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FICHA CATÁLOGO - PRODUÇÃO DIDÁTICO PEDAGÓGICA PROFESSOR PDE 2012

Título: Resgate da Função do Professor Pedagogo na Articul ação do Trabalho Pedagógico Escolar

Autor Sandra Maria Santana Manchenho

Disciplina/Área Pedagogia

Escola de Implementação do Projeto e sua localização

Colégio Estadual Unidade Pólo – EFMP

Município da escola Campo Mourão – PR

Núcleo Regional de Educação

Campo Mourão –PR

Professor Orientador Doutoranda Dalva Helena de Medeiros

Instituição de Ensino Superior

Universidade Estadual de Ciências e Letras de Campo Mourão - UNESPAR/FECILCAM

Relação Interdisciplinar -----------------------------

Resumo

O Caderno pedagógico intitulado o “Resgate da Função do Professor Pedagogo na Articulação do Trabalho Pedagógico Escolar” tem como objetivo dialogar com os professores pedagogos sobre a importância de resgatar ou articular o papel do pedagogo no ambiente escolar, de forma que ele desempenhe um papel pedagógico, contribuindo para a aquisição do conhecimento pelos educandos. Esse estudo, embasado no materialismo dialético e na pesquisa-ação, pretende produzir resultados diferenciados na práxis diária, cumprindo e contribuindo para a reorganização da prática pedagógica, buscando a melhoria do ensino.

Palavras-chave Pedagogo; função; resgate

Formato do Material Didático

Caderno Pedagógico

Público Alvo Professor Pedagogo

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Professora PDE: Sandra Maria Santana Manchenho

Professora Orientadora: Doutoranda Dalva Helena de Medeiros

Ilustração: José Luiz Cardoso Tavares

Campo Mourão

2012

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RESGATE DA FUNÇÃO DO PROFESSOR PEDAGOGO NA ARTICULA ÇÃO

DO TRABALHO PEDAGÓGICO ESCOLAR

PROFESSORA PDE: SANDRA MARIA SANTANA MANCHENHO

PROFESSORA ORIENTADORA: DOUTORANDA DALVA HELENA DE MEDEIROS

PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA

CADERNO PEDAGÓGICO

CAMPO MOURÃO

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SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO.............................................................................................03

UNIDADE I:

Breve histórico do curso de Pedagogia e suas

diretrizes............................................................................................................05

UNIDADE II:

A dualidade da escola pública brasileira na visão de

Libâneo..............................................................................................................11

UNIDADE III:

Desenvolvimento e aprendizagem na perspectiva da Teoria Histórico-cultural...............................................................................................................17

UNIDADE IV:

Papel do pedagogo frente à organização escolar...............................................................................................................24

UNIDADE V:

Planejamento e princípios que orientam o papel do pedagogo...........................................................................................................30

REFERÊNCIAS.................................................................................................35

ANEXOS............................................................................................................39

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APRESENTAÇÃO

Este caderno pedagógico é o resultado de uma importante parte do

Programa de Desenvolvimento Educacional (PDE), programa cujo objetivo é

proporcionar aos professores da rede pública estadual subsídios teórico-

metodológicos para o desenvolvimento de ações educacionais sistematizadas,

e que resultem em redimensionamento de sua prática. A constituição deste

caderno se faz como uma das estratégias de ação do Projeto de Intervenção

Pedagógica a ser implementado no Colégio Estadual Unidade Polo – Ensino

Fundamental, Médio e Profissional, com objetivo de dialogar com os

professores pedagogos sobre a importância de resgatar sua função na

articulação do trabalho pedagógico escolar. Nossa intenção com a temática é

levantar com os pedagogos a legitimidade da prática cotidiana no contexto

escolar. O pedagogo vem sendo afastado da função de articular o trabalho

coletivo pedagógico, pois através de uma prática imediatista acaba sendo

aquele que somente se envolve com as práticas cotidianas da escola.

Como professores PDE, somos considerados produtores coletivos de

conhecimento, atores nesse processo de formação, tomando, como ponto de

partida, questões que compõem a realidade de nossa escola de atuação.

Sendo assim, passamos por uma acentuada formação teórico-metodológica e

uma intervenção pedagógica a ser discutida na escola e desenvolvida em

parceria com a universidade, sob a orientação do Professor Orientador, para

que produza resultados satisfatórios na qualidade de ensino da educação

básica.

Temos o intuito de que este caderno possa realmente contribuir com o

trabalho pedagógico na escola, dialogando com os pedagogos sobre a

importância do seu papel de organizador e articulador do trabalho pedagógico,

mediando o trabalho do professor no ato de ensinar. Assim, constituindo uma

Escola Pública, enquanto espaço de assimilação/transmissão do saber

historicamente acumulado, o qual se deve constituir em uma alternativa

concreta de acesso ao conhecimento.

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Este material denominado Caderno Pedagógico é composto por temas,

com abordagens centradas na formação pedagógica de professores

pedagogos e se divide em 05 unidades, assim distribuídas:

Unidade I: objetiva fazer um resgate histórico sobre o curso de

pedagogia e suas as diretrizes ao longo da história, com o intuito do pedagogo

entender que passamos por vários processos de formação.

Unidade II: pretende conhecer e esclarecer as dificuldades da escola

pública brasileira, através de uma análise pedagógica, buscando relacionar os

objetivos e funções da escola. As questões desta unidade tratam da dualidade

da escola do acolhimento social e a escola do conhecimento.

Unidade III: especifica sobre o processo de desenvolvimento e

aprendizagem fundamentados na Teoria Histórico-cultural e na Pedagogia

Histórico-crítica, que tem como ponto de partida e final, assim por dizer, a

prática social.

Unidade IV: dialoga sobre o papel do pedagogo frente à organização

escolar, sendo que uma de suas funções é a gestão do trabalho pedagógico,

dentro do espaço escolar, orientando as práticas coletivas.

Unidade V: pretende fazer uma reflexão sobre os princípios que

orientam o papel do pedagogo dentro do Estado do Paraná e entender como

planejar sua prática pedagógica na coletividade da escola.

O conteúdo selecionado para este material didático tentará atender a

solicitação dos pedagogos do Colégio Est. Unidade Polo, no intuito de

aprimoramento e resgate de sua função como articulador do trabalho

pedagógico. Para o desenvolvimento deste material didático, faço uso da

proposta apresentada por Gasparin no livro: Uma didática para a Pedagogia

Histórico-crítica.

.

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UNIDADE I

Breve Breve Breve Breve HistóriHistóriHistóriHistórico do Curso de co do Curso de co do Curso de co do Curso de

Pedagogia e suas DiretrizesPedagogia e suas DiretrizesPedagogia e suas DiretrizesPedagogia e suas Diretrizes

INSTITUIÇÃO: Colégio Estadual Unidade Polo

DISCIPLINA : Pedagogia

PÚBLICO ALVO : Pedagogos

HORAS-AULA: 04 horas

PROFESSORA MINISTRANTE: Sandra Maria Santana Manchenho

OBJETIVO GERAL • Conhecer a história do Curso de Pedagogia com seus avanços e

retrocessos, detendo na relevância da ação pedagógica do profissional

pedagogo no espaço escolar, refletindo na reorganização de sua prática

pedagógica.

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OBJETIVOS ESPECÍFICOS

• Estudar os caminhos que traçaram o curso de pedagogia e a sua finalidade

na formação e atuação do pedagogo.

• Diferenciar as diversas diretrizes ao longo a história, para percebemos qual

é a nossa formação e qual é a real função que devemos desempenhar hoje.

1 PRÁTICA SOCIAL INICIAL

1.1 CONTEÚDO

História da pedagogia

• Pedagogia: Para quê?

• Resgate histórico.

• Formação do Curso atual de pedagogia.

1.2 O que os pedagogos já sabem

• Sabem que devem atuar como gestores da prática educativa.

• Sabem que a linha filosófico-epistemológica, pela qual optou a

educação do Estado do Paraná, é derivada do marxismo e preocupa-se

com a transmissão de conhecimentos significativos para os alunos.

• Sabem que aconteceram mudanças nas diretrizes de pedagogia ao

longo da história do curso.

1.2.1 O que gostariam de saber

• O que fazer com tantos afazeres no ambiente escolar?

• Que linha teórico- metodológica devem seguir?

• Qual é a finalidade do pedagogo na gestão democrática?

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2 PROBLEMATIZAÇÃO

2.1 DISCUSSÕES IMPORTANTES SOBRE A CONCEPÇÃO DA

PEDAGOGIA E SUA FINALIDADE

• O conhecimento de pressupostos teórico-metodológicos que embasam o

ensino e a concepção de homem e sociedade a elas vinculados pode

contribuir para a melhoria na prática educativa?

• A pedagogia tem importância social?

• Qual a finalidade do curso de pedagogia?

2.2 DIMENSÕES DO CONTEÚDO A SEREM TRABALHADAS

• Conceitual : O que é a pedagogia? Qual sua função?

• Social: Qual a finalidade social e pedagógica da pedagogia?

• Histórica: Quais, ao longo do tempo, foram as grades do Curso de

Pedagogia? Qual o sentido da formação em cada contexto histórico-

social?

• Política: Em que circunstâncias foram elaboradas as políticas públicas

do curso de pedagogia?

• Legal: Como se refletiu na legislação as exigências de cada momento

histórico? A diretriz atual reflete de maneira mais próxima as exigências

vivenciadas pelo pedagogo hoje? Tem relações com as políticas

educacionais mais amplas?

3 INSTRUMENTALIZAÇÃO

3.1 AÇÕES DIDÁTICO-PEDAGÓGICAS

• Primeiro momento: Abertura do curso. Apresentação do projeto.

• Segundo momento: Indagações sobre a pedagogia:

1. Como surge a Pedagogia?

2. Qual a função do curso e do pedagogo?

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3. Para que o pedagogo é formado?

4. Qual é o papel do pedagogo na prática educativa?

5. Fazemos o que é realmente nosso papel no dia a dia da escola?

• Terceiro momento : Retrospectiva histórica e legal do curso de

pedagogia. Texto (anexo1) e ou

http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/2010/artigos_teses/2010/

Pedagogia/ahistfuncpedagogoesc.pdf

• Quarto momento: Análise da história: A gente se acostuma, de Marina

Colassanti, relacionando com a temática trabalha.

http://www.youtube.com/watch?v=ruN_LR60ZfQ

• Quinto momento : Responder ao questionamento. (anexo)

3.2 RECURSOS HUMANOS E MATERIAIS

• Pedagogos

• Texto com embasamento teórico em Saviani, Libâneo e Brezinski

• Data show

• Texto e slides

4 CATARSE

4.1 SÍNTESE MENTAL DO CURSISTA

O curso de Pedagogia passou por diversas reformulações e,

historicamente, atendeu às demandas do capital. Na atualidade

contemporânea, perdeu-se a base da função e comprometeu-se com a

demanda diária das ações sociais dentro da escola. Com isso a função

primordialmente pedagógica foi ficando em segundo plano. Deve-se retomar e

resgatar a função que legitima o papel do pedagogo no trabalho pedagógico,

voltado para a construção do conhecimento elaborado.

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4.2 EXPRESSÃO DA SÍNTESE (DISCUSSÕES)

A expressão da síntese se dará por meio da expressão oral nas

participações durante as discussões e será solicitado um pequeno relatório ao

final do encontro.

5 PRÁTICA SOCIAL FINAL DO CONTEÚDO

5.1 NOVA POSTURA TEÓRICO/PRÁTICA

• Desejar conhecer mais sobre a história da pedagogia e seu valor na

atuação do profissional pedagogo.

• Repensar a postura de atuação no espaço escolar.

• Compreender a função do pedagogo ligada às políticas educacionais

mais amplas e saber se posicionar diante delas, de modo a não perder a

compreensão do seu papel em relação à função da escola pública de

qualidade.

5.2 AÇÕES PROFESSOR PEDAGOGO

• Retomar estudos básicos da pedagogia que levem a reflexão/ ação da

prática pedagógica.

• Estudar autores que tratam a pedagogia, trabalho coletivo.

• Considerar as diversas formações educacionais que atuam no contexto

escolar.

6 REFERÊNCIAS

Brzezinski, Iria. Profissão Professor: identidade e profissionalização

docente.Brasilia: Plano Editora,2002.

BRECKENFELD, Eleane Jean Negrão. ROMANOWSKI, Joana Paulin. O

pedagogo escolar: limites e possibilidades de sua profissionalidade no

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sistema de ensino Público Estadual do Paraná. Disponível em:

www.pucpr.br/eventos/educere/.../anais/.../406_476.pd...

LIBÂNEO, José Carlos. Pedagogia e pedagogos, para quê? 12. ed. São

Paulo, Cortez, 2010.

SAVIANI, Dermeval. A Pedagogia no Brasil . História e Teoria. Campinas, São

Paulo. Autores associados, 2008.

TAQUES, Mariana F. et all O papel do pedagogo na gestão: possibilidades

de mediação do Currículo. Disponivel:

http://www.nre.seed.pr.gov.br/londrina/arquivos/File/4opapeldopedagogo.pdf.

Acessado em 29/11/2012.

Endereços eletrônicos:

http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/2010/artigos_teses/2010/

Pedagogia/ahistfuncpedagogoesc.pdf . Acessado em: 20/09/2012.

http://www.youtube.com/watch?v=ruN_LR60ZfQ . Acessado em: 22/09/2012.

http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/rcp01_06.pdf. Acessado em:

22/09/2012.

http://www.nre.seed.pr.gov.br/londrina/arquivos/File/4opapeldopedagogo.pdf.

Acessado em: 29/11/2012.

www.pucpr.br/eventos/educere/.../anais/.../406_476.pdf (acesso 29.11.2012)

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UNIDADE II

A Dualidade da Escola Pública A Dualidade da Escola Pública A Dualidade da Escola Pública A Dualidade da Escola Pública

Brasileira na Visão de LibâneoBrasileira na Visão de LibâneoBrasileira na Visão de LibâneoBrasileira na Visão de Libâneo

INSTITUIÇÃO: Colégio Estadual Unidade Polo

DISCIPLINA : Pedagogia

PÚBLICO ALVO : Pedagogos

HORAS-AULA: 08 horas

PROFESSORA MINISTRANTE : Sandra Maria Santana Manchenho

OBJETIVO GERAL : • Conhecer e esclarecer as dificuldades da escola pública brasileira, através

de uma análise pedagógica, buscando relacionar os objetivos e funções da

escola, após estudo dos documentos internacionais, em especial, o da

Conferência mundial de educação para todos.

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OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

• Estudar o texto de José Carlos Libâneo: O dualismo perverso da escola

pública brasileira: escola do conhecimento para os ricos, escola do

acolhimento social para os pobres.

• Relacionar o texto com a escola da atualidade.

1 PRÁTICA SOCIAL INICIAL

1.1 CONTEÚDO

Conferência mundial de educação para todos

• Conteúdo da Declaração

http://unesdoc.unesco.org/images/0008/000862/086291por.pdf

• Escola do conhecimento e do assistencialismo na visão de José Carlos

Libâneo

1.2 VIVÊNCIA DO CONTEÚDO

1.2.1 O que os pedagogos já sabem

• Que a educação pública, hoje, está voltada, em grande parte, ao

assistencialismo e formação para cidadania não com o conhecimento

científico.

1.2.2 O que gostariam de saber

• Quais as consequências para a educação brasileira pós Conferência?

• O que poderemos fazer na escola para superar essa dualidade?

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2 PROBLEMATIZAÇÃO

2.1 DISCUSSÃO IMPORTANTE SOBRE A EDUCAÇÃO APARTIR D O

TEXTO DE LIBÂNEO

• Quais foram as intenções da Conferência mundial de educação para

todos?

• Quais os objetivos e funções da escola dentro da Declaração de

Jomtien?

• Quais os objetivos gerais do Plano Decenal de Educação para a

Educação Básica?

• Como Libâneo relaciona as funções da escola?

• Qual a função do pedagogo na superação do dualismo?

2.2 DIMENSÕES DO CONTEÚDO A SEREREM TRABALHADAS

• Conceitual - O que foi a Conferência mundial sobre educação para

todos?

• Social – Para quem ela foi elaborada e quais funções têm a escola?

• Econômica/Política – Qual o interesse do Banco Mundial?

Os países envolvidos na Conferência dependem e/ou “ficam na mão” do

Banco Mundial?

3 INSTRUMENTALIZAÇÃO

3.1 AÇÕES DIDÁTICO-PEDAGÓGICAS

• Primeiro Momento : Apresentação da fala de Libâneo sobre funções da

escola:

http://www.youtube.com/watch?v=6kk__FXVwC0

• Segundo Momento : Leitura e discussão a cerca do texto de Libâneo em

grupos:

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http://www.scielo.br/pdf/ep/v38n1/aop323.pdf

• Terceiro Momento : Seminário da conclusão das discussões sobre as

funções da escola pós Conferência.

• Quarto momento: Registro dos comentários e discussões conforme as

questões: Como pedagogos, que escola queremos? A escola de

reprodução da lógica do capital ou da escola de conhecimento?

• Quinto momento : Reflexão do vídeo:

“Um dia você aprende”, “O Menestrel”, de Willian Shakespeare.

http://www.youtube.com/watch?v=vlLh8K6FF8A

3.2 RECURSOS HUMANOS E MATERIAIS

• Pedagogos

• Textos

• Projetor multimídia

4 CATARSE

4.1 SÍNTESE MENTAL DO CURSISTA

Qual Conferência mundial de educação foi elaborada para “ajudar” os

países subdesenvolvidos. Levando a uma desvalorização da função e objetivos

da escola.

Libâneo defende que essa declaração foi o marco do declínio da

educação brasileira, que passou do conhecimento acumulado historicamente e

cientificamente para tratar de uma escola voltada ao assistencialismo. As

políticas educacionais estão assentadas nas políticas do Banco Mundial. E

como pedagogos, devemos articular para que a escola procure trabalhar a

formação cultural e cientifica, formando sujeitos com capacidades intelectuais

que possam assegurar sua dignidade.

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4.2 EXPRESSÃO DA SÍNTESE

• Nas discussões, debates e análise do texto.

• Relato escrito do conteúdo apreendido na unidade.

5 PRÁTICA SOCIAL FINAL DO CONTEÚDO

5.1 NOVA POSTURA PRÁTICA

• Desejar conhecer mais sobre as funções da escola.

• Repensar seu papel de pedagogo.

• Pretender mudar sua prática.

• Querer sair da conjuntura atual das funções voltadas à escola.

5.2 AÇÕES DOS PEDAGOGOS

• Ler novos textos sobre o assunto, dos quais se sugere: Shiroma,

Moraes e Evangelista, Livro: Política educacional, cap.02.

• Mudar a prática educativa no contexto escolar.

• Entender e buscar mais leituras sobre a função da escola.

6 REFERÊNCIAS

LIBÂNEO, José Carlos. O Dualismo Perverso da Escola Pública Brasileira:

escola do conhecimento para os ricos, escola do acolhimento social para os

pobres. Pontifícia Universidade Católica de Goiás, 2010

SHIROMA, Eneida Oto, Etall. Política Educacional . Rio de Janeiro: DP&A,

2000. p.53-70

Endereços eletrônicos:

http://unesdoc.unesco.org/images/0008/000862/086291por.pdfhttp://www.scielo

.br/pdf/ep/v38n1/aop323.pdf . Acessado em: 02/10/2012.

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http://www.youtube.com/watch?v=6kk__FXVwC0. Acessado em: 06/10/2012.

http://www.youtube.com/watch?v=vlLh8K6FF8A. Acessado em: 02/10/2012.

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UNIDADE III

Desenvolvimento e Desenvolvimento e Desenvolvimento e Desenvolvimento e Aprendizagem Aprendizagem Aprendizagem Aprendizagem

na Perspectiva da Teoria na Perspectiva da Teoria na Perspectiva da Teoria na Perspectiva da Teoria

HistóricoHistóricoHistóricoHistórico----CCCCulturalulturalulturalultural

INSTITUIÇÃO: Colégio Estadual Unidade Polo

DISCIPLINA : Pedagogia

PÚBLICO ALVO : Pedagogos

HORAS-AULA: 08 horas

PROFESSORA MINISTRANTE : Sandra Maria Santana Manchenho

OBJETIVO GERAL

• Compreender o processo de desenvolvimento e aprendizagem

fundamentados na Teoria Histórico-cultural.

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OBJETIVO ESPECÍFICO

• Estudar como se dá o desenvolvimento e a aprendizagem, na Teoria

Histórico-cultural desenvolvida por Vygotsky, levando o pedagogo a

fundamentar sua prática junto ao educador.

• Identificar e aprender novas formas de compreender como se dá o

desenvolvimento e a aprendizagem dos estudantes, para melhor

ajudá-los.

• Conceituar a Teoria Histórico-cultural explicitando suas concepções

Filosófico-ontológicas.

1 PRÁTICA SOCIAL INICIAL DO CONTEÚDO

1.3 CONTEÚDO

• O que é a Teoria Histórico-cultural.

• Como se dá o processo de aprendizagem e de desenvolvimento, na

perspectiva da teoria pesquisada e defendida por Vygotsky.

• .Como é organizado o conhecimento científico produzido

historicamente nesta teoria.

1.2 VIVÊNCIA DO CONTEÚDO

1.2.1 O que os professores já sabem

• Que existem diferentes teorias de desenvolvimento da aprendizagem.

1.2.2. O que gostariam de saber

• Qual a importância Teoria Histórico-cultural na construção da

aprendizagem?

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• Como as concepções de aprendizagem e de desenvolvimento real e

potencial podem contribuir para a organização do ensino?

2 PROBLEMATIZAÇÃO

2.1 DISCUSSÕES IMPORTANTES SOBRE DESENVOLVIMENTO DA

APRENDIZAGEM NA DIDÁTICA HISTÓRICO CULTURAL

• O pedagogo tem clareza de como se dá o desenvolvimento da

aprendizagem e de qual a linha sua escola utiliza?

• Porque os pedagogos têm receio de falar com os professores sobre os

fundamentos que embasam suas práticas pedagógicas?

• Qual a importância de saber qual a teoria que embasa a prática

pedagógica?

• É possível inserir na prática pedagógica os fundamentos ou princípios da

Teoria Histórico-cultural? Como?

2.2 DIMENSÕES DO CONTEÚDO A SEREM TRABALHADOS

• Conceitual: Como a Teoria Histórico-cultural define: desenvolvimento e

aprendizagem? Como surgiu a Teoria Histórico-cultural?

• Social : Qual é a contribuição da Teoria Histórico-cultural na

aprendizagem? Que papel o pedagogo deve desempenhar frente ao

educador?

• Histórica/Política: Por que, ao longo dos anos, muitas teorias foram

estudadas e pesquisadas? Como se dá o desenvolvimento da referida

teoria na escola e por que, hoje, ela está presente em vários sistemas

de ensino?

3 INSTRUMENTALIZAÇÃO

3.1 AÇÕES DIDÁTICO-PEDAGÓGICAS

• Primeiro momento : Apresentação e comentários do conceito da teoria

histórico-cultural, obra e vida do Vygotsky, através dos slides:

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http://www.youtube.com/watch?v=YJla-2t-HRY (acesso em 12.11.2012)

• Segundo momento : Divisão da leitura do anexo III, seguida de

discussão e reflexão acerca da aprendizagem na Teoria Histórico-

cultural.

• Terceiro momento : Elaboração de relatório respondendo como o

pedagogo pode interferir na metodologia do professor para o uso da

teoria histórico-cultural, no desenvolvimento da aprendizagem?

• Quarto momento: Assistir ao filme, analisando e percebendo a Teoria

Histórico-cultural no processo de aprendizagem.

Sessão de Cinema:

O Menino selvagem - Victor de Aveiron

http://www.youtube.com/watch?v=r0_uC-cX50w

• Quinto momento: Contextualização do Filme: O Menino selvagem.

• Sexto momento: Atividade em duplas:

� Qual o papel da linguagem no desenvolvimento das funções psíquicas?

� No contexto do filme que fatores determinaram o atraso na linguagem?

Justifique.

3.2 RECURSOS HUMANOS E MATERIAIS

• Pedagogos

• Multimidia

• Filme

• Textos

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4 CATARSE

4.1 SÍNTESE MENTAL DO CURSISTA

A ser elaborado pelo cursista de acordo com os conteúdos propostos

(ideia principal).

Assumir a Teoria Histórico-cultural, na educação, significa que se deve

trabalhar com o conhecimento cientifico e político comprometido com a criação

de uma sociedade democrática e uma educação política. Conforme apresenta

a pesquisadora Sforni (2006), a formação política pressupõe o

desenvolvimento de capacidades que permitem ao sujeito proceder à crítica da

sociedade e do conhecimento nela produzido, portanto sua base é o saber

sistematizado. Os conceitos teórico/metodológicos que embasam o ensino e

aprendizagem da Teoria Histórico-cultural, de Vigotsky, tem como princípio o

Método Dialético, e se constitui de três fases na construção do conhecimento,

prática, teoria e prática, partindo do desenvolvimento atual dos alunos para um

novo nível de desenvolvimento. Proposta que tem a intenção de tratar da

escola como espaço de trabalho pedagógico, onde todos os homens têm

direito à transmissão e assimilação de conhecimentos científicos

historicamente construídos.

Gasparin (2002) ao organizar Uma Didática para a Pedagogia Histórico-

crítica utiliza-se dos pressupostos da Teoria Histórico-cultural e propõe um

plano de ensino no qual as etapas buscam partir do que o aluno já domina, ou

seja, seu nível de conhecimento real e por meio da problematização e

instrumentalização, o professor atuando na zona de desenvolvimento potencial

procura levar o aluno à aquisição do conhecimento científico sistematizado,

auxiliando o educando a ampliar o nível de desenvolvimento. A etapa de

catarse deve levar em conta se houve um avanço na compreensão inicial do

conteúdo (síncrese precária) de modo a atingir uma compreensão mais ampla

e científica do assunto (ou síntese). Como já salientado no decorrer do texto a

finalidade última é uma compreensão mais crítica da realidade expressa na

prática social final.

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4.2 EXPRESSÃO DA SINTESE

A expressão da síntese se dará por meio da expressão oral nas

participações durante as discussões e será solicitado um pequeno relatório ao

final do encontro.

5 PRÁTICA SOCIAL FINAL DO CONTEÚDO 5.1 NOVA POSTURA

• Desejar conhecer mais sobre a Teoria Histórico-Cultural.

• Retomar a postura frente aos professores apresentando uma nova

possibilidade na aquisição de conteúdos por parte do aluno e criticidade

na prática educativa.

5.2 AÇÕES DO PEDAGOGO

• Estudar o livro: Uma Didática para a Pedagogia Histórico-crítica.

• Ler Vygotsky e seus precursores contemporâneos.

• Auxiliar o professor a usar as diversas dimensões/passos na sua

docência.

• Reformular sua prática cotidiana frente a esse desafio.

• Relato escrito do conteúdo apreendido na unidade.

6 REFERÊNCIAS

Material consultado na elaboração desta unidade de ensino e a ser

estudado pelos professores:

GASPARIN, João Luiz. Uma didática para a pedagogia histórico-crítica.

Campinas,S.P.: Autores Associados, 2002 (Coleção Educação

Contemporânea).

Page 26: FICHA CATÁLOGO - PRODUÇÃO DIDÁTICO PEDAGÓGICA · • Estudar o texto de José Carlos Libâneo: O dualismo perverso da escola pública brasileira: escola do conhecimento para

23

VYGOTSKI, Lev Semenovich. Psicologia e Pedagogia . 2ªed.- São Paulo:

Martins Fontes, 2004

__________, Lev Semenovich. A formação Social da Mente . 7ª ed.São

Paulo: Martins Fontes.2007

REVISTA Akrópolis, Umuarama, v. 17, n. 4, p. 203-210, out./dez. 2009

REVISTA Diálogo Educ., Curitiba, v. 10, n. 29, p. 205-229, jan./abr. 2010

SFORNI, M. S. F.; GALUCH, Maria Terezinha Bellanda. Conteúdos Escolares

e Desenvolvimento Humano : Qual a unidade? Comunicações (Piracicaba), v.

ano 13, p. 150-158, 2006.

Endereços eletrônicos:

http://www.youtube.com/watch?v=r0_uC-cX50w (filme). Acessado em:

10/09/2012.

http://www.ufsj.edu.br/portal-repositorio/File/vertentes/viviam_e_outras.pdf.

Acessado em: 10/09/2012.

http://pedagogiadidatica.blogspot.com.br/2008/11/os-pressupostos-bsicos-da-

teoria.html. Acessado em: 16/10/2012.

http://www.youtube.com/watch?v=YJla-2t-HRY. Acessado em: 12/11/2012.

http://www.ufsj.edu.br/portal-repositorio/File/vertentes/viviam_e_outras.pdf.

Acessado em: 16/10/2012.

Page 27: FICHA CATÁLOGO - PRODUÇÃO DIDÁTICO PEDAGÓGICA · • Estudar o texto de José Carlos Libâneo: O dualismo perverso da escola pública brasileira: escola do conhecimento para

24

UNIDADE IV

Papel do Pedagogo Frente à Papel do Pedagogo Frente à Papel do Pedagogo Frente à Papel do Pedagogo Frente à

OrganizaOrganizaOrganizaOrganização Escolarção Escolarção Escolarção Escolar

INSTITUIÇÃO: Colégio Estadual Unidade Polo

DISCIPLINA: Pedagogia

PÚBLICO ALVO: Pedagogos

HORAS-AULA: 04 horas

PROFESSORA MINISTRANTE: Sandra Maria Santana Manchenho

OBJETIVO GERAL

• Estudar qual o papel do pedagogo na organização escolar.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

• Identificar e assimilar qual o papel do pedagogo frente à ação

pedagógica diária.

Page 28: FICHA CATÁLOGO - PRODUÇÃO DIDÁTICO PEDAGÓGICA · • Estudar o texto de José Carlos Libâneo: O dualismo perverso da escola pública brasileira: escola do conhecimento para

25

• Compreender o papel do pedagogo na construção de uma escola

democrática.

1 PRÁTICA SOCIAL INICIAL

1.1 CONTEÚDO

Papel do pedagogo e organização escolar

• Função do pedagogo.

• Organização da prática pedagógica.

1.2 VIVÊNCIA DO CONTEÚDO

1.2.1 O que os pedagogos já sabem

• Sabem que devem organizar o trabalho pedagógico.

• Sabem que fazem trabalhos que não são de sua competência.

1.2.2 O que gostariam de saber

• O que fazer com tantos afazeres no ambiente escolar?

• Quem deve responder pelos alunos que necessitam de disciplina e

controle familiar?

• Como colocar em prática a função do pedagogo com todos os

problemas que envolvem o ambiente escolar?

• Quais as vantagens na efetivação de seu papel para a prática educativa

e ação pedagógica?

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26

2 PROBLEMATIZAÇÃO

2.1 DISCUSSÕES IMPORTANTES SOBRE O PAPEL DO PEDAGOGO NA

ORGANIZAÇÃO ESCOLAR

• Os pedagogos da escola têm conhecimento de qual é a sua função e

tem embasamento teórico a cerca desse assunto para poder efetivar de

forma eficaz seu papel?

• O pedagogo tem importância social?

• É possível conduzir o papel do pedagogo de forma que produza uma

nova prática educativa?

• Os profissionais da escola sabem que papel o pedagogo deve

desempenhar?

• Como deve ser organizado o trabalho pedagógico?

• Qual a função do pedagogo frente ao Projeto Político Pedagógico?

2.2 DIMENSÕES DO CONTEÚDO A SEREM TRABALHADAS

• Conceitual: Qual o papel do pedagogo?

• Social: Qual a finalidade social e pedagógica do pedagogo?

• Histórica: Por que o pedagogo se perdeu ou se perde em seu papel na

prática educativa?

• Política: Qual a função do pedagogo frente as política educacionais?

3 INSTRUMENTALIZAÇÃO

3.1 AÇÕES DIDÁTICO-PEDAGÓGICAS

• Primeiro momento: Análise da história. Quando a Escola era de Vidro

de Ruth Rocha.

Leia a história acessando:

http://colecaociranda.blogspot.com.br/2011/09/um-conto-de-ruth-rocha-quando-

escola-e.html ou assista em: http://www.youtube.com/watch?v=JOidHbaW85g

Page 30: FICHA CATÁLOGO - PRODUÇÃO DIDÁTICO PEDAGÓGICA · • Estudar o texto de José Carlos Libâneo: O dualismo perverso da escola pública brasileira: escola do conhecimento para

27

• Segundo momento: Leitura do texto: Quem é o Pedagogo na Escola.

http://www.pedagogia.seed.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?c

onteudo=5

• Terceiro momento : Leitura do texto função do pedagogo.

http://www.pedagogia.seed.pr.gov.br/arquivos/File/docs_cge/textonrectb

pedagogo.pdf

• Quarto momento : Estudo de caso em grupos.

• Quinto momento : Leitura específica da competência do pedagogo no

Projeto Político Pedagógico de sua escola.

• Sexto momento : Relato sobre qual é o papel do pedagogo na prática

educativa.

3.2 RECURSOS HUMANOS E MATERIAIS

• Pedagogos

• Textos

• Data show

4 CATARSE

4.1 SÍNTESE MENTAL DO CURSISTA

Que a função do pedagogo se faz necessária para promover a

interligação entre os profissionais e a escola. Que ele é o elo do trabalho em

conjunto para que a escola realize, de fato, seu papel de proporcionar uma

educação que desperte a comunidade educativa para o processo da

emancipação da sociedade, partindo da sua própria. Que o pedagogo deve

contribuir decisiva e decididamente para a formulação coletiva de projetos

pedagógicos para a superação dos desafios do sistema educacional e social.

Page 31: FICHA CATÁLOGO - PRODUÇÃO DIDÁTICO PEDAGÓGICA · • Estudar o texto de José Carlos Libâneo: O dualismo perverso da escola pública brasileira: escola do conhecimento para

28

4.2 EXPRESSÃO DA SÍNTESE (DISCUSSÕES)

• Qual o papel do pedagogo? (dimensão conceitual)

• Qual a função social e educativa do pedagogo na escola? (dimensão

social)

• Por que o pedagogo tem dificuldades em efetivar seu papel? (dimensão

histórica)

• Como o pedagogo deve refletir e rever a sua atuação na atual

conjuntura? (dimensão política)

5 PRÁTICA SOCIAL FINAL DO CONTEÚDO

5.1 NOVA POSTURA TEÓRICO/PRÁTICA

• Definir qual o seu papel.

• Repensar a postura de atuação no ambiente escolar.

• Pretender atuar de acordo com a especificidade de sua função.

5.2 AÇÕES PROFESSOR PEDAGOGO

• Retomar estudos sobre o papel do pedagogo que levem à reflexão/ ação

da prática pedagógica.

• Estudar autores que tratam o pedagogo como articulador do trabalho

coletivo.

6 REFERÊNCIAS

LIBÂNEO, José Carlos. Pedagogia e pedagogos, para quê? 12. ed. São

Paulo, Cortez, 2010

PIMENTA, Selma Garrido. O Pedagogo na Escola Pública. 3.ed. São Paulo:

Edições Loyola, 1995.

Page 32: FICHA CATÁLOGO - PRODUÇÃO DIDÁTICO PEDAGÓGICA · • Estudar o texto de José Carlos Libâneo: O dualismo perverso da escola pública brasileira: escola do conhecimento para

29

PROJETO POLITICO PEDAGÓGICO. Colégio Estadual Unidade Pólo –

Ensino Fundamental, Médio e Profissional. Campo Mourão, Pr. 2011

SAVIANI, Demerval, Sentido da pedagogia e papel do pedagogo , Revista

Nova Escola, junho/julho 2004.

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO. Superintendência da Educação.

Coordenação de Gestão Escolar. Organização do trabalho pedagógico .

Curitiba: SEED – Pr., 2010. 128 p.

VEIGA, Vilma Passos. Projeto Político-Pedagógico da Escola : uma construção possível. Campinas, São Paulo, Papirus, 17. ed. 2004.

Endereços eletrônicos:

http://www.pedagogia.seed.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=5. Acessado em: 25/10/2012. http://www.pedagogia.seed.pr.gov.br/arquivos/File/docs_cge/textonrectbpedagogo.pdf. Acessado em: 25/10/2012. http://smec.salvador.ba.gov.br/site/documentos/espaco-virtual/espaco-jornada-pedagogica/artigos-e-textos/pedagogo-papel-escola-publica.pdf. Acessado em: 25/10/2012. http://www.diaadia.pr.gov.br/tvpendrive/modules/debaser/singlefile.php?id=576. Acessado em: 01/11/2012. http://www.diaadia.pr.gov.br/tvpendrive/modules/debaser/singlefile.php?id=577. Acessado em: 01/11/2012. http://www.diaadia.pr.gov.br/tvpendrive/modules/debaser/singlefile.php?id=578. Acessado em: 01/11/2012.

Page 33: FICHA CATÁLOGO - PRODUÇÃO DIDÁTICO PEDAGÓGICA · • Estudar o texto de José Carlos Libâneo: O dualismo perverso da escola pública brasileira: escola do conhecimento para

30

UNIDADE V

Planejamento e Princípios que Planejamento e Princípios que Planejamento e Princípios que Planejamento e Princípios que

Orientam o Papel do PedagogoOrientam o Papel do PedagogoOrientam o Papel do PedagogoOrientam o Papel do Pedagogo

INSTITUIÇÃO: Colégio Estadual Unidade Polo

DISCIPLINA : Pedagogia

PÚBLICO ALVO: Pedagogos

HORAS-AULA: 08 horas

PROFESSORA MINISTRANTE: Sandra Maria Santana Manchenho

OBJETIVO GERAL: • Conhecer os princípios que orientam o papel do pedagogo dentro do Estado

do Paraná e entender como planejar sua prática pedagógica na coletividade

da escola.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

• Estudar os princípios que regem o pedagogo no Estado do Paraná.

Page 34: FICHA CATÁLOGO - PRODUÇÃO DIDÁTICO PEDAGÓGICA · • Estudar o texto de José Carlos Libâneo: O dualismo perverso da escola pública brasileira: escola do conhecimento para

31

• Conceituar o que é Planejamento, explicando suas finalidades, e que sua

elaboração torne-se um instrumento de uso contínuo na sistematização do

trabalho do pedagogo.

1 PRÁTICA SOCIAL INICIAL DO CONTEÚDO

1.1 CONTEÚDO

• Princípios contidos no edital nº10/2007 Est. Paraná.

• Planejamento, o que é.

• Finalidade do planejamento na prática pedagógica.

1.2.1 O que os pedagogos já sabem

• Sabem que existe um edital com os princípios de sua função.

• Sabem que devem planejar suas ações no cotidiano escolar

1.2.2 O que gostariam de saber

• O que fazer para colocar em prática os princípios do edital.

• O que se levar em conta na hora de elaborar e efetivar seu

planejamento?

2.2 DIMENSÕES DO CONTEÚDO A SEREM TRABALHADAS

• Conceitual: Quais são os princípios do papel do pedagogo? O que é

planejamento? Quais suas funções?

• Social: Qual a função social de elaborar princípios de trabalho para o

pedagogo? Qual a relação dos princípios que norteiam o papel do

pedagogo na elaboração e execução do planejamento? O que a

Secretaria de Estado e Educação (SEED) espera do pedagogo?

• Histórica/Política : Quais princípios já direcionaram o papel do pedagogo?

E por que foram se modificando?

• Legal: Para que tantos princípios para efetivar o trabalho do pedagogo?

Page 35: FICHA CATÁLOGO - PRODUÇÃO DIDÁTICO PEDAGÓGICA · • Estudar o texto de José Carlos Libâneo: O dualismo perverso da escola pública brasileira: escola do conhecimento para

32

• Escolar: Com que finalidade são elaborados os planejamentos, agora

Plano de Trabalho Docente? Eles são importantes?

• Operacional: Como elaborar um planejamento que envolva os princípios

que norteiam o papel do pedagogo no cotidiano escolar?

3 INSTRUMENTALIZAÇÃO

3.1 AÇÕES DIDÁTICO-PEDAGÓGICAS

• Primeiro momento: Definir o que é planejamento. E como elaborá-lo.

Saiba mais

Para bem compreender o papel do planejamento acesse o vídeo:

http://www.youtube.com/watch?v=uCQCtHOnwkM

• Segundo momento: Estudar os princípios que norteiam o papel do

pedagogo edital nº10/2007doEstado Paraná.

http://www.nc.ufpr.br/concursos_externos/seed2007/documentos/edital_102007

_pedagogo.pdf

• Terceiro momento : Elaboração do planejamento individual e coletivo de

como desenvolverá o trabalho pedagógico na escola, tendo os princípios

de sua função como norteador de sua prática.

• Quarto momento: Relatório escrito sobre a relevância do planejamento

na prática do pedagogo.

• Quinto Momento: Apresentação do planejamento impresso e oral.

3.2 RECURSOS HUMANOS E MATERIAIS

• Pedagogos

Page 36: FICHA CATÁLOGO - PRODUÇÃO DIDÁTICO PEDAGÓGICA · • Estudar o texto de José Carlos Libâneo: O dualismo perverso da escola pública brasileira: escola do conhecimento para

33

• Vídeos

• Textos

4 CATARSE 4.1 SÍNTESE MENTAL DO CURSISTA

Através da elaboração de plano de trabalho ou planejamento na linha

Histórico-crítica, enfatizando os princípios norteadores do papel do pedagogo,

resultará num facilitador da prática pedagógica com resultados efetivos diários

e de nova postura no cotidiano da escola.

O planejamento deverá ser elaborado e revisto constantemente, sendo

o instrumento do pedagogo na prática coletiva, direcionando sua avaliação no

desempenho de atividades. Planejar é uma ferramenta necessária e segundo

Vasconcellos (2000) é antecipar mentalmente uma ação ou um conjunto de

ações a serem realizadas e agir de acordo com o previsto. Planejar não é, pois,

apenas algo que se faz antes de agir, mas também agir em função daquilo que

se pensa.

4.2 EXPRESSÃO DA SÍNTESE

• O que é Planejamento e quais são os princípios que norteiam o papel

pedagogo? (dimensão conceitual).

• Qual a utilidade dos princípios elaborados pela SEED, na escola e na

prática do pedagogo? (dimensão social).

• Em que momento o planejamento e os princípios norteadores da função

do pedagogo se tornam função política e histórica? (dimensão política e

histórica).

• Elaboração do Planejamento (dimensão operacional).

5 DIMENSÃO SOCIAL FINAL DO CONTEÚDO 5.1 NOVA POSTURA PRÁTICA

Page 37: FICHA CATÁLOGO - PRODUÇÃO DIDÁTICO PEDAGÓGICA · • Estudar o texto de José Carlos Libâneo: O dualismo perverso da escola pública brasileira: escola do conhecimento para

34

• Desejar conhecer outras formas de elaborar um planejamento ou plano

de ação.

• Repensar a prática a ser efetuada na dinâmica diária através do

Planejamento.

• Querer atuar de acordo com os princípios norteadores com uma nova

postura.

5.2 AÇÕES DO PROFESSOR PEDAGOGO

• Ler outros autores sobre a importância do Planejamento.

• Elaborar um Planejamento ou Plano de ação, de acordo com a proposta

de Gasparin.

• Definir encontros para avaliar as ações.

• Montar grupos de estudo.

6 REFERÊNCIAS GASPARIN, João Luiz. Uma didática para a pedagogia histórico-crítica.

2.ed. Campinas: Autores Associados, 2003 (Coleção Educação

Contemporânea).

PIMENTA, Selma Garrido. O Pedagogo na Escola Pública. 3.ed. São Paulo:

Edições Loyola, 1995.

VASCONCELLOS, Celso dos S: Planejamento Projeto de Ensino-

Aprendizagem e Projeto Político-Pedagógico . Ladermos Libertad, 7º ed. São

Paulo, 2000

Endereços Eletrônicos:

http://www.nc.ufpr.br/concursos_externos/seed2007/documentos/edital_102007

_pedagogo.pdf. Acessado em: 05/11/2012.

http://www.youtube.com/watch?v=uCQCtHOnwkM. Acessado em: 24/11/2012.

Page 38: FICHA CATÁLOGO - PRODUÇÃO DIDÁTICO PEDAGÓGICA · • Estudar o texto de José Carlos Libâneo: O dualismo perverso da escola pública brasileira: escola do conhecimento para

35

REFERÊNCIAS

BRZEZINSKI, Iria. Profissão Professor: Identidade e profissionaliza ção

docente . Brasilia: Plano Editora,2002

BRECKENFELD, Eleane Jean Negrão. ROMANOWSKI, Joana Paulin. O

pedagogo escolar: limites e possibilidades de sua profissionalidade no

sistema de ensino Público Estadual do Paraná. disponivel em:

www.pucpr.br/eventos/educere/.../anais/.../406_476.pd...(acesso em

29.11.2012)

GASPARIN, João Luiz. Uma didática para a Pedagogia Histórico-Crítica.

Campinas,S.P.: Autores Associados, 2002 (Coleção Educação

Contemporânea).

LIBÂNEO, José Carlos. Pedagogia e pedagogos, para quê? 12. ed. São

Paulo, Cortez, 2010

________, José Carlos. O Dualismo Perverso da Escola Pública Brasileira:

escola do conhecimento para os ricos, escola do acolhimento social para os

pobres. Pontifícia Universidade Católica de Goiás, 2010

PIMENTA, Selma Garrido. O Pedagogo na Escola Pública. 3.ed. São Paulo:

Edições Loyola, 1995.

PROJETO POLITICO PEDAGÓGICO. Colégio Estadual Unidade Pólo –

Ensino Fundamental, Médio e Profissional. Campo Mourão, Pr. 2011

REVISTA Akrópolis, Umuarama, v. 17, n. 4, p. 203-210, out./dez. 2009

REVISTA Diálogo Educ., Curitiba, v. 10, n. 29, p. 205-229, jan./abr. 2010

SAVIANI, Dermeval. A Pedagogia no Brasil . História e Teoria. Campinas, São

Paulo. Autores associados, 2008

_______, Demerval, Sentido da pedagogia e papel do pedagogo , Revista

Page 39: FICHA CATÁLOGO - PRODUÇÃO DIDÁTICO PEDAGÓGICA · • Estudar o texto de José Carlos Libâneo: O dualismo perverso da escola pública brasileira: escola do conhecimento para

36

Nova Escola, junho/julho 2004.

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO. Superintendência da Educação.

Coordenação de Gestão Escolar. Organização do trabalho pedagógico .

Curitiba: SEED – Pr., 2010. 128 p.

SHIROMA, Eneida Oto, Etall. Política Educacional . Rio de Janeiro: DP&A,

2000. p.53-70

SFORNI, M. S. F.; GALUCH, Maria Terezinha Bellanda. Conteúdos Escolares

e Desenvolvimento Humano : Qual a unidade? Comunicações (Piracicaba), v.

ano 13, p. 150-158, 2006.

TAQUES, Mariana F. et all. O papel do Pedagogo na Gestão: possibilidades

de mediação do Currículo. Disponível

em:http://www.nre.seed.pr.gov.br/londrina/arquivos/File/4opapeldopedagogo.pd

f. Acessado em: 29/11/2012.

VASCONCELLOS, Celso dos S: Planejamento Projeto de Ensino-

Aprendizagem e Projeto Político-Pedagógico . Ladermos Libertad, 7º ed. São

Paulo, 2000

VEIGA, Vilma Passos. Projeto Político-Pedagógico da Escola : uma

construção possível. Campinas, São Paulo, Papirus, 17. ed. 2004.

VYGOTSKY, Lev Semenovich. Psicologia e Pedagogia . 2ªed.- São Paulo:

Martins Fontes, 2004

__________, Lev Semenovich. A formação Social da Mente . 7ª ed.São

Paulo: Martins Fontes.2007.

Endereços Eletrônicos:

http://www.nc.ufpr.br/concursos_externos/seed2007/documentos/edital_102007

_pedagogo.pdf. Acessado em: 05/11/2012.

http://www.youtube.com/watch?v=uCQCtHOnwkM. Acessado em: 24/11/2012.

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37

http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/2010/artigos_teses/2010/

Pedagogia/ahistfuncpedagogoesc.pdf. Acessado em: 20/09/2012.

http://www.youtube.com/watch?v=ruN_LR60ZfQ. Acessado em: 22/09/2012.

http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/rcp01_06.pdf. Acessado em:

22/09/2012.

http://www.nre.seed.pr.gov.br/londrina/arquivos/File/4opapeldopedagogo.pdf

Acessado em: 29/11/2012.

http://unesdoc.unesco.org/images/0008/000862/086291por.pdfhttp://www.scielo

.br/pdf/ep/v38n1/aop323.pdf. Acessado em: 02/10/2012.

http://www.youtube.com/watch?v=6kk__FXVwC0. Acessado em: 06/10/2012.

http://www.youtube.com/watch?v=vlLh8K6FF8A. Acessado em: 02/10/2012.

http://colecaociranda.blogspot.com.br/2011/09/um-conto-de-ruth-rocha-quando-

escola-e.html .

http://www.youtube.com/watch?v=r0_uC-cX50w (filme). Acessado em:

10/09/2012.

http://www.ufsj.edu.br/portal-repositorio/File/vertentes/viviam_e_outras.pdf.

Acessado em: 10/09/2012.

http://pedagogiadidatica.blogspot.com.br/2008/11/os-pressupostos-bsicos-da-

teoria.html. Acessado em: 16/10/2012.

http://www.youtube.com/watch?v=YJla-2t-HRY. Acessado em 12/11/2012.

http://www.pedagogia.seed.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteud

o=5. Acessado em: 25/10/2012.

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38

http://www.pedagogia.seed.pr.gov.br/arquivos/File/docs_cge/textonrectbpedago

go.pdf. Acessado em: 25/10/2012.

http://smec.salvador.ba.gov.br/site/documentos/espaco-virtual/espaco-jornada-

pedagogica/artigos-e-textos/pedagogo-papel-escola-publica.pdf. Acessado em:

25/10/2012.

http://www.diaadia.pr.gov.br/tvpendrive/modules/debaser/singlefile.php?id=57.

Acessado em: 01/11/2012.

http://www.diaadia.pr.gov.br/tvpendrive/modules/debaser/singlefile.php?id=577.

Acessado em: 01/11/2012.

http://www.diaadia.pr.gov.br/tvpendrive/modules/debaser/singlefile.php?id=578.

Acessado em: 01/11/2012.

http://www.nc.ufpr.br/concursos_externos/seed2007/documentos/edital_102007

_pedagogo.pdf. Acessado em: 05/11/2012.

http://www.youtube.com/watch?v=uCQCtHOnwkM. Acessado em: 24/11/2012.

www.pucpr.br/eventos/educere/.../anais/.../406_476.pdf. Acessado em:

29/11/2012.

Page 42: FICHA CATÁLOGO - PRODUÇÃO DIDÁTICO PEDAGÓGICA · • Estudar o texto de José Carlos Libâneo: O dualismo perverso da escola pública brasileira: escola do conhecimento para

39

Page 43: FICHA CATÁLOGO - PRODUÇÃO DIDÁTICO PEDAGÓGICA · • Estudar o texto de José Carlos Libâneo: O dualismo perverso da escola pública brasileira: escola do conhecimento para

40

UNIDADE I

Breve Histórico do Curso de Breve Histórico do Curso de Breve Histórico do Curso de Breve Histórico do Curso de

Pedagogia e suas DiretrizesPedagogia e suas DiretrizesPedagogia e suas DiretrizesPedagogia e suas Diretrizes

"As relações entre educação e política se

dão na forma de autonomia relativa e

dependência recíproca."

Demerval Saviani

Fonte:www.diaadiaeducação.pr.gov.br

Algumas indagações são necessárias para refletirmos sobre a

pedagogia e o pedagogo frente ao seu papel na escola.

� Como surgiu a Pedagogia?

� Qual a função do curso e do pedagogo?

� Para que o pedagogo é formado?

� Qual é o papel do pedagogo na prática educativa?

� Fazemos o que é realmente nosso papel no dia a dia da escola?

Essas indagações nos ajudarão na reflexão de que, com esse resgate,

ampliaremos nossa concepção histórica e veremos que o curso de pedagogia

sofreu e sofre com conflitos, lutas ideológicas, decretos leis e muitas crises que

já levaram a pensar sobre a sua real necessidade.

Page 44: FICHA CATÁLOGO - PRODUÇÃO DIDÁTICO PEDAGÓGICA · • Estudar o texto de José Carlos Libâneo: O dualismo perverso da escola pública brasileira: escola do conhecimento para

41

Nesta unidade, faremos um resgate histórico da pedagogia, foco de

nossa inquietação para refletirmos e percebermos que direção tomou o

pedagogo na prática educativa escolar, levando em consideração que a

educação brasileira traçou muitos caminhos de retrocessos e avanços.

Ao longo da história, a pedagogia foi se firmando e sendo entendida

como o modo de apreender ou de instituir o processo educativo.

Em seus estudos, Savini (2008) aponta que o termo “pedagogia” surgiu

na Grécia Antiga e, segundo Jaeger, também é grega a problemática

pedagógica. Tem seu conceito construído desde os primórdios da história por

meio de uma tarefa escrava conectada à morfologia da palavra que reflete o

significado de mestre, preceptor, aquele que conduz a criança ao espaço de

aprendizagem.

Fonte: http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/tvmultimidia/imagens/2010/pdagogia/4pedagogogrecia.jpg

Ainda, de acordo com Saviani (2008), a pedagogia no Brasil nasceu com

os Jesuítas, em 1549, chamada de Pedagogia Brasílica, com duração de 50

anos, surgindo entre 1599 e 1759, a Pedagogia do Ratio Studiorum e, até

1834, a Pedagogia Pombalina. O termo pedagogia somente aparece após a

Independência, na reabertura do Parlamento, em 1826, que tinha como

significado a escola das primeiras letras.

Page 45: FICHA CATÁLOGO - PRODUÇÃO DIDÁTICO PEDAGÓGICA · • Estudar o texto de José Carlos Libâneo: O dualismo perverso da escola pública brasileira: escola do conhecimento para

42

Na ótica de Breckenfeld e Romanowski (2008), o aparecimento do

pedagogo, no Brasil, origina-se na institucionalização do sistema público de

ensino através dos movimentos em prol da educação escolar, na década de

1930, época que se criou o Curso de Pedagogia, cujos participantes eram

licenciados para o magistério em cursos normais, oferecendo, também, o

bacharelado para o exercício dos cargos técnicos de educação, sendo que

esses deveriam desempenhar as funções de planejamento, organização e

execução do processo educacional.

De acordo com autores citados acima, os primeiros pedagogos

assumem as tarefas de técnicos em educação junto aos órgãos públicos. A

partir de 1960, com a expansão da escola, que o pedagogo especialista/técnico

assume atuação intensa atendendo a processo do capital, num momento em

que a dominação econômica necessitava da contribuição da escola para a

reprodução das relações sociais na manutenção das posições de cada classe

social. Desse modo, a necessidade de fragmentação do trabalho segue

algumas tendências da organização do trabalho, como o padrão

taylorista/fordista, cujos princípios norteadores giram em torno da

produtividade, da eficiência e do controle dos que administram sobre aqueles

que executam, realocando aquilo que acontece nas fábricas, pois enquanto o

trabalho fragmentado do modelo de produção taylorista exigia um rigoroso

controle de tempos e ritmos marcados pelo supervisor de fábrica, na escola,

este mesmo perfil de trabalho era exigido e controlado pelo supervisor escolar

(havendo a divisão de tarefas).

De acordo com Taques (2012), ao pedagogo não cabe mais a lógica

economicista, reproduzindo a fragmentação das relações de trabalho, assim

como acontece na sua atuação, na escola, fragmentando a sua função em

supervisor e orientador. Para tanto, cabe-nos questionar os que ainda agem e

defendem a lógica tecnicista, na qual o supervisor controla o trabalho dos

professores, em questões burocráticas e não de ensino e aprendizagem e ao

orientador que recorre ao assistencialismo aos alunos e às famílias.

Esse dualismo na formação acadêmica do pedagogo acarretou uma

crise na construção de sua função e no seu campo de atuação. Assim, o curso

de pedagogia deve formar o pedagogo como articulador do trabalho coletivo

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pedagógico, devendo agir em todos os espaços para que se efetive uma

prática social e de formação, através de situações educativas formais,

intencionais e planejadas, buscando o sucesso escolar através de

conhecimentos sistematizados propiciando a produção do conhecimento.

Para Libâneo, na grande maioria das instituições, o administrativo tem

papel privilegiado sobre o pedagógico, mesmo sabendo que o pedagógico

perpassa toda a sociedade, saindo do âmbito escolar formal, atingindo vários

âmbitos da educação informal e não-formal. Mesmo assim, muitos profissionais

e instituições desconheçam a teoria pedagógica. Libâneo ainda diz: que o

objetivo do pedagógico se configura na relação entre os elementos da prática

educativa, sendo eles: o sujeito que se educa, o educador, o saber e a

conjuntura em que ocorre. Então se questiona qual o papel exercido hoje pelo

pedagogo, formal, não formal ou informal. Papel este que deve permear toda a

atividade educativa, genericamente para Libâneo (2010) “a pedagogia é uma

ciência de formação humana”.

Leia mais

SOBRE OS CONCEITOS: Educação formal, informal e

não formal em:

Pedagogia e pedagogos, para quê? Jose Carlos

Libâneo. p.3

Nesta linha, Silva (2002) coloca que o curso de Pedagogia, no Brasil, foi

acompanhado sempre de questionamentos sobre seu papel, neste sentido

sentimos a dificuldade dos pedagogos definirem sua função dentro da

educação escolar. Ela apresenta, com clareza, os três períodos que

constituem a história da pedagogia, sendo assim classificados:

Primeiro período da história do curso ocorreu em 1939 a 1972,

denominado período das regulamentações, no qual o curso teve sua identidade

questionada.

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Segundo período dessa história ocorreu de 1973 a 1977, denominado

período das indicações, no qual teve sua identidade projetada.

Terceiro período ocorreu de 1978 até 1999, denominado período das

propostas, no qual teve sua identidade posta em discussão.

Sendo assim, pode-se considerar que a identidade do curso tem uma

longa caminhada e perpassa por muitas indagações, sendo que, no primeiro

período, a discussão estava na definição do conteúdo que a pedagogia deveria

estudar e, em consequência, a manutenção ou não do curso. No final desse

período, houve as primeiras respostas favoráveis ao reconhecimento do campo

pedagógico que dela faz parte. Silva (2002) continua sua reflexão apontando

que com a crise do segundo período através das discussões em relação ao

estatuto teórico da pedagogia, contribuíram para que no período seguinte

consolidasse a ideia da especificidade do conhecimento pedagógico. Percebe-

se que mesmo com tantos debates sobre a concepção da pedagogia, sendo

uma ciência da prática, não foram suficientes para a estruturação do

conhecimento, visando à formação do educando. Foram esses períodos que

levaram a pensar na definição e estruturação das diretrizes para o curso de

pedagogia no Brasil.

Então, o Conselho Nacional de Educação regulamenta, através do

Decreto Nº 1/2006, as Diretrizes para o curso de Pedagogia que tratam do

pedagogo como um docente formado para atuar na formação inicial para o

exercício da docência na Educação Infantil, nos Anos Iniciais do Ensino

Fundamental, nos cursos de Ensino Médio, na modalidade Normal, e em

cursos de Educação Profissional, na área de serviços e apoio escolar, bem

como em outras áreas nas quais sejam previstos conhecimentos pedagógicos.

Leia a diretriz em:

http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/rcp01_06.pdf

Os autores Saviani (1985) e Libâneo (2004) apontam que o pedagogo

responde pela mediação, organização, integração e articulação do trabalho

pedagógico. Portanto, sugere a própria compreensão de que ser pedagogo

significa ter o domínio sistemático e intencional do processo educativo, das

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formas e maneiras de ensinar através dos quais se devem realizar o processo

de formação cultural do sujeito.

Assim, se a pedagogia estuda as práticas educativas tendo em vista

explicitar finalidades, objetivos sociopolíticos e formas de intervenção

pedagógica para a educação, o pedagógico se expressa justamente, na

intencionalidade e no direcionamento dessa ação. Libâneo (2004) afirma que

esse posicionamento é necessário, porque as práticas educativas não se dão

de forma isolada das relações sociais, políticas, culturais e econômicas da

sociedade.

I

Reflita e responda

Em que sentido o pedagogo deve rever sua atuação na atual

conjuntura educacional e política?

___________________________________________________

___________________________________________________

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

O que embasa a legitimidade da pedagogia e seu papel?

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

Leia mais:

Pedagogia e pedagogos: inquietações e buscas . José Carlos Libâneo Acessando:

http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/2010/artigos_teses/Pedagogia2/apedagogiaepedagogos.pdf

Interações entre a função do pedagogo, frente a educação.

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UNIDADE II

A Dualidade da Escola Pública A Dualidade da Escola Pública A Dualidade da Escola Pública A Dualidade da Escola Pública

Brasileira na Visão de LibâneoBrasileira na Visão de LibâneoBrasileira na Visão de LibâneoBrasileira na Visão de Libâneo

“Não se trata mais de manter

aquela velha escola assentada no conhecimento, isto é, no domínio dos conteúdos, mas de

conceber uma escola que valorizará formas de organização das relações humanas[...]”

José Carlos Libâneo

Fonte: www.diaadiaeducação.pr.gov.br

Nesta unidade trabalharemos embasados no texto de Libâneo, intitulado:

O dualismo perverso da escola pública brasileira: escola do conhecimento

para os ricos, escola do acolhimento social para os pobres.

Para iniciarmos nosso encontro ouviremos palestra de Libâneo sobre as

funções da escola, com o intuito de fazermos um comparativo com o texto que

iremos estudar nesta unidade.

OUÇA:

http://www.youtube.com/watch?v=6kk__FXVwC0

Page 50: FICHA CATÁLOGO - PRODUÇÃO DIDÁTICO PEDAGÓGICA · • Estudar o texto de José Carlos Libâneo: O dualismo perverso da escola pública brasileira: escola do conhecimento para

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O texto que iremos estudar foi elaborado para apresentação no X

Encontro de Pesquisa em Educação, em julho de 2010. A temática abordada é

parte da pesquisa do autor, em andamento, intitulada: “O declínio da escola

pública brasileira: quando e porque desandou”, realizada no Programa de Pós-

Graduação em Educação, da Pontifícia Universidade Católica de Goiás.

A proposta deste texto é esclarecer as dificuldades da escola pública

brasileira, através de uma análise pedagógica. Buscando relacionar os

objetivos e funções da escola, após os documentos internacionais, que no

Brasil foram tratados como “manual”, em diversos governos, em todas as

esferas, federais, estaduais e municipais. O maior deles é o resultante da

Declaração de Jomtien (Tailândia) e outras conferências, organizadas e

patrocinadas pelo Banco Mundial, UNESCO, UNICEF, PNUD que foi o Plano

Decenal de Educação para Todos, iniciado no Governo Itamar Franco, 1993,

até os dias atuais.

Para Libâneo, nestes 20 anos de políticas educacionais, iniciadas com a

Declaração de Jomtien, marcaram o destino da escola pública brasileira a sua

decadência, pois perderam os objetivos e funções anteriores, que era a escola

embasada no conhecimento e no ensino, para trabalhar com valores e atitudes

levando o sujeito enfrentar suas necessidades básicas, sendo a escola do

acolhimento social, cuja função é a convivência e a sociabilidade.

Portanto, é nesse dualismo que está assentada a escola brasileira,

assim aponta Libâneo:

Que, num extremo, estaria a escola assentada no conhecimento,

na aprendizagem e nas tecnologias, para os filhos dos ricos e,

em outro, a escola do acolhimento social, da integração social,

Leia mais

Declaração Mundial sobre Educação para Todos:

http://unesdoc.unesco.org/images/0008/000862/0862

91por.pdf

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para os pobres, voltada primordialmente para missões sociais de

assistência e apoio às crianças. (Libâneo,2010)

Libâneo (2010) e Nóvoa (2009) pontuam claramente esses dois tipos de

escola, uma escola concebida essencialmente como um centro de acolhimento

social, para os pobres, com uma forte retórica da cidadania e da participação.

Por outro lado, uma escola claramente centrada na aprendizagem e nas

tecnologias, destinada a formar os filhos dos ricos,

Assim, não se trata mais de manter aquela escola assentada no

conhecimento, isto é, no domínio dos conteúdos e na formação das

capacidades cognitivas, mas uma escola que valorizará formas de organização

das relações humanas, nas quais prevalece a integração social, a convivência

entre diferentes, o compartilhamento de culturas, o encontro e a solidariedade

entre as pessoas.

Libâneo insiste dizer que se fizermos a leitura desse documento sem

intenção crítica e de forma descontextualizada, acharemos que ele é digno e

belo pelas suas intenções humanistas e democratizantes para um projeto de

padronização das políticas educativas.

Atividade em grupo

Daremos início ao estudo do texto, com

foco nas funções e objetivos da escola.

LEIA O TEXTO NA INTEGRA ACESSANDO:

http://www.scielo.br/pdf/ep/v38n1/aop323.pdf

Reflita, responda e comente:

• Como Libâneo relaciona as funções da escola?

• Qual a função do pedagogo na superação do dualismo?

• Como pedagogos, qual escola queremos? A escola de reprodução da

lógica do capital ou da escola de conhecimento?

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Finalizando...

Reflexão do vídeo:

“Um dia você aprende” “O Menestrel de Shakespeare”.

http://www.youtube.com/watch?v=vlLh8K6FF8A

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UNIDADE III

Desenvolvimento e Aprendizagem Desenvolvimento e Aprendizagem Desenvolvimento e Aprendizagem Desenvolvimento e Aprendizagem

na Perspectiva da na Perspectiva da na Perspectiva da na Perspectiva da TeorTeorTeorTeoria ia ia ia

HistóricoHistóricoHistóricoHistórico----CCCCulturalulturalulturalultural

“ O caminho do objeto até a criança e desta até o objeto passa por outra pessoa.”

Lev Semenovitch Vygotsky

Fonte: www.diaadiaeducação.pr.gov.br

A Teoria Histórico-cultural tem suas raízes nos estudos de Lev

Semenovich Vygotsky (1896-1934). Procurando entender a psicologia no início

do século XX, Vygotsky desenvolveu estudos que explicam o desenvolvimento

da mente humana, enfatizando que o conhecimento se constrói pelas e nas

relações sociais onde o indivíduo desenvolve suas funções psicológicas

superiores, estudos com base no materialismo dialético.

Funções psicológicas superiores ou processos mentais superiores são

os mecanismos psicológicos complexos, próprios dos seres humanos, como a

atenção voluntária, a memória lógica, as ações conscientes, o comportamento

intencional e o pensamento abstrato. São considerados superiores por se

distinguirem dos processos psicológicos elementares como as ações reflexas.

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Vygotsky não nega a influência da parte biológica, porém, enfatiza o aspecto

social no desenvolvimento das funções psicológicas.

ASSISTA AO VÍDEO:

http://www.youtube.com/watch?v=YJla-2t-HRY acesso em 12.11.2012

Em seus estudos Araujo e Scheffer (2008) apresentam que, de acordo

com a perspectiva histórico-cultural, o desenvolvimento está ligado a processos

de mudanças e de transformações que ocorrem ao longo da vida do sujeito e

em cada uma das múltiplas dimensões de seu funcionamento psicológico.

Como tal, o desenvolvimento é percebido de forma entrelaçada às práticas

culturais e educativas, incluindo, então, necessariamente, o processo de

aprendizagem. Desenvolvimento e aprendizagem dizem respeito às

experiências do sujeito no mundo com base nas interações, assumindo o

pressuposto da natureza social do desenvolvimento e do conhecimento

especificamente humano. Logo, nessa perspectiva, o sujeito é visto como

concreto, situado, datado e privilegia-se o papel da mediação, da linguagem,

do contexto, das relações sociais e da Zona de Desenvolvimento Proximal

(ZDP)

Um exemplo é quando alguém não consegue realizar sozinho

determinada atividade, mas a faz com a ajuda de outros sujeitos mais

experientes, está nos revelando o seu nível de desenvolvimento proximal, que

já contém aspectos e partes mais ou menos desenvolvidas de instituições,

noções e conceitos.

Leia mais

http://www.pedagogia.seed.pr.gov.br/modules/conteudo/conte

udo.php?conteudo=51

A escola e os educadores têm um papel importante na educação do

sujeito que é potencializar o processo de aprendizagem. Fazendo com que os

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conceitos informais, espontâneos, adquiridos na convivência social, evoluam

para conceitos científicos sistematizados.

Para tanto, cabe ao professor ser o mediador usando estratégias que

incitem a criatividade e o interesse do aluno.

Para Vygotsky, é na troca com outros sujeitos e consigo próprio que se

vão internalizando conhecimentos, papéis e funções sociais, o que permite a

constituição de conhecimentos e da própria consciência. Desta forma, o sujeito

do conhecimento, não é apenas passivo, regulado por forças externas que o

vão moldando; não é somente ativo, regulado por forças internas; ele é

interativo. A linguagem para ele tem papel fundamental, permeando todo o

desenvolvimento da aprendizagem.

Leia mais

Sugestões de leituras:

http://pedagogiadidatica.blogspot.com.br/2008/11/os-

pressupostos-bsicos-da-teoria.html

http://www.ufsj.edu.br/portal-

repositorio/File/vertentes/viviam_e_outras.pdf

Atividade em grupo

Elabore um relatório dissertando como o

pedagogo pode interferir na metodologia do

professor para o uso da teoria histórico cultural

no desenvolvimento da aprendizagem.

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

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FICHA TÉCNICA DO FILME

MENINO SELVAGEM - VICTOR DE AVEIRON

1 SUBSÍDIOS DE INFORMAÇÕES SOBRE O FILME: O Menino Selvagem 1.1 FICHA TÉCNICA

Titulo original - L'Enfantsauvage

Produção - Marcel Berbert

Direção – François Truffaut

Gênero – Drama

Nacionalidade – França

Duração – 1h 24min

Trilha Sonora – Antoine Duhamel

Fotografia – Néstor Almendros

Desenho - Jean Mandaroux

Figurinos- Gitt Magrini

Edição- Agnès Guillemot.

1.2 SINOPSE DA HISTÓRIA DO FILME

Drama baseado no livro de Jean Itard (1774-1838), um médico

psiquiátrico francês que se torna responsável pela educação de uma criança

selvagem. O filme é baseado em fatos verídicos.

1.3 RESUMO DO FILME – “FILME MENINO SELVAGEM”

O filme narra a história de um garoto que viveu em Cantão de São

Sernin, França, 1798. Em uma floresta, três caçadores encontram uma criança

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selvagem, resgatado com cerca 12 anos. Ele é apelidado de Selvagem de

Aveyron, sendo que se alimenta de grãos e raízes, não anda como um bípede

e sim como quadrúpede, não fala, lê ou escreve. O professor Jean Itard

interessado pelo conhecimento da condição humana se interessa pelo menino,

que é levado a Paris para determinar seu grau de inteligência e ver como se

comporta a mentalidade de um menino que desde cedo foi privado da

educação, por não conviver com ninguém da espécie. Pinel, um célebre

psiquiatra da época, considerou-o um idiota irrecuperável, mas o professor

Itard começa a difícil tarefa de educá-lo e para provar a veracidade de suas

suposições pediu a tutela do menino, assim com a ajuda da sua governanta,

MmeGuérin, busca desenvolver os sentidos intelectuais e afetivos de Victor,

nome dado ao menino, provando que Victor foi privado de educação por ter se

afastado e vivido longe de sua espécie, a humana. Todos pensam que ele iria

fracassar, mas com amor, paciência, persistência, aos poucos, obtém

resultados.

1.4 HISTÓRICO DO FILME

O fato deu-se na época da revolução francesa, tempo que muitas

descobertas se sucederam, as ciências cognitivas começaram a ser estudadas,

foi o momento que Charles Darwin começa suas buscas e explicação científica

para fatos e situações. A ciência buscava respostas para fatos e situações.

Como não se tinha muitos instrumentos de análise, as pesquisas e respostas

se davam através de experimentos. O perfil do menino era que deveria ser

surdo e com problemas cognitivos, dados constatado em primeira análise. E as

pessoas com “deficiências” eram escondidas da sociedade pelos seus

familiares. Normalmente essas pessoas não tinham espaço, somente os ricos

tinham escolas direcionadas, e, no caso, em especial, mostra a escola para

surdo/mudo.

Saiba mais:

http://www.educ.fc.ul.pt/docentes/opombo/cinema/dossier/meninoselvagem.pdf

Page 58: FICHA CATÁLOGO - PRODUÇÃO DIDÁTICO PEDAGÓGICA · • Estudar o texto de José Carlos Libâneo: O dualismo perverso da escola pública brasileira: escola do conhecimento para

55

1.5 INTERPRETAÇÃO DO FILME

Aspectos importantes do filme baseados nos princípios dos estudos, e

na atuação do pedagogo são os objetivos da atividade proposta, ou seja, o

“resgate do pedagogo na práxis educativa”, verificando a importância da

percepção do desenvolvimento e da aprendizagem da criança na sua

construção de sujeito participante da sociedade. O filme reflete o

desenvolvimento da linguagem e sua importância na organização dos

processos de percepção, criando novas relações ou conceitos. Leva a

percebermos que desenvolvimento das funções psíquicas inferiores e

superiores acontecem através da interação.

As metas pedagógicas de Itard, segundo a revista FACOM(2007) eram:

Interesse pela vida social; Despertar a sensibilidade nervosa; Ampliar esfera de

idéias;Levar ao uso da fala; Exercitar operações da mente.

ASSISTA AO FILME:

http://www.youtube.com/watch?v=r0_uC-cX50w

Atividade em grupo

-Qual o papel da linguagem no desenvolvimento

das funções psíquicas?

-No contexto do filme, que fatores determinaram o

atraso na linguagem? Justifique.

_________________________________________

_________________________________________

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

_____________________________________________________________

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UNIDADE IV

Papel do PedagPapel do PedagPapel do PedagPapel do Pedagogo Frente à ogo Frente à ogo Frente à ogo Frente à

Organização EscolarOrganização EscolarOrganização EscolarOrganização Escolar

“Pedagogo é aquele que possibilita o acesso à

cultura, organizando o processo de formação

cultural.”

Demerval Saviani

Fonte: www.diaadiaeducação.pr.gov.br

Antes de iniciarmos as leituras vamos começar fazendo uma análise do

texto de Ruth Rocha, procurando relacioná-la com nosso cotidiano.

LEIA

http://colecaociranda.blogspot.com.br/2011/09/um-conto-de-ruth-rocha-

quando-escola-e.html

Saiba mais

Você também pode assistir ao vídeo “Quando a Escola era de Vidro”,

de Ruth Rocha, em:

http://www.youtube.com/watch?v=JOidHbaW85g

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Nesta unidade, vamos perceber que o papel do pedagogo na construção

de uma escola democrática tem grande relevância, pois é ele quem deve trazer

para o ambiente escolar a organização e as políticas públicas que emancipem

o homem.

Nesta vertente, construir a identidade do pedagogo no âmbito escolar,

significa a transposição do senso comum através da construção histórica do

conhecimento científico, confrontando teoria e prática, de forma que possa

identificar e organizar sistematicamente a área profissional, levando em

consideração a função social da escola, como explicita Libâneo:

As questões referentes ao campo de estudo da Pedagogia, da estrutura do conhecimento pedagógico, da identidade profissional do pedagogo, do sistema de formação de pedagogos e professores, frequentam o debate em todo o país há quase vinte anos nas várias organizações científicas profissionais de educadores (LIBÂNEO, 2007, p. 25).

Na escola, o trabalho é realizado por um conjunto de profissionais que

interagem para a formação do aluno. A equipe escolar deve encontrar-se

sempre em sintonia. Todas as funções são importantes na busca por um

ensino eficiente capaz de alcançar os objetivos propostos pela instituição. As

ações dos pedagogos são imprescindíveis para que a escola possa realizar um

bom trabalho, despertando a comunidade para o processo de emancipação da

sociedade, partindo da sua própria emancipação. Alguns estudiosos definem o

papel do pedagogo neste processo. Dentre eles, estão Saviani e Libâneo. Para

Saviani:

Pedagogo é aquele que possibilita o acesso à cultura, organizando o processo de formação cultural. É, pois, aquele que domina as formas, os procedimentos, os métodos através dos quais se chega ao domínio do patrimônio cultural acumulado pela humanidade. (...) A palavra pedagogia traz sempre ressonâncias metodológicas, isto é, de caminho através do qual se chega a determinado lugar. Aliás, isto já está presente na etimologia da palavra: conduzir (por um caminho) até determinado lugar. (SAVIANI,1985)

Etimologicamente, pedagogia quer dizer conduzir. O pedagogo, então,

tem o dever de conduzir a educação, traçando um caminho que a leve à

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aquisição do saber acumulado historicamente. Para tanto, Saviani continua sua

reflexão pautando-se no conhecimento sistematizado, alertando os pedagogos

no cumprimento de sua função, conforme recado dado aos formandos de

pedagogia da Universidade Santa Úrsula, Rio de Janeiro;

Empenhem-se no domínio das formas que possam garantir às camadas populares o ingresso na cultura letrada, vale dizer, apropriação dos conhecimentos sistematizados. E, no interior das escolas, lembrem-se sempre de que o papel próprio de vocês será provê-las de organização tal que cada criança, cada educando, em especial aquele das camadas trabalhadoras, não veja frustrada a sua aspiração de assimilar os conhecimentos metódicos incorporando-os como instrumento irreversível a partir do qual será possível conferir uma nova qualidade às suas lutas no seio da sociedade. (SAVIANI,1984)

Conforme propõe Saviani, o pedagogo deve estar em busca constante

de conhecimentos, para garantir que as camadas populares recebam o

conhecimento sistematizado, necessita, também, estar em sintonia com o

professor, ajudando-o na busca e resgate do conhecimento de sua área de

atuação trabalhando com os vários métodos educacionais e com organização

de classes, auxiliando-o na organização do ensino.

Tanto Saviani (1985) quanto Libâneo (1996) esclarecem que o

pedagogo é o profissional que atua em várias instâncias da prática educativa,

direta ou indiretamente ligadas à organização e aos processos de transmissão

e assimilação ativa de saberes e modos de ação, tendo em vista, objetivos de

formação histórica.

Libâneo (1996) explicita que o pedagogo é um profissional que lida com

fatos, estruturas, contextos, situações, referentes à prática educativa em suas

várias modalidades e manifestações; portanto a atuação do pedagogo escolar

é imprescindível na ajuda aos professores no aprimoramento do seu

desempenho na sala de aula, na análise e compreensão das situações de

ensino com base nos conhecimentos teóricos, ou seja, na vinculação entre as

áreas do conhecimento pedagógico e o trabalho de sala de aula.

O pedagogo deve ser o articulador e organizador do fazer pedagógico

da e na escola. Deve garantir uma coerência e unidade das áreas do

conhecimento respeitando suas especificidades. Cabe ao pedagogo, tornar

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59

conhecidos, por todo o coletivo escolar, os princípios e finalidades da educação

definidos no Projeto Político Pedagógico.

Neste processo de construção coletiva, o Projeto Político Pedagógico

tem muito mais efetividade que a Proposta Pedagógica e o papel do pedagogo

será de mediar a interação educador e educando, observando os problemas,

levando-os para a coletividade, onde ali sejam elaboradas e pensadas ações

que conduzam a solução das problemáticas escolares, atuando de forma que o

processo educativo leve o fazer pedagógico a cumprir sua função política no

processo de melhoria da qualidade de ensino, para obtermos uma escola

democrática e de qualidade.

Diante do exposto, salientamos que o Projeto Político Pedagógico, não é

somente um projeto de estrutura da escola, mas deve primar pela qualidade

em todo o processo vivido, lembrando que a organização do trabalho

pedagógico da escola, tem a ver com a organização da sociedade. A escola

nesta perspectiva é vista como uma instituição social, inserida na sociedade

capitalista, que reflete em seu interior as determinações e contradições dessa

sociedade.

Saiba mais

Acesse os sites relacionados e assista a estes vídeos que relatam sobre o

a construção do Projeto Político Pedagógico da escola, com professora Ilma

Passos Alencastro Veiga.

http://www.diaadia.pr.gov.br/tvpendrive/modules/debaser/singlefile.php?id=576

http://www.diaadia.pr.gov.br/tvpendrive/modules/debaser/singlefile.php?id=577

http://www.diaadia.pr.gov.br/tvpendrive/modules/debaser/singlefile.php?id=578

Sugestão: conheça o Projeto Político Pedagógico de sua escola e

verifique suas competências.

Page 63: FICHA CATÁLOGO - PRODUÇÃO DIDÁTICO PEDAGÓGICA · • Estudar o texto de José Carlos Libâneo: O dualismo perverso da escola pública brasileira: escola do conhecimento para

60

Sendo assim, é imprescindível que o pedagogo contribua decisiva e

decididamente para a formulação coletiva de projetos pedagógicos para

superação dos desafios do sistema educacional e social.

Assim, o pedagogo deve mediar a prática docente, alicerçado na

concepção de uma educação progressista, voltada para a emancipação das

classes populares, comprometida com a formação cultural e intelectual,

difundindo o conhecimento vivo e com um projeto de sociedade democrática,

de fato.

Saiba mais:

http://www.pedagogia.seed.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?c

onteudo=5

http://www.pedagogia.seed.pr.gov.br/arquivos/File/docs_cge/textonrectb

pedagogo.pdf

Atividade em grupo

� Perante o que estudamos escreva: qual é o

papel do pedagogo na prática educativa?

� Como deve organizar a prática pedagógica,

relacionando-a com o Projeto Político Pedagógico?

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UNIDADE V

Planejamento e Princípios que Planejamento e Princípios que Planejamento e Princípios que Planejamento e Princípios que

Orientam o Papel do PedagogoOrientam o Papel do PedagogoOrientam o Papel do PedagogoOrientam o Papel do Pedagogo

Planejar não é, pois, apenas algo que se

faz antes de agir, mas é também agir em

função daquilo que se pensa.”

Celso Vasconcellos

Vamos trabalhar nesta unidade com foco no planejamento e nos

princípios que regem o trabalho do pedagogo escolar dentro do Estado do

Paraná.

O conceito de planejar, segundo Vasconcellos (2000,p.79) é: “antecipar

mentalmente uma ação ou um conjunto de ações a ser realizadas e agir de

acordo com o previsto. Planejar não é, pois, apenas algo que se faz antes de

agir, mas é também agir em função daquilo que se pensa.” Sendo assim,

planejar pode ser obra de um indivíduo, de um grupo ou mesmo de uma

coletividade social bem mais ampla, como, no caso do planejamento

participativo, dentro de uma organização de ensino.

Sabendo o conceito, vamos compreender melhor sua função através do

vídeo:

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ASSISTA AO VÍDEO:

http://www.youtube.com/watch?v=uCQCtHOnwkM

Nesta concepção, o conceito de planejamento é algo bem amplo que

pode ser compreendido de várias formas e ainda na visão do autor acima

citado:

O planejamento enquanto construção-transformação de representações é uma mediação teórica metodológica para ação, que em função de tal mediação passa a ser consciente e intencional. Tem por finalidade procurar fazer algo vir à tona, fazer acontecer,concretizar, e para isto é necessário estabelecer as condições objetivas e subjetivas prevendo o desenvolvimento da ação no tempo. (VASCONCELOS,2000,p.79)

Segundo a definição atribuída por Vasconcelos ao ato de planejar,

podemos perceber que este tipo de procedimento visa à vinculação do

indivíduo com a sociedade buscando concretizações de ações articuladas

dentro de um processo teórico-metodológico.

Assim sendo, o planejamento não é um conceito entendido por todos, ou

usado em suas tarefas diárias. A maioria das pessoas nunca parou para se

planejar ou planejar algo a ser executado. Resultado disso, é que estão sempre

repetindo as mesmas ações, e, em consequência, os mesmos erros.

Planejar é uma ferramenta necessária que requer uma gama de

atividades, conhecimentos e competências que devem ser o alvo de toda

atividade, muito antes de ser executada, no momento em que a pensamos e

estabelecemos o que se quer alcançar. São, portanto, ações coordenadas,

modelos, técnicas, instrumentos, recursos didáticos para cada objetivo a ser

alcançado ou, para cada momento, atividade e público que se quer atingir.

Assim, entendemos que planejamento é necessariamente uma tarefa de

grande importância para se utilizar com o objetivo de alcançar o fim previsto. É

o facilitador. Planejar pode ser um processo mental que supõe análise, reflexão

e previsão, incluindo no processo a coerência, a unidade, a continuidade, a

sequência, a flexibilidade, a objetividade e a funcionalidade.

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Para a didática no ambiente educacional, planejar é prever os

acontecimentos a serem trabalhados, organizando atividade de experiência de

ensino - aprendizagem considerada mais adequada para a consecução dos

objetivos determinados, de acordo com a realidade, necessidade e interesse

dos participantes. É uma escolha dentre possíveis alternativas.

Pode-se, pois, afirmar que o planejamento do ensino é o processo de

pensar, de forma "radical", "rigorosa" e "de conjunto", os problemas da

educação escolar, no processo ensino-aprendizagem. Logo, planejamento do

ensino é algo muito mais aberto e envolve a elaboração, execução e avaliação

de planos de ensino. O planejamento, nesta perspectiva, é, acima de tudo, uma

atitude crítica do educador diante de seu trabalho docente. Deste modo, o

planejamento pode ser tido como um processo reflexivo que ocorre no dia-a-dia

escolar, na ação social dos educadores. De acordo com Saviani:

[...] a palavra reflexão vem do verbo latino 'reflectire' que significa 'voltar atrás'. É, pois um (re) pensar, ou seja, um pensamento em segundo grau. (...) Refletir é o ato de retomar, reconsiderar os dados disponíveis, revisar, vasculhar numa busca constante de significado. É examinar detidamente, prestar atenção, analisar com cuidado (SAVIANI, 1987, p. 23).

Assim esta reflexão precisa ser muito bem ponderada, analisada e a

mais próxima possível da literalidade. Salientando, também, a necessidade de

que corresponda a três principais condições fundamentais, consistindo em,

segundo Saviani (1987): radical (buscar a raiz do problema), rigorosa (ao fazer

uso do método científico) e de conjunto (exige visão da totalidade na qual o

fenômeno aparece).

Agora vamos conhecer ou relembrar os princípios que norteiam a ação

de como o pedagogo deve participar da gestão escolar.

• Coordenar a elaboração coletiva e acompanhar a efetivação do

Projeto Político-Pedagógico e do Plano de Ação da Escola;

• Promover e coordenar reuniões pedagógicas e grupos de

estudo para reflexão e aprofundamento de temas relativos ao

trabalho pedagógico e para a elaboração de propostas de

intervenção na realidade da escola;

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• Participar e intervir, junto à direção, da organização do trabalho

pedagógico escolar no sentido de realizar a função social e a

especificidade da educação escolar;

• Sistematizar, junto à comunidade escolar, atividades que levem

à efetivação do processo ensino e aprendizagem, de modo a

garantir o atendimento às necessidades do educando;

• Participar da elaboração do projeto de formação continuada de

todos os profissionais da escola e promover ações para a sua

efetivação, tendo como finalidade a realização e o

aprimoramento do trabalho pedagógico escolar;

• Analisar as propostas de natureza pedagógica a serem

implantadas na escola, observando a legislação educacional em

vigor e o Estatuto da Criança e do Adolescente, como

fundamentos da prática educativa;

• Coordenar a organização do espaço-tempo escolar a partir do

Projeto Político-Pedagógico e da Proposta Pedagógica

Curricular da Escola;

• Orientar a comunidade escolar na proposição e construção de

um projeto pedagógico numa perspectiva transformadora.

(SEED, 2010, edital nº 10/2007. p.02).

LEIA

http://www.nc.ufpr.br/concursos_externos/seed2007/documentos/edital_102007

pedagogo.pdf

Assim, o papel do pedagogo legitima-se não tão somente na mediação

da gestão escolar, mas no movimento de organização do currículo pela via da

gestão.

O pedagogo, à luz de uma visão progressista de educação, tem sua

função de mediador do trabalho pedagógico, agindo em todos os espaços de

contradição para a transformação da prática escolar. Porém, baseado nesta

visão, sua atuação se faz para a garantia de uma educação pública e de

qualidade, visando à emancipação das classes menos favorecidas. Planejando

suas atividades, o pedagogo ficará mais longe em perde-se nas atribuições,

pois, saberá o que se pretende, o que deve ser feito e aonde se quer chegar.

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Na visão de Pimenta (1985), articulada com Libâneo e Saviani,

argumenta que a função primeira do pedagogo é possibilitar o acesso a cultura

e da organização desta. O pedagogo deve conduzir a prática educativa de

forma que garanta a todos a apropriação dos conhecimentos sistematizados.

Portanto, o pedagogo deve ser o profissional que trabalha com contextos e

situações da prática educativa nas mais variadas formas e manifestações.

Não devendo esquecer de que os conhecimentos metódicos a ser

trabalhados jamais levem o educando à frustração de que não conseguirá

inserir-se nas lutas das classes trabalhadoras. Para estes autores, a atuação

do pedagogo é indispensável na ajuda aos professores em seu desempenho

pedagógico na sala de aula. Essas afirmações são de grande relevância para

uma mudança no efetivo trabalho do pedagogo dentro da escola e na

qualidade de ensino e para essa efetivação o planejamento é primordial.

Gasparin, estudioso da Pedagogia Histórico-crítica, a qual embasou

nosso material, mostra o quanto devemos rever nossa prática, pautando-nos

na prática social inicial que, através da mediação teórica, leva a uma nova

prática. Parafraseando Saviani, podemos afirmar que a experiência concreta

dos homens, é o critério da verdade do conhecimento expresso nas

representações e teorias.

Finalizando...

Agora vamos por em prática aquilo que aprendemos:

• Elabore seu planejamento individual.

• Elabore um planejamento na coletividade da sua e

escola, primando por atuar de acordo com suas

atribuições.

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Depois, partilhe suas elaborações.