geolinguistica_pluridimensional

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    Anais do CELSUL 2008

    GT ESTUDOS GEOLINGSTICOS NO BRASIL: UM PROFCUO JUBILEU DE OURO

    Geolingstica pluridimensional: desafios metodolgicos

    Felcio Wessling Margotti1

    1Centro de comunicao e Expresso Universidade Federal de Santa Catarina(UFSC)

    [email protected]

    Resumo. Este artigo tem por objetivo fazer um relato de uma experincia de

    pesquisa geolingstica pluridimensional, enfocando, sobretudo, as

    dificuldades e as solues na elaborao dos mapas complexos e sintticos,

    que contemplam, simultaneamente, a variao em diferentes dimenses. Nesse

    caso, os mapas lingsticos assumem caractersticas de maior complexidade,

    pois, alm da variao no espao, devem dar conta da variao em diferentesgrupos sociais em cada uma das localidades investigadas. Nessa perspectiva,

    a dialetologia deixa de ser exclusivamente diatpica para ser, tambm,

    diastrtica e diafsica. Em sntese, deixa de ser monodimensional para ser

    pluridimensional.

    Resumen.

    Este artculo objetiva hacer un relato de una experiencia de pesquisa geolingstica pluridimensional, enfocando, sobretodo, las

    dificultades y las soluciones en la elaboracin de dos mapas complejos y

    sintticos, que contemplan, simultneamente, la variacin en distintas

    dimensiones. En ese caso, los mapas lingsticos asumen caractersticas de

    mayor complejidad, pues, adems de la variacin en el espacio, deben dar

    cuenta de la variacin en distintos grupos sociales en cada una de las

    localidades investigadas. En esa perspectiva, la dialectologa deja de ser

    exclusivamente diatpica para ser, todava, diastrtica y diafsica. En

    sntesis, deja de ser monodimensional para ser pluridimensional.

    Palavras-chave: geolingstica pluridimensional; cartografia lingstica;variao lingstica.

    1. Introduo

    Este estudo tem o objetivo de explicitar a dinmica da difuso do portugus no espao

    pluridimensional de contato com o italiano no sul do Brasil, ou mais especificamente adifuso de variantes do portugus no marcado pelo contato com os dialetos italianos.Nesse contexto, as variantes no marcadas pelo contato so consideradas inovadoras e,como tal, de acordo com Chambers & Trudgill (1980, p. 182), podem se difundir de umgrupo social para outro grupo social (difuso sociolingstica), de uma palavra paraoutra palavra (difuso lexical), de um contexto lingstico para outro contextolingstico (difuso lingstica) e de um lugar para outro lugar (difuso espacial). Alinha terica e metodolgica da pesquisa segue a perspectiva da dialetologiapluridimensional e relacional, conforme Radke & Thun (1996).

    2. Delimitaes da pesquisa e metodologia

    Este texto parte de um relatrio de pesquisa (MARGOTTI, 2004), enfocandoprincipalmente as dificuldades e solues na elaborao de mapas geolingsticos

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    pluridimensionais, que contemplam a variao lingstica em diferentes dimenses,conforme Quadro 1.

    Dimenses Parmetros

    Diatpica Nova Palma/RS, Caxias do Sul/RS, Sananduva/RS, Sarandi/RS,Orleans/SC, Rodeio/SC, Chapec/SC, Videira/SC.

    Caxias do Sul/RS e Nova Palma/RSColniasVelhas Rodeio/SC e Orleans/SC

    Sananduva/RS e Sarandi/RS

    Diatpica-cintica

    ColniasNovas Chapec/SC e Videira/SC

    Falantes do meio rural (R)DiazonalFalantes do meio urbano (U)

    Gerao de 15 a 30 anos (GI)DiageracionalGerao de 45 a 60 anos (GII)

    Falantes com nenhuma at 8 anos de escolaridade (Esc1)Diastrtica

    Falantes com mais de 8 anos de escolaridade (Esc2)

    Falantes do sexo masculino (M)Diassexual

    Falantes do sexo feminino (F)

    Descendentes de imigrantes italianos bilnges (ITA)Dialingual

    Descendentes de luso-brasileiros monolnges (LUSO)

    Conversa livre (C)

    Questionrio (Q)

    Diafsica

    Leitura (L)

    Diarreferencial Referncias metalingsticas e epilingsticas

    Quadro 1 Dimenses e parmetros controlados pela pesquisa

    Os dados foram obtidos atravs de trinta e duas entrevistas, organizadas segundoo princpio da pluralidade simultnea, tendo, no caso, trs participantes, no mnimo, ecinco, no mximo. Em cada um dos estados, dois pontos representam reas decolonizao antiga, com imigrantes europeus, e dois pontos representam reas decolonizao mais recente, como resultado, em parte, de deslocamento de populaes

    provenientes das colnias mais antigas. Em cada ponto (municpio) onde foramrealizadas as entrevistas, selecionamos quatro grupos padronizados, de acordo a matrizdo Quadro 2.

    UGI urbanos, idade de 15 e 30 anos, escolaridade superior 8a srie, talo-brasileirosUGII urbanos, idade de 45 e 60 anos, escolaridade at a 8a srie, luso-brasileirosRGI rurais, idade de 15 e 30 anos, escolaridade at a 8a srie, talo-brasileirosRGII rurais, idade de 45 e 60 anos, escolaridade at a 8 a srie, talo-brasileiros

    Quadro 2 Matriz das entrevistas

    A durao mdia das entrevistas de 30 minutos e contemplam: a) conversasemidirigida (cerca de 15 minutos); b) respostas a questionrio fontico-fonolgico,

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    com respostas fechadas (60 perguntas); e c) leitura de texto (A parbola do filhoprdigo).

    As variveis lingsticas estudadas e respectivas variantes esto relacionadas noQuadro 3.

    Variveis lingsticas Variantes [+ptg]1 Variantes [+ita]2a) ditongo nasal tnico [A)w)] [A)w)] [o)w), o)]b) a consoante [r]3 [r, x] [, |]c) a vogal [a] seguida de consoante nasal [A, A), , )] [a), a]d) a consoante [t] seguida de [i] [tS, t] [t]e) a consoante [d] seguida de [i] [dZ, d] [d]f) a vogal tona final [e] [i, I] [e]g) a vogal tona final [o] [, w] [o]h) a consoante [S] [S] []i) a consoante [Z] [Z] []

    Quadro 3 Quadro de variveis lingsticas

    Alm dos itens lexicais que contm as regras variveis em estudo nesta pesquisa,selecionamos, na conversa, os comentrios mais relevantes a respeito da lngua, daetnia, da cultura e da organizao social, entre outros aspectos, com vistas a subsidiar aanlise diarreferencial. Esses dados no esto includos neste texto.

    3. O tratamento estatstico e cartogrfico dos dados

    Os dados relativos s nove variveis lingsticas controladas pela pesquisa foraminformatizados atravs do Sistema do Processamento de Dados Geolingsticos(SPDGL)4 e, em seguida, submetidos a tratamento estatstico atravs do VARBRUL,no s para quantificar os dados relativamente s dimenses (grupo de fatores)previstos, mas tambm para definir o peso relativo de cada fator na realizao da regra.Como nosso estudo visa a descrever a difuso do portugus em contato com o italiano,as variveis independentes pressupem o confronto de variantes do portugusconsiderado padro, isto , sem marcas do contato com o italiano, com variantes doportugus de contato, isto , variantes identificadas como interferncias do italiano noportugus.

    A anlise dos dados foi feita, portanto, com base em tabelas estatsticas, cujosnmeros subsidiaram a elaborao de mapas pluridimensionais. Isso significa que otratamento cartogrfico dos dados tem um carter muito mais complexo daquele dageolingstica tradicional, ou seja, passa-se de um detalhamento da superfciemonodimensional (simples arealizao), ou bidimensional (arealizao dos dados equantificao), para o espao tridimensional (Thun, 2000, p. 192). Na geolingsticatradicional, os dados da pesquisa direta so expostos horizontalmente na dimensodiatpica, atravs de smbolos nos respectivos pontos do mapa base. Em nossa pesquisa,

    1 Variantes lingsticas associadas ao portugus padro.2 Variantes lingsticas associadas ao portugus de contato com o italiano.3

    Nos seguintes contextos: no incio de vocbulos, no incio de slaba medial quando precedida deconsoante e entre vogais, nos casos de [r] ter valor fonmico.4 Programa computacional desenvolvido por Hilda Gomes Vieira.

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    alm da apresentao horizontal, os dados sero inscritos verticalmente, no eixosociolingstico, representado, neste caso, por uma cruz em cada ponto. Os quatrocompartimentos da cruz representam os quatro grupos pesquisados em cada ponto. Na

    parte superior da cruz, situam-se os informantes urbanos e, na parte inferior, os rurais; esquerda da cruz, situam-se os mais velhos e, direita, os mais jovens.

    GII UGI

    GII RGI

    No conjunto, os quatro compartimentos representam quatro mapas sobrepostos,ou seja, a representao de quatro arealizaes simultneas. O sistema, todavia, oferece

    alternativas de representao areal menos complexas, utilizando dados de trs, de doisou mesmo de um s compartimento. Trabalhando com diferentes alternativas derepresentao dos dados lingsticos, tanto no eixo horizontal quanto no eixo vertical, possvel comparar, sistematicamente, os pontos entre si (variao diatpica), reasvelhas com reas novas (variao diatpico-cintica), reas rurais com reas urbanas(variao diazonal), gerao mais velha com gerao mais nova (variaodiageracional), escolaridade da gerao rural mais jovem com escolaridade da geraourbana mais jovem (variao diastrtica), bilnges rurais da gerao mais velha commonolnges urbanos da gerao mais velha (variao dialingual), e todos os gruposentre si em trs estilos (variao diafsica), entre outras possibilidades de refinamentoda anlise, como o caso da variao diagenrica que, em nossa pesquisa, no tem

    levantamento sistemtico de dados.Para representar o volume de realizaes das variantes lingsticas pelos grupos

    individualmente, utilizamos um crculo com cinco configuraes possveis: crculototalmente hachurado []; crculo hachurado em trs quartas partes []; crculohachurado em duas quartas partes []; crculo hachurado em uma quarta parte [];crculo no-hachurado []. As configuraes dos crculos esto relacionadas a umaescala percentual, indicando o grau de difuso da varivel lingstica associada aoportugus, de tal modo que quanto mais hachurado estiver o crculo maior o grau dedifuso.

    Na seqncia, apresentaremos exemplos de mapas geolingsticospluridimensionais complexos.

    4. Alguns resultados e a representao cartogrfica

    Os resultados aqui apresentados compem uma pequena amostra do estudo realizado, evisam, sobretudo, a enfocar aspectos tcnicos e metodolgicos na elaboraocartogrfica.

    O Mapa 5 (Figura 1) condensa, na prtica, a sobreposio de 26 mapasanalticos, gerados pelo SPDGL. Com base na escala percentual, representamos em ummapa pluridimensional o uso varivel do ditongo [A)w)] pelos trinta e dois grupospadronizados que constituem a amostra. Ao mesmo tempo, considerando que os gruposestandardizados ocupam em cada ponto sempre o mesmo vrtice da cruz, o mapa duma viso macro da variao, tendo em vista no s a variao no espao, mas tambm

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    a variao social, conforme os grupos sejam representativos de falantes urbanos e defalantes rurais, da gerao mais velha e da gerao mais jovem, dos indivduos menosescolarizados e dos indivduos mais escolarizados, dos descendentes de italianos e dos

    descendentes de luso-brasileiros.

    Figura 1 Mapa 5: difuso diatpico-social do ditongo nasal [A)w)A)w)A)w)A)w)]

    O Mapa 5 mostra claramente uma difuso maior de [A)w)] no meio urbano e,predominantemente, entre os jovens. Mostra tambm que, no meio rural, a variante [A)w)]penetra no portugus de contato dos falantes de italiano atravs dos jovens. Em sentidoinverso, percebe-se menor difuso dessa varivel nos grupos de indivduos mais velhos

    da zona rural (RGII), justamente aqueles que mantm o mais elevado grau debilingismo. Outro aspecto a ser considerado que falantes luso-brasileiros (UGII),

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    sinalizados no mapa no ngulo superior esquerdo da cruz, no realizam a variante[+ptg] em 100% dos contextos, indicando, portanto, que reproduzem certascaractersticas do portugus de contato com o italiano. Isso mais visvel em Videira e

    Rodeio.

    Figura 2 Mapa 6: difuso diatpico-social de [r] forte

    O Mapa 6(Figura 2) representa a variao no uso do [r]. Comparandoprimeiramente os pontos entre si, verifica-se que Orleans e Caxias do Sul e, em parte,tambm Sarandi, apresentam os ndices percentuais mais elevados de uso das variantes[r] e [x], que so associadas ao portugus, e, em sentido contrrio, Videira, Rodeio e

    Sananduva apresentam os menores ndices. Em segundo lugar, a exemplo do que jobservamos em relao ao ditongo nasal [A)w)], a difuso do trao [+ptg] mais intensa

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    nos grupos sinalizados na parte superior da cruz (UGII e UGI), com ligeira vantagempara os indivduos luso-brasileiros (UGII). Em relao aos estilos de fala (ver grficosituado no canto inferior, direita), o uso do [r] forte favorecido na leitura, mantm

    posio neutra na conversa e levemente desfavorecido nas respostas ao questionrio.

    Figura 3 Mapa 14: difuso geral das variantes lingsticas associadas ao portugus porgrupos padronizados

    Para melhor compreender as tendncias de difuso do portugus na perspectivadiatpica e diassocial, elaboramos oMapa 14 (Figura 3), que representa o desempenhogeral de todos os grupos entrevistados em cada ponto, incluindo todas as variveislingsticas controladas. Tal mapa mostra, entre outros aspectos, que h diferenasacentuadas na fala no espao pluridimensional da pesquisa. Essas diferenas dizemrespeito intensidade da variao quando so confrontados os resultados dos diferentes

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    pontos entre si e dos grupos estandardizados entre si, bem como ao modo da variaoquando so confrontados os resultados obtidos pelos diferentes grupos em cada ponto.

    Figura 4 Mapa 15: difuso diatpica do portugus

    Considerando que na variao diatpica no importa quanto varia, mas simcomo varia, ou seja, deve-se levar em conta o tipo de arealizao que a(s) varivel(is)lingstica(s) configura(m) no espao, comparamos o desempenho de cada um dospontos pesquisados. No Mapa 15 (Figura 4), agrupamos, em cada ponto, os dados[+ptg] de todas as variveis lingsticas das quatro entrevistas: as duas rurais e as duasurbanas.

    Atravs de uma escala percentual com degraus que se alteram a cada cincopontos, a legenda do mapa associa o grau de difuso dos traos associados ao portugus

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    aos smbolos, os quais representam a difuso no plano diatpico: quando maishachurado estiver o smbolo, maior o grau de difuso. Observa-se, assim, que Orleans eCaxias do Sul, duas colnias velhas, esto em estgio mais avanado do que os demais

    pontos no que diz respeito inovao lingstica. No plano oposto, isto , com maisresistncia incorporao de inovaes lingsticas e, portanto, difuso de traos doportugus inferior aos outros pontos, citam-se, pela ordem, Rodeio e Sananduva.

    5. Consideraes finais

    O grande desafio desta pesquisa foi, desde o incio, a elaborao de mapaspluridimensionais que permitissem visualizar o grau de difuso do portugus nas reasdelimitadas e em diferentes grupos sociais. Optamos por representar a variao atravsde escalas percentuais associadas a cinco smbolos, indicadores da intensidade dadifuso. Por outro lado, a apresentao simultnea e sucessiva de quatro diferentes

    grupos de informantes em cada ponto, permitindo o contraste entre a fala de falantesurbanos e rurais, mais velhos e mais jovens, mais escolarizados e menos escolarizados,alm de falantes luso-brasileiros e talo-brasileiros, d aos mapas no s a capacidade derepresentar a intensidade da variao, mas tambm o modo como ela acontece.

    Mas isso no era tudo. Um mapa pluridimensional, que representa a variao deum item fontico-fonolgico, num determinado estilo de fala, pode indicar importantetendncia de mudana lingstica. Todavia, ao juntar em um s mapa um conjunto deduas a trs dezenas de mapas, representando a variao do mesmo trao fontico-fonolgico em diferentes contextos lexicais e em diferentes estilos, aumentamos,sobremaneira, a capacidade de fazer generalizaes sobre o fenmeno. Essa capacidadecresce ainda mais quando se agregam aos mapas pluridimensionais outras informaes

    estatsticas atravs da legenda ou de grficos. Atravs dos mapas geolingsticospluridimensionais, mais simples ou mais complexos, possvel visualizar o grau e omodo de variao do fenmeno, fornecendo argumentos mais consistentes para asconcluses.

    6. Referncias bibliogrficas

    CHAMBERS, J. K.; TRUDGILL, P. Dialectology. Cambridge: Cambridge UniversityPress, 1980.

    MARGOTTI, Felcio Wessling. Difuso scio-geogrfica do portugus em contato com

    o italiano no sul do Brasil. Porto Alegre: UFRGS, 2004. Tese de Doutorado. 330 p.

    RADTKE, Edgar; THUN, Harald. Nuevos caminos de la geolingustica romnica. Unbalance. In: RADTKE, Edgar; THUN, Harald. Neue Wege der RomanischenGeolinguistik. Kiel: Westensee-Verlag, 1996. p. 25-49.

    THUN, H. O portugus americano fora do Brasil. In: GRTNER, Eberhard; HUNDT,Chistine; SCHNBERGER, Axel (Ed.). Estudos de geolingstica do portugusamericano. Frankfurt a M.: TFM, 2000. p. 183-213.