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COLÉGIO ESTADUAL HUMBERTO DE CAMPOSENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
ATALAIA-PR
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
2011
ÍNDICE
1. INTRODUÇÃO.................................................................................... 7
2. JUSTIFICATIVA.................................................................................. 7
3. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DO COLÉGIO................................. 10
4. HISTÓRICO DO COLÉGIO............................................................... 10
5. ORGANIZAÇÃO DA INSTITUIÇÃO ESCOLAR............................ 13
5.1 Modalidade de Ensino............................................................... 13
5.2 Estrutura do Colégio................................................................. 14
5.3 Regime do Colégio................................................................... 15
5.4 Turno de Funcionamento.......................................................... 15
6. CONSTITUIÇÃO FÍSICA DA ESCOLA............................................. 16
6.1 Sala de Recursos...................................................................... 16
6.2 Sala de Apoio............................................................................ 16
6.3 Sala do Viva a Escola............................................................... 17
6.4 Laboratórios de Ciências, Química e Biologia......................... 17
6.5 Biblioteca.................................................................................. 17
6.6 Quadra de Esportes................................................................... 17
6.7 Laboratório de Informática....................................................... 18
6.8 Sala dos Professores.................................................................. 18
6.9 Sala dos Pedagogos.................................................................. 18
7. PERFIL DOS PROFISSIONAIS DA ESCOLA................................... 18
7.1 Direção...................................................................................... 20
7.2 Pedagogos................................................................................. 20
7.3 Docentes................................................................................... 21
7.4 Agente Educacional I................................................................ 21
7.5 Agente Educacional II............................................................... 21
8. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA E ORGANIZAÇÃO PEDAGÓGICA.................................................................................... 22
8.1 Princípios Filosóficos................................................................ 22
8.2 Princípios Pedagógicos............................................................. 25
9. GESTÃO DEMOCRÁTICA DA ESCOLA........................................ 33
9.1 Grêmio Estudantil..................................................................... 33
9.2 APMF........................................................................................ 34
9.3 Conselho Escolar...................................................................... 34
10. CARACTERIZAÇÃO SÓCIO ECONOMICA CULTURAL DA COMUNIDADE ESCOLAR............................................................... 35
11. ORGANIZAÇÃO DO TEMPO E ESPAÇO DA ESCOLA................. 39
12. ORGANIZAÇÃO CURRICULAR...................................................... 40
13. DIRETRIZ CURRICULAR.................................................................. 40
14. REUNIÕES PEDAGÓGICAS............................................................. 41
15. INTERVENÇÕES PEDAGÓGICAS.................................................. 41
15.1 Monitorias................................................................................. 42
15.2 Atendimento Individualizado................................................... 42
15.3 Avaliação Pedagógica............................................................... 42
15.4 Atividades Extra-classe............................................................ 43
16. INCLUSÃO EDUCACIONAL............................................................. 43
17. PROGRAMAS E ATIVIDADES INTEGRADORAS DO CURRICULO........................................................................................ 45
17.1 Viva a Escola............................................................................ 45
17.2 Sala de Recurso......................................................................... 47
17.3 Sala de Apoio............................................................................ 48
17.4 Celem....................................................................................... 49
17.5 Programa Leite das Crianças................................................... 50
17.6 Patrulha Escolar Comunitária................................................... 50
18. PROPOSTA DE FORMAÇÃO CONTINUADA................................. 53
19. ACOMPANHAMENTO DE HORA ATIVIDADE.............................. 54
20. ESTÁGIO SUPERVISIONADO........................................................... 55
21. AVALIAÇÃO....................................................................................... 56
22. RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS........................................................ 60
23. PROCESSO DE CLASSIFICAÇÃO E RECLASSIFICAÇÃO........... 61
24. PROMOÇÃO DE ALUNOS................................................................ 62
25. PLANO DE TRABALHO DOCENTE............................................... 63
26. PLANO DE AÇÃO DO COLÉGIO...................................................... 64
27. PLANO DE AÇÃO DO GRÊMIO ESTUDANTIL............................ 70
28. ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO PROJETO POLITICO PEDAGOGICO.................................................................. 72
29. FUNÇÃO DO REGIMENTO E SUA INTERLOCUÇÃO COM O PROJETO POLÍTICO E PEDAGÓGICO............................................ 74
30. REFERÊNCIAS CITADAS.................................................................. 74
31. PROPOSTA PEDAGÓGICA – ENSINO FUNDAMENTAL............. 76
31.1 Arte .......................................................................................... 77
31.2 Ciências..................................................................................... 85
31.3 Educação Física........................................................................ 97
31.4 Ensino Religioso....................................................................... 101
31.5 Geografia................................................................................... 107
31.6 História...................................................................................... 112
31.7 Língua Portuguesa.................................................................... 119
31.8 Língua Estrangeira Moderna – Inglês....................................... 130
31.9 Matemática................................................................................ 142
32. PROPOSTA PEDAGÓGICA – ENSINO MÉDIO.............................. 148
32.1 Arte........................................................................................... 148
32.2 Biologia ................................................................................... 153
32.3 Educação Física........................................................................ 158
32.4 Filosofia.................................................................................... 162
32.5 Física......................................................................................... 168
32.6 Geografia................................................................................... 175
32.7 História .................................................................................... 179
32.8 Língua Estrangeira Moderna – Inglês....................................... 186
32.9 Língua Portuguesa.................................................................... 193
32.10 Matemática................................................................................ 202
32.11 Química.................................................................................... 207
32.12 Sociologia................................................................................. 211
33. PROPOSTA PEDAGÓGICA – SALA DE RECURSO....................... 218
34. PROPOSTA PEDAGÓGICA – SALA DE APOIO - L. PORT........... 222
35. PROPOSTA PEDAGÓGICA – SALA DE APOIO – MATEMÁTIC. 225
36. PROPOSTA PEDAGÓGICA - CELEM.............................................. 227
37. ANEXOS............................................................................................... 236
MATRIZ CURRICULAR.
CALENDÁRIO
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
71. INTRODUÇÃO
O presente documento intitulado PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO é expressão
das concepções educacionais que fundamentam o trabalho pedagógico realizado nesse
estabelecimento de ensino. Toda a prática docente se fundamenta nos pressupostos aqui
registrados e definidos após discussão com o coletivo escolar, portanto, este é um documento
proveniente de estudos, discussões que se decorrem ao longo dos anos, tendo por base as
necessidades educacionais da comunidade a qual o colégio faz parte e os documentos legais
que normatizam e regulamentam a educação em âmbito Federal e Estadual.
O objetivo primeiro desse documento é fundamentar uma prática pedagógica que
alcance êxito no processo de ensino e aprendizagem. Ou seja, nosso objetivo maior é que o
aluno APRENDA.
2. JUSTIFICATIVA
A tarefa de construir o Projeto Político Pedagógico da escola vai além do simples ato
de elencar dados ou preencher um roteiro pré-estabelecido, implica, fundamentalmente, em
refletir sobre o que se fez ou se viu até o momento e o que se pode propor e efetivamente
fazer acontecer em dias vindouros. A realização dessa nova ação requer mudança de atitudes
e de concepções.
Com essa visão, nós, profissionais da educação, sentimos a necessidade de avaliar o
sistema educacional vigente, considerando o panorama histórico em que nasceu, foi se
alterando e hoje está posto. Na medida em que, ainda aberto a mudanças, precisa chegar a ser
emancipatório.
Inúmeras reflexões surgiram para a elaboração desta proposta, a finalidade era nos
provocar, nos instigar a perceber as enormes mudanças pelas quais passa a sociedade e da
urgente necessidade da escola em se reposicionar frente a essas novas exigências de mundo e
de homem. Questionamentos críticos que, ora sutilmente ora deliberadamente, tinham o poder
de desconforto, de desequilíbrio, gerado propositalmente por sabermos que é no conflito que
há possibilidade de mudanças e que esse nasce na comunidade, reflete na escola e exige ação.
Entende-se que uma proposta que se quer autêntica, não deve ceder à ansiedade e a
pressa de simplesmente sabê-la pronta, foi o que constatamos à medida em que
8amadurecíamos nas discussões. Percebeu-se que, uma proposta maravilhosamente redigida,
mas sem aplicabilidade, não iria alterar práticas pedagógicas já desgastadas, não garantiria
excelência.
É necessário que este Projeto Político Pedagógico venha realmente mexer com as
atitudes, as tornando conscientes e significativas, o que é primordial para que todos os
envolvidos com o processo de ensino e aprendizagem se envolvam, se responsabilizem por
um trabalho coletivo e de qualidade, atendendo dessa forma as reais necessidades da
comunidade escolar, para que não seja mais um documento elaborado somente para cumprir
uma exigência burocrática e seja esquecido no fundo de uma gaveta.
Analisar o perfil do aluno, buscando a participação de toda comunidade escolar para
“diagnosticar a realidade da escola que temos” e subsidiar meios para a construção da escola
que queremos. Para isso é fundamental que a escola reflita e se conscientize, se transforme e
cumpra seu papel de agente da transformação.
O Projeto Político Pedagógico está embasado na Lei de Diretrizes e Bases da
Educação (LDB) nº 9394/96, que prevê no seu artigo 12, inciso I “O Estabelecimento,
respeitadas as normas comuns e as dos seus sistemas de ensino, terão incumbência de elaborar
e executar sua Proposta Pedagógica”, no seu artigo 13 determina que “ Os docentes incumbir-
se-ão de participar da elaboração e cumprimento da proposta pedagógica dos
estabelecimentos de ensino”, e no artigo 14, diz que “Os sistemas de ensino definirão as
normas de gestão democrática do ensino público na Educação Básica de acordo com suas
peculiaridades”. Também fundamentada na deliberação 014/99 e deliberação 16/99 do
CEE/PR.
O Projeto Político Pedagógico objetiva direcionar e efetivar todas as ações deste
Estabelecimento de Ensino, em conformidade com a Constituição Federal, LDB 9394/96 e as
Políticas Públicas do Estado do Paraná – entre outros documentos – se destaca como ação e
educacional:
- garantir o acesso e a permanência do aluno na escola, com as condições necessárias
para o ensino/aprendizagem;
- subsidiar o professor no preparo de aulas com conteúdo significativo;
- criar possibilidades diversas para diminuir as dificuldades de aprendizagem;
9- buscar qualidade no que diz respeito ao ensino/aprendizagem, convívio sócio-
cultural e na formação de cidadãos aptos a viver realmente a cidadania;
- desenvolver atividades que auxiliem a aprendizagem;
- incentivar os professores a buscarem alternativas de ações pedagógicas e formação
continuada;
Essas ações tem o intuito de ajudar o aluno a se tornar um verdadeiro cidadão e que
também ajude na superação dos preconceitos e discriminações de toda ordem, existentes
dentro e fora dos limites escolares.
Segundo a Legislação Básica da Educação Brasileira, regida pela Lei nº 9394/96, “A
educação, dever da família e do estado, inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de
solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando o seu
preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho”.
Sendo assim, este Estabelecimento de Ensino tem por função:
Permitir o acesso ao saber historicamente cumulado e a permanência do aluno com
êxito em sala de aula;
Propor uma educação de qualidade, proporcionando a aprendizagem pela interação
do sujeito com o objeto do conhecimento;
Instigar o aluno a estabelecer relações entre os saberes, capacidade esta
fundamental para garantir a aprendizagem significativa, para que possa continuar
aprendendo ao longo da vida de forma autônoma e crítica;
Formar o aluno cidadão capaz de construir seu projeto de vida com consciência
crítica e participativa, buscando o exercício de direitos e deveres, atitudes de
solidariedade, respeito, democracia, criatividade e autonomia;
Posicionar-se de maneira crítica, responsável e construtiva nas diferentes situações
sociais, utilizando o diálogo como forma de mediar conflitos e de tomar decisões
coletivas;
Preparar o aluno, o orientando a interagir no mundo do trabalho e compreendendo
as constantes mudanças que caracterizam a produção ao longo do tempo.
10Desenvolvendo os objetivos acima, poderemos consolidar uma prática educativa que
resgate os valores tão esquecidos, bem como, minimizar as dificuldades e problemáticas
encontradas no interior das salas de aula e na sociedade.
3. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DO COLÉGIO
Colégio estadual Humberto de Campos – Ensino Fundamental e Médio
Endereço: Rua Pedro Ortolani, nº 21 – centro Atalaia - PR CEP: 87630-000
Fone/fax: (44) 3254-1177; [email protected]
Dependência Administrativa: prédio do patrimônio público estadual
NRE: Maringá
Entidade Mantenedora: Governo do Estado do Paraná
4. HISTÓRICO DO COLÉGIO
O Colégio Estadual Humberto de Campos - Ensino Fundamental e Médio está
localizado na Rua Pedro Ortolani, nº 21, no município de Atalaia, Núcleo Regional de
Educação de Maringá, é mantido pelo Governo do Estado do Paraná.
Esta Escola foi criada pelo decreto nº 4.114 de 15 de fevereiro de 1967, com o nome
de GINÁSIO ESTADUAL DE ATALAIA.
Através do Decreto nº 20.841 de 17 de agosto de 1970, passou a se chamar GINÁSIO
ESTADUAL HUMBERTO DE CAMPOS.
Teve o Plano de Implantação da LEI 5692/71, aprovado pelo Parecer nº 102/79 e
homologado pelo Parecer nº 1968/79.
Foi reorganizada pela Resolução nº 2250/81 DOE de 20/04/81 e passou a se chamar
ESCOLA HUMBERTO DE CAMPOS – ENSINO DE 1º GRAU.
Foi reconhecida através da Resolução 3737/81 DOE 22/01/82 de 30 de dezembro de
1981.
11Com a Resolução nº 1540/83 passa a se denominar ESCOLA ESTADUAL
HUMBERTO DE CAMPOS – ENSINO DE 1º GRAU.
Conseguinte com a Resolução nº 2206/88 fica autorizado o funcionamento das quatro
(04) primeiras séries do 1º Grau.
Com a Resolução nº 2426/92 foram extintas as séries de 1ª a 4ª.
Através da Resolução nº 5027/93 foi autorizado o funcionamento do Ensino de 2º
Grau Regular, com as habilitações Magistério e Auxiliar de Contabilidade, passando a se
denominar: COLÉGIO ESTADUAL HUMBERTO DE CAMPOS – ENSINO DE 1º E 2º
GRAUS.
Com a Resolução 692/94 fica autorizado a prorrogação das Habilitações de Magistério
e Auxiliar de Contabilidade, a partir do ano letivo de 1994.
Ainda com a Resolução nº 5869/94 ficou autorizado a prorrogação das Habilitações
Magistério e Contabilidade, a partir do ano letivo de 1995.
Com a Resolução nº 2223/96 ficou autorizado a prorrogação das Habilitações
Magistério e Contabilidade, a partir do ano letivo de 1996.
Com a Resolução nº 4056/96 se implantou gradativamente a partir do ano de 1997 o
curso de Educação Geral – Preparação Universal, conforme consta no Termo de Adesão ao
Programa de Expansão, Melhoria e Inovação no Ensino Médio do Paraná – PROEM. De
acordo com a Resolução nº 4394/96 em substituição as habilitações profissionalizantes do
mesmo Grau: Magistério e Auxiliar de Contabilidade.
Com a Resolução nº 2504/97 fica autorizado o funcionamento do Curso de Educação
Geral, no Colégio Estadual Humberto de Campos – Ensino de 1º e 2º Graus.
No decorrer do ano letivo de 1997 com a Resolução nº 1809/97 DOE de 03/07/97
ficou reconhecido para fins de cessação as Habilitações Auxiliares de Contabilidade e
Magistério.
Finalmente com a Resolução nº1230/99 DOE de 12/04/99 foi reconhecido o curso de
Ensino Médio (Educação Geral).
Sendo assim de acordo com a Resolução da Secretaria nº3120/98 DOE de 11/09/98 a
nomenclatura do Estabelecimento passa de COLÉGIO ESTADUAL HUMBERTO DE
12CAMPOS – ENSINO DE 1º E 2º GRAUS, para, COLÉGIO ESTADUAL HUMBERTO DE
CAMPOS – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO.
A Funcionária técnica administrativa, Florisneide Ferreira, realizou o levantamento do
quadro de diretores do colégio, conforme segue:
1967 – Benedita Martins Coelho
1968 a 1971 – José Hilario dos Santos
1972 a 1975 – Hermes Caparroz
1976 – Maria Lielza de Oliveira Martins
1977 a 1978 João Eudes Padilha
1979 – Daniel Coleruk
1980 a 1982 – Marlene Correia Porto
1983 – Maria Helena Cicotti Roveri
1984 – Marlene Correia Porto
1985 a 1993 – Maria Helena Cicotti Roveri
1994 – Doroti da Silva Lopes
1995 – Maria Lenilda Oliveira do Amaral
1996 – Dirce Aparecida Gomes Grigoli (Documentação Escolar NRE)
1997 – Ivanilde Pacci Roveri
1998 a 2003 – Suely Tamborlim Felipes
2004 – 2010 – Marta Aparecida Truzzi Colombo
O nome do estabelecimento é uma homenagem ao escritor Humberto de Campos
(Veras) que nasceu na pequena localidade de Miritiba, hoje Humberto de Campos, Maranhão,
em 1886, no dia 25 de outubro, e faleceu no Rio de Janeiro, RJ, em 05 de dezembro de 1934.
Foram seus pais: Joaquim Gomes de Faria Veras, pequeno comerciante, e Ana de
Campos Veras. Perdendo o pai aos seis anos, Humberto de Campos deixou a cidade natal e
foi levado para São Luís. Dali, aos 17 anos passou a residir no Pará, onde conseguiu um lugar
de colaborador e redator na Folha do Norte, na Província do Pará. Em 1910 publicou seu
primeiro livro, a coletânea de versos intitulado Poeira. Em 1912 se transferiu para o Rio de
Janeiro. Entrou para o jornal O Imparcial na fase em que ali trabalhava um grupo de
13escritores ilustres, como redatores colaboradores, entre os quais Goulart de Andrade, Rui
Barbosa, José Veríssimo entre outros.
Humberto de Campos ingressou no movimento da segunda campanha civilista. Logo o
jornalista militante deu lugar ao intelectual. Fez essa transição usando o pseudônimo de
Conselheiro XX com que assinava contos e crônicas, hoje reunidos em vários volumes. Usou
também, outros pseudônimos como: Almirante Justino Ribas, Luís Phoca, João Caetano,
Giovani Morelli, Batu Allah, Micromegas e Hélios.
Homem intelectual e político fervoroso teve seus momentos de glória e fracassos.
Evocava sempre o seu lado intelectual para superar as dificuldades. Autodidata, grande ledor,
acumulou vasta erudição, que usava em suas crônicas. Poeta neoparnasiano, fez parte do
grupo da fase de transição anterior a 1922. Poeira é um dos últimos livros da escola
parnasiana no Brasil. Fez também crítica literária de natureza impressionista.
O diretor José Hilário dos Santos (gestão 1968-1971) apreciador das obras do poeta, o
elegeu para Patrono do Colégio.
5. ORGANIZAÇÃO DA INSTITUIÇÃO ESCOLAR
5.1 - MODALIDADE DE ENSINO
Este Estabelecimento de Ensino, de acordo ao disposto nas Constituições Federal e
Estadual, e na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, ministra os anos finais do
Ensino Fundamental e Ensino Médio. Tendo por finalidade proporcionar acesso e
permanência dos alunos neste Estabelecimento, repudiando qualquer forma de discriminação
e valorizando a liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o
saber.
Além disso, busca a valorização dos profissionais da educação e de todos os
envolvidos no processo de Ensino/Aprendizagem. Prima por uma gestão democrática e
participativa. Bem como a valorização e formação de “sujeitos” capazes de se perceberem
importantes para a cidadania plena e agentes de transformação social, cultural, econômica e
política da sociedade.
14A Lei de Diretrizes e Bases (9394/96) e as novas Diretrizes Curriculares estabelecem
que o Ensino Médio é a etapa educacional cuja oferta deve ser assegurada a todo cidadão
como etapa final da Educação Básica, para consolidar e aprofundar os conhecimentos do
Ensino Fundamental, possibilitar o prosseguimento de estudos, dotando o educando de
instrumentos que permitam a continuidade da aprendizagem ao longo da vida.
Espera-se que o curso contribua para a constituição de uma cidadania de qualidade,
cujo exercício reúna conhecimentos e informações a um protagonismo responsável, para
exercer direitos que vão além da representação política tradicional: emprego, qualidade de
vida, meio ambiente saudável, igualdade de homens e mulheres, enfim, idéias afirmativas
para a vida pessoal e para a convivência.
5.2 - ESTRUTURA DO COLÉGIO
Porte: 03
Quantidade de turmas: 19
Quantidade de alunos: 455
Quantidade de professores: 32
Quantidade de pedagogos: 05
Quantidade de Funcionários: 10
Quantidade de Diretor e Diretor auxiliar: 01 e 01, respectivamente.
Quantidade de salas de aula: 8 convencionais e 3 adaptadas.
A quantidade de turmas é de acordo com o quadro abaixo:
MANHÃ TARDE NOITETURMA REGULAR 9 7 3SALA DE RECURSO 1 1SALA DE APOIO - L. PORTUGUESA 1SALA DE APOIO -MATEMÁTICA 1CELEM 2 1VIVA A ESCOLA 1
5.3 - REGIME DO COLÉGIO
15
Tanto o Ensino Fundamental quanto o Ensino Médio são organizados da seguinte
forma:
Organização do Tempo Escolar: série
Organização Curricular utilizada: disciplina
Quanto à avaliação e sua forma de registro: notas
Quanto à sua periodicidade: bimestral (2.010). Foi encaminhado um pedido de
alteração do regime escolar de bimestral para trimestral, a esse respeito também
se solicitou adendo no Regimento Escolar para o ano letivo de 2.011.
Quanto à duração do curso: Ensino Fundamental está programado em 04 (quatro)
anos letivos, com carga horária anual, por série de 800 horas, distribuídas em 200
dias letivos. O Ensino Médio apresenta a duração de 03 (três) anos letivos, com
carga horária anual, por série, de 800 horas, distribuídas em 200 dias letivos.
O regime de matrícula é anual e segue as disposições da Deliberação 09/01. As datas
de matriculas e disposições legais são as estabelecidas pela SEED, a fim de que haja
consonância com toda a rede pública do Estado e são efetuadas nos turnos de funcionamento
do Estabelecimento.
A matriz curricular vigente, em anexo, contempla a Base Nacional Comum e a Parte
Diversificada, sendo esta composta pela seguinte disciplina: Língua Estrangeira Moderna -
Inglês no Ensino Fundamental. O Ensino Médio apresenta a seguinte disciplina na parte
diversificada: Língua Estrangeira Moderna – Inglês.
5.4 - TURNO DE FUNCIONAMENTO
Os anos finais do Ensino Fundamental (5ª a 8ª séries) é ofertado nos seguintes
períodos: Matutino e Vespertino. Já o Ensino Médio é ofertado nos seguintes períodos:
Matutino e Noturno.
Horário de Funcionamento:
7:40 às 12:00 horas
16 13:00 às 17:20 horas
18:45 às 22:55 horas
6. CONSTITUIÇÃO FÍSICA DO COLÉGIO
O prédio escolar é precário, sem acessibilidade, a parte considerada nova, onde se
localiza uma sala de aula, a biblioteca, a sala dos professores, dos pedagogos, o laboratório
de ciências está com rachaduras, quando de sua limpeza há vazamento de água do 1º piso
para o térreo e nas bordas externas. Destaca-se que o uso dessa dependência é essencial, mas
que põe em riso a vida dos profissionais, alunos e comunidade que procura a escola.
Recentemente tivemos a reforma da ala administrativa, desde 1998 não havia
reformas no prédio escolar. Houve o esforço em solicitar projetos de reforma que enfocavam
todo o prédio várias vezes, entretanto, não fomos atendidos, isto tornou um prédio no centro
da cidade visto como abandonado pelos órgãos públicos.
As salas de aula estão em péssimo estado, paredes que necessitam de pinturas,
faltam tacos no chão, as carteiras não se adequam ao padrão de altura dos alunos e muitas
estão danificadas e não podemos solicitar novas pois no patrimônio se encontram regular,
também não podemos descartar as inservíveis, essas ficam ocupando espaço que poderiam
abrigar melhor os alunos.
Alguns ambientes físicos são inadequados, porém adaptados para o atendimento
dos alunos, visto que há a necessidade de se ofertar esses programas aos alunos do colégio.
6.1 - Sala de Recursos
Localizada em um canto isolado do colégio (atrás da direção), apresenta tamanho
compatível com a quantidade de alunos que atende, sua pintura é envelhecida e não tem
cobertura contra chuva no caminho de acesso.
6.2 - Sala de Apoio
Utiliza o mesmo espaço da sala dos professores, sendo que os ambientes são
separados por uma divisória que não atinge o teto da parede. O som, de ambos os lados, é
17audível, a sala comporta o número de alunos atendidos, porém as mesas ficam muito
próximas umas das outras, o quadro de giz é precário. Localiza-se no prédio.
6.3 - Sala do Viva a Escola
O Viva a Escola não apresenta espaço físico de sala de aula com carteiras. Atualmente
o programa se refere à área de Educação Física (jogos/brincadeiras/expressão corporal e
outros), portanto, a sala de aula é a própria quadra de esportes do colégio e a quadra de
esportes do município. A sala de materiais de Educação Física foi reorganizada para abrigar a
mesa de Tênis de Mesa que chegou a pedido do programa.
6.4 - Laboratório de Ciências, Química e Biologia
Possui os materiais (equipamentos – microscópio, esqueleto, dorso, vidraria, outros) e
mobiliário básico (mesas, armário, banquetas, 01 balcão e 01 pia), o balcão é fixo e foi
construído em diagonal o que diminui o espaço físico da sala. Recentemente o colégio
participou da Olimpíada de Astronomia e foi contemplado com um telescópio, contudo falta o
tripé. Além disso, temos a necessidade de um profissional de apoio para que o laboratório
possa realmente funcionar a contento.
6.5 - Biblioteca
Com área de aproximadamente 60 m2, ocupado por prateleiras, mesas e cadeiras.
Contamos com um acervo considerável de aproximadamente 1.000 títulos. Este local é aberto
a toda a comunidade, nos períodos de funcionamento da escola. Em breve abrigará o
PROINFO que com o objetivo de atender aos alunos e comunidade favorecerá a inclusão
digital. Em várias paredes apresenta problemas de vazamento de água quando chove. Não
apresenta TV pen drive e nem aparelho de vídeo ou DVD.
6.6 - Quadra de Esportes
A quadra, em função do espaço, não tem tamanho oficial. É coberta, possui
iluminação adequada, arquibancada é cercada muro. Está localizada ao lado do laboratório e
próximo das salas de aulas, há um transtorno acústico, visto que a distancia entre a quadra e o
pavilhão das salas é de cerca de 1 metro. Nesse espaço são ministradas parte das aulas de
Educação Física, atividades de recreação e outras. Possui também acesso direto para a
18comunidade, que frequentemente faz uso de suas dependências para competições lúdicas. Há
banheiros, contudo não podem ser utilizados pois como não há almoxarifado os ferragens são
acomodadas nesse local.
6.7 - Laboratório de Informática
O Colégio possui um laboratório de informática instalado em uma das salas de aula,
com espaço de 48 m2 . Este ambiente pedagógico é composto de vinte computadores, uma
impressora e mobiliário completo (mesas e cadeiras) para acomodar 20 alunos. A internet
nem sempre funciona de forma devida, o que prejudica os alunos em suas pesquisas, também
há a dificuldade do professor trabalhar utilizando sítios da rede, pois se vários computadores
acessarem o mesmo endereço, há o travamento geral. Dessa maneira, o uso de recursos
pedagógicos lúdicos e de pesquisa da internet fica limitado.
6.8 - Sala dos Professores
É localizada no prédio que apresenta vazamento e instabilidade, o ambiente é dividido
por uma divisória fina que não chega ao teto, assim, do outro lado, a sala de apoio, é capaz de
ouvir as conversas dos professores e vice-versa. Tem armários individuais e estantes para
consulta aos livros didáticos. Apresenta uma TV pen drive e aloja os vídeos e fitas VHS, tem
uma mesa ampla, mas que não acomoda o material de todos os professores, há uma mesa
menor para se dispor as refeições servidas, não há banheiro e pia, os sanitários para os
professores se localizam em frente à sala da direção, do outro lado do colégio.
6.9 - Sala dos Pedagogos
O espaço é adequado, os armários estão em péssimo estado, quando há mais de um
pedagogo atendendo não há local para se realizar conversas particulares com os
responsáveis, professores e alunos. A sala se situa no prédio onde há vazamento de água e
instabilidade, quanto aos sanitários é o mesmo caso da sala dos professores.
7. PERFIL DOS PROFISSIONAIS DO COLÉGIO
Em relação à quantidade de profissionais que atuam no colégio há:
Direção: 01Direção Auxiliar: 01
19Formação profissional: Graduação Letras e Ciências Biológicas, respectivamente,
ambas com especialização.
Equipe Pedagógica: 05Formação profissional: Graduação
Pedagogia: 05
Especialização: 05 Mestrado: 01
Docentes: 32Formação profissional: Graduação
Artes: 01 Artes Visuais: 01 Administração: 01 Biomedicina (em curso): 01 Ciências: 01 Ciências Biológicas: 01 Ciências / Biologia: 02 Ciências Sociais: 01 Educação Física:03 Física (em curso): 01 Formação Docente: 01 * graduação em curso Geografia: 02 História: 03 Língua Portuguesa: 01 Matemática: 01 Matemática / Ciências: 03 Pedagogia: 03 Português / Espanhol: 01 Português / Inglês: 05
Especialização: 24 Especialização em curso: 03 Mestrado em curso: 01 PDE: 02
Agente Educacional II: 05Formação Profissional: Ciências / Biologia: 01
Farmácia: 01 Português / Espanhol: 01 Serviço Social: 01 Ensino Médio: 01
Especialização: 01 Especialização em curso: 01
20Agente Educacional I: 05Formação Profissional: Ensino Médio: 04
Ensino Fundamental: 01
Totalizam 20 profissionais QPM (Professores concursados), 15 profissionais PSS
(professores contratados por teste seletivo), 02 SC02 (professores concursados com aula
extraordinária), 02 CLAD, 02 Paraná Educação, 5 QFEB (funcionários agente educacional II),
01 documentadora escolar (professora concursada).
7.1 – Direção
A direção é constituída por dois profissionais (Diretora e Diretora Auxiliar),
escolhidas de forma direta, através do voto, que abrange toda a comunidade (professores,
funcionários, pais e alunos). Tem como objetivo uma administração e ação descentralizada e
democrática, pois visa a melhoria do processo educativo em coerência com os pressupostos
filosóficos e metodológicos do Estabelecimento de Ensino. Busca a manutenção e o equilíbrio
entre os diversos setores, criando infra-estrutura adequada ao bom funcionamento da escola.
7.2 – Pedagogos
Tem por objetivo primeiro a preocupação com o ensino/aprendizagem de qualidade e
eficiente. São articuladoras da proposta pedagógica, visando a efetivação de todo o trabalho
pedagógico. Todas participam dos encontros ofertados pelo Núcleo de Educação, bem como,
de cursos que tratam de assuntos pertinentes a função. Ao mediar conflitos promovem o bom
relacionamento entre os envolvidos no processo de Ensino, isto é, entre professores, alunos,
funcionários, pais e comunidade. Estão diretamente ligadas a todas as propostas de
capacitação, como participantes e incentivadores da busca do conhecimento. O papel do
pedagogo abrange, dessa maneira, não somente a mediação de conflitos, mas também a
manutenção da unidade teórica e prática das necessidades locais do processo de ensino e
aprendizagem, atuando junto ao professor, aos alunos, aos profissionais em geral, atendendo a
legislação vigente e a reflexão em relação ao Projeto Político Pedagógico do colégio.
217.3 – Docentes
O corpo docente de nosso Estabelecimento de Ensino é composto, na sua totalidade,
por profissionais altamente capacitados, todos possuem curso superior e especialização,
alguns com mais de uma área de Especialidade. São profissionais comprometidos com o
processo de Ensino/Aprendizagem, e por isso não se cansam de buscar novos conhecimentos.
Participam, ativamente, de todos os cursos de formação continuada oferecidos pela SEED,
universidades vizinhas e por outras instituições envolvidas e preocupadas com a educação.
Percebemos que por essa pré-disposição ao conhecimento estão sempre revendo as condutas
assumidas em suas práticas pedagógicas, que tendem a efetivação de um currículo dinâmico e
consciente. A cooperação faz com que os trabalhos desenvolvidos sejam realmente
significativos, já que a troca é constante entre Direção, Equipe Pedagógica e Professores.
7.4 - Agente Educacional I
A Equipe de Agente Educacional I se divide nas tarefas de zelar pelo ambiente
escolar, preservando, valorizando e integrando o ambiente físico; executar atividades de
manutenção e limpeza; zelar pela segurança das pessoas e do patrimônio; controlar o
movimento de pessoas nas dependências do estabelecimento de ensino; acompanhar os alunos
em atividades extraclasses quando solicitados; agir como educador junto à comunidade
escolar; preparar alimentação escolar, observando os princípios de higiene e de consumo dos
alimentos; manter uma comunicação antecipada com a direção sobre os fatos do dia a dia.
Não havendo habilitação especifica para cada tipo de função, eles se revezam nos afazeres,
mas se torna difícil a execução dessas atividades, pois não há um número suficiente de
funcionários para o atendimento da demanda, causando assim a não divisão de tarefas, ora
limpeza, ora alimentação. Porém, para o bom desempenho profissional todos se
disponibilizam a participação em cursos, capacitações, reuniões, seminários ou outros
encontros correlatos às funções exercidas ou sempre que necessário.
7.5 - Agente Educacional II
Tem a função de manter a organização da parte documental da escola e dos alunos,
realizando o serviço de escrituração escolar e correspondências, para que toda a parte
22burocrática assegure a atuação da Direção, da Equipe Pedagógica e do Corpo Docente de
forma legal e organizada. É de competência da administração escolar prestar orientações e
esclarecimentos ao público, de forma pronta e cordial, sobre os procedimentos e atividades
desenvolvidas na unidade escolar; acompanhar os alunos quando solicitados em atividades
extraclasses ou extracurriculares; participar de reuniões escolares e eventos de capacitação
propostas pela SEED ou outras de interesse do estabelecimento de ensino; manter o ambiente
da biblioteca organizado, registrando e zelando todo material didático existente, bem como
nos laboratórios de ciências e informática; agir como educador, buscando a ampliação do
conhecimento do educando.
É necessário manter a Direção informada com relação aos fatos relevantes no
dia a dia, contribuindo assim, para o bom funcionamento escolar, para que a escola possa
tornar-se um espaço efetivo de mediação, de formação humana, de exercício da democracia
participativa, visando à construção de uma sociedade igualitária e justa. Diante do exposto,
fica explícito a extrema importância do agente como educador, com participação efetiva,
primando pelo processo de ensino/aprendizagem.
8. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA E ORGANIZAÇÃO PEDAGÓGICA
8.1 - PRINCIPIOS FILOSÓFICOS
A compreensão das teorias educacionais e consequentemente suas práticas são
pertinentes para o contexto escolar e seu fazer educacional enquanto ato histórico. Saber e
entender o que se almeja é fator crucial para a superação das dificuldades. Pois, para quem
não sabe onde quer chegar qualquer caminho serve (dito popular).
Entretanto a educação formal tem sua especificidade, tem seus objetivos e carece,
portanto, de um método de análise capaz de subsidiar uma metodologia que possibilite uma
educação e instrução que responda às necessidades apontadas pela sociedade vigente.
A escola que se deseja alcançará seus objetivos quando todos os seus partícipes
estiverem sob o mesmo arcabouço teórico. Daí a necessidade do envolvimento de todos
(profissionais da educação, discentes e comunidade) na reflexão sobre as ações e a
intencionalidade da proposta pedagógica., para tal é necessário haver um subsídio teórico um
23método para direcionar a intervenção, a metodologia pedagógica que fundamenta o processo
educativo desse colégio.
A consecução de um trabalho pedagógico coerente e de qualidade pressupõe o
reconhecimento das constantes mudanças sociais. Não vivemos num mundo estático,
transformações ocorrem a todo instante e o que era tido com verdade inquestionável ontem, já
não o é hoje. Esta dinamicidade latente é responsável pela exclusão de velhos paradigmas,
exigindo assim novas condutas que visam a formar um novo cidadão, sujeito capaz de se
inserir e atuar eficazmente na sociedade vigente. Compreendendo assim, esse momento
histórico de acirradas mudanças, o processo educativo se preocupa com o novo perfil de
aluno, um aluno cidadão, em cuja formação escolar se incluam quesitos básicos capazes de o
inserir de forma justa na sociedade sendo a aquisição desses viabilizada pelo conhecer
científico.
Fazemos parte de uma sociedade, que apesar dos discursos ideológicos, muito ainda
tem que se fazer para que ela seja no mínimo igualitária. Houve um momento da história em
que com o aumento da demanda e a não preparação da escola em lidar com a diversidade
optou-se em praticar um ensino sistêmico, isto é, formar um grande número de mão-de-obra
em um período curto de tempo (assalariado mal remunerado), enquanto que, para os da classe
privilegiada eram reservadas as escolas da elite, pensamento e realidade que infelizmente
ainda perdura. acontece até hoje.
Assim, se temos uma sociedade como a acima descrita, ao contrário desta, a desejamos
com igualdade, uma sociedade inclusiva, que promova o desenvolvimento e o saber, uma vez
que ambos são possibilitadores do devir humano. Acreditando nisso é que o presente colégio
busca, concomitante às discussões disponibilizadas pela SEED-PR e Núcleo Regional de
Educação, realizar um trabalho educacional que atinja as necessidades reais dos alunos em
sua perspectiva totalizante.
O sujeito que queremos formar é um cidadão ativo, promotor de sua própria história,
que faça bom uso de seus direitos: à uma educação de qualidade e à garantia de seu acesso e
permanência na escola, na participação ativa com a coletividade, tal indivíduo poderá
construir uma sociedade justa, democrática e responsável. Queremos uma escola que ao
transmitir o saber científico, desenvolva o senso de CIDADANIA no aluno, no sentido de
formar cidadãos conscientes dos seus deveres e direitos.
24Educação é um processo de descoberta e de elaboração apropriação de valores.
“Quando me educo, transformo a minha realidade”. É pelo processo educativo que os
indivíduos se desenvolvem, adquirem autonomia, pensam por si próprios e se responsabilizam
por seus atos. Educar implica em inserir a escola na sociedade, discutir as interferências de
uma na outra, decidir quais são efetivamente os conteúdos pertinentes a serem tratados na
escola e de que forma.
O coletivo escolar compreende que precisamos de uma educação que valorize o saber
produzido e acumulado historicamente, que possibilite a formação de um ser total –
emocional, biofisicopsicossocial – que favoreça a aprendizagem e a integridade ética e
existencial, que busque a acessibilidade ao conhecimento, enfim, um sujeito de sua história. A
esse repeito Karl Marx escreveu:
O homem apropria sua essência universal de forma universal, isto é, como homem total. Cada uma das suas relações humanas com o mundo (ver, ouvir, cheirar, degustar, sentir, pensar, observar, perceber, desejar, atuar, amar), em resumo, todos os órgãos de sua individualidade, como os órgãos que são imediatamente comunitários em sua forma são, em seu comportamento objetivo, em seu comportamento desde o objeto, a apropriação deste. A apropriação da realidade humana, seu comportamento desde o objeto, é a afirmação da realidade humana, é a eficácia humana e o sofrimento humano, pois o sofrimento, humanamente entendido, é o gozo próprio do homem.(MARX, 2004, p. 41, grifo do autor)
Diante do desafio de tornar o homem um ser humano completo, é preciso um currículo
que não apresente os conteúdos de forma estanque e fragmentada, pois ele não é um
instrumento separado do contexto social, pelo contrário, é o homem que faz a história. Dessa
forma, é imprescindível a interação entre as diversas áreas do conhecimento, tendo como
ponto de partida a história individual e ponto de chegada a história dos homens.
Assim, se faz necessário um currículo (efetivação da teoria e prática educacional)
enquanto instrumento de cidadania democrática, que contemple conteúdos e estratégias de
ensino que capacite o ser humano na realização de atividades pertencentes aos três domínios
da ação humana: vida em sociedade; atividade produtiva e experiência subjetiva.
O ambiente escolar, por abrigar um grande contingente por um grande período de
tempo é o lugar em que a transmissão dos conhecimentos científicos ocorre, bem como,
possibilita o devir humano, visto que de acordo com o filósofo Immanuel Kant o homem é o
25único animal que necessita ser educado para atingir sua finalidade que é o desenvolvimento
de sua potencialidade humana.
Nesse sentido, buscou-se compreender e se fundamentar num método de análise
capaz de instrumentalizar o corpo profissional da escola na luta pela superação de paradigmas
que apenas reproduziam o status quo, optou-se, portanto, pelo Materialismo Histórico que
analisa a dialética existente nas formas de ser das sociedades historicamente determinadas.
8.2 - PRINCIPIOS PEDAGÓGICOS
A educação e o instruir sempre foram instrumentos de disseminação ideológica e
política. Logo após o descobrimento do Brasil chegaram os jesuítas, com o intuito de
converter as almas dos nativos, civilizar os pagãos conforme “Carta de Caminha” e de fazer
permanecer vivo nos corações dos navegantes e aventureiros os preceitos da fé cristã. Pode-se
dizer que os jesuítas foram os primeiros educadores e pesquisadores em terras brasileiras.
Organizaram a catequização dos indígenas, desbravaram e mapearam a geologia, a flora e a
fauna da nova terra. Contudo, devido à visão empreendedora e sua alta organização alguns de
seus vilarejos se tornaram prósperos e com grande potencial competitivo. Tal êxito econômico
contribuiu para sua efetiva expulsão em 1759, pelo Marquês de Pombal.
Com a expulsão dos jesuítas o ensino brasileiro ficou treze anos com as páginas em
branco. De qualquer maneira em 1806 com a vinda da família real, o ensino se organizou em
conformidade com as suas raízes jesuíticas: égide cristã. A disseminação do saber
sistematizado se centralizou nas escolas confessionais, na zona rural, não raro, havia salas de
aula com o objetivo de ensinar apenas a ler, escrever e contar. O ensino se fundamentava em
uma pedagogia tradicional, com arcabouço teórico na obra de Herbart. Nessa perspectiva, o
ensino era centrado no professor-sujeito detentor do conhecimento, e cabia ao aluno executar
as atividades e repetir as verdades incontestáveis que lhe eram ensinadas. Tal metodologia de
ensino contribuía na formação de um cidadão submisso, pouco participativo e sem autonomia,
um sujeito, portanto que atendesse às expectativas do poder controlador da sociedade vigente
àquela época. Dessa maneira, a práxis se expressava na prática educativa fundamentada na
aplicação da teoria herbartiana.
26O ensino herbartiano ficou conhecido por seu caráter conservador – tradicional – que
em nada favorecia o livre pensar. As elites eram educadas a comandar os trabalhadores
recebiam uma educação que firmava o respeito à hierarquia e submissão. Pairava de forma
contundente no ar o entendimento de que apenas aqueles indivíduos inseridos em uma cultura
legitimada poderiam e teriam condições de desenvolver plenamente sua intelectualidade, e
por isso seriam os mais aptos à liderança. Houve, portanto, a necessidade de uma discussão
sistematizada sobre o currículo escolar.1
Na realidade, o entendimento de uma escola destinada a manter a organização elitizada
da escola apenas confirma os estudos realizados por Louis Althusser que destaca a existência
de instâncias sociais com a função de disseminar a ideologia dominante. Nesse contexto, Silva
escreve que “[...] a permanência da sociedade capitalista depende da reprodução de seus
componentes propriamente econômicos e da reprodução de seus componentes ideológicos.”
(Silva, 2004, p. 31).
A pedagogia tradicional legitima a cultura dominante como a cultura requerida, isso
por não possibilitar a elaboração de um pensamento contestador das relações sociais.
O presente Colégio acredita que uma educação de qualidade deve se pautar pelo
compromisso com o educar. A realização desse compromisso aponta para um ensino unitário
que valorize as diferentes expressões culturais sem perder o foco de uma metodologia
coerente com o processo de aprendizagem dos conteúdos acadêmicos.
A escola é um campo contestado, por abranger a pluralidade social e cultural se
apresenta como um espaço onde a neutralidade é praticamente impossível. O espaço escolar,
além de sua estrutura, é formado por pessoas, cada qual com suas subjetividades e formas de
entender o modus facenti da sociedade atual. Embora a não neutralidade seja um aspecto real
da dinâmica escolar, vale lembrar, que há de se ter um pressuposto comum à prática
educativa, há de se ter objetivos comuns à todos os partícipes do processo educativo.
A própria escolha dos conteúdos a serem ensinados expressa a compreensão / visão de
mundo, homem e sociedade presente no cotidiano escolar deste estabelecimento de ensino.
1 Por este prisma, vale destacar que a discussão sobre currículo adentrou nas discussões educacionais em 1918, com a obra The Curriculum de Bobbitt. O livro foi escrito num momento em que diferentes forças econômicas, políticas e culturais procuravam moldar os objetivos e as formas da educação de acordo com suas diferentes e particulares visões. É nesse momento que se busca responder questões cruciais sobre as finalidades e os contornos da escolarização das massas.
Silva (2004) afirma que o currículo proposto por Bobbitt tinha um pressuposto teórico conservador em relação à dinâmica do para quem e o quê ensinar, ou seja perpetuar o status quo.
27Ao acreditar que “[…] a teoria tradicional não ofereceu base real para a compreensão das
relações entre ideologia, conhecimento e poder” (GIROUX, 1983, p. 32), o corpo de
profissionais desse estabelecimento, sem deixar de levar em consideração que a escola, por
mais que lute contra, repassa e reproduz a ideologia dominante, almeja promover um ensino
que resista ao movimento de padronização do pensamento subjetivo. Assim, se procura
superar um currículo onde “Os valores e hábitos de outras classes podem ser qualquer outra
coisa, mas não são a cultura.” (SILVA, 2004, p. 34).
Entretanto, é relevante destacar que a superação de um currículo tradicional e por
conseguinte, sua prática educativa pressupõe a contestação do modelo padrão que se expressa
na reprodução da sociedade vigente por meio da violência simbólica (CF. Bordieu e
Passaron); da correspondência entre escola e produção da vida (CF. Bowles e Gentis) e da
função social da escola de servir à ideologia dominante (CF. Althusser).
Embora haja entre os autores críticos do currículo a compreensão teórica de que a
escola não é neutra e serve à elite, na prática tais estudiosos não elaboraram elementos
possibilitadores de uma mudança social a ser instrumentalizada pela escola. Ao contrário, se
restringiram a contestar o constructo da prática escolar, por não conseguir demonstrar os
mecanismos capazes de libertar prática pedagógica da reprodução ideológica dominante, tais
autores ficaram conhecidos como os estudiosos da teoria crítico reprodutivista da Educação.
Na tentativa de possibilitar um ensino mais individualizado e que levasse em
consideração o processo de ensino e aprendizagem, surgiu no Brasil o movimento da Escola
Nova, que teve marco o ano de 1932 com a publicação do Manifesto dos Pioneiros. Este
documento versava sobre a necessidade da laicização do ensino, do olhar individualizado e
psicologizante ao aluno. Na prática, o escolanovismo se consolidou pelo exagero na
instrumentalização, pelo uso de recursos audiovisuais e pela busca do foco do interesse do
aluno. Embora com o objetivo de superar uma prática tradicional e marginalizadora, o
escolanovismo acabou por acirrar ainda mais as diferenças sociais, visto que àqueles que
detinham melhores condições financeiras consolidaram um ambiente de ensino mais
estimulante e instrumentalizado.
Assim, na Escola Nova
O professor agiria como um estimulador e orientador da aprendizagem cuja iniciativa principal caberia aos próprios alunos. Tal aprendizagem seria uma decorrência espontânea do ambiente estimulante e da
28relação viva que se estabelecia entre os alunos e entre estes e o professor. (SAVIANI, 2003, p. 9).
Nesse enfoque, o importante era o aprender a aprender que se fundamentava no afeto
existente entre os partícipes dessa relação. Entretanto, tal metodologia elevou o nível de
ensino das camadas superiores, que já iam, pressupostamente, para as escolas com uma boa
bagagem cultural e “[...] rebaixou o nível do ensino destinado às camadas populares, as quais
muito frequentemente [naquele momento histórico] tinham na escola o único meio de acesso
ao conhecimento elaborado.” (SAVIANI, 2003, p. 10).
Se por um lado no ensino tradicional a aprendizagem se centrava no professor, no
escolanovismo o centro foi o aluno e o ambiente estimulador. O modelo tradicional de
educação não satisfazia mais os anseios dos educadores. O modelo exposto pela Escola Nova
não logrou o êxito desejado.
Na década de 1970, se adequando a metodologia da produção fabril à escola, se
enfatizou a clareza dos objetivos e da técnica empregada como os pontos primordiais do
processo de ensino e aprendizagem. A compreensão desses modelos de ensino evidenciam
que a escola ao destacar a relevância de recortes, aspectos inerentes à educação não obtém
resultados satisfatórios. Ambas, análise metódica e intervenção metodológica, ao estarem
fragmentadas são fatores que apontam o fracasso escolar. O trabalho escolar deve ser
realizado sob a compreensão total de sua articulação com a sociedade da qual faz parte.
Diante do exposto, o corpo de profissionais desse colégio acredita que a compreensão
da forma educativa de outrora se refere ao modelo do homem compreender a sociedade a ele
contemporânea. Contudo, para corresponder aos anseios apontados pela práxis atual é
necessário fundamentar a prática pedagógica numa perspectiva teórica capaz de delinear um
caminho capaz de forjar o cidadão necessário. Por cidadão necessário entende-se aquele
sujeito capaz de contribuir ativamente na sociedade, exercendo seus deveres e reivindicando
seus direitos de forma coerente e justa. Propõem-se assim uma prática pedagógica que desvele
como as subjetividades são produzidas, “[...] como o poder, a estrutura e a ação humana
funcionam para reproduzir não só a lógica da dominação, mas também o cálculo da mediação
da resistência e da luta social.” (GIROUX, 1983, P. 56).
29Se há teorias que perpetuam o status quo, ignorando a existência das lutas de classe, se
há teorias que entendem a escola como reprodutora dos embates sociais, compreendendo, mas
não superando a disseminação ideológica, há também teorias educacionais que propõem uma
resistência ao caráter reprodutor da escola. Até porque “[...] a escola é também aquele espaço
onde estudantes de diferentes grupos socioeconômicos tornam-se conscientes de que a
alfabetização está intimamente ligada as formas de conhecimento, modos de comunicação e
práticas sociais de sala de aula através dos quais [eles, os alunos,] se definem como sujeitos.”
(GIROUX, 1983, p. 59).
Assim pressupõem-se que:
As habilidades de alfabetização, neste caso, tornam-se instrumentos que capacitariam os estudantes da classe trabalhadora a se apropriarem daquelas dimensões de sua história que tem sido suprimidas, bem como daquelas habilidades que revelarão e que explodirão as falsas atrações e os mitos que escondem as profundas divisões e inquietações do Estado capitalista. (GIROUX, 1983, p. 87)
Embora se objetive a consolidação de um ensino capaz de contribuir na tomada de
consciência dos educandos, há de se destacar uma realidade inerente ao ser humano: os
profissionais da educação tem suas subjetividades formadas em práticas que nunca se
desvincularam totalmente da pedagogia tradicional e do ideal de aluno, quieto e obediente.
Contudo, há de se destacar o avanço teórico de todos os profissionais e o esforço em superar
os resquícios de sua própria formação enquanto cidadão e profissional.
A metodologia de trabalho utilizada por uma escola revela muito de sua filosofia, de
sua visão de mundo e de aluno. Privilegiar as carteiras enfileiradas, a disciplina absoluta, a
passividade, o “poderio” do livro didático, certamente resultará num aluno acrítico, alienado e
expectador. No entanto, se o ensino mediar a formação de um aluno consciente, crítico,
autônomo, responsável e compromissado com seu papel na construção de uma sociedade justa
o espaço escolar primará pelo processo de ação-reflexão-ação.
Nenhum aluno chega vazio à sala de aula2, traz consigo uma gama considerável de
conhecimentos adquiridos com seu convívio social,contudo a sistematização e a elaboração
do corpo teórico e prático desses e de novos conhecimentos ocorre pela mediação realizada no
ambiente escolar. Esses só serão significativos se os auxiliarem na compreensão de sua
2 Ver os escritos de John Locke e sua teoria da tábula rasa.
30própria realidade e abrir espaço para possíveis transformações. Conhecer é construir
significados. Dessa forma, o papel da escola é o de significar e resignificar os conteúdos para
que atinjam seus objetivos.
Todo e qualquer conteúdo precisa e deve ser visto dentro de um contexto histórico. É
com essa dinamicidade que se reconhece a produção do conhecimento, seus objetivos e suas
ideologias. Quando o aluno é capaz de compreender conscientemente esse movimento se
percebe também enquanto produtor de conhecimento e, portanto, atuante na sociedade.
Uma escola que possibilite ao aluno o acesso ao conhecimento acumulado
historicamente de forma crítica e autêntica é o que objetivamos. Nesse ínterim, se busca
também a humanização nas relações sociais existentes, a fim de garantir uma sociedade Civil
de Direito fundamentada pela justiça, liberdade, democracia e responsabilidade. Dessa
maneira, contribuir-se-á na consecução do devir humano.
A autonomia intelectual do aluno se constrói com constante estímulo à capacidade de
raciocinar e de estabelecer relações entre os diversos conteúdos, além disso, se busca a
socialização do conhecimento para que todos possam ter acesso à cultura a ao
desenvolvimento cognitivo, dando condições para a compreensão da realidade social e se
necessário transformá-la.
Isso só acontecerá se a escola propor espaços que possibilitem o pensamento crítico,
auto-crítico e questionador. Devendo este espaço ser de construção intelectual, cultural, moral
e acima de tudo capaz de mudar as atitudes, para então instrumentalizar o aluno a ser um
agente da transformação social.
Nesse movimento pedagógico constante de mediação, avaliação e intervenção, a
preparação de sujeitos capazes realizar práticas mais justas, requer que o conhecimento
elaborado venha a favorecer toda a humanidade e não apenas um grupo seleto de homens.
Desta forma, se objetiva que os envolvidos no processo de ensino/aprendizagem consigam
interagir de forma consciente e crítica, tendo uma visão ampla do mundo, suas contradições e
suas possibilidades de mudanças, com base nos conteúdos, suas possíveis articulações e
contextualizações.
Com esta perspectiva reconhecemos a dimensão histórico-cultural (sempre inacabada)
do próprio processo de aprendizagem da história da humanidade. Essa história – no mundo do
homem – deve ser analisada em suas múltiplas determinações. É preciso reconhecer as
31contradições que mobilizam os homens, a história e a cultura. Portanto, não se trata de
ordenar e classificar os fragmentos de histórias, mas reconhecer os bastidores desses cenários,
apontando limites e desafios que vivemos a cada dia, a cada aula, a cada momento de
ensino/aprendizagem. Sabe-se também que a própria escola tem seus limites e seus desafios,
pois cada aluno é um “ser” singular, que necessita dos docentes os olhos voltados para sua
individualidade e ao mesmo tempo para uma coletividade.
Os problemas de ensino e aprendizagem que temos são agravados de certa forma pelo
desinteresse, falta de compromisso do aluno e de seus pais ou responsáveis. Pensando nesses
e nos casos de evasão e reprova, mesmo não atingindo números alarmantes e tendo como
base a média nacional (IDEB), acreditamos que essa é uma situação preocupante e que requer
atenção. Toda a comunidade escolar está atenta a esses casos e o que se propõe é que as ações
pedagógicas precisam estar de acordo com tais necessidades a fim de auxiliar num processo
de ensino e aprendizagem que consiga suprir as defasagens da melhor forma possível.
Dentre as ações propostas podemos citar:
- acompanhamento sócio-educacional (família/escola/aluno);
- sistema de monitoria dirigida;
- encaminhamento para profissionais especializados (psicólogos,
fonoaudiólogos, assistentes sociais...);
- execução das atividades com o auxilio da Equipe Pedagógica;
- recuperação de conteúdos;
- sala de Apoio à Aprendizagem;
- sala de Recursos.
A escola que propomos deve efetivar a teoria na prática realizando assim a essência de
uma boa educação. Onde todos se percebam enquanto sujeitos e portanto, capazes de
contribuir de forma ativa e com responsabilidades na produção da história/cultura.
Assim, no constructo de uma prática pedagógica que privilegie a formação integral do
educando, o professor deve se atentar para como ocorre o entendimento da sociedade: esse é o
método de análise que apontará qual o objetivo que a educação almejada deve alcançar. Em
32consonância com esse objetivo é traçado o caminho de sua realização, ou seja, a metodologia
que deverá ser utilizada para se tornar real a escola e a sociedade que se deseja.
Se a fundamentação teórica parte de um método que desvela a contradição social, a
metodologia deve estar condizente, ou seja, possibilitar que o aluno elabore criticamente as
situações de seu dia a dia de modo a transpor a barreira do senso comum.
Tal metodologia deve levar em consideração o contexto social, as necessidades
individuais e coletivas existentes em um grupo. Entendendo-se que o conhecimento se elabora
pela interação do sujeito com o objeto de estudo e estando ambos inserido em circunstâncias
especiais (históricas), destaca-se que a compreensão histórico social de Lev Seminovich
Vygotsky é a que melhor satisfaz as necessidades de uma escola pública emancipadora, isto
por privilegiar os aspectos sociais que estão ora maximizar e ora a minimizar a interação do
sujeito com o conhecimento.
Vygotsky compreende a importância do sujeito do desenvolvimento cognitivo, mas
salienta a importância da interação com o ambiente social como fator fundamental para a
aprendizagem. Para esse estudioso, é o próprio ato de aprender que possibilita ao homem o
desenvolvimento. Essa compreensão é facilmente observável e comprovável pelos atuais
avanços científicos referentes aos estudos da neuroplastia.
Se a aprendizagem ocorre, nessa concepção, quando o sujeito interage com o meio, o
papel do professor é de mediar (ser ponte) entre o conhecimento já elaborado por esse ser
cognoscente e o meio que está a lhe oferecer novos estímulos. Dessa maneira, o conhecimento
é gradual, o indivíduo tem um conhecimento X (zona de desenvolvimento real) que o permite
elaborar um conhecimento Y (zona de desenvolvimento potencial) que se refere à capacidade,
ao potencial de aprendizagem em relação àquilo que o aluno sabe, consequentemente aquele
conhecimento Z que circundava o aluno, que lhe estavam próximos, se torna possível de
assimilação.
A opção por essa metodologia perpassa por uma compreensão de que o meio faz o
sujeito e o sujeito faz o meio, em outras palavras, “[...] as circunstancias fazem os homens,
assim como os homens fazem as circunstancias” (MARX; ENGELS, 1986, p. 56). Assim, no
momento em que as circunstâncias apontam a necessidade de um novo homem, esse novo
homem também modifica seu meio e passa a requerer novas circunstâncias. A carga
significativa do conhecimento é o que o permite ser constantemente elaborado de modo a
transformar física e cognitivamente o sujeito. Portanto, a questão do método e da
33metodologia estão embricados em um referencial que questiona o caráter passivo da
sociedade positivista e neoliberalista, de maneira a permitir que o aluno apresente um
arcabouço estrutural capaz de possibilitar o ato de fazer escolhas significativas de modo a
interagir e atuar de maneira fecunda na sociedade em que se vive.
Dessa maneira, o presente colégio se fundamenta no Materialismo-Histórico como
método de análise e tem como pressuposto pedagógico a metodologia Histórico-Cultural de
Vygotsky, visto que ambos autores levam em consideração as múltiplas determinações da
sociedade.
9. GESTÃO DEMOCRÁTICA
Todas as discussões e leituras realizadas pelo corpo de profissionais apontam que
para a consolidação de uma educação pública de qualidade é necessário uma gestão
democrática que se esforce em unir as instâncias da sociedade, vale lembrar que por
democracia se entende a vontade do coletivo em prol do bem comum. Uma gestão
democrática parte do princípio de atender as necessidades coletivas, buscar a superação e as
soluções sempre de maneira transparente, dialógica e com participação de todo o coletivo. No
ambiente escolar, esse coletivo se refere aos profissionais da educação; os discentes e a
comunidade em geral que recebe os benefícios do acesso aos conhecimentos sistematizados.
Para que a Gestão democrática seja garantida é necessário haver instâncias com a
finalidade de discutir as necessidades do coletivo escolar e apontar suas visões particulares
sobre os problemas que envolvem o cotidiano escolar.
9.1 - Grêmio Estudantil
O Grêmio Estudantil Ricardo Brenn de Castro foi fundado em 1996. Ao longo
desses anos, houve momentos de intensa atuação e outros menos ativos. Durante os anos de
2004 e 2005, desenvolveram vários projetos em parceria com a APMF, visando melhorias no
colégio, tais como: reforma de carteiras, de instalações e equipamentos. Outrossim, foram
promovidos campeonatos esportivos em parceria com a Secretaria Municipal de Esportes.
A Diretoria, eleita em 2010, já tem seu plano de trabalho elaborado para o ano
letivo de 2011, juntamente com os projetos especiais..
34A atividade do Grêmio Estudantil tem por finalidade primeira o ativismo político,
não partidário, mas na relação e na discussão entre políticas públicas e benefícios à
comunidade. O Grêmio Estudantil efetivado nesse ano letivo está demonstrando empenho e
interesse em compreender a estrutura escolar, estão promovendo discussões sobre aspectos
que subjetivos de bem estar dos alunos que a longo prazo poderão se reverter em um melhor
desempenho acadêmico. Acreditamos que este pequeno passo nos mostra que a luta em
possibilitar ao aluno a análise crítica da sociedade está fazendo a diferença, pois os
estudantes, pouco a pouco, estão se mostrando mais partícipes de seu processo educativo e
conscientes da relação conhecimento e atuação na sociedade.
9.2 - APMF
Associação parceira no processo educativo, constituído por pais, profissionais da
educação e funcionários. Tem como objetivo principal prestar assistência aos educandos,
professores e funcionários, assegurando condições de eficiência escolar de acordo com a
proposta pedagógica do colégio.
Para isso, busca a integração e a participação dos vários segmentos da sociedade,
procurando atender os interesses da comunidade escolar, visando a melhoria da qualidade de
ensino.
É responsável por gerar e administrar os recursos financeiros próprios e os
repassados através de convênios, de acordo com as prioridades estabelecidas em conjunto
com o Conselho Escolar.
9.3 - Conselho Escolar
Órgão de gestão colegiada, formada por membros representativos de cada segmento
da instituição, tais como: direção, equipe pedagógica e administrativa, serviços gerais,
professores, alunos e pais.
Tem como objetivo/função colaborar para o bom andamento das atividades escolares,
bem como na tomada de decisões referentes aos assuntos pertinentes ao grupo.
Além disso, atua como elo de ligação entre comunidade e comunidade escolar, haja
visto que é de suma importância o envolvimento da família na educação dos seus filhos dentro
e fora da escola.
35 Não podemos esquecer que os conselheiros escolares são parceiros nas discussões
sobre a comunidade local, as prioridades, os objetivos da escola e os problemas que precisam
ser superados, por meio de criação de práticas pedagógicas coletivas e de co-responsabilidade
de todos os membros da comunidade escolar. Participam na elaboração, discussão e validação
do Projeto Político Pedagógico dando sustentabilidade às ações pedagógicas da escola. Para
tal, estão participando do Programa Nacional de fortalecimento dos Conselhos Escolares,
buscando nas leituras e reflexões, caminhos que possam auxiliar na Gestão Democrática da
escola.
10. CARACTERIZAÇÃO SÓCIO ECONOMICA E CULTURAL DA COMUNIDADE
ESCOLAR
A comunidade de Atalaia, historicamente, até poucos anos, apresentava uma economia
agrícola, só a elite era “letrada” e os laços entre os munícipes eram de parentesco, na maioria.
Assim, pode-se afirmar que é uma cidade que se esforça em manter suas raízes e suas
tradições. Na época da cafeicultura a população rural excedia sobremaneira em relação à
urbana, sendo que juntas beiravam a quase 15 mil habitantes. Com a geada que atingiu os
cafezais na década de 1970 a população viu-se obrigada a buscar novos meios de
sobrevivência, houve o exôdo rural rumo às grandes cidades, o que pouco a pouco resultou
num “encolhimento urbano e rural”. A população atual é de aproximadamente 4 mil
habitantes.
Apesar das desventuras da cafeicultura, houve o momento da mecanização da lavoura
e das grandes plantações, assim, a cidade continuou tendo uma economia agrícola com muitas
famílias vivendo da agricultura, sendo uns poucos como proprietários e uma grande maioria
como trabalhadores rurais, quer nas lavouras de grãos, quer nas usinas de cana de açúcar.
Algumas fábricas de facção se instalaram no município, ofertando emprego na área de costura
para os munícipes e um pequeno grupo é representado pelos comerciantes e industriários.
Sabemos que a renda per capta não ultrapassa o mínimo, motivo este que leva muitos
a não permanecerem aqui por muito tempo, principalmente os jovens que saem em busca de
melhores condições de trabalho e de estudos.
36 Outros problemas comuns aos jovens são a falta de lazer, incentivos ao esporte,
cursos profissionalizantes e a oferta de trabalho. Sendo assim, a escola abarca para si a grande
responsabilidade de disseminar por meio de suas intervenções pedagógicas a cultura
desenvolvida pela humanidade. Atualmente, a com a globalização e os movimentos sociais as
políticas públicas locais passaram a ter novos olhares sobre a relação entre cultura e processo
civilizatório. Assim, as últimas administrações passaram a manter um foco de possibilitar aos
jovens ocupações (cursos) capazes de os inserir de forma sadia na sociedade, tendo o processo
educativo - a busca pelo saber e aprimoramento humano – como artificio para combater a
violência, as drogas, a coisificação das relações humanas. Esses cursos, por outro lado, tiram
os jovens das ruas, os ocupando de maneira saudável, atualmente se oferece cursos como
dança do ventre, balé, violão, karate, informática, teatro, escola de futsal/futebol de campo ,
todos gratuitos.
Além de novas concepções que fundamentam as políticas públicas do municipio
houve também a vinda de pessoas de outras localidades do Estado e do país para a cidade.
Uns vieram por conta do matrimônio, outros por conta da atuação profissional, há também os
investidores que buscam mão-de-obra de baixo custo e os que simplesmente estão fugindo da
violência dos grandes centros. Dessa maneira, o perfil social da cidade em muito se alterou, o
que apontou de forma natural a busca por uma concepção e uma prática educacional que
coadunasse com as novas exigências da sociedade.
Sabemos o quanto é importante para a comunidade ter uma escola comprometida
com seu papel social, político e cultural. Contudo, também é importante ter uma comunidade
comprometida com a escola. Na comunidade atalaiense há aqueles que se preocupam e
participam das discussões referentes ao conduzir do processo educativo e outros que
simplesmente ignoram e se recusam a se comprometer não somente com as discussões
internas da comunidade escolar, como também há a relutância em assumir as
responsabilidades pela vida escolar e social do próprio filho. De um modo geral, a escola
diante dessa realidade, por mais que não queira ser paternalista, em alguns momentos assume
essa conduta, pois muitos pais enviam seus filhos doentes para a escola a fim de que aqui eles
receberem os cuidados que são de responsabilidade paterna. Por outro lado, há lares que não
conseguem impor limites, que desvalorizam os profissionais da educação e se recusam a
aceitar e contornar os erros das próprias condutas, por conta disso o trabalho de
conscientização para com os pais e alunos é constante. Alguns pais ou responsáveis afirmam
37que não sabem mais o que fazer com os filhos e dizem que já “lavaram as mãos” entre outras
argumentações acabam por se isentando da responsabilidade de educar, amparar, cuidar,
acompanhar e orientar os filhos, assim, quando os responsáveis não realizam o seu próprio
papel previsto em lei o Conselho Tutelar. Esse órgão da sociedade sempre que acionado nos
atende com prontidão e nos auxilia na mediação entre família e aluno.
Nossa comunidade escolar é heterogênea em vários aspectos: no sócio econômico,
cultural e psicológico. Isso faz com que todo o processo de ensino esteja sempre em
transformação para os atender da forma mais adequada possível. Temos alunos de idades
entre 10 e 30 anos, com vontades, sonhos, interesse e necessidades bem peculiares, fazendo
com que todos os envolvidos no processo de ensino e aprendizagem se preocupem em formar
cidadãos conscientes e comprometidos na realização de seu devir.
Alguns de nossos alunos fazem parte do processo de inclusão e necessitam de
atendimento individualizado e especializado, para atendê-los no ensino regular, busca-se
juntamente com todos os professores um trabalho que os levem a fazer realmente parte dessa
escola. Conta-se também, como parte de um trabalho amplo uma sala de recursos que visa a
um atendimento voltado às necessidades individuais, de acordo com o comprometimento
físico e/ou mental.
Além de nossos alunos com necessidades especiais, contamos também com os
alunos trabalhadores, estudantes do período noturno, na maioria trabalhadores, atuantes na
industria, comércio e facção3. Ao nosso ver forma um grupo bem diferenciado, pelas próprias
condições de vida/trabalho e pelos interesses que demonstram ter. Por tudo isso, precisam de
um atendimento diferenciado, voltado para sua realidade e interesses peculiares a esta faixa
etária, contamos também com formas de avaliações condizentes com essa realidade.
Há, por parte da escola, uma preocupação maior ao atender e manter os alunos do
noturno na escola de maneira que aproveitem realmente o que é oferecido em termos de
ensino/aprendizagem. Além claro, do convívio sócio - cultural promovido pelo
Estabelecimento de Ensino, evitando assim os altos índices de reprovas e/ou evasão, os quais
foram percebidos ao longo dos anos.
Com essa diversidade, percebemos o quanto é necessário a verificação de como os
alunos apreendem os conteúdos e suas possíveis defasagens para que todas as ações
3 . Atualmente poucos são trabalhadores rurais e/ou do corte de cana.
38pedagógicas sejam positivas e realmente significativas. Eles são sujeitos do processo de
ensino/aprendizagem e capazes de superarem as dificuldades, sejam elas quais forem.
Mesmo com tantas diferenças os alunos têm demonstrado interesse e participação, os
resultados positivos são percebidos nos avanços alcançados por muitos, em atividades
desenvolvidas dentro e fora da escola, como exemplo disso podemos citar as avaliações do
SAEB, olimpíadas de matemática em nível nacional, vestibulares e o ENEM. Estamos
trabalhando para que o sucesso faça parte da vida escolar de nossos alunos.
Por atender a todos os munícipes, o corpo discente é muito heterogêneo, há filhos
de empresários e filhos de famílias que necessitam de políticas públicas paternalistas para a
sua sobrevivência. Assim, mesmo sabendo que o ambiente escolar não é neutro, temos a
consciência de que o ato de uniformizar os alunos é apenas uma tentativa de diminuir, ao
menos no ambiente escolar, as diferenças sociais, pois na origem da palavra uniforme reside a
busca por igualar, minimizar as distinções entre os pares.
De acordo com o Regimento Escolar, capítulo III, Seção II, § XII é dever do aluno
“comparecer pontualmente as aulas e demais atividades escolares, devidamente
uniformizado”, embora ciente de que a Constituição Federal de 1988 no capítulo III, seção I,
assegura o acesso e permanência do aluno na escola; a exigência do uso do uniforme não
caracteriza desacordo com a Constituição Federal , uma vez que o colégio doa uniforme para
os que o possuem e empresta uniforme para os que por um motivo ou outro comparecem ao
colégio com outros trajes. Agindo assim, tem-se a consciência de que ao exigir o uso do
uniforme este estabelecimento de ensino não está negando o acesso e permanência do aluno
no colégio, uma vez que fornece ao aluno condições para o uso do mesmo, até porque a
questão primordial é o processo de ensino e aprendizagem. Acredita-se que só se pode exigir
uma conduta quando são fornecidas as condições para sua realização, assim ao fornecer o
uniforme para os que não o possuem, o colégio encontra-se em situação confortável de
questionar o não uso do mesmo, até porque no direito à educação insere-se a discussão do
direito às mesmas condições de ensino e convivência dentro das paredes escolares de modo a
minimizar as diferenças sociais. Nesse sentido, é válido destacar a reflexão de Pablo Gentili
em relação ao significado de direito à educação:
[…] a educação é um direito apenas quando existe um conjunto de instituições públicas que garantam a concretização e a materialização de tal direito. Defender “direitos” esquecendo-se de defender e
39ampliar as condições materiais que os asseguram é pouco menos um exercício de cinismo. Quando um “direito” é apenas um atributo do qual goza uma minoria (tal é o caso, em nossos países latino-americanos, da educação, da saúde, da seguridade, da vida, etc.) a palavra mais correta para designá-lo é “privilégio”. (GENTILI, 1995, p.247-248).
Assim, o fornecimento das condições materiais para que os alunos venham
uniformizados ao colégio significa concretizar meios dos alunos usufruir de seus direitos de
estarem inseridos num ambiente que mesmo não sendo neutro, ao menos luta, por uma
excelência de ensino e condições iguais para todos.
Para que a realização da escola que desejamos devemos dialogar constantemente com
a comunidade e com o corpo discente, quando conscientizamos a todos da importância em
articularmos juntos um ensino de qualidade e qual a importância desse para a vida em
sociedade temos condições reais de promover a capacidade crítica nos alunos. A busca por
fazer a comunidade se interar das questões pedagógicas e administrativas do ambiente
escolar é uma luta constante, contudo, é o passo essencial para atender a comunidade da qual
fazemos parte, pois quando a comunidade se mobiliza as mudanças ocorrem de forma natural
e gradativa.
11. ORGANIZAÇÃO DO TEMPO E ESPAÇO ESCOLAR
O colégio atende três períodos (manhã, tarde e noite). Os programas e as atividades
propostas para a comunidade escolar adequam-se a esses horários. A preocupação em
organizar atividades somente nesses períodos se dá pelo fato de muitos alunos serem da zona
rural e dependerem do transporte escolar gratuito oferecido pelo município, há também a
preocupação da alimentação dos mesmos.
Embora o colégio não atenda a comunidade em tempo integral, os programas como o
Viva a Escola e o Celem são indicativos da futura integralização do ensino. Com o passar dos
anos os professores estão cada vez mais interessados em participar desses programas o que
vem a trazer mais opções e benefícios educativos para todos os alunos e comunidade em
geral.
4012. ORGANIZAÇÃO CURRICULAR
O entendimento do colégio acerca do currículo escolar já foi exposto no item
fundamentação Teórica e Organização Pedagógica, contudo, vale ressaltar que a opção por
uma matriz curricular divida por disciplinas se refere a uma forma de bem organizar os
conteúdos e garantir que o aluno aprenda o conhecimento sistematizado pelas diversas áreas
do saber historicamente produzido. Também é válido lembrar que os professores realizam um
trabalho em sala de aula em que haja interação entre as disciplinas, pois acreditamos que
apenas assim será agregado significado aos conteúdos científicos.
13. DIRETRIZ CURRICULAR
As propostas pedagógicas curriculares das disciplinas contemplam as instruções de
documentos legais, dessa forma trabalha-se o estudo sobre o Estado do Paraná em Geografia;
o ensino de Filosofia e Sociologia está em processo de integralização nos três anos do Ensino
Médio; a Língua Espanhola é ofertada no CELEM; o estudo da história e cultura Afro, Afro-
brasileira e Indígena (Lei 11.645/08) é contemplado nas disciplinas de História, Artes,
Língua Portuguesa, Geografia, Biologia e outras onde há o embricamento dos conteúdos.
Os Desafios Contemporâneos da educação são trabalhados por todo o coletivo escolar
sempre quando há pertinência e relacionar dos conteúdos, cabendo ao professor planejar a
intencionalidade de se efetivar esse trabalho. Vale ressaltar que o tema Gênero e Diversidade
apresenta uma dificuldade peculiar para a realização do trabalho pedagógico visto que a
própria comunidade na qual o colégio está inserido, apresenta dificuldade em lidar com esses
assuntos, contudo, isso apenas significa a grandiosidade do desafio e não o abandonar da
temática.
4114. REUNIÕES PEDAGÓGICAS
As reuniões pedagógicas abordam assuntos que são levantados pelo coletivo escolar
tendo em vista a necessidade de se superar dificuldades no processo de ensino/aprendizagem.
Assim, os professores e demais funcionários vão relatando suas dificuldades, os alunos
embora não adotem o assunto como uma pauta para a reunião pedagógica sempre dialogam
com os profissionais da educação e transmitem suas sugestões para a otimização do colégio
como um todo (físico e pedagógico), essas sugestões também são levadas em consideração.
Sendo feito o levantamento das demandas, a Equipe Pedagógica e a Direção se reune
para discutir e organizar a reunião. De uma forma geral, a pauta tem a colaboração de todos,
pois é fruto das necessidades de todo um coletivo. Cabe ao diretor expor essa pauta e
conforme vão surgindo as soluções (propostas de todos os profissionais envolvidos) a
discussão segue analisando a viabilidade legal ou não das ações.
Como demanda da reunião pedagógica também é comum discutir aspectos pedagógicos
que venham a implementar a prática dos professores, os docentes expõem suas dificuldades
seja o uso de instrumentos ou critérios de avaliação, seja a mediação dos alunos inclusos, ora,
a retomada dos conteúdos, entre outros; a Equipe pedagógica analisa qual a maior
necessidade dos professores, seleciona textos, junto com a direção e também com os
professores (em conversas informais) para então realizar um trabalho pedagógico de
aprofundamento teórico e prático nos assuntos que podem contribuir para a melhoria do
ensino e da aprendizagem.
15.INTERVENÇÕES PEDAGÓGICAS
Todo o conjunto de ambientes e recursos são utilizados para tornar as ações
pedagógicas momentos significativos no processo de ensino/aprendizagem. Cada professor,
de acordo com as necessidades de suas aulas e/ou conteúdos, tem a possibilidade de usar os
recursos existentes no colégio solicitando a preparação e reserva com antecedência para que
não haja transtornos com relação aos equipamentos e espaços.
42A valorização do conhecimento e a busca pelo mesmo, tem feito com que todos os
educadores melhorem cada vez mais suas práticas pedagógicas, implementando sempre novas
ações. O espaço do Laboratório de Informática tem por função primeira, auxiliar os
professores em suas intervenções pedagógicas junto aos alunos visando à melhoria da
qualidade de ensino/aprendizagem.
Para os alunos em dificuldade ou defasagem escolar o colégio oferece:
15.1 - Monitorias
O trabalho com monitoria é um recurso que vem apresentando maior sucesso a cada ano
que se passa. Os alunos são estimulados pelos professores e equipe pedagógica a se
organizarem em grupos de monitoria. O(s) aluno(s) monitor (es) é escolhido pelo professor e
a escola disponibiliza espaço com quadro de giz para o atendimento. É comum os alunos se
organizarem sem o auxílio do professor, visto que o trabalho com monitoria já é realizado a
algum tempo, e os alunos já sabem quais os objetivos e procedimentos que devem ser
adotados. Também acontece de haver vários monitores de uma mesma disciplina na sala de
aula, o que faz com que o trabalho com a monitoria seje, às vezes, quase individualizado.
15.2 - Atendimento Individualizado
O atendimento individualizado em sala de aula é direito de todos os alunos, não somente
daqueles que apresentam necessidades educacionais especiais, assim, além do momento em
sala de aula, conforme o caso, os professores se disponibilizam a atender os alunos durante a
hora atividade e em contra turno. Há também monitorias individualizadas, quando sabemos
que há uma amizade além do colégio entre alunos e que este precisa de atendimento
domiciliar, a equipe pedagógica conversa em particular com os alunos em questão e media,
organiza e instrui como os amigos devem proceder a monitoria individualizada, nesse caso,
nas casas, já que ambos alunos frequentam mutuamente o ambiente familiar um do outro.
15.3 - Avaliação Pedagógica
Quando os professores já utilizaram metodologias variadas e mesmo assim o diagnóstico
é que o aluno está aquém do conteúdo trabalhado para a série, e por conta disso, não
consegue acompanhar e/ou aprender, até conceitos mais simples, os professores notificam a
43equipe pedagógica que contacta os responsáveis e solicita autorização para realização de uma
avaliação pedagógica com o intuito de investigar o porquê do aluno não aprender, visto que
as causas pedagógicas e metodológicas já foram descartadas. O objetivo dessa avaliação é
entender a dificuldade ou o distúrbio de aprendizagem do aluno, para que o professor saiba
mediar de forma satisfatória o conhecimento. Conforme o caso, descobre-se que as causas
como as patológicas, neurológicas, psicológicas entre outros. O aluno é encaminhado para
tratamento e sempre se observa melhora na aprendizagem do aluno quando família, aluno e
colégio se unem para auxiliá-lo a superar sua defasagem.
15.4 - Atividades Extra-classe
O colégio orienta os professores a sempre enviarem atividades extra-classe (tarefas) para
que os alunos tenham o hábito de estudar em casa, visto que o tempo escolar é insuficiente
para que se aprenda todo o conteúdo que lhe é ensinado. Esse é um recurso bem aceito pelos
responsáveis e até solicitado. Esse ano foi realizado um acompanhamento junto aos
responsáveis, no que se refere a realização dessas atividades, e se observou que os alunos
assumiram condutas mais responsáveis e comprometidas com a aprendizagem.
A Sala de Recurso e a Sala de Apoio também são atividades de intervenção pedagógica,
contudo por serem programas, o trabalho realizado pelo colégio em relação a essas salas será
apresentado no item PROGRAMAS E ATIVIDADES INTEGRADAS DO CURRICULO.
16. INCLUSÃO EDUCACIONAL
Após a promulgação da nova LDB, em 1996, o Ministério da Educação homologou
a Resolução nº 02/02, do Conselho Nacional de Educação, referente às diretrizes Nacionais
para a Educação Especial na Educação Básica, a fim de normatizar a Educação Especial e o
atendimento dos alunos com necessidades educacionais especiais no contexto da educação
inclusiva, isto no âmbito nacional.
Em 2003, o Conselho Estadual de Educação do Estado do Paraná, usando das
atribuições que lhe são conferidas por lei, tendo em vista as disposições constantes na
Indicação nº01/03 e Deliberação 02/03 da comissão Temporária de Educação Especial e
44ouvida a Câmara de Legislação e norma, delibera: normas para a Educação Especial,
modalidade da Educação Básica para alunos com necessidades educacionais especiais, no
Sistema de Ensino do Estado do Paraná.
As leis existem, porém a maior dificuldade é fazer com que sejam cumpridas,
quando se refere em condições de estruturas físicas e de pessoal especializado. As barreiras
são muitas e precisam ser transpostas de maneira consciente e comprometida, para que a
inclusão se dê de forma plena e adequada no que se refere ao ensino/aprendizagem e ao
convívio sócio-cultural.
O desafio da inclusão tem início com o envolvimento de toda a comunidade e
comunidade escolar para que a inclusão vá além do apenas inserir os alunos com
necessidades especiais no espaço físico de uma escola regular, mas, acima de tudo, os
integrar plenamente nas atividades pedagógicas desenvolvidas, participando, compreendendo
e fazendo-se compreender, compartilhando espaços e ações, que os integrem, também, na
sociedade.
A inclusão social vivida em nossa escola tem mostrado a todos que ela é possível e
que o medo e as inseguranças precisam ser trabalhadas em sala, pois os alunos devem
compreender que a diferença deve ser somada e não dividida, há também, uma divisão de
tarefas para acolher o incluso de forma natural. No entanto, isso não ocorre plenamente na
inclusão pedagógica, já que esta depende de uma capacitação especifica para atender as
diversidades especiais surgidas. Além do mais, falta condições de trabalho no que se refere a
capacitação, espaço físico, redução de números de alunos por turma, assessoramento e
acompanhamento por parte de profissionais responsáveis em trabalhar com os alunos de
necessidades especiais.
No início todos ficaram receosos, principalmente os professores que se sentiram
despreparados para atender a mais essa diversidade, pois não tinham tido nenhuma
capacitação específica. Isso fez com que todos sentissem a necessidade de estudar mais sobre
o assunto e buscar alternativas para atender os alunos com necessidades especiais. Surgiu,
então, a possibilidade dos Grupos de Estudos e, a opção foi Educação Especial, o que veio
dar uma “luz” aos medos e angustias. Porém, sabemos que não basta e que há muito o que
fazer, o que aprender, o que ensinar, o que compartilhar.
45 Nossa escola está buscando caminhos e alternativas para fazer da inclusão algo
bom, que busque a integração e o crescimento intelectual de seus alunos, estimulando o
respeito às diferenças e diversidades de todas as ordens, quer seja social, econômica, cultural
e psicológica. Para isso, a acolhida do aluno e o trabalho com as famílias é de fundamental
importância, e não menor é o trabalho de assessoramento pedagógico realizado junto ao
professor, objetivando subsidiá-lo em seu trabalho docente.
17. PROGRAMAS E ATIVIDADES INTEGRADORAS DO CURRICULO
17.1 - Viva a Escola
De acordo com a instrução 01/2009, o Programa Viva a Escola visa a expansão de
atividades pedagógicas realizadas na escola como complementação curricular, vinculadas ao
Projeto Político Pedagógico, a fim de atender às especificidades da formação do aluno e de
sua realidade.
As Atividades Pedagógicas de Complementação Curricular têm os seguintes objetivos:
Dar condições para que os profissionais da educação, os educandos da Rede Pública Estadual e a comunidade escolar, desenvolvam diferentes atividades pedagógicas no estabelecimento de ensino no qual estão vinculados, além do turno escolar;
Viabilizar o acesso, permanência e participação dos educandos em atividades pedagógicas de seu interesse;
Possibilitar aos educandos, maior integração na comunidade escolar, fazendo a interação com colegas, professores e comunidade.
As atividades do programa devem ser organizadas a partir de quatro núcleos do
conhecimento: Expressivo-corporal (esportes, brinquedos e brincadeiras, ginásticas, lutas,
jogos, teatros e danças); Científico-cultural (história e memória, cultura regional, atividades
literárias, artes visuais, músicas, investigação científica, divulgação científica e mídias);
Apoio à aprendizagem: (Centro de Línguas Estrangeiras Modernas; Sala de Apoio à
Aprendizagem; Ciclo Básico de Alfabetização; Sala de Recursos; Sala de Apoio da Educação
Escolar Indígena) e Integração Comunidade e Escola (fórum de estudos e discussões e
preparatório para o vestibular).
46Esse programa se destina ao atendimento preferencial dos alunos que se encontram em
vulnerabilidade social e se realiza em contraturno, os pais devem autorizar o filho a participar
do programa. Há também uma rotatividade, conforme surgem as vagas outros alunos são
convidados. Isso porque o município de Atalaia oferece inúmeras atividades como diversos
tipos de dança; futebol; teatro; violão; informática e outros; Assim, é comum os alunos
ingressarem em novas atividades e optarem por abrir vaga no Viva Escola, ou o contrário,
abrem vaga nos outros cursos e passam a frequentar o Viva a Escola. Há um trabalho de
triagem para que não coincida os alunos que já tem outras atividades, contudo, por ser um
município pequeno o grupo de vulnerabilidade é o mesmo, portanto, trabalha-se em conjunto
com as entidades municipais a fim de conscientizar o aluno a se manter ocupado e,
consequentemente, distanciado de atividades ilícitas.
No ano letivo de 2.009 e 2.010 o Viva a Escola abrangeu o núcleo de conhecimento
“Expressão – Corporal”. O profissional de Educação Física elabora suas aulas com o enfoque
de se trabalhar o corpo e a socialização como uma forma sadia de interagir com o meio. O
interesse do colégio em viabilizar e aprovar esse projeto deu-se pelo fato de muitos alunos
estarem utilizando o corpo para expressar-se com violência, fazendo uso de brincadeiras
agressivas e com grau de competição exagerado. O público-alvo foi os alunos das 5ª séries e
6ª séries, pois o intuito é de apresentar desde a mais tenra idade que a socialização por meio
das atividades físicas é algo prazeroso, amigável, que estimula o corpo e a mente para a
cooperação e o viver bem em coletivo. As atividades, os jogos e as brincadeiras objetivam
conciliar o desenvolvimento corpóreo com o autônomo, de forma a possibilitar que o aluno
saiba cuidar bem de seu corpo e do de outrem.
No ano letivo de 2.010 o colégio foi agraciado com uma mesa de “Tênis de mesa”, o
espaço para a instalação da mesa foi disponibilizado na sala que se localiza na área da quadra
de esportes e o esporte é oferecido não apenas aos alunos que frequentam o Viva a Escola,
mas também para os demais alunos. Vale lembrar que a adequação desse espaço – limpeza,
pintura e outros – foi realizada com parceria com o Grêmio Estudantil, sempre solícito,
entretanto, ainda é necessários ventiladores e uma iluminação mais adequada.
4717.2 - Sala de Recurso
Entrou em funcionamento em agosto de 2005, conta com dois profissionais
habilitados, com 20 horas cada um, atende aos alunos de acordo com as orientações
estabelecidas pela SEED. Primando por um atendimento individualizado, buscando atender as
especificidades de cada caso. Casos estes que foram avaliados e diagnosticados por
profissional habilitado (psicólogo; neurologista; psicopedagogo e outros).
Os professores atuam nas dificuldades dos alunos, ou seja, naquilo que impossibilita
que o aluno venha a aprender, seja a dificuldade de concentração, de interpretação, de
associação de ideias e outros. A SEED encaminhou material lúdico diferenciado que estimula
o desenvolvimento dos pré-requisitos necessários para uma aprendizagem capaz de assegurar
a continuidade do aluno nas séries seguintes. Os professores utilizam, quando pertinente, o
laboratório de informática e outros recursos disponíveis.
Embora não seja o objetivo desse programa, há de se destacar a necessidade do
professor também intervir junto ao conteúdo acadêmico da sala de aula, seja dando suporte
nas tarefas e trabalhos ou possibilitando ao aluno um outro ambiente para a feitura das
avaliações, isso porque os alunos muitas vezes solicitam esse auxílio. Observa-se que os
alunos apresentam como objetivo o sucesso na sala de aula, embora conscientizados sobre o
trabalho da sala de recurso, o sucesso perante os colegas é um agente motivador desses
alunos, ou seja, eles querem ver os resultados não de maneira sistêmica, mas de maneira
pontual no conteúdo abordado em sala.
De forma contínua, o corpo de profissionais do colégio observam os possíveis casos de
alunos que apresentam sinais de necessidade desse atendimento, os pais são convocados e
conscientizados sobre a questão pedagógica e formativa do aluno, havendo a autorização,
inicia-se o processo de avaliação desses alunos, para se diagnosticar a necessidade de um
atendimento diferenciado. Os alunos que diagnosticados com necessidade de atendimento
diferenciado são periodicamente reavaliados a fim de constatar a ainda existência ou não da
necessidade do atendimento individualizado em contraturno.
Sendo descartada a hipótese de uma necessidade especial, o aluno é estudado a fim de
detectar qual deverá ser a correta intervenção de seu caso, muitas vezes à questão é sistêmica,
e o aluno é encaminhado ao CRAS (Centro de Referência da Assistência Social) a fim de ser
atendido por psicólogos, assistentes sociais e outros profissionais, que de acordo com a
48avaliação anterior mostraram ser pertinentes no processo de intervenção junto ao aluno e/ou
família.
17.3 - Sala de Apoio
Programa de intervenção pedagógica diferenciada para os alunos de 5ª série, atende as
necessidades individuais de cada aluno, em relação às dificuldades de aprendizagem.
Funciona em horário contrário a qual o aluno está matriculado. As disciplinas ofertadas são:
Português e Matemática. A carga horária é de 4 horas semanais por disciplina.
O professor regente de sala avalia as dificuldades, faz relatórios e encaminha para o
atendimento de Sala de Apoio, apontando as dificuldades percebidas e direcionando de certa
forma o trabalho a ser desenvolvido.
Os pais dos alunos indicados a frequentar esse programa são convocados,
conscientizados sobre a importância desse momento e assumem o compromisso de
encaminhar o filho ao estabelecimento de ensino nos dias agendados.
Nesse programa de atendimento diferenciado, a avaliação é diagnóstica, processual e
descritiva, que funciona como fonte de informação aos professores regentes, para que possam
avaliar se há ou não avanços na aprendizagem desses alunos.
O atendimento tende a ser rotativo, visto que superada a defasagem, o aluno passa a
frequentar apenas o regime regular. Os professores da Sala de Apoio dialogam
constantemente com a Equipe Pedagógica e os professores regentes a fim de atuar na
dificuldade apresentada pelo aluno, utilizam dos materiais pedagógicos enviados pela SEED,
e buscam uma intervenção pedagógica capaz de possibilitar a reflexão do aluno sobre o
conteúdo, não apenas o memorizando.
Embora, os professores usem ocasionalmente o material pedagógico lúdico fornecido
pelo Estado, vale destacar que as dificuldades apresentadas pelos alunos, em grande maioria,
já superam o conteúdo proposto pelos jogos disponibilizados, ou seja, é com alegria que
constatamos que as dificuldades dos alunos de 5ª série, que necessitam desse apoio
pedagógico, ultrapassaram a barreira do elementar e suas dificuldades residem no campo do
pensamento lógico-matemático, ou seja, no processo de abstração e interpretação de dados. O
mesmo ocorre na Língua Portuguesa, pois a dificuldade da maioria está na interpretação
49textual, poucos apresentam dificuldades extremas na construção de palavras. Tal constatação
não significa o descarte desse atendimento pedagógico e sim que nossos alunos apresentam
dificuldades distintas de outros e que essas dificuldades, para serem superadas, necessitam de
um atendimento individual e especializado.
Os professores regentes de sala observam uma melhora dos alunos que frequentam a
Sala de Apoio, contudo, a complexidade gradativa do conteúdo, em muitos casos, faz que
com que aluno continue a frequentar esse programa, pois, embora as dificuldades sejam
contornadas, surgem outras.
17.4 - CELEM - CENTRO DE LINGUA ESTRANGEIRA MODERNA – ESPANHOL
O ensino de Língua Estrangeira Moderna objetiva suprir uma necessidade da
sociedade em dinamizar as relações sociais e, em especial, econômicas. Ao se disponibilizar
para o aluno a oportunidade de aquisição de outro idioma, o colégio está de acordo com a
legislação e instruções legais que versam sobre essa modalidade de ensino.
A escola apresenta a função social de repassar e de possibilitar a reelaboração do
conhecimento científico. Na atualidade a globalização e a rede mundial de computadores
viabilizam o acesso às informações em tempo real, imiscuído nesse movimento, o espaço
escolar não pode ficar à margem dos conhecimentos que são constantemente requisitados,
nem tão pouco permitir a sobreposição da informação ao conhecimento. Assim, a pertinência
de um ou de outro conteúdo escolar se refere à necessidade apontada pela própria sociedade.
Assim, entende-se que oportunizar a aquisição de mais um idioma é possibilitar o
processo de educação, enquanto formação integral do ser humano, uma vez que o ensino de
LEM (Língua Estrangeira Moderna) não se limita ao léxico, mas abrange as múltiplas
determinações de um grupo de homens em específico.
O programa é ofertado aos alunos do colégio, aos professores e funcionários e à
comunidade, numa proporção já determinada em seu formato. Seu programa é ofertado em
contra turno e em conformidade com as instruções da SEED. O aluno, ao final do curso, terá a
carga horária registrada no Histórico Escolar (160 horas) e uma Certificação de conclusão; o
que não é aluno (comunidade e profissionais da educação) receberá somente a Certificação.
5017.5 - Programa Leite das Crianças
É um programa do governo do Estado do Paraná que conta com o envolvimento das
Secretarias de Estado do Trabalho, Emprego e Promoção Social, da Agricultura, da
Educação, da Saúde e do Planejamento, tendo por objetivo a diminuição da desnutrição
infantil, o atendimento é para crianças de 6 a 36 meses de idade, pertencentes a famílias com
renda per capita mensal de até meio salário mínimo do Paraná, através da distribuição de 1
litro de leite fluído pasteurizado por criança e enriquecido com ferro e vitaminas a e d.
O programa também tem como princípio fomentar o desenvolvimento das cadeias
locais e regionais do leite, a partir do poder de compra gerado diariamente para atender as
demandas do programa, bem como pelas exigências de qualidade e articulação com os
investimentos na produção e beneficiamento do produto. Hoje o leite das crianças está
atendendo 68 crianças, conta com o envolvimento da sociedade civil organizada através do
comitê gestor municipal Fome Zero que auxilia no trabalho de gerenciamento e fiscalização
do programa no município de Atalaia. A entrega do leite é realizada neste estabelecimento.
Dessa forma, fica sob a responsabilidade da direção do referido colégio o recebimento, a
conservação e higienização e o bom funcionamento do programa.
17.6 - Patrulha Escolar Comunitária
Em nosso município a Patrulha Escolar funciona da seguinte forma: Nosso patrulheiro
reside em outro município dificultando as ações desse programa, trabalha um turno e folga
dois. O patrulheiro comparece à escola sempre que chamado e obviamente se está a serviço.
É um ótimo policial, porém a demanda da cidade e do colégio é grande. Enquanto escola
sentimos muito a falta deste profissional, pois a comunidade sabe que o programa existe e
exige da Direção atitudes, pois os alunos já descobriram esta falha.
Há outros programas do município, do estado e do governo Federal que repercutem de
forma direta e indireta no processo de ensino e aprendizagem, a se mencionar:
51Centro de Apoio Sócio-Educativo e de Proteção: O Centro de Apoio Sócio-Educativo e de
Proteção é uma entidade desenvolvida através da inciativa da prefeitura municipal em
parceria às secretarias municipais de assistência social e educação, cujo os objetivos são:
propiciar o desenvolvimento de habilidades para a vida, facilitando o domínio do
cotidiano em família, na comunidade e o exercício da cidadania;
evitar a permanência de crianças e adolescentes perambulando pelas ruas e protegê-
los;
promover a integração das crianças e adolescentes/famílias visando a melhoria de
qualidade de vida comunitária e familiar;
propiciar às crianças e adolescentes a alimentação adequada;
desenvolver atividades de conhecimento e de respeito ao meio ambiente como forma
de preservação do direito à vida com qualidade;
Dessa forma, são atendidas 80 crianças e adolescentes (esse grupo de alunos refere-
se à escola municipal e a este estabelecimento de ensino), os quais são oriundos em sua
maioria de famílias sob situação de vulnerabilidade social e risco pessoal propiciando
atividades sócio-educativas, reforço escolar, esporte, lazer, dança, dramatização, iniciação à
informática, palestras, vídeos informativos de auto-estima e de prevenção às drogas, à
violência e ao abuso sexual, entre outros.
Com isso houve impacto social (melhor qualidade de vida, auxílio na convivência
familiar e comunitária) e avanço no processo ensino-aprendizagem.
Programa Compra Direta: Esse programa é uma parceria do governo federal por intermédio
do Ministério do Desenvolvimento Federal e governo estadual através da Secretaria de Estado
do Trabalho, Emprego e Promoção Social, Emater e Secretaria de Estado da Agricultura e
teve como entidade proponente a APMI, no qual as esferas federais e estaduais custeiam os
produtos agrícolas adquiridos pelos agricultores familiares em prol das entidades sociais e
instituições escolares.
Por meio desse programa houve a possibilidade de atender todas as instituições sociais
do município de atalaia, como: APMI (Centro de Convivência dos Idosos, Centro Municipal
de Educação Infantil Menino Jesus, Centro de Apoio Sócio-Educativo e de Proteção, Pastoral
52da Criança e Hospital Municipal), AMPF - Escola Vânia Maria Simão, AMPF - Colégio
Humberto de Campos e APAE.
Os objetivos da Compra Direta são:
complementar a alimentação preparada e ofertada em instituições sociais para
famílias que vivem em situação de vulnerabilidade social e/ou de insegurança
alimentar e nutricional;
fortalecer a agricultura familiar por meio da geração de renda;
promover o desenvolvimento local por meio do escoamento da produção no
município de Atalaia.
proporcionar alimentação saudável e variada com produtos diversificados;
complementar a alimentação fornecidas nas instituições para famílias que vivem
em situação de vulnerabilidade social;
atender as necessidades nutricionais da clientela atendida em cada instituição;
fortalecer a agricultura familiar por meio da geração de renda;
estimular os agricultores familiares do município para a produção dos alimentos de
primeira necessidade.
Com esse programa beneficiou-se 16 agricultores, inclusos em outros projetos
anteriores, e houve a possibilidade de engajar novos produtores, devido à eficácia do
programa, principalmente pelo incentivo financeiro para a produção dos alimentos de
primeira necessidade, assim todos os produtores interessados, os quais se enquadravam nos
critérios estabelecidos foram beneficiados.
Programa Bolsa Família: O programa Bolsa Família é um programa de transferência direta
de renda com condicionalidades, que beneficia famílias com renda mensal por pessoa de até
R$120,00 em todos os municípios do país.
O objetivo é transferir renda para as famílias mais pobres do país, como medida para
combater a fome e a pobreza e, ao mesmo tempo, promover o acesso dessas famílias aos
serviços públicos de saúde, educação e assistência social.
O município de Atalaia atualmente está com 213 famílias beneficiárias.
53O bolsa família faz parte do Programa Fome Zero e está contribuindo para a redução
da pobreza e das desigualdades sociais no país e também está incentivando as famílias a
utilizarem os serviços públicos de saúde, educação e assistência social.
No colégio há 135 alunos que são beneficiados por esse programa.
PROJOVEM Adolescente: O Projovem Adolescente integra a proteção social básica do
SUAS (Sistema Único de Assistência Social) e configura-se como uma reformulação do
Agente Jovem no contexto da Política Nacional da Juventude elaborada pelo Governo
Federal.
Destina-se à jovens de 15 a 17 anos, proporcionando capacitação teórica e prática, por
meio de atividades que não configuram trabalho, mas que possibilitam a permanência do
jovem no sistema de ensino e o fortalecimento dos vínculos familiares e comunitários,
preparando-os para futuras inserções no mundo do trabalho. Por intermédio do Projovem
Adolescente, o jovem recebe diretamente uma bolsa durante o período em que estiver inserido
no programa e atuando em sua comunidade.
O MDS (Ministério do Desenvolvimento Social e Combate a Fome) financia o
pagamento das bolsas e co-financia o serviço socioeducativo, organizado e mantido pelo
município.
No Colégio há 21 alunos que são beneficiados por esse programa.
18. PROPOSTA DE FORMAÇÃO CONTINUADA
A direção, direção auxiliar, equipe pedagógica e professores participam dos cursos
oferecidos pela SEED (jornadas pedagógicas, seminários, semanas pedagógicas, grupos de
estudos da disciplina específica de cada um, grupos de estudos fora da área, ex: Educação
Especial). Os profissionais também participam do Itinerante, GTR (Grupo de Trabalho em
Rede).
Temos ainda como formação, a busca constante por atualização por parte dos
professores, na leitura de literatura especifica das áreas ou não, pois muitos são os que
buscam na biblioteca do professores novos conhecimentos.
54 Todos sabemos da importância da formação dos profissionais da educação para que o
trabalho a ser desenvolvido possa render resultados positivos na quantidade e principalmente
na qualidade. Sabemos também, o quanto nossos professores são dedicados e comprometidos
com a causa da Educação e, que o nível de nossos educadores é muito bom, tivemos prova
disso com os resultados das avaliações para o ingresso no PDE (Programa de
Desenvolvimento Educacional), pois dos seis professores que participaram, três passaram nas
primeiras colocações do NRE de Maringá.
Os profissionais da educação deste estabelecimento em inúmeros momentos
verbalizam sobre a necessidade de mais cursos de formação continuada, contudo, encontrou-
se duas dificuldades; a primeira: Como convocar os profissionais a trabalharem mais horas,
mesmo que por um motivo de interesse comum, pois todos já levam serviço para casa?
Segundo: O colégio de forma autônoma, mesmo com o comparecimento desses profissionais,
poderia emitir certificados para os participantes? Portanto, postas essas questões, por mais
disponibilidade que nos coloquemos existem ainda barreiras que devem ser entendidas não de
forma emocional, mas sim de forma realista. Para superar esse problema os profissionais do
colégio buscam em outras instituições (faculdades e universidades da região) cursos que
atendam o interesse e a necessidade da demanda escolar, seja participando de seminários,
semanas, jornadas, outros eventos acadêmicos e até mesmo realizando outros cursos pós-
graduação.
As semanas de Formação Continuada e as Reuniões Pedagógicas também se
constituem como espaços oportunos para que os profissionais aprimorem seus
conhecimentos.
19. ACOMPANHAMENTO DE HORA ATIVIDADE
A hora atividade é um direito do professor, muito embora haja um dia previsto para
planejamento e replanejamento os professores estão constantemente revendo os seus
planejamentos. Nesse momento, os professores realizam pesquisas e leituras pertinentes à
prática educativa. Atendem os pais, os alunos e recebem orientações da Equipe pedagógica.
Também preparam avaliações/atividades e fazem as correções.
55Há um dia da semana estabelecido pelo Núcleo de Educação para a realização da hora
atividade de cada disciplina, assim quando o horário das aulas é organizado há o esforço em
se deixar esse dia para o propósito a que ele se define. A pré-definição é em virtude aos
professores poderem atender aos chamados do Núcleo para a realização de cursos, palestras
ou informes sobre a disciplina, ou seja, o dia pré-definido viabiliza o trabalho da Equipe das
disciplinas do Núcleo de Educação ao permitir que o professor possa estar presente nesses
momentos.
A hora atividade é realizada no espaço escolar seja na sala dos professores, seja no
Paraná Digital, e é acompanhada pela Equipe Pedagógica. Vale lembrar, que mesmo com
esse momento previsto na carga horária docente, o tempo é insuficiente para todos os seus
afazeres, infelizmente os professores ainda são obrigados a realizar inúmeras atividades em
casa atividades, como preparação de avaliação e atividades, correções de avaliações. O
aumento da carga horária da hora atividade é uma luta que os docentes devem continuar, pois
esse é um momento importantíssimo que influencia diretamente na melhoria da qualidade da
educação.
20. ESTÁGIO PROFISSIONAL SUPERVISIONADO
Com a maior oferta de vagas no Ensino Superior e uma maior facilidade em termos de
políticas públicas de custeio e incentivo aos cursos de graduação houve um interesse crescente
dos jovens em se avançar nos estudos. Por outro lado, o desenvolvimento urbano da cidade de
Atalaia e o aprimoramento da infraestrutura das estradas possibilitaram que os jovens se
deslocassem para os grandes centros a fim de atingir uma formação superior. Esse aspecto
permitiu que não somente filhos das famílias abastadas cursassem a graduação, mas também
os filhos da gente comum, que encontraram a possibilidade de se transladar com facilidade ou
trabalhar e estudar nos grandes centros como Maringá para então regressar com vida
profissional produtiva para a cidade de Atalaia, fato esse que favorece o avanço no IDH desse
município.
Essa aparente facilidade fez com que houvesse um maior número de universitários na
cidade e como consequência surgisse a procura, no ambiente escolar, por um espaço para a
realização do Estágio de Ensino, isso nos casos dos estudantes que optaram por cursos de
licenciatura. Dessa maneira, o colégio atende aos que o procura tendo como documento base a
56Legislação Federal que versa sobre a Lei do Estágio nº 11.788 de 25 de setembro de 2.008. O
colégio ao abrir suas portas para o aprimoramento civilizatório da população concorda com o
artigo 1º da referida lei, que afirma o seguinte:
Estágio é ato educativo escolar supervisionado, desenvolvido no ambiente de trabalho, que visa à preparação para o trabalho produtivo de educandos que estejam frequentando o ensino regular em instituições de educação superior, de educação profissional, de ensino médio, da educação e dos anos finais do ensino fundamental, na modalidade profissional da educação de jovens e adultos.
De acordo com a Deliberação nº 02/2009 – CEE e Instrução – SEED/SUED 006/2009
o estágio, obrigatório ou não, deve ser previsto neste documento (PPP) e sua regulamentação
estará em consonância tanto com a Lei Federal de Estágio, como com a deliberação e
Instrução acima citadas.
Quanto ao estágio não obrigatório, infelizmente ainda não houve procura por parte dos
estudantes e nem dos empresários locais. Sabe-se que em algumas cidades a promotoria
pública está acompanhando e assumindo responsabilidade do encaminhamento dos jovens às
empresas, entretanto, esse fato ainda não é real em Atalaia. Contudo, para os jovens em
vulnerabilidade, o município oferece o curso Pró-Jovem que objetiva os instrumentalizar para
uma atuação coletiva e individual responsável; as atividades são voltadas para as questões não
profissionais, mas cuja importância é inegável para o realizar do trabalho humano. Ou seja, se
trabalha os requisitos para se viver bem em sociedade tendo como foco os aspectos inerentes
do mundo do trabalho.
21. AVALIAÇÃO
A avaliação deve ser vista e compreendida como um processo pelo qual a escola, o
professor e os alunos possam estar constantemente diagnosticando os rendimentos do objeto
(conteúdo) estudado e a partir de então verificar o que realmente foi apreendido e o que não
foi. Tendo isto em mãos fica mais fácil para o professor e ao aluno traçar metas a serem
seguidas para que as falhas ocorridas possam ser sanadas.
Temos então uma avaliação focada não ação – verificação – ação, um processo
diagnóstico e contínuo.
57A avaliação não se restringe ao julgamento sobre sucessos ou fracassos do aluno, pois
a mesma é compreendida como um conjunto de atuações que tem a função de alimentar,
sustentar e orientar a intervenção pedagógica. Acontece de forma contínua e sistematizada por
meio de interpretação qualitativa do conhecimento construído pelo aluno. Possibilita conhecer
o quanto o aluno se aproxima ou não da intencionalidade de ensino/aprendizagem que o
professor tem em determinados momentos de escolaridade, em função da intervenção
pedagógica realizada. Ela subsidia o professor com elementos para uma reflexão continua
sobre a sua prática, sobre a utilização de novos instrumentos de trabalho e a retomada de
aspectos que devem ser revistos, ajustados ou reconhecidos como adequados para o processo
de aprendizagem individual ou de todo o grupo. Para o aluno, é o instrumento de tomada de
consciência de suas conquistas, de suas dificuldades e possibilidades para reorganização de
seu investimento na tarefa de aprender. Para a escola, a avaliação possibilita definir
prioridades e localizar quais aspectos das ações educacionais demandam maior apoio, dessa
maneira a avaliação é formativa e diagnóstica.
A avaliação, antes vista como um fim em si mesma classificava e excluía, não era
capaz de servir de parâmetro para redimensionar as práticas pedagógicas, tratava o aluno
como ser passivo, não lhe dava chance de rever suas dificuldades e êxitos. Já a avaliação que
se quer reflexiva e autônoma se apresenta benéfica por possibilitar o ajuste e a orientação da
intervenção pedagógica necessária para tornar possível o ensino e a aprendizagem de melhor
qualidade.
Muitos ainda, a reduzem o processo avaliativo na somente avaliação do aluno e sua
aprendizagem. É necessário observar que a ação de avaliar é muito mais abrangente e deve
envolver: professor – aluno – conhecimento, auto-avaliação do aluno, auto avaliação do
professor, avaliação de práticas pedagógicas, de todo o estabelecimento de ensino, refletindo
sobre as condições físicas e matérias oferecidas para o binômio ensino – aprendizagem.
Nessa perspectiva, faz-se necessário que a avaliação ocorra sistematicamente durante
todo o processo de ensino-aprendizagem e não somente após o fechamento de etapas do
trabalho, como era habitual.
O acompanhamento e a reorganização do processo de ensino aprendizagem na escola
inclui, necessariamente, uma avaliação inicial, para o planejamento do professor e uma
avaliação final de cada etapa de trabalho, isso para que o professor esteja sempre consciente
58do conhecimento que os alunos possuem para então prosseguir com seu trabalho de
intervenção. A avaliação investigativa inicial instrumentalizará o professor para que possa por
em prática seu planejamento de forma adequada às características de seus alunos, visando
obter informações necessárias para propor atividades e direcionar novos conhecimentos, bem
como, para o aluno tomar consciência do que já sabe e do que pode aprender sobre um
determinado conjunto de conteúdos.
A escola deve se autoavaliar, questionar os resultados obtidos e as possíveis lacunas
que inviabilizam o sucesso pleno, a fim de que possa viabilizar a qualidade de ensino. Para
tal, propor encontros frequentes para redimensionar o trabalho realizado, possibilitar o
intercâmbio interdisciplinar para o enriquecimento do currículo, estimular a participação dos
profissionais em cursos de atualização e aperfeiçoamento, contemplando a formação
continuada tão importante para o exercício profissional.
Sistema de avaliação do rendimento escolar como o SAEB, o ENEM e o Provão das
quartas e oitavas séries, muito auxiliam no diagnóstico da aprendizagem. Tais avaliações
servem de demonstrativo das deficiências e progressos, colaborando para as tomadas de
decisões mais adequadas. Dessa forma, a avaliação passa a ser significativa e de “mão dupla”,
pois é reflexão para todos os envolvidos com a educação.
Mediante a efetivação das discussões postas no Projeto Político Pedagógico, pode-se
buscar outros caminhos com a intenção de melhorar toda a prática pedagógica, o processo de
ensino/aprendizagem e, consequentemente, melhorar o índice de aprovação dos alunos.
Fundamentada nestas constatações, o colégio se preocupa em estar sempre
atualizando seus profissionais, propiciando-lhes encontros para intercâmbio, planejamento
coletivo, avaliação das práticas, na tentativa de instrumentalizá-los a conhecer as maneiras
diversas pelas quais os alunos aprendam, as metodologias adequadas para a eficiência do
ensino objetivando a aprendizagem. Isso porque avaliar implica em utilizar instrumentos
diversificados e critérios condizentes com o recorte do conteúdo selecionado pelo professor e
seus objetivos de ensino.
De acordo com o Regimento Escolar, Título II, Capítulo II, Seção X, o processo
avaliativo se fundamenta nos seguintes pressupostos:
Art. 105 A avaliação é uma prática pedagógica intrínseca ao processo ensino e aprendizagem, com a função de diagnosticar o nível de apropriação do conhecimento pelo aluno.
59
Art. 106 A avaliação é contínua, cumulativa e processual devendo refletir o desenvolvimento global do aluno e considerar as características individuais deste no conjunto dos componentes curriculares cursados, com preponderância dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos.Parágrafo Único - Dar-se-á relevância à atividade crítica, à capacidade de síntese e à elaboração pessoal, sobre a memorização.
Art. 107 A avaliação é realizada em função dos conteúdos, utilizando métodos e instrumentos diversificados, coerentes com as concepções e finalidades educativas expressas no Projeto Político-Pedagógico desta escola.Parágrafo Único - É vedado submeter o aluno a uma única oportunidade e a um único instrumento de avaliação.
Art. 108 Os critérios de avaliação do aproveitamento escolar serão elaborados em consonância com a organização curricular e descritos no Projeto Político-Pedagógico.
Art. 109 A avaliação deverá utilizar procedimentos que assegurem o acompanhamento do pleno desenvolvimento do aluno, evitando-se a comparação dos alunos entre si.
Art. 110 O resultado da avaliação deve proporcionar dados que permitam a reflexão sobre a ação pedagógica, contribuindo para que a escola possa reorganizar conteúdos/instrumentos/métodos de ensino.
Art. 111 Na avaliação do aluno devem ser considerados os resultados obtidos durante todo o período letivo, num processo contínuo, expressando o seu desenvolvimento escolar, tomado na sua melhor forma.
Art. 112 Os resultados das atividades avaliativas serão analisados durante o período letivo, pelo aluno e pelo professor, observando os avanços e as necessidades detectadas, para o estabelecimento de novas ações pedagógicas.
Vale lembrar que as Diretrizes Curriculares da Educação Básica do Paraná apresentam
em cada disciplina uma proposta de avaliação, apontando os instrumentos e os critérios a
serem levados em consideração quando da prática avaliativa. Os professores são orientados e
sempre lembrados e estarem atentos a esses critérios e instrumentos. Decidiu-se
coletivamente que todas as avaliações terão valor de 0 a 10,0 (zero a dez) e que os alunos
deverão ser, no mínimo, avaliados em dois momentos distintos, com dois instrumentos
diversificados de avaliação, os critérios devem estar claro para os alunos, as questões
contextualizadas, as folhas entregues para os alunos bem legíveis. A periodicidade fica a
critérios do professor. Os alunos com necessidades educacionais especiais tem o direito de
serem ensinados e avaliados por metodologia e instrumentos diferenciados.
6022. RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS
A oferta de recuperação de estudos significa encarar o erro como hipótese de
construção do conhecimento, de visualizá-lo como parte integrante do ensino e da
aprendizagem, pois possibilita novas formas de orientar os estudos. A recuperação de estudos
dar-se-á em duas instâncias, primeiramente, privilegiando a recuperação de conteúdo, com a
retomada dos mesmos de formas variadas e então de recuperação de notas, através de
avaliações diversificadas (provas, refacção textual, pesquisas, relatórios ou outros), conforme
o descrito no Regimento Escolar.
O professor ao perceber, seja por atividades seja por avaliações, as dificuldades dos
alunos com relação aos conteúdos trabalhados, retoma e os revisa, utilizando-se de
metodologias variadas, com atividades complementares, tarefas e atividades de verificação.
Entretanto, os alunos tem um entendimento de que apenas a avaliação com ponderação de
nota é o indicativo para a retomada de conteúdos e consequente ponderação de notas.
A recuperação dos estudos tem por objetivo que o aluno tenha novas possibilidades de
aprendizagem e para que possa dar continuidade ao processo de ensino/aprendizagem. Temos
então, a recuperação de conteúdos. A recuperação de estudos tem por objetivo proporcionar
ao aluno que demonstrar rendimento insuficiente, estudos complementares, oportunizando
melhoria no aproveitamento escolar.
Além dessa etapa de recuperação de conteúdos o professor oportunizará ao aluno a
possibilidade de recuperar suas notas, pois, após a retomada dos conteúdos ao aluno que
demonstrar aprendizagem é justo que as notas sejam revistas, para tal o professor poderá fazer
uso de quaisquer instrumentos de avaliação.
A nota dessa avaliação de recuperação só irá para o boletim do aluno se for maior que
sua média bimestral.
A recuperação de conteúdos e a de notas estará aberta a todos os alunos,
independentemente de suas médias.
Como nosso colégio tem a avaliação como parte do processo de ensino/aprendizagem,
a recuperação de conteúdos e notas não poderiam ser diferentes, sendo assim as duas são de
forma contínua e paralela.
61De acordo com o Regimento Escolar, Título II, Capítulo II, Seção X, a recuperação de
estudos se fundamenta nos seguintes pressupostos:
Art. 113 A recuperação de estudos e notas são direito dos alunos, independentemente do nível de apropriação dos conhecimentos básicos.
Art. 114 A recuperação de estudos dar-se-á de forma permanente e concomitante ao processo ensino e aprendizagem.
Art. 115 A recuperação será organizada com atividades significativas, por meio de procedimentos didático-metodológicos diversificados.Parágrafo Único - A proposta de recuperação de estudos e notas deverão indicar a área de estudos e os conteúdos da disciplina.
Art. 116 A avaliação da aprendizagem nos anos finais do Ensino Fundamental e no Ensino Médio terá os registros de notas expressos em uma escala de 0 (zero) a 10,0 (dez vírgula zero).
Art. 117 Os resultados das avaliações dos alunos serão registrados, bimestralmente, em documentos próprios, a fim de que sejam asseguradas a regularidade e autenticidade de sua vida escolar.Parágrafo Único - Os resultados da recuperação serão incorporados às avaliações efetuadas durante o período letivo, constituindo-se em mais um componente do aproveitamento escolar, sendo obrigatória sua anotação no Livro Registro de Classe.
Para o ano letivo de 2.011 será adotado o sistema de trimestralidade e a regulamentação
referente à Recuperação dos Estudos estará disponível em adendo no Regimento Escolar.
23. PROCESSO DE CLASSIFICAÇÃO E RECLASSIFICAÇÃO
O processo de classificação seguirá o disposto no Regimento Escolar e em Instruções da
SEED-PR pertinentes.
O processo de reclassificação também seguirá o disposto no Regimento Escolar e em
Instruções da SEED-PR pertinentes, deve partir sempre do corpo docente e da Equipe
Pedagógica, nunca da simples vontade do aluno e de seus responsáveis. A reclassificação é
um processo sério que leva em consideração a aprendizagem dos alunos e sua possibilidade
de acompanhar séries mais avançadas, portanto, é o pedagógico escolar que deverá aventar ou
não a possibilidade do aluno em iniciar um processo de reclassificação. Iniciado esse
processo o aluno deverá realizar avaliações de todas as disciplinas da série em que está
62matriculado, apresentando compreensão dos conteúdos, o aluno poderá ser reclassificado para
outra série.
24. PROMOÇÃO DOS ALUNOS
Para ser promovido para série seguinte, o aluno deverá atingir a média mínima de 6,0
(seis virgula zero) em cada disciplina e 75% (setenta e cinco por cento) de frequência do total
da carga horária do período letivo.
Caso o aluno apresentar frequência igual ou superior ao 75% (setenta e cinco por
cento) e média anual inferior a 6,0 (seis virgula zero), mesmo após a recuperação de estudos e
notas, realizadas ao longo do período letivo, poderá ser submetido a análise do Conselho de
Classe Final, que definirá pela sua aprovação ou não.
De acordo com o Regimento Escolar, Título II, Capítulo II, Seção X, a promoção dos
alunos se fundamenta nos seguintes pressupostos:
Art. 118 A promoção é o resultado da avaliação do aproveitamento escolar do aluno, aliada à apuração da sua frequência.
Art. 119 Na promoção ou certificação de conclusão, para os anos finais do Ensino Fundamental e Ensino Médio, a média final mínima exigida é de 6,0 (seis vírgula zero), observando a frequência mínima exigida por lei.Parágrafo Único – Para obtenção da média final será usada a seguinte fórmula:
MF = 1º bim. + 2º bim. + 3º bim. + 4º bim. 4
Art. 120 Os alunos dos anos finais do Ensino Fundamental e do Ensino Médio, que apresentarem frequência mínima de 75% do total de horas letivas e média anual igual ou superior a 6,0 (seis vírgula zero) em cada disciplina, serão considerados aprovados ao final do ano letivo.
Art. 121 Os alunos dos anos finais do Ensino Fundamental e do Ensino Médio serão considerados retidos ao final do ano letivo quando apresentarem:
frequência inferior a 75% do total de horas letivas, independentemente do aproveitamento escolar; frequência superior a 75% do total de horas letivas e média inferior a 6,0 (seis vírgula zero) em cada disciplina.
63Art. 122 A disciplina de Ensino Religioso não se constitui em objeto de retenção do aluno, não tendo registro de notas na documentação escolar.
Art. 123 Os resultados obtidos pelo aluno no decorrer do ano letivo serão devidamente inseridos no sistema informatizado, para fins de registro e expedição de documentação escolar.
Para o ano letivo de 2.011 será adotado o sistema de trimestralidade e a regulamentação
referente à promoção dos alunos estará disponível em adendo no Regimento Escolar.
25. PLANO DE TRABALHO DOCENTE
Para a realização de uma prática docente séria é necessário haver planejamento e
articulação desse instrumento com o presente Projeto Político Pedagógico. Para tal no inicio
dos bimestre os professores entregam o Plano de Trabalho Docente, documento que
contempla o recorte do conteúdo a ser trabalho no bimestre, as metodologias, e a forma de
avaliação entre outros. Os seguintes itens contemplados no Plano de Trabalho Docente devem
estar fundamentados nas Diretrizes Curriculares Estaduais da Educação Básica do Paraná e
demais documentos pertinentes. O Plano de Trabalho Docente é expressão do Projeto Político
Pedagógico, dos documentos legais e das necessidades educacionais da escola pública, tendo
em vista a particularidade local. Segue abaixo os itens contemplados no referido documento:
Objetivo geral da disciplina: Qual a relevância da disciplina abordada no
processo de ensino e aprendizagem na imbricação conteúdo científico e mundo
do trabalho;
Objetivo específico: Como o conteúdo abordado contribuirá para o avanço
educativo e civilizatório do educando em sua etapa específica de aprendizagem
no período a ser trabalhado pelo professor;
Conteúdos estruturantes e específico: Qual o recorte que o professor fará do
conteúdo a ser abordado e sua pertinência para as relações do mundo do
trabalho;
Procedimentos metodológicos: Como ocorrerá a intervenção pedagógica
(estratégias de ensino) de modo a levar o educando, em seu aspecto singular, a
64superar os limites do senso comum e atingir a compreensão do conhecimento
científico.
Recursos Didáticos: São os instrumentos de mediação utilizados para a
efetivação da transposição didática do conteúdo
Avaliação: Esse item trata dos critérios e dos instrumentos avaliativos, do
processo de recuperação paralela dos conteúdos, do atendimento aos alunos
com necessidade educativa especial, mantendo o foco na perspectiva
formativa, processual e contínua.
Referências: Relação do material de apoio e base para a realização do recorte
do conteúdo, aplicação e avaliação.
Observação: Momento do professor justificar o motivo de transceder ou não o
conteúdo trabalhado, entre outros.
Embora sendo um documento, o Plano de Trabalho Docente não é definitivo, o
professor pode conforme o desempenho da turma transceder ou não o conteúdo planejado;
esse documento expressa apenas a direção do trabalho do professor, sua intencionalidade e
seus objetivos no processo de ensino/aprendizagem. A elaboração desse documento é feita
durante a hora atividade, a equipe pedagógica fica a disposição para orientar os docentes, os
professores podem conversar e trocar suas experiências de forma a um enriquecer o trabalho
do outro, também realizar pesquisas em livros didáticos ou não, usar revistas pertinentes ao
assunto e utilizar as tecnologias da informação para pesquisar sobre práticas pedagógicas
diversificadas.
No Plano de Trabalho Docente o professor especifica a forma de intervenção
metodológica e avaliativa para com os alunos com necessidades educacionais especiais.
26. PLANO DE AÇÃO DO COLÉGIO
“A educação é um processo de vidae não uma preparação para a vida futura
e a escola deve representar a vida presentetão real e vital para o aluno como a que ele vive
em casa, no trabalho ou no pátio.”John Dewey
65A equipe de direção dessa escola, consciente de seu papel de gestor, entende como
indispensável a participação de toda comunidade escolar na análise de situações e decisões
sobre os encaminhamentos das ações pedagógicas. Nosso cotidiano, está ligado à participação
da ação colegiada na aplicação dos recursos econômicos, tecnológicos, atividades de
coordenação, supervisão e habilidades de negociação entre órgãos internos e externos.
No aspecto pedagógico, além das atividades contempladas na Proposta Pedagógica
desse Estabelecimento de Ensino, faz-se também necessário uma reflexão acerca dos Desafios
Educacionais Contemporâneos (Enfrentamento à Violência, Diversidade, Prevenção do Uso
Indevido de Drogas, Relações Étnico Raciais e Educação Ambiental).
A partir dessa visão, uma questão séria é a educação do jovem, nos tempos atuais, que
tem se tornado algo muito difícil, devido a mudanças de paradigmas, de valores e referências
educacionais. Os pais de ontem mostram-se perdidos na educação das crianças de hoje. Estão
cada vez mais ocupados com o trabalho e pouco tempo dispõe para dedicarem-se à educação
do filho. Esta, por sua vez é delegada a outros.
Muitos pais não conseguem educar seus filhos emocionalmente e, tampouco sentem-se
habilitados a resolver conflitos por meio do diálogo e da negociação de regras. Optam muitas
vezes, pela arbitrariedade do não ou pela permissividade do sim, não oferecendo nenhum
referencial de convivência pautado no diálogo, na compreensão, na tolerância, no limite e no
afeto.
A escola diante dessa realidade não pode cruzar os braços e deixar as coisas
acontecerem sem fazer algo a respeito, pois a escola é consciente dessa problemática, uma vez
que nossa comunidade escolar é fruto dessas famílias. Por isso, é preciso desenvolver um
olhar mais observador tanto dos professores quanto dos demais profissionais ligados ao
espaço escolar. Sendo assim, a escola atenta para os sinais de violência que ocorrem em seu
interior, procura neutralizar os agressores, tomando algumas iniciativas preventivas em
parceria com as Secretarias Municipal de Saúde, Esporte e Meio Ambiente.
Uma consequência importante na formação da criança e do adolescente é o fato de que
hoje é cada vez mais cedo o ingresso dos adolescentes na vida sexual ativa e a mídia tem
contribuído para isso, uma vez que, explora a questão da sexualidade como algo a ser
consumido. Daí a importância da educação afetivo-sexual e do autoconhecimento para que o
66professor possa desenvolver um trabalho com condições de trazer a sexualidade no nível da
palavra, do permitido, do prazeroso e humano e não só do proibido.
Diante de todo esse aglomerado de conflitos vividos em nosso meio, vem um outro
problema sério, enfrentado por toda sociedade como é o caso das drogas. E, inserido que
estamos nessa sociedade, a escola não pode seguir encerrada em si mesma, e menos ainda não
enfrentar essa problemática social. Não se trata de fazer coisas simplesmente para acalmar a
angústia dos pais, professores ou da sociedade, e sim, trata-se de educar, ou seja, de oferecer
recursos que permitam aos educandos tomar decisões sadias frente às substâncias que podem
criar dependência, para tal temos um destaque nos conteúdos de Ciências Naturais, são
oferecidas algumas palestras com profissionais capacitados para o assunto, uma vez que não
podemos transmitir informações sobre drogas e seus efeitos, pois ao contrário pode-se dar um
valor mágico. Uma educação para a saúde deve estar integrada, não só no currículo, mas em
toda a dinâmica escolar. Somente uma escola saudável pode levar adiante uma educação
sobre drogas de uma forma eficaz e coerente.
Nossa instituição escolar converte-se em um espaço que oferece possibilidades para
atividades e experiências de ensino e aprendizagem de qualidade e interesse para todos os
seus membros, principalmente aluno e professor.
Conclui assim que, não existem receitas prontas em educação. É a própria escola que
através do conhecimento do meio, comprometidos pessoalmente e profissionalmente, e em
função de diretrizes que se mostram válidas, concretiza seu projeto de ação educativa escolar
dentro de um projeto comum, criando assim condições para que haja um futuro, e que este
seja o futuro desejável por todas as gerações.
Tendo em vista que a escola, através de todos os seus componentes, é parte integrante
da sociedade e co-responsável pela sua transformação, elabora um Plano de Ação Educativa,
que leva em conta, em primeiro lugar, o conjunto de variáveis que interferem no ambiente
escolar e tentar, se não acabar, pelo menos amenizar suas causas e consequências.
Assim, a comunidade escolar, os pais e responsáveis pelos alunos elaboraram
conjuntamente um Plano de Ação para 2010 que tem por objetivo nortear as ações docentes
no que se refere aos temas de maior preocupação do nosso meio escolar. Ficando definidos
nossas dificuldades, as ações que serão priorizadas, os responsáveis diretos e o período de
atuação das mesmas.
67O Conselho de Classe muito auxilia na tomada de decisões e é realizado em 3 etapas:
Pré-Conselho; Conselho e Pós-conselho.
O Pré-Conselho ocorre na sala de aula com os alunos (Pedagogo e alunos), nesse
momento parte dos próprios alunos as suas dificuldades e as condutas que estão a impedi-los
de aprender, os alunos colocam os pontos de vistas e sugestões para melhorar a qualidade de
ensino e aprendizagem da sala.
O Conselho ocorre num dia pré-marcado e com a presença de todos os professores de
cada série, ali são expostos às discussões gerais que surgiram no Pré-Conselho. Os casos
particulares são tratados diretamente com os professores em questão. O Conselho trata
inicialmente da classe como um todo e depois das particularidades dos alunos. Infelizmente, o
colégio não realiza o Conselho participativo com toda a comunidade (pais e alunos), pois há
muitos paradigmas que ainda devem ser quebrados por parte dos profissionais da educação.
Há também a preocupação em preservar a vida acadêmica do aluno, já que não estaríamos
mais apenas entre o grupo de profissionais que conhece a realidade do aluno e da sala de aula.
Participam portanto: professores, diretores e pedagogos. As decisões tomadas pelo Conselho
focalizam o como superar a defasagem dos alunos, como intervir pedagogicamente para que
eles de fato aprendam, essas ações vão desde conversas com os alunos, com os responsáveis,
utilização de outras metodologias, encaminhamento para monitorias entre outros recursos de
intervenção pedagógica já mencionados anteriormente.
O Pós-Conselho é a devolutiva para com os alunos da discussão exposta no
Conselho. Os alunos são informados das decisões e do porquê dessa ou daquela medida
pedagógica, seja o mapa da sala, seja questões disciplinares, seja formas diversificadas de se
averiguar tarefas e aplicar avaliações, entre outros.
68DIFICULDADES AÇÕES RESPONSÁVEIS PERÍODOFalta de perspectivasFalta de interesse/motivação
Incentivo na formação e na participação no Grêmio, cursos técnicos em parceria com a Assistência Social do município, Senar (Jovem Agricultor Aprendiz), curso de Informática, Teatro e dança; Parceria com as faculdades da região promovendo palestras sobre motivação e orientação vocacional.
Equipe pedagógica e professores;CRAS (Centro de Referência da Assist.Social); Secretaria Municipal da Agricultura através do SENAR;Faculdades: Fanp (Faculdade do Noroeste do Paraná, Cesumar (Centro Universitário de Maringá, Faculdades Cidade Verde e UEM (Universidade Estadual de Maringá).Participação do Núcleo Regional de Educação (Paula).
O ano todo.
IndisciplinaInversão de Valores
Frase do dia, com uma reflexão a ser feita em todas as turmas;
Visita a lugares que preservam a cultura (peças teatrais, mostra de trabalhos artísticos);Palestras com a equipe do Amor Exigente;Filme: Desafiando GigantesParceria com a cocamar ( Projeto Cooperjovem);
Equipe Pedagógica; Comunidade escolar; Projeto Social da Cocamar.
Todos os dias letivos, a partir do 2º semestre;Semestralmente.Palestra no 1º Bimestre.
Famílias desestruturadas Palestra com
profissional através do Projeto Social – Cocamar; (Coperjovem).
Projeto Social Cocamar;Direção;Equipe pedagógica.UEM (Universidade
No início do ano letivo;
Semestralmente;Palestra no 1º Bimestre.
69Filme: (Um homem de família e A última música).Parceria com a UEM (Universidade Estadual de Maringá), Parceria com a Pastoral da Família do município.
Estadual de Maringá) com o professor Raimundo de Lima.
70Sexualidade Palestras com os
Agentes de Saúde;Agentes de Saúde;Equipe pedagógica e professores de Ciências/Biologia;Coordenador cultural do município.
1ºBimestre2º Bimestre;3º Bimestre;
Dificuldade de Aprendizagem
Sala de Apoio;Sala de Recursos;Monitoria;Trabalho individualizado quando necessário;Parceria com os pais, quando possível;Alguém que acolhe(colega, professor);Palestra para os professores com Educação Especial do Núcleo Regional de Educação.
Comunidade escolar;Família;Núcleo Regional de Educação ( Beth Dalosse e Silvia – Educação Especial).
Sempre que necessário.Início do ano letivo.
Relacionamento professor/alunoAvaliação
Textos para estudo referente aos temas;Filme (Madadaio, Uma lição de amor)
Direção e Equipe Pedagógica
Durante as capacitações.
FaltasEvasão
Orientação Educacional com os alunos;Conversa com os pais;Preenchimento da ficha “FICA”;Parceria com o Conselho Tutelar;Parceria com as empresas que empregam os alunos.
Equipe pedagógica;Professores;Conselho Tutelar.
O ano todo.
7127. PLANO DE AÇÃO DO GRÊMIO ESTUDANTIL
PLANO DE AÇÃO PARA 2010MUNICÍPIO – ATALAIA – PRELABORAÇÃO DA CHAPA se dará com:
1 – Diagnosticar as áreas pertinentes a ação do Grêmio Estudantil, para que possa
planejar suas ações.
A) Área Esportiva: reparos da quadra desportiva;
B) Área Cultural:projetos artísticos e literários;
C) Área Ambiental:Projetos de meio ambiente;
2 – Ações propostas:
ESPORTE:
promoção de campeonatos;
passeios ciclísticos.
CULTURA
Fera cidade;
Feira de Ciências;
Dia da Leitura (palestra)
Dia do Saci (valorização do Folclore Nacional)
Palestra – Tema – Drogas.
AMBIENTAL
Palestras sobre o meio ambiente;
Projetos de reflorestamentos;
Passeatas de conscientização pela preservação ambiental;
72 Colaborar e viabilizar com a Agenda 21;
Cuidar do espaço escolar.
3- Alunado:
Ensino Fundamental de 5ª a 8ª séries,
Ensino Médio
4 – Resultados esperados:
A conscientização da comunidade escolar bem como de toda a comunidade para a
preservação ambiental, melhoria das atividades esportivas e culturais dentro e fora do
ambientes escolar. E contribuir para a qualidade da educação.
28. ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO PROJETO POLITICO PEDAGOGICO
O Projeto Político Pedagógico, fruto de uma construção coletiva, construção esta que
não está acabada e que por isso necessita ser acompanhado, avaliado e reestruturado para
atender às necessidades da escola, do aluno, do professor e da direção.
Para que essa avaliação se dê de forma democrática e engajada, com o objetivo
primeiro da Educação que é a busca e construção do conhecimento, são convidados a
participarem ativamente desse processo de construção a APMF, o Conselho Escolar, os
funcionários, a Equipe Pedagógica, professores e a direção. Os momentos para leitura,
avaliação e validação desse Projeto dar-se-á anualmente, com a participação dos segmentos
citados.
Há uma preocupação por parte de todos com relação ao Projeto Político Pedagógico, já
que ele direciona todas as ações pedagógicas da escola, bem como a preocupação da
manutenção da qualidade de ensino.
73 Em relação aos índices de rendimento escolar, para superar e avançar nos resultados
da Prova Brasil, o colégio procura estimular mais o trabalho com monitoria e reforça o
diálogo com os alunos, visto que muitos verbalizam que nem leram e simplesmente
assinalaram aleatoriamente o gabarito. Neste cenário um dos problemas do desempenho
dos alunos reside na falta de consciência do papel e da importância do processo
educacional, o dialogo se estende a toda comunidade visto que os benefícios da melhoria
da qualidade da educação é de todos.
O acompanhamento dos dados fornecidos pelo IDEB (Índice de Desenvolvimento da
Educação Básica) fornece informações capazes de apontar qual a dificuldade que os alunos
estão enfrentando (quais séries há maior defasagem de conteúdos) e, portanto, qual deverá ser
a conduta, a intervenção pedagógica mais adequada. Observa-se abaixo os índices de
aprovação, as notas da Prova Brasil e o índice do IDEB.
Taxa de Aprovação 2005
5ª a 8ª
5ª 6ª 7ª 8ª Indicador de Rendimento
(P)
88,2 97,2 85,1 85,7 84,7 0,88
Taxa de Aprovação 2007
5ª a 8ª 5ª 6ª 7ª 8ª Indicador de Rendimento
(P)
94,8 91,0 98,2 94,5 95,7 0,95
Taxa de Aprovação 20095ª
a 8ª5ª 6ª 7ª 8ª Indicador de
Rendimento(P)
89,5 88,9 88,2 90,3 91,1 0,90
Nota Prova Brasil 2005 Nota Prova Brasil 2007 Nota Prova Brasil 2009
Matemática
Língua Portugue
sa
Nota Média
Padronizada (N)
Matemática
Língua Portugue
sa
Nota Média
Padronizada (N)
Matemática
Língua Portugue
sa
Nota Média
Padronizada (N)
263,35 230,40 4,90 264,80 236,35 5,02 267,62 259,42 5,45
74
IDEB 2005 (N x P) IDEB 2007 (N x P) IDEB 2009 (N x P)
4,3 4,8 4,9
Projeções para nosso Estabelecimento
2007 2009 2011 2013 2015 2017 2019 2021
4,3 4,5 4,8 5,1 5,5 5,7 6 6,2
Ao analisar os dados se constatou que os alunos estão melhorando em termos de
aprendizagem, indicativo esse que a mediação pedagógica está no caminho correto.
Entretanto, ainda há o problema da reprova, muitos alunos que não tem um ambiente familiar
estimulante optam por evadir da escola, ou simplesmente encaminham sua vida escolar de
maneira a não ter o êxito acadêmico, os pais desses chegam a admitir que não sabem lidar
com o filho e que não tem mais o que fazer. Por outro lado, os professores tentam estimular
esses alunos, o diálogo é constante, o atendimento é mais individualizado, é oportunizado
revisão de conteúdos, além dos momentos existentes em sala de aula.
A análise desses índices são elementos importantes para o diagnóstico e o
levantamento de ações a serem efetuadas no plano de ação do colégio.
29. FUNÇÃO DO REGIMENTO E SUA INTERLOCUÇÃO COM O PPP
Todas as concepções expressas neste documento tem suas ações legitimadas pelo
Regimento Escolar. Ambos os documentos são condizentes com a legislação educacional
vigente em âmbito Federal e Estadual.
30. REFERENCIAS CITADAS:
BRASIL. Constituição da Republica Federativa do Brasil. 22ªed. Brasília: Câmara dos Deputados, Coordenação de Publicações, 2004.
BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação. 1996.
GENTILI, Pablo. Adeus à escola pública: desordem neoliberal, a violência do mercado e o destino da educação das minorias. IN: ______. (Org.) Pedagogia da Exclusão: o neoliberalismo e a crise da escola pública. Petrópolis, RJ: Vozes, 1995.
75GIROUX, HENRY. Pedagogia Radical: subsídios. São Paulo: Autores Associados; Cortez, 1983.
MARX, Karl. Manuscritos Econômico-Filosóficos, de 1844. Terceiro Manuscrito. IN:______. Textos sobre Educação e Ensino. (coletânia); 4ª ed.São Paulo: Centauro, 2004.
.MARX, Karl; ENGELS, Friederich. A Ideologia Alemã. 5ª ed. São Paulo: HUCITEC, 1986.
SAVIANI, Dermeval. Escola e Democracia. 36ª ed. Campinas, São Paulo: Autores Associados, 2003.
SILVA, Tomaz Tadeu da. Documentos de Identidade: uma introdução às teorias do currículo. 2ª ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2004.
VYGOTSKY, Lev Semenovich. A Formação Social da Mente. 6ª ed. São Paulo: Martins Fontes, 2000.
76PROPOSTA PEDAGÓGICA
31 . PROPOSTA PEDAGÓGICA
INTRODUÇÃO
Uma sociedade centra-se num complexo sistema de relações sociais. Relações estas
que não são neutras ou aleatórias, seguem filosofias e ideologias bem definidas. Para
entendermos a sociedade temos que entender o ser humano como sujeito das ações e não
como meros objetos, que sofrem às ações e não reagem a elas.
Pensando nesta visão de sujeito produtor de discursos e ações que focamos todas as
ações pedagógicas de nossa escola. Capaz de transcender da leitura individual para a coletiva
e o seu contrário também, criando meios para a compreensão da sociedade tal como está
posta. Não basta compreender é preciso ir além, chegar na possibilidade de transformação,
quando esta não atende às necessidades da maioria da sociedade.
O papel da escola é propiciar momentos adequados de aquisição de conhecimento e de
cidadania. Para que este papel seja cumprido, faz-se necessário um envolvimento entre
sociedade com seus interesses, escola com seus objetivos, os professores enquanto
mediadores do conhecimento e os próprios alunos, pois são para eles que a escola trabalha,
com objetivos bem definidos para que saiam dela ,preparados para a vida em sociedade.
77Com tantos envolvidos, há que se primar primeiramente pelo conhecimento.
Conhecimento este que necessita ser bem definido e analisado por todos, para que contribua
para a formação integral e consciente de todos os envolvidos no processo de
ensino/aprendizagem.
Para que se saiba o quê, por quê, quando, para que e para quem ensinar, então
pensamos em “Currículo”, não apenas como rol de conteúdos, mas também com parâmetros
determinantes de ações/reflexões/ações. O currículo é um instrumento que garante, de certa
forma, a continuidade de conteúdos, sem ser engessado, viabilizando intenções e ações, isto é,
ele é vivenciado enquanto construção social.
A nossa Proposta Pedagógica tem em sua essência esta visão de Currículo, por isto
permite que alterações sejam feitas, na medida em que haja necessidade, possibilita
intervenções quer nos conteúdos, quer na metodologia ou na avaliação. É flexível sem perder
seu norte, é inacabado sem ser mal pensado... Por ser uma construção social preocupa-se em
oferecer uma visão crítica da realidade como processo mutante, cujos agentes são os seres
humanos que podem ou não interferir nessa realidade.
Todo este trabalho está pautado na filosofia, na concepção de conhecimento, de
educação, ensino/aprendizagem e avaliação assumida no Projeto Político Pedagógico da
escola, na garantia de uma educação de qualidade para todos os nossos alunos.
31.1 ARTE – ENSINO FUNDAMENTAL
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A arte está presente em tudo e em todos. Se pensarmos que a arte é a umas das
primeiras manifestações do homem. A arte é uma necessidade do ser humano.
Cabe a disciplina fazer com que os alunos reconheçam a diversidade cultural de
nosso país e do mundo proporcionando-lhes acesso aos conhecimentos científicos e os
registros culturais diferenciados.
Ao criar artifícios para se expressar, representar a natureza e interagir com o meio que
o circunda, o ser humano se torna consciente de sua existência individual e social, produz
novas maneiras de ver, sentir e compreender a sociedade. Entretanto, o ensino de Arte não se
78refere a uma criação espontânea e sim ao analisar, ao compreender e ao se expressar de
maneira sistematizada por meio do aprendizado de conteúdos que mediados pelo professor
permitirão ao estudante desenvolver seu senso crítico.
O ensino de Arte permitirá que o aluno tenha acesso, de forma contextualizada, aos
conhecimentos estéticos e artísticos produzidos por toda a humanidade. Assim, um dos
objetivos dessa disciplina é que os alunos reflitam a cultura historicamente acumulada de
maneira a inferir conscientemente na comunidade que vive; sendo, dessa forma, um agente
transformador da sociedade.
A partir das concepções da arte e do seu ensino, a Diretriz Curricular da Educação/ PR
- Arte considera alguns campos conceituais que contribuem para as reflexões a respeito do
objeto de estudo desta disciplina a se mencionar a articulação dos conhecimentos estéticos,
artísticos e contextualizados, aliados à práxis no ensino da Arte.
METODOLOGIA
A abordagem dos conteúdos (conhecimentos) não deve ser feita somente como aula
teórica e sim estar contida no sentir e perceber e no trabalho artístico, pois o conhecimento em
arte se efetiva somente quando esses três momentos são trabalhados. A prática metodológica
do professor se fundamentará nos três campos conceituais, mencionados pelas Diretrizes
Curriculares da Educação do Paraná, conforme segue:
- Teorizar: ao educando será oportunizada a contextualização do conteúdo, onde o
texto será de forma clara e objetiva. O conhecimento contextualizado envolve o contexto
histórico (político, econômico e sociocultural) dos objetos artísticos e contribui para a
compreensão de seus conteúdos explicito e implícitos, possibilitando um aprofundamento na
investigação do conteúdo.
- Sentir e perceber: serão trazidos fotos, vídeos ou outros materiais para que o aluno
visualize o conteúdo, ficando assim mais clara e coerente a contextualização. Cabe ao
professor possibilitar aos alunos o acesso às obras artísticas para que os mesmos possam
familiarizar-se com as diversas formas de produção da arte. Nesse ato de sentir e perceber
será possibilitado ao aluno ler os objetos da natureza e da cultura em uma dimensão estética.
79- Fazer artístico: o aluno fará produções relacionadas ao conteúdo dado, significando-
o a sua realidade. Também será na produção que o aluno entrará em contato direto com a
criação artística, o momento do exercício da imaginação. A arte não pode ser aprendida de
forma abstrata, o processo de produção do aluno acontece quando ele interioriza e se
familiariza com os processos artísticos e humaniza os sentidos. No fazer artístico, o aluno
expressa, realiza e se encontra, porque a arte satisfaz a necessidade humana de expressão,
interagindo com a realidade, abrindo caminhos para que o aluno tenha acesso à produção, ao
domínio dos instrumentos, à descoberta dos códigos, que orientam todo o processo. Nesse
processo, as formas resultantes das sínteses emocionais e cognitivas expressam saberem
específicos a partir da experimentação com materiais, com técnicas e com elementos formais
básicos constituídos das artes visuais, da dança, da música e do teatro.
A Diretriz ainda destaca que a partir desses encaminhamentos metodológicos, o aluno
organizará conceitos considerados essenciais para que possa gradualmente entender as
produções artísticas no tempo e no espaço, percebendo-se sujeito de sua realidade humano-
social numa percepção exigente, crítica e criativa.
Assim, como o trabalho individual tem seus objetivos, no qual é possível observar e
analisar movimento de desenvolvimento, dificuldades e dúvidas do aluno, o educador também
pode optar pelo trabalho em grupos, porque possibilita trocas de experiências entre os
mesmos e reconhecendo a importância da integração do grupo no processo de aquisição de
conhecimento. Cabe ao professor ser mediador do conhecimento e usar recursos
metodológicos intencionais sempre com o objetivo de fazer com que os alunos aprendam.
AVALIAÇÃO
Refletir a avaliação em Arte significa representar todo o processo e prática em sala de
aula. A avaliação da disciplina estará vinculada ao Projeto Político Pedagógico da Escola, o
aluno deverá o conhecimento crítico da estética, da produção, da análise, como também da
contextualização histórica, ou seja, compreender os conteúdos abordados.
A avaliação em arte é processual, não avaliará o talento ou sensibilidade dos alunos e
sim a interação do mesmo com o conteúdo, sua compreensão, análise e síntese do conteúdo. A
avaliação também apresenta o caráter diagnóstico fornecendo ao professor informações
importantes sobre o uso da metodologia e as necessidades educacionais dos alunos, possibilita
80assim, o repensar da prática docente. Em outras palavras, a avaliação na disciplina de Arte
proposta na Diretriz Curricular do PR é diagnóstica e processual. Diagnóstica por ser
referência do professor para o planejamento das aulas e de avaliação dos alunos. Processual
por pertencer a todos os momentos da prática pedagógica. O planejamento deve ser
constantemente redirecionado, utilizando a avaliação do professor, da classe sobre o
desenvolvimento das aulas e também a auto-avaliação dos alunos.
Para avaliar o professor utilizará instrumentos diversificados, com critérios específicos e
relacionados ao conteúdo trabalho, levando em conta o trabalho desenvolvido diariamente
pelo aluno. Assim, como instrumentos de avaliação pode-se mencionar: atividades individuais
ou coletiva, trabalhos artísticos, pesquisas, provas teóricas e práticas, dramatizações e outros.
Sendo verificada a necessidade de retomada de conteúdos, essa será oportunizada a
todos os alunos, por meio de metodologia diferenciada, havendo aprendizagem a nota será
revista.
CONTEÚDOS5ª SÉRIE E. F.
ÁREAS
CONTEUDOS ESTRUTURANTESELEMENTOS
FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERIODOS
CONTEÚDOS ESPECIFICOS
ARTES VISUAIS
- Ponto- Linha- Superfície- Textura- Volume- Luz- Cor
- Figurativa- Abstrata- Figura/fundo- Bidimensional- Tridimensional- Semelhanças- Deformação- Estilização- Contrastes- Ritmo visual- Gênero- Técnica- Simetria/assimetria
- Arte Rupestre;- Elementos básicos das linguagem artísticas;- Produções / manifestações artísticas;- O que é arte?;- Arte Bizantina (Mosaico);- A importância das cores e a cor em nossas vidas (Cores Primárias, secundárias e terciárias, quentes e frias, disco cromático, policromia, monocromia, cores complementares);- Origami;- Afro brasileiro.
MÚSICA
- Altura- Duração- Timbre- Intensidade- Densidade
- Ritmo- Melodia- Harmonia- Intervalo melódico- Intervalo harmônico- Improvisação- Sonoplastia- Escalas
- Produção musical com materiais do cotidiano, como batida de copo e mãos;
81- Técnica
TEATRO
- Personagem- Expressão corporal- Vocais- Gestuais- Faciais.- Ação- Espaço Cênico
- Representação- Sonoplastia- Iluminação- Cenografia- Figurino- Caracterização- Adereços- Jogos Teatrais- Roteiro- Enredo- Gênero- Técnica- Improvisação- Manipulação
- Teatro de Sombras;
DANÇA
- MovimentoCorporal- Tempo- Espaço
- Formação- Sonoplastia- Coreografia- Técnica- Gênero- Cultural e espetáculo
- Historia da dança;
826ª SÉRIE E. F.
ÁREAS
CONTEUDOS ESTRUTURANTESELEMENTOS
FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERIODOS
CONTEÚDOS ESPECIFICOS
ARTES VISUAIS
- Ponto- Linha- Superfície- Textura- Volume- Luz- Cor
- Figurativa- Abstrata- Figura/fundo- Bidimensional- Tridimensional- Semelhanças- Deformação- Estilização- Contrastes- Ritmo visual- Gênero- Técnica- Simetria/assimetria
- Pop-art (Andy Warhol, Roy Lichtenstein e Romero Britto)- Op-art;- Arte circense (O Circo e o Cirque Du Soleil);- Natureza morta e Luz e sombra;- Historias em quadrinhos;- Desenho de observação;- Arte indígena;
MÚSICA
- Altura- Duração- Timbre- Intensidade- Densidade
- Ritmo- Melodia- Harmonia- Intervalo melódico- Intervalo harmônico- Improvisação- Sonoplastia- Escalas- técnica
- Instrumentos musicais;- Músicas Folclóricas e populares;
TEATRO
- Personagem- Expressão corporal- Vocais- Gestuais- Faciais.- Ação- Espaço Cênico
- Representação- Sonoplastia- Iluminação- Cenografia- Figurino- Caracterização- Adereços- Jogos Teatrais- Roteiro- Enredo- Gênero- Técnica- Improvisação- Manipulação
- Teatro de fantoche;
DANÇA
- MovimentoCorporal- Tempo- Espaço
- Formação- Sonoplastia- Coreografia- Técnica- Gênero- Cultural e espetáculo
- Composição coreográfica;- Coreografia com malabaris/ dança circense;
83
7ª SÉRIE E. F.
ÁREAS
CONTEUDOS ESTRUTURANTESELEMENTOS
FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERIODOS
CONTEÚDOS ESPECIFICOS
ARTES VISUAIS
- Ponto- Linha- Superfície- Textura- Volume- Luz- Cor
- Figurativa- Abstrata- Figura/fundo- Bidimensional- Tridimensional- Semelhanças- Deformação- Estilização- Contrastes- Ritmo visual- Gênero- Técnica- Simetria/assimetria
- Arte Egípcia;
- Pintura corporal/novos suportes para arte (pintura corporal como cultura, indígena, indiana, carnavalesca, estética, artística)
- Releitura;- Folclore brasileiro;
- Fotografia (fotografia e arte, Sebastião Ribeiro Salgado, história da fotografia)
MÚSICA
- Altura- Duração- Timbre- Intensidade- Densidade
- Ritmo- Melodia- Harmonia- Intervalo melódico- Intervalo harmônico- Improvisação- Sonoplastia- Escalas- Técnica
- Percussão corporal;
TEATRO
- Personagem- Expressão corporal- Vocais- Gestuais- Faciais.- Ação- Espaço Cênico
- Representação- Sonoplastia- Iluminação- Cenografia- Figurino- Caracterização- Adereços- Jogos Teatrais- Roteiro- Enredo- Gênero- Técnica- Improvisação- Manipulação
- Jogos teatrais;- A Máscara e o Teatro: Uma Historia Antiga (mascara no folclore, na arte indígena, no carnaval, na historia do teatro, etc.)
DANÇA
- MovimentoCorporal- Tempo- Espaço
- Formação- Sonoplastia- Coreografia- Técnica- Gênero- Cultural e espetáculo
- Dança como manifestação cultural;
848ª SÉRIE E. F.
ÁREAS
CONTEUDOS ESTRUTURANTESELEMENTOS
FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERIODOS
CONTEÚDOS ESPECIFICOS
ARTES VISUAIS
- Ponto- Linha- Superfície- Textura- Volume- Luz- Cor
- Figurativa- Abstrata- Figura/fundo- Bidimensional- Tridimensional- Semelhanças- Deformação- Estilização- Contrastes- Ritmo visual- Gênero- Técnica- Simetria/assimetria
- Historia da Escultura;- Arte ambiental ( Michael Heizer) ;- Arte ecológica (Sebastião Marcos Souza e Frans Krajacberg);- Surrealismo ( Salvador Dali, Frida Kahlo e René Magritte);- Literatura de cordel/Xilogravura;- Modernismo brasileiro e Tarsila do Amaral (focando na representação do negro e de temas tipicamente brasileiros);- Publicidade;
MÚSICA
- Altura- Duração- Timbre- Intensidade- Densidade
- Ritmo- Melodia- Harmonia- Intervalo melódico- Intervalo harmônico- Improvisação- Sonoplastia- Escalas
- Músicas Folclóricas e populares;- Bossa Nova;
TEATRO
- Personagem- Expressão corporal- Vocais- Gestuais- Faciais.- Ação- Espaço Cênico
- Representação- Sonoplastia- Iluminação- Cenografia- Figurino- Caracterização- Adereços- Jogos Teatrais- Roteiro- Enredo- Gênero- Técnica- Improvisação- Manipulação
- Origem do teatro;
DANÇA
- MovimentoCorporal- Tempo- Espaço
- Formação- Sonoplastia- Coreografia- Técnica- Gênero- Cultural e espetáculo
- Danças folclóricas e populares.
85REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BARBOSA, A. M. (Org). Inquietações e mudanças no ensino da arte. São Paulo: Cortez, 2002.
BOSI, Alfredo Reflexões sobre arte. São Paulo: Ática, 1991.BRASIL, Leis, decretos etc. Lei 9394/969 Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, LDB. Brasília, 1996.
CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO, Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de Historia e Cultura Afro-Brasileira e Africana. Brasília – 2004.
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ, Diretrizes Curriculares da Educação Básica. 2008.
FERRAZ, M; FUSARI, M. R. Metodologia do Ensino da Arte. 2ª Edição. São Paulo: Cortez, 1993.
FISCHER, Ernest. A necessidade da arte. Rio de Janeiro: Zahar, 1979.
JAPIASSU, R. Metodologia do ensino de Teatro. São Paulo: Papirus, 2001.
LAPONTE. L G. O Ensino da arte na Nova LDB: Resgate Histórico e Perspectivas. São Paulo: Perspectivas, 1996.
LOWENFELD, V.; BRITTAIN, L.W. Desenvolvimento da capacidade criadora. São Paulo: Mestre Jou, 1977.
OSTROWER, Fayga. Criatividade e processo de criação. Petrópolis: Vozes, 1987.
OSTROWER, Fayga. Universo da Arte. 7ª Edição. Rio de Janeiro: Campos, 1991.
OSTROWER, Fayga. Universo da arte. Rio Janeiro: Campus, 1983.
PARANÁ. Secretaria de estado de Educação. Departamento de Ensino Médio. Orientações curriculares – Arte – Semana Pedagógica. Fevereiro/2006.
PARANÁ. Secretaria de Estado de Educação. Superintendência da Educação. Diretrizes Curriculares de arte para ensino médio. Versão preliminar. Julho/2006.
PARANÁ. Currículo Básico para a Escola Publica do Estado do Paraná. SEED: Curitiba, 1992.
PILLAR, A. D. (org) A Educação do Olhar e o Ensino das artes. Mediação. Porto Alegre, 1999.
8631.2 CIÊNCIAS – ENSINO FUNDAMENTAL
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Ao longo da história, a ciência vem sofrendo modificações na sua representação e nas
formas de produção. Nesse aspecto, a história das ciências passa a ser fundamental para
entendermos o que realmente é a ciência. É dentro dessa perspectiva histórica, que
definiremos que ciência é um processo continuo de confirmação e retificação de saberes
produzidos pelo homem, visando entender e explicar racionalmente a natureza, em busca de
regularidades que permitam a interferência e a modificação do ambiente que o cerca. Assim
como o homem, a ciência é um projeto inacabável, sujeito a constantes mudanças de rumos.
O Currículo de Ciências no Ensino Fundamental embasado na “Corrente teórica”
denominada “Movimento Ciência, Tecnologia e Sociedade” e nos conhecimentos físicos,
químicos e biológicos favorecerá a reflexão, a contextualização e a articulação de conteúdos
específicos propiciando uma análise sobre a relação entre a ciência, a tecnologia e a
sociedade. Essa abordagem do Currículo potencializará a função social da disciplina pois,
orienta uma tomada de consciência por parte dos alunos e, consequentemente influi na tomada
de decisões desses sujeitos como agentes transformadores.
Para conceituar ciência, segundo DCEs (2008, p.41) é necessário considerar […] um
conjunto de descrições, interpretações, teorias, leis, modelos, etc, visando ao conhecimento de
uma metodologia especial (metodologia científica) (FREIRE – MAIA, 2000, p.24)
A ciência portanto está em constante evolução o que permitiu sua apropriação por
meio da compreensão dos fenômenos naturais, proporcionando ao ser humano uma cultura
científica capaz de gerar transformações sociais, econômicas, éticas e políticas.
OBJETIVOS
Espera-se que ao final do Ensino Fundamental os alunos sejam capazes de:
Compreender a natureza como um todo dinâmico, sendo o ser humano, parte
integrante e agente de transformações do mundo em que vive, em relação essencial
com os demais seres vivos e outros componentes do ambiente;
87 Identificar relações entre conhecimento cientifico, produção de tecnologia e
condições de vida, no mundo de hoje e em sua evolução histórica;
Questionar, diagnosticar e propor soluções para problemas reais e partir de
elementos das ciências naturais, colocando em prática os conceitos científicos.
Compreender a saúde como bem individual e coletivo que deve ser promovido
pela ação coletiva;
Compreender a tecnologia como meio para suprir necessidades humanas,
distinguindo usos corretos e necessários daqueles prejudiciais ao equilíbrio da
natureza e ao homem.
CONTEÚDOS
5ª Série - Ensino Fundamental
Conteúdos Estruturantes:
Astronomia
Matéria
Sistemas Biológicos
Energia
Biodiversidade
Conteúdos Básicos de Astronomia
Universo
- Galáxias
- Movimento do Universo
Sistema Solar
- Geocentrismo
- Heliocentrismo
Movimentos Terrestres e Celestes
- Rotação
- Translação
- Estações do ano
Conteúdos Básicos de Matéria
88 Constituição da matéria
- Conceito da matéria
- Atmosfera terrestre primitiva
- Camadas atmosféricas
- Solos
- Rochas
- Minerais
- Água
Conteúdos Básicos de Sistemas Biológicos
Níveis de Organização
- Organismo
- Sistemas
- Órgãos
- Tecidos
- Células unicelular e pluricelular
- Procarionte
- Eucarionte
- Autótrofo
- Heterótrofo
Conteúdos Básicos de Energia
Formas de Energia
- Energia elétrica
- Energia eólica
Conversão de Energia
- Fontes de energia renováveis e não-renováveis
Transmissão de Energia
- Mudanças de estado físico
Conteúdos Básicos de Biodiversidade
89 Organização dos Seres Vivos
- Diversidade das espécies
- Extinção de espécies
- Comunidade
- População
Sistemática
- Classificação dos seres vivos
- Categorias taxonômicas
- Filogenia
- Populações
Ecossistemas
- Conceito de biodiversidade
- Ecossistemas (dinâmica e características)
Evolução dos Seres Vivos
- Teorias evolutivas
6ª Série - Ensino Fundamental
Conteúdos Estruturantes:
Astronomia
Matéria
Sistemas Biológicos
Energia
Biodiversidade
Conteúdos Básicos de Astronomia
Movimentos Terrestres e Celestes
- Eclipse do Sol
- Eclipse da Lua
- Fases da Lua
- Constelações: dias e noites
Astros
- Constituição físico-química dos astros (do Sol)
90
Conteúdos Básicos de Matéria
Constituição da matéria
- Composição do planeta Terra primitivo
- A Terra antes do surgimento da vida
- Atmosfera terrestre primitiva
- Crosta terrestre
- Manto terrestre
- Núcleo terrestre
- Estrutura química da célula
Conteúdos Básicos de Sistemas Biológicos
Célula
- Teoria celular
- Tipos celulares
- Mecanismos celulares
- Estrutura celular
- Fotossíntese
- Reserva energética
Morfologia e Fisiologia dos Seres Vivos
- Características gerais dos seres vivos, órgão e sistemas animais e vegetais
Conteúdos Básicos de Energia
Formas de Energia
- Energia luminosa
- Energia térmica
Conversão de Energia
- A interferência da energia luminosa nos seres vivos
- Sistemas ectotérmicos
- Eletromagnetismo
- Conversão de energia potencial em cinética
Transmissão de Energia
91- Irradiação
Sistemas de transmissão de energia
Conteúdos Básicos de Biodiversidade
Organização dos Seres Vivos
- Deriva continental
- Diversidade das espécies nos 5 reinos
- Extinção de espécies
Sistemática
- Classificação dos seres vivos
- Categorias taxonômicas
- Filogenia
- Populações
Ecossistemas
- Eras geológicas
Interações Ecológicas
- Interações ecológicas
- Sucessões ecológicas
- Cadeia alimentar
- Seres autótrofos e heterótrofos
Origem da vida
- Conceito de biodiversidade
- Biogênese
- Teorias sobre o surgimento da vida
- Geração espontânea
7ª Série - Ensino Fundamental
Conteúdos Estruturantes:
Astronomia
Matéria
Sistemas Biológicos
Energia
92 Biodiversidade
Conteúdos Básicos de Astronomia
Movimentos Terrestres e Celestes
- A esfera terrestre e seu sistema de coordenadas
- A esfera celeste e suas coordenadas
Origem e evolução do Universo
- Teorias sobre a origem do Universo (Teorias Cosmogônicas)
- Modelos do Universo finito
- Modelos de Universo infinito
- Modelos de Universo inflacionário
- Modelos de Universo em expansão
- Teoria da relatividade e a cosmologia moderna
Conteúdos Básicos de Matéria
Constituição da matéria
- Conceito da matéria
- Átomos
- Modelos atômicos
- Elementos químicos
- Íons
- Ligações químicas
- Substâncias
- Reações químicas
- Funções químicas inorgânicas
- Ácidos
- Sais
- Bases
- Óxidos
- Lei da conservação da massa
- Compostos orgânicos
93Conteúdos Básicos de Sistemas Biológicos
Célula
- Mecanismos celulares
- Estrutura celular
- Respiração celular
- Fotossíntese
- Reserva energética
Morfologia e Fisiologia dos Seres Vivos
-Órgãos e sistemas animais e vegetais
- Estrutura e funcionamento dos tecidos
- Tipos de tecidos
- Mecanismos biológicos de diferentes seres vivos
- Sistemas comparados (aspectos evolutivos)
- Sistemas exclusivos de algumas espécies
- Diversidade de estruturas e sistemas de acordo com os diferentes grupos de seres
vivos e suas particularidades, como por exemplo, sistema digestório, sistema cardiovascular,
sistema excretor, sistema urinário sistema epitelial nos humano (cor da pele e ideia de
racismo).
Conteúdos Básicos de Energia
Formas de Energia
- Energia mecânica
- Energia térmica
- Energia luminosa
- Energia elétrica
- Energia química
- Energia eólica
Conteúdos Básicos de Biodiversidade
Evolução dos Seres Vivos
- Teorias evolutivas
948ª Série - Ensino Fundamental
Conteúdos Estruturantes:
Astronomia
Matéria
Sistemas Biológicos
Energia
Biodiversidade
Conteúdos Básicos de Astronomia
Astros
- Estrelas
- Planetas
- Planetas anões
- Satélites naturais
- Anéis
- Meteoros
- Meteoritos
- Cometas
Conteúdos Básicos de Matéria
Propriedades da matéria
- Massa
- Volume
- Densidade
- Compressibilidade
- Elasticidade
- Divisibilidade
- Indestrutibilidade
- Impenetrabilidade
- Maleabilidade
- Ductibilidade
- Flexibilidade
95- Elasticidade
- Permeabilidade
- Condutividade
- Dureza
- Tenacidade
- Cor
- Brilho
- textura
- Odor
Conteúdos Básicos de Sistemas Biológicos
Morfologia e Fisiologia dos Seres Vivos
- Sistema sensorial
- Sistema reprodutor
- Sistema endócrino
- Sistema nervoso
Mecanismos de Herança Genética
- Noções de hereditariedade
- Cromossomos
- Gene
- DNA
- RNA
- Mitose
- Meiose
Conteúdos Básicos de Energia
Conversão de Energia
- Sistemas semi-conservativos
- Ciclos de matéria
- Eletromagnetismo
- Movimentos
- Velocidade
96- Aceleração
- Colisões
- Trabalho
- Potência
Transmissão de Energia
- Irradiação
- Convecção
- Condução
- Sistemas de transmissão de energia
- Leis de Newton
- Máquinas simples
- Sistemas mecânicos
- Equilíbrio de forças
Conteúdos Básicos de Biodiversidade
Interações ecológicas
- Ciclos biogeoquímicos
- Relações interespecíficas
- Relações intraespecíficas
ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
Para efetivação do Currículo de Ciências na escola é preciso que os participantes do
processo de ensino e aprendizagem partilhem da concepção de ciências como construção
humana, cujos conhecimentos científicos são passíveis de alteração ao longo da história da
humanidade e marcados por intensas relações de poder. A partir dessa concepção da ciência, o
tratamento dos conteúdos na escola, exige conhecimentos científicos de outras ciências para
explicar os inúmeros fenômenos naturais que ocorrem no mundo. A Química, a Física, a
Biologia, a Geociências, a Astronomia, e outras áreas contribuem significativamente para o
estudo, a explicação e a compreensão dos fenômenos naturais, objeto de estudo da disciplina
de Ciências.
97Para explorar o ensino de Ciências Naturais, o conhecimento cientifico é fundamental,
mas não o suficiente. É essencial considerar o desenvolvimento cognitivo dos estudantes,
relacionando as suas experiências, sua idade, sua identidade cultural, social e os diferentes
significados e valores que as ciências naturais podem ter para eles, para que a aprendizagem
seja significativa.
É sempre necessária a mediação do professor, apontando relações, questionado a
classe com perguntas e problemas, trazendo exemplos, organizando o trabalho com vários
materiais provenientes da natureza, da tecnologia, textos variados, ilustrações, etc. Neste
momento os estudantes expressam seus conhecimentos prévios, de origem escolar ou não, e
irão reelaborar seu entendimento acerca do conteúdo ensinado. Segundo as DCEs (2008,
p.68), o professor de Ciências, responsável pela mediação entre o conhecimento científico
escolar representado por conceitos e modelos e as concepções alternativas dos estudantes,
deve lançar mão de encaminhamentos metodológicos que utilizem recursos diversos,
planejados com antecedência, para assegurar a interatividade no processo ensino-
aprendizagem e a construção de conceitos de forma significativa pelos estudantes.
Os procedimentos são diferenciados e se referem à experimentação, a comparação, a
elaboração de hipóteses e suposições, ao debate oral sobre hipóteses, ao estabelecimento de
relações entre fatos ou fenômenos e ideias, à leitura e escrita de textos informativos, à
elaboração de roteiros, de pesquisas bibliográficas, à busca de informações em fontes
variadas, à elaboração de questões, à organização do conhecimento ensinado por meio de
desenhos, tabelas, gráficos, esquemas e textos. Certos temas no ensino de ciências podem ser
objeto de observações diretas e / ou de experimentação, outros poderão ser investigados por
meio de entrevistas ou pesquisas de opinião.
AVALIAÇÃO
A avaliação escolar tem o intuito de buscar caminhos para o aprendizado do aluno,
deve ser contínua e cumulativa, em relação ao desempenho dos estudantes com a prevalência
dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos. Por isso, entendemos a avaliação como uma
observação contínua do processo-aprendizagem, sendo possível verificar o aprendizado do
aluno. São instrumentos de avaliação trabalhos individuais de pesquisa ou em grupos,
98resolução de questões, relatórios, exposição visual/oral de trabalho, provas objetivas e
subjetivas. O s critérios de avaliação serão condizentes com o conteúdo e os instrumentos
utilizados, levando em consideração a capacidade do aluno de identificar, investigar e
compreender os temas propostos de forma consciente e crítica, alcançando dessa forma uma
aprendizagem significativa.
Se o mesmo não atingir êxito nas atividades será oportunizada recuperação paralela de
conteúdos, possibilitando a recuperação de notas.
BIBLIOGRAFIA
PARANÁ. Currículo Básico para a Escola Pública do Estado do Paraná
Ed. Positivo. Coleção Ciências. Cecília Valle.
31.3 EDUCAÇÃO FÍSICA – ENSINO FUNDAMENTAL
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Diante da análise de algumas das abordagens teóricas que sustentaram historicamente
as teorizações em Educação Física escolar no Brasil, desde as mais reacionárias até as mais
críticas opta-se, nestas Diretrizes Curriculares, por interrogar a hegemonia que entende esta
disciplina tão somente como treinamento do corpo, sem nenhuma reflexão sobre o fazer
corporal.
Dentro de um projeto mais amplo de educação do Estado do Paraná, entende-se a
escola como um espaço que dentre outras funções, deve garantir o acesso aos alunos ao
conhecimento produzido historicamente pela humanidade.
Nesse sentido, partindo de seu objeto de estudo e de ensino, Cultura Corporal, a
Educação Física se insere neste projeto ao garantir o acesso ao conhecimento e à reflexão
crítica das inúmeras manifestações ou práticas corporais historicamente produzidas pela
humanidade, na busca de contribuir com um ideal mais amplo de formação de um ser
humano crítico e reflexivo, reconhecendo-se como sujeito, que é produto, mas também
agente histórico, político social e cultural.
OBJETIVOS
99 Garantir o acesso ao conhecimento e à reflexão crítica das inúmeras manifestações ou
práticas corporais historicamente produzidas pela humanidade.
Compreender a Educação Física sob um contexto mais amplo, e entender que ela é
composta por interações que se estabelecem nas relações sociais , políticas, econômicas e
culturais dos povos.
Pesquisar e discutir questões históricas dos esportes, como: sua origem, sua evolução,
seu contexto atual.
Vivenciar prática dos fundamentos das diversas modalidades esportivas.
Estudar a origem dos diferentes esportes e mudanças ocorridas com os mesmos, no
decorrer da história.
Contribuir para que ampliem sua consciência corporal e alcancem novos horizontes
como sujeitos singulares e coletivos.
Compreender, por meio de discussões que provoquem a reflexão, o sentido da
competição esportiva.
Reconhecer o contexto social e econômico em que os diferentes esportes se
desenvolveram.
Reconhecer as possibilidades de vivenciar o lúdico a partir da construção de
brinquedos com materiais alternativos.
Estudar os jogos, as brincadeiras e suas diferenças regionais.
Vivenciar movimentos em que envolvam a expressão corporal e o ritmo.
Conhecer os diferentes ritmos, passos, posturas, conduções, formas de deslocamento,
entre outros elementos.
Estudar os aspectos históricos e culturais da ginástica geral.
Pesquisar e aprofundar os conhecimentos acerca da cultura Circense e cultura Afro.
Conhecer os aspectos históricos filosóficos, as características das diferentes
manifestações das lutas, assim como alguns de seus movimentos característicos.
CONTEÚDOS
100Conteúdo
EstruturanteConteúdo Básico Conteúdo Específico
Esporte
Coletivos Futebol, voleibol, punhobol, handebol, futebol de salão, futevôlei.
Individuais Atletismo, tênis de mesa, tênis de campo, hipismo.
Radicais Skate, rappel, rafting, bungee jumping, surf.
Jogos e brincadeiras
Jogos e brincadeiras populares
Amarelinha, elástico, 5 amarias, caiu no poço, mãe pega, stop, bets, peteca, corrida de sacos, jogo do pião, queimada, polícia e ladrão.
Brincadeiras e cantigas de roda
Gato e rato, adoletá, capelinha d emelão, caranguejo, atirei o pau no gato, ciranda cirandinha, escravos de jó, lenço atrás, dança da cadeira.
Jogos de tabuleiro Dama, trilha, resta um, xadrez.
Jogos dramáticos Improvisação, imitação, mímica.
Jogos cooperativos Futpar, volençol, eco-nome, tato contato, olhos de águia, cadeira livre, dança das cadeiras cooperativas, salve-se com um abraço.
Dança
Danças folclóricas Fandango, quadrilha, dança de fitas, dança de são Gonçalo, frevo, samba de roda, batuque, baião, cateretê, dança do café, cuá fubá, ciranda, carimbó.
Dança de salão Valsa, merengue, forró, vanerão, samba, soltinho, xote, bolero, salsa, swing, tango.
Danças criativas Elementos de movimento (tempo, espaço, peso) quantidades de movimentos; improvisação, atividades de expressão corporal.
Danças circulares Contemporâneas, folclóricas, sagradas.
Ginástica
Ginástica rítmica Corda, arco, bola, maças, fitas.
Ginástica de condicionamento físico
Alongamentos, ginástica aeróbica, ginástica localizada, pular corda.
Ginástica Circense Malabares, tecido, acrobacias.
Ginástica geral Jogos gímnicos; movimentos gímnicos (balancinha, vela, rolamentos, paradas, estrela, rodante, ponte)
Lutas
Lutas de aproximação
Judô, luta olímpica, jiu-jitsu, sumô
Lutas que mantêm a distancia
Karatê, boxe, taekwondo
101Capoeira Angola, regional
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
Os conteúdos deverão ser desenvolvidos ao longo do Ensino Fundamental e Médio de
forma teórico – pratico. A educação física tem a função de contribuir para que os alunos se
tornem sujeitos capazes de reconhecer o próprio corpo, a adquirir uma expressividade
corporal consciente e refletir criticamente sobre as práticas corporais.
No encaminhamento proposto pelas diretrizes, o conhecimento é transmitido e
discutido com o aluno levando em conta o momento político, histórico, econômico e social
em que os fatos estão inseridos.
O conhecimento não significa abordar o conteúdo teórico, mas, sobre tudo,
desenvolver uma metodologia que tenha como eixo central a construção do conhecimento
pela práxis, isto é, proporcionar, ao mesmo tempo, a expressão corporal, o aprendizado das
técnicas próprias dos conteúdos propostos e a reflexão sobre o movimento corporal e cultural
Afro-brasileira e Africana tendo o reconhecimento e valorização da identidade, histórica e
cultura.
AVALIAÇÃO
A avaliação está vinculada ao Projeto Político Pedagógico da escola e tem referência o
progresso efetivo conquistado pelo aluno, que é a constatação e concretização da
aprendizagem.
Portanto, deve ser um processo contínuo para acompanhar o progresso do educando,
cumulativo no sentido de observar toda a apropriação do conhecimento cientifico e
permanente, quando percebendo dificuldades na apropriação dos saberes deverão ser
retomados propondo encaminhamentos diferentes que visem a superação das dificuldades
constatadas.
Deverá atender às prioridades dos objetivos e conteúdos propostos, e com isso, dentro
de uma perspectiva processual, facilitar a observação do aluno e seu desenvolvimento
passando a avaliar a partir dos conteúdos informais como o interesse, participação, respeito
102mutuo, solidariedade, superação de limites, organização para o trabalho em grupo
desenvolvido de forma contínua, ao longo de todo o desenvolvimento do processo ensino-
aprendizagem, isto é, deverá ser constante: no início, no decorrer e no final do processo.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Currículo Básico para a Escola Publica do Estado do Paraná
Diretrizes Curriculares da Educação Fundamentada da rede de Educação Básica do Estado do
Paraná
Orientações curriculares (Departamento de Ensino Médio) Fev. 2006-07-24
31.4 ENSINO RELIGIOSO – ENSINO FUNDAMENTAL
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Dentre os desafios para o Ensino Religioso na atualidade, pode-se destacar a
necessária superação das tradicionais aulas de religião e a inserção de conteúdos que tratem
da diversidade de manifestações religiosas, dos seus ritos, das suas paisagens e símbolos, sem
perder de vista as relações culturais, sociais, políticas e econômicas de que são impregnadas.
A liberdade de opção e expressão religiosa é um direito de toda pessoa porque, por meio da
religião, as pessoas conseguem respostas na compreensão de si mesmo e do mundo. A
Constituição Federal do Brasil garante em seu artigo 5º, parágrafo VI.
A disciplina de Ensino Religioso é parte integrante da formação básica do ser humano,
como pessoa e cidadão, vedada qualquer forma de doutrinação ou proselitismo. Nessa
perspectiva, todas as religiões podem ser tratadas como conteúdos na sala de aula,
proporcionando ao aluno o respeito à diversidade cultural e religiosa.
O Ensino Religioso tem como objetivo ampliar a abordagem curricular no que se
refere a diversidade religiosa, tendo o sagrado objeto de estudo desta disciplina, sem excluir a
possibilidade de outras tradições e conhecer manifestações religiosas. Essa concepção será
abordada através de conteúdos específicos da disciplina que privilegiará o estudo das
103diferentes manifestações do sagrado, possibilitando a análise e compreensão da experiência
religiosa, do universo cultural de diferentes grupos sociais.
Levando em conta a diversidade de posicionamentos sobre o tema, o propósito dessa
disciplina não é optar por uma defesa ou uma recusa da religião, mas sim, um estudo
científico e neutro acerca das diferentes formas de relação do homem com o sagrado.
Ao resgatar o sagrado o educando compreenderá que religião é um vínculo e o sagrado
é o mundo das coisas invisíveis, dos mistérios do que está além dos nossos sentidos, que
somente os olhos da fé podem explicar. Isso é o que difere o Sagrado do Profano.
OBJETIVOS
Buscar superar as tradicionais aulas de religião através do enfoque
pedagógico e o entendimento cultural sobre o sagrado e a diversidade
religiosa;
Oferecer subsídios para que o aluno entenda como os grupos sociais se
constituem culturalmente e como é sua relação com o sagrado;
Procurar contribuir para a superação das desigualdades etnico-religiosas;
Reconhecer que todas as pessoas tenham direito a vida, opção e expressão
religiosa;
Conhecer e respeitar a diversidade cultural, econômica, política, intelectual
e religiosa;
Proporcionar espaços para reflexões e discussões sobre o homem enquanto
ser pleno: que ama , sofre, sonha e transforma;
Saber usar a liberdade de forma responsável e consciente.
Proporcionar conhecimentos das diferentes religiões.
Possibilitar ao educando conhecimentos a respeito não só da experiência do
sagrado e também das organizações religiosas, bem como de fundamentos
de vida não religiosos, que levam a compreensão da realidade;
104
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:
PAISAGEM RELIGIOSA, SÍMBOLO, TEXTO SAGRADO
5ª Série
Introdução ao estudo das Religiões
- Respeito a diversidade Religiosa.
Organizações religiosas;
- Organizações que compõem os sistemas religiosos;
- Sistemas religiosos – forma de compreensão e de relação com o sagrado;
- Líderes religiosos – ex. : Budismo, Hinduísmo, Indígena, Taoísmo, Cristianismo,
etc.
Lugares sagrados;
- Caracterização dos lugares e templos sagrados: lugares de peregrinação, a
reverência de culto, de identidade, principais práticas e expressão do sagrado
nestes locais;
Textos orais e escritos – Sagrados;
- Ensinamentos sagrados transmitidos de forma oral e escrita pelas diferentes
culturas religiosas;
- Literatura oral e escrita (cantos, narrativas, poemas, orações, etc.);
Universo simbólico religioso;
- Os significados simbólicos dos gestos, sons, formas, cores e textos: nos ritos,
nos mitos;
- Os textos mitológicos;
- Relação mito-rito.
6ª Série
105 Temporalidade Sagrada
- Diferenças entre tempo sagrado e tempo profano
- A Criação do homem nas mais diversas culturas
- Calendários e festas
- Fechamento do ciclo, morte e recomeço.
Festas religiosas;
- Eventos organizados pelos diferentes grupos religiosas;
- Confraternização;
- Rememoração dos símbolos;
- Peregrinações;
- Festas familiares;
- Festas nos templos;
- Datas comemorativas;
Ritos;
- Práticas celebrativas das tradições, manifestações religiosas formadas por um
conjunto de rituais;
- Diferentes tradições, manifestações religiosas;
- Ritos de passagem;
- Mortuários;
- Outros ex: dança, candomblé, via sacra, festejo indígena e colheita, etc.
Vida e morte;
- Vida além da morte nas diversas tradições, manifestações religiosas;
- Ressurreição – ação de voltar a vida;
- Além da morte;
- Ancestralidade – vida dos antepassados que se tornam presente;
106- Outros
ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
As aulas de ensino religioso não podem ser aulas de catequese ou de classe de
catecúmenos. As instituições religiosas tem seus programas de Educação Religiosa que visam
suas doutrinas aos seus fieis, portanto a prática do ensino religioso nas escolas precisa de uma
definição bem clara de seus objetivos, antes mesmos da elaboração de seu currículo. A
elaboração de um currículo depende em muito da realidade vivencial (contexto) em que está
sendo elaborado.
A Educação Religiosa deve ser criativa, partindo da realidade ambiental e social dos
alunos, para preencher as carências detectadas na formação dos valores da criatura humana.
Assim, a cada aula, o professor deverá estar atento e sensível a acolhida e motivação da classe
e de cada aluno, possibilitando que todos se sintam bem e valorizados como pessoas.
A nossa postura enquanto educador, nossos gestos, e atitudes podem ser elementos
positivos ou negativos nesse processo. Não adianta falarmos em amor, perdão e partilha, se
agirmos de forma contraria, nosso exemplo de vida é fundamental, pois, os educandos são
bastante críticos a esse respeito.
Ao iniciar cada aula com atividades motivadoras (canto, vídeo, DVD, discussão
dirigida, etc.), que desperte os educandos para o tema a ser desenvolvido. As atividades não
são um fim em si; portanto, devem ser utilizadas para o exercício da criatividade e da critica
em liberdade. E importante não esquecer que a transformação ocorre na vida.
Toda a ação nas aulas de Ensino Religioso deve atingir o interior, as raízes de cada
educando que passa por nós, muitas vezes carentes de valores espirituais, buscando sua
identidade, e sem modelos positivos nos quais se espelhar. É preciso acreditar que a boa
semente lançada ao solo um dia germinará.
É nas aulas de Educação Religiosa que favorece o crescimento da religiosidade,
animando os educandos para uma vivência rica e cheia de prazer, que é a manifestação do
Deus criador, desejando que todos participem de sua obra e de seu plano de vida e felicidade.
107Nesse sentido, é integrado ao conteúdo de Ensino Religioso, a discussão referente aos
desafios educacionais contemporâneos, pois todas as suas temáticas se embricam nas
discussões propostas pela disciplina.
AVALIAÇÃO
A avaliação basear-se-á em instrumentos diversas: debates, reflexões, leitura, analises
críticas, discussões em grupo, produções textuais, ilustrações, encenações, dramatizações
entre outros.
Sendo assim, a avaliação visa o educar para o transcender, para a percepção de um
sujeito que faz escolhas conscientes, que busca a dignidade humana na sua amplitude, aspecto
tão primário para o agir em sociedade.
BIBLIOGRAFIA
Diretrizes Curriculares. Julho/2006
TONGU, Maria Izabel Oliveira, Alegria de Viver, editora Moderna, 2000
Mundo Jovem, Jornal de idéias, PUC, Porto Alegre,2006-07-24
CORREA, Avelino A . Schneiders, De Mãos Dadas, Ensino Religioso, editora
Scipione, 8ª edição,2002.
PARANÁ, Secretaria de Estado e Educação. Diretrizes Curriculares de Ensino Religioso para
a Educação Básica. Curitiba, 2008
31.5 GEOGRAFIA – ENSINO FUNDAMENTAL
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Estudar Geografia é uma forma de compreender o mundo em que vivemos, utilizando
como instrumento essencial para compreensão e intervenção na realidade social, ou seja, o seu
108campo de estudos é o espaço da sociedade, onde todos os seres vivos vivem e convivem ,
dentro de um processo de continua transformações .
[...]o objeto de estudo da geografia é o espaço geográfico, entendido como espaço produzido e
apropriado pela sociedade […] ( DIRETRIZES CURRICULARES, 2008,p 51)
As transformações que a sociedade produz em seu espaço, são hoje, mais intensas do
que no passado. Tudo que nos cerca se transforma rapidamente, dentro de uma dinâmica
global.
Nessa perspectiva o ensino da Geografia possibilita a apropriação do saber
geográfico, articulando conceitos básicos com outros mais complexos, como regionalização,
mundialização e globalização de forma que o educando compreenda o seu papel de cidadão e
assim atue conscientemente sobre a sua realidade. Sendo assim o ensino da geografia
desenvolve no educando a compreensão do mundo em que vive e o seu papel enquanto
sujeito atuante do espaço geográfico, entendido como aquele historicamente produzido pelo
homem, enquanto se organiza socialmente no espaço vivido, assegurando uma formação cujo
o objetivo final é o exercício da cidadania.
OBJETIVO GERAL
A disciplina tem por objetivo estudar as relações entre processos históricos na formação da
sociedade e o funcionamento da natureza por meio de leitura do lugar, dos territórios e das
diversas paisagens, oferecendo assim instrumentos que ajudam o aluno compreender
criticamente o mundo em que vive, situar-se nele e atuar de modo a transformá-lo,
priorizando o desenvolvimento de relações justas entre homens e valorizando práticas de
conservação da natureza, transformando a educação ambiental em cidadania ambiental.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Dimensão econômica do espaço geográfico
Dimensão socioambiental do espaço geográfico
Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico
109 Dimensão política do espaço geográfico
CONTEÚDOS BÁSICOS
5ª Série
Sistema de circulação de mercadorias, pessoas e capitais
Sistema de produção industrial, agroindústria e informações
Os setores da economia
Noção de tempo e espaço
Espaço geográfico, paisagem natural e humanizada
A cartografia como instrumento na aproximação dos lugares e do mundo
Os movimentos da Terra e suas influencias(rotação e translação)
Recursos naturais
Circulação e poluição atmosférica e mudanças climáticas
Problemas ambientais
População urbana e rural
Meios de comunicação
Regionalização do espaço geográfico
As grandes paisagens vegetais da terra
Espaço Paranaense- Localização e aspectos físicos
6ª Série
Distribuição espacial das atividades produtivas
Economia e desigualdade social
Sistema de produção industrial
Formação e Regionalização do território brasileiro
Regionalização do Paraná
Políticas regionais
A Formação da população brasileira: comunidades indígenas da região norte; região
centro oeste: A vida no Xingu.
110População paranaense
O ambiente urbano e rural
Movimentos sócio-ambientais
Rios e bacias hidrográficas
Ocupação de áreas irregulares
Desigualdade social e problemas ambiental
Êxodo rural
Urbanização
Fatores e tipos de migração e imigração, suas influências no espaço geográfico
As manifestações sócio espaciais da diversidade cultural.
7ª Série
Economia mundial
Acordos e blocos econômicos
Paraná e o Mercosul
Dependência tecnológica
As diversas regionalizações do espaço geográfico
Globalização
Formação e regionalização do continente americano
A Formação histórica do continente americano - povos pré colombianos
População da América: diversidade étnica e cultural
Personalidades: Malcon X e Martin Luther King.
Problemas ambientais
Formação, localização, exploração e utilização de recursos naturais.
Formações e conflitos étnicos, religiosos e raciais
Diversidade étnica e cultural da América
Transformação demográfica e distribuição espacial da população americana.
8ª Série
A distribuição das atividades produtivas no espaço mundial
A Revolução Tecnocientífica informacional e os novos arranjos no espaço geográfico.
Globalização
Política e economia paranaense
111Globalização e Direitos humanos: o continente africano; personalidade: Nelson
Mandela
Conflitos mundiais
Políticas ambientais
Órgãos internacionais
Mudanças climáticas e problemas ambientais globais
Formação e conflitos étnicos, religiosos e raciais
A identidade nacional e o processo de globalização
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
A metodologia de ensino-aprendizagem esta centrada em uma concepção de educação
que relaciona ensino e pesquisa, enfatizando o professor como mediador de aprendizagem, do
estudante como agente da construção do conhecimento e da avaliação como processo.
Análise e compreensão do espaço geográfico, enquanto expressão da interação
sociedade – natureza, pois indica a superação da abordagem compartimentada da Geografia.
Segundo esses pressupostos, a natureza é concebida como recurso para as atividades
humanas. Nesse sentido, o desafio educacional contemporâneo “Meio Ambiente” é temática
constante da disciplina.
O conjunto de temas pode favorecer a trabalho multidisciplinar e reflexivo uma vez
que apontam os possíveis vínculos de transversalidade entre os mesmos, pois fornece
sugestões que propiciam a busca de informações por parte do educando. Dessa forma amplia-
se a possibilidade de reflexão e relação com a realidade local e paranaense.
AVALIAÇÃO
Entendemos a avaliação como uma observação continua do processo
ensino/aprendizagem e não como instrumento para quantificar o conhecimento do aluno. Ao
avaliar, o professor tem condições de diagnosticar os problemas relacionados à aprendizagem.
Se forem umas questões cognitivas ou afetivas, por exemplo, se estão relacionadas a
uma dificuldade ou a um bloqueio.
112O objetivo é considerar o aluno por inteiro, como pessoa que realiza progressos.
Essa avaliação estabelece critérios como:
Leitura e interpretação de textos produzidos em diferentes linguagens (fotos,
mapas, imagens)
Escrita organizada e produção de textos
Expressão oral e exposição de textos
Pesquisas bibliográficas, tabelas, gráficos, relatórios, construção de maquetes
A avaliação colabora com o professor na prática pedagógica, quando torna – se um
instrumento para inovação e retomada de encaminhamentos que devem ser revistos, ajustados
ou reconhecido como adequados para o processo de aprendizagem, portanto ao aluno que não
conseguir sucesso nas avaliações propostas,será proporcionado uma retomada de conteúdos,
através de novas praticas metodológicas e logo após sera oferecido a recuperação paralela de
notas.
BIBLIOGRAFIA
ADAS, Melhem. Noções básicas de Geografia
CASTELLAR Sonia. Valter Maestro. Coleção Geografia FNDE. Ministério da Educação.
CENPEC. Ensinar e Aprender. Imprensa Oficial do Governo do Paraná
SIMIELLI, Maria Elena. Primeiros mapas: como entender e construir. Ed. São Paulo:
Ática,1996.
PARANÁ. Diretrizes Curriculares da Educação – GEOGRAFIA, 2008.
PARANÁ. Secretaria de Estado do Educação. Instrução nº 04/2005 SUED Paraná,
Curitiba,1990.
11331.6 HISTÓRIA – ENSINO FUNDAMENTAL
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
As mudanças no Ensino da História, apesar de sempre presente nos currículos
escolares já assumiu diversas caracterizações. Dentre elas:
A História Civil relacionada com a História Sagrada, ou seja, o ensino para
a catequese. O ensino era meramente a transmissão do programa oficial,
reduzindo o saber à repetição;
A História da Nacionalidade, que visava dois papeis: o civilizatório e o
patriótico. Nesse contexto modelou-se a formação do cidadão que defendia
a pátria;
A História Geral, que surge com o processo de industrialização, apresenta a
democracia racial como pano de fundo e é marcada também pelos
postulados estado-novistas;
Estudos Sociais, Consolidados pela Lei 5.692/71, que diluem os conteúdos
tanto da disciplina de História quanto de Geografia. Essa fusão teve marcas
da ideologia militarista, que estamos tentando revisar até hoje;
História crítica, que se contrapõe a imagem redutora da disciplina,
buscando desenvolver, mais que alunos críticos, cidadãos capazes de
analisar os processos históricos em que estão inseridos;
Portanto o entendimento da História Crítica é fundamental para articular um ensino
pautado no desvelamento das contradições da sociedade.
É necessário pensarmos a História enquanto conhecimento ampliado, tanto pelos
historiadores, com seus estudos teóricos (fontes documentais), como pela aproximação com
as demais áreas de ensino (interdisciplinaridade).
Define-se, assim, a importância do conhecimento histórico como elemento
fundamental para a compreensão social. É por isso que a História desempenha papel relevante
na formação da cidadania, possibilitando uma visão reflexiva sobre a pessoa enquanto
114indivíduo e elemento de um grupo. Somente nesse momento conseguiremos formar jovens
que respeitem e compreendam a importância do outro na sociedade.
OBJETIVO GERAL
Compreender as características da sociedade atual, identificando às relações sociais e
econômicas, os regimes políticos, a diversidade cultural e as questões ambientais comparando
– as com as características de outros tempos e lugares, percebendo assim a relação entre
passado e presente e consequentemente com o futuro.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Identificar relações sociais no seu próprio grupo de convívio, na localidade,
na região e no país, e outras manifestações estabelecidas em outros tempos
e espaços;
Situar acontecimentos históricos e localizá-los em uma multiplicidade de
tempos e relações;
Reconhecer que o conhecimento histórico é parte de um conhecimento
interdisciplinar;
Compreender que as histórias individuais são partes integrantes de histórias
coletivas;
Reconhecer e respeitar o modo de vida de diferentes grupos, em diversos
tempos e espaço, em suas manifestações culturais, econômicas, políticas e
sociais, reconhecendo semelhanças e diferenças entre eles, continuidades e
descontinuidades, conflitos e contradições sociais;
Questionar sua realidade, identificando problemas e possíveis soluções,
conhecendo formas político-institucionais e organizações da sociedade
civil que possibilitem modos de atuação;
115 Dominar procedimentos de pesquisa escolar e de produção de texto,
aprendendo a observar e colher informações de diferentes paisagens e
registros escritos, iconográficos, sonoros e materiais;
Respeitar o direito de cidadania dos indivíduos, dos grupos e dos povos
como condição de efetivo fortalecimento da democracia, mantendo-se o
respeito as diferenças e a luta contra as desigualdades.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Os conteúdos têm importância fundamental na estimulação do desenvolvimento
cognitivo dos alunos e consequentemente no processo de ensino aprendizagem, sendo assim a
seleção dos conteúdos devem nortear o trabalho pedagógico e o professor deve estar atento a
articulação dos mesmos.
“Os conteúdos estruturantes que organizam o ensino de História nestas Diretrizes são as relações de trabalho, as relações de poder e as relações culturais. Eles tratam das ações e relações humanas no tempo, articulando o ensino e a pesquisa em História. Os conteúdos estruturantes se desdobram em conteúdos básicos/ temas históricos e, por fim, nos específicos. Dessa forma, todos tem a possibilidade de relacionar-se entre si. Na disciplina de História os conteúdos básicos são os temas históricos, pois esta é a abordagem que se articula com os fundamentos teórico-metodológicos expressos neste documento”. (Diretrizes Curriculares da Educação Básica – História 2008)
CONTEÚDOS BÁSICOS
5ª Série
Introdução aos estudos históricos;
A humanidade e a história;
Surgimento e desenvolvimento da humanidade;
As primeiras civilizações na África, Europa e Ásia;
Reinos africanos e contato com os europeus (história da África anterior aos
descobrimentos);
116 Arqueologia no Brasil (sítios arqueológicos);
Povos indígenas brasileiros e no Paraná;
Civilizações – Mesopotâmica, Africanas, Chinesa e Hindu;
Fenícios e Hebreus;
Civilização grega;
Ascensão e queda do Império Romano;
6ª Série
Feudalismo;
Reinos africanos;
Islamismo
China medieval
Renascimento e Humanismo;
Reforma e contrarreforma
As grandes navegações
Expansão marítima
Civilizações pré colombianas - Astecas, Maias e Incas
Povos indígenas do Brasil
Povos indígenas do Paraná
Colonização espanhola na América;
Colonização portuguesa na América;
Sistema colonial – Economia e Sociedade
A colonização e povoamento do Paraná;
7ª Série
Africanos no Brasil – Dominação e resistência
117 Escravidão e Abolição no Paraná
O processo de colonização na América portuguesa
A sociedade mineradora
A revolução inglesa
Revolução Industrial;
Iluminismo;
A formação dos Estados Unidos
Revolução Francesa;
A era napoleônica
Independências na América
A emancipação política do Brasil
Primeiro Reinado
Período Regencial
Segundo Reinado
Abolição e República
Emancipação do Paraná (1853);
Revolução Federalista e Contestado
Os Estados Unidos no século XIX
8ª Série
Imperialismo;
Primeira Guerra Mundial;
Revolução Russa;
Movimento Tenentista no Paraná
118 República velha – Dominação e resistência
Capitalismo
Totalitarismo – Fascismo e Nazismo
Segunda Guerra Mundial;
Era Vargas
Guerra Fria;
Populismo e Ditadura Militar
Nova ordem mundial
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
Com base nas Diretrizes Curriculares de História - PR os encaminhamentos
metodológicos dar-se-ão mediante os objetos de estudo dos processos históricos e ações
professor-aluno/aluno-professor, através de problematizações, fazendo com que seja possível
o relacionar do passado e o presente. Revolução Francesa;Revolução Francesa;Revolução
Francesa;Revolução Francesa;
Também compreender-se enquanto sujeito da história, ultrapassando os limites dos
livros didáticos, através de análises de outros documentos, pesquisas bibliográficas,
documentários audiovisuais e fotografia. Enfim, possibilitando aos alunos a análise da
diversidade de produção historiográfica em suas dimensões culturais, econômica, política e
social, nesse ínterim se destaca a História e Cultura Afro Brasileira, Africana e Indígena que
será abordada de forma integralizada de acordo com o conteúdo trabalhado.
Por meio dessa metodologia é possível que o aluno possa tomar consciência de suas
ações enquanto sujeito histórico, o que implica na possibilidade de transformação do futuro.
AVALIAÇÃO
119No processo de avaliação é importante considerar o conhecimento prévio, as hipóteses
e os domínios dos alunos e relacioná-los com as mudanças que ocorrem no processo de ensino
aprendizagem. O professor deve identificar a apreensão de conteúdos, noções, procedimentos
e atitudes como conquistas dos estudantes, comparando o antes , o durante e o depois. A
avaliação não deve mensurar simplesmente fatos ou conceitos assimilados. Deve ter um
caráter diagnóstico e possibilitar o educador avaliar o seu próprio desempenho como docente,
refletindo sobre as intervenções didáticas e outras possibilidades de como atuar no processo
de aprendizagem dos alunos.
Sendo assim a avaliação de história será diagnóstica e continua, utilizando-se de
diferentes instrumentos, tais como:
Seleção e organização de informações, etc.;
Comparação, leitura e interpretação de textos;
Interpretação de gráficos, quadros (pinturas), esculturas;
Pesquisa e organização de dados históricos;
Trabalhos coletivos e seminários;
Provas com questões objetivas e subjetivas;
O aluno que não obtiver êxito desejado nas avaliações propostas, poderá
fazer recuperação paralela de conteúdos e notas;
Será oportunizado a retomada de conteúdos e consequentemente a recuperação de
notas, através de novas práticas metodológicas e avaliativas, para todos os alunos.
BIBLIOGRAFIA
MOCELLIN, Renato, Para compreender a história, 1ª edição, Curitiba, 2004
PARANÁ. Diretriz Curricular da Educação Básica – HISTÓRIA, 2008.
PETTA, Nicolina Luiza de/; OJEDA, Eduardo Aparício Baez, História uma abordagem
integrada. 2ª edição, editora Moderna
120SILVA, Francisco de Assis, 1937 História/Francisco de Assis Silva. São Paulo, editora Moderna, 2001.
31.7 LÍNGUA PORTUGUESA – ENSINO FUNDAMENTAL
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Pensar numa proposta de Língua Portuguesa que atenda as necessidades reais de
nossos educandos, requer um olhar bastante coerente acerca do que ensinamos e para que
ensinamos o que ensinamos. Assim, entendemos que, o primeiro aspecto a ser considerado no
ensino da língua materna é o sujeito, o contexto ao qual ele se insere e a abordagem teórico –
metodológica a ser utilizada.
Partindo dessa concepção, uma proposta significativa de língua deve valorizar o uso
dessa língua em diferentes situações ou contextos sociais, com sua diversidade de funções e
sua variedade de estilos e modos de falar.
Uma proposta curricular que garanta a eficácia do que se ensina, necessita promover
um trabalho em sala de aula que privilegie a reflexão dos alunos sobre as diferentes
possibilidades de emprego da língua.
Assim, acreditamos que, para se alcançar os objetivos propostos nos apontamentos
acima, o trabalho de Língua Portuguesa necessita sobrepor-se a um mero ensino apenas
transmissivo, isto é, mais que oferecer aos alunos conceitos e regras prontas passíveis à
simples memorização que resulta numa aprendizagem centrada em automatismos e
reproduções mecânicas, é mister que seja propiciado um ensino no qual a ênfase esteja na
função social da língua, na diversidade de gêneros que circulam e, principalmente, a garantia,
do aluno, da capacidade de mecanismos para expressar suas ideias em diferentes situações,
bem como o desenvolvimento da sua criticidade e autonomia em seu contexto social.
Desse modo, conscientes da necessidade de o ser humano, posicionar-se na sociedade
de forma reflexiva e crítica, sobre o mundo que o cerca e, em especial, sobre a utilização da
linguagem como instrumento de interação social, precisamos para tanto, proporcionar
conhecimentos que o permitam compreender, analisar criticamente, interpretar e produzir
textos verbais e extra-verbais. Portanto, é numa perspectiva dialógica com o meio social que
121embasamos nossas práticas pedagógicas, pois acreditamos na humanização dos indivíduos por
meio de uma proposta dinâmica e funcional da língua.
OBJETIVO GERAL
O objetivo maior que norteia a referida proposta e proporciona um ensino de Língua
Portuguesa no qual seja garantido ao aluno o domínio da língua oral e escrita como
instrumento de acesso a uma vida social plena, estimulando-o a expor suas ideias e
experiências, enfim, tornando-se um sujeito capaz de construir e modificar sua própria
história, apropriando-se de competência discursiva e de recursos que o torne consciente dos
usos que faz da língua.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Ler criticamente, perceber a existência do sujeito que apresenta uma prática
histórica, uma visão-de-mundo, uma intenção;
Ler compreensivamente, o que implica responder ao texto, seja concordando ou
discordando dele;
Escrever para alguém ler, reconhecendo que o interlocutor é um dos
condicionantes de nossos textos e, em consequência, adequando-os às
circunstâncias de sua produção;
Escrever como trabalho expressivo, utilizando os processos estruturadores do texto
(coesão e coerência); adequando o texto às exigências socioculturais que
circundam a escrita (norma padrão e grafia oficial) e aos recursos expressivos da
língua realizando escolhas adequadas tanto à produção de um texto particular
(retórica da expressão), quanto à construção de um discurso próprio (estilo);
respeitando a especificidade de textos ficcionais (narrativos ou poéticos) e não
ficcionais (informativos e argumentativos);
Falar com fluência em situações formais diante de um conjunto plural de
interlocutores, em atividades de transmissão de informações, de exposição de
ideias, de troca de opiniões, de defesa de pontos-de-vista, de representação;
122 Falar adequando a linguagem às circunstâncias (aos interlocutores, ao assunto, às
intenções), utilizando a norma padrão oral quando isso for necessário;
aproveitando os imensos recursos expressivos da língua. E, principalmente,
praticando a convivência democrática;
Conhecer os conteúdos gramaticais (metalinguísticos); entendendo sua
funcionalidade no texto (epilinguística);
Instrumentalizar, por meio da prática de análise linguística significativa, o aluno
para a ampliação de sua competência discursiva, permitindo-o refletir, pensar e
atuar sobre os aspectos gramaticais dos textos;
Ampliar a cultura sem desvalorizar o sentido de lazer;
Conhecer a matéria cultural elaborada pela humanidade que nos precedeu;
Tomar contato com culturas de épocas diferentes, contrastando-os e/ou
assemelhando-os com os atuais;
Ter conhecimento de situações, reações dos outros e de nós mesmos, na medida
em que nos identificamos com os textos encontrados;
Proporcionar ao educando a observação e análise crítica de sua realidade em
outros prismas, possibilitando-lhe a oportunidade de uma nova compreensão da
atualidade;
Tornar o educando capaz de ler e situar o momento histórico do objeto de leitura.
Respeitar o texto literário enquanto OBRA DE ARTE;
Reconhecimento da participação histórica dos africanos e seus descendentes na
produção de riquezas materiais e culturais na África e no Brasil;
Ressignificação dos conceitos historicamente acumulados a respeito da África e
dos africanos e afro-descendentes.
Combate ao preconceito existente no contexto escolar, da conscientização da
necessidade de reconhecer e respeitar as diversidades étnicas e culturais.
CONTEÚDOS
5ª série 6ª série 7ª série 8ª série
123Conteúdos Básicos Conteúdos Básicos Conteúdos Básicos Conteúdos Básicos
Gêneros DiscursivosConto maravilhosoH.Q.Relato pessoalCarta pessoal Auto-biografiaE-mailDiárioBlogTexto de opiniãoCartazTiraFábulaCartumClassificadoPoesiaFotografiaQuadrinhasAnedotaChargeVerbeteLendaGráficoTabelaBilheteMúsica
Leitura- Tema do texto;- Interlocutor;- Finalidade;- Argumentos do texto;- Discurso direto e indireto;- Elementos composicionais do gênero;- Léxico;- Marcas linguísticas:coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos ( como aspas, travessão, negrito),
Gêneros DiscursivosNarrativa míticaPoemaPoema-imagemPublicidade institucionalDebateMancheteNotíciaEntrevistaAnúncio publicitárioTrovaPoema concretoCausoLegendaNarrativa de enigmaPropagandaProvérbioParódiaAdivinhaÁlbum de FamíliaBulaTrava-línguaCartãoConvite
Leitura- Tema do texto;- Interlocutor;- Finalidade do texto;- Argumentos do texto;- Contexto de produção;- Intertextualidade;- Informações explícitas e implícitas;- Discurso direto e indireto;- Elementos composicionais do gênero;- Léxico;- Ambiguidade;
Gêneros DiscursivosTexto teatralResenha CrônicaCarta do leitorCarta denúnciaTexto científicoSeminárioPinturaAnedotaHaicaiReceitaReportagemFilmeChargeResumoSinopse de filmeTexto instrucionalContoPesquisa
Leitura- Conteúdo temático;- Interlocutor;- Intencionalidade do texto;- Argumentos do texto;- Contexto de produção;- Intertextualidade;- Vozes sociais presentes no texto;- Elementos composicionais do gênero;- Relação de causa e consequência entre as partes do texto;- Marcas linguísticas:
Gêneros DiscursivosEditorialDebate regrado Texto dissertativo-argumentativoOutdoorFábulaArtigo de opiniãoResenha críticaRegulamentoRomanceCarta de reclamaçãoExposição oralPalestra
Leitura- Conteúdo temático;- Interlocutor;- Intencionalidade do texto;- Argumentos do texto;- Contexto de produção;- Intertextualidade;- Discurso ideológico presente no texto;- Vozes sociais presentes no texto;- Elementos composicionais do gênero;- Relação de causa e consequência entre as
124figuras de linguagem;- Leitura e interpretação de textos sobre a história e cultura afro-brasileira;- Leitura e interpretação de diferentes gêneros textuais produzidos por negros africanos e afro-descendentes.
Escrita- Contexto de produção;- Interlocutor;- Finalidade do texto;- Informatividade;- Discurso direto e indireto;- Elementos composicionais do gênero;- Divisão do texto em parágrafos;- Marcas linguísticas:coesão, coerência, função das classes
- Marcas linguísticas:coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos ( como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem;- Leitura e interpretação de textos sobre a história e cultura afro-brasileira;- Leitura e interpretação de diferentes gêneros textuais produzidos por negros africanos e afro-descendentes.
Escrita- Contexto de produção;- Interlocutor;- Finalidade do texto;- Informatividade;- Discurso direto e indireto;- Elementos composicionais do gênero;- Marcas linguísticas:coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos
coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos ( como aspas, travessão, negrito);- Semântica ( operadores argumentativos, ambiguidade, sentido figurado, expressões que denotam, ironia e humor no texto);- Leitura e interpretação de textos sobre a história e cultura afro-brasileira;- Leitura e interpretação de diferentes gêneros textuais produzidos por negros africanos e afro-descendentes.
Escrita- Conteúdo temático;- Interlocutor;- Intencionalidade do texto;- Informatividade; - Discurso direto e indireto;- Contexto de produção;- Intertextualidade;- Vozes sociais presentes no texto;- Elementos composicionais do gênero;
partes e elementos do texto;- Partículas conectivas do texto;- Progressão referencial no texto;- Marcas linguísticas:coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos ( como aspas, travessão, negrito);- Semântica (operadores argumentativos, polissemia, expressões que denotam, ironia e humor no texto);- Leitura e interpretação de textos sobre a história e cultura afro-brasileira;- Leitura e interpretação de diferentes gêneros textuais produzidos por negros africanos e afro-descendentes.
Escrita- Conteúdo temático;- Interlocutor;- Intencionalidade do texto;- Informatividade; - Contexto de produção;- Intertextualidade;- Vozes sociais presentes no texto;- Elementos composicionais do gênero;- Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do
125gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos ( como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem; - Ortografia;- Concordância verbal/nominal;- Linguagem verbal e não-verbal;- Língua e códigos;- Variedades linguísticas;- Emprego da letra H;- Classe de palavras (substantivo, adjetivo, artigo, numeral, pronome e verbo);- Fonologia ( fonema, letra, sílaba átona e tônica, encontros vocálicos, palavras oxítonas, paroxítonas e proparoxítonas); - Divisão silábica; - Acentuação gráfica (acentuação das oxítonas e dos monossílabos tônicos, acentuação das paroxítonas e acentuação das proparoxítonas);- Produção de textos de diferentes gêneros tendo como tema a diversidade étnica e cultural e a cultura afro-brasileira.
gráficos ( como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem;- Processo de formação de palavras- Acentuação gráfica ( acento diferencial e acentuação do hiato);- Ortografia;- Concordância verbal/nominal;- Verbo ( estrutura, verbo regular e irregular, formas nominais , locução verbal, tempos do subjuntivo);- Morfossintaxe: seleção e combinação das palavras; - Sujeito e predicado;- Tipos de sujeito: simples e composto;- Concordância do verbo com o sujeito simples e composto;- Verbo de ligação;- Predicativo do sujeito ;- Transitividade verbal: objeto direto e indireto;- Tipos de predicado;- Pronomes e coesão textual;- Função dos pronomes pessoais;- Preposições: combinação e contração;- Uso do Há ou A;- Uso do Mal/Mau;- Uso do Mais/Mas;- Uso do G e J;- Adjunto adnominal;- Adjunto adverbial;- Produção de textos
- Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;- Marcas linguísticas:coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos ( como aspas, travessão, negrito);- Concordância verbal/nominal;- Papel sintático e estilístico dos pronomes na organização, retomados e sequenciação do texto;- Semântica ( operadores argumentativos, ambiguidade, sentido figurado, significado das palavras,expressões que denotam, ironia e humor no texto);- O emprego da letra S;- O uso do X e CH;- O emprego da palavra PORQUE;- Sujeito indeterminado;- Oração sem sujeito;- Predicativo do objeto e predicativo verbo/nominal;- Complemento nominal;- Verbos impessoais;- Vozes do verbo;- Modo imperativo;- Ortoepia e prosódia;- Denotação e conotação;
texto;- Partículas conectivas do texto; -Progressão referencial no texto;- Marcas linguísticas:coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos ( como aspas, travessão, negrito);- Sintaxe de concordância; - Sintaxe de regência;- Processo de formação de palavras;- Vícios de linguagem;- Semântica ( operadores argumentativos, modalizadores, polissemia).- Plural dos substantivos e adjetivos compostos;- Adjetivos pátrios;- Adjetivos pátrios compostos;- Uso do C/Ç/SS;- Uso do E ou I/ O ou U;- Acentuação dos verbos TER e VIR;- Período composto por coordenação: orações coordenadas;- Período composto por subordinação: oração subordinada substantiva, adjetiva e adverbial;- Pronome relativo;- Emprego do pronome demonstrativo;
126
Oralidade- Tema do texto;- Finalidade;- Argumentos;- Papel do locutor e interlocutor;- Elementos extralinguísticos (entonação, pausas, gestos...);- Adequação do discurso ao gênero;- Turnos de fala;- Variações linguísticas;- Marcas linguísticas (coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos);- Debate e exposição oral sobre a História e Cultura Afro-brasileira e Africana.
de diferentes gêneros tendo como tema a diversidade étnica e cultural e a cultura afro-brasileira.
Oralidade- Tema do texto;- Finalidade;- Papel do locutor e interlocutor;- Elementos extralinguísticos (entonação, pausas, gestos...);- Adequação do discurso ao gênero;- Turnos de fala;- Variações linguísticas;- Marcas linguísticas (coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos);- Debate e exposição oral sobre a História e Cultura Afro-brasileira e Africana.
- Figuras de linguagens ( comparação, metáfora, personificação ou prosopopeia, hipérbole e eufemismo);- Coesão e coerência;- Conectivos;- Recursos gráficos;- Pontuação da construção do texto;- Conjunção ( coordenativas e subordinativas);- Período simples e composto;- Produção de textos de diferentes gêneros tendo como tema a diversidade étnica e cultural e a cultura afro-brasileira.
Oralidade- Conteúdo temático;- Finalidade;- Argumentos;- Papel do locutor e interlocutor;- Elementos extralinguísticos (entonação, expressões faciais, corporal e gestual, pausas ...);- Adequação do discurso ao gênero;- Turnos de fala;- Variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas...);- Marcas linguísticas (coesão, coerência, gírias, repetição);- Elementos
- Colocação pronominal;- Figuras de sintaxe;- O verso e seus recursos musicais.- Regência – crase;- Produção de textos de diferentes gêneros tendo como tema a diversidade étnica e cultural e a cultura afro-brasileira.
Oralidade- Conteúdo temático;- Finalidade;- Argumentos;- Papel do locutor e interlocutor;- Elementos extralinguísticos (entonação, expressões faciais, corporal e gestual, pausas ...);- Adequação do discurso ao gênero;- Turnos de fala;- Variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas...);- Marcas linguísticas (coesão, coerência, gírias, repetição, conectivos);
127semânticos;- Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições …);- Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito;- Debate e exposição oral sobre a História e Cultura Afro-brasileira e Africana.
- Elementos semânticos;- Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições …);- Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito;- Debate e exposição oral sobre a História e Cultura Afro-brasileira e Africana.
ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
A concepção assumida em Língua Portuguesa pressupõe ações pedagógicas que
objetivem a consolidação do conhecimento de forma crítica, reflexiva, engajada na realidade,
de modo a privilegiar a relação prática – teoria – prática na busca da apreensão das diferentes
formas de apresentação do saber. Nesse sentido, busca-se um planejamento que contemple a
reflexão sobre a linguagem, explorando os diferentes gêneros discursivos, com o objetivo de
analisar as práticas de linguagem, ou seja, oralidade, leitura, produção textual e análise
linguística.
A prática de leitura pressupõe a seleção de textos que caracterizem o seu uso social,
não meros enunciados, que não ultrapassem o ambiente escolar, ou mesmo de sala de aula.
Isto é, o texto visto na sua funcionalidade e situacionalidade, sempre buscando sua
contextualização, tanto no que se refere ao período de produção, quanto o de leitura e análise.
Promovendo leitura de diferentes linguagens (verbal e não-verbal): iconográfica (imagens,
desenhos, filmes, charges, cartuns, outdoors, telas, esculturas, entre outros), cinética (sonora,
olfativa, tátil, visual e gustativa) e alfabética, nos diferentes níveis.
128Os diferentes níveis de leitura constituem-se num meio para identificar, nos diversos
gêneros, os elementos de construção do texto, localizar as informações explícitas, fazer
ligação entre o conhecimento do aluno e o texto, bem como estabelecer relações intertextuais.
As atividades relacionadas à análise linguística devem ser ensinadas em seu uso
funcional, e não de forma fragmentada, pois o objetivo das atividades gramaticais e léxicas é
o de dar suporte adequado para as atividades orais, escritas e escuta de textos.
Para isso, faz-se necessário que as práticas voltadas para a produção oral e escrita de
textos de diferentes gêneros do discurso, sejam coordenadas por uma série de aspectos: o que
dizer, a quem dizer, como dizer, com que propósito dizer. Assim sendo, as propostas de
produção ganham significação, a mais próxima possível do uso funcional da linguagem na
sociedade.
Para a seleção de conteúdos essenciais do Ensino Fundamental e Médio, bem como
para as práticas de linguagem, foram utilizados os seguintes critérios: o perfil do aluno; a
diversidade cultural; a experiência social; nível de conhecimento. É importante destacar que
embora os conteúdos sejam os mesmos para os dois níveis de ensino, o que difere é o grau de
complexidade dos textos apresentados para a reflexão sobre a linguagem. A intervenção
também utiliza dos momentos propostos pelos concursos de redação que tratam dos desafios
educacionais contemporâneos, bem como uma mediação também fundamentada pelo uso dos
descritores da Prova Brasil.
AVALIAÇÃO
A avaliação do desenvolvimento e aprendizagem dos alunos deve estar em sintonia
com o planejamento do professor. Ela é parte integrante do projeto educacional da escola,
devendo partilhar de seus princípios fundamentais.
Avaliar, portanto, é parte da ação pedagógica, sendo a base da reflexão sobre o
processo de aprendizagem. É parte da ação pedagógica, trazendo reflexões sobre o processo
de aprendizagem e redimensionando o planejamento do professor, que precisa refletir sobre a
relação existente entre as propostas didáticas planejadas e a aprendizagem conquistada por
seus alunos.
129Por isso, a avaliação deve ser realizada em diferentes momentos, em situações
variadas, respeitando a singularidade dos alunos. Deve levar em conta não apenas o que foi
aprendido durante a aula, mas tudo o que está sendo apreendido em diversas instâncias e a
partir de outras mediações que não sejam só a do professor.
Para se analisar a perspectiva da avaliação como ação mediadora, é necessário que se
repense a postura do professor diante do processo avaliativo. É preciso reconhecer as relações
concretas entre a ação educativa e a avaliação, e buscar uma consciência coletiva do
significado desse processo.
A pedagoga Jussara Hoffmann define avaliação como:
uma das mediações pela qual se encorajaria a reorganização do saber. Ação,
movimento, provocação, na tentativa de reciprocidade intelectual entre os
elementos da ação educativa. Professor e aluno buscando coordenar seus
pontos de vista, trocando ideias, reorganizando-as [p. 67].
Partindo do fazer dos alunos, podemos ajudá-los a compreender os fenômenos que nos
cercam. É importante que o professor provoque, estimule esse processo de compreensão,
facilitando a relação sujeito-objeto. Uma ação avaliativa que leve em conta a mediação
envolve um complexo de processos educativos a serem desenvolvidos a partir da análise de
hipóteses formuladas pelos alunos, para que suas ações e manifestações visem essencialmente
o entendimento. Esses processos mediadores objetivam encorajá-los e orientá-los, indicando
um saber qualitativamente superior, através do aprofundamento do conhecimento que se tem e
da vivência de novas experiências proposta pelo professor.
Assim, corrigir é mais do que levar os alunos a substituírem respostas erradas por
respostas certas. É se fazer presente no processo de aprendizagem, observando a forma de
pensar dos alunos, problematizando as hipóteses levantadas e favorecendo a transformação da
hipótese inicial, sempre com o intuito de alcançar conhecimentos mais complexos.
Nessa perspectiva, a disciplina Língua Portuguesa, pela riqueza de atividades que
oferece, permite uma variedade de instrumentos de avaliação, que vão desde a verificação de
conhecimentos linguísticos (como leitura, interpretação e conhecimentos gramaticais) até a
produção de textos (individual e/ou em grupo), as atividades desencadeadas pela leitura
extraclasse, os seminários, os trabalhos criativos de representação teatral, declamações
130poéticas, exposições... Todas as atividades podem e devem ser permanentemente avaliadas,
considerando que a avaliação tenha o caráter diagnóstico.
A avaliação diagnóstica permite ao professor e ao aluno refletirem sobre o objeto de
ensino, estabelecendo parâmetros que nortearão possíveis retomadas ou avanços. Sendo
assim, os resultados da avaliação quando não satisfatórios, possibilitarão intervenções que
revertam o quadro visto.
Tais intervenções poderão ocorrer das seguintes maneiras, ou seja, os critérios de
avaliação podem ser:
recuperação paralela de conteúdos e notas;
refacção textual (individual, em grupos ou coletivo);
monitoria;
atendimento extra classe (hora atividade e sala de apoio);
aos alunos com necessidades educacionais especiais, quando necessário, será
oportunizada avaliação diferenciada, quer seja, enquanto adaptação/adequação de
conteúdos ou na questão do tempo.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BAKHTIN, Mikhail (In: VOLOSHINOV, V.N). Marxismo e filosofia da linguagem.São
Paulo: Hucitec, 1986
BAKHTIN, Mikhail. Estética da criação verbal. São Paulo: Martins Fontes, 1992.
PARANÁ. SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO. Diretrizes Curriculares da
Educação da rede de Educação Básica do Estado do Paraná, Curitiba, 2008.
FURACO, Carlos Alberto; CASTRO, Gilberto de. Por uma teoria linguística que fundamente
o ensino de língua materna (ou de como apenas um pouquinho de gramática nem sempre é
bom). In: Educar, n.15, Curitiba: UFPR,1999.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática pedagógica educativa.
30. ed. São Paulo: Paz e Terra, 2004.
131GERALDI, João Wanderlei (org.). O texto na sala de aula. São Paulo: Ática, 2001.
HOFFMANN, Jussara. Avaliação mitos x desafios: uma perspectiva construtivista. Porto
Alegre: Mediação, 1991.
MARCUSCHI, Luiz Antônio. Gêneros textuais: configuração, dinamicidade e circulação. In:
KARWOSKI, Acir Mário; GAYDECKZKA, Beatriz; BRITO, Karim S. (Orgs.) Gêneros
textuais: reflexões e ensino. União da Vitória: Gráfica Kaygangue, 2005.
VAL, Maria da Graça Costa. Redação e textualidade. São Paulo: Martins Fontes, 1993.
VYGOTSKI, L. S. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 1989.
31.8 LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA – INGLÊS - ENSINO FUNDAMENTAL
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A ação educativa deve exercer-se com vistas à maior igualdade na distribuição dos
benefícios sociais, econômicos e culturais. Sendo assim, o ensino de Língua Estrangeira
Moderna – Inglês, não poderia ser diferente, temos então uma preocupação em contribuir para
a formação de um sujeito/cidadão pleno.
A língua é a expressão natural de uma cultura e seus valores, ao conhecer outras
línguas há também a possibilidade de o sujeito visualizar-se em sua própria cultura, já que o
conhecimento de outras permite uma leitura, análise, confronto e o que é mais importante:
significar e resignificar esse conhecimento.
Quando se tem por objetivo maior a formação de um sujeito crítico, é necessário
pensar, primeiramente, que ela precisa e deve ser realmente integral, interacional e dialógica.
Para que haja integração, interação e dialogismo, o discurso/texto deve ser entendido
na sua totalidade, isto é, não, como mero pretexto para ensinar estruturas, mas sim percebendo
a existência de um sujeito/produtor, um momento de produção e de um sujeito/leitor, nesse
caso, o aluno. São esses elementos que propiciam a chamada troca social. É no discurso que
se notam a presença do real e do significativo. Numa perspectiva dialógica, com abordagens
comunicativas educando percebe-se enquanto sujeito/leitor e produtor de discursos.
132Os conteúdos devem, também estar voltados para o crescimento intelectual e
comunicativo do aluno, preparando-o para situações reais de elaborar seus próprios discursos,
pois terá a possibilidade de ler discursos próprios e de outros e formular sentidos no mundo.
Ensinar uma língua é ir além das questões linguísticas estruturais, é chegar nas
questões culturais e extras–linguísticas. Temos então, como conhecimentos fundamentais para
o ensino/aprendizagem de LEM e seu uso efetivo, os conhecimentos discursivos,
sociolinguísticos, gramaticais e estratégicos.
Com essa proposta, as ações pedagógicas estarão subsidiando os alunos para a
efetivação de um sujeito crítico e transformador.
OBJETIVOS GERAIS
Ampliar a visão de mundo dos alunos, tornando-os cidadãos mais críticos e
reflexivos;
Perceber a própria cultura por meio do conhecimento da cultura de outros
povos;
Ter maior consciência sobre o papel das línguas na sociedade (discurso e
suas especificidades)
Vivenciar, na aula de Língua Estrangeira, formas de participação que lhe
possibilitem estabelecer relações entre ações individuais e coletivas
Se temos objetivos tão amplos com relação ao ensino da L.E.M., não podemos de
forma alguma nos esquecermos de que todas as ações pedagógicas do professor devem primar
por desenvolver no aluno condições específicas no que se refere a: LEITURA-ORALIDADE
(fala e escuta)-ESCRITA.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Leitura
Ler observando o ritmo, entonação e pontuação;
133 Utilizar de estratégias variadas para a compreensão e analise de textos
diversos;
Oralidade
Saber utilizar adequadamente a linguagem oral e os seus recursos em
situação de comunicação diversa, considerando a variação linguística, o
grau de formalidade, o contexto, o interlocutor e a intenção para alcançar
as diferentes finalidades.
Escrita
Produzir textos diversos, principalmente o de uso funcional/social,
compreendendo as condições de produção (quem, por quê, o quê, como,
onde e quando);
Aspectos linguísticos
Compreender a natureza da língua como código/sistema de escrita e o
funcionamento da linguagem, e aprimorar a capacidade de compreender e
praticar reflexões sobre os usos das convenções da língua formal
(gramática, léxico, morfologia, sintaxe) e sua organização para ampliar as
possibilidades de seu uso.
Obs. Os aspectos linguísticos serão trabalhados de forma contextualizada, afim de
garantir sua funcionalidade na produção de discursos.
CONTEÚDOS
Os conteúdos estruturantes do Ensino Fundamental – séries finais, foram divididos
por série com o objetivo de garantir continuidade e o aprofundamento dos mesmos nas séries
subsequentes.
Isso não significa que certos conteúdos não possam ser trabalhados na medida em que
haja a necessidade, só por estarem citados em outras séries, ou de acordo com a maturidade e
realidade dos alunos envolvidos no processo de ensino/aprendizagem.
O conteúdo estruturante, assim como em Língua Portuguesa é o Discurso como prática
Sociall, portanto, os conteúdos básicos são em sua essência os mesmo, mas acrescidos de:
134
5ª Série
Apresentar-se, apresentar o outro e perguntar sobre a vida do outro (nome,
idade, nacionalidade, etc.);
Soletrar e pedir que alguém soletre nomes;
Cumprimentar e despedir-se formal e informalmente;
Perguntar e responder o nome de materiais e objetos escolares;
Perguntar e responder sobre profissões;
Dar informações sobre a família e outras pessoas;
Perguntar e responder sobre preferências com relação a animais;
Pedir determinado objeto em situação de compra, bem como seu preço;
Perguntar e responder sobre cores;
Perguntar e responder sobre os meios de transporte e lugares;
Aceitar e recusar ofertas (frutas);
Descrever o que há em um lugar e o que se vê;
Falar sobre habilidades;
Descrever sentimentos;
Sugestões de gêneros textuais para 5ª Série:
Quadro de informações on-line;
Cartaz;
Mural;
Arquivo em tela de computador;
Entrevista;
Texto informativo;
Descrição;
135 Poster;
Charada;
Álbum de retratos;
Horário escolar;
Texto promocional;
Panfleto;
E-mail;
Cartão postal;
Música;
6ª Série
Fornecer e obter informações pessoais;
Expressar preferências (gosto e aversão);
Perguntar e responder sobre habilidades esportivas;
Perguntar e informar as horas;
Perguntar e responder sobre atividades escolares;
Descrever seu dia a dia e de outros;
Perguntar e responder sobre atividades de rotinas e de lazer;
Falar sobre o que as pessoas estão fazendo no momento presente;
Descrever meios de transporte;
Falar sobre si próprio;
Descrever o que as pessoas estão fazendo;
Fazer e recusar pedido de ajuda;
Perguntar e responder sobre roupas (preço, cor, tamanho);
Sugestões de gêneros textuais para 6ª Série:
136 Websites;
Descrição pessoal;
Blog;
Poster;
Newsletter eletrônica;
Diário sobre o consumo de legumes e verduras;
Cartaz;
Filme;
Questionário;
Carta formal;
Desenho de moda;
7ª Série
Perguntar e informar se há serviços e pontos turísticos em determinado
lugar, bem como suas localizações;
Perguntar e responder sobre atividades de rotina e de lazer e com que
frequências essas atividades são desenvolvidas;
Relatar acontecimentos de rotina;
Falar sobre celebrações (festividades);
Perguntar e responder sobre acontecimentos em um tempo no passado;
Perguntar e informar sobre acontecimentos em um tempo futuro;
Descrever cidades;
Identificar o posicionamento de diferentes falantes;
Expressar opinião e sentimentos;
Dar e receber instruções nutricionais;
137
Sugestões de gêneros textuais para 7ª Série:
Artigo de jornal;
Descrição de festividade;
Chats;
Roteiro de viagem;
Legendas de fotos;
Descrição de hábitos relativos a TV;
Material de referência on-line;
Mensagem em código;
Receita;
Poster informativo com resultado de pesquisa;
Jogo de computador;
Poster comparativo de cidades famosas;
Resenha;
Carta;
8ª Série
Fazer um pedido;
Oferecer, aceitar ou recusar algo;
Pedir permissão a alguém para fazer algo;
Descrever, perguntar e responder sobre acontecimentos no passado e no
futuro;
Perguntar e responder sobre ações que estavam ocorrendo em determinado
momento no passado;
Fazer comparações entre os dois ou mais elementos;
138 Pedir informação sobre outra pessoa;
Expressar e justificar opiniões;
Concordar e discordar com/das pessoas;
Fazer descrição psicológica das pessoas;
Pedir e dar conselhos;
Descrever seu estado psicológico;
Expressar obrigação, proibição e ausência de obrigação;
Falar sobre objetos;
Pedir esclarecimento e dar o significado de uma palavra;
Perguntar e responder sobre pessoas famosas;
Sugestões de gêneros textuais para 8ª Série:
Entrevista;
Ficha;
Linha do tempo;
Texto em camiseta;
Fact File;
Charada;
Artigo de jornal;
Cartoon;
Texto informativo;
Quiz;
Textos de opinião;
H.Q.;
Poema;
139 Faixa (Banner);
Carta;
Cartão;
Teatro;
Resenha;
É preciso deixar claro que todos os conteúdos estruturantes serão focados dentro da
diversidade de gêneros textuais, dentro os quais podemos citar:
Textos descritivos curtos;
Textos informativos curtos;
Noticias curtas de revistas (do tipo da seção “Gente” ou “Datas” da revista
Veja ou similares estrangeiros);
Textos poéticos;
Jogos de adivinhação;
Textos de instruções (como executar uma receita, montar um móbile, fazer
uma dobradura, chegar a entender as instruções para o funcionamento de
um objeto estrangeiro);
Relatos;
Cartuns;
Charges;
Tiras humorísticas;
Histórias em quadrinhos;
Anedotas;
Textos publicitários;
Textos históricos;
Mapas;
140 Críticas de cinema;
Entrevistas;
Textos literários (poéticos e narrativos);
Artigos de jornais, revistas;
Páginas de guias turísticos;
Resenhas de livros;
Textos informativos;
Textos argumentativos;
ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
A concepção assumida em Língua Estrangeira Moderna - Inglês pressupõe ações
pedagógicas que objetivem a consolidação do conhecimento de forma crítica e reflexiva,
engajada na realidade e que visem a busca e uso dos saberes adquiridos. Nesse sentido busca-
se um planejamento que contemple a reflexão sobre a linguagem, seu uso, sua intenção e seus
objetivos.
A linguagem será contemplada na sua amplitude: expressão oral (fala e escuta),
leitura, produção e analise linguística.
Com relação às atividades de oralidade a dinâmica intencional realizada na sala de
aula favorecerá a expressão oral em LEM espontânea e consistente (encenações e
dramatizações, relatos, entrevistas...).
Já a leitura visa a proporcionar o contato com uma tipologia textual variada, textos
autênticos (originais) e não-autênticos (adaptados), dando oportunidade para análises criticas
e reflexivas. Explorando e analisando textos verbais e extra-verbais, em situações dinâmicas,
por meio de: gibis (tiras humorísticas), anedotas, poesias, rótulos, slogans, gravuras,
fotografias, desenhos animados (cartoons), letras de música, textos informativos, narrativos,
descritivos, dissertativos, diálogos.
Após essa gama de possibilidades, o aluno terá condições de produzir textos variados,
sabendo as peculiaridades de cada um e seus objetivos.
141A análise linguística é sempre vista como aliada para que o aluno possa desenvolver
suas habilidades de oralidade, leitura e produção, pois é sempre ensinada de forma
contextualizada e reflexiva, o que permite visualizar a língua em sua funcionalidade.
AVALIAÇÃO
A avaliação deve ser entendida como parte integrante do processo ensino /
aprendizagem , sendo assim, tem por finalidade instrumentalizar os envolvidos no processo,
para que possam direcionar e redirecionar as práticas pedagógicas. Para isso é importante que
o educador dê significado ao objeto do conhecimento, lance desafios aos educandos, incentive
os questionamentos e exerça a função de mediador da aprendizagem, valorizando a interação.
A disciplina de Língua Estrangeira Moderna (Inglês), pelo rol de atividades que
oferece, permite uma variedade de instrumentos de avaliação que vão desde a verificação de
conhecimentos linguísticos (como leitura, interpretação e conhecimentos gramaticais) até a
produção de texto (individual e/ou em grupo), os trabalhos criativos de representação teatral,
declamações poéticas, exposições...
Todas as atividades podem e devem ser permanentemente avaliadas, considerando que
a avaliação tenha o caráter diagnóstico: o aluno aprendeu? Se não, por que ocorreu isso e que
medidas devem ser tomadas para mudar a situação?
Recuperação de conteúdos e notas:
A avaliação diagnostica permite ao professor e aluno refletirem sobre o objeto de
ensino, estabelecendo parâmetros que nortearão possíveis retomadas ou avanços. Sendo assim
os resultados da avaliação, quando não satisfatórias, possibilitaram intervenções que revertam
o quadro visto.
Tais intervenções poderão ocorrer das seguintes maneiras:
Recuperação paralela de conteúdos e notas;
Refacção textual (individual, em grupos ou coletivo);
Monitoria;
Atendimento extra classe (hora atividade);
142 Outras formas avaliativas;
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BAKHTIN, M. Marxismo e filosofia da linguagem. São Paulo: HUCITEC,1988
SOARES, M. Linguagem e escola: uma perspectiva social. São Paulo: Ática, 1986
ROCHA, Analuiza Machado. Take your time / Analuiza Machado Rocha, Zuleica Àgueda
Ferrari. 3ª ed. reform. São Paulo: Moderna, 2004
ROCHA, Analuiza Machado. Get Ready! Analuiza Machado Rocha, Maria Benta de Lima
Barbosa, Zuleica Àgueda Ferrari. São Paulo: Moderna, 1998
31.9 MATEMÁTICA – ENSINO FUNDAMENTAL
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A cada dia que passa, o ser humano faz parte de uma sociedade mais globalizada com
acesso a qualquer tipo de informação. Novos desafios são impostos à vida cotidiana e faz-se
necessário que os ser humano – via acesso ao conhecimento sistematizado – tenha condições
de atuar de forma plena na sociedade.
Dessa forma é importante que a Educação Matemática se volte para o
desenvolvimento cognitivo dos alunos, possibilitando condições para sua inserção num
mundo em mudanças e contribuindo sua cidadã e autonomia intelectual.
A Diretriz Curricular de Matemática (2008, p. 341) faz uso das palavras de Lorenzato
e Vila para firmar que é imprescindível que o estudante se aproprie do conhecimento de forma
que “compreenda os conceitos e princípios matemáticos, raciocine claramente e comunique
ideais matemáticas, reconheça suas aplicações e aborde problemas matemáticos com
segurança”.
OBJTIVOS GERAIS
143 Possibilitar que o aluno atribua sentido e construa significado às ideias
matemáticas de modo a tornar-se capaz de estabelecer relações, justificar,
analisar, discutir e criar. (DCE-Matemática, 2008, p. 339).
Contribuir para a formação integral do aluno, tornando-o um cidadão
crítico, participativo, responsável e consciente de suas obrigações e
direitos.
Estimular o reelaborar e transferir os conhecimentos adquiridos para novas
situações.
Desenvolver no aluno a capacidade de classificar, seriar, relacionar, reunir,
representar, analisar, sintetizar, conceituar, deduzir, provar e justificar.
Possibilitar o reconhecimento da inter-relação entre os vários campos da
matemática e desta com outras áreas.
CONTEÚDOS
5ª Série
Números e Álgebra
Sistema de numeração decimal e não decimal;
Números naturais e suas representações;
Conjuntos dos números naturais (subconjuntos, múltiplos, divisores e
fatoração);
Conjunto dos números racionais;
As seis operações e suas inversas (adição, subtração, multiplicação,
divisão, potenciação e radiciação, e expressões numéricas
Adição, subtração, multiplicação e divisão de frações por meio de
equivalência;
Transformação de números fracionários (na forma de razão/quociente),
números decimais;
144 Grandezas e Medidas
Organização do sistema métrico decimal e do sistema monetário;
Transformação de unidades de medida de massa, capacidade, comprimento e
tempo;
Perímetro.
Geometria
Noções de geometria espacial;
Classificação e nomenclatura dos sólidos geométricos e figuras planas;
Perímetro de figuras geométricas planas;
Construções e representações no espaço e no plano;
Tratamento de informação
Coleta, organização e descrição de dados;
Leitura, interpretação e representação de dados de tabelas, listas, diagramas,
quadros e gráficos;
Porcentagem;
6ª Série
Números e Álgebra
1- Conjuntos numéricos (inteiros e racionais);
2- Transformação de números fracionários em decimais;
3- As seis operações e suas inversas envolvendo números inteiros e racionais (adição, subtração, multiplicação, divisão, potenciação e radiciação), e expressões numéricas;
4- Razão e Proporção (grandezas direta e inversamente proporcionais);
5- Regra de três simples;
6- Equações, inequações e sistemas de equações de 1º grau
Grandezas e Medidas
145
Medidas de temperatura (relação com números inteiros);
Medidas de ângulos e arcos (unidade, fracionamento, cálculo e medida);
Medidas de volume;
Geometria
Triângulos: classificação e ângulos;
Polígonos;
Poliedros Regulares e elementos;
Tratamento de informação
1) Coleta, organização e descrição de dados;
2) Leitura, interpretação e representação de dados de tabelas, listas, diagramas,
quadros e gráficos;
Gráficos de barras, colunas, linhas poligonais, setores e de curvas e histograma;
Médias, moda e mediana;
Juros simples;7ª Série
Números e Álgebra
Conjuntos numéricos (irracionais e reais);
Transformação de números Fracionários em decimais;
Polinômios e Produtos notáveis;
Fatoração;
Cálculo do número de diagonais de um polígono;
Sistemas de Equações de 1º grau;
Grandezas e Medidas
Medidas de comprimento (cálculo do comprimento da circunferência);
Geometrias
146 Condições de paralelismo e perpendicularismo;
Polígonos: classificação e ângulos;
Definição e construção do baricentro, ortocentro, incentro e circuncentro de
triângulos;
Desenho geométrico com uso de régua e compasso;
Tratamento de informação
Coleta, organização e descrição de dados;
Leitura, interpretação e representação de dados de tabelas, listas,
diagramas, quadros e gráficos;
Noções de probabilidade
8ª Série
Números e Álgebra
Números Reais;
Propriedades dos Radicais;
Equação do 2º grau;
Equações Irracionais;
Equações Biquadradas;
Teorema de Pitágoras;
Regra de três composta;
Grandezas e Medidas
Triângulo retângulo – relações métricas e Teorema de Pitágoras;
Trigonometria no triângulo retângulo;
Funções
Noção intuitiva de Função Afim;
Noção intuitiva de Função Quadrática;
Geometria
147 Congruência e semelhança de figuras;
Teorema de Talles;
Noções de Geometria não-euclidianas;
Cálculos de Áreas e Volumes;
Tratamento de informação
Estatística (leitura, interpretação e representação de dados em tabelas e
gráficos);
Noções de Análise Combinatória e Probabilidade;
ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
A Matemática caracteriza-se como uma forma de compreender e atuar no mundo e o
conhecimento gerado nessa área do saber como um fruto da construção humana na sua
interação constante com o contexto natural, social e cultural. A aprendizagem significativa
das ideias e técnicas matemáticas acontecem quando o aluno se defronta com situações que
exijam reflexão e que os conteúdos matemáticos estejam articulados entre si.
O conhecimento matemático é uma criação humana (quando os homens passaram a
observar e buscar entender a natureza), portanto essa disciplina mostra as necessidades e
preocupações de diferentes culturas, em diferentes momentos históricos, ao estabelecer
comparações entre os conceitos e processos matemáticos do passado e do presente.
Dessa forma, os conteúdos serão desenvolvidos a partir de resoluções de situações
problemas e investigações.
As atividades propostas estarão interligadas aos conhecimentos que os alunos já
detêm, para que assim, possam verdadeiramente formar conceitos e construir conhecimentos.
Nesse sentido, o trabalho objetivando o entendimento dos descritores da Prova Brasil se
constituiu como um elemento de grande valia para o aprendizado da matemática.
148AVALIAÇÃO
Entendemos avaliação como uma observação continua do processo de ensino
aprendizagem. Portanto a cada proposta desenvolvida na sala de aula é possível verificar o
desenvolvimento do aluno.
Exercícios, avaliações e trabalhos em grupo são exemplos de instrumentos de
avaliação, cujos critérios avaliativos utilizados são condizentes com o exposto na DCE-
matemática e o instrumento utilizado.
Um dos objetivos da avaliação é o de diagnosticar e assim verificar se o caminho
escolhido deve ser mantido ou alterado.
Como a avaliação não pode se deter em um único instrumento ou momento, o aluno
terá a oportunidade de ter o conteúdo retomado pelo professor e ser novamente avaliado
através de outras estratégias que permitam ao professor quantificar e comparar a aquisição do
conhecimento, crescimento e raciocínio do aluno diante a nova estratégia adotada.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
GIOVANNI, José Ruy. BONJORNO, José Roberto. JUNIOR, José Ruy Giovanni.
Matemática Fundamental Uma Nova Abordagem, editora FTD, vol. 2002, Guia Pedagógico.
Paraná Secretaria de Estado da Educação – Departamento de Ensino de Primeiro Grau.
Currículo Básico para a Escola Pública do Paraná: Curitiba: SEED/DEPG, 1990 .
Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do estado do Paraná, julho 2006.
32 - PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DO ENSINO MÉDIO
32.1 ARTE – ENSINO MÉDIO
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
149A disciplina de arte também tem como objetivo que os alunos reflitam a cultura e
sejam agentes da transformação, respeitando diversidade ética, linguística, cultural, social e
de gênero.
A educação do ensino de Arte amplia o repertório cultural do aluno, a partir dos
conhecimentos estéticos, artísticos e contextualizados.
Para tanto, é necessário no processo de ensino e de aprendizagem, o desenvolvimento
de uma práxis o ensino da Arte, como a articulação entre os aspectos teóricos e metodológicos
propostos para essa disciplina.
A partir das concepções da arte e do seu ensino, a Diretriz Curricular de Arte-PR
considera alguns campos conceituais que contribuem para as reflexões a respeito do objeto de
estudo desta disciplina:
O conhecimento estético esta relacionado à apreensão do objeto artístico em seus
aspectos sensíveis e cognitivos. O pensamento, a sensibilidade e a perfeição que se
articulam numa organização que expressa esses pensamentos e sentimentos, sob a
forma representação artísticas.
O conhecimento artístico esta relacionado com o fazer e com o processo criativo.
Considera desde o imaginário, a elaboração e a formação do objeto artístico até o
contato com o público. Durante esses processos, as formas resultantes das sínteses
emocionais e cognitivas expressam saberem específicos a partir da experimentação
com materiais, com técnicas e com elementos formais básicos constituídos das artes
visuais, da dança, da musica e do teatro que vem constituir a base para a prática
pedagógica.
O conhecimento contextualizado envolve o contexto histórico (político, econômico e
sociocultural) dos objetos artísticos e contribui para a compreensão de seus conteúdos
explícitos e implícitos, possibilitando um aprofundamento na investigação desse
objeto.
ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
A abordagem dos conteúdos (conhecimentos) não deve ser feita somente como aula
teórica e sim estar contida no sentir e perceber e no trabalho artístico, pois o conhecimento em
arte se efetiva somente quando esses três momentos são trabalhados.
150A metodologia se dará através dos três campos conceituais, mencionados pelas
Diretrizes Curriculares da educação brasileira:
- Contextualização: o educando terá no primeiro momento contextualização do
conteúdo, onde o texto será de forma clara e objetiva. O conhecimento contextualizado
envolve o contexto histórico (político, econômico e sociocultural) dos objetos artísticos e
contribui para a compreensão de seus conteúdos explicito e implícitos, possibilitando um
aprofundamento na investigação do conteúdo.
- Visualização: serão trazidos fotos, vídeos ou outros para que o aluno visualize o
conteúdo dado, ficando assim mais claro a contextualização. Cabe ao professor possibilitar
aos alunos o acesso às obras artísticas para que os mesmos possam familiarizar-se com as
diversas formas de produção da arte. Este eixo, também envolve a leitura dos objetos da
natureza e da cultura em uma dimensão estética.
- Produção: o aluno fará produções relacionadas ao conteúdo dado, fixando-o.
Também será na produção que o aluno entrará em contato direto com a criação artística, a
expressão privilegiada do aluno, é o momento do exercício da imaginação e criação. A arte
não pode ser aprendida de forma abstrata, o processo de produção do aluno acontece quando
ele interioriza e se familiariza com os processos artísticos e humaniza os sentidos. No fazer
artístico, o aluno expressa, realiza e se encontra, porque a arte satisfaz a necessidade humana
de expressão, interagindo com a realidade, abrindo caminhos para que o aluno tenha acesso à
produção, ao domínio dos instrumentos, á descoberta dos códigos, que orientam todo o
processo. Esse processo, as formas resultantes das sínteses emocionais e cognitivas expressam
saberem específicos a partir da experimentação com materiais, com técnicas e com elementos
formais básicos constituídos das artes visuais, da dança, da musica e do teatro.
A partir desses encaminhamentos metodológicos, o aluno organizará conceitos
considerados essenciais para que possa gradualmente entender as produções artísticas no
tempo e no espaço, percebendo-se sujeito de sua realidade humano-social numa percepção
exigente, crítica e criativa.
Cabe ao professor ser mediador do conhecimento e usar recursos metodológicos
possíveis de acordo com a aula planejada.
CONTEÚDOS
151A disciplina de Arte é lecionada apenas no 1º ano do Ensino Médio, assim, caberá ao
professor fazer o recorte do conteúdo a ser trabalhado com os alunos e o expor no Plano de
Trabalho Docente.
1º ANO
ÁREAS
CONTEUDOS ESTRUTURANTESELEMENTOS
FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERIODOS
CONTEÚDOS ESPECIFICOS
ARTES VISUAIS
- Ponto- Linha- Superfície- Textura- Volume- Luz- Cor
- Figurativa- Abstrata- Figura/fundo- Bidimensional- Tridimensional- Contrastes- Ritmo visual- Gênero- Técnica- Simetria
- Arte Paleolítica;- Arte Neolítica;- Arte afro-brasileira;- Renascimento;- Barroco;- Arte no Egito;
Expressionismo; Arte no século XX e XXI Arte paranaense Indústria Cultural Arte africana Arte de vanguarda; - Arte Popular;
MÚSICA
- Altura- Duração- Timbre- Intensidade- Densidade- Cultura
- Ritmo- Melodia- Harmonia- Intervalo melódico- Intervalo harmônico- Improvisação
- Descoberta do som;- Sons primitivos;- Indústria Cultural;
Música popular brasileira; Musica paranaense; Musica africana; Hip-Hop;
TEATRO
- Personagem- Expressão corporal- Vocais- Gestuais- Faciais.- Ação- Espaço Cênico
-Representação- Sonoplastia- Iluminação- Cenografia- Figurino- Caracterização- Maquiagem- Adereços.- Jogos Teatrais- Roteiro- Enredo- Gênero
- Origem do teatro;- Teatro Greco-romano;- Teatro brasileiro;- Teatro do oprimido; Teatro realista;
Teatro popular; Teatro paranaense; Momentos da História do teatro. Teatro simbolista;
DANÇA
- MovimentoCorporal- Tempo- Espaço
- Formação- Sonoplastia- Coreografia- Técnica
- Hip-Hop;- Dança popular brasileira;
Dança Africana;- Dança Moderna;
Dança paranaense;- Dança contemporânea;
AVALIAÇÃO
A avaliação na disciplina de Arte proposta nesta diretriz curricular é diagnóstica e
processual. Diagnóstica por ser referência do professor para o planejamento das aulas e de
avaliação dos alunos. Processual por pertencer a todos os momentos da prática pedagógica. O
planejamento deve ser constantemente redirecionado, utilizando a avaliação do professor, da
classe sobre o desenvolvimento das aulas e também a auto-avaliação dos alunos.
A sistematização da avaliação se dará na observação e registro dos caminhos percorridos
pelo aluno em seu processo de aprendizagem, acompanhando os avanços e dificuldades
percebidas em suas criações/produções. Cabe avaliar todo processo de elaboração e análise
das manifestações artístico-culturais, identificando em que medidas expressam a aproximação
de noções e conceitos da arte.
A avaliação do aproveitamento escolar incidira sobre o desempenho do aluno em varias
situações de aprendizagem, utilizando instrumentos diversificados e em varias oportunidades
deve ser um processo continuo, envolvendo não apenas os conhecimentos adquiridos, mas
também como instrumento de reflexão das ações das partes envolvidas, no qual o professor e
educando somam partes divergentes.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BARBOSA, A. M. (Org). Inquietações e mudanças no ensino da arte. São Paulo: Cortez, CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO, Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de Historia e Cultura Afro-Brasileira e Africana. Brasília – 2004.
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ, Diretrizes Curriculares da Educação Básica. 2008.
PARANÁ. Secretaria de estado de Educação. Departamento de Ensino Médio. Orientações curriculares – Arte – Semana Pedagógica. Fevereiro/2006.
PARANÁ. Secretaria de Estado de Educação. Superintendência da Educação. Diretrizes Curriculares de arte para ensino médio. Versão preliminar. Julho/2006.
PARANÁ. Currículo Básico para a Escola Publica do Estado do Paraná. SEED: Curitiba, 1992.
32.2 BIOLOGIA – ENSINO MÉDIO
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A Biologia sendo uma disciplina científica tem como objeto de estudo o fenômeno
Vida, sua diversidade de manifestações, mostrando que as diferentes formas de vida estão
sujeitas a mudanças em si e na natureza.
Na busca do entendimento de concepções sobre o fenômeno “vida” é importante
ressaltar a construção histórica e filosófica dos conhecimentos biológicos passados e
relacioná-los com a ciência contemporânea. Assim, o homem passa a compreender a natureza
da ciência, seus procedimentos, suas limitações, contribuindo para a formação de sujeitos com
o espírito critico, reflexivo e atuantes, rompendo com concepções pedagógicas anteriores. Isso
é possível por meio de conteúdos que sejam abordados de forma integrada, considerando
culturas vividas pelos educandos, respeitando seus saberes e suas experiências,
proporcionando o entendimento do objeto de estudo da Biologia em toda a sua complexidade
de relações, ou seja, na organização dos seres vivos no funcionamento de mecanismos
biológicos, no estudo da biodiversidade no âmbito dos processos biológicos de variabilidade
genética, hereditariedade e relação ecológica e das implicações dos eventos biológicos no
fenômeno vida; com a garantia de significado desses conteúdos para a formação do aluno
nesse nível de ensino.
OBJETIVO GERAL
A disciplina de biologia tem como objeto de estudo o fenômeno vida. Neste contexto
valoriza-se a construção histórica dos conhecimentos biológicos, articulados à cultura
científica, socialmente valorizada. A formação do sujeito crítico a favor da compreensão do
fenômeno vida em distintos momentos históricos e que auxilie para o entendimento de
problemas contemporâneos na construção humana.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Compreender e aprofundar as explicações atualizadas de processos e conceitos
biológicos, a importância da ciência e da tecnologia da vida moderna e o
interesse pelo mundo dos seres vivos;
Reconhecer em diferentes tipos de textos e mesmo na mídia eletrônica os
termos, os símbolos e os códigos próprios das ciências biológicas e empregá-
los corretamente ao produzir textos escritos ou orais;
Argumentar cientificamente sobre temas relevantes, atuais e/ou polêmicos,
como, referente à biotecnologia, à sexualidade, biodiversidade e outras
questões ambientais;
Comparar diferentes posicionamentos de cientistas, ambientalistas, sobre
assuntos ligados a biotecnologia (alimentos transgênicos, clonagem, células
tronco, terapia gênica), avaliando a consistência dos argumentos e a
fundamentação teórica.
Aplicar conhecimentos estatísticos e de probabilidade aos fenômenos
biológicos de caráter aleatório, ou que envolvem um universo grande, para
solucionar problemas tais como: prever a probabilidade de transmissão de
certas características hereditárias, desenvolvimento de doenças.
Identificar características de seres vivos de determinado ambiente
relacionando-os a condições de vida.
Interpretar e utilizar modelos para explicar determinados processos biológicos,
como transporte de nutrientes através das membranas celulares, a organização
do código genético, a duplicação do DNA, a transcrição do RNA e a síntese de
proteínas.
Articular conceitos da Biologia com os de outras ciências, para entender
processos como os referentes à origem e a evolução da vida e do universo ou o
fluxo de energia nos sistemas biológicos.
Compreender o conhecimento cientifico e tecnológico como resultados de uma
construção humana, inseridos em um processo histórico e social.
Relacionar os avanços científicos e tecnológicos com a melhoria das condições
de vida das populações (vacinas, saneamento básico, doenças infecto-
contagiosas).
Reconhecer a importância dos procedimentos éticos na aplicação das novas
tecnologias para o diagnostico precoce de doenças e do uso dessa informação
para promover a saúde do ser humano sem ferir sua privacidade e dignidade.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Organização dos seres vivos
Mecanismos biológicos,
Biodiversidade
Manipulação genética.
CONTEÚDOS BÁSICOS
1º ANO
Histórico, importância e abrangência da Biologia
Caracterização dos seres vivos
Níveis de organização dos seres vivos
Origem da vida
Biologia celular
Noções de reprodução
Histologia animal
2º ANO
Diversidade dos seres vivos: regras de nomenclatura e classificação;
Caracterização dos vírus;
Caracterização dos reinos: monera, protista, fungi, plantae, animália;
Morfologia e fisiologia animal dos poríferos, cnidários, platelmintos,
nematelmintos, moluscos, anelídeos, artrópodes, equinodermos,
protocordados e eucordados.
Morfologia, sistemática e fisiologia vegetal.
3º ANO
1- Genética (noções básicas; 1ª e 2ª lei de Mendel; alelos múltiplos; herança do sexo;
herança quantitativa ( cor da pele e a ideia de racismo; África e a anemia falciforme;
O albinismo na África e nos povos Indígenas).
2- Evolução
3- Ecologia (*Os biomas Africanos)
ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
A Biologia deverá ser desenvolvida e maneira a garantir um aprendizado ativo, que
transcenda a memorização dos nomes de organismos, sistemas ou processos, permitindo ao
educando ampliar o entendimento sobre o mundo vivo, contribuindo para que o mesmo
perceba a singularidade entre a vida humana e a dos demais seres vivos, desenvolvendo a
curiosidade e o gosto de aprender.
Dessa forma os conteúdos serão desenvolvidos através de trabalhos individuais e em
grupo, pesquisas que permitam favorecer modos de pensar, questionar, investigar e agir,
enfim, contribuir para uma educação que formará indivíduos sensíveis e solidários, cidadãos
conscientes dos processos e regularidades de mundo e de vida, capazes assim de realizar
ações práticas utilizando o conhecimento sistematizado na tomada de decisões. A avaliação
colabora com o professor na prática pedagógica, quando torna – se um instrumento para
inovação e retomada de encaminhamentos que devem ser revistos, ajustados ou reconhecido
como adequados para o processo de aprendizagem, portanto ao aluno que não conseguir
sucesso nas avaliações propostas,será proporcionado uma retomada de conteúdos, através de
novas praticas metodológicas e logo após sera oferecido a recuperação paralela de notas.
AVALIAÇÃO
A avaliação escolar tem o intuito de buscar caminhos para o aprendizado do aluno,
deve ser continua e cumulativa, em relação ao desempenho do estudante com a prevalência
dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos. Por isso, entendemos a avaliação como uma
observação continua do processo ensino-aprendizagem, sendo possível verificar o
aprendizado do aluno a cada competência desenvolvida. São instrumentos de avaliação
trabalhos individuais de pesquisa ou em grupos, resolução de questões, relatórios, exposição
visual de trabalhos, provas objetivas e subjetivas.
A avaliação colabora com o professor na prática pedagógica, quando torna – se um
instrumento para inovação e retomada de encaminhamentos que devem ser revistos, ajustados
ou reconhecido como adequados para o processo de aprendizagem, portanto ao aluno que não
conseguir sucesso nas avaliações propostas,será proporcionado uma retomada de conteúdos,
através de novas praticas metodológicas e logo após sera oferecido a recuperação paralela de
notas.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
DIRETRIZES CURRICULARES DA EDUCAÇÃO BÁSICA BIOLOGIA– Departamento de
Ensino Médio 2008
LOPES, Sonia. Biologia . Volume único. Sonia Lopes. Sergio Rosso, 1ª ed. São Paulo:
Saraiva,2005.
BIOLOGIA/ vários autores. Curitiba: SEED-PR; 2006, p.272
PAULINO, Wilson Roberto. Biologia. Editora Ática, 1ª edição, São Paulo, 2008.
AMABIS, José Mariano; MARTHO, Gilberto Rodrigues. Biologia. Editora Moderna, -São
Paulo,2004.
32.3 EDUCAÇÃO FÍSICA – ENSINO MÉDIO
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Diante da análise de algumas das abordagens teóricas que sustentaram historicamente
as teorizações em Educação Física escolar no Brasil, desde as mais reacionárias até as mais
críticas opta-se, nestas Diretrizes Curriculares, por interrogar a hegemonia que entende esta
disciplina tão somente como treinamento do corpo, sem nenhuma reflexão sobre o fazer
corporal.
Dentro de um projeto mais amplo de educação do Estado do Paraná, entende-se a
escola como um espaço que dentre outras funções, deve garantir o acesso aos alunos ao
conhecimento produzido historicamente pela humanidade.
Nesse sentido, partindo de seu objeto de estudo e de ensino, Cultura Corporal, a
Educação Física se insere neste projeto ao garantir o acesso ao conhecimento e à reflexão
crítica das inúmeras manifestações ou práticas corporais historicamente produzidas pela
humanidade, na busca de contribuir com um ideal mais amplo de formação de um ser
humano crítico e reflexivo, reconhecendo-se como sujeito, que é produto, mas também
agente histórico, político social e cultural.
OBJETIVOS
Garantir o acesso ao conhecimento e à reflexão crítica das inúmeras manifestações ou
práticas corporais historicamente produzidas pela humanidade.
Compreender a Educação Física sob um contexto mais amplo, e entender que ela é
composta por interações que se estabelecem nas relações sociais , políticas, econômicas e
culturais dos povos.
Pesquisar e discutir questões históricas dos esportes, como: sua origem, sua evolução,
seu contexto atual.
Vivenciar prática dos fundamentos das diversas modalidades esportivas.
Estudar a origem dos diferentes esportes e mudanças ocorridas com os mesmos, no
decorrer da história.
Contribuir para que ampliem sua consciência corporal e alcancem novos horizontes
como sujeitos singulares e coletivos.
Compreender, por meio de discussões que provoquem a reflexão, o sentido da
competição esportiva.
Reconhecer o contexto social e econômico em que os diferentes esportes se
desenvolveram.
Reconhecer as possibilidades de vivenciar o lúdico a partir da construção de
brinquedos com materiais alternativos.
Estudar os jogos, as brincadeiras e suas diferenças regionais.
Vivenciar movimentos em que envolvam a expressão corporal e o ritmo.
Conhecer os diferentes ritmos, passos, posturas, conduções, formas de deslocamento,
entre outros elementos.
Estudar os aspectos históricos e culturais da ginástica geral.
Pesquisar e aprofundar os conhecimentos acerca da cultura Circense e cultura Afro.
Conhecer os aspectos históricos filosóficos, as características das diferentes
manifestações das lutas, assim como alguns de seus movimentos característicos.
CONTEÚDOS
Conteúdo Estruturante
Conteúdo Básico Conteúdo Específico
Esporte
Coletivos Futebol, voleibol, punhobol, handebol, futebol de salão, futevôlei.
Individuais Atletismo, tênis de mesa, tênis de campo, hipismo.
Radicais Skate, rappel, rafting, bungee jumping, surf.
Jogos e brincadeiras
Jogos e brincadeiras populares
Amarelinha, elástico, 5 amarias, caiu no poço, mãe pega, stop, bets, peteca, corrida de sacos, jogo do pião, queimada, polícia e ladrão.
Brincadeiras e cantigas de roda
Gato e rato, adoletá, capelinha d emelão, caranguejo, atirei o pau no gato, ciranda cirandinha, escravos de jó, lenço atrás, dança da cadeira.
Jogos de tabuleiro Dama, trilha, resta um, xadrez.
Jogos dramáticos Improvisação, imitação, mímica.
Jogos cooperativos Futpar, volençol, eco-nome, tato contato, olhos de águia, cadeira livre, dança das cadeiras cooperativas, salve-se com um abraço.
Dança
Danças folclóricas Fandango, quadrilha, dança de fitas, dança de são Gonçalo, frevo, samba de roda, batuque, baião, cateretê, dança do café, cuá fubá, ciranda, carimbó.
Dança de salão Valsa, merengue, forró, vanerão, samba, soltinho, xote, bolero, salsa, swing, tango.
Danças criativas Elementos de movimento (tempo, espaço, peso) quantidades de movimentos; improvisação, atividades de expressão corporal.
Danças circulares Contemporâneas, folclóricas, sagradas.
Ginástica
Ginástica rítmica Corda, arco, bola, maças, fitas.
Ginástica de condicionamento físico
Alongamentos, ginástica aeróbica, ginástica localizada, pular corda.
Ginástica Circense Malabares, tecido, acrobacias.
Ginástica geral Jogos gímnicos; movimentos gímnicos (balancinha, vela, rolamentos, paradas, estrela, rodante, ponte)
Lutas
Lutas de aproximação
Judô, luta olímpica, jiu-jitsu, sumô
Lutas que mantêm a distancia
Karatê, boxe, taekwondo
Capoeira Angola, regional
ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
Os conteúdos deverão ser desenvolvidos ao longo do Ensino Fundamental e Médio de
forma teórico – pratico. A educação física tem a função de contribuir para que os alunos se
tornem sujeitos capazes de reconhecer o próprio corpo, a adquirir uma expressividade
corporal consciente e refletir criticamente sobre as práticas corporais.
No encaminhamento proposto pelas diretrizes o conhecimento é transmitido e
discutido com o aluno levando em conta o momento político, histórico, econômico e social
em que os fatos estão inseridos.
O conhecimento não significa abordar o conteúdo teórico, mas, sobre tudo,
desenvolver uma metodologia que tenha como eixo central a construção do conhecimento
pela práxis, isto é, proporcionar, ao mesmo tempo, a expressão corporal, o aprendizado das
técnicas próprias dos conteúdos propostos e a reflexão sobre o movimento corporal e cultural
Afro-Brasileira e Africana tendo o reconhecimento e valorização da identidade, histórica e
cultura.
AVALIAÇÃO
A avaliação está vinculada ao Projeto Político Pedagógico da escola e tem referência o
progresso efetivo conquistado pelo aluno, que é a constatação e concretização da
aprendizagem.
Portanto, deve ser um processo contínuo para acompanhar o progresso do educando,
cumulativo no sentido de observar toda a apropriação do conhecimento cientifico e
permanente, quando percebendo dificuldades na apropriação dos saberes deverão ser
retomados propondo encaminhamentos diferentes que visem a superação das dificuldades
constatadas.
Deverá atender às prioridades dos objetivos e conteúdos propostos, e com isso, dentro
de uma perspectiva processual, facilitar a observação do aluno e seu desenvolvimento
passando a avaliar a partir dos conteúdos informais como o interesse, participação, respeito
mutuo, solidariedade, superação de limites, organização para o trabalho em grupo
desenvolvido de forma contínua, ao longo de todo o desenvolvimento do processo ensino-
aprendizagem, isto é, deverá ser constante: no início, no decorrer e no final do processo.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Currículo Básico para a Escola Publica do Estado do Paraná
Diretrizes Curriculares da Educação Fundamentada da rede de Educação Básica do Estado do
Paraná
Orientações curriculares (Departamento de Ensino Médio) Fev. 2006-07-24
32.4 FILOSOFIA – ENSINO MÉDIO
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Sendo a Filosofia considerada como conteúdo produzido pelos filósofos ao longo da
história da humanidade, é necessário que os estudantes adquiram conhecimentos da sua
história para melhor compreendê-la.
Para um entendimento eficiente, podemos citar Ferrater Mora (2001), que destaca a
história da Filosofia no mundo e no Brasil da seguinte forma:
A divisão cronológica linear:
Filosofia Antiga;
Filosofia Medieval;
Filosofia Renascentista;
Filosofia Moderna;
Filosofia Contemporânea.
A divisão geográfica:
Filosofia Ocidental;
Filosofia Africana;
Filosofia Oriental;
Filosofia Latino Americana, etc...
A divisão por conteúdos:
Teoria do Conhecimento;
Ética;
Filosofia Política;
Estética;
Filosofia da Ciência;
Ontologia;
Metafísica;
Lógica;
Filosofia da Linguagem;
Filosofia da História;
Epistemologia;
Filosofia da Arte, etc...
A Filosofia tem sua contribuição relevante enquanto investigação de problemas de
recorrência histórica, gerando em seus processos discussões promissoras que podem
desencadear ações transformadoras, individuais e coletivas nos sujeitos do fazer
filosófico/histórico. Isso considerando que um dos sentidos do Ensino Médio é a formação
pluridimensional e democrática, capaz de oferecer aos estudantes a possibilidade de
compreensão das complexidades do mundo contemporâneo que se manifesta de forma
fragmentada.
A aula de Filosofia possibilita a experiência filosófica, ou seja, de se colocar à prova o
pensamento, da busca da compreensão, da imaginação, da investigação e da resignificação de
conceitos. O conhecimento filosófico, assim como os demais não se constituem de forma
espontânea ou mecânica, depende de um conjunto de mediações que permitem reconstruir os
conceitos de forma a ressignificá-los, numa perspectiva de quem dialoga com a práxis, por
isso, é importante que a análise das necessidades humanas apresente um posicionamento
crítico em relação à atualidade, analisando as ações individuais e coletivas do presente e do
passado de forma consciente, sem julgamento de valores desprezando a compreensão
limitada proveniente do senso comum.
O texto filosófico por um lado contribui para o entendimento e a prática de análise das
sociedades historicamente determinadas, e por outro, fornece condições teóricas de reflexão
em relação às possibilidades históricas apontadas pela prática social contemporânea. Dessa
maneira, o ensino de Filosofia, pressupõe atividades de leitura, debates, produção de textos,
entre outras estratégias, a fim de que o diálogo investigativo seja de fato a diretriz da aula.
OBJETIVOS
Subsidiar o estudante para o desenvolvimento de um estilo próprio de pensamento;
Propiciar momentos para o aluno reelaborar e resignificar conceitos;
Analisar os problemas da vida com significado histórico e social, à luz da história
da filosofia e, por conseguinte, dos homens;
Possibilitar espaço de estudo de filosofia, do filosofar e dos filósofos;
Entender as questões da atualidade, partindo da história e da percepção da
filosofia;
Questionar leituras e análises filosóficas de textos, debater, pesquisar, sistematizar
e elaborar conceitos.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS
A partir de 2.011, a disciplina de Filosofia será ministrada nas três séries do Ensino
Médio. Dessa maneira, os conteúdos curriculares de Filosofia estarão dispostos conforme as
tabelas abaixo:
1º ano do Ensino Médio -2011Conteúdo Estruturante Conteúdo BásicoMITO E FILSOFIA -Saber Mítico
-Saber Filosófico-Relação Mito e Filosofia-Atualidade do mito-O que é Filosofia
TEORIA DO CONHECIMENTO
-Possibilidade do conhecimento-As formas de conhecimento-O problema da verdade-A questão do método-Conhecimento e lógica
2º ano do Ensino Médio - 2011Conteúdo Estruturante Conteúdo BásicoÉTICA -Ética e Moral
-Pluralidade ética-Ética e violência-Razão, desejo e vontade-Liberdade: autonomia do sujeito e a necessidade das normas
FILOSOFIA POLÍTICA -Relações entre comunidade e poder-Liberdade e igualdade política
-Política e ideologia-Esfera pública e privada-Cidadania formal e/ou participativa
3º ano do Ensino Médio - 2011Conteúdo Estruturante Conteúdo BásicoFILOSOFIA POLÍTICA4 -Relações entre comunidade e poder
-Liberdade e igualdade política-Política e ideologia-Esfera pública e privada-Cidadania formal e/ou participativa
FILOSOFIA DA CIÊNCIA -Concepções de ciência-A questão do método científico-Contribuições e limites da ciência-Ciência e ideologia-Ciência e ética
ESTÉTICA -Natureza da arte-Filosofia e arte-Categorias estéticas – feio, belo , sublime, trágico, cômico, grotesco e outras categorias.Estética e sociedade
Caberá ao professor em seu planejamento encaminhar a divisão dos conteúdos nos bimestres.
ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
É importante reconhecer que há uma linguagem própria da filosofia, que deve ser
articulada com os estudantes, a fim de levá-los a esta compreensão, para melhor construírem
suas reflexões no âmbito filosófico.
O exercício filosófico poderá se manifestar em cada aula, na relação- educador –
educando, quando ambos podem refazer a percurso filosófico. Isso garante ao estudante a
assimilação reflexiva e o desenvolvimento de uma conduta filosófica em relação aos
problemas que a realidade aponta em sua “objetividade” e que são assimilados
subjetivamente.
O professor de filosofia deve ter claro que o processo de ensino e aprendizagem em
filosofia possui uma peculiaridade que a faz diferente de todas as outras disciplinas. O
aprender e o ensinar em filosofia só se concretizam na experiência que acontece em cada aula
4 Conteúdo a ser ministrado especificamente para a turma do ano de 2011, uma vez que esses alunos a priori não tiveram esse conteúdo no ano de 2010. Após 2011, esse conteúdo estruturante fará parte apenas da proposta currícular do 2º ano do Ensino Médio.
e na relação do professor e do estudante com o texto filosófico, bem como com a socialização
de saberes através do processo organizacional da linguagem.
Como fazer este caminho filosófico? Superando a passividade, o senso comum e os
preconceitos existentes no cotidiano familiar, que se diferenciam a linguagem filosófica e do
saber sistematizado.
No ensino de Filosofia no Ensino Médio deve-se considerar o ensino como
problemática central, que exige uma tomada de posição teórica e prática dos agentes
envolvidos no processo. Desse modo, se considera algumas práticas metodológicas que se
relevantes para a significação do conteúdo filosófico:
Estimular o desenvolvimento e autonomia do educando;
O diálogo como experiência primordial;
Substituir o verticalismo e o autoritarismo pela discussão coletiva e pela
participação consciente e responsável dos educandos;
O ensino de filosofia não é apenas ensinar algumas filosofias, nem conteúdos
prontos e acabados e não se resume a uma simples técnica didática;
Não é um treinamento para reprodução mecânica de conhecimentos adquiridos;
È uma atividade problematizadora na busca da inteligibilidade daquilo que se
apresenta como problema e como algo interrogativo;
Fundamentar nas ações, decisões humanas contextualizadas, mediadas pela
linguagem e por uma leitura que manifeste o essencial e o particular histórico da
experiência filosófica;
Levar o aluno a analisar, o texto filosófico, de forma a articular a sua linguagem
com as construções argumentativas;
Para a leitura de textos, cabe ao professor fazer uma seleção de assuntos e temas
relevantes que estejam ao alcance dos alunos, priorizando obras filosóficas. Tais
textos deverão ter uma unidade e coerência argumentativa sem trazer prejuízos no
todo da obra e no seu entendimento;
Toda discussão deve pautar-se pela ausência de julgamento de valores, de forma a
evidenciar as condições históricas como possibilidades de organização e
sistematização do conhecimento. Destacar-se-à a relação entre a necessidade e as
condições reais (materiais) de realização de uma prática e/ou teoria.
O professor poderá utilizar recursos audiovisuais, folhas de transparências, textos e
artigos científicos, textos informativos que propiciem a problematização e relação do
conteúdo cientifico com a práxis. O uso de filmes, trechos de filmes, análise de propagandas,
músicas e outros também serão contemplados, conforme o conteúdo intencionalmente
planejamento e as condições próprias da turma para a aprendizagem.
Para o ensino dos conteúdos estruturantes é importante seguir os seguintes passos:
A mobilização para o conhecimento;
A problematização;
Investigação;
A criação de conceitos.
AVALIAÇÃO
A avaliação deve ser concebida na função diagnóstica, isto é, ela não possui uma
finalidade em si mesma, mas tem por função subsidiar e mesmo redirecionar o curso da ação
do processo ensino-aprendizagem, tendo em vista garantir a qualidade do processo
educacional que, professores, estudantes e a própria instituição de ensino estão construindo
coletivamente.
No ato der avaliar a referida disciplina de Filosofia há uma necessidade profunda de
respeito pela pessoa e pelas concepções dos próprios estudantes, mesmo não havendo
concordância. Há de se destacar a necessidade de coerência na argumentação, que se reflete
na coerência do ponto de vista, isso sim é passível de discussão e avaliação. Deve-se
considerar a capacidade do estudante do Ensino Médio em criar e resignificar conceitos,
analisar que conceitos foram elaborados, que preconceitos foram quebrados, estabelecer
comparações entre o discurso que se tinha antes e qual o discurso que se tem após o estudo.
Assim, a avaliação de filosofia tem início já com a mobilização, coletando o que o
estudante pensava antes (conhecimentos prévios) e o que ele compreende após o processo de
mediação do saber sistematizado. Nessa perspectiva é possível entender a avaliação como um
processo que se dá no interior da própria aula de Filosofia e não um momento em separado
destinado a avaliar. Ou seja, a avaliação é contínua, processual, diagnóstica e formativa.
Os instrumentos de avaliação serão escolhidos de acordo com os conteúdos e o
objetivo da avaliação; consequentemente, os critérios da avaliação estarão concatenados
também aos conteúdos e objetivos selecionados.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Diretrizes Curriculares da Educação Básica - SEED
CHAUI, Marilene. Filosofia. Editora Ática, 1ª edição, 2005
Nobel. Apostila de Filosofia. Editora Liceu Ltda
Jornal Mundo Jovem – PUC, RS, ano 2008, 2009 e 2010
Livro Didático da Secretaria de Estado da Educação. Vários autores, 2006
Filosofia. Vários Autores, Curitiba: SEED-PR, 2006, pág 336 (Livro Didático)
Brasil. Secretaria de Educação Básica. Orientações Curriculares do Ensino Médio. Brasília.
MEC/SEB, 2004
32.5 FÍSICA – ENSINO MÉDIO
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Tendo por base um processo educativo que se contrapõe ao ensino mecânico e
decorativo, a discussão fundamentada no método histórico apontou para a necessidade de se
relacionar ciência-tecnologia de maneira a evitar “a apresentação da ciência como verdade
absoluta – à margem da sociedade – e contribuir para o desenvolvimento da criticidade dos
estudantes” (DCE- FÍSICA, p. 152).
O conhecimento das leis e fenômenos físicos constitui em complemento indispensável
à formação cultural do homem, não só em virtude do grande desenvolvimento científico e
tecnologia do mundo atual, como também porque o mundo da Física nos rodeia por completo,
essa é a compreensão que os alunos devem apreender quando a eles for mediado esse
conhecimento científico de forma intencional e sistematizada.
Para o ensino dessa disciplina a proposta pedagógica que coaduna com os reais
anseios da sociedade é a que aponta para um ensino “centrado em conteúdos e metodologias
capazes de levar os estudantes a uma reflexão sobre o mundo das ciências” (DCE- FÍSICA,
p. 153.).
OBJETIVOS
Articular o conhecimento físico com conhecimento de outras áreas do saber
científico;
Reconhecer o papel da física no sistema produtivo, compreendendo a evolução
dos meios tecnológicos e sua relação dinâmica com a evolução do
conhecimento científico e desenvolvimento da sociedade;
Reconhecer a Física enquanto construção humana, aspectos de sua história e
relações com o contexto cultural, social, político e econômico.
Analisar, observar, comparar, compreender, relacionar e justificar situações
sociais que envolvam aspectos físicos e/ou tecnológicos relevantes.
CONTEÚDOS
1º ano (ano letivo 2009)
Conteúdo Estruturante Conteúdo Básico Conteúdo EspecíficoMovimento
1ª; 2ª e 3ª Lei de Newton
Conservação, quantidade de movimentos
impulso
Leis de Newton; aplicações das Leis de Newton; Impulso e quantidade de movimento; Conservação do momento linear;* o professor deverá trabalhar as entidades físicas de velocidade e trajetória.
Energia e príncipios Energia e potencial; Princípio
de conservação de energia
da conservação de energia; Trabalho e potência;
GravitaçãoLeis de Kepler; Lei da gravitação universal; Campo gravitacional; Força centrípeta;
2º ano (ano letivo 2010)
Conteúdo Estruturante Conteúdo Básico Conteúdo Específico
Termodinâmica Leis da
Termodinâmica; lei Zero; 1ª e 2ª Lei
Termometria; Conceitos de calor e temperatura; Energia térmica; Escalas de temperatura; Dilatação dos líquidos e dos sólidos; Lei dos gases ideais; Transmissão de calor;Leis da termodinâmica; Conceito de energia;
Eletromagnetismo Natureza da Luz e suas propriedades
Espelhos planos; Espelhos esféricos; Refração e lentes; Óptica Geométrica; Óptica Física; Luz: natureza e propriedades; Interferência; Difração;Conceitos de ondas; Ondas eletromagnéticas e mecânicas; Velocidade de propagação; Comprimento de onda e frequência; dualidade onda e partícula;Reflexão e refração; Difração da matéria; natureza crepuscular da lus (os quanta); Ressonância; Polarização; Efeito doppler; Interferência; Ondas estacionárias.
3º ano (ano letivo 2010)
Conteúdo Estruturante Conteúdo Básico Conteúdo Específico
Eletromagnetismo Carga corrente elétrica campo
Processo de eletricização; Cargas elétricas; Força elétrica; Campo elétrico;
ondas eletromagnéticas
força eletromagnéticas equações de Maxwell
(Lei de Gaus, Lei de Coulomb, lei de Ampere, lei de Gaus Magnética, Lei de Faraday)
Potencial elétrico; Diferença de Potencial;Resistência elétrica e resistores; Corrente elétrica; Circuitos elétricos: Lei de Ohn; Associação de resistores (série, paralela e mista); Potência e energia elétrica; Geradores elétricos;Campo magnético; Força magnética;Imã elétrico ou eletroimã; Indução eletromagnética: Lei de Lenz; Aplicações da indução eletromagnética: Geradores eletromagnéticos;
Para o ano letivo de 2.011 o conteúdo de Física ficará concentrado no 2º ano do E. M.
E 3º ano do E. M., conforme segue quadros abaixo:
2º ano do Ensino Médio (ano letivo 2011)
Conteúdo Estruturante Conteúdo Básico Conteúdo Específico
Movimento
1ª; 2ª e 3ª Lei de Newton
Conservação, quantidade de movimentos
impulso
Leis de Newton; aplicações das Leis de Newton; Impulso e quantidade de movimento; Conservação do momento linear;* o professor deverá trabalhar as entidades físicas de velocidade e trajetória.
Energia e príncipios de conservação de energia
Energia e potencial; Princípio da conservação de energia; Trabalho e potência;
GravitaçãoLeis de Kepler; Lei da gravitação universal; Campo gravitacional; Força centrípeta;
Eletromagnetismo Carga corrente elétrica campo ondas
eletromagnéticas força eletromagnéticas equações de Maxwell
Processo de eletricização; Cargas elétricas; Força elétrica; Campo elétrico; Potencial elétrico; Diferença de Potencial;Resistência elétrica e resistores; Corrente elétrica;
(Lei de Gaus, Lei de Coulomb, lei de Ampere, lei de Gaus Magnética, Lei de Faraday)
Circuitos elétricos: Lei de Ohn; Associação de resistores (série, paralela e mista); Potência e energia elétrica; Geradores elétricos;Campo magnético; Força magnética;Imã elétrico ou eletroimã; Indução eletromagnética: Lei de Lenz; Aplicações da indução eletromagnética: Geradores eletromagnéticos.
Natureza da Luz e suas propriedades
Espelhos planos; Espelhos esféricos; Refração e lentes; Óptica Geométrica; Óptica Física; Luz: natureza e propriedades; Interferência; Difração;Conceitos de ondas; Ondas eletromagnéticas e mecânicas; Velocidade de propagação; Comprimento de onda e frequência; dualidade onda e partícula;Reflexão e refração; Difração da matéria; natureza crepuscular da lus (os quanta); Ressonância; Polarização; Efeito doppler; Interferência; Ondas estacionárias.
3ª ano do Ensino Médio (ano letivo 2012)
Conteúdo Estruturante Conteúdo Básico Conteúdo Específico
Termodinâmica Leis da
Termodinâmica; lei Zero; 1ª e 2ª Lei
Termometria; Conceitos de calor e temperatura; Energia térmica; Escalas de temperatura; Dilatação dos líquidos e dos sólidos; Lei dos gases ideais; Transmissão de calor;Leis da termodinâmica; Conceito de energia;
ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
A disciplina de Física pode ser trabalhada com texto diversificado onde se haja
concepção filosófica e visão de mundo. O aluno deve ser estimulado a compreender a
distinção entre conhecimento sensível e inteligível, tendo como ponto de partida o
conhecimento que o próprio aluno já apreendeu e levando em consideração a história das
Ciências.
As atividades orientadas pelo professor devem ser intencionadas de modo que o aluno,
no decorrer do estudo, seja gradualmente capaz de compreender conceitos envolvidos nos
fenômenos que o circunda, nesse movimento, os antigos paradigmas são quebrados e o
conhecimento científico seja significado pelo aluno em seu cotidiano, para que o mesmo
compreenda as transformações da sociedade.
O professor mediará o conhecimento fazendo uso de metodologias e instrumentos
como debates, experimentos, excursões, recursos audiovisuais e atividades de pesquisa (entre
outros). Sempre objetivando o incentivo a investigação, reflexão, observação, exploração,
expressão oral e escrita.
AVALIAÇÃO
A avaliação deve ter um caráter formativo e processual levando em consideração todos
os aspectos: a compreensão dos conceitos físicos, a capacidade de análise de um texto,
resolução de problemas com base na aplicação de um conceito, a capacidade de elaborar um
relatório sobre um experimento, ou qualquer outro evento que envolva a Física.
Será também um processo de verificação do uso do conhecimento na resolução de
problemas teórico/práticos.
Uma vez que os conteúdos de aprendizagem abrangem os domínios dos conceitos, das
capacidades e das atitudes, é objetivo da avaliação o progresso do aluno em todos estes
domínios.
A avaliação também apresentará um caráter diagnóstico, favorecendo o progresso
pessoal e autônomo do aluno lhe permitindo ter consciência de seu próprio caminho em
relação ao conhecimento; quanto ao professor a avaliação fornecerá informações sobre sua
prática pedagógica, a necessidade de utilização de novos instrumentos e metodologia
diversificada.
Dessa maneira o professor poderá usar instrumentos diversificados para avaliar o aluno,
por exemplo: prova escrita; apresentação de experimentos; relatórios de pesquisa; debate
sobre os fenômenos; explanação sobre textos científicos; relato explicativo de experimentos;
investigação fílmica sobre elementos da Física e outros.
De acordo com as Diretrizes Curriculares do Ensino de Física os critérios para a
avaliação são (p. 184):
houve compreensão dos conceitos físicos essenciais a cada unidade de ensino e
aprendizagem planejada;
houve compreensão do conteúdo físico expressado em textos científicos;
houve compreensão de conceitos físicos presentes em textos não científicos;
o aluno demonstrou capacidade de elaborar relatórios tendo como referencia os
conceitos, as leis e as teorias físicas sobre um experimento ou qualquer outro
evento que envolva os conhecimentos da Física.
Ao aluno será oferecida a recuperação de conteúdos com o uso de metodologia
diversificada e para aquele que apresentar uma necessidade educativa especial, o professor
fará uma intervenção diferenciada tanto na metodologia, como nos instrumentos de avaliação.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL. PARANÁ. Diretrizes Curriculares da Educação Básica – FÍSICA. Curitiba: 2008.
32.6 GEOGRAFIA – ENSINO MÉDIO
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Estudar Geografia é uma forma de compreender o mundo em que vivemos, utilizando
– a como instrumento essencial para compreensão e intervenção na realidade social, ou seja, o
seu campo de estudos é o espaço da sociedade, onde todos os seres vivos vivem e convivem ,
dentro de um processo de continua transformações .
[...]o objeto de estudo da geografia é o espaço geográfico, entendido como espaço produzido e
apropriado pela sociedade […] ( DIRETRIZES CURRICULARES, 2008,p 51)
As transformações que a sociedade produz em seu espaço, são hoje, mais intensas do
que no passado. Tudo que nos cerca se transforma rapidamente, dentro de uma dinâmica
global.
Nessa perspectiva o ensino da Geografia possibilita a apropriação do saber
geográfico, articulando conceitos básicos com outros mais complexos, como regionalização,
mundialização e globalização de forma que o educando compreenda o seu papel de cidadão e
assim atue conscientemente sobre a sua realidade. Sendo assim o ensino da geografia
desenvolve no educando a compreensão do mundo em que vive e o seu papel enquanto
sujeito atuante do espaço geográfico, entendido como aquele historicamente produzido pelo
homem, enquanto se organiza socialmente no espaço vivido, assegurando uma formação cujo
o objetivo final é o exercício da cidadania.
OBJETIVO GERAL
A disciplina tem por objetivo estudar as relações entre processos históricos na
formação da sociedade e o funcionamento da natureza por meio de leitura do lugar, dos
territórios e das diversas paisagens, oferecendo assim instrumentos que ajudam o aluno
compreender criticamente o mundo em que vive, situar-se nele e atuar de modo a transformá-
lo, priorizando o desenvolvimento de relações justas entre homens e valorizando práticas de
conservação da natureza, transformando a educação ambiental em cidadania ambiental.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Dimensão econômica do espaço geográfico
Dimensão socioambiental do espaço geográfico
Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico
Dimensão política do espaço geográfico
CONTEÚDOS BÁSICOS
1ª Série
Novas tecnologias e alterações no espaço
Formação espacial dos estados nacionais
Diferentes grupos socioculturais e suas marcas nas diversas paisagens
As paisagens vegetais da terra e e as paisagens africanas.
O meio ambiente e as grandes paisagens naturais do planeta
Atividades humanas e transformação da paisagem natural nas diversas escalas
geográficas;
Localização do espaço geográfico
Produção do espaço geográfico e impactos ambientais sobre a água, solo, o ar e o clima
Espaço paranaense: Aspectos físicos
2ª Série
Recursos minerais e as fontes de energia
Industrialização e Revolução tecno científica
Urbanização e hierarquia das cidades
Organização do espaço geográfico a partir de políticas econômicas, manifestações
culturais e socioambientais
Teorias demográficas e políticas populacionais
Crescimento demográfico
Composição demográfica
Movimentos migratórios
Aspectos culturais das identidades regionais
A formação da população brasileira, comunidades indígenas da região norte; região
centro oeste: a vida no Xingu
Problemas ambientais dos grandes centros urbanos
Ocupação das áreas de risco, encostas e mananciais
Crise ambiental: conflitos políticos e interesses econômicos
Exploração dos recursos minerais e energéticos
Espaço paranaense: Aspecto populacional
Espaço paranaense: Urbanização
3ª Série
Modos de produção e formações sócio espaciais
Revolução tecno-científica-informacional e novo arranjo do espaço da produção
Industrialização clássica, periférica e planejada
Oposição Norte x Sul e aspectos econômicos da produção
Internacionalização do capital e sistemas financeiros
Formação dos blocos econômicos regionais
Economias de transição
A nova ordem mundial no início do século XXI: o fim dos três mundos e a atual
oposição norte-sul
Fim do Estado de bem-estar social e o neoliberalismo
Os atuais conceitos de Estado-Nação, país, fronteira e território
Regionalização do espaço mundial
Globalização e direitos humanos: o continente africano
Personalidade: Nelson Mandela
Os novos papéis das organizações internacionais
Redefinição de fronteiras: conflitos de base territorial, tais como: étnicos, culturais,
políticos, econômicos, entre outros
Nacionalismo, minorias étnicas, separatismo e xenofobia
Diferentes grupos étnicos e o racismo: migração e desemprego
Diferentes socioculturais e suas marcas na paisagem
Movimentos migratórios e suas implicações
Crise ambiental: conflitos políticos e interesses econômicos
Globalização e meio ambiente
Espaço paranaense: Aspectos econômicos
ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
Os encaminhamentos metodológicos constituem um conjunto de ações ordenadas,
orientadas para a realização de um trabalho pedagógico. Nesse sentido a aplicação de
diferentes linguagens presentes nas atividades tem a intenção de promover a construção das
noções fundamentais que encaminham à compreensão do conhecimento geográfico.
O uso de imagens, textos literários, músicas, mapas e atividades que auxiliem o aluno
a compreender os conteúdos estudados, como aulas de campo, pesquisas, debates e seminários
que são procedimentos ricos e importantes para o processo de aprendizagem, podendo
entretanto, contribuir para a socialização dos alunos e favorecer um trabalho multidisciplinar e
reflexivo uma vez que apontam os possíveis vínculos de transversalidade entre os mesmos,
pois fornece sugestões que propiciam a busca de informações por parte do educando. Dessa
forma amplia-se a possibilidade de reflexão e relação com a realidade local , regional e
global.
AVALIAÇÃO
Entendemos a avaliação como uma observação continua do processo
ensino/aprendizagem e não como instrumento para quantificar o conhecimento do aluno. Ao
avaliar, o professor tem condições de diagnosticar os problemas relacionados à aprendizagem.
Se forem umas questões cognitivas ou afetivas, por exemplo, se estão relacionadas a
uma dificuldade ou a um bloqueio.
O objetivo é considerar o aluno por inteiro, como pessoa que realiza progressos.
Essa avaliação estabelece critérios como:
Leitura e interpretação de textos produzidos em diferentes linguagens (fotos,
mapas, imagens)
Escrita organizada e produção de textos
Expressão oral e exposição de textos
Pesquisas bibliográficas, tabelas, gráficos, relatórios, construção de maquetes
A avaliação colabora com o professor na prática pedagógica, quando torna – se um
instrumento para inovação e retomada de encaminhamentos que devem ser revistos, ajustados
ou reconhecido como adequados para o processo de aprendizagem, portanto ao aluno que não
conseguir sucesso nas avaliações propostas,será proporcionado uma retomada de conteúdos,
através de novas praticas metodológicas e logo após sera oferecido a recuperação paralela de
notas
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
MOREIRA, Igor.Construindo Espaço Humano, Editora Ática.
CORREA, Ângela. Geografia pesquisa e ação, editora Moderna.
MARINA,Lucia e Tércio. Geografia,Editora Ática.
PARANÁ. Secretária do Estado da Educação. Instrução nº 04/2005
SUED.Paraná.Curitiba,1990
ADAS, Melhem. Noções básicas de Geografia
CENPEC. Ensinar e Aprender. Imprensa Oficial do Governo do Paraná
SIMIELLI, Maria Elena. Primeiros mapas: como entender e construir. Ed. São Paulo:
Ática,1996.
PARANÁ. Diretrizes Curriculares da Educação – GEOGRAFIA, 2008.
32.7 HISTÓRIA – ENSINO MÉDIO
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
As mudanças no Ensino da História, apesar de sempre presente nos currículos
escolares já assumiu diversas caracterizações. Dentre elas:
A Historia civil relacionada com a Historia Sagrada, ou seja, o ensino para a
catequese. O ensino era meramente a transmissão do programa oficial, reduzindo o
saber à repetição;
A História da Nacionalidade, que visava dois papéis: o civilizatório e o patriótico.
Nesse contexto modelou-se a formação do cidadão que defendia a pátria;
A História Geral, que surge com o processo de industrialização, apresenta a
democracia racial como pano de fundo e é marcada também pelos postulados
estadonovistas;
Estudos Sociais, Consolidados pela Lei 5.692/71, que diluem os conteúdos tanto
da disciplina de História quanto de Geografia. Essa fusão teve marcas da ideologia
militarista, que estamos tentando revisar até hoje;
História critica, que se contrapõe à imagem redutora da disciplina, buscando
desenvolver, mais que alunos críticos, cidadãos capazes de analisar os processos
históricos em que estão inseridos.
É necessário pensarmos a Historia enquanto conhecimento ampliado, tanto pelos
historiadores, com seus estudos teóricos (fontes documentais), como pela aproximação com
as demais áreas de ensino (interdisciplinaridade).
Define-se, assim, a importância do conhecimento histórico como elemento
fundamental para a compreensão social. É por isso que a Historia desempenha papel relevante
na formação da cidadania, possibilitando uma visão reflexiva sobre a pessoa enquanto
individuo e elemento de um grupo. Somente nesse momento conseguiremos formar jovens
que respeitem e compreendam a importância do outro na sociedade.
OBJETIVO GERAL
Compreender as características da sociedade atual, identificando às relações sociais e
econômicas, os regimes políticos, a diversidade cultural e as questões ambientais comparando
– as com as características de outros tempos e lugares, percebendo assim a relação entre
passado e presente e consequentemente com o futuro.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Representação e comunicação
Criticar, analisar e interpretar fontes documentais de natureza diversas, reconhecendo
o papel das diferentes linguagens, dos diferentes agentes sociais e dos diferentes
contextos envolvidos em sua produção.
Analisar e interpretar textos sobre os processos históricos, a partir das categorias e
procedimentos próprios do discurso historiográfico.
Investigação e compreensão
Relativizar as diversas concepções de tempo e as diversas formas de periodização do
tempo cronológico, reconhecendo-as como construções culturais e históricas.
Estabelecer relações entre continuidade/permanência e ruptura/transformação os
processos históricos.
Construir a identidade pessoal e social da dimensão histórica, a partir do
reconhecimento do papel dos indivíduos nos processos históricos simultaneamente
como sujeito e como produto dos mesmos.
Atuar sobre os processos de construção de memória social, partindo da crítica dos
diversos “lugares de memória” socialmente instituídos.
Contextualização sócio-cultural
Situar as diversas produções de cultura, as linguagens, as artes, a filosofia, a religião,
as ciências, as tecnologias e outras manifestações sociais nos contextos históricos de
sua constituição e significação.
Situar os momentos históricos nos diversos ritmos de duração e nas relações de
sucessão e/ou de simultaneidade.
Comparar problemáticas atuais e de outros momentos históricos.
Posicionar-se diante de fatos presentes a partir da interpretação de suas relações com o
passado.
- Observar e colher informações de diferentes paisagens e registros escritos,
iconográficos, sonoros e materiais;
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Segundo as Diretrizes, entende-se por Conteúdos Estruturantes os conhecimentos de
grande amplitude que identificam e organizam os campos de estudos de uma disciplina
escolar, considerados fundamentais para a compreensão de seu objeto de estudo e ensino.
Os Conteúdos Estruturantes são imprescindíveis para o ensino de História, pois eles
derivam os conteúdos básicos, temas históricos e específicos que compõem o trabalho
pedagógico e a relação de ensino / aprendizagem no cotidiano da escola, e devem ser
trabalhados de forma articulada entre si.
Para a disciplina de História no Ensino Médio os Conteúdos Estruturantes são:
Relações de trabalho;
Relações de poder;
Relações culturais;
CONTEÚDOS BÁSICOS
1º Ano
A construção da História;
A origem e o desenvolvimento da humanidade;
Da Pré-história aos primeiros Estados;
A origem e Identidade do homem americano
As civilizações antigas: Egito, Grécia, Roma, Bizâncio, Islã.
Idade Média;
A consolidação das Monarquias na Europa;
O Renascimento cultural e científico;
A expansão ultramarina europeia;
A política econômica dos Estados nacionais europeus (mercantilismo);
A Reforma Protestante e a Reforma Católica.
Os primeiros brasileiros
Os primeiros habitantes do Paraná
Colonização do Paraná
Civilziação Africana – Reino e império
2º Ano
As culturas indígenas americanas;
A Colonização da América espanhola e inglesa;
Organização político-administrativa, econômica, religiosa e social na América
Portuguesa;
A presença Holandesa no nordeste açucareiro;
A mineração no Brasil colonial;
Povoamento do Paraná
O Iluminismo;
As Revoluções Inglesa e Francesa;
A Revolução Industrial;
O processo de independência da América portuguesa, inglesa e espanhola;
A formação dos Estados Unidos;
Unificação da Itália e Alemanha;
O Imperialismo na África e na Ásia;
O movimento operário e o advento do socialismo;
O governo de D. Pedro I;
O Período Regencial;
O governo de D. Pedro II
As culturas indígenas americanas
Mineração, trabalho escravo (indígena e africanos)
Imperialismo na África
Cultura Africana
América Latina no século XIX
3º Ano
O Brasil na Primeira República;
A Primeira Guerra Mundial;
A Revolução Russa de 1917;
A crise de 29 e seus reflexos na economia mundial;
Regimes totalitários na Europa;
O governo de Getúlio Vargas (1930 – 1945)
A Segunda Guerra Mundial;
A Guerra Fria;
Governos populistas no Brasil;
Governo Lula : lei 10.639
Experiências de esquerda na América Latina;
O regime autoritário no Brasil;
Redemocratização Populista – Guerra de Porecatu
Brasil: da redemocratização aos dias atuais;
A globalização e o futuro da economia mundial.
Obs.: Os conteúdos referentes à História do Paraná; Educação Indígena e História
Afro-brasileira e Africana serão contemplados de forma interdisciplinar, nos conteúdos
básicos.
ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
Como afirmamos na Fundamentação Teórica, atualmente o Ensino de História está em
processo de mudanças substanciais no que se refere aos conteúdos e a metodologia. Quanto a
nos, optamos pela divisão tradicional da historia, inserindo quando possível às contribuições
do estudos mais recentes. Entendemos que para analisar é necessário conhecer os fatos.
Mostrar as descontinuidades e rupturas porém dentro de um universo compreensível a faixa
etária, pois, é necessário incorporar novas metodologias, mas com cuidado, para não
transformar o estudo da história numa Sociologia da História ou, o que é pior, num criticismo
estéril, politiqueiro e pouco produtivo. Lembrar que a história é feita por seres humanos.
Compreender os processos, mas valorizar também os personagens. Apresentar a história de
forma que possa incentivar o aluno a construir o seu saber. No mundo de hoje o professor
deve ser um incentivador. Utilizar a história para formar cidadãos conscientes é o nosso
objetivo, e para isso a participação do aluno é fundamental.
Reafirmando a necessidade de novas metodologias para maior compreensão dos
alunos o professor deverá estimulá-los a conhecer filmes e demais fontes historiográficas,
além de do que estejam contidas nos livros didáticos.
Pois se faz necessário pensarmos a história enquanto conhecimento ampliado, tanto
pelos historiadores, pelos seus estudos teóricos (fontes documentais), como pela aproximação
com as demais áreas de ensino (interdisciplinaridade).
Além dos filmes e bibliografias propostos, o professor não deve deixar de trazer para a
sala de aula as outras linguagens dos meios de comunicação midiáticos, tais como reportagens
de jornais, revistas, rádios etc. fazendo desses recursos seus aliados na dinamização
metodológica na transposição de conteúdos estruturados e significativos.
AVALIAÇÃO
No processo de avaliação é importante considerar o conhecimento prévio, as hipóteses
e os domínios dos alunos e relacioná-los com as mudanças que ocorrem no processo ensino-
aprendizagem. Portanto ela deve ter caráter diagnostico e possibilitar o educador avaliar seu
próprio desempenho através de textos escritos, pesquisas, trabalhos coletivos, seminários,
contemplando no final do trabalho uma recuperação de conteúdos e notas, uma vez que a
instituição escolar exige para promovê-lo.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
PARANÁ. Diretrizes Curriculares da Educação – HISTÓRIA, 2008.
PETTA, Nicolina Luiza / OJEDA, Eduardo Aparício Baez, História uma abordagem integrada
2ª edição, editora Moderna.
SILVA, Francisco de Assis, 1937, História / Francisco de Assis. São Paulo, editora Moderna,
2001.
32.8 LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA - INGLÊS – ENSINO MÉDIO
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A ação educativa deve exercer-se com vistas à maior igualdade na distribuição dos
benefícios sociais, econômicos e culturais. Sendo assim, o ensino de Língua Estrangeira
Moderna – Inglês, não poderia ser diferente, temos então uma preocupação em contribuir para
a formação de um sujeito/cidadão pleno.
A língua é a expressão natural de uma cultura e seus valores, ao conhecer outras
línguas há também a possibilidade de o sujeito visualizar-se em sua própria cultura, já que o
conhecimento de outras permite uma leitura, análise, confronto e o que é mais importante:
significar e resignificar esse conhecimento.
Quando se tem por objetivo maior a formação de um sujeito crítico, é necessário
pensar, primeiramente, que ela precisa e deve ser realmente integral, interacional e dialógica.
Para que haja integração, interação e dialogismo, o discurso/texto deve ser entendido
na sua totalidade, isto é, não, como mero pretexto para ensinar estruturas, mas sim percebendo
a existência de um sujeito/produtor, um momento de produção e de um sujeito/leitor, nesse
caso, o aluno. São esses elementos que propiciam a chamada troca social. É no discurso que
se notam a presença do real e do significativo. Numa perspectiva dialógica, com abordagens
comunicativas educando percebe-se enquanto sujeito/leitor e produtor de discursos.
Os conteúdos devem, também estar voltados para o crescimento intelectual e
comunicativo do aluno, preparando-o para situações reais de elaborar seus próprios discursos,
pois terá a possibilidade de ler discursos próprios e de outros e formular sentidos no mundo.
Ensinar uma língua é ir além das questões linguísticas estruturais, é chegar nas
questões culturais e extras–linguísticas. Temos então, como conhecimentos fundamentais para
o ensino/aprendizagem de LEM e seu uso efetivo, os conhecimentos discursivos,
sociolinguísticos, gramaticais e estratégicos.
Com essa proposta, as ações pedagógicas estarão subsidiando os alunos para a
efetivação de um sujeito crítico e transformador.
OBJETIVOS GERAIS
Ampliar a visão de mundo dos alunos, tornando-os cidadãos mais críticos e
reflexivos;
Perceber a própria cultura por meio do conhecimento da cultura de outros
povos;
Ter maior consciência sobre o papel das línguas na sociedade (discurso e
suas especificidades)
Vivenciar, na aula de Língua Estrangeira, formas de participação que lhe
possibilite estabelecer relações entre ações individuais e coletivas
Se temos objetivos tão amplos com relação ao ensino da L.E.M., não podemos de
forma alguma nos esquecer de que todas as ações pedagógicas do professor devem primar por
desenvolver no aluno condições especificas no que se refere a: LEITURA-ORALIDADE (fala
e escuta)-ESCRITA.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Leitura
Ler observando o ritmo, entonação e pontuação
Utilizar estratégias variadas para a compreensão e analise de textos diversos
Oralidade
Saber utilizar adequadamente a linguagem oral e os seus recursos em situação de
comunicação diversa, considerando a variação lingüística, o grau de formalidade, o
contexto, o interlocutor e a intenção para alcançar as diferentes finalidades.
Escrita
Produzir textos diversos, principalmente o de uso funcional/social, compreendendo
as condições de produção (quem, por quê, o quê, como, onde e quando)
Aspectos lingüísticos
Compreender a natureza da língua como código/sistema de escrita e o
funcionamento da linguagem, e aprimorar a capacidade de compreender e praticar
reflexões sobre os usos das convenções da língua formal (gramática, léxico,
morfologia, sintaxe) e sua organização para ampliar as possibilidades de seu uso.
Obs. Os aspectos lingüísticos serão trabalhados de forma contextualizada, a fim de
garantir sua funcionalidade na produção de discursos.
CONTEÚDOS
Os conteúdos estruturantes para o Ensino Médio forma selecionados tendo em vista a
garantia de que prática de leitura, escrita e oralidade e sejam contempladas em todas as séries.
Para que isso ocorra faz-se necessário à compreensão de praticas de ensino voltada a situações
reais de comunicação e conseqüentemente de produção de discursos significativos.
Apresentar-se formal e informalmente;
Cumprimentar e despedir-se
Dar informações pessoais, sobre a família, profissões;
Perguntar e responder sobre preferências;
Fornecer e obter informações pessoais;
Descrever seu dia-a-dia e de outros;
Perguntar e responder sobre atividades de rotina e lazer;
Produzir pequenos textos narrativos;
Solicitar e fornecer informações sobre preços, cor, tamanho de objetos (situações
de compra e venda);
Informar sobre os cômodos da casa e mobília;
Perguntar e informar sobre serviços, pontos turísticos e suas localizações;
Perguntar e responder sobre atividades de rotina, lazer e com que freqüência elas
são desenvolvidas;
Descrever fisicamente pessoas e suas vestimentas;
Perguntar e responder sobre problemas de saúde;
Dar e obter informações sobre as condições meteorológicas;
Perguntar e responder sobre acontecimentos em um tempo no passado;
Perguntar e informar sobre acontecimentos futuros;
Convidar e responder a convites;
Fazer um pedido;
Oferecer, aceitar ou recusar algo;
Pedir permissão a alguém para fazer algo;
Fazer comparações entre dois ou mais elementos;
Fazer descrição psicológica das pessoas;
Pedir e dar conselhos;
Descrever seu estado psicológico;
Expressar forte obrigação, proibição e ausência de obrigação;
Expressar ações que começaram no passado e que continuam no presente
É preciso deixar claro que todos os conteúdos estruturantes serão focados dentro da
diversidade de gêneros textuais, dentre os quais podemos citar:
Textos descritivos curtos;
Textos informativos curtos;
Noticias curtas de revistas (do tipo da seção “Gente” ou “Datas” da revista “Veja”
ou similares estrangeiros);
Textos poéticos
Jogos de adivinhação;
Textos de instruções (como executar uma receita, montar um móbile, fazer uma
dobradura, chegar e entender as instruções para o funcionamento de objeto
estrangeiro)
Relatos;
Cartuns;
Charges;
Tiras humorísticas;
Historias em quadrinhos;
Anedotas;
Textos publicitários;
Textos históricos;
Mapas;
Criticas de cinema;
Entrevistas;
Textos literários (poéticos e narrativos)
Artigos de jornal e revistas;
Paginas de guias turísticos;
Resenhas de livros;
Textos informativos;
Textos argumentativos
ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
A concepção assumida em Língua Estrangeira Moderna Inglês pressupõe ações
pedagógicas pautadas na construção do conhecimento de forma crítica e reflexiva, engajada
na realidade e que visem a busca e uso dos saberes adquiridos.
Nesse sentido busca-se um planejamento que contemple a reflexão sobre a linguagem,
seu uso, sua intenção e seus objetivos.
A linguagem será contemplada na sua amplitude: expressão oral (fala e escuta),
leitura, produção e analise lingüística.
Com relação às atividades de oralidade serão criados ambientes descontraídos e
dinâmicos para que a expressão oral seja espontânea e consistente(encenações e
dramatizações, relatos, entrevistas...).
Já a leitura visa proporcionar o contato com uma tipologia textual variada, textos
autênticos (originais) e não-autênticos (adaptados), dando oportunidade para análises criticas
e reflexivas. Explorando e analisando textos verbais e extraverbais, em situações dinâmicas,
por meio de: gibis (tiras humorísticas), anedotas, poesias, rótulos, slogans, gravuras,
fotografias, desenhos animados (cartuns), letras de música, textos informativos, narrativos,
descritivos, dissertativos, diálogos.
Após essa gama de possibilidades, o aluno terá condições de produzir textos variados,
sabendo as peculiaridades de cada um e seus objetivos.
A análise linguística é sempre vista como aliada para que o aluno possa desenvolver
suas habilidades de oralidade, leitura e produção, pois é sempre ensinada de forma
contextualizada e reflexiva, o que permite visualizar a língua em sua funcionalidade.
AVALIAÇÃO
A avaliação deve ser entendida como parte integrante do processo ensino /
aprendizagem , sendo assim, tem por finalidade instrumentalizar os envolvidos no processo,
para que possam direcionar e redirecionar as práticas pedagógicas. Para isso é importante que
o educador dê significado ao objeto do conhecimento, lance desafios aos educandos, incentive
os questionamentos e exerça a função de mediador da aprendizagem, valorizando a interação.
A disciplina de Língua Estrangeira Moderna (Inglês), pelo rol de atividades que
oferece, permite uma variedade de instrumentos de avaliação que vão desde a verificação de
conhecimentos linguísticos (como leitura, interpretação e conhecimentos gramaticais) até a
produção de texto (individual e/ou em grupo), os trabalhos criativos de representação teatral,
declamações poéticas, exposições...
Todas as atividades podem e devem ser permanentemente avaliadas, considerando que
a avaliação tenha o caráter diagnóstico: o aluno aprendeu? Se não, por que ocorreu isso e que
medidas devem ser tomadas para mudar a situação?
Recuperação de conteúdos e notas:
A avaliação diagnostica permite ao professor e aluno refletirem sobre o objeto de
ensino, estabelecendo parâmetros que nortearão possíveis retomadas ou avanços. Sendo assim
os resultados da avaliação, quando não satisfatórias, possibilitaram intervenções que revertam
o quadro visto.
Tais intervenções poderão ocorrer das seguintes maneiras:
Recuperação paralela de conteúdos e notas
Refacção textual (individual, em grupos ou coletivo)
Monitoria
Atendimento extraclasse (hora atividade)
Outras formas avaliativas
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BAKHTIN, M. Marxismo e filosofia da linguagem. São Paulo: HUCITEC,1988
SOARES, M. Linguagem e escola: uma perspectiva social. São Paulo: Ática, 1986
ROCHA, Analuiza Machado. Take your time / Analuiza Machado Rocha, Zuleica Àgueda
Ferrari. 3ª ed. reform. São Paulo: Moderna, 2004
ROCHA, Analuiza Machado. Get Ready! Analuiza Machado Rocha, Maria Benta de Lima
Barbosa, Zuleica Àgueda Ferrari. São Paulo: Moderna, 1998.
32.9 LÍNGUA PORTUGUESA – ENSINO MÉDIO
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Pensar numa proposta de Língua Portuguesa que atenda as necessidades reais de
nossos educandos, requer um olhar bastante coerente acerca do que ensinamos e para que
ensinamos o que ensinamos. Assim, entendemos que, o primeiro aspecto a ser considerado no
ensino da língua materna é o sujeito, o contexto ao qual ele se insere e a abordagem teórico –
metodológica a ser utilizada.
Partindo dessa concepção, uma proposta significativa de língua deve valorizar o uso
dessa língua em diferentes situações ou contextos sociais, com sua diversidade de funções e
sua variedade de estilos e modos de falar.
Uma proposta curricular que garanta a eficácia do que se ensina, necessita promover
um trabalho em sala de aula que privilegie a reflexão dos alunos sobre as diferentes
possibilidades de emprego da língua.
Assim, acreditamos que, para se alcançar os objetivos propostos nos apontamentos
acima, o trabalho de Língua Portuguesa necessita sobrepor-se a um mero ensino apenas
transmissivo, isto é, mais que oferecer aos alunos conceitos e regras prontas passíveis à
simples memorização que resulta numa aprendizagem centrada em automatismos e
reproduções mecânicas, é mister que seja propiciado um ensino no qual a ênfase esteja na
função social da língua, na diversidade de gêneros que circulam e, principalmente, a garantia,
do aluno, da capacidade de mecanismos para expressar suas ideias em diferentes situações,
bem como o desenvolvimento da sua criticidade e autonomia em seu contexto social.
Desse modo, conscientes da necessidade de o ser humano, posicionar-se na sociedade
de forma reflexiva e crítica, sobre o mundo que o cerca e, em especial, sobre a utilização da
linguagem como instrumento de interação social, precisamos para tanto, proporcionar
conhecimentos que o permitam compreender, analisar criticamente, interpretar e produzir
textos verbais e extra-verbais. Portanto, é numa perspectiva dialógica com o meio social que
embasamos nossas práticas pedagógicas, pois acreditamos na humanização dos indivíduos por
meio de uma proposta dinâmica e funcional da língua.
OBJETIVO GERAL
O objetivo maior que norteia a referida proposta e proporciona um ensino de Língua
Portuguesa no qual seja garantido ao aluno o domínio da língua oral e escrita como
instrumento de acesso a uma vida social plena, estimulando-o a expor suas ideias e
experiências, enfim, tornando-se um sujeito capaz de construir e modificar sua própria
história, apropriando-se de competência discursiva e de recursos que o torne consciente dos
usos que faz da língua.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Ler criticamente, perceber a existência do sujeito que apresenta uma prática
histórica, uma visão-de-mundo, uma intenção;
Ler compreensivamente, o que implica responder ao texto, seja concordando ou
discordando dele;
Escrever para alguém ler, reconhecendo que o interlocutor é um dos
condicionantes de nossos textos e, em consequência, adequando-os às
circunstâncias de sua produção;
Escrever como trabalho expressivo, utilizando os processos estruturadores do texto
(coesão e coerência); adequando o texto às exigências sócio-culturais que
circundam a escrita (norma padrão e grafia oficial) e aos recursos expressivos da
língua realizando escolhas adequadas tanto à produção de um texto particular
(retórica da expressão), quanto à construção de um discurso próprio (estilo);
respeitando a especificidade de textos ficcionais (narrativos ou poéticos) e não
ficcionais (informativos e argumentativos);
Falar com fluência em situações formais diante de um conjunto plural de
interlocutores, em atividades de transmissão de informações, de exposição de
ideias, de troca de opiniões, de defesa de pontos-de-vista, de representação;
Falar adequando a linguagem às circunstâncias (aos interlocutores, ao assunto, às
intenções), utilizando a norma padrão oral quando isso for necessário;
aproveitando os imensos recursos expressivos da língua. E, principalmente,
praticando a convivência democrática;
Conhecer os conteúdos gramaticais (metalinguísticos); entendendo sua
funcionalidade no texto (epilinguística);
Instrumentalizar, por meio da prática de análise linguística significativa, o aluno
para a ampliação de sua competência discursiva, permitindo-o refletir, pensar e
atuar sobre os aspectos gramaticais dos textos;
Ampliar a cultura sem desvalorizar o sentido de lazer;
Conhecer a matéria cultural elaborada pela humanidade que nos precedeu;
Tomar contato com culturas de épocas diferentes, contrastando-os e/ou
assemelhando-os com os atuais;
Ter conhecimento de situações, reações dos outros e de nós mesmos, na medida
em que nos identificamos com os textos encontrados;
Estudar os estilos de época, seus respectivos autores e suas obras como fonte de
cultura acumulada, tendo-os como base para melhor interpretarmos a literatura
contemporânea;
Proporcionar ao educando a observação e análise crítica de sua realidade em
outros prismas, possibilitando-lhe a oportunidade de uma nova compreensão da
atualidade;
Tornar o educando capaz de ler e situar o momento histórico do objeto de leitura.
Respeitar o texto literário enquanto OBRA DE ARTE;
Reconhecimento da participação histórica dos africanos e seus descendentes na
produção de riquezas materiais e culturais na África e no Brasil;
Ressignificação dos conceitos historicamente acumulados a respeito da África e
dos africanos e afro-descendentes.
Combate ao preconceito existente no contexto escolar, da conscientização da
necessidade de reconhecer e respeitar as diversidades étnicas e culturais.
CONTEÚDOS
1ª série 2ª série 3ªsérieConteúdos Básicos Conteúdos Básicos Conteúdos Básicos
Gêneros DiscursivosEditorialDebate regrado Texto dissertativo-argumentativoOutdoorFábulaArtigo de opiniãoResenha críticaRegulamentoRomanceCarta de reclamaçãoExposição oralPalestra
Leitura- Conteúdo temático;- Interlocutor;- Finalidade do texto;- Intencionalidade do texto;- Argumentos do texto;- Contexto de produção;- Intertextualidade;- Discurso ideológico presente no texto;
Gêneros DiscursivosCrônica;Texto instrucional;Romance;Cartaz;Conto;Mesa redonda;NotíciaEntrevista;Reportagem;Texto argumentativo; Anúncio publicitário;Crítica jornalística;Editorial;Filme;Resenha.
Leitura- Conteúdo temático;- Interlocutor;- Finalidade do texto;- Intencionalidade do texto;- Argumentos do texto;- Contexto de produção;- Intertextualidade;- Discurso ideológico presente no texto;
Gêneros discursivosArtigo de opinião;Carta do leitor;Carta réplica;Carta de reclamação;Carta de solicitação;Debate regrado;Curriculum VitaeBiografia;Autobiografia;Biografia romanceada;Seminário.
Leitura- Conteúdo temático;- Interlocutor;- Finalidade do texto;- Intencionalidade do texto;- Argumentos do texto;- Contexto de produção;- Intertextualidade;- Discurso ideológico presente no texto;
- Vozes sociais presentes no texto;- Elementos composicionais do gênero;- Contexto de produção da obra literária;- Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;- Partículas conectivas do texto;- Progressão referencial no texto;- Marcas linguísticas:coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito);- Semântica (operadores argumentativos, modalizadores,figuras de linguagem).
Escrita- Conteúdo temático;- Interlocutor;- Finalidade do texto;- Intencionalidade do texto;- Informatividade; - Contexto de produção;- Intertextualidade;- Referência textual;- Vozes sociais presentes no texto;- Ideologia presente no texto;- Elementos composicionais no texto;- Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;-Progressão referencial no texto;- Marcas linguísticas:coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, conectores, pontuação, recursos gráficos ( como
- Vozes sociais presentes no texto;- Elementos composicionais do gênero;- Contexto de produção da obra literária;- Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;- Partículas conectivas do texto;- Progressão referencial no texto;- Marcas linguísticas:coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito);- Semântica (operadores argumentativos, modalizadores,figuras de linguagem).
Escrita- Conteúdo temático;- Interlocutor;- Finalidade do texto;- Intencionalidade do texto;- Informatividade; - Contexto de produção;- Intertextualidade;- Referência textual;- Vozes sociais presentes no texto;- Ideologia presente no texto;- Elementos composicionais no texto;- Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;-Progressão referencial no texto;- Marcas linguísticas:coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, conectores, pontuação, recursos gráficos ( como
- Vozes sociais presentes no texto;- Elementos composicionais do gênero;- Contexto de produção da obra literária;- Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;- Partículas conectivas do texto;- Progressão referencial no texto;- Marcas linguísticas:coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito);- Semântica (operadores argumentativos, modalizadores,figuras de linguagem).
Escrita- Conteúdo temático;- Interlocutor;- Finalidade do texto;- Intencionalidade do texto;- Informatividade; - Contexto de produção;- Intertextualidade;- Referência textual;- Vozes sociais presentes no texto;- Ideologia presente no texto;- Elementos composicionais no texto;- Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;-Progressão referencial no texto;- Marcas linguísticas:coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, conectores, pontuação, recursos gráficos ( como
aspas, travessão, negrito);- Semântica ( operadores argumentativos, modalizadores, figuras de linguagem).- Sintaxe de concordância; - Sintaxe de regência;- Vícios de linguagem;- Linguagem, comunicação e interação;- Denotação e conotação;- Texto e discurso;- Semântica ( sinonímia, antonímia, hiponímia, hiperonímia, polissemia e ambiguidade);- Fonologia ( fonema e letra, dígrafo, encontro vocálico e consonantal);- Acentuação gráfica;- Estrutura de palavras;- Formação de palavras;- Linguagem literária;- Literatura Portuguesa: da Idade Média ao Classicismo;- Quinhentismo no Brasil;- Barraco;- Arcadismo.
Oralidade- Conteúdo temático;- Finalidade;- Intencionalidade;- Argumentos;- Papel do locutor e interlocutor;- Elementos extralinguísticos (entonação, expressões faciais, corporal e gestual, pausas ...);- Adequação do discurso ao gênero;- Turnos de fala;- Variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas...);- Marcas linguísticas (coesão, coerência, gírias, repetição);
aspas, travessão, negrito);- Semântica ( operadores argumentativos, modalizadores, figuras de linguagem).- Sintaxe de concordância; - Sintaxe de regência;- Classes de palavras;- Sujeito e predicado;- Termos ligados ao verbo( objeto direto, objeto indireto, adjunto adverbial);- Tipos de sujeito;- Tipos de predicado;- Romantismo;- Realismo, Naturalismo e Parnasianismo;- Simbolismo.
Oralidade- Conteúdo temático;- Finalidade;- Intencionalidade;- Argumentos;- Papel do locutor e interlocutor; Elementos extralinguísticos (entonação, expressões faciais, corporal e gestual, pausas ...);- Adequação do discurso ao gênero;- Turnos de fala;- Variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas...);- Marcas linguísticas (coesão, coerência, gírias, repetição);
aspas, travessão, negrito);- Semântica ( operadores argumentativos, modalizadores, figuras de linguagem);- Período composto por subordinação;- Período composto por coordenação;- Concordância verbal e nominal;- Regência verbal e nominal;- Colocação pronominal;- Pré-Modernismo;- Semana de Arte Moderna;- Modernismo;- Literatura Contemporânea.
Oralidade- Conteúdo temático;- Finalidade;- Intencionalidade;- Argumentos;- Papel do locutor e interlocutor;- Elementos extralinguísticos (entonação, expressões faciais, corporal e gestual, pausas ...);- Adequação do discurso ao gênero;- Turnos de fala;- Variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas...);- Marcas linguísticas (coesão, coerência, gírias, repetição);
- Elementos semânticos;- Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições …);- Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.
- Elementos semânticos;- Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições …);- Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.
- Elementos semânticos;- Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições …);- Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.
ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
A concepção assumida em Língua Portuguesa pressupõe ações pedagógicas que
objetivem a consolidação do conhecimento de forma crítica, reflexiva, engajada na realidade,
de modo a privilegiar a relação prática – teoria – prática na busca da apreensão das diferentes
formas de apresentação do saber. Nesse sentido, busca-se um planejamento que contemple a
reflexão sobre a linguagem, explorando os diferentes gêneros discursivos, com o objetivo de
analisar as práticas de linguagem, ou seja, oralidade, leitura, produção textual e análise
linguística.
A prática de leitura pressupõe a seleção de textos que caracterizem o seu uso social,
não meros enunciados, que não ultrapassem o ambiente escolar, ou mesmo de sala de aula.
Isto é, o texto visto na sua funcionalidade e situacionalidade, sempre buscando sua
contextualização, tanto no que se refere ao período de produção, quanto o de leitura e análise.
Promovendo leitura de diferentes linguagens (verbal e não-verbal): iconográfica (imagens,
desenhos, filmes, charges, cartuns, outdoors, telas, esculturas, entre outros), cinética (sonora,
olfativa, tátil, visual e gustativa) e alfabética, nos diferentes níveis.
Os diferentes níveis de leitura constituem-se num meio para identificar, nos diversos
gêneros, os elementos de construção do texto, localizar as informações explícitas, fazer
ligação entre o conhecimento do aluno e o texto, bem como estabelecer relações intertextuais.
As atividades relacionadas à análise linguística devem ser ensinadas em seu uso
funcional, e não de forma fragmentada, pois o objetivo das atividades gramaticais e léxicas é
o de dar suporte adequado para as atividades orais, escritas e escuta de textos.
Para isso, faz-se necessário que as práticas voltadas para a produção oral e escrita de
textos de diferentes gêneros do discurso, sejam coordenadas por uma série de aspectos: o que
dizer, a quem dizer, como dizer, com que propósito dizer. Assim sendo, as propostas de
produção ganham significação, a mais próxima possível do uso funcional da linguagem na
sociedade.
Para a seleção de conteúdos essenciais do Ensino Fundamental e Médio, bem como
para as práticas de linguagem, foram utilizados os seguintes critérios: o perfil do aluno; a
diversidade cultural; a experiência social; nível de conhecimento. É importante destacar que
embora os conteúdos sejam os mesmos para os dois níveis de ensino, o que difere é o grau de
complexidade dos textos apresentados para a reflexão sobre a linguagem. A intervenção
também utiliza dos momentos propostos pelos concursos de redação que tratam dos desafios
educacionais contemporâneos, bem como uma mediação também fundamentada pelo uso dos
descritores da Prova Brasil.
AVALIAÇÃO
A avaliação do desenvolvimento e aprendizagem dos alunos deve estar em sintonia
com o planejamento do professor. Ela é parte integrante do projeto educacional da escola,
devendo partilhar de seus princípios fundamentais.
Avaliar, portanto, é parte da ação pedagógica, sendo a base da reflexão sobre o
processo de aprendizagem. É parte da ação pedagógica, trazendo reflexões sobre o processo
de aprendizagem e redimensionando o planejamento do professor, que precisa refletir sobre a
relação existente entre as propostas didáticas planejadas e a aprendizagem conquistada por
seus alunos.
Por isso, a avaliação deve ser realizada em diferentes momentos, em situações
variadas, respeitando a singularidade dos alunos. Deve levar em conta não apenas o que foi
aprendido durante a aula, mas tudo o que está sendo apreendido em diversas instâncias e a
partir de outras mediações que não sejam só a do professor.
Para se analisar a perspectiva da avaliação como ação mediadora, é necessário que se
repense a postura do professor diante do processo avaliativo. É preciso reconhecer as relações
concretas entre a ação educativa e a avaliação, e buscar uma consciência coletiva do
significado desse processo.
A pedagoga Jussara Hoffmann define avaliação como:
uma das mediações pela qual se encorajaria a reorganização do saber. Ação,
movimento, provocação, na tentativa de reciprocidade intelectual entre os
elementos da ação educativa. Professor e aluno buscando coordenar seus
pontos de vista, trocando ideias, reorganizando-as [p. 67].
Partindo do fazer dos alunos, podemos ajudá-los a compreender os fenômenos que nos
cercam. É importante que o professor provoque, estimule esse processo de compreensão,
facilitando a relação sujeito-objeto. Uma ação avaliativa que leve em conta que a mediação
envolve um complexo de processos educativos a serem desenvolvidos a partir da análise de
hipóteses formuladas pelos alunos, para que suas ações e manifestações visem essencialmente
o entendimento. Esses processos mediadores objetivam encorajá-los e orientá-los, indicando
um saber qualitativamente superior, através do aprofundamento do conhecimento que se tem e
da vivência de novas experiências proposta pelo professor.
Assim, corrigir é mais do que levar os alunos a substituírem respostas erradas por
respostas certas. É se fazer presente no processo de aprendizagem, observando a forma de
pensar dos alunos, problematizando as hipóteses levantadas e favorecendo a transformação da
hipótese inicial, sempre com o intuito de alcançar conhecimentos mais complexos.
Nessa perspectiva, a disciplina Língua Portuguesa, pela riqueza de atividades que
oferece, permite uma variedade de instrumentos de avaliação, que vão desde a verificação de
conhecimentos linguísticos (como leitura, interpretação e conhecimentos gramaticais) até a
produção de textos (individual e/ou em grupo), as atividades desencadeadas pela leitura
extraclasse, os seminários, os trabalhos criativos de representação teatral, declamações
poéticas, exposições... Todas as atividades podem e devem ser permanentemente avaliadas,
considerando que a avaliação tenha o caráter diagnóstico.
A avaliação diagnóstica permite ao professor e ao aluno refletirem sobre o objeto de
ensino, estabelecendo parâmetros que nortearão possíveis retomadas ou avanços. Sendo
assim, os resultados da avaliação quando não satisfatórios, possibilitarão intervenções que
revertam o quadro visto.
Tais intervenções poderão ocorrer das seguintes maneiras, ou seja, os critérios de
avaliação podem ser:
recuperação paralela de conteúdos e notas;
refacção textual (individual, em grupos ou coletivo);
monitoria;
atendimento extra classe (hora atividade e sala de apoio);
aos alunos com necessidades educacionais especiais, quando necessário, será
oportunizada avaliação diferenciada, quer seja, enquanto adaptação/adequação de
conteúdos ou na questão do tempo.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BAKHTIN, Mikhail (In: VOLOSHINOV, V.N). Marxismo e filosofia da linguagem.São
Paulo: Hucitec, 1986
BAKHTIN, Mikhail. Estética da criação verbal. São Paulo: Martins Fontes, 1992.
PARANÁ. SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO. Diretrizes Curriculares da
Educação da rede de Educação Básica do Estado do Paraná, Curitiba, 2008.
FURACO, Carlos Alberto; CASTRO, Gilberto de. Por uma teoria linguística que fundamente
o ensino de língua materna (ou de como apenas um pouquinho de gramática nem sempre é
bom). In: Educar, n.15, Curitiba: UFPR,1999.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática pedagógica educativa.
30. ed. São Paulo: Paz e Terra, 2004.
GERALDI, João Wanderlei (org.). O texto na sala de aula. São Paulo: Ática, 2001.
HOFFMANN, Jussara. Avaliação mitos x desafios: uma perspectiva construtivista. Porto
Alegre: Mediação, 1991.
MARCUSCHI, Luiz Antônio. Gêneros textuais: configuração, dinamicidade e circulação. In:
KARWOSKI, Acir Mário; GAYDECKZKA, Beatriz; BRITO, Karim S. (Orgs.) Gêneros
textuais: reflexões e ensino. União da Vitória: Gráfica Kaygangue, 2005.
VAL, Maria da Graça Costa. Redação e textualidade. São Paulo: Martins Fontes, 1993.
VYGOTSKI, L. S. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 1989.
32.10 MATEMÁTICA – ENSINO MÉDIO
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A cada dia que passa, o ser humano faz parte de uma sociedade mais globalizada com
acesso a qualquer tipo de informação. Novos desafios são impostos à vida cotidiana e faz-se
necessário que os ser humano – via acesso ao conhecimento sistematizado – tenha condições
de atuar de forma plena na sociedade.
Dessa forma é importante que a Educação Matemática se volte para o
desenvolvimento cognitivo dos alunos, possibilitando condições para sua inserção num
mundo em mudanças e contribuindo sua cidadã e autonomia intelectual.
A Diretriz Curricular de Matemática (2008, p. 341) faz uso das palavras de Lorenzato
e Vila para firmar que é imprescindível que o estudante se aproprie do conhecimento de forma
que “compreenda os conceitos e princípios matemáticos, raciocine claramente e comunique
ideais matemáticas, reconheça suas aplicações e aborde problemas matemáticos com
segurança”.
OBJETIVO GERAL
Contribuir para a formação do aluno, buscando a sua valorização como ser humano e
proporcionando conhecimentos matemáticos básicos, que possam servir de subsídios na busca
de soluções para os problemas do seu cotidiano.
Dessa forma, a Educação Matemática deve estimular a curiosidade e a criatividade do
aluno que ele possa elaborar e transferir os conhecimentos adquiridos para novas situações.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Possibilitar que o aluno atribua sentido e construa significado às ideias
matemáticas de modo a tornar-se capaz de estabelecer relações, justificar,
analisar, discutir e criar. (DCE-Matemática, 2008, p. 339).
Estimular o reelaborar e transferir os conhecimentos adquiridos para novas
situações.
Desenvolver no aluno a capacidade de classificar, seriar, relacionar, reunir,
representar, analisar, sintetizar, conceituar, deduzir, provar e justificar.
Possibilitar o reconhecimento da inter-relação entre os vários campos da
matemática e desta com outras áreas.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Números e Álgebra
Grandezas e medidas
Geometria
Funções
Tratamento de informação
1º Ano
Conteúdo Estrurante
Conteúdo Específico
Articulação com outros Conteúdos Específicos
Conteúdo Estruturante Transitado
Números e Álgebra
Conjuntos dos Números Reais
Estatística Tratamento da Informação
Matemática Financeira e Estatística
Funções
Função afim Geometria Analítica GeometriasEstatísticaGeometria Plana Geometrias
Função Quadrática
Números Complexos Números e ÁlgebraGeometria Plana GeometriasGeometria AnalíticaMatemática Financeira Tratamento da InformaçãoEstatística
Função Exponencial
Estatística Tratamento da InformaçãoMatemática FinanceiraGeometria Analítica Geometrias
Função ModularPAPG
Geometria Analítica GeometriasNúmeros Reais Números e ÁlgebraMatemática Financeira Tratamento da InformaçãoNúmeros Reais Números e Álgebra
Matemática Financeira Tratamento a InformaçãoFunção Logarítmica
PG e Matemática Financeira Números e Álgebra e Tratamento da Informação
2º Ano
ConteúdoEstruturante
Conteúdo Específico
Articulação com outros Conteúdos Específicos
Conteúdo Estruturante Transitado
Números e Álgebra
Matrizes Estatística Transformação da informaçãoDeterminantes Geometria Analítica Geometrias
Números e Álgebra
Sistemas Lineares
Geometria Analítica Estudo da reta e suas posições relativas
Geometria
FunçõesFunção Trigonométrica
Geometria Plana Geometrias
Tratamento da Informação
Análise Combinatória
Sistemas lineares Números e Álgebra
Geometria Analítica GeometriasGeometria Plana
Probabilidade Estatística Tratamento da InformaçãoNúmeros Reais e Matemática Financeira
Números e Álgebra e Tratamento da Informação
Números e Álgebra
Binômio de Newton
3º Ano
Conteúdo Estruturant
e
Conteúdo Específico
Articulação com outros Conteúdos Específicos
Conteúdo Estruturante Transitado
Geometrias
Geometria Espacial
Geometria Plana: Aqui os conteúdos específicos (Geometria Plana e Geometria Espacial) se relacionam entre si, transitados no mesmo conteúdo estruturante (Geometrias)
Geometria AnalíticaA Equação da circunferência e suas posições relativas entre ponto e reta no plano.
Geometria Plana: Equação das circunferências e suas posições relativas entre ponto e reta no plano.
Geometrias
Números Álgebra
Números Complexos
Geometria Analítica GeometriasSistemas Lineares Números e ÁlgebraPolinômios
Polinômios
Função Afim e Quadrática FunçõesPGFunção Afim e Função Quadrática FunçõesConjunto dos Números Reais e Números Complexos: aqui os conteúdos específicos transitam dentro de um
Números e Álgebra
mesmo conteúdo estruturante.Sistemas Lineares
ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
A Matemática caracteriza-se como uma forma de compreender e atuar no mundo e o
conhecimento gerado nessa área do saber como um fruto da construção humana na sua
interação constante com o contexto natural, social e cultural. A aprendizagem significativa
das ideias e técnicas matemáticas acontecem quando o aluno se defronta com situações que
exijam reflexão e que os conteúdos matemáticos estejam articulados entre si.
O conhecimento matemático é uma criação humana (quando os homens passaram a
observar e buscar entender a natureza), portanto essa disciplina mostra as necessidades e
preocupações de diferentes culturas, em diferentes momentos históricos, ao estabelecer
comparações entre os conceitos e processos matemáticos do passado e do presente.
Dessa forma, os conteúdos serão desenvolvidos a partir de resoluções de situações
problemas e investigações.
As atividades propostas estarão interligadas aos conhecimentos que os alunos já
detêm, para que assim, possam verdadeiramente formar conceitos e construir conhecimentos,
levando em consideração as tendências metodológicas da Educação Matemática:
resolução de problemas;
modelagem matemática;
mídias tecnológicas;
etnomatemática;
história da matemática;
investigações matemáticas.
AVALIAÇÃO
Entendemos avaliação como uma observação continua do processo de ensino
aprendizagem. Portanto a cada proposta desenvolvida na sala de aula é possível verificar o
desenvolvimento do aluno.
Exercícios, avaliações e trabalhos em grupo são exemplos de instrumentos de
avaliação, cujos critérios avaliativos utilizados são condizentes com o exposto na DCE-
matemática e o instrumento utilizado.
Um dos objetivos da avaliação é o de diagnosticar e assim verificar se o caminho
escolhido deve ser mantido ou alterado.
Como a avaliação não pode se deter em um único instrumento ou momento, o aluno
terá a oportunidade de ter o conteúdo retomado pelo professor e ser novamente avaliado
através de outras estratégias que permitam ao professor quantificar e comparar a aquisição do
conhecimento, crescimento e raciocínio do aluno diante a nova estratégia adotada.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Paraná Secretaria de Estado da Educação Departamento de Ensino de Primeiro Grau.
Currículo Básico para a Escola Pública do Paraná. Curitiba: SEED/DEPG, 1990.
Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná, 2008.
GIOVANNI, José Ruy. BONJORNO, José Roberto. JUNIOR, José Ruy Giovanni.
Matemática Fundamental Uma Nova Abordagem, editora FTD, vol. 2002, Guia Pedagógico.
32.11 QUÍMICA – ENSINO MÉDIO
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
O desenvolvimento da Química está totalmente ligado às necessidades humanas e a
evolução das civilizações, e teve início com o domínio do fogo e as técnicas de cozimento e
conservação de alimentos, seguido pelos saberes e/ou práticas relacionadas à medicina.
A Química teve como suporte, a Calquimica que na busca do elixir da vida eterna e da
pedra filosofal, permitiu estudos relacionados às práticas laboratoriais e à manipulação dos
metais. Posteriormente o desenvolvimento industrial e comercial proporcionou o
desenvolvimento desta Ciência que alavanca o desenvolvimento humano e tecnológico.
Segundo às DCEs (2008. p, 51) “o conhecimento químico, assim como todos os
demais saberes, não é algo pronto, acabado e inquestionável, mas em constante
transformação. Esse processo de elaboração e transformação do conhecimento ocorre em
função das necessidades humanas, uma vez que a ciência é construída por homens e mulheres,
portanto falível e inseparável dos processos sociais, políticos e econômicos”.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS DA DISCIPLINA
Matéria e sua Natureza
- Substâncias;- Misturas;- Métodos de separação;- Fenômenos físicos;- Fenômenos químicos;- Estrutura atômica;- Distribuição eletrônica;- Tabela periódica;- Ligações químicas;- Funções químicas;- Radioatividade;- Efeito estufa.
Biogeoquímica
- Estudo quantitativo da química;- Estequiometria;- Soluções;- Colóides;- Termoquímica;- Cinética química;- Equilíbrio químico;- Eletroquímica;- Reações químicas;- Camada de ozônio;- Poluição ambiental.
- Química do carbono- Funções oxigenadas
Química Sintética
- Polímeros- Funções nitrogenadas- Isomeria- Glicídios- Lipídeos- Aminoácidos- Proteínas- Alimentação e Saúde
ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
O conhecimento químico deverá ser trabalhado de forma a contextualizar o
conhecimento, ou seja, apresentando problemas que afetam a sociedade e que, na forma de
discussão, desenvolva no estudante o espírito critico e o instrumentalizem para a compreensão
dos diversos aspectos (sociais, econômicos, políticos) do cotidiano da sociedade.
As atividades propostas deverão permitir aos alunos assimilar, acumular e organizar os
conhecimentos necessários à elaboração dos conceitos fundamentais da química. A cada
novo momento esses conceitos serão retomados auxiliando na busca de novas explicações, na
elaboração de novos conceitos, propiciando ao aluno a aprendizagem em química.
Acredita-se numa abordagem de ensino de Química voltada a construção e
reconstrução de significados dos conceitos científicos no contexto da sala de aula. Isso
implica na compreensão do conhecimento científico e tecnológico para além do domínio
estrito dos conceitos de Química.
Aulas práticas (atividades experimentais com materiais trazidos pelos próprios alunos,
no laboratório ou desenvolvida na própria sala de aula, com entrega de relatórios).
Utilização na Internet, como forma de pesquisa de temas diversos, para o ensino-
aprendizagem.
Possíveis visitas técnicas programadas a universidades, museus e locais da
comunidade em que haja problemas ou projetos ambientais como rios, áreas rurais, centros de
reciclagem e outros.
Uso de vídeos didáticos com o auxílio da TV multimídia, com posterior debate, bem
como leitura prévia de textos e/ou, músicas nas quais autores tratem de algum assunto
científico, de matérias e entrevistas em revistas e jornais previamente selecionados pelo
professor.
As DCEs (2008. p,54) propõe “um trabalho pedagógico com o conhecimento químico
que propicie ao aluno compreender os conceitos científicos para entender algumas dinêmicas
do mundo e mudar sua atitude em relação a ele”.
AVALIAÇÃO
É um dos aspectos do ensino pelo qual o professor analisa e interpreta os dados de
aprendizagem do educando e de sua prática pedagógica com a finalidade de acompanhar o
processo de ensino bem como diagnosticar resultados.
A avaliação dessa disciplina deve ser concebida de forma processual e formativa, sob
a condicionante do diagnóstico e da continuidade.
Em Química o principal critério de avaliação é a formação de conceitos científicos.
Por isso, em lugar de avaliar apenas por meio de provas, o professor deve usar instrumentos
de avaliação que contemplem várias formas de expressão dos alunos, como: leitura e
interpretação de textos, produção de textos individuais e coletivos, leitura e interpretação de
gráficos e tabela periódica, pesquisa bibliográfica, relatórios de aulas em laboratórios,
apresentação de seminários, resolução de listas de exercício. Esses instrumentos de aulas
devem ser selecionados de acordo com cada conteúdo e objeto do ensino a fim de desenvolver
a criticidade, debates e questões propostas do cotidiano de cada indivíduo.
Sendo assim, o processo avaliativo deve permitir ações que revisem sua prática
pedagógica e que permita os alunos identificarem avanços e dificuldades no processo de
ensino-aprendizagem.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
SILVA, Eduardo Roberto da. SILVA, NÓBREGA, Olímpio Salgado. Ruth Hashimoto.
Química – Conceitos Básicos, vol. 03, editora Ática, 2001.
BAIRD, C. Química ambiental. 2ª ed. Porto Alegre: Bookman, 2002.
GOLDFARB, A. M. Da alquimia à química. São Paulo: Landy, 2001.
HALL, Nina. Neoquimica. A química Moderna e suas aplicações. Porto Alegre. Bookman,
2004.
MALDANER, O. A. A formação inicial e continuada de professores de química:
professor/pesquisador. 2ª ed. Ijui: editora Unijui, 2003, p.120.
RUSSEL, J. B. Química Geral. São Paulo: McGraw-hill, 1981
VANIN, J. A. Alquimistas e químicos: o passado, o presente e o futuro. São Paulo: Moderna,
2002.
LEMBO, A. Química – realidade e contexto: química geral. Vol. 1,2 e 3. São Paulo: editora
Ática
FONSECA, M. R. M. Química integral: ensino médio: livro único/Martha Reis. Nova editora.
São Paulo: FTD, 2004.
PARANÁ. SECRETÁRIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO. Diretrizes Curriculares de
Educação da rede de Educação Básica do Estado do Paraná, 2008.
32.12 SOCIOLOGIA – ENSINO MÉDIO
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A Sociologia estuda a forma de ser da sociedade em suas diversas formas de
organização social, bem como as consequências dessas relações para os indivíduos e o
coletivo. Destaca-se que o que caracteriza e distingue uma sociedade da outra é a forma
histórica de produção das relações de trabalho. O estudo sociológico busca relacionar e
analisar as oportunidades e as necessidades históricas de superação de uma dada forma de ser
da sociedade.
Os conteúdos da disciplina de Sociologia se fundamentam em teorias originárias de
diferentes tradições sociológicas, cada uma delas com seu potencial explicativo. A ciência
dessa forma pode ser mobilizada para a conservação ou para a transformação da sociedade,
para a melhoria ou degradação humana. Estudar racionalmente as sociedades quer dizer,
analisar e explicar os acontecimentos sociais sem a necessidade de explicações religiosas ou
baseadas no senso comum.
As diretrizes curriculares do Paraná para a disciplina de Sociologia destaca três
diferentes linhas teóricas clássicas, sistematizadas por Èmile Durkheim, Karl Marx e Max
Weber, alicerçam e fundamentam as concepções sociológicas contemporâneas (destacas aqui,
pelo seu escopo, as concepções de Antonio Gramsci, Pierre Bourdieu e Florestan Fernandes).
Linhas teóricas que, cada uma a seu modo, elegem conteúdos, temáticas, problemáticas,
metodologias, concernentes ao contexto histórico em que foram elaboradas, mas que
respondem num campo de interlocução, aos conteúdos, temáticas, problemáticas e
metodologias engendradas na realidade contemporânea. É importante ter a clareza de a
historia da Sociologia como disciplina acadêmica e escolar não esta desvinculada dos
fundamentos teóricos e metodológicos que a constituem como um campo cientifico mais
abrangente. Neste sentido, é importante nos teóricos clássicos não só suas concepções de
sociedade, mas destacar também suas concepções de educação, já que uma esta implicada na
outra, orientando mutuamente campos de ação política e consequentemente de ação
educacional.
O conhecimento dessas (e outras) concepções é de importância central na construção
do pensamento sociológico, especialmente no contexto escolar, porque não só possibilita ao
professor refletir e orientar criticamente sua ação pedagógica, como também possibilita ao
aluno de Ensino Médio ter acesso a conhecimentos de forma rigorosa, complexa e critica, a
cerca da realidade social na qual está inserido. Mas, principalmente, possibilita a ambos
(professor e aluno, cada um no seu nível de compreensão), uma alteração qualitativa da sua
prática social. Categorias como coerção, coesão, racionalidade, interação, hegemonia, classe
social, reprodução, violência simbólica, diversidade, desigualdade, apresentam-se como
possibilidades de explicação e emancipação das relações, processos e estruturas de dominação
política e apropriação econômica que articulam as desigualdades e os antagonismos que
caracterizam a realidade brasileira e sua inserção no mundo contemporâneo.
A proposta da disciplina de Sociologia, conforme as DCE's-PR, em oposição ao
pensamento e conhecimento fragmentado, é de um ensino que articule as experiências e
conhecimentos em sua totalidade totalidades complexas, que trate de forma teórica os
problemas postos pela prática social capitalista, possibilitando ao aluno do Ensino Médio –
sujeito imerso numa prática social – um outro nível de compreensão: da consciência das
determinações históricas nas quais ele existe e, mais do que isso, que existe a possibilidade de
intervenção, mudança e transformação dessa prática social. É o desvelar, através da apreensão
do saber sistematizado, da trama das relações sociais de classe, gênero, etnia e outros, na qual
os sujeitos da sociedade capitalista neoliberal estão inseridos.
OBJETIVOS
Compreender as características da sociedade capitalista, seus mecanismos da
produção, organização e as relações sociais que resultam de suas substituições;
Analisar os conflitos e contradições presentes nas relações sociais;
Entender o que é o sujeito e como ele interage em seu contexto social, político,
econômico e cultural, compreendendo as possibilidades de intervenção na
realidade;
Conhecer a história de sociologia e os precursores dessa ciência;
Refletir, analisar e questionar as ideias dos primeiros estudiosos da ciência
Sociologia.
CONTEÚDOS
Em 2011 a disciplina de Sociologia será ministrada em todas as turmas do Ensino
Médio, dessa maneira os conteúdos curriculares de Sociologia estarão dispostos conforme as
tabelas abaixo:
1º ano do Ensino Médio - 2011Conteúdo Estruturante Conteúdo BásicoO surgimento da sociologia e as Teorias Sociológicas
-Formas de organização do trabalho e de produção da vida nas sociedades-Idade Média – características, organização do trabalho (acumulação de riqueza), dogma, circunstâncias que possibilitaram a decadência do Modo de Produção Feudal-Transição da Idade Média para a Idade Moderna –
questões teóricas e práticas.-Discussão conceito de natural e histórico-Transição do Feudalismo para o Capitalismo-Revolução Francesa, Iluminismo, Revolução Industrial-Crise do Capitalismo e contemporaneidade-Teorias Sociológicas
O processo de socialização e as instituições sociais
-Instituições familiares-Instituições escolares-Instituições religiosas-Instituições de reinserção
Trabalho, produção e classes sociais
-O conceito de trabalho e o trabalho nas diferentes sociedades-Desigualdades sociais: estamentos, castas e classes sociais-Organização do trabalho nas sociedades capitalistas e suas contradições-Globalização e neoliberalismo-Trabalho no Brasil-Relação de trabalho
2º ano do Ensino Médio - 2011Conteúdo Estruturante Conteúdo BásicoO surgimento da sociologia e as Teorias Sociológicas
-Formação e consolidação da sociedade capitalista e o desenvolvimento do pensamento social.- (Retomada breve das teorias sociológicas pontuando com o momento histórico e o pensamento de cada sociólogo
Poder política e ideologia
-Formação e Desenvolvimento do Estado Moderno-As teorias sociológicas clássicas e os diversos:
Conceitos de poder,Conceitos de ideologiaConceitos de dominação e legitimidade
-Estado no Brasil-Desenvolvimento da sociologia no Brasil-Democracia, autoritarismo, totalitarismo-As expressões da violência nas sociedades contemporâneas
Direitos, cidadania e movimentos sociais
-Conceitos de cidadania-Direito civis, políticos e sociais-Direitos humanos-Movimentos sociais-Movimentos sociais no Brasil-Questões ambientais e movimentos ambientalistasQuestões das ONG’s
3º ano do Ensino Médio - 2011O conteúdo a ser ministrado especificamente para essa turma do ano de 2011 será conforme o disposto para a turma do 3º do Ensino Médio do ano letivo de 2010, uma
vez que esses alunos a priori estarão tendo o primeiro contato com a disciplina de Sociologia.
3º ano do Ensino Médio - 2011Conteúdo Estruturante Conteúdo BásicoO surgimento da sociologia e as Teorias Sociológicas
-Formas de organização do trabalho e de produção da vida nas sociedades-Idade Média – características, organização do trabalho (acumulação de riqueza), dogma, circunstâncias que possibilitaram a decadência do Modo de Produção Feudal-Transição da Idade Média para a Idade Moderna – questões teóricas e práticas.-Discussão conceito de natural e histórico-Transição do Feudalismo para o Capitalismo
O processo de socialização e as instituições sociais
-Instituições familiares-Instituições escolares-Instituições religiosas-Instituições de reinserção
Trabalho, produção e classes sociais
-O conceito de trabalho e o trabalho nas diferentes sociedades-Desigualdades sociais: estamentos, castas e classes sociais-Organização do trabalho nas sociedades capitalistas e suas contradições-Globalização e neoliberalismo-Trabalho no Brasil-Relação de trabalho
Poder política e ideologia
-Formação e Desenvolvimento do Estado Moderno-As teorias sociológicas clássicas e os diversos:
Conceitos de poder,Conceitos de ideologiaConceitos de dominação e legitimidade
-Estado no Brasil-Desenvolvimento da sociologia no Brasil-Democracia, autoritarismo, totalitarismo-As expressões da violência nas sociedades contemporâneas
Direitos, cidadania e movimentos sociais
-Conceitos de cidadania-Direito civis, políticos e sociais-Direitos humanos-Movimentos sociais-Movimentos sociais no Brasil-Questões ambientais e movimentos ambientalistas-Questões das ONG’s
Cultura e indústria cultura
-Os conceitos de culturas e as escolas antropológicas-Antropologia brasileira-Diversidade e diferença cultural
-Relativismo, etnocentrismo, alteridade-Culturas indígenas-Roteiro para pesquisa de campo-Identidades como projeto e/ou processo, sociabilidades e globalização-Minorias, preconceito, hierarquia e desigualdades-Questões de gênero e a construção social do gênero-Cultura afro-brasileira e a construção social da cor. Identidades e movimentos sociais; dominação, hegemonia e contramovimentos-Indústria cultural-Meios de comuniação de massa-Sociedade de consumo, indústria cultural no Brasil
3º ano do Ensino Médio - 2012Conteúdo Estruturante Conteúdo BásicoO surgimento da sociologia e as Teorias Sociológicas
-Formação e consolidação da sociedade capitalista e o desenvolvimento do pensamento social.- (Retomada breve das teorias sociológicas pontuando com o momento histórico e o pensamento de cada sociólogo).
Cultura e indústria cultura Os conceitos de culturas e as escolas antropológicasAntropologia brasileiraDiversidade e diferença culturalRelativismo, etnocentrismo, alteridadeCulturas indígenasRoteiro para pesquisa de campoIdentidades como projeto e/ou processo, sociabilidades e globalizaçãoMinorias, preconceito, hierarquia e desigualdadesQuestões de gênero e a construção social do gêneroCultura afro-brasileira e a construção social da cor. Identidades e movimentos sociais; dominação, hegemonia e contramovimentosIndústria culturalMeios de comuniação de massaSociedade de consumo, indústria cultural no Brasil
Caberá ao professor em seu planejamento encaminhar a divisão dos conteúdos nos bimestres.
ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
Para desenvolver o conteúdo da Sociologia na sala de aula o estudante deverá
compreender os fenômenos sociais, para isso caberá ao professor instigar, explicar
cientificamente questões como:
Como as sociedades se estruturam?
Quais os seus componentes essenciais?
Como esses componentes se relacionam?
Quais as diferenças que existem entre as várias sociedades?
Como as sociedades se modificam?
Quem domina as sociedades?
Como as sociedades são dominadas?
Por que as pessoas dominadas aceitam esse domínio?
Como e porque as pessoas se rebelam contra a dominação que sofrem?
Como as pessoas explicam os acontecimentos que ocorrem nas sociedades?
Com esses e outros questionamentos os estudantes, tendo como suporte os conceitos
históricos e poderão fazer um estudo sociológico sobre as mudanças e as condições reais da
atualidade.
Assim, para desenvolver o conteúdo de Sociologia faz-se necessário uma reflexão
crítica, problematizando sempre. Partindo de situações do cotidiano social, a fim de dar
significado ao conhecimento, iniciando na prática social do aluno, do cotidiano da
comunidade na qual está inserido. As discussões intencionais do conteúdo possibilitarão que o
estudante tenha consciência sobre a posição dos indivíduos na sociedade.
O professor poderá utilizar recursos audiovisuais, folhas de transparências, textos e
artigos científicos, ou textos informativos que propiciem a problematização e relação do
conteúdo cientifico com a práxis. O uso de filmes, trechos de filmes, análise de propagandas,
músicas e outros também serão contemplados, conforme o conteúdo intencionalmente
planejamento e as condições próprias da turma para a aprendizagem.
AVALIAÇÃO
Avaliar é um momento inevitável de qualquer atividade humana e se a falta de
avaliação é grave, igualmente prejudicial é a sua inadequação, portanto ao avaliar cabe ao
professor a elaboração de situações e materiais que possibilitem ao aluno refletir sobre sua
ação. A avaliação não é um ato de quantificar, mas alargar os horizontes do processo de
ensino/aprendizagem, tendo em vista o diagnosticar da necessidade ou não de se retomar o
conteúdo com o uso de outras estratégias de ensino.
Os instrumentos de avaliação serão escolhidos de acordo com o conteúdo estudado e o
objetivo da avaliação, em consequência os critérios da avaliação estarão concatenados ao
instrumento escolhido pelo professor.
A avaliação será diagnosticada, processual e cumulativa. Ao final do semestre será
oportunizado uma recuperação de conteúdo, que exigirá um novo instrumento de avaliação,
assim, os alunos que demonstrarem melhor domínio do conteúdo , a avaliação poderá
substituir a média semestral, prevalecendo a melhor nota.
Os alunos com necessidades especiais serão avaliados dentro de seus limites e avanços
conforme o instrumento, as consignas serão elaboradas de forma mais simples e objetiva.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
OLIVEIRA, Pérsio Santos. Introdução a Sociologia, editora Ática, 24ª edição, 2002.
COSTA, Cristina. Introdução à ciência da sociedade, editora Moderna, 3ª edição, 2005
SEED. Sociologia - Livro Didático Público, Secretaria de Estado da Educação. Vários
autores, 2006.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação, Diretrizes Curriculares de Educação da rede de
Educação Básica do Estado do Paraná.
33. SALA DE RECURSOS
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
A Sala de Recursos é um serviço especializado de natureza pedagógica que apóia e
complementa o atendimento educacional realizado no ensino regular de 5ª a 8ª séries.
Funciona nos períodos matutino e vespertino atendendo alunos em período contrario
ao da sala regular.
OBJETIVO GERAL
Possibilitar práticas pedagógicos onde o aluno possa: raciocinar, memorizar
concentrar, socializar e aprender por meio da oralidade, da leitura, da escrita, dos números,
das formas e da valorização pessoa.
OBJETIVO ESPECÍFICO
A intervenção ao aluno é realizada de forma intencional e focalizada em
metodologias capazes de se adequar às necessidades específicas de cada um, oferta subsídios
pedagógicos para seu sucesso e aprendizagem dos conteúdos no ensino regular e convívio
social, visto que o domínio do conhecimento científico apresenta um caráter emancipador. Há
um enfoque maior nas disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática, envolvendo também
outras áreas do desenvolvimento, como: cognitiva, sócio-afetiva, emocional, psicomotora,
sendo que os conteúdos e as áreas do desenvolvimento são articulados com as temáticas da
vida diária, higiene/saúde e reconhecimento próprio de seu valor enquanto ser humano que
tais como os demais apresenta desejos, qualidades, imperfeições e outros.
ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
A apropriação do conhecimento se dá de forma institucionalizada na especificidade da
educação escolar, o professor desempenha a mediação necessária entre o aluno e o
conhecimento, o que requer que o professor atue por meio de atividades intencionalmente
planejadas para possibilitar a transformação no educando do processo interior que num
primeiro plano é interpsíquico para intrapsíquico.
Com relação à educação de alunos com necessidades educativas especiais Vygotsky e
Luria (1996, p,194) discutem e desvendam que “o desenvolvimento não é simples
manutenção, mas metamorfose cultural, reequipamento cultural”.
Desta forma a necessidade educacional especial não é fator impeditivo do
desenvolvimento e sim algo que implica substancialmente no caminho a ser percorrido para
que o desenvolvimento e a aprendizagem sejam efetivadas.
Sendo assim, o desenvolvimento das Funções Psicológicas Superiores e da
personalidade do sujeito - com ou sem necessidade especial - dependem, de acordo com a
teoria vigotskiana, não apenas das estratégias utilizadas no processo educacional, mas também
dos conteúdos e finalidades articulados que são veiculados por uma metodologia e um método
fundamentado e teorizado pela história e pela filosofia. E, no caso especial da Sala de Recurso
contar-se-à com o auxílio do conhecimento proveniente da psicologia e demais ciências que
norteiam e fundamentam o processo de ensino e aprendizagem.
Com base neste pressuposto, a educação que se propõe aos alunos que necessitam de
atendimento educacional especializado em Sala de Recurso deve fazer parte do processo geral
de educação, assegurando a transmissão do saber sistematizado, que permite o
desenvolvimento das Funções Psicológicas Superiores e para que estes possam se colocar de
forma critica na sociedade.
È manifesto que na escola, por meio de ações conscientes, sistematizadas,
intencionais, dirigidas para um fim específico do ato de ensinar, seja estimulada a autonomia
intelectual do aluno como ser singular que ao se apropriar dos conhecimentos científicos seja
capaz de os embricar em sua própria individualidade, fato que o torna capaz de regular
conscientemente sua própria conduta.
As metodologias devem desenvolver nos educandos o exercitar do raciocínio lógico e suas
plenas capacidades intelectuais, físicas e motoras. Assim todas as atividades devem ser
estimulantes para o desenvolvimento do senso crítico, sendo que a abordagem partirá dos
elementos vivenciados pelos alunos com temas que favoreçam o diálogo e a compreensão. Os
conteúdos de Língua Portuguesa devem permitir que o aluno desenvolva a expressão oral e
escrita possibilitando a compreensão da estrutura da língua pela sua utilização- pela prática
social. O trabalho com a leitura e com a escrita ao não se restringir ao processo de
alfabetização, abrange também o letramento, permite dessa forma que o aluno estabeleça
relações, por meio de situações concretas e singulares.
A apropriação da escrita e da leitura não é um processo linear e continuo, esta sujeito a
idas e vindas até que esses conhecimentos se consolidem. Para essa consolidação é
imprescindível o convívio intenso com a leitura e prática frequente de produções escritas,
além de reflexões sobre textos lidos e produzidos, de modo que o aluno formule e reformule
hipóteses, e descobertas sobre seu uso e funcionamento. Assim, a aprendizagem depende de
um trabalho sistemático e intencional, mediado pelo professor.
Os conteúdos de matemática se relacionam entre si e evocam outros conteúdos, além
de sugerir relações e interdependência que, por efeito, enriquecem o processo pedagógico. A
articulação entre os conhecimentos presentes em cada conteúdo pode ocorrer em diferentes
momentos e quando novas situações de aprendizagem possibilitarem, pode ser retomada e
aprofundada. Perspectivas metodológicas como a resolução de problemas do cotidiano, o
desenvolvimento de projetos e atividades investigativas, o uso de materiais manipuláveis, de
jogos didáticos e de recursos tecnológicos desencadeiam um processo de ensino e
aprendizagem que além de levar em consideração aspectos socioculturais, também
consideram o aluno como sujeito participante e colaborador de sua própria aprendizagem, de
modo a ter condições de estabelecer relações entre as informações, os conhecimentos e as
habilidades para resolver situações problemas.
Ao se conciliar os conteúdos específicos com as necessidades educacionais inerentes a
cada aluno o professor irá propor atividades que elevem a auto-estima dos educandos, pois
esse é um fator que também faz parte do seu desenvolvimento, estimulará, portanto, a
expressão de opinião, reconhecer seu valor e atitudes positivas que o professor pode
transformar este aluno emocionalmente ativo a enfrentar situações diversificadas do dia a dia
do ensino regular.
RECURSO DIDÁTICO
Os materiais didáticos pedagógicos utilizados com os alunos servirão de apoio, para o
professor concretizar o ensino dos conteúdos científicos e dos conhecimentos historicamente
construídos pelo homem, fazendo uso de livros de literatura, jornal, revista, livros didáticos,
oralidade, caderno, textos informativos, narrativos e científicos, encartes, cartazes,bilhetes,
artigos literários, tabuada, calculadora, tabelas e gráficos estatísticos, jogos pedagógicos e
matemáticos, musicas e poesias.
AVALIAÇÃO
No dia a dia é importante observar as dificuldades e avanços de cada aluno em relação à
aprendizagem, sempre respeitando o ritmo de aprendizagem individual. Desta forma, a
avaliação será continua, processual, diagnóstica e descritiva. Assim, compreendesse a
avaliação como um processo que visa a acompanhar a evolução da aprendizagem e do
desenvolvimento do aluno, onde o importante é a observação do professor, deixando de lado a
conotação puramente quantitativa que o processo de avaliação pressupõe, mas sim,
observando e portanto,”avaliando”, o desenvolvimento do aluno com um paradigma
qualitativo, ou seja, tendo claro que avaliação é um processo continuo, que permite ao
professor estabelecer estrategias e conteúdos necessários para a formação integral do
educando. Todos os avanços e dificuldades são registrados em forma de relatórios ao final do
semestre, constando os diferentes aspectos do processo de desenvolvimento e de
aprendizagem dos alunos, para que, também desta maneira, a prática diária possa ser
reformada de acordo com os interesses e necessidades mais urgentes dos alunos.
34. SALA DE APOIO À APRENDIZAGEM – LÍNGUA PORTUGUESA
OBJETIVO GERAL DO PROGRAMA
Proporcionar situações teóricas/praticas que possibilitem a utilização e o
desenvolvimento das diferentes linguagens – verbal, pictórica, gestual, entre outras –
focalizando a leitura, a produção e a análise de gêneros textuais orais e escritos como fonte de
inserção social e como forma de atender às diversas intenções e situações de comunicação,
reconhecendo e valorizando a língua como um processo que se constitui e se transforma nas
relações e práticas sociais.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Refletir sobre a importância de saber ouvir e falar respeitando o ponto de vista e a
liberdade de opinião e expressão do outro, posicionando-se de maneira clara, coerente
e consistente, atendendo o objetivo do texto e dos interlocutores;
Oportunizar ao educando a expressão de sentimentos e ideias, opiniões e
experiências, no seu ato de ler;
Demonstrar capacidade de recontar o que ler ou ouvir, emitindo sua opinião
conservando a logicidade na sequencia dos fatos e na adequação do vocabulário;
Ler com fluência, entonação e ritmo, percebendo o valor expressivo do texto e sua
relação com os sinais de pontuação;
Identificar aspectos explícitos e implícitos no discurso, bem como a relação
interlocutiva (quem/o que/para quem está falando, em que contexto e situação);
Identificar a unidade temática nos gêneros discursivos abordados;
Produzir textos, entendendo a escrita como: representação, registro, memória e
interação;
Utilizar diferentes formas de registrar, de acordo com objetivos e situações de
expressão;
Escrever fazendo uso correto das letras do alfabeto e outros símbolos gráficos, letras
maiúsculas e minúsculas, parágrafos e pontuações e disposição gráfica de acordo com
as exigências dos gêneros trabalhados;
Produzir textos individuais e coletivos, mediados pelo professor, observando a
manutenção temática e relações tema/título/texto, com coerência e coesão,
assegurando a consistência argumentativa, bem como os recursos linguísticos do
discurso direto e indireto;
Refletir e restruturar coletivamente e individualmente, mediante a intervenção do
professor, textos selecionados, empregando: uso de elementos coesivos, pontuação,
paragrafação, regência, aspectos ortográficos e gramaticais;
Restruturar individualmente textos, com a mediação do professor, eliminando
redundâncias e repetições.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E ESPECÍFICOS
Conteúdo Estruturante: Discurso como prática social
Conteúdos Específicos:
- Leitura: função cognitiva e social, reconhecimento da intencionalidade, ideias principais e
secundárias, linguagem verbal e não-verbal, características de gêneros textuais
(especificidade)m atribuição de significados – interferências, unidade estrutural (coesão) e
temática (coerência), sequencia lógica na exposição de ideias, variação e marcas linguísticas
(coesão, coerência, gíria, jargões, repetição, recursos semânticos).
- Oralidade: narração de experiências vivenciadas, consistência argumentativa, ampliação e
adequação do vocabulário (usos e contextos sociais), confrontação de ideias, coerência e
coesão discursiva, análise e reconhecimento das intenções no discurso do outro.
- Escrita – Produção Textual: estrutura textual, organização de parágrafos, pontuação e
estrutura dos sentidos, ampliação e adequação vocabular ao gênero, unidade temática e
progressão, relação título/tema/texto (textualidade, situacionalidade, intencionalidade e
informatividade), sinais de escrita (grafemas, hífen, acentuação, sinais gráficos e pontuação),
coerência e coesão, consistência argumentativa, discursos direto e indireto, concordância
verbal e nominal, adequação da estrutura e linguagem).
- Análise Linguística: adequação da linguagem ao gênero, ao tema, condições contextuais e
estruturais, coerência e coesão, paragrafação e pontuação, ortografia e convenções da língua,
classes gramaticais com suporte para criação de estilo do autor (adjetivo, substantivos, verbos e
tempos verbais), concordância verbal e nominal, (estrutura, pontuação e sentidos), elementos
constitutivos de um texto, princípios da textualidade (intencionalidade, situacionalidade).
ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
Oportunizar a interação, socialização e intercâmbio, debates: aluno/aluno,
professor/aluno, aluno/conteúdo; possibilitando ao aluno enriquecimento e aperfeiçoamento
do seu discurso, tornando-o um usuário consciente da linguagem, com habilidade para realizar
adequações nas diferentes situações de uso, percebendo o grau de formalidade requerida em
momentos diversos de comunicação.
Ao abordar o ensino da leitura é necessário compreender que os significados
produzidos pela prática social resultam de processos de objetivações, sendo a linguagem
escrita uma dessas formas de objetivações dos significados. Como estratégias de ensino
utiliza-se o processo de leitura, análise, discussão e manifestação prática dos alunos com
relação aos gêneros; ampliação do conhecimento prévio do aluno; estímulo à discussão,
debates como garantia de entendimento das informações implícitas e explícitas do texto;
manifestação literária (conto, reconto e leitura de textos diversos); espaço para reflexão sobre
a língua, entendendo-a como instrumento na construção de um texto competente; momentos
para dinâmica de trocas de experiências e conhecimentos literários (roda de leitura), entre
outros.
RECURSOS DIDÁTICOS
O professor utiliza quando necessário os materiais enviados pelo Estado, faz uso de
jogos, sequência de figuras para estimular a produção textual, utiliza dicionários e literatura
em geral (biblioteca), quadro de giz, giz, atividades mimeografadas, entre outros.
AVALIAÇÃO
A avaliação, tanto no âmbito da leitura, oralidade, escrita/produção e análise
linguística deve ser concebida como uma atividade que possibilite verificar a qualidade e a
quantidade das aprendizagens dos alunos para saber quais conhecimentos foram consolidados
e quais precisam ser ainda “focados”. Nesse sentido, os descritores acima, dentre outras
formas, serão avaliados através de elementos tais como: Clareza, consistência argumentativa,
momentos de interação em sala, debate e participação de atividades orais de leitura e de
escrita/produção, análise das ideias explícitas dos textos, adequação da produção à
modalidade solicitada (aspectos formais, gramaticais e estruturais na construção do texto,
unidade temática (coerência) unidade estrutural (coesão), adequação à norma padrão.
35. SALA DE APOIO À APRENDIZAGEM – MATEMÁTICA
OBJETIVO GERAL DO PROGRAMA
Proporcionar situações teóricas/praticas que possibilitem o desenvolvimento do
pensamento lógico-matemático, do processo de abstração, de reversabilidade, de conservação
e outros requisitos para o desenvolvimento do pensamento matemático. Possibilitar a
superação das defasagens, de modo, que o aluno seja capaz de apreender os conceitos de
forma autônoma.
A educação matemática deve estimular a curiosidade e a criatividade do aluno, para a
reelaboração e para a transferência dos conhecimentos adquiridos para novas situações.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Refletir sobre a importância da matemática no cotidiano;
Identificar números naturais reconhecendo antecessor, sucessor, valor relativo e
absoluto;
Associar as operações as ideais de reunir, juntar, acrescentar, retirar, comparar,
completar, repartir, distribuir, medir;
Domínio das quatro operações e potenciação; interpretação/resolução de situações
problemas;
Relacionar adição/subtração e multiplicação/divisão como operações inversas;
Aplicação da relação fundamental das divisões exatas e não exatas;
Conceituar e identificar fração, resolver operações e situações problemas com frações;
Compreender o processo de organização das ideais na resolução e de expressões
numéricas em situações problemas.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E ESPECÍFICOS
Conteúdo Estruturante: Números e Álgebras
Conteúdos Específicos: conjunto dos números naturais; fração; potenciação
Conteúdo Estruturante: Grandezas e Medidas
Conteúdos Específicos: medidas de tempo e capacidade.
Conteúdo Estruturante: Tratamento da Informação
Conteúdos Específicos: Interpretação de situações problemas; gráficos; tabelas e outros.
Conteúdo Estruturante: Geometria
Conteúdos Específicos: reconhecimento das figuras planas, área, perímetro.
ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
Oportunizar a interação, socialização e intercâmbio, debates: aluno/aluno,
professor/aluno, aluno/conteúdo; possibilitando que o aluno se torne agente consciente de sua
prática social e interação com o meio, com habilidade para interpretar diferentes situações do
cotidiano, em que seja necessário o pensamento abstrato da lógico-matematização.
Ao abordar o ensino da matemática é necessário compreender que os significados
produzidos pela prática social resultam de processos de objetivações, sendo a linguagem
escrita, a representação pictórica e a manipulação de objetos concretos uma das formas de
atribuir significado ao conhecimento.
Como estratégias de ensino utiliza-se o processo de leitura, análise, discussão e
manifestação prática dos alunos com relação aos conteúdos estruturantes.
RECURSOS DIDÁTICOS
O professor utiliza quando necessário os materiais enviados pelo Estado, faz uso de
jogos manipuláveis diversos, sequência numéricas, livro didático, quadro de giz, giz,
atividades mimeografadas, uso do laboratório de informática, entre outros.
AVALIAÇÃO
O aluno é avaliado constantemente, desde sua entrada na Sala de Apoio. É realizada
uma sondagem, o atendimento é individualizado para que o professor saiba como o aluno está
processando o conhecimento matemático e assim direcionar sua intervenção. Há um
acompanhamento do desempenho do aluno na sala de aula regular, objetivando mediar as
novas dificuldades que possam surgir, ou mesmo, analisar a superação do educando.
36. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR - CELEM
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
O ensino de Língua Estrangeira Moderna (doravante LEM) objetiva suprir uma
necessidade da sociedade em dinamizar as relações sociais e, em especial, econômicas.
A escola apresenta a função social de repassar e de possibilitar a reelaboração do
conhecimento científico. Na atualidade a globalização e a rede mundial de computadores
viabilizam o acesso às informações em tempo real, imiscuído nesse movimento, o espaço
escolar não pode ficar à margem dos conhecimentos que são constantemente requisitados,
nem tão pouco permitir a sobreposição da informação ao conhecimento. Assim, a pertinência
de um ou de outro conteúdo escolar se refere à necessidade apontada pela própria sociedade.
O ato de educar é o processo de transformação do homem em cidadão, desta feita, a
linguagem em suas mais variadas formas apresenta-se como instrumento emancipatório e de
inserção social, uma vez que possibilita ao homem o pleno interagir com a sociedade.
Fundamentando-se nesse pressuposto, entende-se que a aquisição de um idioma transpassa as
questões gramaticais e aponta para as relações culturais estabelecidas por um determinado
povo. Assim, possibilitar aos homens o acesso ao conhecimento de uma outra língua e cultura
configura-se como um instrumento emancipatório e civilizador. Ainda de acordo com a
Resolução nr. 3904/2008 de 27 de agosto de 2008 destacou-se que o ensino de LEM é um
contributo na forja do ser humano, uma vez que expõe valores sociais e culturais.
O tema inclusão social muitas vezes é entendido pelo senso comum, ou seja, como
prática de condutas solidárias, fundadas em um sentimento de apiedamento. Entretanto, a
discussão acadêmica aponta que inclusão significa trazer para o convívio social todo cidadão
cuja existência se realiza à margem da sociedade. Desta forma, a verdadeira inclusão
pressupõe o fornecimento de condições para que o indivíduo possa contribuir e interagir na
sociedade a qual está inserido.
Assim, entende-se que oportunizar a aquisição de mais um idioma é possibilitar o
processo de educação, enquanto formação integral do ser humano, uma vez que o ensino de
LEM não se limita ao léxico, mas abrange as múltiplas determinações de um grupo de
homens em específico.
Embora os Estados Unidos da América e sua moeda corrente – o dólar – coordenem a
economia mundial, a crise cíclica e atual do capitalismo evidencia o que outros idiomas são
pertinentes ao fazer diário da sociedade.
Uma vez compreendendo a relevância cultural e histórica de possibilitar aos cidadãos
o acesso à aprendizagem de outros idiomas, concorda-se com a visão exposta nas Diretrizes
curriculares da Educação Básica (doravante DCE) para LEM quando se assevera que “as
propostas curriculares e os métodos de ensino são instigados a atender às expectativas e
demandas sociais e contemporâneas e a propiciar a aprendizagem dos conhecimentos
historicamente produzidos às novas gerações” (DCE, 2008, p. 38).
As fronteiras brasileiras, em sua grande maioria, possuem o espanhol (ou seus
dialetos) como língua materna, fato este que torna a oferta do ensino da Língua Espanhola
pertinente à realidade local. Por outro lado, no cenário mundial, os países falantes desse
idioma veem conquistando visibilidade por meio da intensa relação econômica, social,
ambiental e cultural.
O aluno, ao final do curso, terá a carga horária registrada no Histórico Escolar (160
horas) e uma Certificação de conclusão; o que não é aluno (comunidade e profissionais da
educação) receberá somente a Certificação.
CONTEÚDOS
Sendo todo o conteúdo sistematizado um instrumento de emancipação, o ensino de
LEM ocupa um lugar de destaque, uma vez que o ato de se comunicar é uma das mais
importantes expressões do ser humano. A comunicação transcende a fala e abarca códigos e
significados históricos de uma determinada cultura.
Todo ensino de língua (materna ou estrangeira) fundamenta-se no tripé: leitura, escrita
e oralidade. Serão utilizados inúmeros gêneros textuais e situações de aprendizagem capazes
de alargar e intensificar o repertório léxico e discursivo do aluno. O aluno ao utilizar o
discurso como mecanismo de compreensão da sociedade, pode também, por meio dele, inferir
e apresentar sua visão de mundo em relação aos que o rodeiam.
O conteúdo estruturante da disciplina é o discurso como prática social, a partir deste
estrutura-se o trabalho com os mais diversos gêneros discursivos. Assim, no processo de
ensino aprendizagem de LEM o professor deverá possibilitar que o aluno venha a ter contato
com músicas, bilhetes, cartas, provérbios, trava-línguas, cartões de
apresentação/comemoração, relatos de experiências, histórias em quadrinhos, narrativas,
poemas, textos informativos, textos literários, lendas, biografias, resumos, textos dissertativos,
classificados, tiras, anúncios publicitários e outros.
Na análise dos textos serão abordados conteúdos que possibilitam uma compreensão
total do texto como: finalidade, léxico, tema, marcas linguísticas, intertextualidade, partículas
conectivas básicas, concordância verbal/nominal, acentuação, ortografia, formas de discurso e
outros. Dessa maneira, os diversos gêneros textuais serão utilizados como instrumentos que
viabilizarão situações de aprendizagem tanto culturais como normativas da LEM. O trabalho
com a oralidade, escrita e leitura estará inserido tanto nas discussões textuais como nas
encenações de diálogos fundamentados nas situações do cotidiano, objetivando assim, uma
maior articulação entre teoria e prática.
Assim os conteúdo5 específicos para o 1º ano do curso de Língua Espanhola são:
LEM – ESPANHOL 1º ANO
LEITURA ESCRITA ORALIDADE GRAMATICAL/ORTOGRÁFICO E LEXICAL
Tema do texto; Vozes do discurso: direto e indireto;
Papel do locutor e interlocutor; Alfabeto
Interlocutor; Elementos composicionais do gênero;
Elementos extra linguísticos: entonação, pausas, gestos...;
Saudações, apresentações e despedidas;
Finalidade; Emprego de palavras e/ou expressões com mensagens implícitas e explícitas;
Adequação do discurso ao gênero; Posição temporal: “ajer”, “hoy” e “mañana;
Aceitabilidade do texto; Acentuação gráfica; Turnos de fala; Países hispanicos – localização geográfica;
Informatividade; Ortografia. Variações linguísticas; Pronomes possessivos;
Situacionalidade; Adequação da fala ao contexto (uso de distintivos formais e informais como conectivos, gírias, expressões, repetições etc);
Verbos Ser – estar;
Temporalidade; Diferenças e semelhanças entre o discurso oral ou escrito.
Artigos definidos e indefinidos;
Referencia textual; Adjetivos;
Elementos composicionais do gênero;
Dias da semana;
Léxico: repetição, conotação, denotação e
Verbos ser-estar: modo indicativo;
5 * Os conteúdos de leitura serão privilegiados em todos os demais eixos (escrita/oralidade e gramatical...) e vice-versa. O conteúdo gramatical/ortográfico e lexical apontado objetiva direcionar o processo de ensino e aprendizagem, entretanto, conforme a situação textual e a própria motivação existente em sala de aula esse conteúdo será flexível, portanto, a descrição acima não pressupõe um engessamento do ensino de LEM.
polissemia;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem;
Verbos gustar e parecer – presente do indicativo;
Partículas conectivas básicas do texto.
Tilde diacrítica (acento diferencial);
Heterossemanticos;
Pronomes de tratamento (família e grau de parentesco);
Numeros cardinais;
Usos de muy e mucho
Regras de acentuação;
Regras de eufonia (I);
Regras de eufonia (II)
Graus aumentativo/diminutivo;
Verbos ser, estar decir -pretérito indefinido;
Números ordinais,
Verbos amar, temer, partir, ser, estar, tener, hacer – pretérito indefinido;
Ditongação de verbos o-ue; i-ie
Os conteúdos específicos a serem trabalhados no 2º ano do curso de Língua Espanhola
são:
LEM – ESPANHOL 2º ANO
LEITURA ESCRITA ORALIDADE GRAMATICAL/ORTOGRÁFICO E LEXICAL
Conteúdo temático; Vozes do discurso: direto e indireto;
Papel do locutor e interlocutor; Artigos (ampliação)
Interlocutor; Elementos composicionais do gênero;
Elementos extra linguísticos: entonação, pausas, gestos...;
Estilo indireto
Finalidade; Emprego de palavras e/ou expressões com mensagens implícitas e explícitas;
Adequação do discurso ao gênero;
Verbos Modo Subjuntivo – Presente;
Aceitabilidade do texto; Acentuação gráfica; Turnos de fala; Pronome complemento direto;
Informatividade; Ortografia; Variações linguísticas; Advérbios e locuções adverbiais;
Situacionalidade; Concordância verbal/nominal. Adequação da fala ao contexto (uso de distintivos formais e informais como conectivos, gírias, expressões, repetições etc);
Verbos estar + gerúndio;
Intertextualidade; Diferenças e semelhanças entre o discurso oral ou escrito.
Pronome complemento indireto;
Referencia textual; Pretérito mais que perfeito;
Elementos composicionais do gênero;
Orações adversativas;
Léxico/semântica: repetição, contoação, denotação e polissemia;
Conectivos de contraste/ condicionais/temporais/finalidade;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem;
Uso e valores do presente;
Partículas conectivas básicas do texto.
Diferenças de usos dos modos indicativo e subjuntivo;
Temporalidade (tempos verbais complexos);
Verbos pronomiais;
Palavras e/ou expressões que detonam ironia e humor no texto;
Orações temporais e condicionais;
Contrastes: haber e tener
Usos e valores do imperativo;
Pronomes relativos;
Voz passiva;
Sufixos: aumentativo/diminutivo;
Orações finais;
Duplicação de pronomes;
Particípios regulares e irregulares;
Usos de “voceo”.
* Os conteúdos de leitura serão privilegiados em todos os demais eixos (escrita/oralidade e gramatical...) e vice-versa. O conteúdo gramatical/ortográfico e lexical apontado objetiva direcionar o processo de ensino e aprendizagem, entretanto, conforme a situação textual e a própria realidade existente em sala de aula esse conteúdo será flexível, portanto, a descrição acima não pressupõe um engessamento do ensino de LEM.
ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
A metodologia do ensino e aprendizagem da LEM parte do entendimento de que as
línguas estrangeiras não são veículos de acesso à informação, mas, em especial, são
instrumentos de produção de conhecimento por meio da interação homem/homem e
homem/meio social. Ou seja, o processo de aprendizagem da LEM perfaz o caminho da
sistematização dos conhecimentos humanos, saber apenas não basta, é preciso relacionar,
aplicar e produzir novos saberes com a práxis. Dessa maneira, “as línguas estrangeiras
modernas são possibilidades de conhecer, expressar e transformar modos de entender o
mundo e de construir significados” ( DCE, 2008, p. 63).
O ato de se comunicar não se limita na experiência decodificadora do léxico, abrange
também linguagens não verbais, cujos significados são historicamente construídos. Desta
maneira, o trabalho com textos e situações do cotidiano que apresentam uma carga
significativa maior ao ser cognoscente apresenta-se como a metodologia mais eficaz no
processo de ensino e aprendizagem de LEM.
Para a efetivação da proposta de se compreender, além do idioma, a cultura de um
povo entende-se necessário o fazer uso da literatura e das vivências (conflitos sociais) que
forjaram o modo de ser desse povo. Assim, só se pode entender o significado da palavra
KAMIKAZE quando, além de seu significado lexical, lhe for atribuído o seu significado
histórico e cultural.
Dessa maneira, o trabalho com LEM proporcionará ao aluno a análise do gênero
textual em suas três dimensões: a leitura, escrita e oralidade. A sequência didática a ser
trabalhada fundamenta-se na pré-leitura (antecipação e motivação dos alunos por meio do
levantamento dos conhecimentos prévios); leitura (confrontação das hipóteses levantadas) e
pós-leitura (exploração oral e escrita por meio de atividades variadas). Os conteúdos
referentes à análise textual e normativo gramatical serão abordados de forma totalizante e não
fragmentada por meio de textos e situações práticas do cotidiano.
Assim, para o êxito do processo de ensino e aprendizagem de LEM o professor usará
os recursos tecnológicos como: rádio; cd-room; DVD; revistas; TV multimídia entre outros.
Bem como, utilizará do quadro/giz; da aula expositiva; do trabalho com revistas, jornais;
textos não verbais como mapas, imagens; gráficos; fotos e outros.
Ao aluno com necessidade educativa especial será oportunizado uma metodologia
diferenciada e individualizada de modo que o aluno venha a compreender o conteúdo
programado.
AVALIAÇÃO
A prática avaliativa é um instrumento do professor cujo objetivo é detectar as
dificuldades dos alunos, a fim de melhor intervir. Tal conduta, aponta para a constante
retomada do conteúdo. A avaliação mantém seu foco na formação do educando e não na
mensuração dos erros ou acertos, muito embora, para a aprovação seja necessário a
mensuração do conhecimento em nota. Nessa prática dual entre o formar e o mensurar,
entende-se que o primordial seja a aprendizagem significativa e efetiva do aluno. Assim,
utilizar-se-á da avaliação como um instrumento que apontará ao professor a forma com que o
conhecimento está se efetivando.
Entretanto, há de se respeitar critérios e normas para a aprovação. Sendo a escola um
espaço em que a priori, todos são iguais, os métodos avaliativos a serem utilizados
apresentam uma estrutura geral e comum, a se mencionar a avaliação de aprendizagem escrita
e oral; as atividades de pesquisas (coletas de materiais); a execução de trabalhos escritos;
atividades práticas e outros mecanismos capazes de apontar a aquisição ao não do
conhecimento por parte do aluno. Nesse sentido, a Instrução nr. 019/2008 afirma no item 6.2
que:
A avaliação é contínua, cumulativa e processual devendo refletir o desenvolvimento global do aluno e considerar as características individuais deste no conjunto dos componentes curriculares cursados, com preponderância dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos.
De acordo com o Projeto Político Pedagógico deste estabelecimento de ensino, os
alunos matriculados no curso de Língua Espanhola serão avaliados bimestralmente com no
mínimo duas avaliações, onde será atribuída uma média bimestral e posteriormente uma
média anual a cada aluno. Haverá ainda a recuperação de conteúdos para os alunos que
apresentarem defasagem de conteúdos. Aos que apresentarem necessidade educacional
especial far-se-à uso de instrumentos avaliativos diferenciados. Tanto os instrumentos como
os critérios de avaliação estarão coadunados com as Diretrizes Curriculares da Educação
Básica para o Ensino de Língua Estrangeira Moderna.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
APPLE, Michael W. Educação e Poder. Porto Alegre: Artes Médicas, 1989.
GIROUX, Henry A. Pedagogia Radical: subsídios. SP: Cortes: Autores Associados, 1983.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares da Educação Básica. Língua Estrangeira Moderna. Curitiba, 2008.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Departamento de Educação Básica. Instrução Normativa nr. 019/2008. CELEM. Curitiba, 2008.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Departamento de Educação Básica. Resolução nr. 3904/2008. CELEM. Curitiba, 2008.
SOLÉ, Isabel. Estratégias de Leitura. 6ª ed. Porto Alegre: Artmed, 1998.
VYGOSTKY, Lev S. A Formação Social da Mente. SP: Martins Fontes, 2000.
COSTA, Marisa Vorraber. Currículo e política cultural. In: _____. (org). O Currículo nos Limiares do Cotemporâneo. 2ª ed. RJ: DP&A, 1999.
ANEXOS