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GESTÃO DEMOCRÁTICA - CAMINHO DA CIDADANIA
Judith CezaritaHartmann1
Suzete Terezinha Orzechowski2
RESUMO
A pesquisa em questão tem como principal objetivo a busca e construção de espaços e
de mecanismos de democratização da gestão, para humanização da educação e para a
construção de um mundo mais justo e mais feliz. Para tanto é necessário formar pessoas
que se libertem através da educação. Tal meta será alcançada quando a escola e o
educador trabalharem no sentido de garantir a autonomia do aluno. O estudo busca
promover e articular a gestão democrática, a participação consciente e crítica dos
sujeitos nas instâncias colegiadas. A construção deste artigo considera também uma
bibliografia que foi trabalhada durante o processo da pesquisa-ação, bem como, para o
aprofundamento teórico necessário.
Palavras Chave: Gestão democrática; participação; cidadania.
1 INTRODUÇÃO
A presente pesquisa partiu da observação do cotidiano do Colégio Estadual João
XXIII - Ensino Fundamental Médio e Profissionalizante, no município de Clevelândia -
1Professora PDE, na área de Pedagogia – UNICENTRO-PR – Graduada em Pedagogia e Letras-
Português, Pedagoga do Colégio Estadual João XXIII-EFMP- Clevelândia-PR.
2Professora na UNICENTRO, Pedagoga, especialista em Psicologia da Educação e mestre em Educação
pela UNICAMP-UNICENTRO. É membro do grupo de pesquisa GETFOP. Doutoranda pela PUC, na linha de formação de professores.
Paraná, e constatou que a cada ano os alunos adolescentes tornam-se mais passivos e
sujeitos à dominação, a princípio pelos professores, colegas e direção da escola e, assim,
num futuro próximo, pelo sistema vigente.
Essa investigação foi desenvolvida como resultado de dois anos de atividades
junto ao Programa de Desenvolvimento Educacional- PDE do Estado do Paraná, o qual
compõe o programa de Formação Continuada desenvolvido pela Secretaria de Estado da
Educação, previsto no Plano de Carreira do Magistério - Lei complementar nº 103, de
15 de março de 2004, cujo objetivo é proporcionar tempo e espaço para aquisição de
subsídios teóricos e metodológicos necessários para fomentar a formação de docentes
pesquisadores a partir da realidade pedagógica que perpassa o lócus de trabalho.
Sob a orientação da Universidade Estadual do Centro-Oeste de Guarapuava -
PR, a pesquisa foi desenvolvida junto a um grupo de funcionários, professores, pais e
alunos do Ensino Médio do Colégio Estadual João XXIII - EFMN, envolvendo por
consequência, toda comunidade escolar e segmentos organizados da escola, ou seja:
Associação de Pais, Mestres e Funcionários, o Conselho Escolar e de maneira especial o
Grêmio Estudantil.
O trabalho foi desenvolvido na forma de pesquisa-ação. Conforme citam
Kemmis e Mc Taggart (1998, p.32) "(...) fazer pesquisa-ação significa planejar,
observar, agir e refletir de maneira mais consciente, mais sistemática e mais rigorosa o
que fazemos na nossa experiência diária.” Assim, há a necessidade de refletir sobre o
desenvolvimento da Gestão Democrática, com a finalidade de reestruturar a forma de
ensinar e aprender, que vai além da organização do trabalho escolar perpassando a
formação pessoal, criando verdadeiros líderes que construam uma vida menos alienada
e assim mais justa e solidária. De acordo com Heloisa Lück (2000, p.27) “(...) líderes
enfatizam que é possível buscar uma situação melhor, que a organização pode fazer
mais e, ainda, que é possível atingir o que os outros podem considerar como um sonho
impossível”.
O cotidiano escolar inspirou o levantamento, ainda que de maneira informal,
junto aos alunos e professores, o porquê da não participação crítica da maioria dos
jovens, nos diversos setores da sociedade, a começar pela escola. A pesquisa-ação visa
produzir mudanças (ação) e compreensão (pesquisa), mas, como não pode ser tomada
isoladamente, a falta de criticismo e participação dos jovens evocou a necessidade de
retomar conceitos de Democracia, Gestão Escolar, Educação, Adolescência e
Juventude, Valores, Ética, Protagonismo Juvenil, Participação, Instâncias Colegiadas e
Cidadania. Tais conceitos foram elaborados e organizados na forma de textos,
atividades orais e escritas, leituras complementares, filmes, músicas, que somado a
vivência de cada componente do grupo de estudos, resultou num rico material didático,
que foi utilizado também no Grupo de Trabalho em Rede- GTR que trouxe
contribuições muito valiosas, que oportunamente serão elencadas neste relato.
Alicerçados na observação e na retomada de diversas teorias que versam sobre
educação, gestão, participação, bem como a vivência de professores e alunos, idealiza-
se uma sociedade diferente da atual, por meio da qual se preconizem os valores sociais,
intensifiquem-se as parcerias, valorize-se a juventude e dê-se outra função às redes
sociais. Nesse cenário (utópico), não haverá lugar para o preconceito e o objetivo maior
será a humanização da educação que culmina numa revolução da vida escolar e por
consequência na vida da sociedade.
Todavia, é inútil apenas sonhar com esta mudança, ela é realizável sim, embora
não de maneira total e tampouco com rapidez, porém precisa ser construída
cotidianamente e está na dependência da participação plena e consciente. Portanto,
Pedro Demo, (2001, p.82) destaca: “(...) Não é dada, é criada. Não é dádiva, é
reivindicação. Não é concessão, é sobrevivência. A participação precisa ser construída,
forçada, refeita e recriada.”
2 A ESCOLA COMO ESPAÇO DE EXERCÍCIO DA CIDADANIA
O viver e conviver com crianças e jovens despertou o desejo de contribuir para
a humanização da educação, para a construção solidária de um mundo mais justo e mais
feliz. Para conseguir esse intento, é fundamental formar pessoas que se libertem através
da educação. O educador Paulo Freire discorre sobre liberdade e libertação com muita
propriedade, tornando-se referência para o entendimento da prática de uma pedagogia
libertadora e progressista. Nela, estão os temas que sustentam a concepção freireana:
conscientização, revolução, diálogo, cooperação, entre outras. Assim, “Ninguém liberta
ninguém, ninguém se liberta sozinho: os homens se libertam em comunhão”
(FREIRE,1987, p.29.).
Em diversas literaturas como Paro, (2000) e Gadotti, (1994) entre outras, relata-
se que além da família, a escola também é responsável pela formação moral e pelas
noções de cidadania. O artigo XXVI da Declaração Universal dos Direitos Humanos,
estabelece que o objetivo da Educação é promover o pleno desenvolvimento da
personalidade humana e o fortalecimento do respeito aos direitos do ser humano e as
liberdades fundamentais. Isto, porém, só se consegue quando a escola e o educador
garantem a autonomia tanto intelectual quanto moral. Em outras palavras, isto quer
dizer que se deve formar o indivíduo que saiba conquistar seu próprio método de obter
conhecimento; que saiba compreender e criticar uma regra tendo conhecimento dela e
de sua interferência no bem comum e, sobretudo saiba cumprir seus deveres e exigir
seus direitos tornando-se um participante ativo da vida e do governo do seu povo,
promovendo a compreensão, a tolerância, a amizade, a responsabilidade, e o
compromisso.
Surge, então, a necessidade da elaboração e concretização de um Projeto Político
Pedagógico voltado para a educação, como a apropriação de um saber (conhecimentos,
valores, atitudes, comportamentos, etc.), que vai desde o processo ensino aprendizagem,
até a gestão, chegando, enfim, à cidadania plena. Para tanto, Patto (1984, p.38) ressalta
que a transformação social deve acontecer no dia-a-dia do sujeito. ”É no espaço
cotidiano que podemos gerir movimentos de ressignificação e revolução moleculares”.
Na escola, há muito campo para atuação em que os conflitos e as contradições
podem e devem ser utilizadas para questionar modelos impostos como verdadeiros e
organizar formas de interferir no cotidiano e nos mitos veiculados pela própria escola e
pela sociedade. Por isso, urge transformar a escola que aí está, é preciso criar a figura da
escola cidadã, ou seja, aquela que conhece de perto a comunidade onde está inserida e
seus projetos. Conforme Vitor Paro (2001, p.53) “a escola só pode desempenhar um
papel transformador se estiver junto com os interessados e organizar-se para atender os
interesses, embora nem sempre conscientes, das camadas a quem favorece essa
transformação, ou seja, das camadas trabalhadoras.” Ainda com referência a esta
transformação, Souza reforça:
(...) há que se respeitar a cultura e a tradição das escolas, mas
isto não quer dizer que não possam ser modificadas, devagar,
mas com paciência "ativa" insistindo nas instituições, porém
também ampliando a participação direta dos sujeitos na gestão da educação pública (SOUZA, 2001, p.08).
Discutir gestão democrática da escola sob o ângulo da participação da
comunidade, implica discutir conceitos de cidadania, já que o protagonista do processo
democrático é o cidadão consciente.
Cidadania e democracia não se aprendem somente nos livros, mas com a vida
social e pública. É no dia-a-dia que se estabelece e se exercita cidadania. A escola é por
excelência, um espaço privilegiado de construção de relacionamentos e de convivência
entre indivíduos de diferentes grupos, cruzando-se assim, diversidade de culturas e
saberes.
A partir do trabalho da pesquisa-ação, foi possível observar que os estudos sobre
as teorias de gestão educacional, participação e cidadania, possibilitaram aos
participantes uma melhoria na compreensão da prática. Na verdade, as atuações são
analisadas e à luz das reflexões há um exercício de crítica por meio do qual se percebem
ações que correspondem aos conceitos estudados e outras ações que embora sejam
rotineiras, não contribuem para a construção da cidadania. São, então, estas últimas, que
muitas vezes levam ao exercício do egocentrismo.
Como agravantes da incivilidade, os professores citaram ações como: falta de
respeito e companheirismo aluno/aluno e aluno/professor; precariedade na parceria e
cooperação com os pais; carência de educação ambiental; valores morais e sociais
desvirtuados e deveres básicos relegados a segundo plano.
Neste contexto, durante o trabalho de intervenção, foi possível identificar formas
de superação, como por exemplo: oportunizar ao aluno uma participação mais efetiva,
compreendendo sua voz e deixando que verbalize seus interesses; convite aos pais para
criar parceria educacional com a escola; conscientização da população escolar através
de leituras e práticas sobre cooperação, amizade, deveres cívicos, cuidados com o
ambiente escolar e social. Além disso, fazer com que o aluno perceba o interesse dos
professores, dos pais e dos seus colegas; tome consciência do coletivo desenvolvendo a
prática da convivência, fazendo parte do processo educacional em seu todo e, não
apenas, a partir de si mesmo e para si mesmo.
Um dos caminhos para a efetivação dessa mudança passa, necessariamente,
pela maneira de entender os adolescentes e de agir em relação a eles. Para isso, faz-se
necessário mudar a ótica que se tem sobre adolescência, quase sempre generalizada e
por consequência, incompreendida. O adolescente deve começar a ser visto como
solução, e não como problema. Nessa concepção, o educando individualmente ou em
grupo, deve emergir como fonte de iniciativa, de liberdade, e de compromisso,
envolvendo-se na solução de problemas reais, criando um quadro de participação
genuína no contexto escolar e/ou sócio-comunitário. Como ilustra o educador Antonio
Costa:
Educar para a participação é criar espaços, para que o educando
possa empreender, ele próprio, a construção de seu ser. Aqui,
mais uma vez, as práticas e vivências são o melhor caminho, já
que a docência dificilmente dará conta das múltiplas dimensões
envolvidas no ato de participar. Na vivência dessa pedagogia, o
educador já não pode limitar-se à docência. Mais do que
ministrar aulas, ele deve atuar como líder, organizador,
animador, facilitador, criador e co-criador de acontecimentos,
por meio dos quais o educando possa desenvolver uma ação protagônica (COSTA, 2007, p.28).
Sob a inspiração do educador Costa e munidos do levantamento de problemas e
soluções sugeridas, urge que se empreendam ações que promovam o processo reflexivo
em prol do enfrentamento dos obstáculos e de possíveis alternativas de superação.
3 GESTÃO ESCOLAR: PARTICIPAÇÃO DEMOCRÁTICA E POLÍTICA
A sociedade, organizada em instituições públicas e privadas, identifica a
relevância da administração como um meio para alcançar metas, avaliar processos e
obter resultados positivos. Assim, o gerenciamento e a gestão eficientes são percebidos
como capazes de oferecer às instituições uma trilha para sua própria superação, os
quais também se aplicam à escola.
A melhoria do sistema de ensino e da escola é um objetivo perseguido por todos
aqueles que vivem educação em todas as esferas da sociedade. Desde a Constituição de
1988, tem-se dado ênfase aos estudos sobre gestão com o objetivo de preparar cidadãos
dignos, críticos e competentes através das escolas.
A evolução constante das políticas públicas traz consigo novos paradigmas
gerenciais. Buscam-se soluções para a gestão e qualidade da educação, fazendo parceria
com aqueles que no cotidiano escolar, fazem a educação acontecer, ou seja: gestores,
professores, alunos, pais e funcionários.
A Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 e a Lei de Diretrizes e
Bases da Educação Nacional nº 9.394/96 define que a educação deve obedecer a uma
gestão democrática, mas, em geral, a escola é cerceada por ações de esferas superiores.
Por isso, é importante a participação no processo educacional, o que garante uma
vivência democrática para o exercício pleno da autonomia, o que impõe desafios
constantes para a comunidade escolar e seu entorno, pois:
(...) A autonomia da escola só ganha relevância se significar
autonomia da tarefa educativa. (...) Enfim, a autonomia da escola é
algo que se põe com relação à liberdade de formular e executar um projeto educativo (AZANHA, 1987, p.143).
O desafio da gestão educacional é antecedido pela democratização da escola sob
todos os aspectos. Internamente, contemplando os processos administrativos, a
participação da comunidade escolar na "vida" pedagógica e externamente, pensando-se
na função social da escola, na forma como produz, divulga e socializa o conhecimento.
Assim, nota-se que a ideia de gestão educacional desenvolve-se associada a um
contexto de outras ideias como, por exemplo, transformação e cidadania. Isso permite
pensar “gestão” no sentido de uma articulação consciente entre ações que se realizam no
cotidiano da escola e o seu significado político e social. Acredita-se como o educador
Miguel Arroyo, que "a escola não se define basicamente como um lugar de falas, mas
de práticas e fazeres” (ARROYO, 2000, p.152).
Nesse momento histórico, a educação precisa ter seu foco na humanização. Essa
noção vincula-se a processos globais da formação do ser humano, cujos objetivos e
características ultrapassam a ideia estreita de ensino como sistematização de
conhecimentos e transmissão de conteúdos escolares. Deve ser central nela "ter o ser
humano e sua humanização como problema pedagógico” (ARROYO, 2000, p.14).
Dessa forma, requer pensar educação como libertadora e problematizadora. Assim,
"além de um ato de conhecimento, a educação é também um ato político” (Freire, in
Freire & Shor, 1986, p.25).
É fundamental criar condições para que todos os segmentos que fazem parte
da escola aprendam a se expressar, a se articular em torno de seus interesses individuais
e coletivos, a debater com pessoas que pensam de forma diferente, a defender suas
ideias, a resolver seus conflitos por meio do diálogo, a fundamentar suas opiniões com
razão e sensibilidade. Para tanto, é preciso oferecer espaços de vivência da democracia,
ter como objetivo formar cidadãos e cidadãs democráticos; construir e consolidar, na
dimensão educacional, esferas públicas de decisão, fortalecendo o controle social,
garantindo que a escola seja realmente pública e significativa à vida das pessoas que
nela estão.
A democratização da gestão implica não só o acesso da população à educação,
mas também em sua participação na tomada de decisões no que diz respeito a seus
interesses. Isso pressupõe distribuição do poder centralizado para as instâncias
colegiadas, por meio das quais ocorre o contato direto com os pais, responsáveis e
alunos, desenvolvendo os mecanismos necessários para levar o Estado a cada vez mais,
agir de acordo com os interesses dos cidadãos e das cidadãs. Daí a importância do
Conselho Escolar, do Conselho de Classe, do Grêmio Estudantil e de outras tantas
iniciativas que criam espaços para a vivência da participação e da democracia na escola.
A superação dos desafios das questões educacionais da contemporaneidade só se
dará se apoiada no diálogo permanente com a sociedade. E isso, sob a ótica da
educadora Martha Tristão, depende de como se encara o significado de educação.
Educar provém de duas palavras latinas: educare e educere. (...)
Estamos acostumados com o significado de "educare” (orientar,
nutrir, decidir num sentido externo), [favorecendo o
estabelecimento de currículos e programas de ensino formais],
mas é preciso resgatar o sentido de “educere" que significa
"tirar de dentro o que cada um tem de melhor". (...) Por não se
tratar de uma disciplina a educação permite inovações (...)
motivados pela paixão, pela delícia do conhecimento e da
prática voltados para a dimensão complexa da manutenção da vida [e da emancipação humana.] (TRISTÃO, 2006, p.09).
Constitui-se assim, um novo paradigma educativo, a nortear as práticas de
ensino e aprendizagem fazendo com que as respostas às exigências cognitivas, éticas e
relacionais, apoiadas pela educação, cruzem-se constantemente. Esta, porém, não é uma
tarefa simples, pois implica na transformação da dinâmica escolar o que pode acarretar
outras mudanças sociais.
4 O QUE EXISTE EM COMUM NAS ESCOLAS - GTR
Logo após a confecção do Material Didático (Caderno Temático) e
implementação na escola, também foi realizada análise e socialização das ideias com
professores de diversos municípios do Paraná, que participaram do Grupo de Trabalho
em Rede - GTR. O Grupo de Trabalho em Rede é um curso em ambiente on-line, cujo
objetivo é a socialização da pesquisa em todas as etapas, com discussão dos
fundamentos teóricos, visando o enriquecimento do trabalho. Contando com o estudo e
a contribuição de treze professores, cada um representando uma escola com diferente
realidade, efetivaram-se fóruns de debates, tendo por base textos, músicas, vídeos e
filmes educativos. Os questionamentos foram analisados e notaram-se alguns pontos em
comum nas diversas escolas. Tais considerações comuns são elencadas a seguir:
* A escola e a família desenvolvendo um trabalho de parceria possibilitam a formação
de valores sólidos nos educandos. (quatro professores)
* A escola precisa de parcerias que levem ao diálogo, a reflexão e a construção de
valores. (cinco professores)
* Os valores difundidos na escola muitas vezes são o único referencial do nosso aluno e
por este motivo é importante a escola trabalhá-los, visando uma sociedade mais
igualitária. (quatro professores)
Nota-se que há uma preocupação quanto aos valores, fundamentos morais e
espirituais da consciência humana, construídos na sociedade atual. Levando-se em conta
que quando o problema é percebido já causou alguns danos e que em educação
caminha-se a passos lentos, é preciso iniciar rapidamente a reflexão sobre tal construção
valorativa. Esses são aspectos que promovem uma boa reflexão entre os educandos e
uma vez que eles não têm um ambiente propício para tais reflexões, a escola deve
contemplar espaços e mecanismos para abrigar tais temáticas. O próprio Grêmio
Estudantil, por exemplo, pode conduzir tais discussões com os líderes de turma, pois
conforme escreve Ir. Patrícia Barbosa Rodrigues em seu artigo Valores Humana na
Educação:
(...) o comportamento de nossos pequenos é um reflexo da
formação recebida em casa e na escola, da falta de respeito pelo
outro, do desconhecimento de limites, da ausência de disciplina
e da inversão de valores presente em nossa sociedade que gera
desestruturação em nossos lares e com a qual acabamos por nos
habituar (RODRIGUES, 2007, p. 03).
Os adolescentes e jovens só serão educados se os adultos o fizerem e, sobretudo,
devem fazê-lo com maestria, primando pelos valores morais e bom caráter. O professor
Içami Tiba ilustra:
Educar deriva do latim educare que significa revelar o que está
dentro, ajudar no surgimento das habilidades e potencialidades,
dos dons de cada pessoa. Cada ser humano, junto com o
conhecimento das ciências, deve também adquirir humildade,
disciplina e bom caráter, ou seja, deve saber e ser. Deve ter
consciência de si, do outro, do nós e de que tudo que existe está
inter-relacionado (TIBA, I, 2002, p.18).
Vive-se em um momento bastante propício para a Educação atuar na
transformação de valores nocivos que contribuem para a degradação da humanidade, em
valores edificantes que venham sanar a cicatriz da carência de bons costumes
objetivando a mudança da sociedade. Precisa, porém, ter uma educação permanente,
continuada para todos e todas ao longo da vida, e a escola é um espaço privilegiado para
isso. É fundamental que a educação tenha como norte propiciar a reflexão teórica,
ampliando o debate político sem, contudo perder a dimensão das práticas cotidianas.
No que se refere à participação dos pais na vida ativa da escola, os professores
do Grupo de Trabalho em Rede afirmam:
* A escola precisa criar condições para que a família oriunda da classe popular
desenvolva um sentimento de “fazer parte”, “pertencer” ao ambiente escolar. (quatro
professores)
* Os pais precisam perceber que a escola pública lhes permite a participação, a
discussão e a reflexão para juntos encontrarem caminhos para a resolução dos
“problemas”. (quatro professores)
* A participação dos pais, junto à APMF e o Conselho Escolar, são de extrema
importância, uma vez que são mecanismos da gestão democrática. (dois professores)
* Os pais precisam ser chamados à escola também para ouvir elogios, ver seu filho
valorizado e não só para resolver problemas. (três professores)
Percebe-se que é recorrente a opinião de que a solução para muitos problemas
da e na escola pode ocorrer com a parceria dos pais. O pertencimento precisa ser
desenvolvido com urgência para que os responsáveis frequentem a escola e possam
emitir suas ideias e oferecer seus préstimos.
Uma maneira comum de atrair os pais para a escola é por meio dos projetos
pedagógicos. Convidar um adulto para contar a história da família e do bairro e recordar
as brincadeiras preferidas da infância valoriza a participação familiar e coloca os
responsáveis em contato direto com o trabalho pedagógico. Outras ideias como a
promoção da inclusão digital; palestras educativas que auxiliem no trato com crianças e
adolescentes; torneios esportivos que envolvam pais e professores, podem ser usados
para efetivar a parceria com os pais.
É de suma importância informar aos pais quais são os objetivos da escola,
mostrar como a escola vê o processo de ensino aprendizagem, conscientizá-los da
necessidade de tê-los como parceiros na superação da incivilidade que impera nos
ambientes.
Também ações como participação efetiva dos pais nos Conselho Escolar e
APMF; criação da escola de pais; elaboração de diferentes projetos de conscientização e
posterior prática; conselho de classe participativo (professores, pais e alunos) e
redefinição das ações do Grêmio Estudantil, podem contribuir para sanar essas
dificuldades.
Retoma-se constantemente a ideia de que a escola pouco ou nada consegue
sozinha, precisa da cooperação de todos, muito especialmente da família, esteio do
processo educativo, responsável pela formação e informação de um cidadão. O
jornalista Marcus Barros ilustra com muita propriedade:
(...) A família é outro pilar fundamental nesse processo. É hora
dos adultos cumprirem seu dever de cidadãos. De levar em
conta o que se quer da cidade em que se mora, de quem vai
ocupar o posto de deputado. E do papel do governador. Cabe a
cada um dos componentes da sociedade, cada pai, professor e
aluno, incentivar, pedir, reivindicar, exigir. Verbos cuja
conjugação soa empoeirada ou datada para alguns, pois não se
transforma realidade alguma sem que se use um deles com plena
generosidade. Tal atividade gera incômodos, "saias justas", tira
do marasmo, aquece debates, causa divergências, rompe
amizades, criam outras. Nada que não seja vida. O contraditório
é parte integrante. O lado oposto dessa moeda é o risco do
pensamento único, da ditadura, da perpetuação de estruturas de
e no poder (BARROS, 2010, p. 47).
Complementando a ideia de necessidade de parceria, evoca-se a Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional e o Estatuto da Criança e do Adolescente
(ECA. Art.53) nos quais está especificado que as escolas têm a obrigação de se articular
com as famílias e os pais têm direito a ter ciência do processo pedagógico, bem como de
participar da definição das propostas educacionais. Porém, nem sempre esse princípio é
considerado quando se forma o vínculo entre escola e comunidade.
Daí a importância de esclarecer às famílias seus direitos e deveres. A escola foi
criada para servir à sociedade, assim, é necessário que através de seus gestores, preste
contas do seu trabalho, explique o que faz e como conduz a aprendizagem das crianças
criando mecanismos para que a família acompanhe a vida escolar dos filhos. No vídeo
de Heloisa Szymanski, ela comenta que “Os educadores precisam deixar de lado o medo
de perder a autoridade e aprender a trabalhar de forma colaborativa".
5 A SOCIEDADE QUE DESEJAMOS
Ao permitir aos usuários da escola pública ultrapassar a sua capacidade de
participação, partindo para a transformação da sociedade, faz-se necessário dar novo
sentido ao trabalho pedagógico, por meio do qual o profissional da educação veja o
aluno como ele é e não como deveria ser. A escola precisa realmente acreditar que o
jovem possa aprender e venha aplicar o conhecimento elaborado na sua vivência de
experiências, para que, finalmente, tenha meios de transformar o espaço escolar em
espaço propício para o desenvolvimento de sujeito de sua própria história.
A escola, por ser uma instituição que proporciona o convívio entre diversos
sujeitos, deve possuir um caráter pedagógico que vise a formação humana para
transformação da sociedade. Pela participação é que se conhece a dinâmica da
organização escolar, das relações com a comunidade e os objetivos propostos para a
qualidade da educação ofertada pela escola. É experimentando formas não autoritárias
de poder e decidindo coletivamente que se democratiza a escola e a sociedade. De
acordo com Vitor Paro (2008, p.19) “(...), pois democracia não se concede, se realiza.”
A sociedade ideal passa, necessariamente, pela escola democrática que abre suas
portas para a participação de todos; alguns de forma individualizada, outros por meio de
representação colegiada. É nesse cenário que aparecem as Instâncias Colegiadas que
constituem a Gestão Democrática: Associação de Pais, Mestres e Funcionários,
Conselho Escolar, Conselho de Classe e Grêmio Estudantil, todos com o mesmo
objetivo: a função social da escola, que é apropriação do saber historicamente
construído, avaliando e buscando soluções para os problemas que aí se manifestam.
Destaca-se aqui a importância ímpar da representação do corpo discente na
escola, que é o Grêmio Estudantil, espaço apropriado para a aprendizagem “do por que,
para que, como e com quem” na participação social. Local de desenvolvimento da
consciência crítica que permite refletir sobre erros e acertos nas relações sociais,
políticas, educacionais e de poder. É no exercício do uso da voz e da vez, ensaiando o
respeito ao outro e às diferentes opiniões, que se efetiva a participação, condição
necessária ao processo de democracia e consequente mudança da sociedade. É neste
espaço que se concretiza o protagonismo estudantil dentro da escola.
É fundamental, assim, trazer os alunos para junto da organização escolar,
reconhecendo sua capacidade de mobilizar e questionar, preparando-os para a tomada
de decisões e participação coletiva. É imprescindível que o professor, em seu trabalho
pedagógico cotidiano, mostre aos alunos os caminhos para se chegar à democracia e, é
dever da escola proporcionar essa formação. Assim, pode-se assegurar a construção de
uma sociedade ideal e dizer que a escola cumpriu seu papel na dimensão política da
educação.
A exemplo da sociedade em geral, também na escola pesquisada (Colégio
Estadual João XXIII), a juventude é vista como formada por seres genéricos e não por
sujeitos portadores de qualidades e consciência política que procuram através de suas
atuações formar contratos; por isso urge que se mude essa forma de olhar, pois:
(...) a juventude clama por educação, cultura, emprego e renda,
respeito e direito a vida, não é nada que a Constituição Federal
já não nos assegure, porém, o essencial nesse momento é
darmos continuidade a essa marcha sensibilizadora, que alerta
para um futuro que já começou (SOUZA, 1999, p.38).
É preciso que educadores e gestores se reeduquem na perspectiva de uma ética e
de uma política no sentido de criar novas formas de participação na escola, como, por
exemplo, ouvindo, divulgando e registrando o que alunos e comunidade pensam, falam
e escrevem sobre o autoritarismo, liberdade, escola pública e desigualdades sociais. É
tecendo redes de falas e de registros, ações e intervenções que surgirão novos
movimentos de participação ativa e cidadã. Para tanto, também o PDE propicia uma
intervenção dentro do ambiente onde esteja o pesquisador inserido. E, a partir de uma
oficina, foram trabalhadas as questões acima citadas.
Tendo por base o trabalho de pesquisa, a observação de reuniões de conselhos de
classe e a vida escolar dos alunos e professores, percebeu-se a dificuldade de superação
dos problemas gerados dentro das escolas por conta da difícil relação entre os
segmentos (gestores, professores, alunos). Compreendeu-se que um dos fatores de
maior peso é a falta de coesão e harmonia entre os atores do ambiente escolar.
Com o objetivo de procurar entender e solucionar tais atritos que atrofiam o
trabalho democrático organizou-se um grupo formado por professores, funcionários,
alunos e pais, totalizando trinta e dois participantes, com os quais foram trabalhados
textos diversos, músicas, filmes e diferentes dinâmicas, organizados num Caderno
Temático composto de três unidades que foi trabalhado ao longo de dez encontros de
quatro horas culminando com um seminário integrador para a comunidade escolar.
Através de leituras e debates, chegou-se à conclusão que é possível ensinar e
buscar formas de participação social que ajudem na construção de uma cidadania,
constituída de pessoas ativas, conscientes de seus deveres e comprometidas com a
conquista dos direitos humanos.
A prática participativa permite questionar os valores e os interesses que
sustentam a sociedade como um todo. Não se aprende a participar teorizando sobre os
processos participativos, aprende-se a participar, participando. Ensina-se a participar
abrindo espaços para que as pessoas participem. Uma prática social participativa ensina
a cidadania e amplia os limites da qualidade de vida. A prática da participação extingue
o medo de participar. Promover espaços participativos é educar para a vida. Isso é um
desafio e um compromisso da escola para a formação de uma sociedade democrática,
justa, igualitária e solidária.
A educação para a cidadania que forma o cidadão participativo, democrático e
solidário, consciente de seus deveres e direitos, precisa se associar à educação em
direitos humanos. É necessário investir na formação e no exercício da democracia para
que a gestão democrática se fortaleça e se consolide. Há que se revisar os papéis e
rumos da administração escolar, em busca de modelos participativos que respondam à
globalidade do processo educativo aliados à consciência de que este processo deve ser
repassado e compartilhado por toda a comunidade escolar.
Faz-se necessário mostrar aos jovens o caminho para a democracia e que isso
também é possível dentro das escolas. Quando o jovem participa, ele percebe que tem
um valor social muito importante: o valor de cidadão, podendo decidir sobre ele mesmo
e o futuro da comunidade. Por isso, não é possível fazer uma educação de qualidade
sem antes baseá-la nos princípios de liberdade, respeito ao outro e igualdade em direito.
Sob a visão democrática, é preciso que a juventude reconheça que existe muito
que depende apenas dela. Deve haver mais diálogo entre as organizações juvenis,
promover auto-organização e auto-articulação, formar redes, saber conviver com as
diferenças dentro do movimento da juventude e fora dela também.
Os jovens são naturalmente abertos às novidades, são receptivos às mudanças,
mas também são altamente críticos e idealistas. Sabe-se que muito já se fez devido ao
trabalho de organizações juvenis, mas a juventude precisa ter mais do que a própria
força para promover mudanças reais. A sociedade precisa acreditar nesse potencial,
como destacou Renato Russo “se não, que se faça o sacrifício e cresçam logo as
crianças.”
A escola, em geral, apresenta um discurso favorável à democracia. Mas, como
escreveu Paulo Freire, (1997, p.25) “(...) é necessário que nossas falas sejam
corporificadas pelo exemplo”, ou seja, as práticas não podem ser negadoras daquilo que
se defende. Ao observar o interior de muitas escolas, constata-se que entre a fala e a
ação há uma longa distância. Há muito ainda a ser feito para que haja mais proximidade
entre o que se diz e o que se faz, no sentido de ter uma escola mais democrática. A
escola pode e deve ser a grande mediadora do conhecimento necessário à comunidade,
para que ela possa construir realidades mais humanas para viver. Assim, o educador
Paulo Freire (2004, p.57) ilustra “(...) o conhecimento não é neutro. Ele possui uma
função social” Nessa perspectiva, ele (o conhecimento) deve contribuir para
compreensão mais crítica da realidade vivida, para assim, compreendendo-a mais
profundamente, ter-se condições de agir sobre ela, transformando-a para melhor.
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A etapa seguinte à observação e pesquisa gerou a percepção de que é de suma
importância desenvolver no interior das escolas a gestão democrática, para que a
comunidade onde a escola está inserida possa ser ouvida, pois, segundo Paulo Freire
(1991, p.16) “(...) A escola não é só um espaço físico. É um clima de trabalho, uma
postura, um modo de ser.” Deve-se, assim, compreender seus entraves e
potencialidades, valorizando-a. Uma vez que é ela a grande responsável pela promoção
e desenvolvimento do cidadão, cabe a ela definir que tipo de cidadão deseja formar.
Então, é possível afirmar que quando a prática social inquieta, a pesquisa pode tornar-se
um caminho para o desenvolvimento de uma prática educativa crítica. Quando o
cotidiano ou a ação dos educandos incomoda, é possível pensar que a prática educativa
está sendo questionada e que outros caminhos podem ser buscados.
A atuação da escola precisa ser ampliada. Mais que repassar conteúdos precisa
modificar a sua própria prática, e a ação primeira, deve ser no sentido de criar propostas
que resultem de fato na construção de uma escola democrática e com qualidade social.
Dessa forma os jovens e adolescentes precisam sim, aderir a regras (que implicam
valores e formas de conduta) e estas somente podem vir de seus educadores, pais ou
professores. Os limites implicados por essas regras não devem ser apenas interpretados
no sentido negativo: o que não pode ser feito ou ultrapassado. Devem também ser
entendidos no sentido positivo: “(...) o limite situa, dá consciência de posição ocupada
dentro de algum espaço social — a família, a escola, a sociedade como um todo” (LA
TAILLE, 2008, p.26).
Por fim, de posse das reflexões aqui expostas, somadas ao juízo de valor do
leitor será possível imaginar um cenário ambiental de uma sociedade cada vez mais
proativa, em que a juventude, fundada em valores sociais e educacionais, seja capaz de
realizar sensíveis e concretas mudanças. Do contrário, a escola não estará cumprindo
seu papel social e a tendência é continuar com sua prática fragmentada e individualista,
reflexo da divisão social em que está inserida.
Acredita-se, assim, que a maneira de mudar os rumos da educação levando ao
processo de humanização, não pode ser outra senão de forma coletiva e com conteúdo
voltado à igualação.
Saindo-se do campo teórico, observou-se que é hora de se construírem novos
paradigmas. Isso implica valorizar outras formas de conhecimento; integrar o humano
ao natural; respeitar a diversidade de cosmovisões; socializar os meios de comunicação
e opor a ética da solidariedade à competitividade.
O constante diálogo, tendo em vista o compromisso coletivo, permite refazer os
caminhos, analisar experiências vividas que levam à criação de novas possibilidades
tendo como finalidade a cidadania plena. Cidadania remete à vida plena e viver bem é
poder pensar, discernir e decidir com autonomia; promover a diversidade linguística e
cultural; admitir a variedade de formas de democracia; favorecer os autogovernos
comunitários e socializar o poder.
Portanto, a conquista efetiva da cidadania, só acontecerá com a participação
consciente, com a verdadeira compreensão da representatividade, com o compromisso
responsável e a vivência dos valores por toda a sociedade.
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