3 – Localização Geográfica 53
Figura 4 – Localização Geográfica 54
LISTA DE QUADROS
Quadro 1 Capacidade de Secagem – CONSILOS 36
Quadro 2 Custo do secador – CONSILOS 37
Quadro 3 Desconto de Umidade Milho – OCEPAR 38
Quadro 4 Simulação Entrega de Milho a Industrias 50 (al) – OCEPAR 40
Quadro 5 Desconto de Umidade Soja – OCEPAR 41
Quadro 6 Simulação Entrega Soja a Industrias – OCEPAR 42
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 13
1.1 FORMULAÇÃO DO TEMA .................................................................................. 14
1.2 FORMULAÇÃO DO PROBLEMA ........................................................................ 14
1.3 FORMULAÇAO DA HIPOTESE .......................................................................... 15
1.4 OBJETIVOS GERAL E ESPECÍFICOS ............................................................... 15
1.4.1 Objetivo geral ................................................................................................... 15
1.4.2 Objetivos específicos........................................................................................ 15
1.5 JUSTIFICATIVA .................................................................................................. 16
2 ORGANIZAÇÃO EM ESTUDO ........................... ................................................... 18
2.1 LOCALIZAÇÃO E ABRANGÊNCIA ..................................................................... 18
3 REFERENCIAL TEÓRICO ............................. ........................................................ 19
3.1 TEORIAS DA ADMINISTRAÇÃO ........................................................................ 19
3.1.1 Teoria Cientifica ............................................................................................... 21
3.1.2 Teoria contingencial ......................................................................................... 22
3.2 ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO ................................................................... 23
3.3 A IMPORTÂNCIA DO MILHO EM CADEIAS PRODUTIVAS .............................. 24
3.4 A SOJA NO BRASIL............................................................................................ 25
3.5 AGRONEGOCIO NO BRASIL ............................................................................. 27
3.6 ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA ........................................................................ 28
3.6.1 Valor Presente Líquido ..................................................................................... 28
3.6.2 Taxa Interna de Retorno ................................................................................... 28
3.6.3 Payback ............................................................................................................ 29
4 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS............................................................... 30
4.1 TIPOS E TRATAMENTO DOS DADOS DA PESQUISA ..................................... 30
4.1.1 Pesquisa Exploratória e Pesquisa Bibliográfica ............................................... 30
4.1.2 Qualitativa e Quantitativa ................................................................................. 31
4.1.3 Primários e Secundários .................................................................................. 31
4.2 PROCEDIMENTOS PARA A COLETA DE DADOS ............................................ 32
4.2.1 Definição da população e amostra ................................................................... 32
4.2.2 Critérios de inclusão ou exclusão ..................................................................... 32
4.3 INSTRUMENTOS PARA A COLETA DE DADOS ............................................... 33
4.4 TRATAMENTO DAS INFORMAÇÕES ................................................................ 33
4.5 DELIMITAÇÕES, LOCAL DE REALIZAÇÃO DA PESQUISA E
INFRAESTRUTURA NECESSÁRIA. ......................................................................... 33
4.6 CRONOGRAMA .................................................................................................. 34
4.6.1 Orçamento ........................................................................................................ 34
5 COLETA E ANALISE DOS DADOS ...................... ................................................ 35
5.1 NORMAS DE PADRONIZAÇÃO ......................................................................... 36
5.2 CUSTOS DE SECADOR ..................................................................................... 37
5.3 DESCONTOS DE UMIDADE DO MILHO ............................................................ 39
5.4 DESCONTOS DE UNIDADE DA SOJA .............................................................. 40
6 SUGESTÕES E RECOMENDAÇÕES ................................................................... 43
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................ ....................................................... 44
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 46
ANEXO 1 ORÇAMENTO SECADOR 30 TONELADAS 49
ANEXO 2 ORÇAMENTO SECADOR 60 TONELADAS 50
13
1 INTRODUÇÃO
Esta pesquisa é um diagnóstico que analisou os custos de implantação de
secador de cereais em propriedades que trabalham com milho e soja, trazendo
também analise de preços e descontos devida a umidade do grão, e, o período de
retorno do investimento.
No processamento de produtos agrícolas, segundo a Conab e o IBGE, a
secagem de grãos é uma das fases do pré-processamento que tem a função de
eliminar a quantidade de água, ou seja, a umidade nele contida, esta remoção deve
ser feita de maneira que o produto mantenha sua aparência, qualidade nutritiva e
alcance o índice de 13% para o milho e 14% para a soja que é considerada a média
padrão no que se refere umidade do grão.
As vantagens da secagem de grãos estão relacionadas à armazenagem por
um período maior, antecipação da colheita, menor desperdício de produto no campo,
entre outros fatores. A competitividade no mundo do agronegócio é tão acirrada
quanto em outros ramos de atividade e a produtividade de grãos está aumentando a
cada ano. A padronização do grão na própria propriedade gera uma vantagem
competitiva ao produtor que tem a condição de vender o produto com preços
melhores sem prejudicar a sequencia em outras cadeias produtivas que estes grãos
são em muitas vezes a principal matéria prima.
O mercado tecnológico oferece equipamentos para melhoria dos processos
de secagem de grãos e atingir um nível de profissionalização adequado para
atender os padrões de qualidade exigidos. Diante de tudo isso, a implantação de
secadores tornou-se imprescindível e os gestores devem controlar de perto os
custos para que estes não sejam elevados a ponto de comprometer a rentabilidade
ao fim do processo de produção.
A presente pesquisa busca avaliar os custos de implantação de secador de
cereais e os benefícios após a padronização, o estudo foi realizado na empresa
Consilos Industrial SA, que atua na área de montadora de silos há 30 anos.
14
1.1 FORMULAÇÃO DO TEMA
A soja segundo dados da Embrapa - Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária
tem nos dias de hoje o preço da saca acima R$ 60,00. E afirmam ser o melhor valor
da história do produto. O milho e o farelo da soja são os principais itens na matéria
prima para as fabricas de rações, esta por sua vez abastece a suinocultura, aviários
e outros criadores de animais que fazem uso da ração destes cereais. Além das
indústrias de alimentos que industrializam estes cereais nas mais diversas formas.
O alimento para frango, por exemplo, tem como principal ingrediente o milho,
que corresponde a 60% da base desta ração, com o aumento da produção de frango
o aumento na produção de milho deve ser correspondente, este pode se dar com a
construção de secadores que proporcionaria a estes produtores a condição de
ofertar o produto já padronizado tendo menos prejuízos com os descontos devidos a
umidade do grão.
1.2 FORMULAÇÃO DO PROBLEMA
Nos dias de hoje a agricultura nacional está em constante crescimento, e
fazer a diferença é imprescindível, diferença esta que pode ser alcançada
diminuindo a competitividade entre vendedores de cereais que vendem seus
produtos sem padronização chegando muitas vezes em umidade superior a 29%,
onde são desprivilegiados por terem que pagar por esta diferença na padronização
que em média seria 13% ou 14%.
Este desconto que varia de R$3,00 a R$5,00 por saca faz muita diferença
quando se trata de toneladas de grãos. O produto padronizado chega a ter 0% de
desconto melhorando e muito o preço por saca do produto.
Estes índices são demonstrados no decorrer deste trabalho em tabelas
detalhadas de fácil compreensão. Partindo destas informações verificou-se por meio
da pesquisa.
15
Qual o custo e os benefícios na implantação do secador para processar o
produto antes de negociá-lo?
1.3 FORMULAÇAO DA HIPOTESE
O produto húmido tem suas limitações no que tange a negociação por ser
relativo o preço entre os compradores, mas se for padronizado. Com a construção
de um secador acontecerá à redução de custos, pelos preços fixos pagos pelo
produto já pronto para o uso. Se não for padronizado via processamento por secador
não ocorrerá redução de custos.
1.4 OBJETIVOS GERAL E ESPECÍFICOS
1.4.1 Objetivo geral
Analisar os custos da implantação de secador de cereais e os benefícios em
padronizar o milho e a soja na propriedade.
1.4.2 Objetivos específicos
A) Levantar os custos necessários para implantação do secador;
B) Pesquisar a demanda de milho e soja e os descontos pela umidade na
venda.
C) Levantar as necessidades para a secagem de milho e soja.
D) Propor a instalação de secadores.
16
1.5 JUSTIFICATIVA
No Brasil, conforme dados levantados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística - IBGE, 70% do frango exportado tem sua produção no estado do
Paraná, Santa Catarina e Rio grande do Sul, com o crescimento projetado em 2,89%
no período de 2008 a 2018/19. Para acompanhar este desenvolvimento a análise de
projeção do milho para o mesmo período, está previsto em 2,33% na produção,
1,99% para consumo e 7,37% para exportação, a média de crescimento mundial na
produção de milho é de 0,33%, o Brasil deverá crescer 1,4%, está vantagem se dá
pela quantidade territorial produtiva ser maior em relação aos outros países.
A projeção para safra de soja do Brasil 2012/2013, produto que tem sua
parcela menor na ração onde é utilizado apenas o seu farelo, tem como principais
atividades a exportação e as indústrias de óleo de cozinha. Com plantio a partir de
meados de setembro foi elevada para 81 milhões de toneladas, ante 78 milhões da
estimativa de julho, segundo o USDA, (United States Department of Agriculture).
O acompanhamento de safra brasileira elaborada pela Companhia Nacional
de Abastecimento – Conab, em parceria com o Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística - IBGE, em fevereiro de 2012, dentre as principais culturas do verão, o
milho segunda safra apresenta acréscimos de 13,6% ou 801,3 mil hectares na área
de cultivo, seguido de milho primeira safra com ganho de 9,0% ou 714,8 mil
hectares, este aumento significativo teve estímulo pelos bons preços de mercado
apesar de prejuízos consolidados pela estiagem nas regiões Oeste, Noroeste e
sudeste, a produção esperada para 2011/12 deve ficar em 60,830,8 mil toneladas.,
Entre os Países o Brasil se destaca pela produção de grãos, o estado do
Paraná detém boa parte dessa produção na região oeste do estado , a produção de
grãos destaca-se dentre outras a soja e o milho que abastece as industrias de ração
animal impulsionando o agronegócio.
O perfil agrícola e a vocação regional de produção, o agronegócio se
apresenta com crescimento para tentar a demanda nacional e nas exportações. As
propriedades rurais no decorrer dos anos vem aperfeiçoando , modernizando para o
aumento da produção com aplicação de técnicas e a capacitação .Essa pesquisa
visa buscar na empresa que produz ,instala e da manutenção a silos. Esse produto
destina-se a padronização e técnicas de manuseio de cereais. cujo resultado é o
17
tratamento do grão , retirando as impurezas e a umidade ou seja tornando o produto
limpo e seco , onde resulta na qualidade para o armazenamento e uma posterior
comercialização do grão.
18
2 ORGANIZAÇÃO EM ESTUDO
A CONSILOS INDUSTRIAL LTDA organização que atua ha 30 anos no
mercado fabricando máquinas, equipamentos e aparelhos para transporte, elevação
e armazenamento de grãos. Localizada numa região estrategicamente favorável
pelos fatores climáticos, a venda de seus produtos atende aos principais mercados
brasileiros e internacionais. Com Sede Administrativa em Cascavel.
2.1 LOCALIZAÇÃO E ABRANGÊNCIA
A localização da empresa que monta e fornece secadores para silos é na
Rod. BR-277, Km 593,5. 14 de Novembro Cascavel/PR. Figura 1.
Empresa com sede administrativa em Cascavel - PR, a história da
CONSILOS teve início em dezembro de 1982, instalada em um barracão alugado no
centro da cidade de Cascavel, começou a fabricar peças de reposição para
equipamentos de armazenagem. A atividade principal da empresa era fazer
consertos de silos, daí o nome da empresa: CONSILOS.
Já nos dias de hoje a Consilos está presente desde pequenas propriedades
até grandes indústrias brasileiras e internacionais.
Ao longo dos últimos dez anos a Empresa Consilos foi crescendo, novos
clientes foram conquistados e o resultado foi aparecendo. Os silos, secadores e
demais produtos da Consilos começaram a surgir nas mais diversas regiões
produtoras do País e fora dele. O mercado foi sendo conquistado gradativamente.
No início os equipamentos foram instalados em fazendas e pequenas
empresas cerealistas. Hoje os equipamentos Consilos estão em importantes
cooperativas e indústrias do país.
19
3 REFERENCIAL TEÓRICO
3.1 TEORIAS DA ADMINISTRAÇÃO
A Teoria da Administração começou com a ênfase nas tarefas na
Administração Científica de Taylor, em seguida na ênfase na estrutura na Teoria
Clássica de Fayol e com a Teoria da Burocracia de Weber, e seguindo-se mais tarde
a Teoria Estruturalista da Administração. A reação humanística surgiu com a ênfase
nas pessoas através da Teoria das Relações Humanas, mais tarde desenvolvida
pela Teoria Comportamental e pela Teoria do Desenvolvimento Organizacional.
(CHIAVENATO, 2004)
De acordo com o mesmo autor a ênfase no ambiente surgiu com a Teoria
dos Sistemas, sendo completada pela Teoria da Contingência. Esta, posteriormente,
desenvolveu a ênfase na tecnologia. E cada uma dessas cinco variáveis tarefas,
estrutura, pessoas, ambiente e tecnologia provocou a seu tempo uma diferente
teoria administrativa, marcando um gradativo passo no desenvolvimento da teoria
geral da administração.
Para Lacombe e Heiborn (2003, p.49), o conceito de administração não se
difere muito de outros autores, afirmando assim que administrar é: “[...] Planejar,
organizar, liderar, coordenar, e controlar as atividades de uma unidade
organizacional, empresa ou grupo de empresas”, ou seja, identifica e diagnostica
suas deficiências e aspectos positivos, e mostra para a empresa metas e programas
para acabar com as deficiências e aumentar os aspectos positivos e com isso tomar
as decisões necessárias para atingir as metas.
Baseando-se nos estudos de Chiavenato (1997), a administração é uma das
áreas do conhecimento humano mais complexo e com desafios, pois o profissional
desta área pode trabalhar em diferentes níveis de especializações sendo estas
extremamente diferentes e diversificadas e em cada organização, o administrador
esta incumbido de solucionar problemas, planejar e desenvolver estratégias,
20
dimensionar recursos, e efetuar diagnósticos de diferentes situações que possam vir
a existir naquela organização.
De acordo com o mesmo autor desenvolvimento organizacional (D.O), é
tomado numa perspectiva sistêmica e contingencial das organizações, ligado aos
conceitos de inovação, mudança e de capacidade adaptativa da organização à
mudança, tem a ver com uma estratégia educacional complexa destinada a mudar
as crenças, atitudes, valores, práticas e estruturas da organização para que possa
adaptar-se melhor às novas tecnologias, mercados e mudanças.
Conforme Andrade e Amboni (2007 p. 68) “A D.O visa à clara percepção do
que esta ocorrendo nos ambientes interno e externo da organização” dessa forma
conclui-se que envolve a organização como um todo e seus ambientes internos e
externos.
Este desenvolvimento organizacional, ferramenta do planejamento
estratégico conforme Oliveira (1999) é um processo para o desenvolvimento de um
empreendimento em forma de produto ou crescimento profissional possibilitando
atingir seus objetivos pela medição dos recursos, pela análise das oportunidades de
mercado e dando a este a formação exata para o produto frente ao mercado. E
através desse processo é possível criar hipóteses futuras mensurando os recursos
necessários para atingir os objetivos da organização.
Segundo Bethlem (1998) as organizações precisam interagir com o
ambiente, tanto quanto as tendências atuais, quanto as do futuro, visando à
sobrevivência e a competitividade, pois o ambiente encontra-se em constante
manutenção e incerteza. A administração tornou-se de extrema importância na
condução da sociedade moderna, sendo que através dela as coisas podem ser
realizadas e/ou resolvidas da melhor forma.
De acordo com o mesmo autor a ênfase dessa teoria é dada na gestão de
pessoas e processos. Representa o estudo da estrutura e o estudo do
comportamento humano nas organizações, integrados através de um tratamento
sistêmico. Seus diversos modelos consideram basicamente quatro variáveis: o meio
ambiente, a organização, o grupo social, e o indivíduo.
21
3.1.1 Teoria Cientifica
Segundo Santos (2008) a teoria cientifica surgiu no século XX, e tinha como
objetivo o aumento da eficiência das organizações e do trabalho, essa abordagem
buscava determinar cientificamente os melhores métodos para a realização de
qualquer tarefa. Tinha por objetivo resolver os problemas que resultam das relações
entre operários, assim, como consequência, as relações humanas dentro da
empresa são modificadas e o bom operário é aquele que não discute as ordens,
nem as instruções; faz o que lhe mandam fazer.
Os quatro princípios fundamentais da Administração Científica são: o
planejamento, a preparação dos trabalhadores, o controle e a execução.
De acordo com Andrade e Amboni (2007 p.52):
Segundo Taylor, como defensor da aplicação dos métodos científicos, defendia que a organização e a administração devem ser estudadas e analisadas segundo os princípios científicos. Não basta o administrador compreender as organizações de forma empírica, por si só. Taylor estava preocupado com o desenvolvimento de uma ciência para a administração.
Já na visão de Chiavenato (1997, p.91) “Taylor salienta que a maioria das
pessoas acredita que os interesses fundamentais dos empregadores e dos
empregados são necessariamente antagônicos.” Esses interesses contrários
fortalecem a procura por métodos científicos para entender e atender os objetivos
por ambos procurados, de forma a vincular estes aos específicos da organização
fixando assim formas padronizadas de buscar tais resultados. E a principal crítica à
administração científica é o mecanicismo. A administração científica restringiu-se às
tarefas e aos fatores diretamente relacionados com o cargo e a função do operário.
Embora a organização seja constituída de pessoas, deu-se pouca atenção
ao elemento humano e concebeu-se a organização como Chiavenato (2004, p.21)
"um arranjo rígido e estático de peças", ou seja, como uma máquina: assim como
construímos uma máquina como um conjunto de peças e especificações, também
construímos uma organização de acordo com um projeto. daí a denominação teoria
da máquina dada à Administração Científica.
22
As principais ferramentas da Administração Científica foram os estudos dos
tempos e movimentos. Os períodos de descanso durante o dia de trabalho foram
estudados em termos de recuperação da fadiga fisiológica. Os salários e
pagamentos de incentivos, como fontes de motivação, foram concebidos em termos
de um modelo do homem econômico. A suposição é a de que os empregados ainda
conforme Chiavenato (2004) "são essencialmente instrumentos passivos, capazes
de executar o trabalho e receber ordens, mas sem poder de iniciativa e sem
exercerem influência provida de qualquer significado".
Silva (2002) nos diz conforme os princípios de Taylor, que a administração
cientifica consiste de princípios gerias amplos, que pode ser aplicado de varias
formas, visando incrementar e atingir uma melhor maneira de realizar o trabalho.
3.1.2 Teoria contingencial
Para Escobar e Lobo (2002) a Teoria Contingente se iniciou com o trabalho
de Woodward em 1958, ao estudar as relações entre estrutura e tecnologia.
Khandwalla, nos anos 70, apontou que o êxito de uma empresa não dependia do
uso de um determinado parâmetro (a formalização, a centralização e outros), e sim
da combinação dos parâmetros mais adequados. Na sequencia Motta (2007, p.85)
argumenta que “Entende-se por contingência um conjunto de conhecimentos,
derivados de diversos empreendimentos de pesquisa de campo que procuram
delimitar a validade dos princípios gerais de administração a situações específicas.”
Não existe uma causalidade direta entre variáveis independentes e
dependentes, pois o ambiente não causa a ocorrência de técnicas administrativas.
Em vez de uma relação de causa e efeito entre as variáveis independentes do
ambiente e as variáveis administrativas dependentes, existe uma relação funcional
entre elas. Essa relação funcional é do tipo “se-então” e pode levar a um alcance
eficaz dos objetivos da organização. Andrade e Amboni (2007) cita Woodward
(2001) que não há nada de absoluto nas organizações, ou na teoria administrativa,
tudo é relativo.
23
Outra pesquisa realizada em 1972 e é considerado como uma referência
para a teoria contingencial, (LAWRENCE e LORSCH, 1972) de uma maneira geral, a
pesquisa concluiu que as indústrias com elevado desempenho apresentam maior
ajustamento às necessidades do ambiente através da alta diferenciação e integração
interdepartamental, esta última obtido por meio de um trabalho conjunto e integrado.
Sua fundamentação está na teoria dos sistemas. Enfatiza que não há nada
absoluto nas organizações ou na teoria administrativa; tudo é relativo, tudo depende,
de acordo com Escobar e Lobo (2002); Motta (2007); Andrade e Amboni (2007).
Explica ainda que existe uma relação funcional entre as condições do
ambiente e as técnicas administrativas apropriadas para o alcance eficaz dos
objetivos das organizações, conclui o autor Lawrence e Lorsch (1972).
Na atualidade é ainda mais fácil perceber essa oscilação do dia a dia
organizacional, temos números assustadores de empresas que abrem e fecham
suas portas devida a má gestão do fluxo de informações, que muitas vezes não são
interpretadas como deveriam ser ou simplesmente são usadas de acordo com
resultados da aplicabilidade em outras empresas resultando quase sempre em
fracasso. Essa teoria impõe que o que funciona em determinada organização não
funciona em outra que tudo depende ou seja tudo é relativo, "A teoria da
contingencia significa que a resposta do administrador depende da identificação das
contingencias-chave em uma situação organizacional" (DAFT, 1999, p. 33).
3.2 ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO
Na administração da produção tem-se o conceito de Slack, Chambers e
Johnston (2002, p.32), “Administração da produção, representa reunião de recursos
destinados à produção de seus bens e serviços”.
A partir de uma perspectiva operacional, a administração da produção pode
ser vista como um conjunto de componentes, cuja função está concentrada na
conversão de um número de insumos em algum resultado desejado. Essa conversão
é denominada processo de transformação, que costuma ser tratado como núcleo
técnico, especialmente em organizações de manufatura. Um componente pode ser
24
uma máquina, uma pessoa, uma ferramenta, ou um sistema gerencial. Um insumo
pode ser uma matéria-prima, uma pessoa ou um produto acabado de outro
processo, salientam os autores Slack, Chambers e Johnston (2002).
De acordo com Martins e Laugeni (2003) as atividades exercidas em uma
empresa, sejam elas de curto, médio ou longo prazo, se inter-relacionam de forma
complexa, ou seja, transformando matérias primas em produtos ou serviços
acabados que consomem recursos e não agregam valores aos produtos finais.
De acordo com Marques (2010) é responsável pelo desenvolvimento do
sistema produtivo de uma empresa, onde se trabalha com o planejamento,
organização, previsão, coordenação e controle da produção empresarial.
Podemos afirmar que todas as atividades desenvolvidas por uma empresa visando atender seus objetivos de curto, médio e longos prazos, se inter-relacionam, muitas vezes de forma extremamente complexa. Como tais atividades, na tentativa de transformar insumos, tais como matérias prima, em produtos acabados e/ou serviços, consomem recursos e nem sempre agregam valor ao produto final, constitui objetivo da Administração da Produção/Operações a gestão eficaz dessas atividades. (MARTINS e LAUGENI, 2003, p. 05)
Ainda de acordo com Martins e Laugeni (2003), a produção é entendida
como um conjunto de atividades que transformam um bem em outro com maior
utilidade, esta técnica acompanha o homem desde sua origem. Com o passar do
tempo, muitas pessoas se mostraram extremamente habilidosas na produção de
certos bens, e passaram a produzi-los mediante solicitação de terceiros.
É a tomada de decisões quanto aos recursos produtivos ou mais
diretamente as formas de utilizá-los, do ponto de vista administrativo, com o intuito
de conseguir melhores resultados, assim descrevem os Martins e Laugeni (2003).
3.3 A IMPORTÂNCIA DO MILHO EM CADEIAS PRODUTIVAS
A crescente demanda no consumo de alimentos, em especial daqueles que
partem da exploração animal como o frango de corte, é base do extraordinário
desenvolvimento no campo da criação de aves, principalmente pelo seu rápido ciclo
25
de produção, que segundo Andriguetto et al.(1983) se divide em três fases, a inicial
de 1 a 18 dias a de crescimento de 19 a 35 dias e a fase de acabamento de 36 a 52
dias.
De acordo com o mesmo autor, todo este processo que pode variar de 52 a
63 dias, a alimentação adequada em cada período é extremamente fundamental, e a
ração tem em sua composição cerca de 60 á 63 % de milho.
De acordo com Galvão e Miranda (2004) cerca de 80% do milho produzido
no país é consumido em forma de ração, pois é o principal insumo para a produção
da mesma utilizada na alimentação de animais, e cerca de 13% e utilizado no
consumo humano.
O milho na cidade de Cascavel segundo IPARDES (Instituto Paranaense de
Desenvolvimento Econômico e Social) tem sua produção de milho na casa de
122.926 mil de toneladas.
3.4 A SOJA NO BRASIL
Segundo a Embrapa o crescimento da produção e o aumento da capacidade
competitiva da soja brasileira sempre estiveram associados aos avanços científicos
e as tecnologias do setor produtivo. Até o final dos anos 60, a pesquisa com a
cultura da soja no Brasil era elementar e concentrava-se na Região Sul do País,
atuando, fundamentalmente, na adaptação de tecnologias. O primeiro programa
consistente de pesquisa com a soja estabeleceu-se na década de 1950, no Instituto
Agronômico de Campinas, SP. Mas foi no RS, uma década mais tarde, que a cultura
encontrou condições para se estabelecer e expandir como lavoura comercial.
O rápido desenvolvimento do cultivo da soja no País, a partir dos anos 60, fez
surgir um novo e agressivo setor produtivo, altamente demandante por tecnologias
que a pesquisa ainda não estava estruturada para oferecer na quantidade e
qualidade desejadas. Consequentemente, os poucos programas de pesquisa com
soja existentes na região foram fortalecidos e novos núcleos de pesquisa foram
criados no sudeste e centro oeste, principalmente. (EMBRAPA, 2012).
26
Também outro ponto positivo para investir na padronização da soja é a
Exportação que segundo site de noticias Globo (2012), aponta que a exportação da
soja cresce 68% no Porto de Paranaguá, no litoral do PR.
A (Appa) Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina, de acordo com
a publicação em G1 Globo em outubro 2012, acredita que o preço da soja e a
desvalorização do Real, nos últimos meses, contribuíram para o aumento das
exportações. Atualmente, o preço da saca de soja que sai de Paranaguá está em
mais de R$ 60,00. Este é o melhor valor da história. Neste caso, a desvalorização da
moeda brasileira compensa os compradores internacionais, que pagam menos para
receber a mesma quantidade de produto. Nos quatro primeiros meses de 2012,
passaram pelo Porto de Paranaguá 3 milhões de toneladas de soja. O porto também
apresentou alta no escoamento de farelo de soja e de óleo de soja.
A soja na cidade de Cascavel também segundo IPARDES (2012) tem sua
produção de soja na casa de 297.939 mil de toneladas.
ÁREA ,PRODUÇÃO E PRODUTIVIDADE DE MILHO E SOJA
MILHO
SOJA
ANO ÁREA
COLHIDA PRODUÇÃO PRODUTIVIDADE
ANO ÁREA
COLHIDA PRODUÇÃO PRODUTIVIDADE
( Ha ) ( t ) ( Kg /Ha )
( Ha ) ( t ) ( Kg /Ha )
2002 2.461.816 9.857.504 4.004
2.002 3.316.379 9.565.905 2.884
2003 2.843.704 14.403.495 5.065
2.003 3.653.266 11.018.749 3.016
2004 2.464.652 10.953.869 4.444
2.004 4.007.099 10.221.323 2.551
2005 2.003.080 8.545.711 4.266
2.005 4.147.006 9.535.660 2.299
2006 2.507.903 11.697.442 4.664
2.006 3.948.520 9.466.405 2.397
2007 2.730.179 13.835.369 5.068
2.007 4.001.443 11.882.704 2.970
2008 2.969.632 15.414.362 5.191
2.008 3.967.764 11.764.466 2.965
2009 2.783.036 11.159.845 4.010
2.009 4.077.142 9.410.791 2.308
2010 2.261.992 13.540.981 5.896
2.010 4.479.869 14.091.821 3.146
2011 2.470.694 12.441.626 5.036
2.011 4.555.312 15.457.911 3.393
2012 3.004.263 16.775.416 5.584
2.012 4.460.015 10.947.715 2.455
Fonte: SEAB /DERAL ,IBGE
27
3.5 AGRONEGOCIO NO BRASIL
De acordo com Zuin e Queiroz (2007) o agronegócio é responsável por 33%
do produto interno bruto do Brasil (PIB) onde é um dos países lideres na produção e
exportação de soja ,milho ,carne bovina ,carne de frango ,suínos ,óleos vegetais
entre outros. O Brasil não se destaca apenas por ser um pais tropical ou por ter
outras vantagens da natureza , mas também pela boa implantação de praticas de
coordenação da qualidade nas cadeias agroindustriais , e o bom desenvolvimento
científico-tecnológico , ou seja , um melhoramento ou modernização das atividades
rurais.
Em nossa região o show rural Coopavel um evento que mostra todas as
novidades de tecnologia, mostrando e orientando o produtor rural sobre as
novidades do setor para ter uma produção mais produtiva e com mais qualidade.
São mais de 400 expositores de empresas nacionais e internacionais, é
esperado mais de 180 mil visitantes de todo o Brasil e exterior, que iram encontrar,
representantes de todos os centros de pesquisas da agropecuária brasileira, das
empresas de insumos, maquinas e equipamentos agrícolas.
De acordo com o diretor presidente da Coopavel e coordenador geral do
evento Sr. Dilvo Grolli, Show Rural (2012) é difícil o produtor acreditar naquilo que
não visualiza por isso o show rural Coopavel apresenta as novas tecnologias de
forma pratica, dinâmica e organizada, segundo ele, Para o Brasil atingir a alta
produtividade que prospecta precisa buscar novas tecnologias e estas estão
disponíveis aqui.
A Agroanalysis (2012) nos trás que, atividade agropecuária é cíclica, de alto
risco com uma difícil previsão e controle, com relação aos preços dos produtos
agrícolas, suas constantes flutuações ocorrem de forma distinta para cada produto
em períodos definidos, entender o seu comportamento ajuda a identificar os
mercados com maior ou menor potencial ao longo do tempo, entende-se que os
melhores preços da soja e do milho estão nos períodos entressafras, pois temos
muitas carências estruturais de logística, transporte e armazenagem.
28
3.6 ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
A administração financeira ajuda na tomada de decisão no momento correto,
tentando sempre lidar com os fatores internos e externos da empresa, exercendo um
equilíbrio nos ambientes privados publico e financeiro. É de grande importância
saber escolher o momento certo para introduzir novos produtos, pois terão que
atender as necessidades atuais e em desenvolvimento, a um mercado cada vez
mais competitivo. (GROPPELLI, 2005)
Conforme Assaf Neto (2003), o administrador financeiro tem que ter uma
visão integrada da empresa, as técnicas e os instrumentos da administração
financeira não são mais suficientes, é necessária uma maior sensibilidade, o risco
das tomada de decisão é constante, são os desiquilíbrios nas taxas de juros,
intervenção de regras da economia, mas a cima de tudo, e o bom andamento da
organização dependem dessas decisões.
Existem dentro da administração financeira varias ferramentas de apoio a
essas decisões que são elas.
3.6.1 Valor Presente Líquido
Esta relação é denominada e ou conceitua o valor do dinheiro no tempo,
trata - se do valor presente e o valor futuro com base na avaliação da perpetuidades
e anuidades, de forma ainda mais clara é a relação entre R$1,00 hoje e R$1,00 no
futuro. “É importante em áreas tais como orçamento de capital, decisões de
arrendamento ou compra, análise de contas a receber, esquemas de financiamento,
fusões e contribuições a fundos de pensão.” (ROSS et al, 1995, p.74).
3.6.2 Taxa Interna de Retorno
De acordo com Gitman (2002) A taxa interna de retorno é a técnica mais
usada para a avaliação de alternativas de investimentos. A TIR é definida como a
29
taxa de desconto que iguala o valor presente das entradas de caixa ao investimento
inicial referente a um projeto, em outras palavras, é a taxa de desconto que faz com
que o VPL de uma oportunidade de investimento iguale-se a zero.
Ainda segundo Gitman a TIR é uma ferramenta utilizada para tomar
decisões do tipo aceitar rejeitar, ou seja para aceitação do projeto o custo de capital
deve ser menor que a TIR, e se este for maior o projeto será rejeitado. Isso garante
que a empresa tenha sua taxa de retorno, e com o resultado aumentar o valor de
mercado da empresa e riqueza de seus proprietários.
3.6.3 Payback
É o tempo necessário para recuperar o investimento inicial da empresa,
também chamado de período de recuperação do investimento. A principal vantagem
é que não e necessário usar os cálculos para saber o período para recuperar o
investimento inicial, podendo também verificar se o capital inicial será recuperado
em um período de tempo razoável.
Já a desvantagem principal é que ignora o valor do dinheiro, ou seja, não
existe diferença no valor de entrada e o montante do caixa no ano seguinte, e não
leva em consideração as entradas de caixa realizadas depois que o investimento foi
recuperado. (GROPPELLI e NIKBAKHT, 2002).
30
4 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
Este capítulo se refere aos procedimentos metodológicos utilizados nesta
monografia que são eles: tipos e tratamento dos dados da pesquisa, procedimentos
para coleta de dados, instrumento para coleta de dados, tratamento das
informações, delimitações local de realização da pesquisa e infraestrutura
necessária e cronograma.
4.1 TIPOS E TRATAMENTO DOS DADOS DA PESQUISA
4.1.1 Pesquisa Exploratória e Pesquisa Bibliográfica
Pesquisa exploratória, de acordo com Vergara (2000) a pesquisa
exploratória é o método que consiste em área ou tema que possui pouco
conhecimento sistematizado.
Pesquisa bibliográfica, Gil (1991, p.48) conceitua a pesquisa bibliográfica, é
desenvolvida a partir de publicação cientificas é “[...] Varia em função de seus
objetivos. Convém, portanto que sejam claramente estabelecidos a fim de que a fase
posterior da pesquisa se processe de maneira satisfatória”.
O estudo trata-se de uma pesquisa exploratória que busca mostrar as
vantagens de ter um secador instalado na propriedade, sendo também conceituada
como bibliográfica, pois busca conhecimentos em livros e trabalhos científicos em
áreas de cadeia produtiva agroindustrial, cadeia produtiva do milho da soja,
administração de produção, teoria geral da administração, entre outros.
31
4.1.2 Qualitativa e Quantitativa
Abordagem qualitativa é abordagem não probabilística, pois trabalha com
pequenas amostras e permite conhecer as atitudes dos indivíduos com relação as
suas motivações, conceitos e percepções com relação ao problema em estudo.
(BASTA et al, 2006)
De acordo com Reis (2008) “A pesquisa quantitativa caracteriza-se pelo uso
da quantificação, na coleta de dados e no tratamento das informações”.
Na pesquisa qualitativa são os elementos de tratamentos dos dados, causas
e fatores que contribuem para a implantação do secador, já na quantitativa visa
tratar os dados quantitativamente, ou seja, os dados percentuais que visam a
umidade dos grãos e os seus descontos relativos a esta umidade.
4.1.3 Primários e Secundários
Segundo Money et al (2003, p.98), “Os dados primários são coletados com o
propósito de completar o projeto de pesquisa. Assim, o pesquisador esta envolvido
em todos os aspectos da transformação de dados [...]”.
Os dados secundários são os dados coletados e já tratados tirados de livros,
internet, revistas, relatórios, jornais, dados fornecidos pelo sistema de informação de
marketing de uma empresa. (BARQUETTE E CHAOUBAH, 2007)
Nesta pesquisa os dados primários são representados por relatórios e
tabelas com dados referentes à implantação de secadores, e os descontos na hora
da entrega do produto padronizado. Também é uma pesquisa secundária onde se
avalia relatórios e documentos de empresas para verificar os dados de recebimento,
armazenamento, secagem e distribuição do milho e da soja.
32
4.2 PROCEDIMENTOS PARA A COLETA DE DADOS
4.2.1 Definição da população e amostra
Segundo Gil (2002, p.121) amostra é uma pequena parte dos elementos que
compõem o universo. A amostra dessa pesquisa foi selecionada de forma qualitativa
e não-probabilística e por conveniência. Portanto a amostra desse trabalho é o
Diretor comercial da empresa em estudo.
4.2.2 Critérios de inclusão ou exclusão
Os critérios para inclusão na pesquisa são: deve ser funcionário da empresa
em estudo, ter conhecimento da área, ser maior de 18 anos, concordar em participar
da pesquisa e assinar o termo livre esclarecido.
Os critérios de exclusão pesquisa são se não ser funcionário da empresa em
estudo, não aceitar participar da entrevista, não assinar o termo livre esclarecido, ser
menor de 18 anos.
Propiciar a analise pelo grupo de acadêmicos pesquisadores sobre a
possibilidade de implantação do secador, trás para a empresa a secagem ou
padronização do grão na umidade correta para a entrega.
O grau de vulnerabilidade dos sujeitos não oferece riscos e às medidas
protetoras não se aplicam por que os envolvidos na pesquisa são livres para
respondê-la, podendo interromper a qualquer momento.
33
4.3 INSTRUMENTOS PARA A COLETA DE DADOS
De acordo com Cervo e Bervian (2002 p. 46) “a entrevista não é uma
simples conversa”, a entrevista tem um objetivo certo: a busca dos dados
necessários para a pesquisa, dados esses que não são encontrados em registros e
documentos e que podem ser passados pelas pessoas.
Nesta o diretor comercial, por meio de documentos disponibilizados pela
empresa que produz silos e secadores bem como quadros e tabelas dispostos em
meios eletrônicos, revistas cientificas e órgãos governamentais.
4.4 TRATAMENTO DAS INFORMAÇÕES
O sigilo e a confiabilidade das informações, não são divulgados sem a
permissão dos respondentes, com relação à propriedade das informações estas
fazem parte da conclusão do curso de administração ficarão todos os documento
sob custodia do pesquisador colaborador.
Quanto ao uso, destinação e os dados coletados, todos os materiais são
guardados sob sigilo e somente são divulgados aos pares de pesquisa.
As formas de acompanhamento e assistências das informações são em sanar as
duvidas dos respondentes, acompanhar a coleta de dados, sanar as duvidas com os
responsáveis na empresa,
4.5 DELIMITAÇÕES, LOCAL DE REALIZAÇÃO DA PESQUISA E
INFRAESTRUTURA NECESSÁRIA.
É uma empresa montadora de silos e secadores, o estudo deleita-se no
período de um ano, correspondente ao ano de 2012.
34
4.6 CRONOGRAMA
ATIVIDADES Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov
Introdução X X X X X X X X X
Referencial teórico X X X X X X
Coleta de dados na empresa
X
Entrega Comitê de Ética X
Tabulação e analise dos dados
X X X
Resultados e discussão X X
Considerações finais X X
Finalização do Projeto X
Entrega do trabalho X
Defesa em banca X
4.6.1 Orçamento
Como se trata da pesquisa relacionada ao trabalho de conclusão de curso,
na descrição do orçamento do trabalho são compostas de papeis, canetas,
combustível, copias, CDs, impressões, recargas de cartuchos, sendo também
necessários as pesquisas bibliográficas junto a biblioteca da Faculdade Assis
Gurgacz.
DESCRIÇÃO DO ITEM VALOR UNITÁRIO (R$)
QUANTIDADE DE ITENS
VALOR TOTAL (R$)
RESMA PAPEL A4 15,00 2 30,00
CANETAS 2,00 4 8,00
CÓPIAS 0,15 100 15,00
COMBUSTÍVEL 2,79 50 L 139.50
CDS 1,50 2 3,00
IMPRESSÕES 0,30 50 15,00
CARTUCHOS (RECARGA)
15,00 4 60,00
ENCADERNAÇÕES 3,00 2 6,00
TOTAL 276,50
35
5 COLETA E ANALISE DOS DADOS
Os dados foram obtidos na empresa Consilos, que além dos orçamentos dos
secadores, nos forneceu uma tabela com dados de sua produção onde são
ordenadas as capacidades de secagem dos dois produtos (milho e soja).
Esta pesquisa não levanta custo de instalação do silo, pretende-se
demonstrar os custos para instalação do secador e os benefícios de processar o
produto retirando a umidade e impurezas antes de comercializa-lo.
Os objetivos específicos são:
A) Levantar os custos necessários para implantação do secador;
B) Pesquisar a demanda de milho e soja e os descontos pela umidade na
venda;
C) Levantar as necessidades para a secagem de milho e soja;
D) Propor a instalação de secador.
Inicialmente coletou-se os custos de secadores com duas capacidades para
médias e grandes propriedades, verificou-se posteriormente a demanda dos cereais
soja e milho e os seus descontos devido a quantidade de umidade, na hora da
comercialização, também foram analisadas as necessidades para a secagem destes
produtos e por fim verificou-se a necessidade da implantação do secador.
Posteriormente foi coletado os descontos por umidade, por impureza e por
avarias, através da OCEPAR, órgão orientador que atua na comercialização de
grãos.
De acordo com Chiavenato (2004), o desenvolvimento organizacional uma
das teorias gerias da administração que surgiu em 1962, tem seu conceito
intimamente ligado aos conceitos de mudança e de capacidade adaptativa da
organização à mudança crescimento e desenvolvimento segundo suas
potencialidades.
Santos (2008) nos traz a teoria cientifica do século XX, está por sua vez
buscou determinar cientificamente os melhores métodos para a realização de
qualquer tarefa sua principal ferramenta foi estudo sobre tempos e movimentos.
36
5.1 NORMAS DE PADRONIZAÇÃO
De acordo com Zuin e Queiroz (2007) todos os produtos vegetais seguem
um padrão quantitativo e qualitativo, de normas de padronização onde se
compreendem um conjunto de especificações técnicas com regras estabelecidas por
alguma instituição autorizada, com essas normas e regras temos uma base de
medida, tendo assim uma linguagem única para o comprador ou vendedor do
produto, quem leva vantagem são as industrias que compram esse produto
padronizado não tendo esse custo adicional para efetuarem essa operação.
(SLACK, CHAMBERS e JOHNSTON 2002) mostrou nesta pesquisa que a
administração da produção apresenta uma reunião de recursos destinados à
produção de seus bens e serviços, partindo de uma perspectiva operacional pode
ser vista como um conjunto de componentes cuja sua função esta concentrada na
conversão de insumos em resultados desejados, conversão esta denominada de
processo de transformação.
QUADRO 1 CAPACIDADE DE SECAGEM.
Fonte – Consilos (2012)
37
Com os dados acima dispostos, é fácil verificar que tipo e com qual
capacidade de secagem precisa para atender a produção.
Os códigos da coluna 1 significam o modelo que variam de 10 a 266
Toneladas hora sendo (SR) com resfriamento do grão. (SR) significa secagem com
resfriamento do grão. Neste caso haverá na coluna do secador uma divisão onde o
grão é secado aquecido e outra divisão na coluna onde este grão é resfriado, e (CI)
sem resfriamento ou seja coluna inteira. Neste caso a coluna inteira do secador é
quente, ou seja, não há resfriamento e o grão sai do secador quente.
Nos orçamentos fornecidos pela Consilos, anexo 1 e 2, verifica-se duas
propostas de secadores um de 30 toneladas hora e outro de 60 toneladas hora de
secagem, o orçamento é completo dispõe detalhadamente os itens necessários para
a secagem e limpeza de impurezas conforme demonstra o quadro abaixo.
5.2 CUSTOS DE SECADOR
QUADRO 2 CUSTO DO SECADOR
QUANTIDADE DESCRIÇÃO DO EQUIPAMENTO 30 TONS 60 TONS
1 ELEVADOR CANECA SPS EC06 40T/H 16M R$ 17.646,95
1 ELEVADOR CANECA SPS EC06 40T/H 28M R$ 22.606,65
1 ELEVADOR CANECA SPS EC06 40T/H 30M R$ 23.296,75
2 ELEVADOR CANECA SPS EC08 90T/H 30M R$ 64.391,76
1 ROSCA TRANSPORTADORA R$ 5.763,33 R$ 9.837,62
1 SECADOR COLUNA 30 CI /R R$ 104.293,43
1 SECADOR COL. 60 CI /R CAP. DE PARTICULAS R$ 195.162,29
1 MÁQUINA DE PRÉ LIMPEZA PLS40 /LS30 R$ 51.099,20
1 ESTAIAMENTO R$ 3.360,81
1 FORNALHA Q.C.I 3000000 KCAL / H 4.56 X 7.40 M R$ 47.530,53
1 FORNALHA Q.C.I 1500000 KCAL / H 3.00 X 6.60 M R$ 32.897,18
40 LOTE DE TUBULAÇÃO D240 MM R$ 17.221,74
60 LOTE DE TUBULAÇÃO D150 MM R$ 17.392,96
SUB-TOTAL (R$ ) R$ 274.996,45 R$ 337.504,75
MONTAGEM (% ) (R$ ) R$ 41.249,45 R$ 67.500,95
IPI (%) (R$ ) ISENTO ISENTO
38
FRETE (R$ ) SEM FRETE R$ 1.000,00
SEGURO MONTAGEM (R$ ) R$ 581,39 R$ 713,54
DESCONTO (R$ )
TOTAL (R$ ) R$ 316.827,29 R$ 406.719,24
Fonte – Consilos (2012)
Os orçamentos foram cedidos pelo diretor comercial da empresa o qual
assina no final de ambos.
Os dados a seguir são correspondente aos descontos devida à taxa de
umidade na hora da entrega do produto, estes descontos se dão através de
percentuais que podem variar conforme a empresa no recebimento.
Visualizar a demanda, e saber trabalhar os custos é imprescindível nos dias
de hoje em qualquer tipo de mercado, Groppelli, (2005) explana sobre a teoria
administrativa que ajuda na tomada de decisão no momento correto que lida com os
fatores internos e externos da empresa, a administração financeira em parceria com
a administrativa segundo Assaf Neto (2005), mostrou que é necessário uma maior
sensibilidade quanto ao risco nas tomadas de decisões que é constante, destes
riscos destacam-se os desiquilíbrios nas taxas de juros intervenção de regras da
economia.
A administração financeira traz ferramentas importantes para desmistificação
de juros e de como trabalhar o valor do dinheiro no tempo, tais como o valor
presente liquido, a taxa interna de retorno e o payback. A TIR (taxa interna de
retorno) segundo Gitman (2002) é uma ferramenta que se utiliza para tomadas
importantes de decisões do tipo aceitar e rejeitar.
39
5.3 DESCONTOS DE UMIDADE DO MILHO
QUADRO 3 DESCONTO DE UMIDADE MILHO - OCEPAR
Desconto por Umidade (%)
Umidade Desconto 13,00 .................................................................................................................... ..0,0 13,50 .................................................................................................................... ..0,6 14,00 .................................................................................................................... ..1,2 14,50 .................................................................................................................... ..1,7 15,00 .................................................................................................................... ..2,3 15,50 .................................................................................................................... ..2,9 16,00 .................................................................................................................... ..3,5 16,50 .................................................................................................................... ..4,0 17,00 .................................................................................................................... ..4,6 17,50 .................................................................................................................... ..5,2 18,00 .................................................................................................................... ..5,8 18,50 .................................................................................................................... ..6,3 19,00 .................................................................................................................... ..6,9 19,50 .................................................................................................................... ..7,5 20,00 .................................................................................................................... ..8,1 20,50 .................................................................................................................... ..9,9 21,00 .................................................................................................................... 10,6 21,50 .................................................................................................................... 11,2 22,00 .................................................................................................................... 11,9 22,50 .................................................................................................................... 12,6 23,00 .................................................................................................................... 13,2 23,50 .................................................................................................................... 13,9 24,00 .................................................................................................................... 14,5 24,50 .................................................................................................................... 15,2 25,00 .................................................................................................................... 15,9 25,50 .................................................................................................................... 17,2 26,00 .................................................................................................................... 17,9 26,50 .................................................................................................................... 18,6 27,00 .................................................................................................................... 19,3 27,50 .................................................................................................................... 20,0 28,00 .................................................................................................................... 20,7 28,50 .................................................................................................................... 21,4 29,00 .................................................................................................................... 22,1 29,50 .................................................................................................................... 22,8 30,00 .................................................................................................................... 23,5 Fonte – Ocepar (2012)
Esta tabela traz os percentuais de desconto para uma escala 13,00 a 30,00
de umidade. Os descontos para secagem de milho nos níveis de 20,50 e 25,50 de
40
umidade são maiores para forçar a entrega de produto com baixos teores de
umidade.
Segundo dados da Ocepar (2012) e de Cerealistas (2012), No quadro abaixo
pode-se analisar como estes descontos influenciam na hora da entrega do milho.
5.4 DESCONTOS DE UNIDADE DA SOJA
Já na tabela da soja os percentuais de desconto são muito parecidos com os
do milho à escala tem um mínimo de 14,00 podendo chegar também até 30,00 de
umidade. Os descontos para secagem da soja não tem incentivos para a entrega
padronizada como a anterior do milho, sendo assim são dados crescentes e
acompanham a escala.
SAFRA VERÃO SC/AL % UMID % DESC. TOTAL (sc) TOTAL DESC. (sc) SALDO (sc) PREÇO (sc) T. VENDA
2011/2012
OCEPAR 200 18% 5.80% 10.000 580 9.420 17,50R$ 164.850,00R$
CEREALISTAS 200 18% 6.75% 10.000 675 9.325 17,50R$ 163.187,50R$
SAFRA INVERNO SC/AL % UMID % DESC. TOTAL (sc) TOTAL DESC. (sc) SALDO (sc) PREÇO (sc) T. VENDA
2012/2012
OCEPAR 220 27.5% 20% 11.000 2.200 8.800 21,50R$ 189.200,00R$
CEREALISTAS 220 27.5% 22.90% 11.000 2.519 8.481 21,50R$ 182.341,50R$
TOTAL SAFRAS 354.050,00R$
345.529,00R$
SAFRA SC /AL % UMID % DESC. TOTAL (sc ) Total descontos (Sc)Total p/venda (Sc )preço balcão (Sc )
2011/2012 200 18 4,00 10.000 400 9.600 R$ 20,50 R$ 196.800,00
2012/2012 220 27,5 18,00 11.000 1.980 9.020 R$ 24,50 R$ 220.990,00
R$ 417.790,00
CEREALISTAS
OCEPAR
QUADRO 4 SIMULAÇÃO ENTREGA DE MILHO A INDUSTRIAS 50 AL
SIMULAÇÃO MILHO PADRONIZADO NA PROPRIEDADE
41
QUADRO 5 DESCONTO DE UMIDADE SOJA - OCEPAR
Desconto por Umidade (%)
Até 14 .................................................................................................................................... 0,0 14,1 - 14,5 ............................................................................................................................. 0,7 14,6 - 15,0 ............................................................................................................................. 1,3 15,1 - 15,5 .............................................................................................................................. 2,0 15,6 - 16,0 .............................................................................................................................. 2,7 16,1 - 16,5 ............................................................................................................................. 3,3 16,6 - 17,0 ............................................................................................................................. 4,0 17,1 - 17,5 ............................................................................................................................. 4,7 17,6 - 18,0 ............................................................................................................................. 5,3 18,1 - 18, 5 ............................................................................................................................. 6,0 18,6 - 19,0 .............................................................................................................................. 6,7 19,1 - 19,5 ............................................................................................................................. 7,4 19,6 - 20,0 ............................................................................................................................. 8,0 20,1 - 20,5 .............................................................................................................................. 8,7 20,6 - 21,0 ............................................................................................................................. 9,4 21,1 - 21,5 ............................................................................................................................. 10,0 21,6 - 22,0 .............................................................................................................................. 10,7 22,1 - 22,5 .............................................................................................................................. 11,4 22,6 - 23,0 ............................................................................................................................. 12,0 23,1 - 23,5 ............................................................................................................................. 12,7 23,6 - 24,0 ............................................................................................................................. 13,4 24,1 - 24,5 .............................................................................................................................. 14,0 24,6 - 25,0 .............................................................................................................................. 14,7 25,1 - 25,5 ............................................................................................................................. 15,4 25,6 - 26,0 ............................................................................................................................. 16,0 26,1 - 26,5 ............................................................................................................................. 16,7 26,6 - 27,0 ............................................................................................................................. 17,4 27,1 - 27,5 ............................................................................................................................. 18,1 27,6 - 28,0 ............................................................................................................................. 18,7 28,1 - 28,5 ............................................................................................................................. 19,4 28,6 - 29,0 ............................................................................................................................. 20,1 29,1 - 29,5 ............................................................................................................................. 20,7 29,6 - 30,0 ............................................................................................................................. 21,4 Fonte – Ocepar (2012)
A soja por sua vez segundo publicação de, Noticias Agrícolas (2012), tem
apenas um período de colheita por ano, devido ao vazio sanitário, esta medida,
adotada pela Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento, busca evitar a
proliferação do fungo da ferrugem asiática, que causa danos relevantes às lavouras.
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Segundo os dados da Ocepar, para secagem de 40 t. de produto, o
consumo médio estimado de lenha é de 1,5 m3 e 2,5 m3 para soja e milho,
respectivamente. O preço do m3 de lenha é de R$ 21,00, correspondente a um
custo de: Soja R$ 0,79/t e Milho R$ 1,31/t.
A Consilos dispõe ainda da Máquina de pré-limpeza e limpeza cujos
modelos são: pls40 e pls30; Figura 2 são peneiras que ajudará a diminuir ainda mais
as despesas com os descontos de avarias e impurezas.
De acordo com Martins e Laugeni (2003) a produção é entendida como
conjunto de atividades que transformam um bem em outro com maior utilidade
técnica esta que acompanha o homem desde a sua origem
SAFRA VERÃO SC/AL % UMID % DESC. TOTAL (sc) TOTAL DESC. (sc) SALDO (sc) PREÇO (sc) T. VENDA
2011/2012
OCEPAR 110 15% 1.3% 5.500 71,5 5.429 45,00R$ 244.282,50R$
CEREALISTAS 110 15% 2% 5.500 110 5.390 45,00R$ 242.550,00R$
SAFRA VERÃO SC/AL % UMID % DESC. TOTAL (sc) TOTAL DESC. (sc) SALDO (sc) PREÇO (sc) T. VENDA
2011/2012 110 15% 0.8% 5.500 44 5.456 48,00R$ 261.888,00R$
QUADRO 6 SIMULAÇÃO ENTREGA DE SOJA A INDUSTRIAS
ENTREGA DE SOJA PADRONIZADO ANTES DA COMERCIALIZAÇÃO.
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6 SUGESTÕES E RECOMENDAÇÕES
O tema proposto “Analise de custo benefício na implantação de um secador
de cereais” no presente trabalho de conclusão de curso tem como objetivo geral
analisar os custos da implantação de secador de cereais e os benefícios em
padronizar o milho e a soja na propriedade.
Verificou-se que o milho e a soja são produtos indispensáveis de varias
cadeias produtivas, tanto para a ração animal como na fabricação de outros
produtos. O Brasil é um dos maiores produtores e o consumo no mercado interno e
externo vem crescendo a cada ano, aumentando também a preocupação com
investimentos, para uma melhor qualidade e competitividade do produto.
Com base no estudo, foi verificado que o produtor perde muito no fator
descontos de umidade, entregando o produto para as industrias, esses descontos
variam dependendo da indústria, entendeu-se que a Ocepar é um órgão regulador
das classificações e padronizações, mas não fiscalizador, pois aparentemente cada
indústria segue sua própria tabela de classificação, com porcentagens de descontos
acima da tabela da Ocepar.
Observa-se que essa analise é destinada a produtores de médias e grandes
propriedades, e que esses façam um plano de investimento, para analisar a
possibilidade de ter um secador que padroniza o grão, pois o produto padronizado,
tem varias vantagens, como poder ficar armazenado por maior tempo, e ter um
melhor valor na hora da sua comercialização, salienta-se ainda que o estudo foi
dirigido para propriedades que já tenham o local de armazenagem de grãos.
Recomenda-se que seja feito o orçamento conforme o tamanho da produção
estimada, pois a organização em estudo oferece vários secadores com varias
capacidades de secagem, sincronizando com a necessidade de cada propriedade.
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7 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Após compreender a cadeia produtiva do milho e da soja, e sua grande
produção, verificou-se que muitos produtores vendem sua produção sem
padronização onde a umidade pode chegar a 29%, existe uma desvantagem por
terem um menor valor no seu produto, por essa diferença na padronização que em
média seria de 13 ou 14 %.
Diante dessa analise, resolveu se iniciar essa pesquisa para analisar o custo
e os benefícios na implantação de um secador para processar e padronizar o
produto antes de negocia-lo.
Verificamos que a capacidade do secador vai depender do tamanho da
produtividade ou área plantada, assim, foram levantados orçamentos com a
empresa CONSILOS INDUSTRIAL LTDA, analisando duas capacidades de
secagem com dois valores diferentes.
Quanto ao objetivo geral: Analisar os custos de implantação de secador de
cereais e os benefícios em padronizar o milho e a soja na propriedade, ficou claro
que esse processo oferece vários benefícios, como, poder ter o produto por um
maior tempo armazenado, o produtor também pode escolher a hora da negociação
do produto e ter uma maior valorização nesse processo, referente os custos de
implantação, constatamos nos orçamentos que o valor é alto, mas o produtor pode
fazer outros orçamentos buscando competitividade em montadoras e verificando
também qual a proposta correta, averiguando sua capacidade de produção, e
considerando a possibilidade de implantação.
Os objetivos específicos foram concluídos conforme segue.
Levantar os custos necessários para a implantação do secador, foi levantado
dois orçamentos, para ter uma base dos valores cobrados para essa implantação.
Pesquisar a demanda de milho e soja e os descontos de umidade na venda,
conforme dados da pesquisa a área e a produtividade do milho e da soja vem
aumentado em conjunto com sua demanda, verificou-se que grande parte do milho
plantado é destinado a ração animal, e a soja tem presença em vários produtos
industrializados e se destaca principalmente na exportação. Conforme as tabelas de
descontos de umidade das indústrias foram levantadas que são elevadas, ou seja, é
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descontado do produtor mais do que seria real na hora da comercialização do
produto.
Levantar as necessidades para a secagem de milho e soja, nesse estudo
diagnosticou-se que tanto o milho como a soja são produtos Commodities, produtos
que seu valor é determinado dia a dia pela bolsa de valores, esses valores são
oscilantes, conforme a oferta e demanda, muitos produtores brasileiros optam em
entregar seus produtos durante a colheita, por deficiência de transporte,
armazenagem ou não ter um secador. Assim a oferta do produto se torna muito
grande e a valorização se torna menor, secando ou padronizando esses produtos, o
produtor pode esperar um melhor valor de mercado, tendo um maior poder de
decisão na hora da comercialização.
Propor a instalação de secador, no estudo, identificou-se que a instalação de
um secador seja feita em médias ou grandes propriedades, pois pequenas
propriedades não haveria produção suficiente. Com um processo de secagem na
propriedade o produtor se torna mais competitivo no mercado, tendo um produto
padronizado ele tem a noção exata do valor do seu produto, mas se ele entregar seu
produto úmido para as industrias, ele fica condicionado a tabelas de descontos
abusivas, que favorecem essas industrias.
Qual o custo e os benefícios na Implantação do secador para processar e
padronizar o produto antes de negocia-lo ?
Verificou-se na pesquisa, que os custos da implantação são relativos aos
ganhos de se padronizar antes da comercialização, o produtor tem o poder de
barganha do produto padronizado, ou seja, na umidade correta para ser processado
nas mais diversas formas, não ficando a mercê de descontos muitas vezes abusivos
que variam dependendo da indústria recebedora.
Fica ainda a dica para futuros trabalhos, que levantem o retorno deste
investimento e sua viabilidade financeira, levantamentos relevantes que não foram o
foco deste trabalho.
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