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FANATISMO E MOVIMENTOS DE MASSA UFRJ CLA EBA Desenho Industrial Teoria da informação e comunicação Professor: José Augusto Aluna: Nathália Cirne DRE: 111232190 2011/01

Fanatismo e Movimentos Da Massa

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FANATISMO E MOVIMENTOS DE MASSA

UFRJ – CLA – EBA

Desenho Industrial – Teoria da informação e comunicação

Professor: José Augusto

Aluna: Nathália Cirne – DRE: 111232190 – 2011/01

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O Papel dos indesejáveis nos assuntos humanos

Os elementos inferiores de uma nação, por verem suas vidas irremediávelmente

estragadas acabam sendo ousados e tendo a disposição necessária para criar o caos e gerar

anarquia, e oir ansiarem a dissolvição de seus egos sem significação em eventos comunitários

espetaculares e pertubadores, tendendo para ações unificadas. Esta parte da sociedade, devido a

sua posição ocupada nela, acabam se tornando os pioneiros nas revoluções, migrações em massa

e outras manifestações ou ações populares que por fim moldam a história de uma nação.

Os Pobres

Nem todos os pobres são frustrados. Geralmente, os que vivem estagnados em favelas,

sentem-se confortáveis em suas decadências, enquanto os que vivem recentemente na pobreza,

os “novos pobres” são os que apresentam frustrações com suas novas condições e que

respondem aos movimentos de massa.

Os miseráveis, que vivem em constante luta por casa, por comida, estão livres da

sensação de inutilidade, pois seus objetivos são imediatos e concretos, assim, tornam-se imunes

ao apêlo de um movimento em massa. A frustração pe maior quando se tem muito e deseja-se

mais do que quando não se tem nada e se quer um pouco, o homem tem uma tendência a ser

mais ousado para lutar por supérfulos do que pelo necessário.

Os escravos são pobres, porém, a convivência com as demais pessoas que se encontram

em posição semelhante, impendem a frustração individual. Os novos escravos e os escravos

libertos que instauram a pertubação, a liberdade de escolha coloca a culpa do fracasso sobre o

próprio indivíduo, e o fracasso leva à frustração.

Aqueles que lutam pela liberdade, são por muitas vezes aqueles que seriam menos

felizes em uma sociedade livre. Os frustrados, culpam as restrições por seus fracassos, quando

na verdade, anseiam o fim da “liberdade para todos” para enfim parar de ser posto à prova em

uma sociedade livre.

Os pobres construtivos são os que apesar do seu estado econômico, encontram a

motivação em suas habilidades produtivas e criativas, estes ao decaírem, ao se deparar com uma

exaustão de seu fluxo criador, acabam recaindo no campo dos patriotas ardentes ou dos demais

grupos de movimento.

Quanto menos uma pessoa se vê como um individuo isolado, único responsável por sua

posição na vida, menos provável ele enxergará sua pobreza como evidência de sua

inferioridade. Assim, para que uma pessoa que se encontre dentro de um grupo, família ou tripo

se incorpore em movimentos de massa, é necessário enfraquecer antes esse padrão coletivo, que

faz com que os integrantes se sintam parte dele. Por isso, um movimento de massa em ascensão

atrai e mantém seus seguidores não por sua doutrina, mas essencialmente pela promessa de

refúgio que oferece contra a insignificância de uma existência individual.

Os Desajustados

Os desajustados temporários são os que ainda não encontrou o seu lugar, mas ainda

espera encontrá-lo, são inquietos, insatisfeitos e perseguidos pelo medo de desperdiçarem seus

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melhores anos antes de alcançarem seus objetivos. Por falta de talento ou por outros motivos,

não conseguem realizar aquilo que realmente desejam e sucesso em outros campos não são

suficientes para satisfazê-los.

Os desajustados permanentes são os mais frustrados, são os que possuem uma vocação

irrealista do trabalho criador, tentam pintar, escrever, compor,... e falham decisivamente, e os

que após experimentarem a elação da criatividade percebem que nunca mais produzirão nada

que valha a pena, assim, podem se transformar nos mais violentos extremistas.

Os exageradamente egoístas

Quanto mais egoísta, mais pungente poderá ser seus desapontamentos. Os fanáticos

mais ferozes são por muitas vezes pessoas egoístas que foram forçadas a perder a fé em seus

próprios egos.

Os ambiciosos diante de oportunidades ilimitadas

O grande número de oportunidades pode ser tão frustrante quando a ausência delas, pois

o indivíduo acredita que o que faz no presente é insignificante diante do que ainda está por

fazer. Assim, os frustrados pelo excesso de oportunidades podem ser absorvidos pelo

patriotismo, a solidariedade racial e até mesmo pela pregação da revolução.

As minorias

A minoria que tende para a assimilação tende a ficar só, enfrentando o preconceito e a

discriminação e é sobrecarregado por um senso de culpa por ser um renegado. Um homem que

fracassa se considera um intruso e quando já advindo da minoria, esse sentimento é

intensificado. Já os provenientes da minoria que alcançam o sucesso, acham dificil ter entrado

nos círculos exclusivos da maioria e assim eles próprios se veem como estranhos.

Os entendiados

Quando as pessoas se sentem entediadas, é com seus próprios egos que estão

aborrecidas já que a consciência de uma existência árida, sem significado, é a principal fonte de

tédio. O homem só se livra do tédio quando está dedicado ao trabalho criador ou a alguma

ocupação absorvente, ou totalmente imerso na luta pela existência.

Os pecadores

O patriotismo fervoroso, o entusiasmo religioso e revolucionário, serve de refúgio a

uma consciência culpada, dessa forma, o homem que se sente culpado encontra no movimento

de massa uma fuga a vida manchada.

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Referências bibliográficas:

HOFFER, E. Fanatismo e movimentos de massa. Tradução de Sylvia Jatobá. Rio de Janeiro:

Editora Lidador LTDA, 1968. 27 – 57p.