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Ficha de Leitura Ano Lectivo 2010/2011 A professora: ______________ Aluna: Andreia Figueira Araújo Idade: 18 Turma: A Ano: 12º Nº: 3 Título da Obra: Memorial do Convento Autor: José Saramago Edição nº: 49 Editor: Editorial Caminho Local: Rua Cidade de Córdova Data: Outubro de 2010 Como tomei conhecimento deste livro: Memorial do Convento é uma das obras que integram o programa de Português do 12º ano. Resumo: Memorial do Convento é uma obra literária escrita por José Saramago. Este romance, baseado em factos históricos, traduz a forma de viver e os costumes duma época, extrapolando com subtil eficácia, para um panorama de irónica e sagaz observação da condição humana comum a todos os tempos – o poder, o servilismo, o quotidiano, os dogmas, a loucura, a genialidade, o misticismo, e, sobressaindo sobre tudo isto a esperança e o amor. Esta obra retrata uma época muito importante da nossa história - o Andreia Araújo 12ºA

Ficha de Leitura - Memorial do convento

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Ficha de Leitura, 12º ano, sobre Memorial do convento de José Saramago.

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Page 1: Ficha de Leitura - Memorial do convento

Ficha de LeituraAno Lectivo 2010/2011 A professora: ______________Aluna: Andreia Figueira AraújoIdade: 18 Turma: A Ano: 12º Nº: 3 Título da Obra: Memorial do ConventoAutor: José Saramago Edição nº: 49

Editor: Editorial CaminhoLocal: Rua Cidade de Córdova Data: Outubro de 2010

Como tomei conhecimento deste livro: Memorial do Convento é uma das obras que integram o programa de Português do 12º ano.

Resumo:Memorial do Convento é uma obra literária escrita por José Saramago. Este romance, baseado em factos históricos, traduz a forma de viver e os costumes duma época, extrapolando com subtil eficácia, para um panorama de irónica e sagaz observação da condição humana comum a todos os tempos – o poder, o servilismo, o quotidiano, os dogmas, a loucura, a genialidade, o misticismo, e, sobressaindo sobre tudo isto a esperança e o amor. Esta obra retrata uma época muito importante da nossa história - o reinado de D. João V (século XVIII), a quem o autor caracteriza como um puto mimado, educado numa fé cristã pervertida, que o levava num momento a conceder à igreja os preciosos recursos do reino e no outro a violar as freiras que o tinham a seu cuidado. Dois anos após contrair matrimónio com D. Maria mas ainda sem herdeiros D. João V deixou-se ludibriar por um frade, que lhe

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fez prometer a construção de um grande convento em Mafra, como prova do seu agradecimento a Deus, se ele e a sua esposa gerassem um filho (contrariamente ao frade, o rei desconhecia que a sua esposa já estava grávida). Saramago fala e critica a opressão que os nobres e o clero exerciam sobre o povo, uma vez que esta grandiosa construção custou muitos sacrifícios e originou muitas mortes dos populares. O povo oprimido, vivendo na miséria revela um gosto sanguinário pelas touradas, procurando nas emoções fortes uma forma de preencher o vazio da sua existência.A esta narrativa histórica Saramago entrelaça a história fictícia de Baltazar Sete Sois e Blimunda Sete Luas, dois jovens do povo que partilham um amor que todos nós queremos encontrar. Ele, um ex-soldado maneta, ela, uma rapariga que para além de ser um quarto judia também deve ter alguém de Crípton na família pois tem visão raio-X, ou seja, desde que permaneça em jejum, tem a capacidade de ver através da matéria. Ambos são amigos do padre Bartolomeu Lourenço, um homem perseguido pela inquisição, que tem o desejo de voar e que, para isso, desenhou uma máquina, à qual chamou passarola. Ele pede a ajuda de Baltasar para a construir e este, após algumas hesitações, aceita. Com a ajuda da amada, mudam-se para a quinta do Duque de Aveiro, em S. Sebastião da Pedreira, para iniciarem a obra. Entretanto, com a partida do padre para a Holanda, o casal parte também para Mafra, que é a terra de Baltasar. Passam três anos sem se verem, até que Baltasar recomeça a construção da máquina. Num desses dias, consegue voar a nunca mais aparece. Blimunda procura-o durante nove anos, até que um dia, num auto-de-fé, o encontra. Ele fora condenado à fogueira. Até esse ponto, Blimunda nunca tinha

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visto Baltasar por dentro, pois mal se levantava comia sempre um pouco de pão, e desta forma nunca estava em jejum (condição indispensável para ocorrer o milagre da visão raio-X). No entanto, instantes antes de morrer ela olhou-o e chamou-o a si. O amor vence o fogo consumidor da fogueira e os amados reúnem-se.

A minha opinião:Apesar de ler a obra por ser de "leitura obrigatória", este foi um dos melhores livros que li até hoje, recheado de críticas e ironias deliciosas que, infelizmente, são também aplicáveis aos nossos dias. Adorei o tema, o enredo e o estilo de escrita. Nunca mais vou esquecer este estilo de escrita. José Saramago conduziu-me a uma história sobre a história através da escrita mais caótica que uma professora primária possa pressagiar em pesadelos. Não encontrei pontuação, diálogos assinalados e até os parágrafos são uma preciosidade que nunca gasta ao desbarato. No entanto, por algum motivo e apesar de ser um pouco mais confuso, fica bem a esta história ser contada sem regras ortográficas. Todo o romance é uma mistura de pesquisa histórica e ficção/critica social feita pelo autor. Assim nunca sabemos quando é que ele está a relatar factos históricos ou não, interligando-se de modo assaz verosímil a mentira e a verdade, o que confere ao livro uma peculiaridade excepcional. O povo oprimido é o verdadeiro herói desta grandiosa obra. O amor triunfal de duas pessoas do povo parece fazer crer que os sacrifícios não foram em vão. Quando o amor triunfa tudo é nada e nada é tudo.

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Formulário para construção de uma base de dados de personagensParâmetros Identificação/Descrição

Nome D João

Função na História Protagonista

Características

psicológicas

Megalómano,

infantil, devasso,

pouco astuto ou

perspicaz,

libertino, vaidoso,

ignorante,

preocupado com a

falta de

descendentes

puros e

pretensioso.

Características Sociais Poderoso, rico e

explorador do

povo.

Fonte O livro Memorial do

Convento

 

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