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FICHA CATÁLOGO - PRODUÇÃO DIDÁTICO PEDAGÓGICA PROFESSOR PDE 2012
Título: Resgate da Função do Professor Pedagogo na Articul ação do Trabalho Pedagógico Escolar
Autor Sandra Maria Santana Manchenho
Disciplina/Área Pedagogia
Escola de Implementação do Projeto e sua localização
Colégio Estadual Unidade Pólo – EFMP
Município da escola Campo Mourão – PR
Núcleo Regional de Educação
Campo Mourão –PR
Professor Orientador Doutoranda Dalva Helena de Medeiros
Instituição de Ensino Superior
Universidade Estadual de Ciências e Letras de Campo Mourão - UNESPAR/FECILCAM
Relação Interdisciplinar -----------------------------
Resumo
O Caderno pedagógico intitulado o “Resgate da Função do Professor Pedagogo na Articulação do Trabalho Pedagógico Escolar” tem como objetivo dialogar com os professores pedagogos sobre a importância de resgatar ou articular o papel do pedagogo no ambiente escolar, de forma que ele desempenhe um papel pedagógico, contribuindo para a aquisição do conhecimento pelos educandos. Esse estudo, embasado no materialismo dialético e na pesquisa-ação, pretende produzir resultados diferenciados na práxis diária, cumprindo e contribuindo para a reorganização da prática pedagógica, buscando a melhoria do ensino.
Palavras-chave Pedagogo; função; resgate
Formato do Material Didático
Caderno Pedagógico
Público Alvo Professor Pedagogo
Professora PDE: Sandra Maria Santana Manchenho
Professora Orientadora: Doutoranda Dalva Helena de Medeiros
Ilustração: José Luiz Cardoso Tavares
Campo Mourão
2012
RESGATE DA FUNÇÃO DO PROFESSOR PEDAGOGO NA ARTICULA ÇÃO
DO TRABALHO PEDAGÓGICO ESCOLAR
PROFESSORA PDE: SANDRA MARIA SANTANA MANCHENHO
PROFESSORA ORIENTADORA: DOUTORANDA DALVA HELENA DE MEDEIROS
PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA
CADERNO PEDAGÓGICO
CAMPO MOURÃO
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO.............................................................................................03
UNIDADE I:
Breve histórico do curso de Pedagogia e suas
diretrizes............................................................................................................05
UNIDADE II:
A dualidade da escola pública brasileira na visão de
Libâneo..............................................................................................................11
UNIDADE III:
Desenvolvimento e aprendizagem na perspectiva da Teoria Histórico-cultural...............................................................................................................17
UNIDADE IV:
Papel do pedagogo frente à organização escolar...............................................................................................................24
UNIDADE V:
Planejamento e princípios que orientam o papel do pedagogo...........................................................................................................30
REFERÊNCIAS.................................................................................................35
ANEXOS............................................................................................................39
3
APRESENTAÇÃO
Este caderno pedagógico é o resultado de uma importante parte do
Programa de Desenvolvimento Educacional (PDE), programa cujo objetivo é
proporcionar aos professores da rede pública estadual subsídios teórico-
metodológicos para o desenvolvimento de ações educacionais sistematizadas,
e que resultem em redimensionamento de sua prática. A constituição deste
caderno se faz como uma das estratégias de ação do Projeto de Intervenção
Pedagógica a ser implementado no Colégio Estadual Unidade Polo – Ensino
Fundamental, Médio e Profissional, com objetivo de dialogar com os
professores pedagogos sobre a importância de resgatar sua função na
articulação do trabalho pedagógico escolar. Nossa intenção com a temática é
levantar com os pedagogos a legitimidade da prática cotidiana no contexto
escolar. O pedagogo vem sendo afastado da função de articular o trabalho
coletivo pedagógico, pois através de uma prática imediatista acaba sendo
aquele que somente se envolve com as práticas cotidianas da escola.
Como professores PDE, somos considerados produtores coletivos de
conhecimento, atores nesse processo de formação, tomando, como ponto de
partida, questões que compõem a realidade de nossa escola de atuação.
Sendo assim, passamos por uma acentuada formação teórico-metodológica e
uma intervenção pedagógica a ser discutida na escola e desenvolvida em
parceria com a universidade, sob a orientação do Professor Orientador, para
que produza resultados satisfatórios na qualidade de ensino da educação
básica.
Temos o intuito de que este caderno possa realmente contribuir com o
trabalho pedagógico na escola, dialogando com os pedagogos sobre a
importância do seu papel de organizador e articulador do trabalho pedagógico,
mediando o trabalho do professor no ato de ensinar. Assim, constituindo uma
Escola Pública, enquanto espaço de assimilação/transmissão do saber
historicamente acumulado, o qual se deve constituir em uma alternativa
concreta de acesso ao conhecimento.
4
Este material denominado Caderno Pedagógico é composto por temas,
com abordagens centradas na formação pedagógica de professores
pedagogos e se divide em 05 unidades, assim distribuídas:
Unidade I: objetiva fazer um resgate histórico sobre o curso de
pedagogia e suas as diretrizes ao longo da história, com o intuito do pedagogo
entender que passamos por vários processos de formação.
Unidade II: pretende conhecer e esclarecer as dificuldades da escola
pública brasileira, através de uma análise pedagógica, buscando relacionar os
objetivos e funções da escola. As questões desta unidade tratam da dualidade
da escola do acolhimento social e a escola do conhecimento.
Unidade III: especifica sobre o processo de desenvolvimento e
aprendizagem fundamentados na Teoria Histórico-cultural e na Pedagogia
Histórico-crítica, que tem como ponto de partida e final, assim por dizer, a
prática social.
Unidade IV: dialoga sobre o papel do pedagogo frente à organização
escolar, sendo que uma de suas funções é a gestão do trabalho pedagógico,
dentro do espaço escolar, orientando as práticas coletivas.
Unidade V: pretende fazer uma reflexão sobre os princípios que
orientam o papel do pedagogo dentro do Estado do Paraná e entender como
planejar sua prática pedagógica na coletividade da escola.
O conteúdo selecionado para este material didático tentará atender a
solicitação dos pedagogos do Colégio Est. Unidade Polo, no intuito de
aprimoramento e resgate de sua função como articulador do trabalho
pedagógico. Para o desenvolvimento deste material didático, faço uso da
proposta apresentada por Gasparin no livro: Uma didática para a Pedagogia
Histórico-crítica.
.
5
UNIDADE I
Breve Breve Breve Breve HistóriHistóriHistóriHistórico do Curso de co do Curso de co do Curso de co do Curso de
Pedagogia e suas DiretrizesPedagogia e suas DiretrizesPedagogia e suas DiretrizesPedagogia e suas Diretrizes
INSTITUIÇÃO: Colégio Estadual Unidade Polo
DISCIPLINA : Pedagogia
PÚBLICO ALVO : Pedagogos
HORAS-AULA: 04 horas
PROFESSORA MINISTRANTE: Sandra Maria Santana Manchenho
OBJETIVO GERAL • Conhecer a história do Curso de Pedagogia com seus avanços e
retrocessos, detendo na relevância da ação pedagógica do profissional
pedagogo no espaço escolar, refletindo na reorganização de sua prática
pedagógica.
6
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
• Estudar os caminhos que traçaram o curso de pedagogia e a sua finalidade
na formação e atuação do pedagogo.
• Diferenciar as diversas diretrizes ao longo a história, para percebemos qual
é a nossa formação e qual é a real função que devemos desempenhar hoje.
1 PRÁTICA SOCIAL INICIAL
1.1 CONTEÚDO
História da pedagogia
• Pedagogia: Para quê?
• Resgate histórico.
• Formação do Curso atual de pedagogia.
1.2 O que os pedagogos já sabem
• Sabem que devem atuar como gestores da prática educativa.
• Sabem que a linha filosófico-epistemológica, pela qual optou a
educação do Estado do Paraná, é derivada do marxismo e preocupa-se
com a transmissão de conhecimentos significativos para os alunos.
• Sabem que aconteceram mudanças nas diretrizes de pedagogia ao
longo da história do curso.
1.2.1 O que gostariam de saber
• O que fazer com tantos afazeres no ambiente escolar?
• Que linha teórico- metodológica devem seguir?
• Qual é a finalidade do pedagogo na gestão democrática?
7
2 PROBLEMATIZAÇÃO
2.1 DISCUSSÕES IMPORTANTES SOBRE A CONCEPÇÃO DA
PEDAGOGIA E SUA FINALIDADE
• O conhecimento de pressupostos teórico-metodológicos que embasam o
ensino e a concepção de homem e sociedade a elas vinculados pode
contribuir para a melhoria na prática educativa?
• A pedagogia tem importância social?
• Qual a finalidade do curso de pedagogia?
2.2 DIMENSÕES DO CONTEÚDO A SEREM TRABALHADAS
• Conceitual : O que é a pedagogia? Qual sua função?
• Social: Qual a finalidade social e pedagógica da pedagogia?
• Histórica: Quais, ao longo do tempo, foram as grades do Curso de
Pedagogia? Qual o sentido da formação em cada contexto histórico-
social?
• Política: Em que circunstâncias foram elaboradas as políticas públicas
do curso de pedagogia?
• Legal: Como se refletiu na legislação as exigências de cada momento
histórico? A diretriz atual reflete de maneira mais próxima as exigências
vivenciadas pelo pedagogo hoje? Tem relações com as políticas
educacionais mais amplas?
3 INSTRUMENTALIZAÇÃO
3.1 AÇÕES DIDÁTICO-PEDAGÓGICAS
• Primeiro momento: Abertura do curso. Apresentação do projeto.
• Segundo momento: Indagações sobre a pedagogia:
1. Como surge a Pedagogia?
2. Qual a função do curso e do pedagogo?
8
3. Para que o pedagogo é formado?
4. Qual é o papel do pedagogo na prática educativa?
5. Fazemos o que é realmente nosso papel no dia a dia da escola?
• Terceiro momento : Retrospectiva histórica e legal do curso de
pedagogia. Texto (anexo1) e ou
http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/2010/artigos_teses/2010/
Pedagogia/ahistfuncpedagogoesc.pdf
• Quarto momento: Análise da história: A gente se acostuma, de Marina
Colassanti, relacionando com a temática trabalha.
http://www.youtube.com/watch?v=ruN_LR60ZfQ
• Quinto momento : Responder ao questionamento. (anexo)
3.2 RECURSOS HUMANOS E MATERIAIS
• Pedagogos
• Texto com embasamento teórico em Saviani, Libâneo e Brezinski
• Data show
• Texto e slides
4 CATARSE
4.1 SÍNTESE MENTAL DO CURSISTA
O curso de Pedagogia passou por diversas reformulações e,
historicamente, atendeu às demandas do capital. Na atualidade
contemporânea, perdeu-se a base da função e comprometeu-se com a
demanda diária das ações sociais dentro da escola. Com isso a função
primordialmente pedagógica foi ficando em segundo plano. Deve-se retomar e
resgatar a função que legitima o papel do pedagogo no trabalho pedagógico,
voltado para a construção do conhecimento elaborado.
9
4.2 EXPRESSÃO DA SÍNTESE (DISCUSSÕES)
A expressão da síntese se dará por meio da expressão oral nas
participações durante as discussões e será solicitado um pequeno relatório ao
final do encontro.
5 PRÁTICA SOCIAL FINAL DO CONTEÚDO
5.1 NOVA POSTURA TEÓRICO/PRÁTICA
• Desejar conhecer mais sobre a história da pedagogia e seu valor na
atuação do profissional pedagogo.
• Repensar a postura de atuação no espaço escolar.
• Compreender a função do pedagogo ligada às políticas educacionais
mais amplas e saber se posicionar diante delas, de modo a não perder a
compreensão do seu papel em relação à função da escola pública de
qualidade.
5.2 AÇÕES PROFESSOR PEDAGOGO
• Retomar estudos básicos da pedagogia que levem a reflexão/ ação da
prática pedagógica.
• Estudar autores que tratam a pedagogia, trabalho coletivo.
• Considerar as diversas formações educacionais que atuam no contexto
escolar.
6 REFERÊNCIAS
Brzezinski, Iria. Profissão Professor: identidade e profissionalização
docente.Brasilia: Plano Editora,2002.
BRECKENFELD, Eleane Jean Negrão. ROMANOWSKI, Joana Paulin. O
pedagogo escolar: limites e possibilidades de sua profissionalidade no
10
sistema de ensino Público Estadual do Paraná. Disponível em:
www.pucpr.br/eventos/educere/.../anais/.../406_476.pd...
LIBÂNEO, José Carlos. Pedagogia e pedagogos, para quê? 12. ed. São
Paulo, Cortez, 2010.
SAVIANI, Dermeval. A Pedagogia no Brasil . História e Teoria. Campinas, São
Paulo. Autores associados, 2008.
TAQUES, Mariana F. et all O papel do pedagogo na gestão: possibilidades
de mediação do Currículo. Disponivel:
http://www.nre.seed.pr.gov.br/londrina/arquivos/File/4opapeldopedagogo.pdf.
Acessado em 29/11/2012.
Endereços eletrônicos:
http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/2010/artigos_teses/2010/
Pedagogia/ahistfuncpedagogoesc.pdf . Acessado em: 20/09/2012.
http://www.youtube.com/watch?v=ruN_LR60ZfQ . Acessado em: 22/09/2012.
http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/rcp01_06.pdf. Acessado em:
22/09/2012.
http://www.nre.seed.pr.gov.br/londrina/arquivos/File/4opapeldopedagogo.pdf.
Acessado em: 29/11/2012.
www.pucpr.br/eventos/educere/.../anais/.../406_476.pdf (acesso 29.11.2012)
11
UNIDADE II
A Dualidade da Escola Pública A Dualidade da Escola Pública A Dualidade da Escola Pública A Dualidade da Escola Pública
Brasileira na Visão de LibâneoBrasileira na Visão de LibâneoBrasileira na Visão de LibâneoBrasileira na Visão de Libâneo
INSTITUIÇÃO: Colégio Estadual Unidade Polo
DISCIPLINA : Pedagogia
PÚBLICO ALVO : Pedagogos
HORAS-AULA: 08 horas
PROFESSORA MINISTRANTE : Sandra Maria Santana Manchenho
OBJETIVO GERAL : • Conhecer e esclarecer as dificuldades da escola pública brasileira, através
de uma análise pedagógica, buscando relacionar os objetivos e funções da
escola, após estudo dos documentos internacionais, em especial, o da
Conferência mundial de educação para todos.
12
OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
• Estudar o texto de José Carlos Libâneo: O dualismo perverso da escola
pública brasileira: escola do conhecimento para os ricos, escola do
acolhimento social para os pobres.
• Relacionar o texto com a escola da atualidade.
1 PRÁTICA SOCIAL INICIAL
1.1 CONTEÚDO
Conferência mundial de educação para todos
• Conteúdo da Declaração
http://unesdoc.unesco.org/images/0008/000862/086291por.pdf
• Escola do conhecimento e do assistencialismo na visão de José Carlos
Libâneo
1.2 VIVÊNCIA DO CONTEÚDO
1.2.1 O que os pedagogos já sabem
• Que a educação pública, hoje, está voltada, em grande parte, ao
assistencialismo e formação para cidadania não com o conhecimento
científico.
1.2.2 O que gostariam de saber
• Quais as consequências para a educação brasileira pós Conferência?
• O que poderemos fazer na escola para superar essa dualidade?
13
2 PROBLEMATIZAÇÃO
2.1 DISCUSSÃO IMPORTANTE SOBRE A EDUCAÇÃO APARTIR D O
TEXTO DE LIBÂNEO
• Quais foram as intenções da Conferência mundial de educação para
todos?
• Quais os objetivos e funções da escola dentro da Declaração de
Jomtien?
• Quais os objetivos gerais do Plano Decenal de Educação para a
Educação Básica?
• Como Libâneo relaciona as funções da escola?
• Qual a função do pedagogo na superação do dualismo?
2.2 DIMENSÕES DO CONTEÚDO A SEREREM TRABALHADAS
• Conceitual - O que foi a Conferência mundial sobre educação para
todos?
• Social – Para quem ela foi elaborada e quais funções têm a escola?
• Econômica/Política – Qual o interesse do Banco Mundial?
Os países envolvidos na Conferência dependem e/ou “ficam na mão” do
Banco Mundial?
3 INSTRUMENTALIZAÇÃO
3.1 AÇÕES DIDÁTICO-PEDAGÓGICAS
• Primeiro Momento : Apresentação da fala de Libâneo sobre funções da
escola:
http://www.youtube.com/watch?v=6kk__FXVwC0
• Segundo Momento : Leitura e discussão a cerca do texto de Libâneo em
grupos:
14
http://www.scielo.br/pdf/ep/v38n1/aop323.pdf
• Terceiro Momento : Seminário da conclusão das discussões sobre as
funções da escola pós Conferência.
• Quarto momento: Registro dos comentários e discussões conforme as
questões: Como pedagogos, que escola queremos? A escola de
reprodução da lógica do capital ou da escola de conhecimento?
• Quinto momento : Reflexão do vídeo:
“Um dia você aprende”, “O Menestrel”, de Willian Shakespeare.
http://www.youtube.com/watch?v=vlLh8K6FF8A
3.2 RECURSOS HUMANOS E MATERIAIS
• Pedagogos
• Textos
• Projetor multimídia
4 CATARSE
4.1 SÍNTESE MENTAL DO CURSISTA
Qual Conferência mundial de educação foi elaborada para “ajudar” os
países subdesenvolvidos. Levando a uma desvalorização da função e objetivos
da escola.
Libâneo defende que essa declaração foi o marco do declínio da
educação brasileira, que passou do conhecimento acumulado historicamente e
cientificamente para tratar de uma escola voltada ao assistencialismo. As
políticas educacionais estão assentadas nas políticas do Banco Mundial. E
como pedagogos, devemos articular para que a escola procure trabalhar a
formação cultural e cientifica, formando sujeitos com capacidades intelectuais
que possam assegurar sua dignidade.
15
4.2 EXPRESSÃO DA SÍNTESE
• Nas discussões, debates e análise do texto.
• Relato escrito do conteúdo apreendido na unidade.
5 PRÁTICA SOCIAL FINAL DO CONTEÚDO
5.1 NOVA POSTURA PRÁTICA
• Desejar conhecer mais sobre as funções da escola.
• Repensar seu papel de pedagogo.
• Pretender mudar sua prática.
• Querer sair da conjuntura atual das funções voltadas à escola.
5.2 AÇÕES DOS PEDAGOGOS
• Ler novos textos sobre o assunto, dos quais se sugere: Shiroma,
Moraes e Evangelista, Livro: Política educacional, cap.02.
• Mudar a prática educativa no contexto escolar.
• Entender e buscar mais leituras sobre a função da escola.
6 REFERÊNCIAS
LIBÂNEO, José Carlos. O Dualismo Perverso da Escola Pública Brasileira:
escola do conhecimento para os ricos, escola do acolhimento social para os
pobres. Pontifícia Universidade Católica de Goiás, 2010
SHIROMA, Eneida Oto, Etall. Política Educacional . Rio de Janeiro: DP&A,
2000. p.53-70
Endereços eletrônicos:
http://unesdoc.unesco.org/images/0008/000862/086291por.pdfhttp://www.scielo
.br/pdf/ep/v38n1/aop323.pdf . Acessado em: 02/10/2012.
16
http://www.youtube.com/watch?v=6kk__FXVwC0. Acessado em: 06/10/2012.
http://www.youtube.com/watch?v=vlLh8K6FF8A. Acessado em: 02/10/2012.
17
UNIDADE III
Desenvolvimento e Desenvolvimento e Desenvolvimento e Desenvolvimento e Aprendizagem Aprendizagem Aprendizagem Aprendizagem
na Perspectiva da Teoria na Perspectiva da Teoria na Perspectiva da Teoria na Perspectiva da Teoria
HistóricoHistóricoHistóricoHistórico----CCCCulturalulturalulturalultural
INSTITUIÇÃO: Colégio Estadual Unidade Polo
DISCIPLINA : Pedagogia
PÚBLICO ALVO : Pedagogos
HORAS-AULA: 08 horas
PROFESSORA MINISTRANTE : Sandra Maria Santana Manchenho
OBJETIVO GERAL
• Compreender o processo de desenvolvimento e aprendizagem
fundamentados na Teoria Histórico-cultural.
18
OBJETIVO ESPECÍFICO
• Estudar como se dá o desenvolvimento e a aprendizagem, na Teoria
Histórico-cultural desenvolvida por Vygotsky, levando o pedagogo a
fundamentar sua prática junto ao educador.
• Identificar e aprender novas formas de compreender como se dá o
desenvolvimento e a aprendizagem dos estudantes, para melhor
ajudá-los.
• Conceituar a Teoria Histórico-cultural explicitando suas concepções
Filosófico-ontológicas.
1 PRÁTICA SOCIAL INICIAL DO CONTEÚDO
1.3 CONTEÚDO
• O que é a Teoria Histórico-cultural.
• Como se dá o processo de aprendizagem e de desenvolvimento, na
perspectiva da teoria pesquisada e defendida por Vygotsky.
• .Como é organizado o conhecimento científico produzido
historicamente nesta teoria.
1.2 VIVÊNCIA DO CONTEÚDO
1.2.1 O que os professores já sabem
• Que existem diferentes teorias de desenvolvimento da aprendizagem.
1.2.2. O que gostariam de saber
• Qual a importância Teoria Histórico-cultural na construção da
aprendizagem?
19
• Como as concepções de aprendizagem e de desenvolvimento real e
potencial podem contribuir para a organização do ensino?
2 PROBLEMATIZAÇÃO
2.1 DISCUSSÕES IMPORTANTES SOBRE DESENVOLVIMENTO DA
APRENDIZAGEM NA DIDÁTICA HISTÓRICO CULTURAL
• O pedagogo tem clareza de como se dá o desenvolvimento da
aprendizagem e de qual a linha sua escola utiliza?
• Porque os pedagogos têm receio de falar com os professores sobre os
fundamentos que embasam suas práticas pedagógicas?
• Qual a importância de saber qual a teoria que embasa a prática
pedagógica?
• É possível inserir na prática pedagógica os fundamentos ou princípios da
Teoria Histórico-cultural? Como?
2.2 DIMENSÕES DO CONTEÚDO A SEREM TRABALHADOS
• Conceitual: Como a Teoria Histórico-cultural define: desenvolvimento e
aprendizagem? Como surgiu a Teoria Histórico-cultural?
• Social : Qual é a contribuição da Teoria Histórico-cultural na
aprendizagem? Que papel o pedagogo deve desempenhar frente ao
educador?
• Histórica/Política: Por que, ao longo dos anos, muitas teorias foram
estudadas e pesquisadas? Como se dá o desenvolvimento da referida
teoria na escola e por que, hoje, ela está presente em vários sistemas
de ensino?
3 INSTRUMENTALIZAÇÃO
3.1 AÇÕES DIDÁTICO-PEDAGÓGICAS
• Primeiro momento : Apresentação e comentários do conceito da teoria
histórico-cultural, obra e vida do Vygotsky, através dos slides:
20
http://www.youtube.com/watch?v=YJla-2t-HRY (acesso em 12.11.2012)
• Segundo momento : Divisão da leitura do anexo III, seguida de
discussão e reflexão acerca da aprendizagem na Teoria Histórico-
cultural.
• Terceiro momento : Elaboração de relatório respondendo como o
pedagogo pode interferir na metodologia do professor para o uso da
teoria histórico-cultural, no desenvolvimento da aprendizagem?
• Quarto momento: Assistir ao filme, analisando e percebendo a Teoria
Histórico-cultural no processo de aprendizagem.
Sessão de Cinema:
O Menino selvagem - Victor de Aveiron
http://www.youtube.com/watch?v=r0_uC-cX50w
• Quinto momento: Contextualização do Filme: O Menino selvagem.
• Sexto momento: Atividade em duplas:
� Qual o papel da linguagem no desenvolvimento das funções psíquicas?
� No contexto do filme que fatores determinaram o atraso na linguagem?
Justifique.
3.2 RECURSOS HUMANOS E MATERIAIS
• Pedagogos
• Multimidia
• Filme
• Textos
21
4 CATARSE
4.1 SÍNTESE MENTAL DO CURSISTA
A ser elaborado pelo cursista de acordo com os conteúdos propostos
(ideia principal).
Assumir a Teoria Histórico-cultural, na educação, significa que se deve
trabalhar com o conhecimento cientifico e político comprometido com a criação
de uma sociedade democrática e uma educação política. Conforme apresenta
a pesquisadora Sforni (2006), a formação política pressupõe o
desenvolvimento de capacidades que permitem ao sujeito proceder à crítica da
sociedade e do conhecimento nela produzido, portanto sua base é o saber
sistematizado. Os conceitos teórico/metodológicos que embasam o ensino e
aprendizagem da Teoria Histórico-cultural, de Vigotsky, tem como princípio o
Método Dialético, e se constitui de três fases na construção do conhecimento,
prática, teoria e prática, partindo do desenvolvimento atual dos alunos para um
novo nível de desenvolvimento. Proposta que tem a intenção de tratar da
escola como espaço de trabalho pedagógico, onde todos os homens têm
direito à transmissão e assimilação de conhecimentos científicos
historicamente construídos.
Gasparin (2002) ao organizar Uma Didática para a Pedagogia Histórico-
crítica utiliza-se dos pressupostos da Teoria Histórico-cultural e propõe um
plano de ensino no qual as etapas buscam partir do que o aluno já domina, ou
seja, seu nível de conhecimento real e por meio da problematização e
instrumentalização, o professor atuando na zona de desenvolvimento potencial
procura levar o aluno à aquisição do conhecimento científico sistematizado,
auxiliando o educando a ampliar o nível de desenvolvimento. A etapa de
catarse deve levar em conta se houve um avanço na compreensão inicial do
conteúdo (síncrese precária) de modo a atingir uma compreensão mais ampla
e científica do assunto (ou síntese). Como já salientado no decorrer do texto a
finalidade última é uma compreensão mais crítica da realidade expressa na
prática social final.
22
4.2 EXPRESSÃO DA SINTESE
A expressão da síntese se dará por meio da expressão oral nas
participações durante as discussões e será solicitado um pequeno relatório ao
final do encontro.
5 PRÁTICA SOCIAL FINAL DO CONTEÚDO 5.1 NOVA POSTURA
• Desejar conhecer mais sobre a Teoria Histórico-Cultural.
• Retomar a postura frente aos professores apresentando uma nova
possibilidade na aquisição de conteúdos por parte do aluno e criticidade
na prática educativa.
5.2 AÇÕES DO PEDAGOGO
• Estudar o livro: Uma Didática para a Pedagogia Histórico-crítica.
• Ler Vygotsky e seus precursores contemporâneos.
• Auxiliar o professor a usar as diversas dimensões/passos na sua
docência.
• Reformular sua prática cotidiana frente a esse desafio.
• Relato escrito do conteúdo apreendido na unidade.
6 REFERÊNCIAS
Material consultado na elaboração desta unidade de ensino e a ser
estudado pelos professores:
GASPARIN, João Luiz. Uma didática para a pedagogia histórico-crítica.
Campinas,S.P.: Autores Associados, 2002 (Coleção Educação
Contemporânea).
23
VYGOTSKI, Lev Semenovich. Psicologia e Pedagogia . 2ªed.- São Paulo:
Martins Fontes, 2004
__________, Lev Semenovich. A formação Social da Mente . 7ª ed.São
Paulo: Martins Fontes.2007
REVISTA Akrópolis, Umuarama, v. 17, n. 4, p. 203-210, out./dez. 2009
REVISTA Diálogo Educ., Curitiba, v. 10, n. 29, p. 205-229, jan./abr. 2010
SFORNI, M. S. F.; GALUCH, Maria Terezinha Bellanda. Conteúdos Escolares
e Desenvolvimento Humano : Qual a unidade? Comunicações (Piracicaba), v.
ano 13, p. 150-158, 2006.
Endereços eletrônicos:
http://www.youtube.com/watch?v=r0_uC-cX50w (filme). Acessado em:
10/09/2012.
http://www.ufsj.edu.br/portal-repositorio/File/vertentes/viviam_e_outras.pdf.
Acessado em: 10/09/2012.
http://pedagogiadidatica.blogspot.com.br/2008/11/os-pressupostos-bsicos-da-
teoria.html. Acessado em: 16/10/2012.
http://www.youtube.com/watch?v=YJla-2t-HRY. Acessado em: 12/11/2012.
http://www.ufsj.edu.br/portal-repositorio/File/vertentes/viviam_e_outras.pdf.
Acessado em: 16/10/2012.
24
UNIDADE IV
Papel do Pedagogo Frente à Papel do Pedagogo Frente à Papel do Pedagogo Frente à Papel do Pedagogo Frente à
OrganizaOrganizaOrganizaOrganização Escolarção Escolarção Escolarção Escolar
INSTITUIÇÃO: Colégio Estadual Unidade Polo
DISCIPLINA: Pedagogia
PÚBLICO ALVO: Pedagogos
HORAS-AULA: 04 horas
PROFESSORA MINISTRANTE: Sandra Maria Santana Manchenho
OBJETIVO GERAL
• Estudar qual o papel do pedagogo na organização escolar.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
• Identificar e assimilar qual o papel do pedagogo frente à ação
pedagógica diária.
25
• Compreender o papel do pedagogo na construção de uma escola
democrática.
1 PRÁTICA SOCIAL INICIAL
1.1 CONTEÚDO
Papel do pedagogo e organização escolar
• Função do pedagogo.
• Organização da prática pedagógica.
1.2 VIVÊNCIA DO CONTEÚDO
1.2.1 O que os pedagogos já sabem
• Sabem que devem organizar o trabalho pedagógico.
• Sabem que fazem trabalhos que não são de sua competência.
1.2.2 O que gostariam de saber
• O que fazer com tantos afazeres no ambiente escolar?
• Quem deve responder pelos alunos que necessitam de disciplina e
controle familiar?
• Como colocar em prática a função do pedagogo com todos os
problemas que envolvem o ambiente escolar?
• Quais as vantagens na efetivação de seu papel para a prática educativa
e ação pedagógica?
26
2 PROBLEMATIZAÇÃO
2.1 DISCUSSÕES IMPORTANTES SOBRE O PAPEL DO PEDAGOGO NA
ORGANIZAÇÃO ESCOLAR
• Os pedagogos da escola têm conhecimento de qual é a sua função e
tem embasamento teórico a cerca desse assunto para poder efetivar de
forma eficaz seu papel?
• O pedagogo tem importância social?
• É possível conduzir o papel do pedagogo de forma que produza uma
nova prática educativa?
• Os profissionais da escola sabem que papel o pedagogo deve
desempenhar?
• Como deve ser organizado o trabalho pedagógico?
• Qual a função do pedagogo frente ao Projeto Político Pedagógico?
2.2 DIMENSÕES DO CONTEÚDO A SEREM TRABALHADAS
• Conceitual: Qual o papel do pedagogo?
• Social: Qual a finalidade social e pedagógica do pedagogo?
• Histórica: Por que o pedagogo se perdeu ou se perde em seu papel na
prática educativa?
• Política: Qual a função do pedagogo frente as política educacionais?
3 INSTRUMENTALIZAÇÃO
3.1 AÇÕES DIDÁTICO-PEDAGÓGICAS
• Primeiro momento: Análise da história. Quando a Escola era de Vidro
de Ruth Rocha.
Leia a história acessando:
http://colecaociranda.blogspot.com.br/2011/09/um-conto-de-ruth-rocha-quando-
escola-e.html ou assista em: http://www.youtube.com/watch?v=JOidHbaW85g
27
• Segundo momento: Leitura do texto: Quem é o Pedagogo na Escola.
http://www.pedagogia.seed.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?c
onteudo=5
• Terceiro momento : Leitura do texto função do pedagogo.
http://www.pedagogia.seed.pr.gov.br/arquivos/File/docs_cge/textonrectb
pedagogo.pdf
• Quarto momento : Estudo de caso em grupos.
• Quinto momento : Leitura específica da competência do pedagogo no
Projeto Político Pedagógico de sua escola.
• Sexto momento : Relato sobre qual é o papel do pedagogo na prática
educativa.
3.2 RECURSOS HUMANOS E MATERIAIS
• Pedagogos
• Textos
• Data show
4 CATARSE
4.1 SÍNTESE MENTAL DO CURSISTA
Que a função do pedagogo se faz necessária para promover a
interligação entre os profissionais e a escola. Que ele é o elo do trabalho em
conjunto para que a escola realize, de fato, seu papel de proporcionar uma
educação que desperte a comunidade educativa para o processo da
emancipação da sociedade, partindo da sua própria. Que o pedagogo deve
contribuir decisiva e decididamente para a formulação coletiva de projetos
pedagógicos para a superação dos desafios do sistema educacional e social.
28
4.2 EXPRESSÃO DA SÍNTESE (DISCUSSÕES)
• Qual o papel do pedagogo? (dimensão conceitual)
• Qual a função social e educativa do pedagogo na escola? (dimensão
social)
• Por que o pedagogo tem dificuldades em efetivar seu papel? (dimensão
histórica)
• Como o pedagogo deve refletir e rever a sua atuação na atual
conjuntura? (dimensão política)
5 PRÁTICA SOCIAL FINAL DO CONTEÚDO
5.1 NOVA POSTURA TEÓRICO/PRÁTICA
• Definir qual o seu papel.
• Repensar a postura de atuação no ambiente escolar.
• Pretender atuar de acordo com a especificidade de sua função.
5.2 AÇÕES PROFESSOR PEDAGOGO
• Retomar estudos sobre o papel do pedagogo que levem à reflexão/ ação
da prática pedagógica.
• Estudar autores que tratam o pedagogo como articulador do trabalho
coletivo.
6 REFERÊNCIAS
LIBÂNEO, José Carlos. Pedagogia e pedagogos, para quê? 12. ed. São
Paulo, Cortez, 2010
PIMENTA, Selma Garrido. O Pedagogo na Escola Pública. 3.ed. São Paulo:
Edições Loyola, 1995.
29
PROJETO POLITICO PEDAGÓGICO. Colégio Estadual Unidade Pólo –
Ensino Fundamental, Médio e Profissional. Campo Mourão, Pr. 2011
SAVIANI, Demerval, Sentido da pedagogia e papel do pedagogo , Revista
Nova Escola, junho/julho 2004.
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO. Superintendência da Educação.
Coordenação de Gestão Escolar. Organização do trabalho pedagógico .
Curitiba: SEED – Pr., 2010. 128 p.
VEIGA, Vilma Passos. Projeto Político-Pedagógico da Escola : uma construção possível. Campinas, São Paulo, Papirus, 17. ed. 2004.
Endereços eletrônicos:
http://www.pedagogia.seed.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=5. Acessado em: 25/10/2012. http://www.pedagogia.seed.pr.gov.br/arquivos/File/docs_cge/textonrectbpedagogo.pdf. Acessado em: 25/10/2012. http://smec.salvador.ba.gov.br/site/documentos/espaco-virtual/espaco-jornada-pedagogica/artigos-e-textos/pedagogo-papel-escola-publica.pdf. Acessado em: 25/10/2012. http://www.diaadia.pr.gov.br/tvpendrive/modules/debaser/singlefile.php?id=576. Acessado em: 01/11/2012. http://www.diaadia.pr.gov.br/tvpendrive/modules/debaser/singlefile.php?id=577. Acessado em: 01/11/2012. http://www.diaadia.pr.gov.br/tvpendrive/modules/debaser/singlefile.php?id=578. Acessado em: 01/11/2012.
30
UNIDADE V
Planejamento e Princípios que Planejamento e Princípios que Planejamento e Princípios que Planejamento e Princípios que
Orientam o Papel do PedagogoOrientam o Papel do PedagogoOrientam o Papel do PedagogoOrientam o Papel do Pedagogo
INSTITUIÇÃO: Colégio Estadual Unidade Polo
DISCIPLINA : Pedagogia
PÚBLICO ALVO: Pedagogos
HORAS-AULA: 08 horas
PROFESSORA MINISTRANTE: Sandra Maria Santana Manchenho
OBJETIVO GERAL: • Conhecer os princípios que orientam o papel do pedagogo dentro do Estado
do Paraná e entender como planejar sua prática pedagógica na coletividade
da escola.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
• Estudar os princípios que regem o pedagogo no Estado do Paraná.
31
• Conceituar o que é Planejamento, explicando suas finalidades, e que sua
elaboração torne-se um instrumento de uso contínuo na sistematização do
trabalho do pedagogo.
1 PRÁTICA SOCIAL INICIAL DO CONTEÚDO
1.1 CONTEÚDO
• Princípios contidos no edital nº10/2007 Est. Paraná.
• Planejamento, o que é.
• Finalidade do planejamento na prática pedagógica.
1.2.1 O que os pedagogos já sabem
• Sabem que existe um edital com os princípios de sua função.
• Sabem que devem planejar suas ações no cotidiano escolar
1.2.2 O que gostariam de saber
• O que fazer para colocar em prática os princípios do edital.
• O que se levar em conta na hora de elaborar e efetivar seu
planejamento?
2.2 DIMENSÕES DO CONTEÚDO A SEREM TRABALHADAS
• Conceitual: Quais são os princípios do papel do pedagogo? O que é
planejamento? Quais suas funções?
• Social: Qual a função social de elaborar princípios de trabalho para o
pedagogo? Qual a relação dos princípios que norteiam o papel do
pedagogo na elaboração e execução do planejamento? O que a
Secretaria de Estado e Educação (SEED) espera do pedagogo?
• Histórica/Política : Quais princípios já direcionaram o papel do pedagogo?
E por que foram se modificando?
• Legal: Para que tantos princípios para efetivar o trabalho do pedagogo?
32
• Escolar: Com que finalidade são elaborados os planejamentos, agora
Plano de Trabalho Docente? Eles são importantes?
• Operacional: Como elaborar um planejamento que envolva os princípios
que norteiam o papel do pedagogo no cotidiano escolar?
3 INSTRUMENTALIZAÇÃO
3.1 AÇÕES DIDÁTICO-PEDAGÓGICAS
• Primeiro momento: Definir o que é planejamento. E como elaborá-lo.
Saiba mais
Para bem compreender o papel do planejamento acesse o vídeo:
http://www.youtube.com/watch?v=uCQCtHOnwkM
• Segundo momento: Estudar os princípios que norteiam o papel do
pedagogo edital nº10/2007doEstado Paraná.
http://www.nc.ufpr.br/concursos_externos/seed2007/documentos/edital_102007
_pedagogo.pdf
• Terceiro momento : Elaboração do planejamento individual e coletivo de
como desenvolverá o trabalho pedagógico na escola, tendo os princípios
de sua função como norteador de sua prática.
• Quarto momento: Relatório escrito sobre a relevância do planejamento
na prática do pedagogo.
• Quinto Momento: Apresentação do planejamento impresso e oral.
3.2 RECURSOS HUMANOS E MATERIAIS
• Pedagogos
33
• Vídeos
• Textos
4 CATARSE 4.1 SÍNTESE MENTAL DO CURSISTA
Através da elaboração de plano de trabalho ou planejamento na linha
Histórico-crítica, enfatizando os princípios norteadores do papel do pedagogo,
resultará num facilitador da prática pedagógica com resultados efetivos diários
e de nova postura no cotidiano da escola.
O planejamento deverá ser elaborado e revisto constantemente, sendo
o instrumento do pedagogo na prática coletiva, direcionando sua avaliação no
desempenho de atividades. Planejar é uma ferramenta necessária e segundo
Vasconcellos (2000) é antecipar mentalmente uma ação ou um conjunto de
ações a serem realizadas e agir de acordo com o previsto. Planejar não é, pois,
apenas algo que se faz antes de agir, mas também agir em função daquilo que
se pensa.
4.2 EXPRESSÃO DA SÍNTESE
• O que é Planejamento e quais são os princípios que norteiam o papel
pedagogo? (dimensão conceitual).
• Qual a utilidade dos princípios elaborados pela SEED, na escola e na
prática do pedagogo? (dimensão social).
• Em que momento o planejamento e os princípios norteadores da função
do pedagogo se tornam função política e histórica? (dimensão política e
histórica).
• Elaboração do Planejamento (dimensão operacional).
5 DIMENSÃO SOCIAL FINAL DO CONTEÚDO 5.1 NOVA POSTURA PRÁTICA
34
• Desejar conhecer outras formas de elaborar um planejamento ou plano
de ação.
• Repensar a prática a ser efetuada na dinâmica diária através do
Planejamento.
• Querer atuar de acordo com os princípios norteadores com uma nova
postura.
5.2 AÇÕES DO PROFESSOR PEDAGOGO
• Ler outros autores sobre a importância do Planejamento.
• Elaborar um Planejamento ou Plano de ação, de acordo com a proposta
de Gasparin.
• Definir encontros para avaliar as ações.
• Montar grupos de estudo.
6 REFERÊNCIAS GASPARIN, João Luiz. Uma didática para a pedagogia histórico-crítica.
2.ed. Campinas: Autores Associados, 2003 (Coleção Educação
Contemporânea).
PIMENTA, Selma Garrido. O Pedagogo na Escola Pública. 3.ed. São Paulo:
Edições Loyola, 1995.
VASCONCELLOS, Celso dos S: Planejamento Projeto de Ensino-
Aprendizagem e Projeto Político-Pedagógico . Ladermos Libertad, 7º ed. São
Paulo, 2000
Endereços Eletrônicos:
http://www.nc.ufpr.br/concursos_externos/seed2007/documentos/edital_102007
_pedagogo.pdf. Acessado em: 05/11/2012.
http://www.youtube.com/watch?v=uCQCtHOnwkM. Acessado em: 24/11/2012.
35
REFERÊNCIAS
BRZEZINSKI, Iria. Profissão Professor: Identidade e profissionaliza ção
docente . Brasilia: Plano Editora,2002
BRECKENFELD, Eleane Jean Negrão. ROMANOWSKI, Joana Paulin. O
pedagogo escolar: limites e possibilidades de sua profissionalidade no
sistema de ensino Público Estadual do Paraná. disponivel em:
www.pucpr.br/eventos/educere/.../anais/.../406_476.pd...(acesso em
29.11.2012)
GASPARIN, João Luiz. Uma didática para a Pedagogia Histórico-Crítica.
Campinas,S.P.: Autores Associados, 2002 (Coleção Educação
Contemporânea).
LIBÂNEO, José Carlos. Pedagogia e pedagogos, para quê? 12. ed. São
Paulo, Cortez, 2010
________, José Carlos. O Dualismo Perverso da Escola Pública Brasileira:
escola do conhecimento para os ricos, escola do acolhimento social para os
pobres. Pontifícia Universidade Católica de Goiás, 2010
PIMENTA, Selma Garrido. O Pedagogo na Escola Pública. 3.ed. São Paulo:
Edições Loyola, 1995.
PROJETO POLITICO PEDAGÓGICO. Colégio Estadual Unidade Pólo –
Ensino Fundamental, Médio e Profissional. Campo Mourão, Pr. 2011
REVISTA Akrópolis, Umuarama, v. 17, n. 4, p. 203-210, out./dez. 2009
REVISTA Diálogo Educ., Curitiba, v. 10, n. 29, p. 205-229, jan./abr. 2010
SAVIANI, Dermeval. A Pedagogia no Brasil . História e Teoria. Campinas, São
Paulo. Autores associados, 2008
_______, Demerval, Sentido da pedagogia e papel do pedagogo , Revista
36
Nova Escola, junho/julho 2004.
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO. Superintendência da Educação.
Coordenação de Gestão Escolar. Organização do trabalho pedagógico .
Curitiba: SEED – Pr., 2010. 128 p.
SHIROMA, Eneida Oto, Etall. Política Educacional . Rio de Janeiro: DP&A,
2000. p.53-70
SFORNI, M. S. F.; GALUCH, Maria Terezinha Bellanda. Conteúdos Escolares
e Desenvolvimento Humano : Qual a unidade? Comunicações (Piracicaba), v.
ano 13, p. 150-158, 2006.
TAQUES, Mariana F. et all. O papel do Pedagogo na Gestão: possibilidades
de mediação do Currículo. Disponível
em:http://www.nre.seed.pr.gov.br/londrina/arquivos/File/4opapeldopedagogo.pd
f. Acessado em: 29/11/2012.
VASCONCELLOS, Celso dos S: Planejamento Projeto de Ensino-
Aprendizagem e Projeto Político-Pedagógico . Ladermos Libertad, 7º ed. São
Paulo, 2000
VEIGA, Vilma Passos. Projeto Político-Pedagógico da Escola : uma
construção possível. Campinas, São Paulo, Papirus, 17. ed. 2004.
VYGOTSKY, Lev Semenovich. Psicologia e Pedagogia . 2ªed.- São Paulo:
Martins Fontes, 2004
__________, Lev Semenovich. A formação Social da Mente . 7ª ed.São
Paulo: Martins Fontes.2007.
Endereços Eletrônicos:
http://www.nc.ufpr.br/concursos_externos/seed2007/documentos/edital_102007
_pedagogo.pdf. Acessado em: 05/11/2012.
http://www.youtube.com/watch?v=uCQCtHOnwkM. Acessado em: 24/11/2012.
37
http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/2010/artigos_teses/2010/
Pedagogia/ahistfuncpedagogoesc.pdf. Acessado em: 20/09/2012.
http://www.youtube.com/watch?v=ruN_LR60ZfQ. Acessado em: 22/09/2012.
http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/rcp01_06.pdf. Acessado em:
22/09/2012.
http://www.nre.seed.pr.gov.br/londrina/arquivos/File/4opapeldopedagogo.pdf
Acessado em: 29/11/2012.
http://unesdoc.unesco.org/images/0008/000862/086291por.pdfhttp://www.scielo
.br/pdf/ep/v38n1/aop323.pdf. Acessado em: 02/10/2012.
http://www.youtube.com/watch?v=6kk__FXVwC0. Acessado em: 06/10/2012.
http://www.youtube.com/watch?v=vlLh8K6FF8A. Acessado em: 02/10/2012.
http://colecaociranda.blogspot.com.br/2011/09/um-conto-de-ruth-rocha-quando-
escola-e.html .
http://www.youtube.com/watch?v=r0_uC-cX50w (filme). Acessado em:
10/09/2012.
http://www.ufsj.edu.br/portal-repositorio/File/vertentes/viviam_e_outras.pdf.
Acessado em: 10/09/2012.
http://pedagogiadidatica.blogspot.com.br/2008/11/os-pressupostos-bsicos-da-
teoria.html. Acessado em: 16/10/2012.
http://www.youtube.com/watch?v=YJla-2t-HRY. Acessado em 12/11/2012.
http://www.pedagogia.seed.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteud
o=5. Acessado em: 25/10/2012.
38
http://www.pedagogia.seed.pr.gov.br/arquivos/File/docs_cge/textonrectbpedago
go.pdf. Acessado em: 25/10/2012.
http://smec.salvador.ba.gov.br/site/documentos/espaco-virtual/espaco-jornada-
pedagogica/artigos-e-textos/pedagogo-papel-escola-publica.pdf. Acessado em:
25/10/2012.
http://www.diaadia.pr.gov.br/tvpendrive/modules/debaser/singlefile.php?id=57.
Acessado em: 01/11/2012.
http://www.diaadia.pr.gov.br/tvpendrive/modules/debaser/singlefile.php?id=577.
Acessado em: 01/11/2012.
http://www.diaadia.pr.gov.br/tvpendrive/modules/debaser/singlefile.php?id=578.
Acessado em: 01/11/2012.
http://www.nc.ufpr.br/concursos_externos/seed2007/documentos/edital_102007
_pedagogo.pdf. Acessado em: 05/11/2012.
http://www.youtube.com/watch?v=uCQCtHOnwkM. Acessado em: 24/11/2012.
www.pucpr.br/eventos/educere/.../anais/.../406_476.pdf. Acessado em:
29/11/2012.
39
40
UNIDADE I
Breve Histórico do Curso de Breve Histórico do Curso de Breve Histórico do Curso de Breve Histórico do Curso de
Pedagogia e suas DiretrizesPedagogia e suas DiretrizesPedagogia e suas DiretrizesPedagogia e suas Diretrizes
"As relações entre educação e política se
dão na forma de autonomia relativa e
dependência recíproca."
Demerval Saviani
Fonte:www.diaadiaeducação.pr.gov.br
Algumas indagações são necessárias para refletirmos sobre a
pedagogia e o pedagogo frente ao seu papel na escola.
� Como surgiu a Pedagogia?
� Qual a função do curso e do pedagogo?
� Para que o pedagogo é formado?
� Qual é o papel do pedagogo na prática educativa?
� Fazemos o que é realmente nosso papel no dia a dia da escola?
Essas indagações nos ajudarão na reflexão de que, com esse resgate,
ampliaremos nossa concepção histórica e veremos que o curso de pedagogia
sofreu e sofre com conflitos, lutas ideológicas, decretos leis e muitas crises que
já levaram a pensar sobre a sua real necessidade.
41
Nesta unidade, faremos um resgate histórico da pedagogia, foco de
nossa inquietação para refletirmos e percebermos que direção tomou o
pedagogo na prática educativa escolar, levando em consideração que a
educação brasileira traçou muitos caminhos de retrocessos e avanços.
Ao longo da história, a pedagogia foi se firmando e sendo entendida
como o modo de apreender ou de instituir o processo educativo.
Em seus estudos, Savini (2008) aponta que o termo “pedagogia” surgiu
na Grécia Antiga e, segundo Jaeger, também é grega a problemática
pedagógica. Tem seu conceito construído desde os primórdios da história por
meio de uma tarefa escrava conectada à morfologia da palavra que reflete o
significado de mestre, preceptor, aquele que conduz a criança ao espaço de
aprendizagem.
Fonte: http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/tvmultimidia/imagens/2010/pdagogia/4pedagogogrecia.jpg
Ainda, de acordo com Saviani (2008), a pedagogia no Brasil nasceu com
os Jesuítas, em 1549, chamada de Pedagogia Brasílica, com duração de 50
anos, surgindo entre 1599 e 1759, a Pedagogia do Ratio Studiorum e, até
1834, a Pedagogia Pombalina. O termo pedagogia somente aparece após a
Independência, na reabertura do Parlamento, em 1826, que tinha como
significado a escola das primeiras letras.
42
Na ótica de Breckenfeld e Romanowski (2008), o aparecimento do
pedagogo, no Brasil, origina-se na institucionalização do sistema público de
ensino através dos movimentos em prol da educação escolar, na década de
1930, época que se criou o Curso de Pedagogia, cujos participantes eram
licenciados para o magistério em cursos normais, oferecendo, também, o
bacharelado para o exercício dos cargos técnicos de educação, sendo que
esses deveriam desempenhar as funções de planejamento, organização e
execução do processo educacional.
De acordo com autores citados acima, os primeiros pedagogos
assumem as tarefas de técnicos em educação junto aos órgãos públicos. A
partir de 1960, com a expansão da escola, que o pedagogo especialista/técnico
assume atuação intensa atendendo a processo do capital, num momento em
que a dominação econômica necessitava da contribuição da escola para a
reprodução das relações sociais na manutenção das posições de cada classe
social. Desse modo, a necessidade de fragmentação do trabalho segue
algumas tendências da organização do trabalho, como o padrão
taylorista/fordista, cujos princípios norteadores giram em torno da
produtividade, da eficiência e do controle dos que administram sobre aqueles
que executam, realocando aquilo que acontece nas fábricas, pois enquanto o
trabalho fragmentado do modelo de produção taylorista exigia um rigoroso
controle de tempos e ritmos marcados pelo supervisor de fábrica, na escola,
este mesmo perfil de trabalho era exigido e controlado pelo supervisor escolar
(havendo a divisão de tarefas).
De acordo com Taques (2012), ao pedagogo não cabe mais a lógica
economicista, reproduzindo a fragmentação das relações de trabalho, assim
como acontece na sua atuação, na escola, fragmentando a sua função em
supervisor e orientador. Para tanto, cabe-nos questionar os que ainda agem e
defendem a lógica tecnicista, na qual o supervisor controla o trabalho dos
professores, em questões burocráticas e não de ensino e aprendizagem e ao
orientador que recorre ao assistencialismo aos alunos e às famílias.
Esse dualismo na formação acadêmica do pedagogo acarretou uma
crise na construção de sua função e no seu campo de atuação. Assim, o curso
de pedagogia deve formar o pedagogo como articulador do trabalho coletivo
43
pedagógico, devendo agir em todos os espaços para que se efetive uma
prática social e de formação, através de situações educativas formais,
intencionais e planejadas, buscando o sucesso escolar através de
conhecimentos sistematizados propiciando a produção do conhecimento.
Para Libâneo, na grande maioria das instituições, o administrativo tem
papel privilegiado sobre o pedagógico, mesmo sabendo que o pedagógico
perpassa toda a sociedade, saindo do âmbito escolar formal, atingindo vários
âmbitos da educação informal e não-formal. Mesmo assim, muitos profissionais
e instituições desconheçam a teoria pedagógica. Libâneo ainda diz: que o
objetivo do pedagógico se configura na relação entre os elementos da prática
educativa, sendo eles: o sujeito que se educa, o educador, o saber e a
conjuntura em que ocorre. Então se questiona qual o papel exercido hoje pelo
pedagogo, formal, não formal ou informal. Papel este que deve permear toda a
atividade educativa, genericamente para Libâneo (2010) “a pedagogia é uma
ciência de formação humana”.
Leia mais
SOBRE OS CONCEITOS: Educação formal, informal e
não formal em:
Pedagogia e pedagogos, para quê? Jose Carlos
Libâneo. p.3
Nesta linha, Silva (2002) coloca que o curso de Pedagogia, no Brasil, foi
acompanhado sempre de questionamentos sobre seu papel, neste sentido
sentimos a dificuldade dos pedagogos definirem sua função dentro da
educação escolar. Ela apresenta, com clareza, os três períodos que
constituem a história da pedagogia, sendo assim classificados:
Primeiro período da história do curso ocorreu em 1939 a 1972,
denominado período das regulamentações, no qual o curso teve sua identidade
questionada.
44
Segundo período dessa história ocorreu de 1973 a 1977, denominado
período das indicações, no qual teve sua identidade projetada.
Terceiro período ocorreu de 1978 até 1999, denominado período das
propostas, no qual teve sua identidade posta em discussão.
Sendo assim, pode-se considerar que a identidade do curso tem uma
longa caminhada e perpassa por muitas indagações, sendo que, no primeiro
período, a discussão estava na definição do conteúdo que a pedagogia deveria
estudar e, em consequência, a manutenção ou não do curso. No final desse
período, houve as primeiras respostas favoráveis ao reconhecimento do campo
pedagógico que dela faz parte. Silva (2002) continua sua reflexão apontando
que com a crise do segundo período através das discussões em relação ao
estatuto teórico da pedagogia, contribuíram para que no período seguinte
consolidasse a ideia da especificidade do conhecimento pedagógico. Percebe-
se que mesmo com tantos debates sobre a concepção da pedagogia, sendo
uma ciência da prática, não foram suficientes para a estruturação do
conhecimento, visando à formação do educando. Foram esses períodos que
levaram a pensar na definição e estruturação das diretrizes para o curso de
pedagogia no Brasil.
Então, o Conselho Nacional de Educação regulamenta, através do
Decreto Nº 1/2006, as Diretrizes para o curso de Pedagogia que tratam do
pedagogo como um docente formado para atuar na formação inicial para o
exercício da docência na Educação Infantil, nos Anos Iniciais do Ensino
Fundamental, nos cursos de Ensino Médio, na modalidade Normal, e em
cursos de Educação Profissional, na área de serviços e apoio escolar, bem
como em outras áreas nas quais sejam previstos conhecimentos pedagógicos.
Leia a diretriz em:
http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/rcp01_06.pdf
Os autores Saviani (1985) e Libâneo (2004) apontam que o pedagogo
responde pela mediação, organização, integração e articulação do trabalho
pedagógico. Portanto, sugere a própria compreensão de que ser pedagogo
significa ter o domínio sistemático e intencional do processo educativo, das
45
formas e maneiras de ensinar através dos quais se devem realizar o processo
de formação cultural do sujeito.
Assim, se a pedagogia estuda as práticas educativas tendo em vista
explicitar finalidades, objetivos sociopolíticos e formas de intervenção
pedagógica para a educação, o pedagógico se expressa justamente, na
intencionalidade e no direcionamento dessa ação. Libâneo (2004) afirma que
esse posicionamento é necessário, porque as práticas educativas não se dão
de forma isolada das relações sociais, políticas, culturais e econômicas da
sociedade.
I
Reflita e responda
Em que sentido o pedagogo deve rever sua atuação na atual
conjuntura educacional e política?
___________________________________________________
___________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
O que embasa a legitimidade da pedagogia e seu papel?
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
Leia mais:
Pedagogia e pedagogos: inquietações e buscas . José Carlos Libâneo Acessando:
http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/2010/artigos_teses/Pedagogia2/apedagogiaepedagogos.pdf
Interações entre a função do pedagogo, frente a educação.
46
UNIDADE II
A Dualidade da Escola Pública A Dualidade da Escola Pública A Dualidade da Escola Pública A Dualidade da Escola Pública
Brasileira na Visão de LibâneoBrasileira na Visão de LibâneoBrasileira na Visão de LibâneoBrasileira na Visão de Libâneo
“Não se trata mais de manter
aquela velha escola assentada no conhecimento, isto é, no domínio dos conteúdos, mas de
conceber uma escola que valorizará formas de organização das relações humanas[...]”
José Carlos Libâneo
Fonte: www.diaadiaeducação.pr.gov.br
Nesta unidade trabalharemos embasados no texto de Libâneo, intitulado:
O dualismo perverso da escola pública brasileira: escola do conhecimento
para os ricos, escola do acolhimento social para os pobres.
Para iniciarmos nosso encontro ouviremos palestra de Libâneo sobre as
funções da escola, com o intuito de fazermos um comparativo com o texto que
iremos estudar nesta unidade.
OUÇA:
http://www.youtube.com/watch?v=6kk__FXVwC0
47
O texto que iremos estudar foi elaborado para apresentação no X
Encontro de Pesquisa em Educação, em julho de 2010. A temática abordada é
parte da pesquisa do autor, em andamento, intitulada: “O declínio da escola
pública brasileira: quando e porque desandou”, realizada no Programa de Pós-
Graduação em Educação, da Pontifícia Universidade Católica de Goiás.
A proposta deste texto é esclarecer as dificuldades da escola pública
brasileira, através de uma análise pedagógica. Buscando relacionar os
objetivos e funções da escola, após os documentos internacionais, que no
Brasil foram tratados como “manual”, em diversos governos, em todas as
esferas, federais, estaduais e municipais. O maior deles é o resultante da
Declaração de Jomtien (Tailândia) e outras conferências, organizadas e
patrocinadas pelo Banco Mundial, UNESCO, UNICEF, PNUD que foi o Plano
Decenal de Educação para Todos, iniciado no Governo Itamar Franco, 1993,
até os dias atuais.
Para Libâneo, nestes 20 anos de políticas educacionais, iniciadas com a
Declaração de Jomtien, marcaram o destino da escola pública brasileira a sua
decadência, pois perderam os objetivos e funções anteriores, que era a escola
embasada no conhecimento e no ensino, para trabalhar com valores e atitudes
levando o sujeito enfrentar suas necessidades básicas, sendo a escola do
acolhimento social, cuja função é a convivência e a sociabilidade.
Portanto, é nesse dualismo que está assentada a escola brasileira,
assim aponta Libâneo:
Que, num extremo, estaria a escola assentada no conhecimento,
na aprendizagem e nas tecnologias, para os filhos dos ricos e,
em outro, a escola do acolhimento social, da integração social,
Leia mais
Declaração Mundial sobre Educação para Todos:
http://unesdoc.unesco.org/images/0008/000862/0862
91por.pdf
48
para os pobres, voltada primordialmente para missões sociais de
assistência e apoio às crianças. (Libâneo,2010)
Libâneo (2010) e Nóvoa (2009) pontuam claramente esses dois tipos de
escola, uma escola concebida essencialmente como um centro de acolhimento
social, para os pobres, com uma forte retórica da cidadania e da participação.
Por outro lado, uma escola claramente centrada na aprendizagem e nas
tecnologias, destinada a formar os filhos dos ricos,
Assim, não se trata mais de manter aquela escola assentada no
conhecimento, isto é, no domínio dos conteúdos e na formação das
capacidades cognitivas, mas uma escola que valorizará formas de organização
das relações humanas, nas quais prevalece a integração social, a convivência
entre diferentes, o compartilhamento de culturas, o encontro e a solidariedade
entre as pessoas.
Libâneo insiste dizer que se fizermos a leitura desse documento sem
intenção crítica e de forma descontextualizada, acharemos que ele é digno e
belo pelas suas intenções humanistas e democratizantes para um projeto de
padronização das políticas educativas.
Atividade em grupo
Daremos início ao estudo do texto, com
foco nas funções e objetivos da escola.
LEIA O TEXTO NA INTEGRA ACESSANDO:
http://www.scielo.br/pdf/ep/v38n1/aop323.pdf
Reflita, responda e comente:
• Como Libâneo relaciona as funções da escola?
• Qual a função do pedagogo na superação do dualismo?
• Como pedagogos, qual escola queremos? A escola de reprodução da
lógica do capital ou da escola de conhecimento?
49
Finalizando...
Reflexão do vídeo:
“Um dia você aprende” “O Menestrel de Shakespeare”.
http://www.youtube.com/watch?v=vlLh8K6FF8A
50
UNIDADE III
Desenvolvimento e Aprendizagem Desenvolvimento e Aprendizagem Desenvolvimento e Aprendizagem Desenvolvimento e Aprendizagem
na Perspectiva da na Perspectiva da na Perspectiva da na Perspectiva da TeorTeorTeorTeoria ia ia ia
HistóricoHistóricoHistóricoHistórico----CCCCulturalulturalulturalultural
“ O caminho do objeto até a criança e desta até o objeto passa por outra pessoa.”
Lev Semenovitch Vygotsky
Fonte: www.diaadiaeducação.pr.gov.br
A Teoria Histórico-cultural tem suas raízes nos estudos de Lev
Semenovich Vygotsky (1896-1934). Procurando entender a psicologia no início
do século XX, Vygotsky desenvolveu estudos que explicam o desenvolvimento
da mente humana, enfatizando que o conhecimento se constrói pelas e nas
relações sociais onde o indivíduo desenvolve suas funções psicológicas
superiores, estudos com base no materialismo dialético.
Funções psicológicas superiores ou processos mentais superiores são
os mecanismos psicológicos complexos, próprios dos seres humanos, como a
atenção voluntária, a memória lógica, as ações conscientes, o comportamento
intencional e o pensamento abstrato. São considerados superiores por se
distinguirem dos processos psicológicos elementares como as ações reflexas.
51
Vygotsky não nega a influência da parte biológica, porém, enfatiza o aspecto
social no desenvolvimento das funções psicológicas.
ASSISTA AO VÍDEO:
http://www.youtube.com/watch?v=YJla-2t-HRY acesso em 12.11.2012
Em seus estudos Araujo e Scheffer (2008) apresentam que, de acordo
com a perspectiva histórico-cultural, o desenvolvimento está ligado a processos
de mudanças e de transformações que ocorrem ao longo da vida do sujeito e
em cada uma das múltiplas dimensões de seu funcionamento psicológico.
Como tal, o desenvolvimento é percebido de forma entrelaçada às práticas
culturais e educativas, incluindo, então, necessariamente, o processo de
aprendizagem. Desenvolvimento e aprendizagem dizem respeito às
experiências do sujeito no mundo com base nas interações, assumindo o
pressuposto da natureza social do desenvolvimento e do conhecimento
especificamente humano. Logo, nessa perspectiva, o sujeito é visto como
concreto, situado, datado e privilegia-se o papel da mediação, da linguagem,
do contexto, das relações sociais e da Zona de Desenvolvimento Proximal
(ZDP)
Um exemplo é quando alguém não consegue realizar sozinho
determinada atividade, mas a faz com a ajuda de outros sujeitos mais
experientes, está nos revelando o seu nível de desenvolvimento proximal, que
já contém aspectos e partes mais ou menos desenvolvidas de instituições,
noções e conceitos.
Leia mais
http://www.pedagogia.seed.pr.gov.br/modules/conteudo/conte
udo.php?conteudo=51
A escola e os educadores têm um papel importante na educação do
sujeito que é potencializar o processo de aprendizagem. Fazendo com que os
52
conceitos informais, espontâneos, adquiridos na convivência social, evoluam
para conceitos científicos sistematizados.
Para tanto, cabe ao professor ser o mediador usando estratégias que
incitem a criatividade e o interesse do aluno.
Para Vygotsky, é na troca com outros sujeitos e consigo próprio que se
vão internalizando conhecimentos, papéis e funções sociais, o que permite a
constituição de conhecimentos e da própria consciência. Desta forma, o sujeito
do conhecimento, não é apenas passivo, regulado por forças externas que o
vão moldando; não é somente ativo, regulado por forças internas; ele é
interativo. A linguagem para ele tem papel fundamental, permeando todo o
desenvolvimento da aprendizagem.
Leia mais
Sugestões de leituras:
http://pedagogiadidatica.blogspot.com.br/2008/11/os-
pressupostos-bsicos-da-teoria.html
http://www.ufsj.edu.br/portal-
repositorio/File/vertentes/viviam_e_outras.pdf
Atividade em grupo
Elabore um relatório dissertando como o
pedagogo pode interferir na metodologia do
professor para o uso da teoria histórico cultural
no desenvolvimento da aprendizagem.
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53
FICHA TÉCNICA DO FILME
MENINO SELVAGEM - VICTOR DE AVEIRON
1 SUBSÍDIOS DE INFORMAÇÕES SOBRE O FILME: O Menino Selvagem 1.1 FICHA TÉCNICA
Titulo original - L'Enfantsauvage
Produção - Marcel Berbert
Direção – François Truffaut
Gênero – Drama
Nacionalidade – França
Duração – 1h 24min
Trilha Sonora – Antoine Duhamel
Fotografia – Néstor Almendros
Desenho - Jean Mandaroux
Figurinos- Gitt Magrini
Edição- Agnès Guillemot.
1.2 SINOPSE DA HISTÓRIA DO FILME
Drama baseado no livro de Jean Itard (1774-1838), um médico
psiquiátrico francês que se torna responsável pela educação de uma criança
selvagem. O filme é baseado em fatos verídicos.
1.3 RESUMO DO FILME – “FILME MENINO SELVAGEM”
O filme narra a história de um garoto que viveu em Cantão de São
Sernin, França, 1798. Em uma floresta, três caçadores encontram uma criança
54
selvagem, resgatado com cerca 12 anos. Ele é apelidado de Selvagem de
Aveyron, sendo que se alimenta de grãos e raízes, não anda como um bípede
e sim como quadrúpede, não fala, lê ou escreve. O professor Jean Itard
interessado pelo conhecimento da condição humana se interessa pelo menino,
que é levado a Paris para determinar seu grau de inteligência e ver como se
comporta a mentalidade de um menino que desde cedo foi privado da
educação, por não conviver com ninguém da espécie. Pinel, um célebre
psiquiatra da época, considerou-o um idiota irrecuperável, mas o professor
Itard começa a difícil tarefa de educá-lo e para provar a veracidade de suas
suposições pediu a tutela do menino, assim com a ajuda da sua governanta,
MmeGuérin, busca desenvolver os sentidos intelectuais e afetivos de Victor,
nome dado ao menino, provando que Victor foi privado de educação por ter se
afastado e vivido longe de sua espécie, a humana. Todos pensam que ele iria
fracassar, mas com amor, paciência, persistência, aos poucos, obtém
resultados.
1.4 HISTÓRICO DO FILME
O fato deu-se na época da revolução francesa, tempo que muitas
descobertas se sucederam, as ciências cognitivas começaram a ser estudadas,
foi o momento que Charles Darwin começa suas buscas e explicação científica
para fatos e situações. A ciência buscava respostas para fatos e situações.
Como não se tinha muitos instrumentos de análise, as pesquisas e respostas
se davam através de experimentos. O perfil do menino era que deveria ser
surdo e com problemas cognitivos, dados constatado em primeira análise. E as
pessoas com “deficiências” eram escondidas da sociedade pelos seus
familiares. Normalmente essas pessoas não tinham espaço, somente os ricos
tinham escolas direcionadas, e, no caso, em especial, mostra a escola para
surdo/mudo.
Saiba mais:
http://www.educ.fc.ul.pt/docentes/opombo/cinema/dossier/meninoselvagem.pdf
55
1.5 INTERPRETAÇÃO DO FILME
Aspectos importantes do filme baseados nos princípios dos estudos, e
na atuação do pedagogo são os objetivos da atividade proposta, ou seja, o
“resgate do pedagogo na práxis educativa”, verificando a importância da
percepção do desenvolvimento e da aprendizagem da criança na sua
construção de sujeito participante da sociedade. O filme reflete o
desenvolvimento da linguagem e sua importância na organização dos
processos de percepção, criando novas relações ou conceitos. Leva a
percebermos que desenvolvimento das funções psíquicas inferiores e
superiores acontecem através da interação.
As metas pedagógicas de Itard, segundo a revista FACOM(2007) eram:
Interesse pela vida social; Despertar a sensibilidade nervosa; Ampliar esfera de
idéias;Levar ao uso da fala; Exercitar operações da mente.
ASSISTA AO FILME:
http://www.youtube.com/watch?v=r0_uC-cX50w
Atividade em grupo
-Qual o papel da linguagem no desenvolvimento
das funções psíquicas?
-No contexto do filme, que fatores determinaram o
atraso na linguagem? Justifique.
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56
UNIDADE IV
Papel do PedagPapel do PedagPapel do PedagPapel do Pedagogo Frente à ogo Frente à ogo Frente à ogo Frente à
Organização EscolarOrganização EscolarOrganização EscolarOrganização Escolar
“Pedagogo é aquele que possibilita o acesso à
cultura, organizando o processo de formação
cultural.”
Demerval Saviani
Fonte: www.diaadiaeducação.pr.gov.br
Antes de iniciarmos as leituras vamos começar fazendo uma análise do
texto de Ruth Rocha, procurando relacioná-la com nosso cotidiano.
LEIA
http://colecaociranda.blogspot.com.br/2011/09/um-conto-de-ruth-rocha-
quando-escola-e.html
Saiba mais
Você também pode assistir ao vídeo “Quando a Escola era de Vidro”,
de Ruth Rocha, em:
http://www.youtube.com/watch?v=JOidHbaW85g
57
Nesta unidade, vamos perceber que o papel do pedagogo na construção
de uma escola democrática tem grande relevância, pois é ele quem deve trazer
para o ambiente escolar a organização e as políticas públicas que emancipem
o homem.
Nesta vertente, construir a identidade do pedagogo no âmbito escolar,
significa a transposição do senso comum através da construção histórica do
conhecimento científico, confrontando teoria e prática, de forma que possa
identificar e organizar sistematicamente a área profissional, levando em
consideração a função social da escola, como explicita Libâneo:
As questões referentes ao campo de estudo da Pedagogia, da estrutura do conhecimento pedagógico, da identidade profissional do pedagogo, do sistema de formação de pedagogos e professores, frequentam o debate em todo o país há quase vinte anos nas várias organizações científicas profissionais de educadores (LIBÂNEO, 2007, p. 25).
Na escola, o trabalho é realizado por um conjunto de profissionais que
interagem para a formação do aluno. A equipe escolar deve encontrar-se
sempre em sintonia. Todas as funções são importantes na busca por um
ensino eficiente capaz de alcançar os objetivos propostos pela instituição. As
ações dos pedagogos são imprescindíveis para que a escola possa realizar um
bom trabalho, despertando a comunidade para o processo de emancipação da
sociedade, partindo da sua própria emancipação. Alguns estudiosos definem o
papel do pedagogo neste processo. Dentre eles, estão Saviani e Libâneo. Para
Saviani:
Pedagogo é aquele que possibilita o acesso à cultura, organizando o processo de formação cultural. É, pois, aquele que domina as formas, os procedimentos, os métodos através dos quais se chega ao domínio do patrimônio cultural acumulado pela humanidade. (...) A palavra pedagogia traz sempre ressonâncias metodológicas, isto é, de caminho através do qual se chega a determinado lugar. Aliás, isto já está presente na etimologia da palavra: conduzir (por um caminho) até determinado lugar. (SAVIANI,1985)
Etimologicamente, pedagogia quer dizer conduzir. O pedagogo, então,
tem o dever de conduzir a educação, traçando um caminho que a leve à
58
aquisição do saber acumulado historicamente. Para tanto, Saviani continua sua
reflexão pautando-se no conhecimento sistematizado, alertando os pedagogos
no cumprimento de sua função, conforme recado dado aos formandos de
pedagogia da Universidade Santa Úrsula, Rio de Janeiro;
Empenhem-se no domínio das formas que possam garantir às camadas populares o ingresso na cultura letrada, vale dizer, apropriação dos conhecimentos sistematizados. E, no interior das escolas, lembrem-se sempre de que o papel próprio de vocês será provê-las de organização tal que cada criança, cada educando, em especial aquele das camadas trabalhadoras, não veja frustrada a sua aspiração de assimilar os conhecimentos metódicos incorporando-os como instrumento irreversível a partir do qual será possível conferir uma nova qualidade às suas lutas no seio da sociedade. (SAVIANI,1984)
Conforme propõe Saviani, o pedagogo deve estar em busca constante
de conhecimentos, para garantir que as camadas populares recebam o
conhecimento sistematizado, necessita, também, estar em sintonia com o
professor, ajudando-o na busca e resgate do conhecimento de sua área de
atuação trabalhando com os vários métodos educacionais e com organização
de classes, auxiliando-o na organização do ensino.
Tanto Saviani (1985) quanto Libâneo (1996) esclarecem que o
pedagogo é o profissional que atua em várias instâncias da prática educativa,
direta ou indiretamente ligadas à organização e aos processos de transmissão
e assimilação ativa de saberes e modos de ação, tendo em vista, objetivos de
formação histórica.
Libâneo (1996) explicita que o pedagogo é um profissional que lida com
fatos, estruturas, contextos, situações, referentes à prática educativa em suas
várias modalidades e manifestações; portanto a atuação do pedagogo escolar
é imprescindível na ajuda aos professores no aprimoramento do seu
desempenho na sala de aula, na análise e compreensão das situações de
ensino com base nos conhecimentos teóricos, ou seja, na vinculação entre as
áreas do conhecimento pedagógico e o trabalho de sala de aula.
O pedagogo deve ser o articulador e organizador do fazer pedagógico
da e na escola. Deve garantir uma coerência e unidade das áreas do
conhecimento respeitando suas especificidades. Cabe ao pedagogo, tornar
59
conhecidos, por todo o coletivo escolar, os princípios e finalidades da educação
definidos no Projeto Político Pedagógico.
Neste processo de construção coletiva, o Projeto Político Pedagógico
tem muito mais efetividade que a Proposta Pedagógica e o papel do pedagogo
será de mediar a interação educador e educando, observando os problemas,
levando-os para a coletividade, onde ali sejam elaboradas e pensadas ações
que conduzam a solução das problemáticas escolares, atuando de forma que o
processo educativo leve o fazer pedagógico a cumprir sua função política no
processo de melhoria da qualidade de ensino, para obtermos uma escola
democrática e de qualidade.
Diante do exposto, salientamos que o Projeto Político Pedagógico, não é
somente um projeto de estrutura da escola, mas deve primar pela qualidade
em todo o processo vivido, lembrando que a organização do trabalho
pedagógico da escola, tem a ver com a organização da sociedade. A escola
nesta perspectiva é vista como uma instituição social, inserida na sociedade
capitalista, que reflete em seu interior as determinações e contradições dessa
sociedade.
Saiba mais
Acesse os sites relacionados e assista a estes vídeos que relatam sobre o
a construção do Projeto Político Pedagógico da escola, com professora Ilma
Passos Alencastro Veiga.
http://www.diaadia.pr.gov.br/tvpendrive/modules/debaser/singlefile.php?id=576
http://www.diaadia.pr.gov.br/tvpendrive/modules/debaser/singlefile.php?id=577
http://www.diaadia.pr.gov.br/tvpendrive/modules/debaser/singlefile.php?id=578
Sugestão: conheça o Projeto Político Pedagógico de sua escola e
verifique suas competências.
60
Sendo assim, é imprescindível que o pedagogo contribua decisiva e
decididamente para a formulação coletiva de projetos pedagógicos para
superação dos desafios do sistema educacional e social.
Assim, o pedagogo deve mediar a prática docente, alicerçado na
concepção de uma educação progressista, voltada para a emancipação das
classes populares, comprometida com a formação cultural e intelectual,
difundindo o conhecimento vivo e com um projeto de sociedade democrática,
de fato.
Saiba mais:
http://www.pedagogia.seed.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?c
onteudo=5
http://www.pedagogia.seed.pr.gov.br/arquivos/File/docs_cge/textonrectb
pedagogo.pdf
Atividade em grupo
� Perante o que estudamos escreva: qual é o
papel do pedagogo na prática educativa?
� Como deve organizar a prática pedagógica,
relacionando-a com o Projeto Político Pedagógico?
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UNIDADE V
Planejamento e Princípios que Planejamento e Princípios que Planejamento e Princípios que Planejamento e Princípios que
Orientam o Papel do PedagogoOrientam o Papel do PedagogoOrientam o Papel do PedagogoOrientam o Papel do Pedagogo
Planejar não é, pois, apenas algo que se
faz antes de agir, mas é também agir em
função daquilo que se pensa.”
Celso Vasconcellos
Vamos trabalhar nesta unidade com foco no planejamento e nos
princípios que regem o trabalho do pedagogo escolar dentro do Estado do
Paraná.
O conceito de planejar, segundo Vasconcellos (2000,p.79) é: “antecipar
mentalmente uma ação ou um conjunto de ações a ser realizadas e agir de
acordo com o previsto. Planejar não é, pois, apenas algo que se faz antes de
agir, mas é também agir em função daquilo que se pensa.” Sendo assim,
planejar pode ser obra de um indivíduo, de um grupo ou mesmo de uma
coletividade social bem mais ampla, como, no caso do planejamento
participativo, dentro de uma organização de ensino.
Sabendo o conceito, vamos compreender melhor sua função através do
vídeo:
62
ASSISTA AO VÍDEO:
http://www.youtube.com/watch?v=uCQCtHOnwkM
Nesta concepção, o conceito de planejamento é algo bem amplo que
pode ser compreendido de várias formas e ainda na visão do autor acima
citado:
O planejamento enquanto construção-transformação de representações é uma mediação teórica metodológica para ação, que em função de tal mediação passa a ser consciente e intencional. Tem por finalidade procurar fazer algo vir à tona, fazer acontecer,concretizar, e para isto é necessário estabelecer as condições objetivas e subjetivas prevendo o desenvolvimento da ação no tempo. (VASCONCELOS,2000,p.79)
Segundo a definição atribuída por Vasconcelos ao ato de planejar,
podemos perceber que este tipo de procedimento visa à vinculação do
indivíduo com a sociedade buscando concretizações de ações articuladas
dentro de um processo teórico-metodológico.
Assim sendo, o planejamento não é um conceito entendido por todos, ou
usado em suas tarefas diárias. A maioria das pessoas nunca parou para se
planejar ou planejar algo a ser executado. Resultado disso, é que estão sempre
repetindo as mesmas ações, e, em consequência, os mesmos erros.
Planejar é uma ferramenta necessária que requer uma gama de
atividades, conhecimentos e competências que devem ser o alvo de toda
atividade, muito antes de ser executada, no momento em que a pensamos e
estabelecemos o que se quer alcançar. São, portanto, ações coordenadas,
modelos, técnicas, instrumentos, recursos didáticos para cada objetivo a ser
alcançado ou, para cada momento, atividade e público que se quer atingir.
Assim, entendemos que planejamento é necessariamente uma tarefa de
grande importância para se utilizar com o objetivo de alcançar o fim previsto. É
o facilitador. Planejar pode ser um processo mental que supõe análise, reflexão
e previsão, incluindo no processo a coerência, a unidade, a continuidade, a
sequência, a flexibilidade, a objetividade e a funcionalidade.
63
Para a didática no ambiente educacional, planejar é prever os
acontecimentos a serem trabalhados, organizando atividade de experiência de
ensino - aprendizagem considerada mais adequada para a consecução dos
objetivos determinados, de acordo com a realidade, necessidade e interesse
dos participantes. É uma escolha dentre possíveis alternativas.
Pode-se, pois, afirmar que o planejamento do ensino é o processo de
pensar, de forma "radical", "rigorosa" e "de conjunto", os problemas da
educação escolar, no processo ensino-aprendizagem. Logo, planejamento do
ensino é algo muito mais aberto e envolve a elaboração, execução e avaliação
de planos de ensino. O planejamento, nesta perspectiva, é, acima de tudo, uma
atitude crítica do educador diante de seu trabalho docente. Deste modo, o
planejamento pode ser tido como um processo reflexivo que ocorre no dia-a-dia
escolar, na ação social dos educadores. De acordo com Saviani:
[...] a palavra reflexão vem do verbo latino 'reflectire' que significa 'voltar atrás'. É, pois um (re) pensar, ou seja, um pensamento em segundo grau. (...) Refletir é o ato de retomar, reconsiderar os dados disponíveis, revisar, vasculhar numa busca constante de significado. É examinar detidamente, prestar atenção, analisar com cuidado (SAVIANI, 1987, p. 23).
Assim esta reflexão precisa ser muito bem ponderada, analisada e a
mais próxima possível da literalidade. Salientando, também, a necessidade de
que corresponda a três principais condições fundamentais, consistindo em,
segundo Saviani (1987): radical (buscar a raiz do problema), rigorosa (ao fazer
uso do método científico) e de conjunto (exige visão da totalidade na qual o
fenômeno aparece).
Agora vamos conhecer ou relembrar os princípios que norteiam a ação
de como o pedagogo deve participar da gestão escolar.
• Coordenar a elaboração coletiva e acompanhar a efetivação do
Projeto Político-Pedagógico e do Plano de Ação da Escola;
• Promover e coordenar reuniões pedagógicas e grupos de
estudo para reflexão e aprofundamento de temas relativos ao
trabalho pedagógico e para a elaboração de propostas de
intervenção na realidade da escola;
64
• Participar e intervir, junto à direção, da organização do trabalho
pedagógico escolar no sentido de realizar a função social e a
especificidade da educação escolar;
• Sistematizar, junto à comunidade escolar, atividades que levem
à efetivação do processo ensino e aprendizagem, de modo a
garantir o atendimento às necessidades do educando;
• Participar da elaboração do projeto de formação continuada de
todos os profissionais da escola e promover ações para a sua
efetivação, tendo como finalidade a realização e o
aprimoramento do trabalho pedagógico escolar;
• Analisar as propostas de natureza pedagógica a serem
implantadas na escola, observando a legislação educacional em
vigor e o Estatuto da Criança e do Adolescente, como
fundamentos da prática educativa;
• Coordenar a organização do espaço-tempo escolar a partir do
Projeto Político-Pedagógico e da Proposta Pedagógica
Curricular da Escola;
• Orientar a comunidade escolar na proposição e construção de
um projeto pedagógico numa perspectiva transformadora.
(SEED, 2010, edital nº 10/2007. p.02).
LEIA
http://www.nc.ufpr.br/concursos_externos/seed2007/documentos/edital_102007
pedagogo.pdf
Assim, o papel do pedagogo legitima-se não tão somente na mediação
da gestão escolar, mas no movimento de organização do currículo pela via da
gestão.
O pedagogo, à luz de uma visão progressista de educação, tem sua
função de mediador do trabalho pedagógico, agindo em todos os espaços de
contradição para a transformação da prática escolar. Porém, baseado nesta
visão, sua atuação se faz para a garantia de uma educação pública e de
qualidade, visando à emancipação das classes menos favorecidas. Planejando
suas atividades, o pedagogo ficará mais longe em perde-se nas atribuições,
pois, saberá o que se pretende, o que deve ser feito e aonde se quer chegar.
65
Na visão de Pimenta (1985), articulada com Libâneo e Saviani,
argumenta que a função primeira do pedagogo é possibilitar o acesso a cultura
e da organização desta. O pedagogo deve conduzir a prática educativa de
forma que garanta a todos a apropriação dos conhecimentos sistematizados.
Portanto, o pedagogo deve ser o profissional que trabalha com contextos e
situações da prática educativa nas mais variadas formas e manifestações.
Não devendo esquecer de que os conhecimentos metódicos a ser
trabalhados jamais levem o educando à frustração de que não conseguirá
inserir-se nas lutas das classes trabalhadoras. Para estes autores, a atuação
do pedagogo é indispensável na ajuda aos professores em seu desempenho
pedagógico na sala de aula. Essas afirmações são de grande relevância para
uma mudança no efetivo trabalho do pedagogo dentro da escola e na
qualidade de ensino e para essa efetivação o planejamento é primordial.
Gasparin, estudioso da Pedagogia Histórico-crítica, a qual embasou
nosso material, mostra o quanto devemos rever nossa prática, pautando-nos
na prática social inicial que, através da mediação teórica, leva a uma nova
prática. Parafraseando Saviani, podemos afirmar que a experiência concreta
dos homens, é o critério da verdade do conhecimento expresso nas
representações e teorias.
Finalizando...
Agora vamos por em prática aquilo que aprendemos:
• Elabore seu planejamento individual.
• Elabore um planejamento na coletividade da sua e
escola, primando por atuar de acordo com suas
atribuições.
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Depois, partilhe suas elaborações.