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A RÁDIO DAS FAMILIAS FELIZES NA VIDA!

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GRAMAFONE SHOW– REVISTA BRASILEIRA DE CULTURA: É uma publicação milenar web. Gramofone ON-LINE

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A RÁDIO DAS FAMILIAS FELIZES NA VIDA!

Pará isso?

+1 Da Alemanha

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Contar histórias

Índice

Reino Unido, século XVIII. Foi nessa época que uma garota simples, chamada Jane, que vivia com sua família em Steventon, no condado de Hampishire, começou a escrever.

Clube dos Cinco 

Tragédia anunciada

04Casa da árvore

Gramofilmes

© lassedesignen - Fotolia.com #53286064

© lassedesignen - Fotolia.com #52167920

V IX

XI XV

Editorial By Douglas R. GomesAbril 21, 2014

Galerinha gramofone

Uma rádio que pretende romper paradigmas, revolucio-nar o entretenimento mundial através do som e agora também da imagem, mudar suas vidas para sempre. Te-mos o que você quiser! Fazemos você rir, dizemos qual é

o seu lugar no mundo e os levamos a lugares nunca vistos antes. Lhe carregamos aos confins do espaço e do tempo, damos nomes aos seus demônios e os ajudamos a enfrentá-los. Demonstramos possibilidades nunca dantes imaginadas, apresentarmos heróis que lhe darão coragem e esperança, aliviamos suas mágoas, au-mentamos sua alegria e ensinamos sobre compaixão. Contaremos uma história.

Rádio-web?Gramofone Show

Reino Unido, século XVIII. Foi nes-sa época que uma garota sim-ples, chamada Jane, que vivia com sua família em Steventon,

no condado de Hampishire, começou a escrever ainda adolescente. Rodea-da por uma sociedade composta por membros da aristocracia rural e religio-sos, essa garota retratou sua realidade em romances que a levariam a se tornar uma das maiores representantes da lit-eratura inglesa: Jane Austen. Austen e as pessoas da socie-dade da época possuíam hábitos sim-ples, como passear ao ar livre pelas conhecidas paisagens da Inglaterra ru-ral, conversar em vários momentos do dia e frequentar bailes nos quais toda a sociedade se encontrava. Desses cos-tumes vieram cenas que a inspiraram e que marcaram toda sua obra; além de compor passagens de suas histórias que ficaram eternizadas na imaginação dos leitores. Quem não se lembra do baile no qual Elizabeth Bennet e Mr. Darcy, de Orgulho e Preconceito, se confrontam mutuamente? Ou do passeio sucedido

no qual Marianne caiu e foi resgatada por Willoughby, em Razão e Sensibili-dade? Até mesmo da conversa partic-ular entre Emma e Harriet, na qual a protagonista convence a amiga a recu-sar o pedido de casamento de Robert Martin? São momentos assim, simples, da vida de pessoas comuns que dão o tom à obra da autora e são lembrados pelos fãs de Austen. Sim, são momentos desse tipo que compõem a literatura austeniana, mas não é apenas isso que caracteri-za os livros da escritora. Se havia uma coisa que ela fazia muito bem, além de escrever, era observar as pessoas à sua volta e a sociedade a qual pertencia. Ao observar as peculiaridades de cada um, fazia um retrato crítico de aspectos da sociedade inglesa de quando viveu em suas obras. No entanto, toda essa crítica tecida aos costumes da época era mas-carada por uma ironia muito sutil e fina, que se tornaram outra marca dessa tal-entosa romancista. Jane vem cativando leitores des-de 1811, quando Razão e Sensibilidade, seu romance de estreia foi publicado

O legado e a influência de Jane Austen

Contar

V

© lassedesignen - Fotolia.com #53286064

Jane vem cativando leitores desde 1811, quando Razão e Sensibilidade, seu romance de estreia foi publicado pela primeira vez.

pela primeira vez. E o número de fãs da romancis-ta inglesa não para de aumentar: suas obras são traduzidas para vários idiomas e publicadas em di-versos formatos de livro. Em vários países as pes-soas se encantam com o estilo de Austen e a ele-gem como uma de suas autoras prediletas, como é o caso da estudante Juliana Dias, que a conside-ra sua autora favorita. Ela conheceu a obra de Austen através de leituras obrigatórias do curso de inglês que fazia, pois teve que ler Razão e Sensibilidade e se en-cantou com a história das irmãs Elinor e Marianne “Logo depois procurei o filme e descobri mais sobre a Jane e suas outras obras. Desde aí, nun-ca mais a larguei. Virou amor.” Para Juliana, ler as obras de Jane Austen é um grande aprendizado, pois a escritora a influencia em diversos aspec-tos da vida. “Ela influencia diretamente na minha visão sobre buscar os meus desejos, em romper padrões, em não me achar inferior por ser mulher ou por ser julgada por alguns como frágil e, muitas das vezes, incapaz. E principalmente, me influen-cia a querer ler e escrever”, afirma Juliana. Outras pessoas conheceram a literatura austeniana através de outros autores contem-porâneos à escritora, como aconteceu com Karina Reis. A estudante que, desde cedo tem gosto pela leitura, descobriu Jane Austen enquanto pesqui-

By Lucas CorrêaAbril 26, 2015

Histórias

VI

O legado e a influência de Jane Austen

sava sobre autores da Inglaterra. “Em uma dessas pesquisas conheci Virginia Woolf, pesquisando essa escritora, descobri que ela era da era Vitoriana na Inglaterra. E lógico, fui pesquisar as escritoras da época, e adivinha, conheci Razão e Sensibili-dade de Jane Austen. Simplesmente me apaixonei pela obra, e passei a pesquisar os livros que Jane havia escrito. Acabei por me apaixonando por to-dos!” E, assim como foi com Juliana, Razão e Sensi-bilidade foi o primeiro livro da escritora que Karina teve contato. A riqueza de detalhes com que Jane apre-senta o cotidiano de seus personagens e a so-ciedade inglesa da época também encanta os leitores. Laís Gama teve essa curiosidade no pri-meiro contato com a literatura de Austen. “Minha impressão foi de curiosidade. Cada frase lida era uma novidade. O ambiente descrito, os costumes, a sociedade... As imagens que se formavam em minha cabeça eram as do filme e de toda a riqueza de detalhes que este trazia. Era tudo lindo!”, conta a estudante de letras que conheceu Jane Austen ao assistir a adaptação para os cinemas de Orgul-ho e Preconceito, com Keira Knightley como Lizzy Bennet e Matthew MacFadyen como Mr. Darcy. Dentre todos os romances escritos por Austen, este parece ser o predileto de vários fãs: a maioria das pessoas elegem Orgulho e Precon-ceito como seu livro favorito da autora. Para Ka-rina, o que mais a cativou na história foi o jeito moderno da protagonista e como isso a encantou

VII

Emqui qui doloratiusa dere lit, sime pos min nullore volorpossum sequi doluptam, ipsape naturenis di offictat am fugia voluptam fuga.

storytellingEste foi a primeira vez em que o diretor

Joe Wright e a atriz Keira Knightley

trabalharam juntos. O que voltou a

acontecer em Desejo e Reparação

(2007) e Anna Karenina (2012).

diante de Darcy. Com Laís não foi diferente. “Gos-to de como Jane trouxe uma personagem femini-na com atitude, não se deixando conduzir pelo o que a sociedade impõe, seguia o próprio coração”. Já com Juliana, o modo como a história é desen-volvida e as reviravoltas que se seguem também contribuíram na afeição dela com o segundo liv-ro publicado pela escritora inglesa. “Acho incrível o jeito que a história é apresentada no começo e muda totalmente depois, nos fazendo pensar em como realmente julgamos pela aparência e não nos aprofundamos para saber a verdade. Os diálo-gos da Lizzy com o Darcy são demais, o cenário, a história é incrível!”, diz a estudante. O modo de retratar a figura feminina em uma época em que as mulheres possuíam pouco espaço na sociedade, mostrando sua força, senti-mentos e valores também é algo que atrai muitos fãs da autora. “Suas obras mudaram a literatura da época e ensinaram gerações inteiras sobre a força do amor, a força da mulher e até mesmo sobre o espírito masculino ao longo dos tempos”, afirma Juliana. Laís realça a racionalidade que e determi-nação das personagens austenianas. “Jane mos-trou que mesmo alguém que demonstra delicade-za e fragilidade, também pode ser racional e fazer seu próprio caminho.” Ao longo de sua vida, Jane Austen publi-cou apenas cinco romances; dois deles postuma-mente em 1818, um ano após a morte da escrito-ra. Apesar disso, a enorme força da literatura da

autora e a influência que ela exerce entre o público e outros escritores de sua época e outros que surgiram ao longo do tempo. Tal sucesso e influência a colocar-am entre os maiores autores do mundo e a segunda mais importante do Reino Unido, ficando atrás apenas de William Shakespeare.O legado de Austen vai muito além de seu país e che-gou até nós com enorme força. “Suas obras mudaram a literatura da época e ensinaram gerações inteiras so-bre a força do amor, a força da mulher e até mesmo so-bre o espírito masculino ao longo dos tempos. Acredi-to que ela criou um estilo único, uma ironia incrível em cada linha dos seus textos, que foi diretamente contra os padrões da sociedade inglesa do século XVIII”, diz Juliana. Karina ressalta o legado acadêmico que Jane deixou. “Jane Austen é uma das mais estudadas em cursos de literatura estrangeira, e principalmente in-glesa. Sem contar as muitas pesquisas acadêmicas que são feitas sobre ela”, além de vários tipos de homena-gens que são feitas em vários locais para a escritora.

VIII

+1 da AlemanhaTragédia anunciada

O que aconteceu naquele 8 de julho de 2014 é mais do que uma sim-ples partida em que um time demonstrou cole-tividade, enquanto que

o adversário foi presa fácil. Para se analisar os 7-1 daquela semifinal entre Brasil e Ale-manha, explicar o que aconteceu dentro do campo de jogo não é suficiente. Ela des-mascarou o quão defasado está o futebol brasileiro, o quanto é mal comandado por nossos dirigentes e o quanto necessita de um choque de gestão.

Esse vexame talvez tenha se iniciado no final de 2012, quando o atual treinador da seleção na época, Mano Menezes, fora demitido, injustamente. A decisão foi mais política que técnica. Em Goiânia, na parti-da Brasil 2-1 Argentina, no dia 19 de setem-

bro, cartazes pedindo a troca do comando técnico da seleção podiam ser vistos. O nome de Felipão era o desejo da torcida.

E o pedido foi acatado por José Maria Marin e sua trupe. Mano, apesar do retro-specto positivo (foram 21 vitórias, 6 em-pates e 6 derrotas), foi demitido cerca de um mês depois, mesmo sendo campeão do Superclássico das Américas. Luís Felipe Scolari foi apresentado oficialmente como o novo treinador no dia 29 de novembro. E mais, Carlos Alberto parreira foi seleciona-do para ser o coordenador técnico. Ou seja, agora a seleção teria, no comando técnico do futebol, os treinadores do tetracampe-onato, de 1994, e do penta, de 2002. Caso o hexa não viesse, o discurso para explicar a derrota já estaria pronto, afinal a CBF trouxe os dois últimos campeões mundiais pela seleção.

By Octávio AugustoAbril 26, 2015

IX

© DouG - #61156613

CBFA Confederação Brasileira de

Futebol (CBF) é a entidade

máxima do futebol no Brasil.

Fundada em 20 de agosto de

1914, antiga CBD, a atual CBF é

responsável pela organização

de campeonatos de alcance

nacional, como o Campeona-

to Brasileiro das séries A, B, C e

D, além da Copa do Brasil.

Eleição antecipada

A última eleição para a presidência da CBF tinha a previsão para ser realizada entre outubro de 2014

e abril de 2015, segundo o estadão. Ou seja, aconteceria após a realização da Copa do Mundo.No entanto, foi antecipada, pelo até então presidente Ricardo Teixeira, para abril do ano passado. Ou seja, para an-tes da Copa. O que isso significa? Sig-nifica uma manobra política contra um eventual fracasso da seleção. Caso ela não fosse campeã do mundo, o poder do futebol brasileiro continuaria nas mãos do mesmo grupo de comando.Ricardo Teixeira renunciou ao cargo de presidente do futebol brasileiro – função a qual ficou por mais de duas décadas – após a disseminação de es-cândalos que envolveram o nome do ex-presidente da entidade. A partir daí, o futebol brasileiro passou a ser comandado por José Maria Marin, um dos vice-presidentes antes da saí-da de Ricardo, tendo como vice Marco Pólo Del Nero. A antecipação da eleição presidencialista permitiu que o novo comandante da Confederação fosse es-colhido ainda com um ano de mandato a se cumprir. Quem é o atual presiden-te? Marco Pólo Del Nero; um dos vices? José Maria Marin.

Média de público

Além do aspecto político, a organi-zação do futebol brasileiro – se com-parada com a do alemão – também

deixa a desejar. É incomparável a média de público dos campeonatos brasileiro e alemão das últimas três temporadas.Nos últimos três campeonatos da Bunde-sliga, todos ultrapassaram a média de 40.000 pessoas por jogo. Na temporada 2011/2012, a média foi de 45.083; na tem-porada 2012/2013, 42.646 torcedores por jogo; na temporada seguinte, 2013/2014, 43.173. Em todos os anos citados, o campe-onato alemão foi o primeiro colocado mun-dial nesse quesito.Enquanto isso, o campeonato brasileiro não chegou a 15.000 pessoas de média. Em 2011/2012, a média foi de 14.897 sen-do 14° colocado; 2012/2013, a média caiu para 12.971, por consequência, o Brasil caiu para a 17° posição; e na temporada 2013/2014, 14.951, qualificando o campe-onato brasileiro para o 15° lugar.A desorganização é tamanha e assustado-ra a ponto de campeonatos de futebol de países como Estados Unidos, China e Japão estarem à frente do campeonato do país que autodenomina “o país do futebol”. Em outras palavras, o “país do basquete” (Esta-dos Unidos) tem média de público maior que o “país do futebol” (Brasil).

X

Using

GramofilmeTwo

Com um roteiro feito em dois dias, John Hughes conseguiu

fazer um filme adolescente dos anos 80 diferente de muitos outros sucessos da época.

FiveEles são os esteriótipos perfeitos de muitos jovens da época, e por que

não dizer de hoje?

A frase do trecho da música “Changes” de David Bowie aparece nos créditos iniciais do filme. Ela foi sugerida para

aparecer por Ally Sheedy.

XI

© Chris Tefme - Fotolia.com #61727877

By Jackson TavaresAbril 26, 2015

Clube dos Cinco é um dos clássicos dos anos 80 mais aclamados até hoje, lançado em 1985 com direção e roteiro de John Hughes, seu universo adolescente é tra-balhado diferentemente de qualquer outra obra do gênero. Inicialmente, John Hughes apenas iria escrever o roteiro e produziria o filme, mas se ofereceu para

dirigir, coisa que não agradou muito os investidores, mas Hughes os convenceu argu-mentando que com a escolha da filmagem ser apenas em um local e o orçamento de US$ 1 milhão, os custos iriam cair significadamente.

O filme é estrelado por  Molly Ringwald,  Anthony Michael Hall,  Judd Nelson,  Emilio Es-tevez e Ally Sheedy.

Com um roteiro feito em dois dias, John Hughes conseguiu fazer um filme adolescente dos anos 80 diferente de muitos outros sucessos da época. Clube dos Cinco inicia mostrando a chegada de cinco alunos em uma escola na fictícia cidade de Shermer, Illinois, para cum-prir detenções por um sábado inteiro. Eles são os esteriótipos perfeitos de muitos jovens da época, e por que não dizer de hoje?Claire Standish (Molly Ringwald), a garota bonita e popular; John Bender (Judd Nelson), o encrenqueiro e um “mal exemplo” para qualquer jovem; Brian Johnson (Anthony Michael Hall), o nerd que sempre tira boas notas; Andrew Clarke (Emilio Estevez), garoto popular e atleta da escola; e Allisson Reynolds (Ally Sheedy), a tradicional caso perdido e excluída de qualquer grupo.

Esses cinco “espécimes” são reunidos na biblioteca da escola pelo “linha dura”  Diretor Richard Vernon  (Paul Gleason) que impõe a eles as regras de não falar, não se mexer e não dormir nas próximas oito horas, e que terão de escrever nesse período uma redação de pelo menos 1.000 palavras falando “o que eles pensam deles mes-mos“. A partir daí que a mágica do filme começa, John confronta o diretor chamando palavrões e tentando humilhá-lo na frente dos outros alunos, o Diretor Vernon, com uma forte personalidade, de-volve as ofensas de John do mesmo modo.

John, também gosta de maltratar os outros alunos, sempre xingan-do e inferiorizando-os, muitas vezes chegando a ser chato. Ele não se incomoda de expressar sua aversão à Claire, irritando-a muitas vezes com suas piadas de cunho sexual. O jovem também não se importa de fazer com que Brian pareça um grande idiota na frente dos outros. Andrew, se irrita por várias vezes com John por causa do modo em que ele trata as demais pessoas, os dois chegam a ter um pequena luta corporal, mas nada que demorasse mais de cinco segundos.

stereotypes

Esses cinco “espécimes” são reunidos na biblioteca da escola pelo “linha dura” Diretor Richard Vernon (Paul Gleason)

John Hughes

XII

© vege - Fotolia.com #51176198

Claire, é a típica garota popular, rica e mimada. De início parece não se importar com as ofensas de John, mas explode facilmente e passa a responder as ofensas. Aparentemente, parecia ter in-teresse amoroso em Andrew, mas ao longo do filme esse interes-se vai sendo esquecido.

Brian, é o nerd tímido que tira excelentes notas, é o tipo de alu-no exemplar. Em um momento do filme, John chega até a men-cionar o jeito “certinho” de Brian na fala: “Mané, você é o sonho de todo pai“. Brian em alguns momentos é inseguro de si, quem assiste se faz a mesma pergunta: “O que um cara desses faz em uma detenção?“.

Andrew é o atleta da escola, que de início, nos transmite a ideia de que não fez algo tão grave para estar ali, e que não pode perder a bolsa de estudos. Facilmente irritado e ridicularizado por John, também parece ter interesse amoroso por Claire. Co-incidentemente também perde este interesse ao longo do filme.

Allison é uma garota que quase não fala com ninguém, expres-sando-se apenas por gestos, pelo menos nos primeiros 40 ou 50 minutos de filme. É a única que não é perturbada por John, que talvez, pelo estilo “dark” adotado por ela, fez com que o rapaz a respeitasse, já que ele é adepto a esse estilo. Allison também parece se divertir com as travessuras de John.

Com essas diferenças gritantes, esses alunos tinham mais em comum do que imaginavam. Poderiam ser diferentes em sua aparência, nos gostos e até mesmo na sorte, mas eram atormen-tados pelo mesmo fantasma: o da aceitação por parte das outras pessoas.

Apesar de manterem estereótipos diferentes, ninguém nunca

imaginou que aqueles jovens poderiam se assemelhar tanto. Em uma das cenas em que todos se reúnem para fumar maconha em determinado local da biblioteca, eles começam a partilhar um pou-co de suas vidas uns com os outros, ao mesmo tempo em que se questionam do propósito de manter a velha “aparência” para que as pessoas possam “aceitá-los” em seus padronizados círculos so-ciais. Cada um tem um motivo para estar ali, assim como uma forte história para contar, nos fazendo entender quem realmente são.

Um ponto muito bem evidenciado no filme é que, após estarem juntos, dividindo um pouco de suas vidas uns com os outros, será que na segunda-feira eles poderiam se considerar amigos? Ou que tudo aquilo não passaria apenas de uma reunião banal provocada pelo acaso?

Apesar das poucas horas que aqueles jovens passaram juntos, eles foram mais amigos do que muitas outras pessoas que passaram uma vida juntos. Eles sempre procuraram apoio uns nos outros, mesmo mal se conhecendo, acobertavam as travessuras de  John,  mes-mo que ele os maltratasse. Em fim, o filme traz à tona tudo o que realmente acontece dentro de um ambiente escolar, pois além de casa, é lá que damos os primeiros passos para decidir qual camin-ho seguir, assim como também é lá que nós nos rotulamos ou cria-mos nossas identidades, concepções e caráter para seguir adiante na vida. Aqueles jovens podem ter entrado naquela biblioteca com uma pré-concepção um do outro, mas jamais se esquecerão daquele sábado, e principalmente do verdadeiro “eu” de cada um deles.

Um personagem que também se destaca é o do Diretor Vernon. Ele tenta ao máximo evidenciar sua autoridade sobre os alunos, ao mes-mo tempo em que se questiona ou quem sabe reflita sobre quando

XIII

ele mesmo era jovem, e agora se encontra ali, naquela situação no que parece estar repreendendo algo que talvez ele já tenha sido. Uma boa cena descrevendo isso é quando ele inicia uma conversa com o ze-lador Karl (John Reed), onde ele coloca em questão a sua imagem e qual o conceito que os jovens tem sobre ela.

Aconselho que assista O Clube dos Cinco, pois apesar de ser um filme de 1985, é bas-tante atual devido sua abordagem meio que psicológica e bastante real do que pode ser a vida de um aluno de colegial e dos educadores responsáveis por esses alunos. Um filme que vai viver para sem-pre.

A frase do trecho da música “Changes” de David Bowie aparece nos créditos inici-ais do filme. Ela foi sugerida para aparecer por Ally Sheedy.

“…E essas crianças nas quais vocês cospem e que tentam mudar os seus mundos são imunes às suas consultas. Tem consciência de tudo que acontece com elas..”

David Bowie

“…E essas crianças nas quais vocês cospem e que tentam mudar os seus mundos são imunes às suas

consultas. Tem consciência de tudo que acontece com elas..”

David Bowie

Richard Vernon (Paul Gleason)

XIV

FreePará isso?

Conheça a praia do Caripi. Ela é muito bonita, tranquila e agradável, a 14,61 quilômetros de Belém, no município de

Barcarena

$

XV

© olly - By Madson #000001

O feriado ou o final de semana está chegando e não sabe o que fazer e nem para onde ir? Temos uma ótima dica para você que quer sair da rotina e dos transtornos da cidade grande ou da capital. Conheça a praia do Caripi.

Ela é muito bonita, tranquila e agradável, a 14,61 quilômetros de Belém, no município de Barcarena e fique hospedado em um lugar muito especial: o Samaúma Park Hotel. A beleza da natureza do lu-gar é algo que é sempre impressionante e surpreendente. A praia do Caripi é um exemplo desta beleza: banhada pelo rio Pará é uma das mais bonitas da região amazônica e ainda ocorre uma grande preservação da natureza neste local.

Paz e conforto são um dos sinônimos do maior e um dos mais bem equipados hotéis da região: o Samaúma Park Hotel. Ele foi planeja-do tendo como regra o respeito e a valorização das riquezas natu-rais da Amazônia. O processo de sua construção começou em 1995 com os chalés. Em 1997, foi erguido um importante ponto turísti-co no hotel que é muito visitado. Este espaço recebeu o nome de Casa da Árvore. Dois anos depois, o complexo ganharia um Centro de Convenções. Em 2001, os dois prédios com apartamentos. Em 2003, o Samaúma Park Hotel ergueu um novo prédio para  a re-cepção de seus visitantes. 

Opções.Os visitantes podem chegar neste incrível local por terra ou rio. Todos os caminhos ao Samaúma Park possuem rapidez e segurança. Um deles é através da Alça Viária, um conjunto de estradas e pontes. A viagem pode ser feita de carro ou ônibus até Barcarena. Seguindo de carro ao deixar Belém, a viagem dura aproximadamente uma1h30; já de ônibus chega a 2h30. Se preferir, o visitante pode viajar pelo rio. Balsas diárias, com capacidade para até 70 veículos, partem de hora em hora do

Porto de Balsas Transarapari, centro de , até o porto do Arapari, numa viagem de aproximadamente 1h.Outra opção pelos rios é através dos navios exclusivos de passageiros que também saem de Belém em direção a Barcarena. Este tipo de viagem permite ao visitante conhecer rios, furos e igarapés característicos da geografia amazônica. A história do Samaúma Park Hotel teve início há mais de 50 anos com o mesmo ritmo de paz, tranquilidade e conforto. A equipe do local está sempre pensando em fazer o melhor para os hóspedes, e ele pode ser você.

Casa da ÁrvoreTem este nome, pois uma casa foi erguida e

preservada no centro de uma grande árvore.

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ExpedienteEditor e diretor responsável: Douglas GomesRedação: Lucas Gil Correa dos Santos, Heryka Sousa e Anjos, Octávio Augusto Almeida Corrêa Jr. Participação Gramofilmes: Jackson Tavares Diretora de arte: Douglas GomesAssistente de arte: Madson Victor Monteiro Moraes Revisão: ??????

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