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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS CENTRO DE ARTES História da arte I – Arte Cristã Primitiva, Bizantina e Islâmica Prof.ª. Caroline Bonilha

História Da Arte - Arte Paleocristã e Bizantina

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História da Arte - Arte Paleocristã e Bizantina

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ISTO É ARTE?

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS

CENTRO DE ARTES

História da arte I – Arte Cristã Primitiva, Bizantina e Islâmica

Prof.ª. Caroline Bonilha

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ISTO É ARTE?

Contexto Histórico

313 d.C. o imperador romano Constantino promulgou o Edito de Milão , a favor do cristianismo;

323 d.C., Constantino, o Grande, transferiu a capital do Império Romano para cidade grega de Bizâncio, que passou a ser conhecida como Constantinopla;

Em 380, Teodósio proclamou o cristianismo como religião oficial do Império;

As províncias ocidentais logo caíram nas mãos de tribos germânicas invasoras;

No império do ocidente, no final do século VI, havia sumido qualquer sinal de poder centralizado.

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ISTO É ARTE?

ARGAN, História da arte italiana, vol. 01, p. 241

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ISTO É ARTE?

ARGAN, História da arte italiana, vol. 01, p. 241

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ISTO É ARTE?

Orien

te

Oci

den

te

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“O que torna impossível discutir o desenvolvimento da arte cristã do Império Romano sob um único título é, muito mais do que a separação política, a cisão religiosa entre Ocidente e Oriente. Estritamente falando,

‘primitivo cristão’ não define um estilo; refere-se,

pelo contrário, a qualquer obra de arte produzida pelos ou para os cristãos no período anterior à separação da Igreja Ortodoxa – aproximadamente os primeiros cinco século da nossa era.”

Janson, 2009, pág. 88, 89.

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ARTE CRISTÃ PRIMITIVA OU PALEOCRISTA – SÉC. I ao V

Fase das Catacumbas

(séc. I ao III)

Arte Triunfal (séc. III ao V)

Arte Românica (Ocidente)

Arte Bizantina (Oriente)

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Características históricas e estéticas: - Desenvolve-se em territórios pertencentes ao Império

Romano; - Existem registros de grandes comunidades cristãs no norte da

África e Oriente Próximo;

- Perseguições por parte de Imperadores;

- Poucos vestígios de arte cristã nos primeiros três séculos de nossa era;

- Exceção: pinturas nas catacumbas;

- Fé na vida eterna no paraíso;

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• Descendência da linguagem pictórica romana, embora executada com menos habilidade;

• Utilização de um vocabulário tradicional para transmissão de novos conteúdos;

• Intenso simbolismo;

• Simplificação das formas;

• Figuras bidimensionais;

• Existem cerca de 40 catacumbas nos arredores de Roma;

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La Cripta dei Papi Cripta di santa Cecilia

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I Cubicoli dei Sacramenti Catacumba de Priscila

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Catacumba de Santos Pedro e Marcelino na Via Labicana

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Profetas

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Catacumba de Domitila

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Catacumba de Domitila

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Catacumba Via Latina

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(...) quer se trate de composição livre ou segmentada em compartimentos, o problema não muda: a unidade da história é destruída, a narrativa, desarticulada, a representação animada, substituída pela apresentação das imagens. Mas, exatamente porque a história figurada, como tal, não interessa mais, é preciso que as imagens se imponham a vista: por isso a técnica simplifica-se e tende a obter fortes efeitos visuais, modelando sumariamente para obter fortes contrastes de luz e sombra (...)

História da Arte Italiana, Argan, pág. 245.

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Com o triunfo do cristianismo como religião do estado, no governo de Constantino, teve início um florescimento quase imediato da arquitetura voltada para construção de igrejas em ambas as metades do Império. Antes disso, não tinha sido possível às congregações reunirem-se em público, e o culto religioso era realizado às escondidas, nas casas dos membros mais ricos; agora, novos e impressionantes edifícios se faziam necessários, para que todos pudessem ver.

Janson, 2009, pág. 90.

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Arquitetura – Características

• A planta deveria respeitar a função social da igreja;

• Origina-se em estruturas preexistentes, principalmente na planta das basílicas e na rotunda;

Basílica cristã • Planta longitudinal, partes divididas com simetria bilateral

em relação ao eixo maior do retângulo;

• Apresenta uma nave central e duas ou quatro naves laterais separadas por fileiras de colunas;

• Em um dos lados mais curtos encontra-se a entrada, do lados oposto uma cavidade semicircular chamada abside, coberta por meia-cúpula;

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Basílica cristã

• A cobertura de madeira, costumava deixar as tesouras do teto à vista;

• O arco que une a abside a grande nave é chamado de arco triunfal, abaixo dele fica o altar;

Rotunda Cristã

• Os edifícios de planta circular foram utilizados como batistérios ou martíria;

• Possuem planta central com as partes distribuídas em simetria raiada em torno do eixo vertical central;

• Na maioria possuem um vão anular ou deambulatório, coberto por uma abóboda de berço e separado por um circulo de colunas do vão central.

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San Salvatore de Spoleto – Séc. IV

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Santa Sabina

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ARGAN, História da arte italiana, vol. 01, p. 247, 248.

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Basílica de Santa Maria Maior, Roma

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Mausoléu de Santa Constanza, Roma

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São Stefano Rotondo, Roma

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Mosaicos

Embora os romanos também fizessem mosaicos, haviam usado tesselas de mármore, cuja variação de cores é muito limitada; esses mosaicos eram mais adequados para a decoração de assoalhos do que de paredes. Os enormes e complexos mosaicos de paredes das primitivas igrejas cristãs realmente não tem precedentes, seja por seu tamanho ou pela técnica utilizada. Em vez de pedra, os cubos da tessela são feitos de vidro; as cores são brilhantes, mas pobres quanto a gradação de tons, de modo que não se prestam facilmente à cópia de pinturas.

Janson,2009, pág. 92.

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Santa Pudenziana

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Santa Pudenziana

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Sant‘Apollinare in Classe - Ravena

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Arte Bizantina

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O império Oriental ou Bizantino sobreviveu a todos os ataques, sob Justiniano (527 -65 d.C.), alcançou poder e estabilidade;

Com a ascensão do Islã, cem anos mais tarde, as partes do Império na África e no Oriente Próximo foram devastadas por conquistadores;

No séc. XI, os turcos ocuparam uma grade parte da Ásia Menor enquanto as últimas possessões bizantinas no ocidente caíram nas mãos dos normandos;

O Império Bizantino perdurou até 1453 quando os turcos conquistaram Constantinopla.

Contexto Histórico

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ISTO É ARTE?

O império Oriental ou Bizantino sobreviveu a todos os ataques, sob Justiniano (527 -65 d.C.), alcançou poder e estabilidade;

Com a ascensão do Islã, cem anos mais tarde, as partes do Império na África e no Oriente Próximo foram devastadas por conquistadores;

No séc. XI, os turcos ocuparam uma grade parte da Ásia Menor enquanto as últimas possessões bizantinas no ocidente caíram nas mãos dos normandos;

O Império Bizantino perdurou até 1453 quando os turcos conquistaram Constantinopla.

Contexto Histórico

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Império Romano do Oriente O reinado do imperador Justiniano assinala o ponto em que a supremacia do Império Romano do Oriente sobre o Ocidente torna-se completa e definitiva. Justiniano era um protetor das artes, as obras que ele patrocinou ou incentivou tem uma grandiosidade imperial que justifica plenamente o reconhecimento daqueles que chamaram sua época de Idade do Ouro. Também exibem uma coerência interna de estilo que as liga mais fortemente ao futuro da arte bizantina do que a arte dos séculos anteriores.

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Imperador Justiniano e sua comitiva 547 – 548 d.C. Mosaico San Vitale Ravenna

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Imperatriz Theodora e sua comitiva San Vitale, Ravenna

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Ícones

Termo de origem grega εἰκών, (eikon, imagem). No campo da arte pictórica religiosa identifica uma representação sacra pintada, usualmente, sobre um painel de madeira;

O ícone é a representação da mensagem cristã descrita por palavras nos Evangelhos;

Criação bizantina do século V;

Depois da queda de Constantinopla em 1453, a população dos Bálcãs tornou-se a principal produtora desse tipo de representação sacra;

O maior pintor russo de ícones foi Andrei Rublev.

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Anunciação, Catedral da Anunciação, 1405

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Características gerais

Pintado sobre um painel de madeira, geralmente larice ou abeto;

Depois de feito o desenho a pintura começa pela aplicação do dourado, geralmente nas bordas, detalhes das roupas, fundo e resplendores ou coroas;

Logo em seguida vem as roupas, construções e a paisagem de fundo;

A última etapa é a aplicação do branco puro na face e mãos. O efeito tridimensional era alcançado misturando ocre ao branco e aplicando essa mistura nas maçãs do rosto, nariz e testa. Uma fina camada de verniz avermelhado produz um sutil acabamento nos lábios, face e ponta do nariz. Um verniz marrom era usado no cabelo, barbas e detalhes dos olhos.

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O simbolismo de cores e letras • Azul: transcendência, mistério divino; • Vermelho: humano, sangue dos mártires; • Verde: símbolo da natureza, da fertilidade e da abundância; • Marrom: terrestre, o humilde e pobre. • Branco: harmonia, a paz, a cor do divino que representa a luz que se avizinha.

Muitos ícones trazem a inscrição ICXC, forma grega abreviada de Cristo. Também Ø O N, significando ‘’aquele que é’’, aparece nas auréolas. Maria é frequentemente identificada com MP OU, madre partena.

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São Miguel, Museu Cristão e Bizantino, Atenas

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