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7/29/2019 Familia... o Que Esta Acontecendo Com Ela.
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,I'
~~0- ~fk D a ~ -
Ate urn tempo
atras - nao faz muito
tempo! - 0 modelo
de familia consistia
em pai-mite-prole. Esse
modelo de estrutura
familiar era conside-
rado ideal pelo modo
dominante de pensarna sociedade e, por
isso, bastante usado
para classificar todos
os outros modos de
organiza
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A familia
monogamicae um
pontode partida
hist6rico.
A familia
monog amica,qu e
se lundasobre 0
casamentode
duaspessoas,
e a garantiada
propriedade
prlvada.
Para entendermos as mudanc;:as na concepc;:ao de famflia, a
funcao social desta instituic;:ao (a famflia e uma instituic;:aosocial) e
a pr"oduc;:aode subjetividade que ocorre em seu interior, e necessa-
rio (como sempre!) recorrer a historia. .' "A familia monogamica e urn ponto de partIda hlstonco -
sempre precisamos partir de u~ pont?! -: embora devamos c~n-
sidera-Ia como produto de mmtas e dIVerslficadas formas ant:no-
res de 0homem organizar-se para dar conta da sua repr,oduc;:ao:
da sobrevivencia da especie (desde 0 estado selvagem ate a barba-rie). Pesquisas realizadas pelo antropologo am~ricano L. H. ~or-
gan (1818-1881) demonstraram que, desde a ongem da humamda-
de houve, sucessivamente: _ 'a familia consangiiinea - intercasamento de irrnaos e irrnas car-
nais e colaterais no interior de urn grupo;
a familia punaluana - 0casamento de varias irmas: ca:nais e c~la-
terais, com os maridos de cada urna das outras; e, os Irmaos tambem
se casavam com as esposas de cada urn dos irmaos. Isto e, 0grupo
de homens era cOl~untarnente casado com 0gnlpO de mul~eres;
a familia sindiasmica ou de casal- 0casamento entre casalS,mas
sem obrigac;:aode moraremjuntos. 0casamento existia enquan-
to ambos desejassem; . a familia patriarcal- 0 casamento de urn so homem com dlver-
sas mulheres; e finalmente a familia monogamica, que se funda sobre 0 casa-
~ento de dU~spessoas, com obrigac;:aode coabitac;:aoexclusiva...
a fidelidade, 0 controle do homem sobre a esposa e os filhos, a ga-
rantia de descendencia pOI'consangiiinidade e, pOI-tanto,a g~ran-
tia do direito de heranc;:aaos filhos legftimos, isto e, a garantl
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. .. u m ta to re c o n 6m ic o
p ro d u z in d o e fe ilo s
n o in te ri o r d a
fa m f l ia .
" .. . a fa m il ia
d es e m p e n ha u m
p a p e l p r im o rd ia l
n a tr a n s m is s a od e c u ltu ra . "
~~-'--'-'-"-'-'-'-_._'-'--'-"-"-------------
socializadoras: as instituic;:oeseducacionais - creches,' pre-escolas,jar-
dins-de-infancia, escolas - e os meios de comunicac;:ao de massa (veja
func;:aosocializadora da escola e dos meios de comunicac;:ao de massa
nos capitulos 18 e 19, respectivamente). ~m.to~a~ as classes: as ~rian-
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Mesmo antes do nascimento do filho, vemos a preocupa~ao
dos pais com a cor de sua roupa. Eja podemos perguntar por que
azul e nao rosa para 0menino? Outra preocupa
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A o n a sce r, a
cr ia n 9 a e nco n t ra se
n u ma la s e d e
in d ife re n cia 9 a o
co m 0 m u n d o.
Assim, a familia reproduz, em seu interior, a cultura que a
crian
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U m a re la 9 a o
h u m a na ri c a ,ch e ia d e
a m biv a lil n c ia ,
m u l t i fa c e ta d a .
H i! u m l im il e p ar a
a s b rig a s , o f e n s a s
e a g re ss6 e s
f fs ica s .
... 0 v in c u lo te m
m a o d u p la p a ra
se r s ig n if ic a tivo .
1. Pedro volta e meia briga feio com Francisco. Ate ja chegou a dar
uns tapas nele. Hoje, Pedro brigou na escola .com Tiago .porque
este tirava urn "sarro" de Francisco, numa rodmha de amlgos.
Qual a relac;:ao de parentesco entre Pedro e Francis~o? .
Nao ha dlwida ... sac irmaos. Uma relac;:aode amor, nvahdade, CUI-
dado, hostilidade. Vma relac;ao humana rica, cheia de ambivalen-cia, multifacetada; co m d esvantagens - dividir 0amor dos pais,
a atenc;:ao d eles, 0 quarto, as roup as - e muitas vantagens - a
possibilidade de companheirismo, de solidariedade, de cumplici-
dade e, principalmente (a vantagem invisfvel), de vivenciar, no
cotidiano, a aprendizagem das relac;:oes sociais com iguai~, algo
extremamente facilitador como treino de participac;ao sOClalnos
mais diferentes grupos humanos.
Este Vinculo significativo e a caracterfstica da ambivalencia - a
existencia do amor e do odio - denunciam 0que e pr6prio de
todo 0Vinculo em que existe proximidade, intimidade: a possibi-
lidade de expressar 0amor e, tambem, a raiva. Em suma, a garan-
tia de que nao perdera 0amor e de que este prevalecera sobre a
raiva permite a expressao da hostilidade. ._Estas expressoes de raiva e amor sac reguladas pel os pals. Ha um
limite para as brigas, ofens as e agressoes ffsicas. Neste limite, CO?S-
tatamos como essa relac;ao e urn modelo de conduta de cada m-
divldu o e m outras relac;6es entre iguais ao longo da vida.
2. 0 vinculo, em seus aspectos biologico (0 cordao umbilical), so-
cial (0 grupo familiar e suas responsabilidades, inclusive legais)
e afetivo (0 acolhimento) e condic;:ao para 0 crescimento e de-
senvolvimento global da crianc;a. Nao hi possibilidade de 50-
brevivencia ffsica e pSlquica no desamor. As doenc;:as mentais e
mesmo as fisicas, em crianc;:as pequenas, denunciam a fragilida-
de de vinculos familiares, a dificuldade dos adultos em criar urn
ambiente estivel e seguro - isto e, amoroso -, a negligencia,
os maus-tratos. Abordar a importancia deste elo de ligac;:ao, 0
vinculo, e dizer que sempre existe ou deve existir urn outro sig-
nificativo que Ihe assegura as condic;:6es de vida, de crescimen-
to e desenvolvimento (senao a crianc;:a adoece, morre). Nesta
perspectiva, e necessario dizer que 0 vinculo tern mao dupla
para ser significativo, ou seja, a crianc;:a tambem e importante
para os pais, muda snas vidas, ocupa-os. Alias, p or serem as
crianc;:as e os adolescentes importantes para os pais e que estes
tornam-se importantes para eles.
Dois exemplos de situac;:oes bastante deli cad as que demons-
tram esta ligac;:ao dos pais com sens filhos: no primeiro, os pais
exibem 0 fil ho ou aspectos dele como se fossem seus; no se-
gundo, projetam no filho a possibilidade de estes realizarem
sonhos e projetos pessoais que nao conseguiram realizar emsnas pr6prias vidas.
3. A famnia, como lugar de protec;:ao e cui-
dados, e, em muitos casos, urn mito. Mui-
tas crianc;:ase aclolescentes soh-em ali snasprimeiras experiencias de violencia: a ne-
gligencia, os mans-tratos, a violencia psi-
col6gica, a agressao fisica, 0 abuso sexual.
A~pesquisas demons tram que, no inte-
rior da famnia, a principal vitima cia via-
lencia fisica e 0 menino e, d o abuso se-
xual, a menina. 0 pai biol6gico cOllstitui-
se no principal agressor.
o fenomeno da violencia domestica e,
infelizmente, universal - atinge paises
ricos e pobres - e po de ser observado
em todas as classes sociais - nao ocorre
exclusivamente nas famnias pobres. Aviolencia domestica nao e um fenomeno
atual, embora sua intensificac;:ao e divld-
gac;ao pelos meios cle comunicac;ao a
transformem em algo dramatico e que tern chamado a atenc;:ao
de muitas instituic;oes e de autoridades cia area da famnia, da
inHlI1cia e adolescencia.
No Brasil, urn exemplo do aspecto historico do fenomeno e 0 re-
lato colhiclo pOI' pesquisadores em documentos dos seculos 18 e
19sobre a vitimac;:ao de crianc;:asescravas. .
Outro dado muito importante, comprovado por pesquisas na-
cionais e internacionais, e que 90% dos agressores foram viti-
mas de algum tipo de violencia na infancia ou adolescencia.
Isto demonstra a necessidade do tratamento psicologico dascrianc;:as e dos aclolescentes vitimas de violencia, fazendo-se n e-
cessario tambem interromper este ciclo de violencia que, em
muitos casos, e encoberto peto segredo familiar ao longo de va-rias gerac;:6es.
4. 0 direito a ter uma [amnia e a importancia deja para a crianc;:aes-
tao colocados no artigo 6 da Declara
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Para 0desenvolvimento completo e harmonioso de sua per-
sonalidade, a crian
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ca de 18 meses.ls so significa que por volta de tres quartos de todos os filhos nascidos de casais
nao-casados que moram juntos verao seus pais se separarem, disse Bumpass, que se preocu-
pa com as "implicayoes para as crianyas dessas relayoes familiares cada vez mais instaveis".
Estas conciusoes poderao levar a um novo destaque da eficacia do matrimonio no novo mi-
lenio - um passo importante para os adultos, mas especialmente para as crianyas: (Newsweek)
o Estado de S. Paulo, 27 de dezembro de 1998.
Familia, familia,
Papai, mamae, titia,
Familia, famf1ia,
Almoya junto todo dia,
Nunca perde essa mania.
Mas quando a filha quer fugir de casa
Precisa descolar um ganha-pao
Filha de famflia se nao casa
Papai, mamae, nao dao nenhum tostao.
Famflia e
Familia A
Familia.
Familia, familia.Vov6 vov6 sobrinha.
Famflia, familia.
Janta junto todo dia,
Nunca perde essa mania.
Mas quando 0 nene fica doente
Procura uma farmacia de plantao
o choro do nene e estridenteAssim nao da pra ver televisao.
Familia e
Familia e
Familia.
Famflia, famflia,
Cachorro, gato, galinha.
Familia, famflia,
Vive junto todo dia,Nunca perde essa mania.
A mae morre de medo de barata
o pai vive com medo de ladraoJogaram inseticida pela casa
Botaram um cadeado no portao.
Familia e
Familia e
Familia.
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