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Implementação da NBR ISO⁄IEC 17025:2005 em Laboratório de Controle de Qualidade de Biodiesel –
Estudo de Caso dezembro/2014
ISSN 2179-5568 – Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - 8ª Edição nº 009 Vol.01/2014 dezembro/2014
Implementação da NBR ISO⁄IEC 17025:2005 em Laboratório de
Controle de Qualidade de Biodiesel – Estudo de Caso
Layla Leão Lima Teixeira – [email protected]
MBA Gestão da Qualidade e Engenharia de Produção
Instituto de Pós-Graduação - IPOG
Cuiabá, MT, 17.12.2013
Resumo
No Brasil todo Laboratório de Controle de Qualidade de Biodiesel deve ser cadastrado na
Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis – ANP. Este órgão
regulamentador determina que após Janeiro de 2015 todos estes Laboratórios deverão estar
acreditados junto ao Inmetro na norma ISO IEC 17025:2005. Tendo em vista esta
regulamentação foi proposto um modelo de Sistema de Gestão da Qualidade que contempla a
implementação desta norma. Esta foi implementada no Laboratório da Unidade Industrial da
Cooperbio – Cooperativa de Biocombustívelm, em Cuiabá, Mato Grosso. O projeto iniciou
com a avaliação dos processos chaves, tecnologias e pessoas, seguidas do mapeamento dos
processos críticos, correlação destes e, por conseguinte da padronização das etapas de
gestão e técnica - específicas do negócio Biodiesel. Dos vinte e quatro parâmetros analisados
para o Controle de Qualidade do Biodiesel o Laboratório contemplou doze, tornando estes o
escopo do projeto. O Sistema de Gestão da Qualidade foi implementado, a equipe foi
treinada e foi garantido o processo de melhoria e continuidade das padronizações.
Palavras-chave: Gestão. Qualidade. Biodiesel.
1. Introdução
O Biodiesel é um combustível composto de alquil ésteres de ácidos carboxílicos de cadeia
longa que atenda a especificação contida no Regulamento Técnico nº 4/2012, parte integrante
da Resolução ANP nº 14 (www.anp.gov.br). Este quando comparado ao Óleo Diesel
apresenta maior poder de lubrificidade, auto número de cetano e consequentemente elevado
poder de auto ignição. Sua utilização é bastante vantajosa devido não se tratar de um
combustível fóssil e de sua aplicação se dar em motores do ciclo Diesel sem a necessidade de
adequações (ROCHA, 2007).
Desde Janeiro de 2010, o Óleo Diesel comercializado em todo o Brasil contém 5% de
Biodiesel. Esta regra foi estabelecida pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE),
publicada no Diário Oficial da União (DOU) em Outubro de 2009, que aumentou de 4% para
5% o percentual obrigatório de mistura de Biodiesel ao Óleo Diesel. O Brasil está entre os
maiores produtores e consumidores de Biodiesel do mundo, com uma produção anual, em
2010, de 2,4 bilhões de litros e uma capacidade instalada, no mesmo ano, para cerca de 5,8
bilhões de litros (www.anp.gov.br).
O Biodiesel é um combustível que pode ser obtido a partir de diferentes processos industriais
– transesterificação e esterificação (ROCHA, 2007). Assim como a partir de diferentes
matérias primas, sendo estas gorduras animais ou óleos vegetais. Essas variabilidades de
matérias primas apresentam em sua estutura, uma elevada diversidade de materiais graxos que
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Estudo de Caso dezembro/2014
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podem se comportar de maneira diferente quando processados para a produção do Biodiesel
(GONÇALVES, 2007).
Tendo em vista esta variabilidade de processos e matérias primas tornou-se necessário a
padronização das características fisico químicas deste produto a fim de não causar dano aos
equipamentos nos quais este fosse utilizado. A partir desta necessidade surgiu, no Brasil, a
Resolução ANP n° 7/2008 da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis
(ANP) atual Resolução ANP nº 14 de Maio de 2012, a qual regulamenta as especificações de
qualidade do Biodiesel no Brasil. Este órgão exerce uma rotina de auditorias a estes
laboratórios para garantir controle analítico confiável e rastreável. Entretanto, esta mesma
resolução determina que a partir de 2015, os laboratórios e instituições que realizam ensaios
de certificação de Biodiesel deverão ser acreditados, de acordo com a norma NBR ISO⁄IEC
17025 ou norma que venha a substituí-la.
A norma NBR ISO⁄IEC 17025 trouxe um novo enfoque para os sistemas de gestão de
laboratórios de ensaio⁄calibração, por compreender de uma união dos requisitos da norma
NBR ISO 9001 com a parte técnica inerente ao escopo. Esta norma especifica requisitos
(Tabela 1) gerais para a competência em realizar ensaios e⁄ou calibrações incluindo
amostragem e para isso se utiliza de métodos normalizados, métodos não normalizados e
métodos desenvolvidos pelo laboratório. É aplicável a todos os laboratórios de ensaio e⁄ou
calibrações, independente do número de pessoas e⁄ou escopo das atividades. Esta norma deve
ser utilizada por laboratórios no desenvolvimento de seu Sistema de Gestão para Qualidade,
Operações Técnicas e Administrativas (Norma Brasileira ABNT NBR ISO⁄IEC 17025:2005).
Qualidade é hoje um diferencial para empresas de diferentes tamanhos, tipos e localidades. As
empresas acabam, por intermédio da Qualidade, atendendo necessidades e desejos dos
consumidores através de seus produtos e serviços. Isso ocorre após o atendimento a um
conjunto de características desejáveis pelo consumidor. A partir dai se tem o entendimento de
que qualidade é um conjunto de características dos produtos e serviços almejados pelo
mercado (SOUZA, 2011). No entanto, definir quais seriam essas características é uma tarefa
complexa para qualquer empresa. Por isso, Paladini (2008 apud SOUZA 2011) afirma que
definir Qualidade é um processo bastante difícil, visto ser um termo que apresenta uma
multiplicidade e uma dinamicidade de conceitos que variam muito ao longo do tempo. O que
há de mais complexo à empresa é encontrar a forma mais correta de identificar e entender as
expectativas dos seus clientes. Nesse entendimento reside a garantia de vantagem
competitiva, pelo atendimento das necessidades do cliente.
Tabela 1 – Requsitos da NBR ISO⁄IEC 17025:2005 (Norma Brasileira ABNT NBR ISO⁄IEC 17025:2005).
Nº Descrição Nº Descrição
4.1 Organização 4.14 Auditorias Internas
4.2 Sistema de Gestão 4.15 Análise Crítica pela Direção
4.3 Controle de Documentos 5.1 Generalidades
4.4 Análise Crítica de Pedidos,
Propostas e Contratos
5.2 Pessoal
4.5 Subcontratação de Ensaios e
Calibrações
5.3 Acomodações e Condições Ambietais
4.6 Aquisição de Serviços e 5.4 Métodos de Ensaio e Calibração e
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Suprimentos Validação de Métodos
4.7 Atendimento ao Cliente 5.5 Equipamentos
4.8 Reclamações 5.6 Rastreabilidade de Medição
4.9 Controle de Trabalhos de Ensaio
e⁄ou Calibrações
5.7 Amostragem
4.10 Melhoria 5.8 Manuseio de Ítens de Ensaio e Calibração
4.11 Ação Corretiva 5.9 Garantia da Qualidade de Resultados de
Ensaio e Calibração
4.12 Ação Preventiva 5.10 Apresentação de Resultados
4.13 Controle de Registros - -
Os requisitos que inciam com o número 4 se referem aos requisitos da direção. Já os
requisitos que iniciam com o número 5 se referem aos requisitos técnicos.
Palladini (2006) afirma que para desenvolver esse processo de Garantia da Qualidade nas
empresas, são utilizados os Sistemas de Gestão por apresentarem como premissa de trabalho
desenvolver mecanismos, que em um primeiro momento, garantam a sobrevivência da
organização e, a seguir possibilitem sua permanente e contínua evolução. Neste contexto o
Sistema de Gestão da Qualidade aplica á organização métodos de produção, avaliação e
melhoria da Qualidade. Os sistemas de gestão envolvem normas, métodos e procedimentos.
As normas e as regras devem ser específicas, aplicáveis aos recursos da organização em
situações definidas.
Para que um programa de Qualidade seja desenvolvido, implantado e avaliado de maneira a
se manter vivo e contínuo é necessário o entendimento da abrangência do programa em
termos físicos, isto é se todos os setores serão alcançados ou em termos organizacionais, se
todas as áreas e funções da empresa serão alcançadas. Assim definem-se as características
espaciais da Gestão da Qualidade. A Gestão da Qualidade envolve ações produtivas nas
atividades industriais, na geração de serviços e na estruturação de métodos (PALADINI,
2006).
Visando atender a uma determinação da ANP e a possuir uma Qualidade que atenda as
necessidades do cliente a Cooperativa de Biocombustível – Cooperbio, indústria de Biodiesel,
situada em Cuiabá, MT decidiu por elaborar um Sistema de Gestão da Qualidade próprio e
implementar a norma NBR ISO⁄IEC 17025 em seu Laboratório de Controle de Qualidade de
Biodiesel.
2. Desenvolvimento
2.1 Metodologia
2.1.1 Diagnóstico
A gestão da qualidade envolve ações de planejamento, de controle e de aprimoramento, a
partir de políticas e objetivos estabelecidos pela direção. Requer organização e flexibilidade
para poder servir como base de avaliação e aprimoramentos contínuos dos produtos e
processos envolvidos. Para que isso pudesse ser iniciado primeiramente foi necessário
estabelecer uma sistemática de pesquisa e abordagem que favorecesse o conhecimento dos
processos, subprocessos, pessoas e tecnologias que compõe a área do Laboratório, as áreas de
apoio a esta e suas relações. BAPTISTA E CUNHA (2007) afirmam que para que isso ocorra,
os dados precisam ser coletados através de entrevistas informais diretas e não diretas com o
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líder operacional. SHEFFER, 2009 afirma que nesta etapa ocorre o levantamento das
informações sobre os aspectos de maior influência nos objetivos do setor, conhece-se as
características gerais que favorecem a compreensão da organização e de suas atividades e em
adicional, pode-se obter um diagnóstico da situação atual da organização quanto a seus
processos, pessoas, tecnologias, produtos, políticas e valores. Esse diagnóstico (Tabela 2) foi
realizado no Laboratório da Cooperbio, com base no atendimento aos requisitos da norma
NBR ISO⁄IEC 17025:2005 e considerado como a primeira auditoria interna da norma. Para
avaliação do diagnóstico foi utilizado o método elaborado por CORREIA, 2006 et al, onde
para cada requisito foi atribuída uma pontuação esperada que variou de 0 a 5. O valor total
esperado para cada requisito foi o apresentado na coluna descrita como “pontuação esperada”
na tabela 3. Observe que os requisitos que inciam com o número 4 se referem aos requisitos
da direção e somam 100 pontos independentes dos requisitos que iniciam com o número 5,
que se referem aos requisitos técnicos que também somam 100 pontos. O Sistema de Gestão
da Qualidade é considerado implementado quanto o diagnóstico for igual a 100%, ou seja,
200 pontos.
Tabela 2 – Diagnóstico Esperado – Auditoria Interna (Norma Brasileira ABNT NBR ISO⁄IEC 17025:2005).
Nº do
Requisito
Pontuação
Esperada
Nº do
Requisito
Pontuação
Esperada
Nº do Requisito Pontuação
Esperada
4.1 10 4.10 5 5.4 5
4.2 5 4.11 5 5.5 15
4.3 10 4.12 5 5.6 20
4.4 5 4.13 5 5.7 10
4.5 5 4.14 5 5.8 10
4.6 5 4.15 15 5.9 10
4.7 10 5.1 5 5.10 5
4.8 5 5.2 15 - -
4.9 5 5.3 5 - -
Essa estrutura possui um desencadeamento lógico, conforme apresentado na figura 1.
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Figura 1 – Desencadeamento Lógico do Sistema de Gestão da Qualidade (Adaptado de SOUZA, et al 1997).
Após a etapa do diagnóstico um relatório foi gerado e apresentado á Alta Direção para análise
crítica. Uma reunião com os colaboradores das áreas envolvidas nos processos chaves foi
realizada no método Brainstorming e avaliação de “5PQ’s” (Cinco Porquês) para a tratativa
de cada não conformidade observada. Na oportunidade foi elaborado diagrama de “Causa e
Efeito” seguido de uma matriz “GUT” (CAMPOS, 2004). Essas ferramentas podem também
serem combinadas a outras ferramentas, como por exemplo, o “Gráfico de Pareto”. No
entanto, o uso dela sozinha não reduz sua eficácia. Na matriz “GUT” são consideradas as
premissas da tabela 3.
Tabela 3 – Sistemática de Pontuação para Matriz GUT (Norma Brasileira ABNT NBR ISO⁄IEC 17025:2005).
Nota Gravidade Urgência Tendência
(“se nada for feito...”)
5 Extremamento Grave Precis de Ação Imediata ...irá piorar rapidamente
4 Muito Grave É Urgente ...irá piorar em pouco
tempo
3 Grave O mais Rápido Possível ... irá piorar
2 Pouco Grave Pouco Urgente ... irá piorar a longo prazo
1 Sem Gravidade Pode Esperar ... não irá mudar
2.1 Mapeamento de Processos Chaves
Nesta etapa foram mapeados os processos chaves do Laboratório. Neste mapeamento primou-
se por garantir a presença do conjunto de atividades coordenadas para dirigir e controlar o
Laboratório com relação á Qualidade (SOUZA, 2011) e por apresentar uma correlação que
garanta melhoria contínua, rastreabilidade e controle das etapas operacionais do processo
como um todo.
2.2 Mapeamento de Processos Críticos
A partir dos processos chaves puderam ser observados um ou mais processos críticos. Estes
foram considerados como tais devido sua complexidade, necessidade de controle e melhorias.
No decorrer do processo de gerenciamento de processos estes foram elencados de maneira
sistemática e criteriosa, pois devem ser avaliados quanto ao seu impacto no negócio da
empresa. Para a eleição destes tornou-se necessário ter o conhecimento dos objetivos
estratégicos do negócio e da empresa em que o Laboratório esta inserido. Assim como dos
requisitos da norma. Uma reunião com os colaboradores das áreas envolvidas nos processos
chaves foi realizada. Nesta foram elencados todos os requisitos da norma e uma matriz GUT
foi elaborada (CAMPOS, 2004). Esta ferramenta foi bastante útil para este caso visto garantir
a priorização não tendenciosa dos processos críticos. Os quesitos utilizados nesta priorização
foram gravidade, urgência e tendência. Os processos que apresentaram maior pontuação
foram os primeiramente mapeados, uma vez que foram considerados os mais graves, urgentes
e com maior tendência a se tornarem piores.
2.3 Implementação e Estruturação de Métodos
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Para implementação dos processos e estruturação de métodos elencados na matriz GUT foi
elaborado um plano de ação no modelo 5W2H (CAMPOS, 2004 E PALADINI, 2006) com 3
gerações por favorecer eficácia na avaliação das ações e por conseguinte melhoria contínua.
Neste ficaram estabelecidas as ações a serem tomadas, a forma de como deveriam ser
realizadas, os responsáveis, prazos e custos. Desta maneira a eficiência, eficácia e efetividade
destas ações puderam ser claramente evidenciadas. Além de favorecer a classificação das
ações – se imediatas, corretivas e⁄ou preventivas. A verificação da eficácia das ações foi
realizada pelo Gerente da Qualidade na companhia do Gerente Técnico da área
correspondente. A eficácia fora verificada a partir de indicadores e tratativas das ações, assim
como avaliados prazos correspondentes ao previsto e evidências. Havendo comprovação de
ações não eficazes e⁄ou não conformidades aos requisitos da norma foi iniciada uma nova
reunião de Brainstorming, composto por um grupo multidisciplinar, ou seja, que envolva
responsáveis de áreas diferentes e relacionadas às não conformidades, para investigar e propor
novas ações. A etapa 3G do plano de ação envolve a análise crítica do plano de ação. Nesta os
integrantes analisam em conjunto os resultados e decidem pela implementação de novas
ações, criação de grupos de trabalho ou ainda outras formas de ação que visem a melhoria
contínua.
2.5 Auditoria e Análise Crítica
Após a etapa da implementação e estruturação de métodos concluída, uma segunda auditoria
interna fora realizada e o relatório gerado a partir desta fora apresentado à Alta Direção para
análise crítica. Na oportunidade devem ser realizadas novamente reuniões de análise crítica e
planos de ação elaborados para tratativas de causa e⁄ou implementação de melhorias. Desta
maneira o ciclo “PDCA” (Que da tradução do inglês significa: Planejar, Fazer, Checar e Agir)
pode ser garantido.
3. Resultados
Os resultados (Tabela 4) observados no primeiro diagnóstico mostraram que a empresa
apresenta pequena fragilidade (75% de pontuação) na construção dos requisitos de gestão:
“controle de documentos”, “análise crítica de propostas e serviços” e “aquisição de serviços e
suprimentos” e nos requisitos técnicos (90% de pontuação): “validação de métodos” e
“estimativa de incerteza”.
Tabela 4 – Resultado do Primeiro Diagnóstico – Auditoria Interna (Norma Brasileira ABNT NBR ISO⁄IEC
17025:2005).
Nº do
Requisito
Pontuação
Observada
Nº do
Requisito
Pontuação
Observada
Nº do Requisito Pontuação
Observada
4.1 4 (10) 4.10 5 (5) 5.4 0 (5)
4.2 5 (5) 4.11 5 (5) 5.5 15 (15)
4.3 2 (10) 4.12 1 (5) 5.6 5 (20)
4.4 0 (5) 4.13 1 (5) 5.7 10 (10)
4.5 5 (5) 4.14 1 (5) 5.8 10 (10)
4.6 0 (5) 4.15 15 (15) 5.9 10 (10)
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4.7 8 (10) 5.1 5 (5) 5.10 5 (5)
4.8 5 (5) 5.2 15 (15) - -
4.9 5 (5) 5.3 5 (5) - -
* Entre parênteses os valores esperados.
No gráfico 1 observa-se a influência de cada não conformidade obtida na auditoria.
Considerando que as pontuações não obtidas são as não conformidades, tem-se que a quando
solucionadas aquelas pontuadas para os requisitos 4.3, 4.4, 5.4, 5.6 4.1 e 4.7, corresponderão a
80% da solução do problema de não atendimento da norma.
Gráfico 1 – Gráfico de Pareto para 1ª Auditoria Interna ISO IEC 17025:2005.
Primeiramente foi realizada uma reunião com as áreas envolvidas e elencadas os requisitos
que seriam priorizados na construção do Sistema de Gestão da Qualidade. Para isso fora
utilizada a matriz GUT (Tabela 5) para somente os requisitos que não se mostraram 100%
atendidos no primeiro diagnóstico.
Tabela 5 – Matriz GUT do Primeiro Diagnóstico – Auditoria Interna.
Nº do
Requisito
Col 1 Col 2 Col 3 Col 4 Col 5
4.1 5 5 5 5 5
4.3 4 4 3 4 3
4.4 2 1 2 3 1
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4.6 2 3 3 2 3
4.7 4 5 4 5 5
4.12 3 3 4 3 3
4.13 5 4 3 3 3
4.14 2 1 2 2 3
5.4 5 5 4 3 4
5.6 5 4 3 5 5
Legenda: Col 1 – Colaborador Técnico Químico, Col 2 – Gerente Técnico, Col 3 – Gerente da Qualidade, Col 4
– Gerente de RH, Col 5 – Alta Direção
O plano de ação foi elaborado de modo que os processos fossem priorizados na seguinte
sequência lógica: 4.1, 4.7, 5.6, 5.4, 4.3, 4.13, 4.12, 4.6, 4.14 4 4.4.
Foram estabelecidos os processos chaves relacionados ás atividades e ensaios propostos no
escopo do laboratório (Figura 2 a 5).
Não
Não
Sim
Avaliar a condição
da Amostra
Existem ensaios
subcontratados?
Receber a AmostraAutorização para
envio da Amostra
Realizar
ensaios
externos
Realizar
ensaios internos
Registrar a
Amostra
Solicitação de
Análise
Avisar o cliente que não
temos condições de
atendê-lo
Amostra
Íntegra?
Não realizar
ensaios externos
Condição de
Análise
Podemos
subcontratar?
Sim
Registra resultados
das análises
Emitir o boletim da
Análise
Boletim da Análise
Sim
Não
Não
AUDITORIA
Elabora
Cronograma de
Auditoria
Elabora Plano de
Auditoria
Realiza Auditoria
DEPTº DE CONTROLE DE QUALIDADE - ENSAIOS
Garante Plano de
Calibração dos
Equipamentos
Garante Manutenção
de Equipamentos
Libera Equipamento
para Uso
Recebe Produtos
Químicos
Realiza Inspeção de
Produtos Químicos
Armazena
Produtos
Químicos
Realiza o Preparo
das Soluções
Padrões
DEPTº DE CONTROLE DE QUALIDADE - MANUTENÇÃO
Seleciona PerfisGarante
Treinamentos
Avalia
Desempenho
DEPTº RECURSOS HUMANOS
Verifica Equipamentos de
Controle de Ambiente
Garante manutenção de
Equipamentos de
Controle de Ambiente
DEPTº MANUTENÇÃO MECÂNICA/ELÉTRICA
Verifica Necessidades da
Área
Garante manutenção de
equipamentos de
segurança
DEPTº SAÚDE SEGURANÇA NO TRABALHO
Qualifica
fornecedores
Recebe Solicitação
de Compras
Avalia
Desempenho de
Forncedores
DEPTº COMPRAS
Realiza
Compras
Realiza
Orçamento
Desenvolve
SoftwareControla Acessos
DEPTº TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO
Garante
Backups
Títulosegunda-feira, 9 de dezembro de 2013
SATISFAÇÃO DOS
CLIENTE INTERNOS E EXTERNOS
REQUISITOS DOS
CLIENTES INTERNOS E EXTERNOS
Títulosegunda-feira, 9 de dezembro de 2013
Figura 2 – Macro Processo do Sistema de Gestão da Qualidade do Laboratório.
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Verificar lista de
ensaios a realizar.
Existe ensaio
para realizar?
Fim
Não
Identificar o ensaio
a ser realizado.Sim
Registrar o
cancelamento do
ensaio.
Há motivo para
cancelamento da
ensaio?
Sim
Registrar o Início da
ensaio.
Não
Preparar o material
necessário para
realização da
ensaio.
Realizar o ensaio.
Ensaio
concluído?
Não
Registrar o
resultado da Ensaio
(Relatório e
TOTVS).
Sim
Verificar se as
calibrações e
verificação internas
foram realizas
Aguardar o término
do ensaio.
Ensaios Internos
Figura 3 – Processo dos Ensaios Internos do Laboratório.
Identificar o
ensaio a ser
realizado.
Aguardar o
término do
ensaio.
Ensaio
concluído?Registrar o
resultado do
Ensaio
Identificar a
amostra segundo
registro
Enviar amostra
para laboratório
subcontratado
Sim Não
Verificar lista
de ensaios
subcontratados
Ensaios Externos
Registrar o
resultado da Ensaio
(Relatório e
TOTVS).
Figura 4 – Processo dos Ensaios Externos do Laboratório.
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Staff - Carga
Liberar entrada
de caminhão
Vistoriar o
caminhão
Carregar o
caminhão
(Fábrica)
Medir a densidade e a
temperatura manualmente
do BIO no caminhão
Registrar dados
do ensaios
(Analista Lab.)
Coletar a
amostra
Lacrar o
caminhãoRealizar ensaios
internos
Figura 5 – Processo de Suporte – Carregamento de Biodiesel.
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CLIENTE ANALISTASUPERVISÃO
Não
Não
Sim
Sim
Sim
Não
Não
Registrar a
Amostra
Solicitação de
Análise
Avaliar a condição
da Amostra
Realizar
fechamento da
Análise
Não realizar
ensaios esternos
Podemos
subcontratar?
Avisar o cliente que não
temos condições de
atendê-lo
Amostra
Íntegra?
Boletim da Análise
Venda da
Análise
Realizar ensaios
internos
Emitir o boletim da
Análise
Autorização para
envio da Amostra
Existem ensaios
subcontratados?
Receber a Amostra
Condição de
Análise
Realizar ensaios
externos
Figura 6 – Fluxograma do Laboratório por Competências
Após esta etapa foi observado que melhorias na estrutura física do Laboratório foram
necessárias a fim de otimizar o tempo gasto em cada ensaio e garantir ausência de
contaminação cruzada.
Assim mudanças no organograma da empresa a fim de garantir ausência de conflito de
interesses o esclarecimento de cada função no sistema de gestão da qualidade. O fluxograma
da do Laboratório fora elaborado com as competências delimitadas para cada atribuição
técnica (Figura 6).
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A política da qualidade fora elaborada com a alta direção e os processos críticos que
convergiam com esta foram mapeados e a estes foram elaborados procedimentos de gestão e
procedimentos técnicos que garantissem sua padronização e controle.
Após a etapa da implementação e estruturação de métodos concluída, uma segunda auditoria
interna fora realizada (Tabela 6) e o relatório gerado a partir desta fora apresentado à Alta
Direção para análise crítica.
Tabela 6 – Resultado do Segundo Diagnóstico – Auditoria Interna (Norma Brasileira ABNT NBR ISO⁄IEC
17025:2005).
Nº do
Requisito
Pontuação
Observada
Nº do
Requisito
Pontuação
Observada
Nº do Requisito Pontuação
Observada
4.1 10 (10) 4.10 5 (5) 5.4 3 (5)
4.2 5 (5) 4.11 5 (5) 5.5 15 (15)
4.3 5 (10) 4.12 5 (5) 5.6 18 (20)
4.4 5 (5) 4.13 5 (5) 5.7 10 (10)
4.5 5 (5) 4.14 5 (5) 5.8 10 (10)
4.6 3 (5) 4.15 15 (15) 5.9 10 (10)
4.7 10 (10) 5.1 5 (5) 5.10 5 (5)
4.8 5 (5) 5.2 15 (15) - -
4.9 5 (5) 5.3 5 (5) - -
* Entre parênteses os valores esperados.
No gráfico 2 pode ser observada as influências de cada não conformidade obtida que ainda
permaneceram no processo. O Sistema de Gestão da Qualidade se trata de estar
constantemente melhorando e tratando as não conformidades existentes. Planos de ação bem
elaborados podem ser obtidos envolvendo-se equipes multidisciplinares. Estas favorecem
maior abrangência dos fatos e elaboração de indicadores de maior eficácia. A busca pela
melhoria deve ser uma prática, uma vez que o sistema é cíclico, ora se está planejando, ora
executando, ora checando, ora agindo, de maneira constante.
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Estudo de Caso dezembro/2014
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Gráfico 2 – Gráfico de Pareto para 2ª Auditoria Interna ISO IEC 17025:2005.
2. Conclusão
Um Sistema de Gestão da Qualidade possui a função do Controle de Qualidade, que executa
as atividades necessárias ao planejamento e implementação de ações e a função da Garantia
da Qualidade, que mantém atualizados os registros de tudo que é feito para a obtenção da
qualidade na empresa. Além que contar com as funções de apoio, que garantem que os
processos chaves ocorram da maneira como foram previstos. Um modelo de sistema de gestão
da qualidade implantado traz proteção da empresa ás ameaças de empresas ingressantes no
mercado, ameaça dos produtos ou serviços substitutos, poder de barganha entre fornecedores,
poder de barganha entre consumidores e rivalidade entre as empresa. No entanto, este precisa
ser baseado em uma norma que se enquadre perfeitamente ás necessidades da Organização,
que neste caso se trata da norma ISO IEC 17025:2005 para o laboratório de controle de
qualidade de Biodiesel da Cooperbio. Através desta a Cooperbio estará também atendendo
um requisito legal do setor. A participação de todos os envolvidos nas áreas críticas e nas de
apoio é de suma importância para a garantia da qualidade, uma vez que, após implementada
esta norma precisa ser constantemente monitorada e melhorias devem ser evidenciadas. O
laboratório mostrou-se bastante empenhado no desenvolvimento das ações relacionadas á
implementação desta norma, porém ações ainda precisarão ser levantadas a fim de sanar todas
as não conformidades observadas na 2ª auditoria. Ferramentas da qualidade para esta solução
foram sugeridas e podem constante serem utilizadas. Após isso o sistema deve ser
constantemente monitorado e o ciclo PDCA mantido como rotina da qualidade.
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Site www.anp.gov.br, visitado em 06/11/2013 ás 23:50.
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