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1 I, < 130~ /' ~' V/ Asy.titudes sã0..:..9uantoao seu sentido, sempre atitudes deex- ..). I pectativa relativamen~ à estabilidade do mundo e ao respeito o I 'das suas pro~ssas - so.!2!"etudo, também expectativas relati- vamente à possibilidade de ~12etir programas de atitu~es,)!!!!a ve~dos. Mesmo quem tenha adoptado a máxima estóica nil admirari e nada mais espere do mundo, pelo menos ainda es- pera deste que já não o desconcerte com mais nenhuma surpre- sa. Pois o castelo de cartas das circunstâncias exteriores pode desabar... mas enquanto as atitudes arranjarem força para se manter firmes, a posição do sujeito continua a não ser afectada pelas reviravoltas das realidades exteriores. Sendo aquele que se mantém e se suporta a si próprio, o sujeito não pode de manei- ra nenhuma deixar de persistir em atitudes que tendem a ser alheias ao mundo ou, pelo menos, opostas ao mundo - pois ele vive, como se viu, apenas graças ao esforço r.ara se criar.~- v~ por diante, agarrando-se 12elo seu.antonascimento a premes- s~propna~u de ~e se aprop!iou. P<?~t~do sujeito para se manter a si próprio é insewavel de uma certa ~rdtrá cU1d~onsigo - oposta ao -- - mundo, ao serviço de uma vinda-ao-mundo intensificada. '''--resteponto, N~ãIs competente que oiítrõ'spensa- dores mais recentes. Na sua Genealogia da Moral, ele trouxe a autogénese do sujeito para a ordem do dia filosófica: A Mobilização Infinita ••• 131 Peter Sloterdijk I l I ~ «Criar um animal que pode fazer promessas ... Não será esta precisamente a tarefa paradoxal que a natureza colocou a si pró- pria no que respeita ao homem? Não será este afinal o problema do homem? ..» «Aí reside precisamente a longa história da proveniência da responsabilidade. A dita tarefa de criar um animal que pode fa- , zer promessas integra em si [...] uma outra [...] que consiste em [...]fazer com que o homem se tome [...] previsível. [ ] Se nos colocarmos [ ] na parte final desse enorme processo [ ] aí en- contraremos [ ] o indivíduo soberano [...] o homem de vontade própria, independente e duradoura, que está em condições de prometer... [...] o detentor de uma vontade duradoura e inque- brantável [... (Nietzsche, Obras Escolhidas, Vol. VI, PCfraa ti Genealogia da Moral, Círculo de Leitores/Relógio d'Agua, .pãgs. 59-62). Como acontece que a Natureza se imponha uma tarefa tão exi- gente no respeitante ao homem? Como lhe veio a ideia de ~rar =----- ...,. ~ seres que, para poder viver,.1êm de lançar-se na aventura da sua própria criaç!o? Nietzsche deixa estas interrogações sem respos- ta; no entanto, a sua maneira de falar da tarefa que a Natureza atribuiu a si mesma convida a pensar numa mãe ambiciosa, que triunfa por intermédio dos seus filhos. Na retórica nietzscheana da intensificação e da criação, vem muito nitidamente caracteri- zado o processo autonatal da vida intensificada por atrac ão das promessàs màÍsêiê"vadas. A versãO em texto c o desta ideia encolltra-se ãPeteceria dizer, evidentemente - em Karl Marx que, em 1844, ano do nascimento de Nietzsche, identificou o ho- mem como inato parturiente de si próprio: «Como para o homem socialista, pOtérrr;-tõâã a chamadã h{;tória universal nada mais é do que a geração do homem pelo trabalho humano [00'] ele tem, pois, a prova evidente e irrefutável do seu nascimento: por si próprio [... (Karl Marx, Die Frühschriften, ed. por S. Lands- hut, Estugarda 1968, págs. 247-248). Mas dos triunfos e dos tor- mentos da labuta auton~~etzsche, ~ p.ão Marx, eõiiSe'giie dar uma noção, poiseIe, ao contrário do pensador do socialismo, sal5eqtTe;'quando-ohomem 'selraza si própriõ;-~~ndo, nã;se trat~<!e «traba~~.' ~~s d~ct;;i da g!~v0êi~ §.2frím~nt~ da~gada, de dores ~arto (em ing~~labors), de~rçQ§ pela existência (em, gr.ego,.ponos), dos inevitáveis gastos auto- ~~,- ~_. --_._, .•.. _-- natais da vida, aos quais não coiresponde nenhuma reaquisição, qi~~~~~'ã!ofo~a -de iesiJfr~ ~o ~livre. __ u --,---' .~ «Que coisa me é insuportável, a mim, em particular? Com que coisa não consigo lidar de modo nenhum? O que é que me não deixa respirar e me destrói? [...] É-me insuportável a proximida- de de coisas fracassadas [...] Quantas coisas não há que suportar:

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