História 1 · História 5 Doctor On Ana Schmidt 06. (Bernoulli, Simulado 8 ENEM 2020) A ação do...
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História 1 Doctor On Ana Schmidt SUMÁRIO 1. Brasil: Colonial............................................................................................................................ 02 2. Brasil: Monarquia........................................................................................................................ 08 3. Brasil: República......................................................................................................................... 15 4. Brasil: Era Vargas....................................................................................................................... 16 5. Brasil: República Liberal Populista.............................................................................................. 17 6. Brasil: Estado Militar.................................................................................................................... 17 7. Brasil: Nova República................................................................................................................ 18 8. Geral: Mundo Moderno............................................................................................................... 24 9. Geral: Mundo Contemporâneo.................................................................................................... 30 10. Geral: Mundo Pós 45................................................................................................................ 31
História 1 · História 5 Doctor On Ana Schmidt 06. (Bernoulli, Simulado 8 ENEM 2020) A ação do Estado pombalino, em consonância com o pensamento iluminista português, foi além
TESTES DE FIXAÇÃO
01. O primeiro bispo do Brasil, Pero Fernandes Sardinha
(1496-1556), alertou: viemos para catequizar o gentio, e não o
contrário. Manuel da Nóbrega travou com ele uma acirrada batalha de
palavras, iniciada em correspondência enviada a Lisboa em 1552 para
o padre Simão Rodrigues (1510-1579), um dos fundadores da
Companhia. Sardinha viu e ouviu europeus cantando em louvor a Deus,
mas ao modo gentílico. Relatou, indignado, que tocavam instrumentos
musicais usados pelos índios em rituais antropofágicos. O bispo
afirmou que assim os evangelizadores poriam a perder seu árduo
trabalho, pois alimentavam nos nativos a ideia de que os costumes
indígenas eram verdadeiramente bons. (...) Certa vez, Nóbrega
afirmou que seria por meio da música que se conquistariam todos os
índios da América. Mas Sardinha discordava. Para ele, as atitudes
dos jesuítas e as manifestações indígenas que compartilhavam eram
inadmissíveis e inaudíveis. O destino interrompeu a contenda poucos
anos depois, quando o navio que levava o bispo à metrópole
naufragou na costa do atual estado de Alagoas e os tripulantes
foram devorados pela população indígena local. Sabe-se que os ossos
de alguns inimigos mortos pelos índios se transformaram em
utensílios domésticos, ou até mesmo em instrumentos musicais.
Podemos cogitar, e não seria de todo fantasia, que os ossos do
grande opositor da música nas aldeias tenham virado, por ironia do
destino, flauta indígena.
Fontehttp://www.revistadehistoria.com.br/secao/artigos-revista/apelo-gospel.
Acesso em 15/03/2012
A leitura do fragmento nos permite inferir que A) o etnocentrismo
europeu presente no discurso católico impediu o aproveitamento de
elementos culturais indígenas. B) a contrarreforma proporcionou
unidade doutrinaria e evangelística para as ordens religiosas na
catequese dos índios. C) as tentativas de conversão dos indígenas
eram infrutíferas em função das barreiras linguísticas e culturais.
D) os povos indígenas desconheciam formas de expressão musicais e
ignoraram o uso da mesma pelos padres jesuítas. E) a cultura
indígena teve vários de seus elementos apropriados pelos
colonizadores em seu próprio proveito. 02. Leia o documento a
seguir. Agora vejo que vós outros sois grandes loucos, pois
atravessais o mar e sofreis grandes incômodos para chegar aqui.
Trabalhais tanto para amontoar riquezas para vossos filhos ou para
aqueles que vos sobrevivem! Não será a terra que vos nutriu
suficiente para alimentá-los também? Temos pais, mães e
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filhos a quem amamos; mas estamos certos de que, depois de nossa
morte, a terra que nos nutriu também os nutrirá, por isso
descansamos sem maiores cuidados.
LÉRY, Jean de. Viagem à terra do Brasil. Disponível em:
<www.iande.art.-be/textos/velho tupinambá. htm>. Acesso em:
28 jan. 2013. (Adaptado).
O contato entre os viajantes europeus e as populações indígenas foi
marcado pela oposição entre modos de vida. O documento apresentado
evidencia a percepção de tempo do tupinambá, quando ele critica a
A) necessidade de acumulação de riqueza por parte do europeu para
provimento futuro. B) concepção messiânica europeia evocada pelos
sacrifícios vivenciados na travessia marítima. C) continuidade da
vida após a morte em analogia aos ciclos da natureza. D) existência
de gerações distintas que trabalham pelo bem comum. E) forma de
exploração econômica da terra que exaure os recursos naturais. 03.
A partir da segunda metade do século XVIII, o número de escravos
recém-chegados cresce no Rio e se estabiliza na Bahia. Nenhum lugar
servia tão bem à recepção de escravos quanto o Rio de
Janeiro.
FRANÇA, R. O tamanho real da escravidão. O Globo, 5 abr. 2015
(adaptado).
Na matéria, o jornalista informa uma mudança na dinâmica do tráfico
atlântico que está relacionada à seguinte atividade: A) Coleta de
drogas do sertão. B) Extração de metais preciosos. C) Adoção da
pecuária extensiva. D) Retirada de madeira do litoral. E)
Exploração da lavoura de tabaco. 04. (Bernoulli, Simulado 8 ENEM
2020) A criação das capitanias hereditárias marca o começo de uma
nova relação entre a colônia brasileira e sua metrópole. Foi um
movimento essencialmente político que, além de constituir o
primeiro esforço formal de colonizar as terras do Novo Mundo,
definiu uma mudança de postura por parte de Portugal com relação ao
seu mais novo território [...]. Este sistema era baseado na
concessão de grandes faixas de terra para um donatário, que
passaria a ter total autonomia sobre aquele território e receberia
privilégios econômicos, devendo este única e exclusivamente iniciar
e desenvolver centros populacionais [...]. O território brasileiro
foi assim dividido em quinze capitanias, entre os anos de 1534 a
1536, cada uma com um respectivo donatário (a alguns donatários foi
concedida mais de uma capitania), essencialmente membros da nobreza
portuguesa ou ligados de alguma forma ao rei Dom João III.
MATTOS, E; INNOCENTINNI, T; BENELLI, Y. Capitanias hereditárias e
desenvolvimento econômico: herança colonial sobre desigualdade e
instituições. Pesquisa e planejamento econômico, v. 42, n. 3, dez.
2012.
A implementação do sistema descrito no texto reforça que a
colonização portuguesa da América, nas primeiras décadas do século
XVI, foi marcada pelo A) sucesso do projeto luso de ocupação plena
do território colonial. B) esforço da metrópole na centralização
administrativa da colônia. C) papel destacado de particulares no
empreendimento colonizador. D) acirramento das disputas entre
colonos pela propriedade da terra. E) êxito da Coroa lusa em
impedir as investidas estrangeiras à colônia. 05. (Bernoulli,
Simulado 8 ENEM 2020) Em obra editada por ocasião das comemorações
do centenário do desembarque da família real para o Brasil, Manuel
de Oliveira Lima (1908) distinguia a abertura dos portos como a
responsável pelo fim da sujeição colonial e a configuração de um
Reino “autônomo e emancipado” de sua antiga metrópole, mas que
ainda se mantinha subordinado à autoridade do monarca português.
[...] Oliveira Lima declarava que a abertura dos portos não deveria
ser entendida como uma “desinteressada e intencional cortesia do
príncipe regente aos seus súditos ultramarinos”, mas sim como uma
“precaução econômica necessária e inadiável” face à desarticulação
do comércio marítimo entre os reinos de Portugal e
Inglaterra.
MATTOS, R. Versões e interpretações: revisitando a historiografia
sobre a abertura dos portos brasileiros (1808). In: Revista de
História Regional y Local, Medellín, v. 9, n. 17, p. 471-506,
jan.-jun. 2017. p. 480. [Fragmento adaptado]
Com base na sua visão historiográfica a respeito dos eventos da
chegada da Corte portuguesa ao Brasil em 1808, o escritor Manuel de
Oliveira Lima define o Decreto de Abertura dos Portos como uma A)
ação com o propósito de garantir plena liberdade econômica à
colônia. B) deliberação que prejudicava interesses portugueses em
solo brasileiro. C) medida de consolidação do controle econômico da
metrópole no Brasil. D) providência que emancipava o comércio
português da influência britânica. E) resposta ao conflito político
e diplomático vivido pelos lusitanos na Europa.
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06. (Bernoulli, Simulado 8 ENEM 2020) A ação do Estado pombalino,
em consonância com o pensamento iluminista português, foi além e
trouxe medidas que não apenas favoreceram a laicidade – ao reforçar
o poder do Estado na ação política e no controle público – como
promoveram também uma via emancipatória que ficaria clara no
liberalismo português do século XIX e nas lutas por libertação
nacional que aconteciam no Brasil daqueles tempos.
BOTO, C. A dimensão iluminista da reforma pombalina dos estudos:
das primeiras letras à universidade. Revista Brasileira de
Educação, v. 15, n. 44, mai.-ago. 2010. p. 297 [Fragmento
adaptado]
A análise das medidas adotadas no século XVIII pelo Marquês de
Pombal evidencia que a experiência do despotismo esclarecido em
Portugal A) eliminou a forte vertente intervencionista da Coroa
lusitana. B) possibilitou a emergência de ações políticas
revolucionárias. C) promoveu a descentralização política no reino e
suas colônias. D) retardou a modernização das instituições
políticas portuguesas. E) determinou a dependência do Estado com
relação à Igreja católica. 07. (Bernoulli, Simulado 8 ENEM 2020) No
quinquênio entre a restauração da Bahia e a ocupação holandesa de
Pernambuco, a situação militar e financeira da monarquia espanhola
deteriorara-se gravemente, o que explica em grande parte por que
ela respondeu célere e energicamente em favor de Salvador, mas não
pôde fazê-lo em favor de Olinda.
MELLO, Evaldo Cabral de - Olinda Restaurada. Guerra e Açúcar no
Nordeste 1630-1654. Rio de Janeiro: Topbooks, 1998.
De acordo com o texto, os desdobramentos das invasões holandesas à
capitania de Pernambuco durante o século XVII indicam que A) a
população de Pernambuco teve que arcar com sua própria defesa. B)
os colonos pernambucanos tiveram o mesmo destino que os baianos. C)
a Espanha foi negligente frente a tomada do território
pernambucano. D) os pernambucanos eram incapazes de se organizarem
contra o invasor. E) os invasores eram militarmente fortes, apesar
de financeiramente frágeis. 08. (Bernoulli, Simulado 8 ENEM 2020)
[...] Nas últimas décadas do século XVIII, a sociedade mineira
entrara em uma fase de declínio, marcada pela queda contínua da
produção de ouro e pelas medidas da Coroa, no sentido de garantir a
arrecadação do quinto. Se examinarmos um pouco a história pessoal
dos inconfidentes, veremos que tinham também razões especificas de
descontentamento. [...] formado por mineradores, fazendeiros,
padres envolvidos em negócios, funcionários, advogados de prestigio
e uma alta patente militar, o comandante dos Dragões, Francisco de
Paula Freire de Andrade. Todos eles tinham vínculos com as
autoridades coloniais da capitania e, em alguns casos (Alvarenga
Peixoto, Tomás Antônio Gonzaga) ocupavam cargos na
magistratura.
FAUSTO, B. História do Brasil. São Paulo: Editora da Universidade
de São Paulo, 2012. p.102.
Em relação à Inconfidência Mineira, o texto demonstra que a revolta
se caracterizou pela participação hegemônica A) da classe
militarista. B) de parcela dos escravos libertos. C) de parte da
elite intelectual da colônia. D) de membros da aristocracia
portuguesa. E) das camadas mais baixas da população colonial. 09.
(Bernoulli, Simulado 8 ENEM 2020) Verde sonho!... é a jornada ao
país da Loucura! Quantas bandeiras já, pela mesma aventura Levadas,
em tropel, na ânsia de enriquecer! Em cada tremedal, em cada
escarpa, em cada Brenha rude, o luar beija à noite uma ossada, Que
vêm, a uivar de fome, as onças remexer. [...] Sete anos! combatendo
índios, febres, paludes, Feras, répteis, – contendo os sertanejos
rudes, Dominando o furor da amotinada escolta... Sete anos!... E
ei-lo de volta, enfim, com o seu tesouro! Com que amor, contra o
peito, a sacola de couro Aperta, a transbordar de pedras verdes! –
volta… BILAC, O. O caçador de esmeraldas. Disponível em:
<http://www.biblio.com.br>. Acesso em: 28 fev. 2019.
[Fragmento adaptado]
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Publicados em 1902, os versos de Olavo Bilac descrevem a saga do
bandeirante Fernão Dias pelo atual estado de Minas Gerais, ocorrida
no último quarto do século XVII. O poeta contribuiu para a produção
de uma mitologia em torno das bandeiras, uma vez que narra a A)
cooperação estabelecida entre bandeirantes e indígenas. B)
pacificidade das ações empreendidas pelos bandeirantes. C) ganância
que motivou os desbravadores do interior colonial. D) natureza
civilizatória das expedições dos sertanistas paulistas. E)
vulnerabilidade dos bandeirantes frente aos perigos enfrentados.
10. (Bernoulli, Simulado 8 ENEM 2020) No centro de sua família, o
senhor de engenho devia irradiar autoridade, respeito e ação. Sob
seu comando dobravam-se filhos, parentes pobres, irmãos, bastardos,
afilhados, agregados e escravos. Uma esposa, às vezes bem mais
jovem, movia-se em sua sombra. Ela vivia para gerar filhos,
desenvolvendo, entretempo, uma atividade doméstica – costura,
doçaria, bordados – alternada com práticas de devoção piedosa. Na
sua ausência, contudo, assumia as responsabilidades de trabalho com
vigor igual ao do marido. Sua família era a formulação exterior de
uma sociedade, mas não o domínio do prazer sexual. A possibilidade
de se servirem de escravas criou no mundo dos senhores uma divisão
racial do sexo. A esposa branca era a dona de casa, a mãe dos
filhos.
DEL PRIORE, M.; VENÂNCIO, R. P. O livro de ouro da história do
Brasil. Rio de Janeiro: Ediouro, 2001. p. 63.
A sociedade açucareira no Brasil do Período Colonial era marcada,
de acordo com o texto, pelo(a) A) legitimação social das relações
de amancebamento. B) patriarcalismo, que permeava toda a estrutura
social. C) impossibilidade de mobilidade entre os estratos sociais.
D) rígida hierarquização, que impedia a miscigenação racial. E)
antagonismo e independência entre senhores e escravos.
Gabarito
01 E 06 B
02 A 07 A
03 B 08 C
04 C 09 D
05 E 10 B
01. E Apesar de desprezar boa parte da cultura dos povos indígenas,
os colonizadores europeus tiveram que apropriar-se dos
conhecimentos dos nativos para sobreviver nos trópicos e assegurar
a colonização e, portanto, impor seus interesses sobre os índios.
02. A A noção de riqueza era completamente diferente para o europeu
e para o indígena. Podemos tomar o valor do ouro como exemplo: para
os índios, era objeto de adorno, sem valor; para os europeus, era
fonte preciosa de acumulação de capital, muito valioso. 03. B O
deslocamento do tráfico de escravos africanos da Bahia para o Rio
de Janeiro, na segunda metade do século XVIII, foi uma consequência
da exploração aurífera realizada em Minas Gerais, tendo como
principal porto de escoamento o Rio de Janeiro. A mudança da
capital de Salvador para o Rio constituiu um indício significativo
dessa alteração nas rotas do tráfico negreiro. 04. C As capitanias
hereditárias já eram utilizadas em outras áreas do Império luso,
que não possuía condições de financiar o início da colonização na
América. Para tanto, o Estado utilizou-se dos recursos de
comerciantes do reino, que receberam faixas de terras
perpendiculares ao Tratado de Tordesilhas até a área litorânea.
Conforme é tratado no texto, o donatário tinha total autonomia
sobre o território, sendo responsabilidade deste ocupar essas
terras e produzir nelas. A implementação desse sistema foi
importante para os esforços portugueses na colonização e o papel
dos particulares nesse empreendimento.
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05. E Ao evocar a desarticulação nas relações comerciais entre
Portugal e Inglaterra e estabelecer o decreto de Abertura dos
Portos como uma resposta inadiável à situação que estava
estabelecida, Oliveira Lima faz menção à crise diplomática vivida
com a França napoleônica. O Bloqueio Continental de 1806 colocou os
portugueses em uma situação delicada: deveriam abandonar relações
com os ingleses para não sofrerem uma invasão do exército
napoleônico. Assim, a fuga da Corte lusitana para o Brasil e a
Abertura dos Portos foram medidas tomadas pela Coroa portuguesa a
fim de manter as relações econômicas com os ingleses. 06. B O texto
aponta que a influência das ideias iluministas na reforma do Estado
português feita pelo Marquês de Pombal no século XVIII determinou a
construção de uma “via emancipatória” na política portuguesa, o que
ficou evidenciado nas ações políticas revolucionárias do século
XIX: no reino, as lutas das Cortes portuguesas nas revoltas
liberais; no Brasil, os movimentos separatistas na virada do século
e a luta pela independência. 07. A Por duas vezes os holandeses
tentaram ocupar o Brasil colonial. Na primeira tentativa, em 1624,
os flamengos tentaram ocupar a capital Salvador, mas, fortemente
combatidos pela Coroa espanhola, não tiveram sucesso. Em 1630, os
holandeses invadiram a capitania de Pernambuco, valendo-se do seu
poderio naval e dos recursos e riquezas da Companhia das índias
Ocidentais, empresa que patrocinava as invasões das áreas de
domínio espanhol. Ainda que historicamente seja discutível a
postura negligente da Espanha frente à tomada do território
pernambucano, de acordo com o texto, a Coroa espanhola não dispunha
de condições militares e financeiras para auxiliar a resistência
dos colonos à invasão holandesa de maneira, que a população de
Pernambuco teve que arcar com sua própria defesa contra os
flamengos. 08. C O texto apresenta elementos sobre os participantes
da Inconfidência Mineira, sendo eles, mineradores, fazendeiros,
padres envolvidos em negócios, funcionários, advogados de
prestígio, etc. Além de estudantes da elite e de alguns membros da
classe média, portanto é perceptível a participação hegemônica de
parte da elite intelectual da colônia. As preocupações dos
insurgentes tinham caráter elitista, ou seja, não havia preocupação
com a melhoria de vida da população mais pobre ou de ex escravos.
09. D Os versos de Olavo Bilac apresentam os perigos e dificuldades
enfrentadas pelos bandeirantes. Mesmo diante das adversidades, o
bandeirante do poema consegue atingir seu objetivo e descobre as
tão desejadas esmeraldas. Ao mesmo tempo, ele combate as ameaças do
interior: os índios, os animais selvagens, as doenças e a natureza.
Assim, Bilac apresenta o sertanista como um elemento que põe ordem
no sertão e leva a civilização para o interior do país. Os versos
de Olavo Bilac apresentam a violência inerente às bandeiras, seja
nos conflitos com os indígenas ou na luta contra os perigos do
sertão (animais selvagens e doenças). Assim, o bandeirante de Bilac
não é plácido ou pacífico; ele é dotado de força e destreza para
combater os empecilhos de sua ação no sertão. 10.B A estrutura da
sociedade colonial, construída em torno da empresa açucareira, era
rígida e hierárquica, controlada pelo senhor de engenho. Os
senhores de engenho exerciam o controle sobre todos os que dele
dependiam, fossem parentes, agregados, camponeses arrendatários de
terra, técnicos do açúcar, padres ou escravos. A sociedade
açucareira estava baseada no paternalismo e no patriarcalismo, que
permeavam toda a estrutura social.
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01. Entre os combatentes estava a mais famosa heroína da
Independência. Nascida em Feira de Santana, filha de lavradores
pobres, Maria Quitéria de Jesus tinha trinta anos quando a Bahia
começou a pegar em armas contra os portugueses. Apesar da proibição
de mulheres nos batalhões de voluntários, decidiu se alistar às
escondidas. Cortou os cabelos, amarrou os seios, vestiu-se de homem
e incorporou-se às fileiras brasileiras com o nome de Soldado
Medeiros.
GOMES, L. 1822. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2010.
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No processo de Independência do Brasil, o caso mencionado é
emblemático porque evidencia a A) rigidez hierárquica da estrutura
social. B) inserção feminina nos ofícios militares. C) adesão
pública dos imigrantes portugueses. D) flexibilidade administrativa
do governo imperial. E) receptividade metropolitana aos ideais
emancipatórios. 02. Art. 90. As nomeações dos deputados e senadores
para a Assembleia Geral, e dos membros dos Conselhos Gerais das
províncias, serão feitas por eleições, elegendo a massa dos
cidadãos ativos em assembleias paroquiais, os eleitores de
província, e estes, os representantes da nação e província. Art.
92. São excluídos de votar nas assembleias paroquiais: I. Os
menores de vinte e cinco anos, nos quais se não compreendem os
casados, os oficiais militares,
que forem maiores de vinte e um anos, os bacharéis formados e os
clérigos de ordens sacras. II. Os filhos de famílias, que estiverem
na companhia de seus pais, salvo se servirem a ofícios
públicos.
III. Os criados de servir, em cuja classe não entram os
guarda-livros, e primeiros caixeiros das casas de comércio, os
criados da Casa Imperial, que não forem de galão branco, e os
administradores das fazendas rurais e fábricas.
IV. Os religiosos e quaisquer que vivam em comunidade claustral. V.
Os que não tiverem de renda líquida anual cem mil réis por bens de
raiz, indústria, comércio, ou
emprego. BRASIL. Constituição de 1824. Disponível em:
www.planalto.gov.br. Acesso em: 4 abr. 2015 (adaptado).
De acordo com os artigos do dispositivo legal apresentado, o
sistema eleitoral instituído no início do Império é marcado pelo(a)
A) representação popular e sigilo individual. B) voto indireto e
perfil censitário. C) liberdade pública e abertura política. D)
ética partidária e supervisão estatal. E) caráter liberal e sistema
parlamentar. 03.
V – O samba À direita do terreiro, adumbra-se* na escuridão um
maciço de construções, ao qual às vezes
recortam no azul do céu os trêmulos vislumbres das labaredas
fustigadas pelo vento. (...) É aí o quartel ou quadrado da fazenda,
nome que tem um grande pátio cercado de senzalas, às vezes com
alpendrada corrida em volta, e um ou dois portões que o fecham como
praça d’armas. Em torno da fogueira, já esbarrondada pelo chão, que
ela cobriu de brasido e cinzas, dançam os pretos o samba com um
frenesi que toca o delírio. Não se descreve, nem se imagina esse
desesperado saracoteio, no qual todo o corpo estremece, pula,
sacode, gira, bamboleia, como se quisesse desgrudar-se. Tudo salta,
até os crioulinhos que esperneiam no cangote das mães, ou se
enrolam nas saias das raparigas. Os mais taludos viram cambalhotas
e pincham à guisa de sapos em roda do terreiro. Um desses corta
jaca no espinhaço do pai, negro fornido, que não sabendo mais como
desconjuntar-se, atirou consigo ao chão e começou de rabanar como
um peixe em seco. (...)
José de Alencar, Til. (*) “adumbra-se” = delineia-se,
esboça-se.
Considerada no contexto histórico a que se refere Til, a
desenvoltura com que os escravos, no excerto, se entregam à dança é
representativa do fato de que A) a escravidão, no Brasil, tal como
ocorreu na América do Norte e no Caribe, foi branda. B) se permitia
a eles, em ocasiões especiais e sob vigilância, que festejassem a
seu modo. C) teve início nas fazendas de café o sincretismo das
culturas negra e branca, que viria a caracterizar a cultura
brasileira. D) o narrador entendia que o samba de terreiro era, em
realidade, um ritual umbandista disfarçado. E) foi a generalização,
entre eles, do alcoolismo, que tornou antieconômica a exploração da
mão de obra escrava nos cafezais paulistas. 04. Paraguai exige do
Brasil a volta do “Cristão”, trazido como troféu de guerra A Guerra
do Paraguai ainda não acabou no imaginário dos paraguaios. A última
batalha entre as tropas locais e a Tríplice Aliança (Brasil,
Argentina e Uruguai) ocorreu em 1870, mas os rancores provocados
pela derrota, que levou o país vizinho a uma ruína cujos efeitos
ainda estão presentes, continuam vivos para a maioria da população.
O governo paraguaio exige que o Brasil devolva um combalido
sobrevivente: o
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canhão El Cristiano (O Cristão), considerado um herói paraguaio,
mas que talvez nunca tenha feito um disparo. [...] O presidente
Federico Franco voltou ao tema em 1o de março, data em que o país
homenageia os soldados caídos na maior guerra da história da
América do Sul (1864-1870). [...] “Não haverá paz nem entre os
soldados nem entre a sociedade paraguaia enquanto não for
recuperado o canhão Cristão”, disse Franco na ocasião. [...]
FLECK, Isabel. Paraguai exige do Brasil a volta do “Cristão”,
trazido como troféu de guerra. Folha de S.Paulo, 18 abr. 2013.
Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/>.
Acesso em: 21 jan. 2015. (adaptado)
A leitura do fragmento permite inferir que, quase 150 anos após seu
fim, a Guerra do Paraguai repercute, atualmente, revelando a
existência de A) disputas de memória entre Brasil e Paraguai. B)
entraves diplomáticos à presença paraguaia no Mercosul. C) tensões
militares nas fronteiras dos países do Cone-Sul. D) forte
imperialismo regional brasileiro na região platina. E) dívidas de
guerra brasileiras em relação ao Paraguai. 05. Representando apenas
19,6% das exportações brasileiras em 1822 (com a média de 18,4% nos
anos 1820), o café passou a liderar as exportações brasileiras na
década de 1830 (com 28,6%), assumindo, assim, o lugar
tradicionalmente ocupado pelo açúcar desde o período colonial. Nos
meados do século XIX, passava a representar quase a metade do valor
das exportações e, no último decênio do período monárquico,
alcançava 61,5%. Já a participação do açúcar no quadro dos valores
das exportações brasileiras passou de 30,1%, na década de 1820, a
apenas 9,9%, nos anos 1880. O algodão alcançava 20,6%, na década de
1820, cifra jamais alcançada depois, em todo o período monárquico.
Com exceção dos anos da guerra civil americana, que se refletiram
na elevada participação do produto no conjunto das exportações dos
anos 1870 (18,3%), verifica-se o declínio das exportações que, nos
anos 1880, têm uma participação de apenas 4,2%. O comportamento das
exportações de fumo revela que essas oscilaram em torno de baixas
percentagens, durante todo o período monárquico. Alcançando 2,5% do
valor global das exportações na década de 1820, decaiu, nas duas
décadas seguintes (1,9% para os anos 1830 e 1,8% para os anos
1840). Na segunda metade do século, melhorou a posição do fumo no
conjunto das exportações, tendo alcançado, nos anos 1860 e 1870, as
maiores percentagens do período, com 3% e 3,4%. A participação do
cacau no conjunto das exportações nacionais cresceu de 0,5% na
década de 1820 para 1,6% na última década da monarquia, a mais alta
porcentagem do período. FAUSTO, Boris; HOLANDA, Sérgio Buarque de.
Brasil monárquico: declínio e queda do império. Rio de Janeiro:
Bertrand Brasil, [entre
1996 e 2014]. 400 p. (Coleção História Geral da Civilização
Brasileira).
A leitura do texto permite inferir que, durante o Segundo Reinado,
a economia brasileira A) experimentou forte retração devido ao
colapso das exportações agrícolas. B) teve no açúcar a principal
fonte de renda até o início do ciclo da mineração. C) tinha na
industrialização de bens de consumo duráveis sua atividade central.
D) testemunhou o declínio da produção de cacau e do fumo. E)
permaneceu atrelada ao modelo de exportação de produtos primários.
7 06. Em certo sentido, os portugueses, os espanhóis e os
italianos, compondo os maiores contingentes imigratórios para o
Brasil, registrados entre a Independência e a Primeira Guerra
Mundial, satisfaziam as reivindicações dos dois grupos de pressões
nacionais.
RENAUX, Maria; ALENCASTRO, Luiz Felipe. Caras e modos dos migrantes
e imigrantes. In: NOVAIS; Fernando (Org.) História da vida privada
no Brasil. vol. 2. São Paulo: Companhia das Letras, 1997.
Uma das reivindicações atendidas com a entrada desses imigrantes
foi a de a) políticos nortistas para povoar as áreas de fronteira.
b) fazendeiros escravagistas para aumentar a produção canavieira.
c) políticos defensores do “embranquecimento” da população
nacional. d) industriais paulistas para obtenção de mão de obra
especializada. e) políticos europeus para solucionar problemas
decorrentes da unificação nacional.
História
12
07.
Homens conversando em banco de praça, fotografia de Vincenzo
Pastore, São Paulo, c1910. Instituto Moreira Salles.
Nação mestiça, tramada no diálogo das cores, mas também no conflito
de raças; no sentimento de liberdade, mas também na insuficiência
de igualdade. O Brasil se fez mesclado, heterogêneo, erigiu pontes
culturais e muros sociais. Na fotografia, dois negros vestem
paletó; um preto e outro branco, usam sapatos e conversam
distraídos, de costas para um anúncio que vende, justamente,
calçados. Mas nada há de ingênuo na foto.
SCHWARCZ, Lilia Moritz. Brasil: uma biografia. São Paulo: Companhia
das Letras, 2015. p. 129
Em um país que tardou a abolir a escravidão, o uso de sapatos
tornou-se A) um ato simbólico, caracterizado pelo alcançar da
democracia racial. B) um diferencial de liberdade para aqueles que
alcançavam a alforria. C) uma atitude civilizada, já que foi
transportada da Europa para o Brasil. D) um padrão de igualdade, já
que a sociedade acabara de deixar o escravismo. E) uma prática
natural, pois a utilização destes passou a ser uma norma ocidental.
08. Bill Aberdeen refere-se a uma lei aprovada pelo parlamento
britânico em março de 1845 e que concedia ao almirantado inglês o
direito de aprisionar navios negreiros que realizassem o transporte
de cativos da África para as Américas e de julgar seus
comandantes.
SANTIAGO, Emerson. InfoEscola. Disponível em:
<http://www.infoescola.com>. Acesso em: 5 nov. 2015.
A reação do governo brasileiro diante do exposto foi a) incentivar
a migração de nordestinos para o Sul, diversificando a mão de obra.
b) promover a imediata abolição da escravatura para atender aos
interesses da Inglaterra. c) criar uma lei para penalizar a
Inglaterra por possíveis ataques a navios negreiros brasileiros. d)
investir em um processo de substituição de mão de obra favorecido
pela chegada de imigrantes. e) aumentar as tarifas sobre o comércio
escravista para garantir o lucro dos vendedores de escravos. 09. O
Brasil fora escravista em ampla companhia até o século XVIII, mas
na primeira metade do XIX a cena se alterou. Um grande ciclo de
abolições começou por São Domingos (Haiti), onde a revolução
liderada pelo negro Toussaint Louverture, em 1791, aboliu a
escravidão dos negros, depois de cortar a cabeça de brancos de três
exércitos imperiais. [...] Ao longo dos anos 1820, o cativeiro
acabou no Peru, Chile, Costa Rica, Honduras, Panamá, Guatemala,
Bolívia, México. [...] É controverso se a razão desse dominó foi
econômica, com a expansão de formas capitalistas de produção, que
consumiam trabalho livre e requisitavam novos mercados
consumidores, ou se deveu-se à difusão de nova moralidade
humanista, a reclamar extensão de cidadania. Indiscutível é que a
sequência de abolições criou novo ambiente político internacional,
no qual a escravidão quadrava mal.
ALONSO, Angela. Flores, votos e balas: o movimento abolicionista
brasileiro (1868-88). São Paulo: Companhia das Letras, 2015, p. 27.
(adaptado)
Diante do contexto apresentado, é possível afirmar que, no Brasil,
a proibição do tráfico de escravos A) foi respeitada em todo o
território, por meio da Lei do Sexagenário e da Lei do Ventre
Livre. B) ocorreu graças à Lei Eusébio de Queirós, que previa
fiscalizações e punições para os infratores. C) encontrou
resistência nas províncias, mesmo após a abolição da escravidão,
decretada no século XVIII. D) teve apoio da maioria da população,
que defendia a substituição dessa mão de obra pela dos imigrantes.
E) aconteceu com a chegada da família real, sendo abolido também, a
partir desse momento, o trabalho escravo.
História
13
Doctor On
Ana Schmidt
10. Manoel não foi o único representante da “raia miúda”, da
“ralé”, como se costumava dizer, a participar do motim. Pequenos
fazendeiros, lavradores, vaqueiros e até escravos se tornaram os
principais atores de uma guerra que teve início no Maranhão e se
estendeu por Piauí e Ceará. Excluídos da vida política,
discriminados por sua condição social e obrigados a servir no
Exército, rebelaram-se contra a elite conservadora – representada
por grandes proprietários de terras e militares – e combateram
durante quatro anos as tropas do Império.
MONTEIRO, Felipe; BENJAMIN, Mariana. Os novos balaios. Revista de
História da Biblioteca Nacional. 33. ed. jun. 2008.
O texto destaca aspectos relacionados à Balaiada (1838-1842),
experiência popular que tinha como pressuposto o(a) A) ideal
republicano, além do antiescravismo, orientando a participação
popular na constituição do Estado brasileiro. B) antiescravismo,
além da independência brasileira, sendo influenciada pelos ideais
socialistas que estavam sendo forjados na Europa. C) questionamento
do capitalismo influenciado pelos movimentos europeus,
representando um marco importante para a crise do regime
monárquico. D) reação ao domínio de fazendeiros e comerciantes
portugueses que promoviam o recrutamento compulsório e subjugavam a
população pobre e escravizada. E) religiosidade, sendo liderada por
Manuel dos Anjos Ferreira, que influenciou escravos, vaqueiros e
lavradores, objetivando a emancipação da província do
Maranhão.
Gabarito
01 A 06 C
02 B 07 B
03 B 08 D
04 A 09 B
05 E 10 D
01. A A heroína baiana Maria Quitéria constitui um caso único na
história das Forças Armadas Brasileiras, ou seja, alistou-se no
Exército e combateu os portugueses na Guerra de Independência.
Todavia, deve-se lembrar que a não participação das mulheres em
forças combatentes é uma consequência - salvo poucas exceções
registradas pela História – de uma tradição patriarcal subsistente
através dos tempos. 02. B A Constituição outorgada de 1824 dividiu
os votantes brasileiros em “eleitores de paróquia” e “eleitores de
província”, cabendo aos primeiros eleger os segundos, que por sua
vez escolheriam os deputados provinciais. Isso fazia com que as
eleições para a Câmara dos Deputados do Império fossem realizadas
de maneira indireta (em dois graus). Também exigiam-se níveis de
renda diferenciados para que o cidadão se tornasse eleitor de
paróquia ou pudesse se candidatar a eleitor de província, deputado
provincial ou senador, - configurando um sistema eleitoral
censitário. 03. B No Brasil, assim como no Caribe e nas “colônias
do sul” da América do Norte teve grande intensidade. O braço
escravo foi determinante na produção e sua exploração, extrema. O
sincretismo cultural pode ser percebido desde os primórdios da
colonização e foi mais intenso nas áreas canavieiras do Nordeste. O
narrador não faz referências aos elementos religiosos e à
mentalidade capitalista do século XIX, aliada às pressões da
Inglaterra foram determinantes para a substituição gradual do
trabalho escravo pelo trabalho livre nos cafezais. 04. A A
devolução do canhão exigida pelo Paraguai evidencia uma disputa de
memória corporificada no artefato bélico, símbolo da bravura do
povo paraguaio, troféu de guerra e atestado do heroísmo do Exército
Brasileiro.
História
14
Doctor On
Ana Schmidt
05. E O desenvolvimento da economia brasileira no Segundo Reinado
se manteve idêntico ao do Período Colonial, ou seja, pautado na
agro exportação para economias centrais e industrializadas. 06. C O
texto retrata o período da imigração, subsidiada durante o Segundo
Reinado, e que as “reivindicações dos grupos de pressões nacionais”
às que o texto faz referência, são as elites brancas, preocupadas
com o grande contingente negro que tinha no Brasil e no processo de
embranquecimento. 07. B A utilização de sapatos representava uma
marca de liberdade para os recém- -libertos, que seriam
diferenciados pela utilização da referida peça material, tendo uma
simbologia externa para que estes pudessem transitar nos espaços
públicos sem que houvesse graves restrições ou possibilidades de
recaptura. 08. D A Inglaterra tinha seus interesses econômicos
voltados para a América, por isso favoreceu o processo de
independência de toda a América Latina. Assim, para ampliar seu
mercado, era necessário combater a escravidão. No Brasil, a chegada
dos imigrantes, principalmente italianos, serviu para substituir a
mão de obra escrava, que já estava prestes a acabar devido à
iminente abolição. 09. B Eusébio de Queirós, integrante do partido
conservador, foi o autor da lei, aprovada em 1850, que extinguiu o
tráfico internacional de escravos. A lei era inflexível e previa,
além da fiscalização, severos castigos para os infratores. Tal lei
satisfazia a classe senhorial e os ingleses que negociavam com o
Brasil o fim do tráfico de escravos. Porém, após a lei, ainda
ocorreram desembarques ilegais por cinco anos, sendo,
posteriormente, extinto. 10. D A revolta popular foi erguida em
reação ao alistamento compulsório de populares nas forças armadas e
motivada, entre outros fatores, pela condição de pobreza extrema à
qual muitos grupos sociais estavam submetidos. A concorrência
norte-americana na comercialização de algodão impactou sobre as
relações comerciais maranhenses e agravou a situação de
pobreza.
História
15
6. Brasil: Estado Militar
TESTES DE FIXAÇÃO
01. O povo assiste a tudo isso “bestializado”. A quartelada de 15
de novembro foi uma surpresa; o movimento republicano, contudo, não
era uma novidade. Durante o Período Colonial, várias revoltas, a
começar pela Inconfidência Mineira, levantaram essa bandeira. Nas
regências, outro surto republicano varreu as províncias e só a
muito custo acabou sendo debelado. Em fins do império, o dado
realmente novo não foi o republicanismo, mas sim o fato desse
movimento envolver agora a nata da elite econômica – os fazendeiros
de café paulista –, e também de ser politicamente moderado e
socialmente conservador.
VENÂNCIO, Renato; PRIORE, Mary Del. Uma breve história do Brasil.
São Paulo: Planeta do Brasil, 2010. p. 211.
Analisando o excerto, conclui-se que o republicanismo A)
implementou princípios democráticos temporais. B) revelou a unidade
entre diferentes grupos de poder. C) visitou diferentes momentos da
história social brasileira. D) representou uma ideologia inusitada
de pequena repercussão. E) fortaleceu o pensamento de que as ideias
libertárias eram notórias. 02. Em um balanço sobre a Primeira
República no Brasil, Júlio de Mesquita Filho escreveu: “[...] a
política se orienta não mais pela vontade popular livremente
manifesta, mas pelos caprichos de um número limitado de indivíduos
sob cuja proteção se acolhem todos quantos pretendem um lugar nas
assembleias estaduais e federais”.
A crise nacional, de Júlio de Mesquita Filho.
De acordo com o texto, o autor a) critica a autonomia excessiva do
Poder Legislativo. b) propõe limites ao federalismo. c) defende o
regime parlamentarista. d) critica o poder oligárquico. e) defende
a supremacia política do sul do país. 03. (ENEM 2019) A Revolta da
Vacina (1904) mostrou claramente o aspecto defensivo,
desorganizado, fragmentado da ação popular. Não se negava o Estado,
não se reivindicava participação nas decisões políticas;
defendiam-se valores e direitos considerados acima da intervenção
do Estado.
CARVALHO, J. M. Os bestializados: o Rio de Janeiro e a República
que não foi. São Paulo: Cia. das Letras, 1987 (adaptado).
A mobilização analisada representou um alerta, na medida em que a
ação popular questionava A) a alta de preços. B) a política
clientelista. C) as reformas urbanas. D) o arbítrio governamental.
E) as práticas eleitorais. 04. O voto de cabresto passou, então, a
voto mercadoria. Votos são trocados por vestidos, paletó, chapéu ou
sandália. Ou pelo pirão do dia das eleições. Em fase mais recente,
voto vale dinheiro. Origina-se, então, todo um complexo mecanismo
de mercadoria, em torno da mercadoria voto, de que não se ausenta
enorme especulação a determinar-lhe o preço. [...] O voto
mercadoria operou o declínio político do coronel. Valendo um preço,
ele se impessoalizou; passou a ser trocado pelo maior valor.
VILAÇA, Marcos Vinícios (Org.). Coronel, coronéis: apogeu e
declínio do coronelismo no Nordeste. 5. ed. Rio de Janeiro:
Bertrand Brasil, 2006, p. 63-64.
O texto retrata os usos políticos do voto e estabelece a
diferenciação entre o voto de cabresto, comum na Primeira
República, e o voto mercadoria que, apesar de ilegal, ainda se faz
presente em diferentes regiões do Brasil. A respeito das relações
políticas orientadas pelo coronelismo, é correto afirmar que a) o
coronel é sempre um grande industrial que, naturalmente, possui o
poder econômico e, na prática, o poder político, policial e de
justiça. b) os coronéis mantiveram a sua condição de poder
político, pois as relações clientelistas são marcadamente
orientadas pela devoção. c) as oligarquias serviram-se de alianças
políticas para a legitimação do poder de mando e orientaram o
processo eleitoral por meio do voto de cabresto. d) o coronelismo
fez surgir o voto de cabresto e o curral eleitoral, expressões que
refletem a liberdade de direitos dos eleitores ao longo da Primeira
República.
História
20
Doctor On
Ana Schmidt
e) a utilização de canais de comunicação de massa, com objetivos
políticos, garantiu a vitória de candidatos ligados aos coronéis ao
longo de toda a Primeira República. 05. (SIMULADO SAS ENEM 2014)
Nenhum dos seus achegados percebeu que ele iria matar-se. Getúlio
não escrevia à máquina e deu ao secretário particular e à
datilógrafa da Presidência da República as anotações manuscritas da
carta-testamento de despedida, que modificou e emendou mais de uma
vez, mas nenhum deles – que várias vezes o indagaram pelas emendas
– jamais percebeu que se tratava do “adeus” para a viagem ao
absoluto. Nem a filha Alzira, que pensava tudo saber sobre ele,
vislumbrou no pai qualquer nesga de suicídio ao beijá-lo com um
“até logo” na madrugada de 24 de agosto, horas antes do tiro
final.
TORRES, Flávio. O dia em que Getúlio matou Allende e outras novelas
do poder. Rio de Janeiro: Record, 2004, p. 38.
O dia 24 de agosto demarca o momento em que Getúlio Vargas deixa a
vida e entra na história. Acerca deste acontecimento, podemos
inferir que A) a construção de uma memória sobre Vargas envolve uma
conjugação de rituais polêmicos que devem ser distanciados de sua
história como homem público. B) a montagem de um cenário que
possibilite a reconstrução daquele período é algo que os
historiadores procuram negar, pois as imprecisões são variadas. C)
a formação de uma opinião pública sobre Getúlio é orientada por
imprecisões, diante da impossibilidade de simular a ocorrência de
acontecimentos daquela fase. D) a pregação de um Vargas histórico é
cada vez mais distante de uma memória autocrática, pois o
personagem é lembrado de forma autoritária. E) a conservação de uma
memória sobre Getúlio passa, necessariamente, pelo impacto político
de sua morte e pelo simbolismo de sua carta-testamento. 06. No dia
29 de outubro de 1945, Getúlio Vargas foi deposto por um golpe
militar, sendo conduzido ao exílio na sua cidade natal, São Borja.
No dia 2 de dezembro do mesmo ano, foram realizadas eleições livres
para o parlamento e presidência, nas quais Getúlio seria eleito
senador pela maior votação da época. Era o fim da Era Vargas, mas
não o fim de Getúlio Vargas, que em 1951 retornaria à presidência
pelo voto popular.
MISSACI, Murillo. O fim da Era Vargas. Brasil por trás da História,
Brasília, 30 set. 2009. Disponível em:
<http://brasil--historia.blogspot.com.br>. Acesso em: 5 nov.
2013.
A força política que Vargas tinha é justificada a) pela postura de
neutralidade nas relações internacionais entre capitalismo e
socialismo. b) pelo fortalecimento das relações comerciais com os
Estados Unidos da América. c) pelo apoio dos “tenentes” que
defendiam a moralização do Brasil. d) pelo apoio simultâneo da
burguesia nacionalista e da classe trabalhadora. e) pelo otimismo
da burguesia industrial ligada ao capital estrangeiro. 07.
(SIMULADO SAS ENEM 2014) “Restaurar a legalidade, revigorar a
democracia, restabelecer a paz e promover o progresso e a justiça
social.” À primeira vista, a frase poderia ser associada a algum
pacifista ou ferrenho defensor do regime democrático, mas foi
proferida pelo marechal Humberto de Alencar Castello Branco
(1897-1967) em seu discurso de posse na Presidência da República em
1964, depois que um golpe depôs, pela via armada, um governo eleito
pelo povo.
Disponível em: <http://revistaescola.abril.com.br>. Acesso
em: 15 maio 2014.
Analisando o discurso de Castelo Branco, verifica-se um contexto
diferente do que viria a ocorrer nos dois próximos governos: de
Costa e Silva e de Médici. Sobre a implantação do Regime
Civil-Militar e seu desdobramento, é possível afirmar que A)
ocorreu de forma isolada e sem apoio da sociedade em geral, que
estava marginalizada de todo o processo e ficou reprimida diante
das atrocidades cometidas já no primeiro mandato. B) contou com o
apoio dos sindicalistas, que haviam tido perdas salariais durante o
governo de João Goulart, devido ao elevado índice inflacionário que
assolou o Brasil diante da instabilidade política. C) não sofreu
intervenções externas, pois no momento em que o Brasil passava pelo
Golpe, havia uma tensão entre Estados Unidos e União Soviética e,
assim, pode-se afirmar que os militares agiram sem o aval dos
Estados Unidos. D) foram implantados diversos projetos na área de
infraestrutura e industrial, redução das desigualdades sociais e
elevação do PIB, sendo esse período denominado de Milagre Econômico
brasileiro; no campo político, o bipartidarismo consolida o
princípio democrático pleno no Brasil.
História
21
Doctor On
Ana Schmidt
E) embora marcado por um crescimento exuberante na economia, o
período agravou as disparidades socioeconômicas, elevou a dívida e,
a partir de Costa e Silva, atentou contra os princípios humanos e a
própria democracia. 08.
O publicitário Washington Olivetto, então um dos diretores do
clube, criou o nome “Democracia Corintiana” e passou a capitalizar
a ideia. O time entrava em campo com faixas alusivas à democracia,
e a camisa passou a ser usada como outdoor das campanhas pela
abertura política – às vésperas da eleição de novembro de 1982, os
corintianos exibiram a inscrição “No dia 15, vote”. Foi um marco,
seguido de outras ousadias, como “Eu quero votar para presidente” e
“Diretas Já!”
GUTERMAN, Marcos. O futebol explica o Brasil: uma história da maior
expressão popular do país. São Paulo: Contexto, 2009. p.
206-207.
Analisando o excerto, podemos inferir que A) a publicidade foi um
instrumento a serviço da democracia, suplantando outros mecanismos
formais que deturpam o jogo político. B) a manifestação democrática
prevalece ao lado de mecanismos populares, descartando estratégias
de apelo visual. C) a estratégia publicitária foi um instrumento
político para manifestar o apoio de setores sociais em torno da
retomada da legalidade democrática. D) a performance dos atletas
dentro de campo era vital para o sucesso da campanha publicitária
em torno do manifesto democrático. E) a forma de governo requerida
pelos atletas diz respeito a anseios particulares, dessa forma,
usaram o futebol para conquistar as massas. 09.
Durante os anos de 1940, a cantora Carmen Miranda, bem como outros
artistas brasileiros, foi convidada para realizar shows nos Estados
Unidos, evidenciando um desejo de aproximação norte-americana com
os países latinos com objetivo de A) melhorar sua imagem política.
B) frear o avanço do comunismo. C) dominar os mercados brasileiros.
D) enfraquecer o nacionalismo esquerdista. E) reconhecer a
superioridade cultural latina.
História
22
Doctor On
Ana Schmidt
10. Nunca houvera movimento na nossa história que tivesse empolgado
tão rapidamente os brasileiros: foram três meses eletrizantes. Em
dezenas de cidades se espalharam placares com a posição de cada
deputado sobre a emenda. “Diretas Já!” passou a ser o assunto em
todas as rodas de conversas. A campanha se encerrou com dois
megacomícios, os maiores da história do Brasil. Um, no dia 10 de
abril, na Cinelândia, Rio de Janeiro, com 1 milhão de
participantes. O segundo, em 16 de abril, no Vale Anhangabaú, em
São Paulo, com 1,2 milhão de pessoas.
VILA, Marco Antônio. Ditadura à brasileira – 1964-1985: a
democracia golpeada à esquerda e à direita. São Paulo: LeYa, 2014.
p. 304-305.
O movimento social aludido no texto representou a A) implantação
pública da moderação democrática. B) retomada da participação
popular nas periferias. C) busca pela unidade nacional e patriótica
entre regiões. D) formação de coalizões políticas em torno da
legalidade. E) manifestação pelo restabelecimento da
representatividade popular
Gabarito
01 C 06 D
02 D 07 E
03 D 08 C
04 C 09 A
05 E 10 E
01. C Em diferentes períodos da história política brasileira,
existiu um claro desejo pela opção republicana, seja em conjuras no
Período Colonial, na Confederação do Equador – ocorrida no Primeiro
Reinado –, nas revoltas regenciais ou ainda no Segundo Reinado,
durante a Revolução Praieira. Todos esses movimentos tinham uma
clara tendência pela descentralização.. 02. D O texto é muito
claro, apontando o caráter oligárquico e centralizador por parte
das elites cafeeiras, que controlavam a política brasileira durante
a República Velha. 03. D O cenário de remodelação do centro do Rio
de Janeiro e sequelas da política de saneamento financeiro de
Campos Sales, contribuíram para aumentar o descontentamento da
população carioca de baixa renda com a obrigatoriedade da vacinação
antivariólica – fator catalizador da Revolta da Vacina -, executada
com violência e sem esclarecer previamente as classes populares.
Ações como invasões de residências com apoio policial e
constrangimento físico dos moradores, demonstram que o governo
Rodrigues Alves estava agindo com arbitrariedade, exorbitando suas
limitações legais. 04. C Os grupos políticos tradicionais se
aproveitam da miséria e da ignorância das camadas populares para
estabelecerem mecanismos de troca de favores. Também existe o
clientelismo e o fisiologismo como forma de controle do eleitorado
e manutenção do poder político dos antigos e dos novos “coronéis”.
05. E A construção de uma memória sobre Vargas passa
necessariamente por sua chegada ao poder, suas realizações e o
simbolismo que envolve sua morte, enquanto figura pública que ficou
imortalizada por sua carta-testamento 06. D Getúlio Vargas, após
quinze anos de governo na Era Vargas, não tinha mais as mesmas
forças políticas que o apoiaram na Revolução de 30. Entretanto, seu
novo governo, inserido no contexto da Guerra Fria, foi marcado pelo
nacionalismo econômico e por estratégias populistas, garantindo,
assim, o apoio da burguesia nacionalista e dos trabalhadores
urbanos.
História
23
Doctor On
Ana Schmidt
07. E O Regime Civil-Militar no Brasil foi um período bastante
complexo associado a momentos de combate a inflação, de crescimento
econômico e de melhoria de infraestrutura. Contudo, também houve
censura aos meios de comunicação, perseguição política e ideológica
(abusos de poder, torturas etc.), crescimento da desigualdade
social e aumento da dívida externa. 08.C A utilização do marketing
em torno da publicidade quanto à expressão “democracia corintiana”
representou uma ferramenta para a retomada do Estado Democrático de
Direito no exercício de sua plenitude. 09. A A disposição de os
Estados Unidos receberem artistas de outros países, como foi o caso
de Carmem Miranda, representa aquilo denominado “política da boa
vizinhança”, que foi posta em prática a partir da década de 1930
com o objetivo de o país norte-americano promover uma aproximação
política com os países latino-americanos em um contexto de ascensão
do nazifascismo. 10. E O movimento democrático “Diretas Já!”
requeria eleições diretas para presidente da República e o
restabelecimento pleno das liberdades. O manifesto ganhou o país
contando com a participação de intelectuais, políticos,
sindicalistas e artistas. Entretanto, não alcançou o que almejava,
já que a emenda Dante de Oliveira, que propunha o retorno às
eleições diretas, foi derrotada.
História
24
TESTES DE FIXAÇÃO
01. Os príncipes católicos alemães não suportavam mais a excessiva
venda de indulgências e de impostos cobrados pela Igreja. Assim, a
ideia de Lutero de secularizar, ou seja, confiscar as terras da
Igreja era interessante para eles; daí tem-se a explicação para a
proteção recebida por Lutero. No entanto, os camponeses, comandados
por Thomas Münzer, rebelaram-se atacando a Igreja e exigindo a
reforma agrária, o fim dos impostos e da servidão. Chamado a se
pronunciar, Lutero, referindo-se aos camponeses, escreveu: “É
preciso matar o cão enlouquecido que se lança contra ti, antes que
ele morda teu calcanhar”. Estima-se que entre oitenta ou cem mil
camponeses foram mortos e Thomas Münzer foi preso e decapitado.
Avaliando criticamente esse conflito, depreende-se que os
camponeses reivindicavam A) a posse integral das terras confiscadas
do clero. B) o confisco das terras da burguesia progressista alemã.
C) a conciliação entre eles, a Igreja e os príncipes alemães. D) a
luta armada como meio de proteger os nobres. E) o fim das práticas
de exploração feudais nos estados alemães. 02. (ENEM 2019) A
ocasião fez o ladrão: Francis Drake travava sua guerra de pirataria
contra a Espanha papista quando roubou as tropas de mulas que
levavam o ouro do Peru para o Panamá. Graças à cumplicidade da
rainha Elizabeth I, ele reincide e saqueia as costas do Chile e do
Peru antes de regressar pelo Oceano Pacífico, e depois pelo Índico.
Ora, em Ternate ele oferece sua proteção a um sultão revoltado com
os portugueses; assim nasce o primeiro entreposto inglês
ultramarino.
FERRO, M. História das colonizações. as colonizações às
independências. Séculos XIII a XX. São Paulo: Cia. das Letras,
1996.
A tática adotada pela Inglaterra do século XVI, conforme citada no
texto, foi o meio encontrado para A) restabelecer o crescimento da
economia mercantil. B) conquistar as riquezas dos territórios
americanos. C) legalizar a ocupação de possessões ibéricas. D)
ganhar a adesão das potências europeias. E) fortalecer as rotas do
comércio marítimo. 03. (Simulado Bernoulli /2020) Na última parte
do século XVIII, os monarcas absolutistas (ou melhor, seus
conselheiros) foram levados a desenvolver programas de modernização
intelectual, administrativa, social e econômica que, entretanto,
não aboliram a servidão e os laços remanescentes da dependência
feudal camponesa. Uma libertação de grande parte foi tentada por
José II da Áustria, em 1781, mas fracassou em face da resistência
política de interesses estabelecidos e da rebelião camponesa que
ultrapassou o que tinha sido programado.
HOBSBAWM, E. A era das revoluções: Europa (1789-1848). Rio de
Janeiro: Paz e Terra, 1982.
Embora a abolição da servidão fosse reconhecida como um dos
principais pontos de qualquer programa “esclarecido”, os monarcas
setecentistas não a levaram adiante, uma vez que desejavam A)
impedir o progresso econômico dos grupos ascendentes, sobretudo da
burguesia. B) anular a resistência imposta pela Igreja, que pregava
a igualdade entre os homens. C) desenvolver a industrialização
decorrente da exploração desse tipo de mão de obra. D) adotar os
métodos mais modernos de multiplicação de seus impostos, poder e
riqueza. E) manter a posição hierárquica dos nobres proprietários,
de cujo apoio eram dependentes. 04. (Simulado Bernoulli / 2020)
Durante seu governo (1799-1815) Napoleão Bonaparte foi um notório
incentivador de academias, institutos, artistas e cientistas, dando
continuidade à política de mecenato dos reis do Antigo Regime. Ele
próprio ocupara, a partir de 1797, uma vaga como membro do
Instituto National de France [...]. A Campanha do Egito (1798-1801)
seria a primeira grande demonstração da utilização do potencial dos
membros do Instituto em prol dos interesses napoleônicos. Fazendo
partem do Instituto e tendo relações próximas com seus cientistas,
Napoleão sempre procurou empregar as inovações tecnológicas nos
assuntos de seu governo. Além do mais, Napoleão percebeu as
possibilidades no Instituto como um instrumento para transformar o
universalismo francês em imperialismo cultural.
Disponível em: < https://www.unicamp.br/ > Acesso em: 31 mar.
2020
As ações de Napoleão Bonaparte descritas no texto indicam a
intenção do imperador francês em A) estruturar simbolicamente seu
poder por meio do desenvolvimento das ciências. B) promover grandes
eventos imperialistas aos moldes dos reis do Antigo Regime. C)
desenvolver uma política educacional no país pautada em um passado
glorioso. D) enaltecer os estudiosos franceses ao inseri-los na
organização política do país. E) consolidar a vitória militar no
norte africano por meio da formação de uma elite letrada.
História
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Doctor On
Ana Schmidt
05. (Simulado Bernoulli / 2020) Na época em que Shakespeare
escreveu, Veneza era considerada a cidade mais cosmopolita da
Europa. Veneza era não somente a capital do comércio (já que fazia
parte da rota da seda), mas também a capital da arte, onde tudo
acontecia, e é por isso que muitos dos enredos do dramaturgo inglês
se passam na Itália, assim como Romeu e Julieta, na cidade de
Verona, e O Mercador de Veneza.
GUERIOS, A. A atualidade de Shakespeare: um estudo sobre Romeu
& Julieta do Grupo Galpão. Disponível em:
http://www.ple.uem.br/. Acesso em: 30 nov. 2018.
A prevalência dos cenários italianos na dramaturgia do autor
renascentista William Shakespeare, durante o século XVII, está
associada, segundo o texto, à A) rigorosidade puritana e à censura
elisabetana, que proibiam encenações de peças teatrais na
Inglaterra. B) internacionalização dos capitais, que permitia o
patrocínio das artes inglesas pelos banqueiros italianos. C)
efervescência econômica e cultural italiana, que conferia às suas
cidades uma natureza cosmopolita. D) ruptura radical do humanismo
ítalo com os valores católicos, que favorecia o desenvolvimento das
artes. E) contestação dos privilégios sociais da aristocracia
italiana, que marginalizava os estratos mais populares. 06.
(Simulado Bernoulli / 2020) O objetivo das colônias é o de fazer o
comércio em melhores condições para as metrópoles do que quando é
praticado com os povos vizinhos, com os quais todas as vantagens
são recíprocas. Estabeleceu-se que apenas a metrópole poderia
negociar na colônia; e isso com grande razão, porque a finalidade
do estabelecimento foi a constituição do comércio, e não a fundação
de uma cidade ou de um novo império...
MONTESQUIEU. Do espírito das leis (1748). São Paulo: Martin Claret,
2004. p. 387 (Adaptação).
O pensador Montesquieu discute algumas práticas mercantilistas,
comuns nos Estados Absolutistas, durante a Idade Moderna. Nesse
modelo econômico, conforme é apontado pelo autor, as colônias
deveriam A) atender à exclusividade exigida pela metrópole de
priorizar o desenvolvimento do mercado interno. B) buscar autonomia
em relação aos laços metropolitanos, assim como defendiam os
iluministas. C) priorizar as estruturas urbanas para garantir a
fixação e a eficácia do poder metropolitano. D) potencializar as
relações comerciais com a metrópole por meio da produção de
manufaturas. E) complementar a economia da metrópole, submetendo-se
ao monopólio de exploração. 07. (Simulado Bernoulli /2020) Uma
marcha começou durante a Revolução Francesa entre as mulheres nos
mercados de Paris, que, na manhã de 5 de outubro de 1789, estavam
perto de se revoltar pelo alto preço e escassez de pão. Suas
demonstrações rapidamente se entrelaçaram com as atividades dos
revolucionários, que buscavam reformas políticas liberais e uma
monarquia constitucional para a França. As mulheres do mercado e
seus vários aliados cresceram em uma multidão de milhares.
Encorajados por agitadores revolucionários, eles saquearam o
arsenal da cidade em busca de armas e marcharam para o Palácio de
Versalhes.
Disponível em:
https://aulazen.com/historia/a-declaracao-dos-direitosdo-homem/.
Acessado em: 23 ago. 2018.
O texto indica que a Revolução Francesa foi um evento histórico de
grande complexidade social, na medida em que A) os interesses
conflitantes contribuíram para determinar a importância de grupos
sociais variados, com demandas próprias, na Revolução. B) a adoção
do voto censitário, que atendia aos interesses da burguesia
francesa, revelava a elitização do movimento iniciado em 1789. C) o
elemento propulsor do processo revolucionário foi a crise
econômica, uma vez que os gastos do governo eram maiores que a
arrecadação. D) o movimento revolucionário opôs a burguesia, que
defendia a derrubada do absolutismo francês, às camadas populares,
apoiadoras do regime. E) as mulheres francesas se engajaram no
processo revolucionário organizando grupos que assumiram a
vanguarda política do movimento. 08. (Simulado Bernoulli / 2020)
Consideramos estas verdades como evidentes por si mesmas, que todos
os homens são criados iguais, dotados pelo Criador de certos
direitos inalienáveis, que entre estes estão a vida, a liberdade e
a procura da felicidade. Que a fim de assegurar esses direitos,
governos são instituídos entre os homens, derivando seus justos
poderes do consentimento dos governados; que, sempre que qualquer
forma de governo se torne destrutiva de tais fins, cabe ao povo o
direito de alterá-la ou aboli-la e instituir novo governo
[...].
Declaração de Independência dos Estados Unidos da América, 04 de
julho de 1776.
Os princípios defendidos pela Declaração de Independência da
América de 1776, apresentados no texto, foram evidenciados, na
época, pela
Doctor On
Ana Schmidt
A) consagração liberal da garantia à propriedade privada. B)
preservação das áreas ocupadas pelos povos indígenas. C)
instituição de um regime político de caráter centralizador. D)
eliminação do regime de trabalho escravo em todo o país. E)
supressão dos privilégios das elites brancas e protestantes. 09.
[O] propósito [da teoria da separação dos poderes] era o de impedir
a suprema absoluta da maioria, expressa, como normalmente seria,
pelos representantes do povo no corpo legislativo. Assim, as ideias
de Montesquieu atraiam tanto a nobreza quanto a classe média. A
nobreza interpretava-lhe as obras como uma defesa de seus antigos
privilégios dignificados por Montesquieu como “liberdades”. Os
estados provinciais, onde nobres exerciam considerável poder
político, eram os órgãos constituídos que agiriam como freio ao
poder monárquico. Já a classe média acolhia com prazer um apoio
teórico adicional que substanciasse sua preferência por outra coisa
além do absolutismo monárquico e do mercantilismo centralizado do
século XVIII.
BURNS, E. M. et al. História da Civilização Universal. São Paulo:
Globo, 1997. p. 491. v. I.
Ao ser apropriada pelos revolucionários franceses no final do
século XVIII, a teoria política de Montesquieu orientou, na
primeira fase da Revolução, A) a ascensão política dos grupos e
pautas radicais. B) a manutenção da atuação despótica do monarca.
C) a implantação do regime de monarquia constitucional. D) o
estabelecimento de um sistema de governo amplamente democrático. E)
o surgimento do Tribunal Revolucionário enquanto instrumento de
poder popular. 10. Convenciona-se chamar de “Revolução Industrial”
um fenômeno de vertiginoso domínio humano sobre máquinas, bens
materiais e seres humanos que teve início na Inglaterra, na segunda
metade do século XVIII, e encerrou a transição entre feudalismo e
capitalismo, a fase de acumulação primitiva de capitais e de
preponderância do capital mercantil sobre a produção.
CHAVES, Lázaro Curvêlo. A revolução industrial. Cultura Brasileira.
Disponível em: <http://www.culturabrasil.org/>. Acesso em: 5
nov. 2013.
Uma das principais consequências do fenômeno exposto no texto foi
a) o desenvolvimento de tecnologias voltadas para a produção,
preocupadas com a preservação do meio ambiente. b) o aumento da
produtividade, provocando uma remuneração satisfatória para os
operários. c) a integração do trabalhador no processo produtivo,
humanizando a relação capital × trabalho. d) a exploração dos
trabalhadores das fábricas por meio de uma jornada de trabalho
desumana. e) o domínio de todas as etapas de produção pela classe
proletária, valorizando seu trabalho.
Gabarito
01 E 06 E
02 B 07 A
03 E 08 A
04 A 09 C
05 C 10 D
01. E Com a eclosão e a difusão da Reforma Protestante nos estados
alemães, a massa camponesa enxergou no movimento uma oportunidade
para romper os grilhões das práticas feudais que oprimiam e
exploravam o campesinato. 02. B Como a Inglaterra, no século XVI,
praticamente não participou da conquista de colônias ultramarinas,
procurou aumentar suas reservas de ouro (um preceito mercantilista)
saqueando embarcações e cidades coloniais espanholas. Essa
estratégia, estimulada pela rainha Elizabeth (Isabel) I,
processou-se tanto por meio da guerra de corso (atividade oficial)
como da pirataria (atividade ilegal). Aliás, Francis Drake atuou
ora em uma, ora em outra condição, dependendo das relações de
momento entre Inglaterra e Espanha.
História
29
Doctor On
Ana Schmidt
03. E Na tentativa de assegurar o poder absoluto, na segunda metade
do século XVIII, alguns soberanos realizaram uma série de reformas
de caráter liberal, baseadas em alguns princípios do Iluminismo,
sendo conhecidos por isso como déspotas esclarecidos. Apesar de ser
reconhecidamente um dos princípios dos ilustrados e fazer parte dos
projetos “esclarecidos” de alguns monarcas, a abolição da servidão
não pôde ser levada a cabo, visto que a extinção da servidão se
chocava com os interesses da nobreza proprietária, da qual
dependiam os monarcas absolutistas, e que desejava manter os
privilégios vinculados à sua posição social. 04. A Conforme
demonstrado no texto, Napoleão entendia que um grande império
deveria ser caracterizado pelo esplendor artístico e cultural.
Desse modo, a criação dos “institutos” e a promoção dos saberes era
uma forma por ele encontrada para reforçar a ideia de sua
grandiosidade e poder, conferindo prestígio e maior legitimidade ao
seu império. 05. C O mote do texto é a relação entre as
ambientações espaciais das peças de Shakespeare na Itália com o
sucesso das atividades econômicas e com a pujança cultural das
cidades italianas. 06. E A principal intenção das práticas
mercantilistas adotadas pelos Estados Absolutistas europeus,
durante a Idade Moderna, era garantir uma balança comercial
favorável aos países da Europa, uma vez que a nação que conseguisse
um saldo positivo em suas transações comerciais garantiria sua
superioridade em relação às demais. Dentro dessa ideia, Montesquieu
afirma que no comércio com os povos vizinhos “todas as vantagens
são recíprocas” e destaca que por meio do monopólio de exploração
das colônias as metrópoles teriam melhores condições para o
comércio, apontando que o objetivo das colônias era complementar a
economia da metrópole. 07. A Embora tradicionalmente associada às
revoluções burguesas, a Revolução Francesa de 1789 foi um evento
histórico de grande complexidade social. As ações das mulheres nos
mercados de Paris, que, movidas pelo alto preço e pela escassez do
pão e encorajadas pelos agitadores revolucionários, pegaram em
armas e marcharam até o Palácio de Versalhes, indicam que as
fileiras do movimento revolucionário francês foram engrossadas pela
ação dos diferentes grupos da sociedade, que eram movidos por
variadas demandas e por interesses próprios. 08. A A publicação da
Declaração de Independência dos Estados Unidos da América foi
fundamental no processo emancipatório das Treze Colônias, pois
indicava a difusão de ideias que contestavam a política econômica
imposta pelos ingleses e a implementação de uma série de medidas
liberais que eram vistas como solução para se romper com o domínio
metropolitano inglês. A declaração defendia os direitos naturais
dos indivíduos, entre eles o direito à propriedade privada, que
seria consagrada na Constituição. 09. C Como indicado no texto, a
teoria da separação dos poderes de Montesquieu agradou os grupos
ligados à nobreza, que visavam manter seus privilégios no contexto
revolucionário, e também as camadas alta e média da burguesia. É
possível compreendê-los como reformistas, pois estavam de acordo
com os revolucionários mais radicais apenas no tocante à limitação
do poder real, já que, no plano geral, defendiam posições políticas
bem mais moderadas e não viam com bons olhos a democratização da
política. Assim, em 1791, com a promulgação da Constituição
francesa, que estabelecia o regime monárquico constitucional, os
interesses desses grupos mais moderados foram atingidos. 10. D A
Revolução Industrial é caracterizada pela introdução de máquinas no
processo produtivo. Como consequência dessa transformação na
produção, têm-se o aumento da produtividade e a exploração dos
operários. A superexploração do proletariado acabou provocando uma
série de manifestações dos trabalhadores em busca de seus
direitos.
História
30
História
32
TESTES DE FIXAÇÃO
01. Para Roosevelt, o imperialismo também tinha seus males, porém
constituíam o preço a ser pago para o progresso. Conservadores
sempre consideraram esse um preço bom, porque é pago por outros,
enquanto o preço do progresso socialista lhes parece
exorbitante.
KIERNAN, Victor Gordon. Estados Unidos: o novo imperialismo.
Tradução Ricardo Donielle. Mendes, Rio de Janeiro: Record, 2009.
P.142.
A) o expansionismo no século XIX foi uma política unilateral,
partia da metrópole europeia conectando-se ao desenvolvimentismo
das colônias. B) o imperialismo norte-americano motivou uma ampla
costura de relações diplomáticas orientadas pela cooperação entre
potências internacionais. C) o capitalismo americano no século XIX
modificou os padrões monopolistas, ao estabelecer uma ampla
política cooperativa entre metrópole e colônia. D) o processo da
expansão capitalista norte-americana gerou impactos decisivos nas
áreas coloniais, acumulando riquezas para a zona metropolitana. E)
o imperialismo estadunidense foi caracterizado por ambiguidades,
desenvolvia padrões capitalistas monopolistas, mas respeitava a
vizinhança latino-americana. 02. Em plena Segunda Guerra Mundial, o
desembarque uma sequência de praias que estavam sob domínio nazista
pelas forças armadas dos países aliados foi crucial para o fim dos
confrontos e enfraquecimento do poder de Hitler. Depois de 70 anos,
chefes de Estado e veteranos da guerra relembram os mortos
atingidos por canhões e metralhadoras do exército alemão, na
operação na praia de Normandia, na França. Popularmente conhecida
como “Dia D”, a ação foi a mais imponente operação de desembarque
de soldados da história. A leitura do texto permite concluir que A)
a vitória dos Aliados foi favorecida pela vitoriosa campanha na
Normandia. B) o desembarque das tropas aliadas na Normandia marcou
o início da 2a Guerra Mundial. C) a perda da Normandia para os
Aliados provocou a rendição da Alemanha nazista. D) o Dia D marcou
o início do domínio da Normandia pelas tropas do Eixo. E) as tropas
soviéticas e norte-americanas expulsaram os nazistas da Normandia.
03. Há 70 anos, em 27 de janeiro de 1945, o Exército Vermelho
libertou Auschwitz, o maior e mais terrível campo de extermínio dos
nazistas. Em suas câmaras de gás e crematórios, foram mortos pelo
menos um milhão de pessoas. No auge do Holocausto, em 1944, eram
assassinadas seis mil pessoas por dia. Auschwitz tornou-se sinônimo
do genocídio de judeus, ciganos, homossexuais e tantos outros
grupos perseguidos pelos nazistas.
GÖRTZ, Birgit. 1945: Libertação de Auschwitz-Birkenau. DW.
Disponível em: <http://www.dw.com>. Acesso em: 5 nov. 2015.
(adaptado)
A divulgação dos fatos que ocorreram em Auschwitz durante a guerra
proporcionou A) a reação de forças neonazistas apoiando o governo
alemão. B) o fortalecimento de regimes autoritários em toda a
Europa. C) o surgimento de leis garantindo os direitos humanos. D)
a aplicação de penas severas a regimes antissemitas. E) o
enfraquecimento das ideias sionistas. 04. Leia o fragmento que se
segue da entrevista concedida pelo intelectual palestino Edward
Said, comentando os problemas atuais no Oriente Médio.
Entrevistador: O senhor não gosta da expressão “choque de
civilizações”. Por quê? Said: (...) são inúmeros os problemas. Para
começar, ela trata as civilizações como se fossem entidades
fechadas, lacradas, alheias a qualquer tipo de troca (...). Por
fim, a ideia de choque de civilizações tem um aspecto caricatural
muito nocivo, como se enormes entidades chamadas “Ocidente” e o
“Islã” estivessem num ringue, lutando para ver qual é a
melhor.
Revista Veja
Assinale a opção que reforça a opinião emitida por Said. A) As
diferenças culturais não podem ser tratadas como expressão de
conflitos, mas sim como particularidades de cada civilização no
tempo e no espaço. B) Não existem diferenças jurídico-políticas
entre o Ocidente e o Oriente Médio, logo não faz sentido
diferenciar essas duas civilizações.
História
33
Doctor On
Ana Schmidt
C) O mundo muçulmano não é homogêneo assim como o Ocidental;
portanto, apenas os conflitos internos devem ser considerados. D)
As trocas entre distintos conjuntos civilizacionais incluem
mercadorias culturais: desse modo, padronizam as civilizações. E)
Ocidente e Oriente não usam argumentos religiosos para justificar
interesses econômicos e políticos. 05. Em 1989, ocorreu a Queda do
Muro de Berlim que dividiu a cidade de Berlim entre a República
Democrática da Alemanha (Alemanha Oriental) e a República Federal
da Alemanha (Alemanha Ocidental), durante 28 anos. Sobre as
mudanças ocorridas nas últimas décadas do século XX, é correto
afirmar. A) Com as mudanças ocorridas, no final do século XX, nos
países do leste europeu, os partidos socialistas e os comunistas
obtiveram maior participação no poder, uma vez que puderam
participar das eleições, o que lhes era proibido até a década de
90. B) A União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) trocou
o nome para Rússia, mas manteve seu espaço geográfico intacto. C)
Ocorreram várias mudanças no mapa geográfico da Europa com o
surgimento de novos países como, por exemplo, a República Tcheca, a
Eslováquia, a Croácia e a Bósnia. D) A Alemanha continua dividida
entre Alemanha Oriental e Ocidental, com governos separados, sendo
que somente a Alemanha Ocidental (que tem como