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Igreja Batista Reformada Vida Nova
1
Versão 003 - agosto de 2015
MUDANÇAS NESTA VERSÃO
Negrito nas perguntas 37, 63 e 64.
Referência incorreta corrigida na pergunta 18 (Ml 3:1).
Referência incorreta corrigida na pergunta 25 (2 Co 13:14).
Referência incorreta corrigida na pergunta 33 (Jo 1:14,18).
Referência incorreta corrigida na pergunta 58 (Jo 17:3).
Referência incorreta corrigida na pergunta 101 (1Sm 24:22).
Outros pequenos acertos ortográficos.
INTRODUÇÃO
O Catecismo de Heidelberg originou-se no ano de 1563 na cidade de
Heidelberg, capital do eleitorado alemão do Palatinado. O príncipe eleitor
Frederico III, que se tornou calvinista em 1560, encarregou Zacarias Ursinus
(professor da faculdade de teologia de Heidelberg) e Caspar Olevianus, pregador
da corte, de prepararem um manual de instrução doutrinária para consolidar a fé
reformada em seus domínios. O novo catecismo foi aprovado e publicado em
1563.
O sucesso foi imediato e em sua 3ª. Edição as perguntas e respostas foram
agrupadas em 52 dias do Senhor, de modo que o seu conteúdo pudesse ser
estudado ao longo de um ano. O catecismo está organizado em três partes
principais resumidas pelas iniciais MSG (Miséria, Salvação e Gratidão).
A divisão dos 52 domingos e das 129 perguntas é a seguinte:
Introdução – Domingo 1 – Perguntas 1 e 2
Parte 1: Nossa Miséria – D 2 a 4 – P 3 a 11
Parte 2: Nossa Salvação – D 5 a 31 – P 12 a 85
o Deus Pai e Nossa Criação – D 9 e 10 – P 26 a 28
o Deus Filho e Nossa Salvação – D 11 a 19 – P 29 a 52
o Deus Espírito Santo e Nossa Santificação – D 20 a 22 – P 53 a
58
o A Justificação – D 23 e 24 – P 59 a 64
o A Palavra e os Sacramentos – D 25 – P 65 a 68
o O Santo Batismo – D 26 a 27 – P 69 a 74
2
o A Santa Ceia – D 28 a 31 – P 75 a 85
Parte 3: Nossa Gratidão – D 32 a 52 – P 86 a 129
o Os Dez Mandamentos – D 34 a 44 – P 92 a 115
o A Oração – D 45 a 52 – P 116 a 129
CATECISMO DE HEIDELBERG (1563)
Por Zacarias Ursino e Gaspar Oleviano
DOMINGO 1
1. Qual é o seu único conforto na vida e na morte?
R. O meu único conforto é que - corpo e alma, na vida e na morte1 – não
pertenço a mim mesmo2, mas ao meu fiel Salvador, Jesus Cristo3, que, ao
preço do seu próprio sangue, pagou4 totalmente por todos os meus pecados
e me libertou completamente do domínio do pecado5. Ele me protege tão
bem6 que, contra a vontade de meu Pai do céu, não perderei nem um fio de
cabelo7. Na verdade tudo coopera para o meu bem e o seu propósito é para a
minha salvação8. Portanto, pelo seu Espírito Santo ele também me garante a
vida eterna9 e me torna disposto a viver para ele, daqui em diante, de todo o
coração10.
1 Rm 14:8; 1Ts 5:9,10. 2 1Co 6:19,20. 3 1Co 3:23; Tt 2:14.. 4 1Pe 1:18,19; 1Jo
1:7; 1Jo 2:2,12. 5 Jo 8:34-36; Hb 2:14,15; 1Jo 3:8. 6 Jo 6:39; Jo 10:27-30; 2Ts
3:3; 1Pe 1:5. 7 Mt 10:29,30; Lc 21:18. 8 Rm 8:28. 9 Rm 8:16; 2Co 1:22; 2Co 5:5;
Ef 1:13,14. 10 Rm 8:14; 1Jo 3:3.
2. O que você deve saber para viver e morrer nesse fundamento?
R. Primeiro: como são grandes meus pecados e minha miséria1. Segundo:
como sou salvo de meus pecados e de minha miséria2. Terceiro: como devo
ser grato a Deus por tal salvação3.
1 Mt 9:12; Jo 9:41; Rm 3:10; 1Jo 1:9,10. 2 Lc 24:46,47; Jo 17:3; At 4:12; At
10:43; 1Co 6:11; Tt 3:3-7. 3 Sl 50:14,15; Sl 116:12,13; Mt 5:16; Rm 6:12,13; Ef
5:10; 2Tm 2:15; 1Pe 2:9,12. Veja também Mt 11:28-30; Ef 5:8.
PARTE 1: NOSSA MISÉRIA
DOMINGO 2
3. Como você conhece sua miséria?
R. Pela lei de Deus1.
1 Rm 3:20.
4. O que a lei de Deus exige de nós?
3
R. Cristo nos ensina isso, em um resumo, em Mateus 22:37-40:
"Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma e de
todo o teu entendimento. " Este é o grande e primeiro mandamento. O
segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo.
Destes dois mandamentos dependem toda a lei e os profetas"1.
1 Lv 19:18; Dt 6:5; Mc 12:30,31; Lc 10:27.
5. Você pode guardar esta lei perfeitamente?
R. Não, não posso1, porque por natureza sou inclinado a odiar a Deus e a meu
próximo2.
1 Rm 3:10,20,23; 1Jo 1:8,10. 2 Gn 6:5; Gn 8:21; Jr 17:9; Rm 7:23; Rm 8:7; Ef
2:3; Tt 3:3.
DOMINGO 3
6. Mas Deus criou o homem tão mau e perverso?
R. Não, Deus criou o homem bom1 e à sua imagem2, isto é, em verdadeira
justiça e santidade para conhecer corretamente a Deus, seu Criador, amá-lo
de todo o coração e viver com ele em eterna felicidade, para louvá-Lo e
glorificá-Lo3.
1 Gn 1:31. 2 Gn 1:26,27. 3 2Co 3:18; Ef 4:24; Cl 3:10.
7. De onde vem, então, essa natureza corrompida do homem?
R. Da queda e desobediência de nossos primeiros pais, Adão e Eva, no
paraíso1. Ali, nossa natureza tornou-se tão envenenada, que todos nós somos
concebidos e nascidos em pecado2.
1 Gn 3; Rm 5:12,18,19. 2 Sl 51:5; Jo 3:6.
8. Mas nós somos tão corrompidos que não podemos fazer bem algum e
que somos inclinados a todo mal?
R. Somos sim1 , se não nascermos de novo pelo Espírito de Deus2.
1 Gn 6:5; Gn 8:21; Jó 14:4; Jó 15:14,16,35; Is 53:6; Tt 3:3. 2 Jo 3:3,5; 1Co 12:3;
2Co 3:5.
DOMINGO 4
9. Então, Deus exige do homem, em sua lei, o que este não pode cumprir.
Isso não é injusto?
R. Não, pois Deus criou o homem de tal maneira que este pudesse cumprir a
lei1. O homem, porém, sob instigação do diabo e por sua própria rebeldia,
privou a si mesmo e a todos os seus descendentes desses dons2.
1 Gn 1:27; Ef 4:24. 2 Gn 3:4-6; Rm 5:12; 1Tm 2:13,14.
4
10. Deus deixa sem castigo esta desobediência e rebeldia?
R. Não, não deixa, porque Ele se ira terrivelmente tanto contra os pecados
em que nascemos como contra os que cometemos, e quer castigá-los por
justo julgamento agora, nesta vida, e na futura1.
Ele mesmo declarou: "Maldito todo aquele que não permanece em todas as
coisas escritas no Livro da Lei, para praticá-las" (Gálatas 3:10)2.
1 Gn 2:17; Êx 20:5; Êx 34:7; Sl 5:5; Na 1:2; Rm 1:18; Rm 5:12; Ef 5:6; Hb 9:27. 2
Dt 27:26.
11. Mas Deus não é também misericordioso?
R. Deus na verdade é misericordioso1, mas também e justo2. Por isso, sua
justiça exige que o pecado cometido contra a suprema majestade de Deus
seja castigado também com a pena máxima, quer dizer, com o castigo eterno
em corpo e alma3.
1 Êx 20:6; Êx 34:6,7. 2 Êx 20:5; Êx 23:7; Êx 34:7; Sl 7:9. 3 Na 1:2,3; 2Ts 1:9.
PARTE 2: NOSSA SALVAÇÃO
DOMINGO 5
12. Então, conforme o justo julgamento de Deus, merecemos castigo nesta
vida e na futura. Como podemos escapar deste castigo e, de novo, ser
aceitos por Deus em graça?
R. Deus quer que sua justiça seja cumprida1. Por isso, nós mesmos devemos
satisfazer essa justiça, ou um outro por nós2.
1 Gn 2:17; Êx 20:5; Êx 23:7; Ez 18:4; Hb 10:30. 2 Mt 5:26; Rm 8:3,4.
13. Nós mesmos podemos satisfazer essa justiça?
R. De maneira alguma. Pelo contrário, aumentamos a cada dia a nossa dívida
com Deus1.
1 Jó 4:18,19; Jó 9:2,3; Jó 15:16; Sl 130:3; Mt 6:12; Mt 16:26; Mt 18:25.
14. Será que uma criatura, sendo apenas criatura, pode pagar por nós?
R. Não, não pode. Primeiro: porque Deus não quer castigar uma outra
criatura pela dívida do homem1. Segundo: porque tal criatura não poderia
suportar o peso da ira eterna de Deus contra o pecado e dela livrar outros2.
1 Gn 3:17; Ez 18:4. 2 Sl 130:3; Na 1:6.
15. Que tipo de mediador e salvador, então, devemos buscar?
5
R. O mediador deve ser um homem verdadeiro1 e justo2, contudo, mais
poderoso que todas as criaturas; portanto, alguém que é, ao mesmo tempo,
verdadeiro Deus3.
1 1Co 15:21. 2 Hb 7:26. 3 Is 7:14; Is 9:6; Jr 23:6; Lc 11:22; Rm 8:3,4.
DOMINGO 6
16. Por que o mediador deve ser homem verdadeiro e justo?
R. Deve ser verdadeiro homem porque a justiça de Deus exige que o homem
pague o pecado do homem1. Deve ser homem justo porque alguém que tem
seus próprios pecados não pode pagar por outros2.
1 Is 53:3-5; Jr 33:15; Ez 18:4,20; Rm 5:12-15; 1Co 15:21; Hb 2:14-16. 2 Sl 49:7;
Hb 7:26,27; 1Pe 3:18.
17. Por que o mediador deve ser, ao mesmo tempo, verdadeiro Deus?
R. Porque somente sendo verdadeiro Deus1 ele pode suportar2 , como
homem, o peso da ira3 de Deus, conquistar e restituir para nós a justiça e a
vida4.
1 Is 9:6; Rm 1:4; Hb 1:3. 2 Is 53:4,11. 3 Dt 4:24; Sl 130:3; Na 1:6. 4 Is 53:5,11; Is
54:8; Jo 3:16; At 20:28; 1Pe 3:18.
18. Mas quem é esse Mediador que, ao mesmo tempo, é verdadeiro Deus1 e
homem verdadeiro2 e justo3?
R. Nosso Senhor Jesus Cristo4, que nos foi dado graciosamente para completa
salvação e justiça5.
1 Jr 23:6; Mt 3:1; Rm 8:3; Gl 4:4; 1Jo 5:20. 2 Lc 1:42; Lc 2:6,7; Rm 1:3; Fp 2:7;
Hb 2:14,17; Hb 4:15. 3 Is 53:9,11; Jr 23:5; Lc 1:35; Jo 8:46; Hb 4:15; Heb 7:26;
1Pe 1:19; 1Pe 2:22; 1Pe 3:18. 4 Mt 1:23; Lc 2:11; Jo 1:1,14; Jo 14:6; Rm 9:5;
1Tm 2:5; 1Tm 3:16; Hb 2:9. 5 1Co 1:30; 2Co 5:21.
19. Como você sabe isso?
R. Pelo santo evangelho que o próprio Deus, de início, revelou no paraíso1.
Depois mandou anunciá-lo pelos santos patriarcas2 e profetas3 e o prefigurou
através dos sacrifícios e das outras cerimônias do Antigo Testamento.4
Finalmente, o cumpriu por seu único Filho5.
1 Gn 3:15. 2 Gn 12:3; Gn 22:18; Gn 26:4; Gn 49:10. 3 Is 42:1-4; Is 43:25; Is 49:6;
Is 53; Jr 23:5,6; Jr 31:32,33; Mq 7:18-20; Jo 5:46; At 3:22-24; At 10:43; Rm 1:2;
Hb 1:1. 4 Cl 2:17; Hb 10:1,7. 5 Rm 10:4; Gl 3:24; Gl 4:4,5; Cl 2:17.
DOMINGO 7
20. Todos os homens, então, tornam-se salvos por Cristo, assim como
pereceram em Adão?
6
R. Não1, somente aqueles que pela verdadeira fé são unidos a Cristo e
aceitam todos os seus benefícios2.
1 Mt 7:14; Mt 22:14. 2 Sl 2:12; Mc 16:16; Jo 1:12,13; Jo 3:16,18,36; Rm 3:22;
Rm 11:20; Hb 4:2,3; Hb 5:9; Hb 10:39; Hb 11:6.
21. O que é a verdadeira fé?
R. A verdadeira fé é o conhecimento e a certeza de que é verdade tudo o que
Deus nos revelou em sua Palavra1. É também a plena confiança2 de que Deus
concedeu, por pura graça, não só a outros, mas também a mim a remissão
dos pecados, a justiça eterna e a salvação3, somente pelos méritos de Cristo4.
O Espírito Santo5 opera esta fé em meu coração, por meio do Evangelho6.
1 Rm 4:20,21; Hb 11:1,3; Tg 1:6. 2 Sl 9:10; Rm 4:16-21; Rm 5:1; Rm 10:10; Ef
3:12; Hb 4:16. 3 Hc 2:4; At 10:43; Rm 1:17; Gl 3:11; Hb 10:10,38. 4 Lc 1:77,78;
Jo 20:31; At 10:43; Rm 3:24; Rm 5:19; Gl 2:16. 5 Mt 16:17; Jo 3:5; Jo 6:29; At
16:14; 2Co 4:13; Ef 2:8; Fp 1:29. 6 Mc 16:15; At 10:44; At 16:14; Rm 1:16; Rm
10:17; 1Co 1:21.
22. Em que um cristão deve crer?
R. Em tudo o que nos é prometido no Evangelho. O Credo Apostólico, a
confissão da nossa fé cristã, universal e indubitável, apresenta um resumo
disso1.
1 Mt 28:19; Mc 1:15; Jo 20:31.
23. O que dizem os artigos desse Credo?
R. I. 1) Creio em Deus Pai, Todo-Poderoso, Criador do céu e da terra;
II. 2) e em Jesus Cristo, seu único Filho, nosso Senhor;
3) que foi concebido pelo Espírito Santo, nasceu da virgem Maria;
4) padeceu sob Pôncio Pilatos, foi crucificado, morto e sepultado, desceu ao
inferno;
5) no terceiro dia ressurgiu dos mortos;
6) subiu ao céu e esta sentado à direita de Deus Pai Todo-Poderoso;
7) donde há de vir a julgar os vivos e os mortos.
III. 8) Creio no Espírito Santo;
9) na santa igreja universal de Cristo, na comunhão dos santos;
10) na remissão dos pecados;
11) na ressurreição da carne
12) e na vida eterna.
DOMINGO 8
24. Como se divide esse Credo?
R. Em três partes:
- A primeira trata de Deus Pai e da nossa criação.
7
- A segunda de Deus Filho e da nossa salvação.
- A terceira de Deus Espírito Santo e da nossa santificação.
25. Por que você fala de três Pessoas: Pai, Filho e Espírito Santo, visto que
há um só Deus1?
R. Porque Deus se revelou em sua Palavra de tal maneira que estas três
Pessoas distintas são o único, verdadeiro e eterno Deus2.
1 Dt 6:4; Is 44:6; Is 45:5; 1Co 8:4,6; Ef 4:5,6. 2 Gn 1:2,3; Is 61:1; Mt 3:16,17; Mt
28:19; Lc 1:5; Lc 4:18; Jo 14:26; Jo 15:26; At 2:32,33; 2Co 13:14; Gl 4:6; Ef
2:18; Tt 3:4-6.
DEUS PAI E NOSSA CRIAÇÃO
DOMINGO 9
26. Em que você crê quando diz: "Creio em Deus Pai, Todo-Poderoso,
Criador do céu e da terra"?
R. Creio que o eterno Pai de nosso Senhor Jesus Cristo criou do nada o céu, a
terra e tudo o que neles há1 e ainda os sustenta e governa por seu eterno
conselho e providência2. Ele é também meu Deus e meu Pai, por causa de seu
Filho, Cristo3.
Nele confio de tal maneira, que não duvido que dará tudo o que for
necessário para meu corpo e minha alma4; e que Ele transformará em bem
todo mal que me enviar nessa vida conturbada5. Tudo isso ele pode fazer
como Deus Todo-poderoso6 e quer fazer como Pai fiel 7.
1 Gn 1:1; Gn 2:3; Êx 20:11; Jó 33:4; Jó 38:4-11; Sl 33:6; Is 40:26; At 4:24; At
14:15. 2 Sl 104:2-5,27-30; Sl 115:3; Mt 10:29,30; Rm 11:36; Ef 1:11. 3 Jo 1:12;
Rm 8:15; Gl 4:5-7; Ef 1:5. 4 Sl 55:22; Mt 6:25,26; Lc 12:22-24. 5 Rm 8:28. 6 Rm
8:37-39; Rm 10:12; Ap 1:8. 7 Mt 6:32,33; Mt 7:9-11.
DOMINGO 10
27. O que é a providência de Deus?
R. É a força todo-Poderosa e presente1, com que Deus, pela sua mão,
sustenta e governa o céu, a terra e todas as criaturas2.
Assim, ervas e plantas, chuva e seca3, anos frutíferos e infrutíferos, comida e
bebida, saúde e doença, riqueza e pobreza e todas as coisas4 não nos
sobrevêm por acaso, mas de sua mão paternal5.
1 Sl 94:9,10; Is 29:15,16; Jr 23:23,24; Ez 8:12; Mt 17:27; At 17:25-28. 2 Hb 1:3. 3 Jr 5:24; At 14:17. 4 Pv 22:2; Jo 9:3. 5 Pv 16:33; Mt 10:29.
28. Para que serve saber da criação e da providência de Deus?
8
R. Para que tenhamos paciência1 em toda adversidade, mostremos gratidão2
em toda prosperidade e para que, quanto ao futuro, tenhamos a firme
confiança em nosso fiel Deus e Pai de que criatura alguma nos pode separar
do amor dele3. Porque todas as criaturas estão na mão de Deus, de tal
maneira que sem a vontade dele não podem agir nem se mover4.
1 Jó 1:21,22; Sl 39:9; Rm 5:3,4; Tg 1:3. 2 Dt 8:10; 1Ts 5:18. 3 Sl 55:22; Rm 5: 4,5;
Rm 8:38,39. 4 Jó 1:12; Jó 2:6; Pv 21:1; At 17:25-28.
DEUS FILHO E NOSSA SALVAÇÃO
DOMINGO 11
29. O nome "Jesus" significa "Salvador". Por que o Filho de Deus tem esse
nome?
R. Porque Ele nos salva de todos os nossos pecados1 e porque em ninguém
mais devemos buscar ou podemos encontrar salvação2.
1 Mt 1:21; Hb 7:25. 2 Is 43:11; Jo 15:4,5; At 4:11,12; 1Tm 2:5; 1Jo 5:11,12.
30. Será que aqueles que buscam o bem e a salvação nos assim chamados
"santos", ou em si mesmos ou em qualquer lugar, realmente creem no
único Salvador?
R. Não, não creem, pois na prática negam o único Salvador Jesus, ainda que
falem tanto dele1.
Pois das duas, uma: ou Jesus não é o perfeito Salvador, ou aqueles que o
aceitam como Salvador com verdadeira fé encontram nele tudo o que é
necessário para a salvação2.
1 1Co 1:13,30,31; Gl 5:4. 2 Is 9:7; Jo 1:16; Cl 1:19,20; Cl 2:10; Hb 12:2; 1Jo 1:7.
DOMINGO 12
31. O nome "Cristo" significa "Ungido". Por que Jesus tem também esse
nome?
R. Porque ele foi ordenado por Deus Pai e ungido1 com o Espírito Santo para
ser nosso supremo Profeta e Mestre, nosso único Sumo Sacerdote e nosso
eterno Rei.
Como Profeta, ele nos revelou plenamente o plano de Deus para nossa
salvação2.
Como Sumo Sacerdote, ele nos resgatou pelo único sacrifício de seu corpo3 e,
continuamente, intercede por nós junto ao Pai4.
Como Rei, ele nos governa por sua Palavra e Espírito e nos protege e guarda
na salvação5 que conquistou para nós.
9
1 Sl 45:7; Is 61:1; Lc 4:18; At 10:38; Hb 1:9. 2 Dt 18:15; Is 55:4; Mt 11:27; Jo
1:18; Jo 15:15; At 3:22. 3 Sl 110:4; Hb 7:21; Hb 9:12,14,28; Hb 10:12,14. 4 Rm
8:34; Hb 7:25; Hb 9:24; 1Jo 2:1. 5 Sl 2:6; Zc 9:9; Mt 21:5; Mt 28:18; Lc 1:33; Jo
10:28; Ap 12:10,11.
32. Por que você é chamado cristão1?
R. Porque pela fé sou membro de Cristo e, por isso, também sou ungido2 para
ser profeta, sacerdote e rei.
Como profeta, confesso o nome dele3.
Como sacerdote, ofereço minha vida a Ele como sacrifício vivo de gratidão4.
Como rei, combato5, nesta vida o pecado e o diabo, de livre consciência, e
depois, na vida eterna, vou reinar com Ele sobre todas as criaturas6.
1 At 11:26. 2 Is 59:21; Jl 2:28; At 2:17; 1Co 6:15; 1Jo 2:27. 3 Mt 10:32,33; Rm
10:10. 4 Êx 19:6; Rm 12:1; 1Pe 2:5; Ap 1:6; Ap 5:8,10. 5 Rm 6:12,13; Gl 5:16,17;
Ef 6:11; 1Tm 1:18,19; 1Pe 2:9,11. 6 2Tm 2:12; Ap 22:5.
DOMINGO 13
33. Por que Cristo é chamado "o único Filho de Deus", se nós também
somos filhos de Deus?
R. Porque só Cristo é, por natureza, o Filho eterno de Deus1. Nós, porém,
somos filhos adotivos de Deus2, pela graça, por causa de Cristo.
1 Jó 1:14,18; Jo 3:16; Rm 8:32; Hb 1:1,2; 1Jo 4:9. 2 Jo 1:12; Rm 8:15-17; Gl 4:6;
Ef 1:5,6
34. Por que você chama Cristo de "nosso Senhor"?
R. Porque ele nos comprou e resgatou, corpo e alma, dos nossos pecados e
de todo o domínio do diabo, não com ouro ou prata, mas com seu precioso
sangue. Assim pertencemos a ele1.
1 Jo 20:28; 1Co 6:20; 1Co 7:23; Ef 1:7; 1Tm 2:6; 1Pe 1:18,19; 1Pe 2:9.
DOMINGO 14
35. O que você entende, quando diz que Cristo "foi concebido pelo Espírito
Santo e nasceu da virgem Maria"?
R. Entendo que o eterno Filho de Deus, que é e permanece verdadeiro e
eterno Deus1, tornou-se verdadeiro homem2, da carne e do sangue da virgem
Maria3, por obra do Espírito Santo. Assim Ele é, de fato, o descendente de
Davi4, igual a seus irmãos em tudo, mas sem pecado5.
1 Mt 1:23; Mt 3:17; Mt 16:16; Mt 17:5; Mc 1:11; Jo 1:1 Jo 17:3,5; Jo 20:28; Rm
1:3,4; Rm 9:5; Fp 2:6; Cl 1:15,16; Tt 2:13; Hb 1:3; 1Jo 5:20. 2 Mt 1:18,20; Lc
10
1:35. 3 Lc 1:31,42,43; Jo 1:14; Gl 4:4. 4 2Sm 7:12; Sl 132:11; Mt 1:1; Lc 1:32; At
2:30,31; Rm 1:3. 5 Fp 2:7; Hb 2:14,17; Hb 4:15; Hb 7:26,27.
36. Que importância tem para você Cristo ter sido concebido e nascido sem
pecado?
R. Que ele é nosso Mediador1 e com sua inocência e perfeita santidade cobre
diante de Deus meu pecado2 no qual fui concebido e nascido.
1 Hb 2:16-18; Hb 7:26,27. 2 Sl 32:1; Is 53:11; Rm 8:3,4; 1Co 1:30,31; Gl 4:4,5;
1Pe 1:18,19; 1Pe 3:18.
DOMINGO 15
37. O que você quer dizer com a palavra "padeceu"?
R. Que Cristo, em corpo e alma, durante toda a sua vida na terra, mas
principalmente no final, suportou a ira de Deus contra o pecado de todo o
gênero humano1.
Por esse sofrimento, como o único sacrifício propiciatório 2, ele salvou da
condenação eterna de Deus nosso corpo e alma 3 e conquistou para nós a
graça de Deus, a justiça e a vida eterna 4.
1 Is 53:4,12; 1Tm 2:6; 1Pe 2:24; 1Pe 3:18. 2 Is 53:10; Rm 3:25; 1Co 5:7; Ef 5:2;
Hb 9:28; Hb 10:14; 1Jo 2:2; 1Jo 4:10. 3 Gl 3:13; Cl 1:13; Hb 9:12; 1Pe 1:18,19. 4
Jo 3:16; Jo 6:51; 2Co 5:21; Hb 9:15; Hb 10:19.
38. Por que ele padeceu "sob Pôncio Pilatos"?
R. Cristo, embora julgado inocente, foi condenado pelo juiz oficial1, para que
nos libertasse do severo juízo de Deus que devia cair sobre nós2.
1 Mt 27:24; Lc 23:13-15; Jo 18:38; Jo 19:4; Jo 19:11. 2 Is 53:4,5; 2Co 5:21; Gl
3:13.
39. Cristo "foi crucificado". Isso tem mais sentido do que morrer de outra
maneira?
R. Tem sim, porque pela crucificação tenho certeza de que Ele tomou sobre
si1 a maldição que pesava sobre mim. Pois a morte da cruz era maldita por
Deus2.
1 Gl 3:13. 2 Dt 21:23.
DOMINGO 16
40. Por que Cristo devia sofrer a morte?
R. Porque a justiça e a verdade de Deus1 exigiam a morte do Filho de Deus.
Não houve outro meio de pagar nossos pecados2.
1 Gn 2:17. 2 Rm 8:3,4; Fp 2:8; Hb 2:9,14,15.
11
41. Por que Ele foi "sepultado"?
R. Para dar testemunho de que estava realmente morto1.
1 Mt 27:59,60; Lc 23:53; Jo 19:40-42; At 13:29; 1Co 15:3,4.
42. Se Cristo morreu por nós, por que devemos nós morrer também?
R. Nossa morte não é para pagar nossos pecados1, mas somente significa que
morremos para o pecado e que passamos para a vida eterna2.
1 Mc 8:37. 2 Jo 5:24; Rm 7:24,25; Fp 1:23.
43. Que importância tem, para nós, o sacrifício e a morte de Cristo na cruz?
R. Pelo poder de Cristo, nosso velho homem é crucificado, morto e sepultado
com Ele1, para que os maus desejos da carne não mais nos dominem2 , mas
que nos ofereçamos a Ele como sacrifício de gratidão3.
1 Rm 6:6. 2 Rm 6:8,11,12. 3 Rm 12:1.
44. Por que se acrescenta: "desceu ao inferno"?
R. Porque meu Senhor Jesus Cristo sofreu, principalmente na cruz,
inexprimíveis angústias, dores e terrores1. Por isso, até nas minhas mais duras
tentações, tenho a certeza de que Ele me libertou da angústia e do tormento
do inferno2.
1 Mt 26:38; Mt 27:46; Hb 5:7. 2 Is 53:5.
DOMINGO 17
45. Que importância tem, para nós, a ressurreição de Cristo?
R. Primeiro: pela ressurreição, ele venceu a morte, para que nós pudéssemos
participar da justiça que Ele conquistou por sua morte1.
Segundo: nós também, por seu poder, somos ressuscitados para a nova vida2.
Terceiro: a ressurreição de Cristo é uma garantia de nossa ressurreição em
glória3.
1 Rm 4:25; 1Co 15:16-18; 1Pe 1:3. 2 Rm 6:4; Cl 3:1-3; Ef 2:4-6; 3 Rm 8:11; 1Co
15:20-22.
DOMINGO 18
46. O que você quer dizer com as palavras: "subiu ao céu"?
R. Que Cristo, à vista de seus discípulos, foi elevado da terra ao céu1 e lá está
para nosso bem2, até que volte para julgar os vivos e os mortos3.
1 Mt 16:19; Lc 24:51; At 1:9. 2 Rm 8:34; Ef 4:10; Cl 3:1; Hb 4:14; Hb 7:24,25;
Hb 9:24. 3 Mt 24:30; At 1:11.
12
47. Cristo, então, não está conosco até o fim do mundo como prometeu1?
R. Cristo é verdadeiro homem e verdadeiro Deus. Segundo sua natureza
humana não está agora na terra2, mas segundo sua divindade, majestade,
graça e Espirito, jamais se afasta de nós3.
1 Mt 28:20. 2 Mt 26:11; Jo 16:28; Jo 17:11; At 3:21; Hb 8:4. 3 Mt 28:20; Jo
14:16-18; Jo 16:13; Ef 4:8.
48. Mas se a natureza humana não está em todo lugar onde a natureza
divina está, as duas naturezas de Cristo não são separadas uma da outra?
R. De maneira nenhuma; a natureza divina de Cristo não pode ser limitada e
está presente em todo lugar1.
Por isso, podemos concluir que a natureza divina dele está na sua natureza
humana e permanece pessoalmente unida a ela, embora também esteja fora
dela2.
1 Is 66:1; Jr 23:23,24; At 7:49; At 17:27,28. 2 Mt 28:6; Jo 3:13; Jo 11:15; Cl 2:8.
49. Que importância tem, para nós, a ascensão de Cristo?
R. Primeiro: ele é, no céu, nosso Advogado junto a seu Pai1.
Segundo: em Cristo, temos nossa carne no céu como garantia segura de que
Ele, como nosso Cabeça, também nos levará para si como seus membros2.
Terceiro: Ele nos envia seu Espírito como garantia3. Pelo poder do Espírito,
buscamos as coisas que são do alto, onde Cristo está sentado à direita de
Deus, e não as coisas que são da terra4.
1 Rm 8:34; 1Jo 2:1. 2 Jo 14:2,3; Jo 17:24; Ef 2:6. 3 Jo 14:16; Jo 16:7; At 2:33;
2Co 1:22; 2Co 5:5. 4 Fp 3:20; Cl 3:1.
DOMINGO 19
50. Por que se acrescenta: "e está sentado à direita de Deus"?
R. Porque Cristo subiu ao céu para manifestar-se, lá mesmo, como o Cabeça
de sua igreja1 e para governar tudo em nome de seu Pai 2.
1 Ef 1:20-23; Cl 1:18. 2 Mt 28:18; Jo 5:22.
51. Que importância tem, para nós, essa glória de Cristo, nosso Cabeça?
R. Primeiro: por seu Espírito Santo, Ele derrama sobre nós, seus membros, os
dons celestiais1.
Segundo: Ele nos defende e protege, por seu poder, contra todos os
inimigos2.
1 At 2:33; Ef 4:8,10-12. 2 Sl 2:9; Sl 110:1,2; Jo 10:28; Ef 4:8; Ap 12:5.
13
52. Que consolo traz a você a volta de Cristo "para julgar os vivos e os
mortos"?
R. Que, em toda miséria e perseguição, espero, de cabeça erguida, o Juiz que
vem do céu, a saber: o Cristo que antes se apresentou em meu lugar ao
tribunal de Deus e tirou de mim toda a maldição1.
Ele lançará, na condenação eterna todos os seus e meus inimigos2, mas Ele
me levará para si mesmo, com todos os eleitos na alegria e glória celestiais3.
1 Lc 21:28; Rm 8:23,24; Fp 3:20; 1Ts 4:16; Tt 2:13. 2 Mt 25:41-43; 2Ts 1:6,8,9. 3
Mt 25:34-36; 2Ts 1:7,10.
DEUS ESPÍRITO SANTO E NOSSA SANTIFICAÇÃO
DOMINGO 20
53. O que você crê sobre o Espírito Santo?
R. Primeiro: creio que ele é verdadeiro e eterno Deus com o Pai e o Filho1.
Segundo: que ele foi dado também a mim2. Por uma verdadeira fé, ele me
torna participante de Cristo e de todos os seus benefícios3. Ele me fortalece 4
e fica comigo para sempre5.
1 Gn 1:2; At 5:3,4; 1Co 2:10; 1Co 3:16; 1Co 6:19. 2 Mt 28:19; 2Co 1:21,22 Gl
3:14; Gl 4:6; Ef 1:13. 3 Jo 16:14; 1Co 2:12; 1Pe 1:2. 4 Jo 15:26; At 9:31. 5 Jo
14:16,17; 1Pe 4:14.
DOMINGO 21
54. O que você crê sobre "a santa igreja universal de Cristo"?
R. Creio que o Filho de Deus1 reúne, protege e conserva2, dentre todo o
gênero humano3, sua comunidade4 eleita para a vida eterna5. Isso ele faz por
seu Espírito e sua Palavra6, na unidade da verdadeira fé7, desde o princípio do
mundo até o fim8.
Creio que sou membro vivo9 dessa igreja, agora e para sempre10.
1 Jo 10:11; Ef 4:11-13; Ef 5:25,26. 2 Sl 129:4,5; Mt 16:18; Jo 10:16,28. 3 Gn
26:4; Is 49:6; Rm 10:12,13; Ap 5:9. 4 Sl 111:1; At 20:28; Hb 12:22,23. 5 Rm
8:29,30; Ef 1:10-14; 1Pe 2:9. 6 Is 59:21; Rm 1:16; Rm 10:14-17; Ef 5:26. 7 Jo
17:21; At 2:42; Ef 4:3-6; 1Tm 3:15. 8 Is 59:21; 1Cor 11:26 9 Rm 8:10; 1Jo
3:14,19-21. 10 Sl 23:6; Jo 10:28; Rm 8:35-39; 1Co 1:8,9; 1Pe 1:5; 1Jo 2:19.
55. Como você entende as palavras: "a comunhão dos santos"?
R. Primeiro: entendo que todos os crentes, juntos e cada um por si, têm,
como membros, comunhão com Cristo, o Senhor, e todos os seus ricos dons1.
14
Segundo: que todos devem sentir-se obrigados a usar seus dons com vontade
e alegria para o bem dos outros membros2.
1 Rm 8:32; 1Co 6:17; 1Co 12:12,13; 1Jo 1:3. 2 1Co 12:21; 1Co 13:1-7; Fp 2:2-5.
56. O que você crê sobre "a remissão dos pecados"?
R. Creio que Deus, por causa da satisfação em Cristo, jamais quer lembrar-se
de meus pecados1 e de minha natureza pecaminosa2, que devo combater
durante toda a minha vida. Mas Ele me dá a justiça de Cristo3, pela graça, e
assim nunca mais serei condenado por Deus4.
1 Sl 103:3,10,12; Jr 31:34; Mq 7:19; 2Co 5:19. 2 Rm 7:23-25. 3 2Co 5:21; 1Jo
1:7; 1Jo 2:1,2. 4 Jo 3:18; Jo 5:24.
DOMINGO 22
57. Que consolo traz a você "a ressurreição do corpo"?
R. Meu consolo é que depois desta vida minha alma será imediatamente
elevada para Cristo, seu Cabeça1. E que também este meu corpo,
ressuscitado pelo poder de Cristo, será unido novamente à minha alma e se
tornará semelhante ao corpo glorioso de Cristo2.
1 Lc 16:22; Lc 20:37,38; Lc 23:43; Fp 1:21,23; Ap 14:13. 2 Jó 19:25-27; 1Co
15:53,54; Fp 3:21; 1Jo 3:2.
58. Que consolo traz a você o artigo sobre a vida eterna?
R. Meu consolo é que, como já percebo no meu coração o início da alegria
eterna1, depois desta vida terei a salvação perfeita. Essa salvação nenhum
olho jamais viu, nenhum ouvido ouviu e jamais surgiu no coração de alguém.
Então louvarei a Deus eternamente2.
1 Jo 17:3; 2Co 5:2,3. 2 Jo 17:24; 1Co 2:9.
A JUSTIFICAÇÃO
DOMINGO 23
59. Mas que proveito tem sua fé no Evangelho?
R. O proveito é que sou justo perante Deus, em Cristo, e herdeiro da vida
eterna1.
1 Hc 2:4; Jo 3:36; Rm 1:17.
60. Como você é justo perante Deus?
R. Somente por verdadeira fé em Jesus Cristo1. Mesmo que minha
consciência me acuse de ter pecado gravemente contra todos os
mandamentos de Deus, de não ter guardado nenhum deles e de ser ainda
15
inclinado a todo mal2, todavia Deus me dá, sem nenhum mérito meu, por
pura graça3, a perfeita satisfação, a justiça e a santidade de Cristo4. Deus me
trata5 como se eu nunca tivesse cometido pecado algum ou jamais tivesse
sido pecador; e como se eu tivesse cumprido pessoalmente toda a obediência
que Cristo cumpriu por mim6.
Esse benefício é meu somente se eu o aceitar pela fé, de todo o coração7.
1 Rm 3:21-26; Rm 5:1,2; Gl 2:16; Ef 2:8,9; Fp 3:9. 2 Rm 3:9; Rm 7:23. 3 Dt 9:6;
Ez 36:22; Rm 3:24; Rm 7:23-25; Ef 2:8; Tt 3:5. 4 1Jo 2:1,2. 5 Rm 4:4-8; 2Co
5:19. 6 2Co 5:21. 7 Jo 3:18; Rm 3:22.
61. Por que você diz que é justo somente pela fé?
R. Eu o digo não porque sou agradável a Deus graças ao valor da minha fé,
mas porque somente a satisfação por Cristo e a justiça e santidade dele me
justificam perante Deus1. Somente pela fé posso aceitar e possuir a
justificação2.
1 1Co 1:30; 1Co 2:2. 2 1Jo 5:10.
DOMINGO 24
62. Mas por que nossas boas obras não nos podem justificar perante Deus,
pelo menos em parte?
R. Porque a justiça que pode subsistir perante o juízo de Deus deve ser
absolutamente perfeita e completamente conforme a lei de Deus1.
Entretanto, nesta vida, todas as nossas obras, até as melhores, são
imperfeitas e manchadas por pecados2.
1 Dt 27:26; Gl 3:10. 2 Is 64:6.
63. Nossas boas obras, então, não têm mérito? Deus não promete
recompensá-las, nesta vida e na futura?
R. Essa recompensa não nos é dada por mérito, mas por graça1.
1 Lc 17:10.
64. Mas essa doutrina não faz com que os homens se tornem descuidados e
ímpios?
R. Não, pois é impossível que aqueles que estão implantados em Cristo, por
verdadeira fé, deixem de produzir frutos de gratidão1.
1 Mt 7:18; Jo 15:5.
16
A PALAVRA E OS SACRAMENTOS
DOMINGO 25
65. Visto que somente a fé nos faz participar de Cristo e de todos os seus
benefícios, de onde vem esta fé?
R. Vem do Espírito Santo1 que a produz em nosso coração pela pregação do
evangelho2 e a fortalece pelo uso dos sacramentos3.
1 Jo 3:5; 1Co 2:12; 1Co 12:3; Ef 1:17, 18; Ef 2:8; Fp 1:29. 2 At 16:14; Rm 10:17;
1Pe 1:23. 3 Mt 28:19.
66. Que são sacramentos?
R. São sinais e selos visíveis e santos. Deus os instituiu para nos fazer
compreender melhor e para garantir a promessa do Evangelho pelo uso
deles. Essa promessa é que Deus nos dá de graça o perdão dos pecados e a
vida eterna, por causa do único sacrifício de Cristo na cruz1.
1 Gn 17:11; Lv 6:25; Dt 30:6; Is 6:6,7; Is 54:9; Ez 20:12; Rm 4:11; Hb 9:7,9; Hb
9:24.
67. Então, tanto a Palavra como os sacramentos têm a finalidade de
apontar nossa fé para o sacrifício de Jesus Cristo na cruz, como o único
fundamento de nossa salvação1?
R. Sim, pois o Espírito Santo ensina no evangelho e confirma pelos
sacramentos que toda a nossa salvação está baseada no único sacrifício de
Cristo na cruz.
1 Rm 6:3; Gl 3:27.
68. Quantos sacramentos Cristo instituiu na nova aliança?
R. Dois: o santo batismo e a santa ceia.
O SANTO BATISMO
DOMINGO 26
69. Como o batismo ensina e garante a você que o único sacrifício de Cristo
na cruz é para seu bem?
R. Cristo instituiu essa lavagem com água1 e acrescentou a promessa de lavar,
com seu sangue e Espírito, a impureza da minha alma (isto é, todos os meus
pecados)2 tão certo como por fora fico limpo com a água que tira a sujeira do
corpo.
1 Mt 28:19. 2 Mt 3:11; Mc 1:4; Mc 16:16; Lc 3:3; Jo 1:33; At 2:38; Rm 6:3,4;
1Pe 3:21.
17
70. O que significa ser lavado com o sangue e o Espírito de Cristo?
R. Significa receber perdão dos pecados, pela graça de Deus, por causa do
sangue de Cristo, que Ele derramou por nós, em seu sacrifício na cruz1.
Significa também ser renovado pelo Espírito Santo e santificado para ser
membro de Cristo. Assim morremos mais e mais para o pecado e levamos
uma vida santa e irrepreensível2.
1 Ez 36:25; Zc 13:1; Hb 12:24; 1Pe 1:2; Ap 1:5; Ap 7:14. 2 Ez 36:26,27; Jo 1:33;
Jo 3:5; Rm 6:4; 1Co 6:11; 1Co 12:13; Cl 2:11,12.
71. Onde Cristo prometeu lavar-nos com seu sangue e seu Espírito, tão
certo como somos lavados com a água do batismo?
R. Na instituição do batismo, onde Ele diz: "Ide, portanto, fazei discípulos de
todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo"
(Mateus 28:19).
E: "Quem crer e for batizado será salvo; quem, porém, não crer será
condenado" (Marcos 16:16).
Essa promessa se repete também onde a Escritura chama o batismo de "o
lavar regenerador" (Tito 3:5) e de purificação dos pecados (Atos 22:16).
DOMINGO 27
72. Então, a própria água do batismo é a purificação dos pecados?
R. Não1, pois somente o sangue de Jesus Cristo e o Espírito Santo nos
purificam de todos os pecados2.
1 Mt 3:11; Ef 5:26; 1Pe 3:21. 2 1Co 6:11; 1Jo 1:7.
73. Por que, então, o Espírito Santo chama o batismo "o lavar regenerador"
e purificação dos pecados?
R. É por motivo muito sério que Deus fala assim. Ele nos quer ensinar que
nossos pecados são tirados pelo sangue e Espírito de Cristo assim como a
sujeira do corpo é tirada por água1.
E, ainda mais, Ele nos quer assegurar por esse divino sinal e garantia que
somos lavados espiritualmente dos nossos pecados, mais certamente do que
nosso corpo fica limpo com água2.
1 1Co 6:11; Ap 1:5; Ap 7:14. 2 Mt 16:16; Gl 3:27.
74. As crianças pequenas devem ser batizadas?
18
R. Devem, sim, porque tanto as crianças como os adultos pertencem à aliança
de Deus e à sua igreja1.
Também a elas, como aos adultos, são prometidos, no sangue de Cristo, a
salvação do pecado e o Espírito Santo que produz a fé2.
Por isso as crianças, pelo batismo como sinal da aliança, devem ser
incorporadas à igreja cristã e distinguidas dos filhos dos incrédulos3. Na época
do Antigo Testamento se fazia isto pela circuncisão4. No Novo Testamento foi
instituído o batismo, no lugar da circuncisão5.
1 Gn 17:7. 2 Sl 22:10; Is 44:1-3; Mt 19:14; At 2:39. 3 At 10:47. 4 Gn 17:14. 5 Cl
2:11,12.
A SANTA CEIA
DOMINGO 28
75. Como a santa ceia ensina e garante que você tem parte no único
sacrifício de Cristo na cruz e em todos os seus benefícios?
R. Da seguinte maneira: Cristo me mandou, assim como a todos os fiéis,
comer do pão partido e beber do cálice, em sua memória.
E ele acrescentou esta promessa:
Primeiro: por mim, seu corpo foi sacrificado na cruz e seu sangue foi
derramado, tão certo como vejo com meus olhos que o pão do Senhor é
partido para mim e o cálice me é dado.
Segundo: ele mesmo alimenta e sacia minha alma para a vida eterna com seu
corpo crucificado e seu sangue derramado, tão certo como recebo da mão do
ministro e tomo com minha boca o pão e o cálice do Senhor. Eles são sinais
seguros do corpo e do sangue de Cristo1.
1 Mt 26:26-28; Mc 14:22-24; Lc 22:19,20; 1Co 10:16,17; 1Co 11:23-25.
76. O que significa comer o corpo crucificado de Cristo e beber seu sangue
derramado?
R. Significa aceitar com verdadeira fé todo o sofrimento e morte de Cristo e
assim receber o perdão dos pecados e a vida eterna1. Significa também ser
unido cada vez mais ao santo corpo de Cristo2, pelo Espírito Santo que habita
tanto nele como em nós. Assim somos carne de sua carne e osso de seus
ossos3. Mesmo que Cristo esteja no céu4 e nós na terra, vivemos eternamente
e somos governados por um só Espírito, como os membros do nosso corpo o
são por uma só alma5.
Como somos batistas, cremos que
crianças pequenas não devem ser
batizadas porque não exerceram fé
pessoal. É bom lembrar que no tempo
de Ursino, nenhuma igreja cristã séria
cogitava a possibilidade de não
realização do batismo de bebês que
era, na época, uma prática secular.
Coube aos batistas particulares na
Inglaterra consertarem o erro
somente no século XVII. Um bom
exemplo disso é o chamado
“Catecismo Ortodoxo” que nada mais
é do que uma adaptação do
Catecismo de Heidelberg, feita em
1680, pelo ministro batista particular
Horace Collins.
19
1 Jo 6:35,40,47-54. 2 Jo 6:55,56. 3 Jo 14:23; 1Co 6:15,17,19; Ef 3:16,17; Ef
5:29,30; 1Jo 3:24; 1Jo 4:13. 4 At 1:9,11; At 3:21; 1Co 11:26; Cl 3:1. 5 Jo 6:57; Jo
15:1-6; Ef 4:15,16.
77. Onde Cristo prometeu alimentar e saciar os fiéis com seu corpo e seu
sangue, tão certo como eles comem do pão partido e bebem do cálice?
R. Nas palavras da instituição da ceia, que são1:
"O Senhor Jesus, na noite em que foi traído, tomou o pão; e, tendo dado
graças, o partiu e disse: Isto é o meu corpo que é dado por vós; fazei isto
em memória de mim. Por semelhante modo, depois de haver ceado,
tomou também o cálice, dizendo: Este cálice é a nova aliança no meu
sangue; fazei isto, todas as vezes que o beberdes, em memória de mim.
Porque todas as vezes que comerdes este pão e beberdes o cálice,
anunciais a morte do Senhor, até que ele venha" (1Coríntios 11:23-26).
O apóstolo Paulo já se tinha referido a esta promessa, dizendo: "Porventura o
cálice da bênção que abençoamos, não é a comunhão do sangue de Cristo? O
pão que partimos, não é a comunhão do corpo de Cristo? Porque nós,
embora muitos, somos unicamente um pão, um só corpo; porque todos
participamos do único pão" (1Coríntios 10:16,17).
1 Mt 26:26-28; Mc 14:22-24; Lc 22:19,20.
DOMINGO 29
78. Pão e vinho, então, se transformam no próprio corpo e sangue de
Cristo?
R. Não1. Neste ponto há igualdade entre o batismo e a ceia. A água do
batismo não se transforma no sangue de Cristo, nem tira os pecados. Ela é
somente um sinal divino e uma garantia disto2.
Igualmente o pão da santa ceia não se transforma no próprio corpo de
Cristo3, mesmo que seja chamado "corpo de Cristo", conforme a natureza e o
uso dos sacramentos4.
1 Mt 26:29. 2 Ef 5:26; Tt 3:5. 3 1Co 10:16; 1Co 11:26. 4 Gn 17:10,11; Êx 12:
11,13; Êx 12:26,27; Êx 13:9; Êx 24:8; At 22:16; 1Co 10:1-4; 1Pe 3:21.
79. Por que, então, Cristo chama o pão "seu corpo" e o cálice "seu sangue"
ou "a nova aliança em seu sangue", e por que Paulo fala sobre "a comunhão
do corpo e do sangue de Cristo"?
R. É por motivo muito sério que Cristo fala assim.
Ele nos quer ensinar que seu corpo crucificado e seu sangue derramado são o
verdadeiro alimento e bebida de nossas almas para a vida eterna, assim como
pão e vinho mantêm a vida temporária1.
20
E, ainda mais, Ele nos quer assegurar por estes sinais e garantias visíveis,
primeiro: que participamos de seu corpo e sangue, pela obra do Espírito
Santo, tão realmente como recebemos com nossa própria boca esses santos
sinais em memória dele2; e segundo: que todo o seu sofrimento e obediência
são nossos, tão certo, como se nós mesmos tivéssemos sofrido e pago por
nossos pecados.
1 Jo 6:51,53-55. 2 1Co 10:16.
DOMINGO 30
80. Que diferença há entre a ceia do Senhor e a missa do papa?
R. A ceia do Senhor nos testemunha que temos completo perdão de todos os
nossos pecados, pelo único sacrifício de Jesus Cristo, que ele mesmo, uma
única vez, realizou na cruz1; e também que, pelo Espírito Santo, somos
incorporados a Cristo2, que, agora com seu verdadeiro corpo, não está na
terra, mas no céu, à direita do Pai3 e lá quer ser adorado por nós4.
A missa, porém, ensina que Cristo deve ser sacrificado todo dia, pelos
sacerdotes, em favor dos vivos e dos mortos, e que esses, sem a missa, não
têm perdão dos pecados pelo sofrimento de Cristo; e também, que Cristo
está corporalmente presente sob a forma de pão e vinho e, por isso, neles
deve ser adorado.
A missa, então, no fundo, não é outra coisa senão a negação do único
sacrifício e sofrimento de Cristo e uma idolatria abominável5.
1 Mt 26:28; Lc 22:19,20; Jo 19:30; Hb 7:26,27; Hb 9:12; Hb 9:25-28; Hb
10:10,12,14. 2 1Co 6:17; 1Co 10:16,17. 3 Jo 20:17; Cl 3:1; Hb 1:3; Hb 8:1,2. 4 At
7:55,56; Fp 3:20; Cl 3:1; 1Ts 1:10. 5 Hb 9:26; Hb 10:12,14.
81. Quem deve vir a santa ceia?
R. Aqueles que se aborrecem de si mesmos por causa dos seus pecados, mas
confiam que estes lhes foram perdoados por amor de Cristo e que, também,
as demais fraquezas são cobertas por seu sofrimento e sua morte; e que
desejam, cada vez mais, fortalecer a fé e corrigir-se na vida.
Mas os pecadores impenitentes e os hipócritas comem e bebem para sua
própria condenação1.
1 1Co 10:19-22; 1Co 11:28,29.
82. Podem vir a essa ceia também aqueles que, por sua confissão e vida, se
mostram incrédulos e ímpios?
R. Não, porque assim é profanada a aliança de Deus e é provocada sua ira
sobre toda a congregação1.
21
Por isso, a igreja cristã tem a obrigação, conforme o mandamento de Cristo e
de seus apóstolos, de excluir tais pessoas pelas chaves do reino dos céus, até
que demonstrem arrependimento.
1 Sl 50:16; Is 1:11-15; Is 66:3; Jr 7:21-23; 1Co 11:20,34.
DOMINGO 31
83. Que são as chaves do reino dos céus?
R. A pregação do santo evangelho e a disciplina cristã. É por esses dois meios
que o reino dos céus se abre para aqueles que crêem e se fecha para aqueles
que não crêem1.
1 Mt 16:18,19; Mt 18:15-18.
84. Como se abre e se fecha o reino dos céus pela pregação do santo
evangelho?
R. Conforme o mandamento de Cristo, se proclama e testifica aos crentes, a
todos juntos e a cada um deles, que todos os seus pecados realmente lhes
são perdoados por Deus, pelo mérito de Cristo, sempre que aceitam a
promessa do evangelho com verdadeira fé.
Mas a todos os incrédulos e hipócritas se proclama e testifica que a ira de
Deus e a condenação permanecem sobre eles, enquanto não se
converterem1.
Segundo esse testemunho do evangelho, Deus julgará todos nesta vida e na
futura.
1 Mt 16:19; Jo 20:21-23.
85. Como se fecha e se abre o reino dos céus pela disciplina cristã?
R. Conforme o mandamento de Cristo, aqueles que, com o nome de cristãos,
se comportam na doutrina ou na vida como não-cristãos, são fraternalmente
advertidos, repetidas vezes.
Se não querem abandonar seus erros ou maldades, são denunciados à igreja
e aos que, pela igreja, foram ordenados para esse fim. Se não dão atenção
nem à admoestação desses, não são mais admitidos aos sacramentos e,
assim, excluídos da congregação de Cristo e pelo próprio Deus do reino de
Cristo.
Eles voltam a ser recebidos como membros de Cristo e da sua igreja, quando
realmente prometem e demonstram verdadeiro arrependimento 1.
1 Mt 18:15-18; 1Co 5:3-5,11; 2Co 2:6-8; 2Ts 3:14,15; 1Tm 5:20; 2Jo :10,11.
22
PARTE 3: NOSSA GRATIDÃO
DOMINGO 32
86. Visto que fomos libertados de nossa miséria, por Cristo, sem mérito
algum de nossa parte, somente pela graça, por que ainda devemos fazer
boas obras?
R. Primeiro: porque Cristo não somente nos comprou e libertou com seu
sangue, mas também nos renova à sua imagem, por seu Espírito Santo, para
que mostremos, com toda a nossa vida, que somos gratos a Deus por seus
benefícios1 e para que Ele seja louvado por nós2.
Segundo: para que, pelos frutos da fé, tenhamos a certeza de que nossa fé é
verdadeira3 e para que ganhemos nosso próximo para Cristo, pela vida cristã
que levamos4.
1 Rm 6:13; Rm 12:1,2; 1Co 6:20; 1Pe 2:5,9. 2 Mt 5:16; 1Pe 2:12. 3 Mt 7:17,18;
Gl 5:6,22; 2Pe 1:10. 4 Mt 5:16; Rm 14:18,19; 1Pe 3:1,2.
87. Não podem ser salvos, então, aqueles que continuam vivendo sem
Deus, sem gratidão e não se convertem a Ele?
R. De maneira alguma, porque a Escritura diz que nenhum impuro, idólatra,
adúltero, ladrão, avarento, bêbado, maldizente, assaltante ou semelhante
herdará o reino de Deus1.
1 1Co 6:9,10; Ef 5:5,6; 1Jo 3:14,15.
DOMINGO 33
88. Quantas partes há na verdadeira conversão do homem?
R. Duas: a morte do velho homem e o nascimento do novo homem1.
1 Rm 6:4-6; 1Co 5:7; 2Co 7:10; Ef 4:22-24; Cl 3:5-10.
89. O que é a morte do velho homem?
R. É a profunda tristeza por causa dos pecados e a vontade de odiá-los e
evitá-los cada vez mais1.
1 Jl 2:13; Rm 8:13.
90. O que é o nascimento do novo homem?
R. É a alegria sincera em Deus, por Cristo1, e o forte desejo de viver conforme
a vontade de Deus em todas as boas obras2.
1 Is 57:15; Rm 5:1,2; Rm 14:17. 2 Rm 6:10,11; Gl 2:19,20.
91. Que são boas obras?
23
R. São somente as obras feitas com verdadeira fé1, conforme a lei de Deus2 e
para sua glória5; não são aquelas que se baseiam em nossa própria opinião ou
em tradições humanas4.
1 Rm 14:23. 2 Lv 18:4; 1Sm 15:22; Ef 2:10. 3 1Co 10:31. 4 Is 29:13,14; Ez
20:18,19; Mt 15:7-9.
OS DEZ MANDAMENTOS
DOMINGO 34
92. Que diz a lei do SENHOR?
R. Deus falou todas estas palavras (Êxodo 20:1-17; Deuteronômio 5:6-21):
"Eu sou o SENHOR teu Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa da
servidão."
Primeiro mandamento: "Não terás outros deuses diante de mim."
Segundo mandamento: "Não farás para ti imagem de escultura, nem
semelhança alguma do que há em cima nos céus, nem embaixo na terra, nem
nas águas debaixo da terra. Não as adorarás, nem lhes darás culto; porque eu
sou o SENHOR teu Deus, Deus zeloso, que visito a iniqüidade dos pais nos
filhos até a terceira e quarta geração daqueles que me aborrecem, e faço
misericórdia até mil gerações daqueles que me amam e guardam os meus
mandamentos."
Terceiro mandamento: "Não tomarás o nome do SENHOR teu Deus em vão,
porque o SENHOR não terá por inocente o que tomar seu nome em vão."
Quarto mandamento: "Lembra-te do dia de sábado, para o santificar. Seis
dias trabalharás, e farás toda a tua obra. Mas o sétimo dia é o sábado do
SENHOR teu Deus; não farás nenhum trabalho, nem tu, nem teu filho, nem
tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal, nem o
forasteiro das tuas portas para dentro; porque em seis dias fez o SENHOR os
céus e a terra, o mar e tudo o que neles há, e ao sétimo dia, descansou: por
isso o SENHOR abençoou o dia de sábado e o santificou. "
Quinto mandamento: "Honra a teu pai e a tua mãe, para que se prolonguem
os teus dias na terra que o SENHOR teu Deus te dá."
Sexto mandamento: "Não matarás."
Sétimo mandamento: "Não adulterarás."
Oitavo mandamento: "Não furtarás."
Nono mandamento: "Não dirás falso testemunho contra o teu próximo."
24
Décimo mandamento: "Não cobiçarás a casa do teu próximo. Não cobiçarás a
mulher do teu próximo, nem o seu servo, nem a sua serva, nem o seu boi,
nem o seu jumento, nem coisa alguma que pertença ao teu próximo.”
93. Como se dividem estes Dez Mandamentos?
R. Em duas partes1:
A primeira nos ensina, em quatro mandamentos, como devemos viver diante
de Deus; a segunda nos ensina, em seis mandamentos, as nossas obrigações
para com nosso próximo2.
1 Êx 31:18; Dt 4:13; Dt 10:3,4. 2 Mt 22:37-40.
94. O que Deus ordena no primeiro mandamento?
R. Primeiro: para não perder minha salvação, devo evitar e fugir de toda
idolatria1, feitiçaria, adivinhação e superstição2. Também não posso invocar
os santos ou outras criaturas3. Segundo: devo reconhecer devidamente o
único e verdadeiro Deus4, confiar somente nele5, submeter-me somente a
ele6 com toda humildade7 e paciência. Devo amar8, temer9 e honrar10 a Deus
de todo o coração, e esperar todo o bem somente dele11. Em resumo, é
preferível abandonar todas as criaturas a fazer a menor coisa contra a
vontade de Deus12.
1 1Co 6:10; 1Co 10:7,14; 1Jo 5:21. 2 Lv 19:31; Dt 18:9-12. 3 Mt 4:10; Ap 19:10;
Ap 22:8,9. 4 Jo 17:3. 5 Jr 17:5,7. 6 Rm 5:3-5; 1Co 10:10; Fp 2:14; Cl 1:11; Hb
10:36. 7 1Pe 5:5. 8 Dt 6:5; Mt 22:37,38. 9 Dt 6:2; Sl 111:10; Pv 1:7; Pv 9:10; Mt
10:28. 10 Dt 10:20; Mt 4:10. 11 Sl 104:27-30; Is 45:7; Tg 1:17. 12 Mt 5:29,30; Mt
10:37-39; At 5:29.
95. Que é idolatria?
R. Idolatria é inventar ou ter alguma coisa em que se deposite confiança, em
lugar ou ao lado do único e verdadeiro Deus que se revelou em sua Palavra1.
1 1Cr 16:26; Is 44:16,17; Jo 5:23; Gl 4:8; Ef 2:12; Ef 5:5; Fp 3:19; 1Jo 2:23; 2Jo
9.
DOMINGO 35
96. O que Deus exige no segundo mandamento?
R. Não podemos, de maneira alguma, representar Deus por imagem ou
figura1. Devemos adorá-lo somente da maneira que ele ordenou em sua
palavra2.
1 Dt 4:15,16; Is 40:18,19,25; At 17:29; Rm 1:23-25. 2 Dt 12:30-32; 1Sm 15:23;
Mt 15:9.
97. Não se pode fazer imagem alguma?
25
R. Não se pode nem deve fazer nenhuma imagem de Deus. As criaturas
podem ser representadas, mas Deus nos proíbe fazer ou ter imagens delas
para adorá-las ou para servi-lo por meio delas1.
1 Êx 34:13,14,17; Dt 12:3,4; Dt 16:22; 2Rs 18:4 Is 40:25.
98. Mas não podem ser toleradas as imagens nas igrejas como “livros para
ignorantes”?
R. Não, porque não devemos ser mais sábios do que Deus. Ele não quer
ensinar a seu povo por meio de ídolos mudos1, mas pela pregação viva de sua
Palavra2.
1 Jr 10:5,8; Hc 2:18,19. 2 Rm 10:14-17; 2Tm 3:16,17; 2Pe 1:19.
DOMINGO 36
99. O que Deus exige no terceiro mandamento?
R. Não devemos blasfemar ou profanar o santo nome de Deus por maldições1
ou juramentos falsos2 nem por juramentos desnecessários3.
Também não devemos tomar parte em pecados tão horríveis, ficando calados
quando os ouvimos4.
Em resumo, devemos usar o santo nome de Deus somente com temor e
reverencia5, a fim de que Ele, por nós, seja devidamente confessado6,
invocado7 e glorificado por todas as nossas palavras e obras8.
1 Lv 24:15,16. 2 Lv 19:12. 3 Mt 5:37; Tg 5:12. 4 Lv 5:1; Pv 29:24. 5 Is 45:23; Jr
4:2. 6 Mt 10:32; Rm 10:9,10. 7 Sl 50:15; 1Tm 2:8. 8 Rm 2:24; Cl 3:17; 1Tm 6:1.
100. Será que blasfemar o nome de Deus por juramentos e maldições é um
pecado tão grande que Deus se ira também contra aqueles que não se
esforçam para impedir e proibir tal coisa?
R. Claro que sim, pois não há pecado maior ou que mais provoque a ira de
Deus do que blasfemar seu nome. Por isso, Ele mandava castigar este pecado
com a pena da morte1.
1 Lv 24:16; Ef 5:11.
DOMINGO 37
101. Mas não podemos nós, de modo piedoso, fazer juramento em nome de
Deus?
R. Podemos sim, quando as autoridades o exigirem ou quando for preciso,
para manter e promover a fidelidade e a verdade, para a glória de Deus e o
bem-estar do próximo. Pois tal juramento está baseado na Palavra de Deus1 e
era praticado, com razão, pelos santos do Antigo e do Novo Testamentos2.
26
1 Dt 6:13; Dt 10:20; Hb 6:16. 2 Gn 21:24; Gn 31:53; 1Sm 24:22; 2Sm 3:35; 1Rs
1:29,30; Rm 1:9; Rm 9:1; 2Co 1:23.
102. Podemos jurar também pelos santos ou por outras criaturas?
R. Não, porque o juramento legítimo é uma invocação a Deus, para que Ele, o
único que conhece os corações, testemunhe a verdade e nos castigue se
jurarmos falsamente1.
Tal honra não pertence a criatura alguma2.
1 Rm 9:1; 2Co 1:23. 2 Mt 5:34-36; Tg 5:12.
DOMINGO 38
103. O que Deus ordena no quarto mandamento?
R. Primeiro: o ministério do Evangelho e as escolas cristãs devem ser
mantidos1, e eu devo reunir-me fielmente com o povo de Deus,
especialmente no dia de descanso2, para conhecer a palavra de Deus3, para
participar dos sacramentos4, para invocar publicamente ao Senhor Deus5 e
para praticar a caridade cristã para com os necessitados6.
Segundo: eu devo, todos os dias da minha vida, desistir das más obras,
deixando o Senhor operar em mim por seu Espírito. Assim começo nesta vida
o descanso eterno7.
1 1Co 9:13,14; 1Tm 3:15; 2Tm 2:2; 2Tm 3:14,15; Tt 1:5. 2 Lv 23:3; Sl 40:9,10; Sl
122:1; At 2:42,46. 3 1Co 14:1,3; lTm 4:13; Ap 1:3. 4 At 20:7; 1Co 11:33. 5 1Co
14:16; 1Tm 2:1-4. 6 Dt 15:11; 1Co 16:1,2; 1Tm 5:16. 7 Hb 4:9,10.
DOMINGO 39
104. O que Deus exige no quinto mandamento?
R. Devo prestar toda honra, amor e fidelidade a meu pai e a minha mãe e a
todos os meus superiores; devo submeter-me à sua boa instrução e disciplina
com a devida obediência 1, e também ter paciência com seus defeitos 2;
porque Deus nos quer governar pelas mãos deles 3.
1 Êx 21:17; Pv 1:8; Pv 4:1; Pv 15:20; Pv 20:20; Rm 13:1; Ef 5:22; Ef 6:1,2,5; Cl
3:18,20,22. 2 Pv 23:22; 1Pe 2:18. 3 Mt 22:21; Rm 13:2,4; Ef 6:4; Cl 3:20.
DOMINGO 40
105. O que Deus exige no sexto mandamento?
R. Eu não devo desonrar, odiar, ofender ou matar meu próximo1, por mim
mesmo ou através de outros. Isso não posso fazer, nem por pensamentos,
palavras, ou gestos e muito menos por atos.
27
Mas devo abandonar todo desejo de vingança2, não fazer mal a mim mesmo
ou, de propósito, colocar-me em perigo3. Por isso as autoridades dispõem das
armas para impedir homicídios4.
1 Gn 9:6; Mt 5:21,22; Mt 26:52. 2 Mt 5:25; Mt 18:35; Rm 12:19; Ef 4:26. 3 Mt
4:7; Cl 2:23. 4 Gn 9:6; Êx 21:14; Rm 13:4.
106. Este mandamento trata somente de matar?
R. Não, proibindo o homicídio, Deus nos ensina que Ele detesta a raiz do
homicídio, a saber: a inveja1, o ódio2, a ira3 e o desejo de vingança. Ele
considera tudo isso homicídio4.
1 Sl 37:8; Pv 14:30; Rm 1:29. 2 1Jo 2:9-11. 3 Tg 1:20; Gl 5:19-21. 4 1Jo 3:15.
107. Mas é suficiente não matar nosso próximo?
R. Não, porque Deus, condenando a inveja, o ódio e a ira, manda que
amemos nosso próximo como a nós mesmos1 e mostremos paciência, paz,
mansidão, misericórdia e gentileza para com ele2.
Devemos evitar seu prejuízo, tanto quanto possível3, e fazer bem até aos
nossos inimigos4.
1 Mt 7:12; Mt 22:39; Rm 12:10. 2 Mt 5:5,7; Lc 6:36; Rm 12:18; Gl 6:1,2; Ef 4:1-
3; Cl 3:12; 1Pe 3:8. 3 Êx 23:5. 4 Mt 5:44,45; Rm 12:20,21.
DOMINGO 41
108. O que o sétimo mandamento nos ensina?
R. Toda impureza sexual é amaldiçoada por Deus1. Por isso, devemos detestá-
la profundamente e viver de maneira pura e disciplinada2, sejamos casados
ou solteiros3.
1 Lv 18:27-29. 2 1Ts 4:3-5. 3 Ml 2:16; Mt 19:9; 1Co 7:10,11; Hb 13:4.
109. Mas Deus, neste mandamento, proíbe somente o adultério e outros
pecados vergonhosos?
R. Não, pois como nosso corpo e nossa alma são o templo do Espírito Santo,
Deus quer que os conservemos puros e santos1.
Por isso, Ele proíbe todos os atos, gestos, palavras2, pensamentos e desejos3
impuros e tudo o que possa atrair o homem para tais pecados4.
1 1Co 6:18-20. 2 Dt 22:20-29; Ef 5:3,4. 3 Mt 5:27,28. 4 1Co 15:33; Ef 5:18.
DOMINGO 42
110. O que Deus proíbe no oitavo mandamento?
R. Deus não somente proíbe o furto1 e o roubo2 que as autoridades castigam,
mas também classifica como roubo todos os maus propósitos e as práticas
28
maliciosas, através dos quais tentamos nos apropriar dos bens do próximo3,
seja por força, seja por aparência de direito, a saber: falsificação de peso, de
medida, de mercadoria e de moeda4, seja por juros exorbitantes ou por
qualquer outro meio proibido por Deus5.
Também proíbe toda avareza6, bem como todo abuso e desperdício de suas
dádivas7.
1 1Co 6:10. 2 Lv 19:13. 3 Lc 3:14; 1Co 5:10. 4 Dt 25:13-15; Pv 11:1; Pv 16:11; Ez
45:9-12. 5 Sl 15:5; Lc 6:35. 6 1Co 6:10. 7 Pv 21:20; Pv 23:20,21.
111. Mas o que Deus ordena neste mandamento?
R. Devo promover, tanto quanto possível, o bem do meu próximo e tratá-lo
como quero que outros me tratem1.
Além disso, devo fazer fielmente meu trabalho para que possa ajudar ao
necessitado2.
1 Mt 7:12. 2 Ef 4:28.
DOMINGO 43
112. O que Deus exige no nono mandamento?
R. Jamais posso dar falso testemunho contra meu próximo1, nem torcer suas
palavras2 ou ser mexeriqueiro ou caluniador3. Também não posso ajudar a
condenar alguém levianamente, sem o ter ouvido4.
Mas devo evitar toda mentira e engano, obras próprias do diabo5, para Deus
não ficar aborrecido comigo6.
Em julgamentos e em qualquer outra ocasião, devo amar a verdade, falar a
verdade e confessá-la francamente7. Também devo defender e promover,
tanto quanto puder, a honra e a boa reputação de meu próximo8.
1 Pv 19:5,9; Pv 21:28. 2 Sl 50:19,20. 3 Sl 15:3; Rm 1:30. 4 Mt 7:1,2; Lc 6:37. 5 Jo
8:44. 6 Pv 12:22. 7 1Co 13:6; Ef 4:25. 8 1Pe 4:8.
DOMINGO 44
113. O que Deus exige no décimo mandamento?
R. Jamais pode surgir em nosso coração o menor desejo ou pensamento
contra qualquer mandamento de Deus. Pelo contrário, devemos sempre, de
todo o coração, odiar todos os pecados e amar toda justiça1.
1 Rm 7:7.
114. Mas aqueles que se converteram a Deus podem guardar perfeitamente
estes mandamentos?
29
R. Não, não podem, porque nesta vida até os mais santos deles apenas
começam a guardar os mandamentos1. Entretanto, começam, com sério
propósito, a viver não somente conforme alguns, mas conforme todos os
mandamentos de Deus2.
1 Ec 7:20; Rm 7:14,15; 1Co 13:9; 1Jo 1:8,10. 2 Sl 1:2; Rm 7:22; 1Jo 2:3.
115. Para que, então, Deus manda pregar os Dez Mandamentos tão
rigorosamente, já que ninguém pode guardá-los nesta vida?
R. Primeiro: para que, durante toda a vida, conheçamos cada vez melhor
nossa natureza pecaminosa1 e, por isso, ainda mais desejemos buscar, em
Cristo, o perdão dos pecados e a justiça2.
Segundo: para que sempre sejamos zelosos e oremos a Deus pela graça do
Espírito Santo, a fim de que sejamos cada vez mais renovados segundo a
imagem de Deus até que, depois desta vida, alcancemos o objetivo, a saber: a
perfeição3.
1 Sl 32:5; Rm 3:20; 1Jo 1:9. 2 Mt 5:6; Rm 7:24,25. 3 1Co 9:24; Fp 3:12-14.
A ORAÇÃO
DOMINGO 45
116. Por que a oração e necessária aos cristãos?
R. Porque a oração é a parte principal da gratidão que Deus requer de nós1.
Além disso, Deus quer conceder sua graça e seu Espírito Santo somente aos
que continuamente lhe pedem e agradecem de todo o coração2.
1 Sl 50:14,15. 2 Mt 7:7,8; Lc 11:9,10; 1Ts 5:17,18.
117. Como devemos orar, para que a oração seja agradável a Deus e Ele nos
ouça?
R. Primeiro: devemos invocar, de todo o coração1, o único e verdadeiro Deus,
que se revelou a nós em sua palavra2, e orar por tudo o que Ele nos ordenou
para pedir3.
Segundo: devemos muito bem conhecer nossa necessidade e miséria4 , a fim
de nos humilharmos perante sua majestade5.
Terceiro: devemos ter a plena certeza6 de que Deus, apesar de nossa
indignidade, quer atender à nossa oração7, por causa de Cristo, como Ele
prometeu em sua Palavra8.
1 Sl 145:18-20; Tg 4:3,8. 2 Jo 4:22-24; Ap 19:10. 3 Rm 8:26; Tg 1:5; 1Jo 5:14. 4
2Cr 20:12; Sl 143:2. 5 Sl 2:11; Sl 51:17; Is 66:2. 6 Rm 8:15,16; Rm 10:14; Tg 1:6-
8. 7 Dn 9:17-19; Jo 14:13,14; Jo 15:16; Jo 16:23. 8 Sl 27:8; Sl 143:1; Mt 7:8.
30
118. O que Deus ordenou pedir a ele?
R. Tudo o que é necessário ao nosso corpo e à nossa alma1, como Cristo, o
Senhor, o resumiu na oração que Ele mesmo nos ensinou.
1 Mt 6:33; Tg 1:17.
119. O que diz essa oração?
R. "Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome; venha o teu
reino, faça-se a tua vontade, assim na terra como no céu; o pão nosso de
cada dia dá-nos hoje; e perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós temos
perdoado aos nossos devedores; e não nos deixes cair em tentação, mas livra
nos do mal [pois teu é o reino, o poder e a glória para sempre. Amém]!"
(Mateus 6:9-13; Lucas 11:2-4).
DOMINGO 46
120. Por que Cristo nos ordenou dizer a Deus "Pai nosso"?
R. Porque Cristo quer despertar em nós, logo no início, como base da oração,
o respeito e a confiança para com Deus que uma criança tem para com seu
pai. Pois Deus se tornou nosso Pai por Cristo. E muito menos do que nossos
pais nos recusam bens materiais, ele nos recusará o que lhe pedirmos com
verdadeira fé1.
1 Mt 7:9-11; Lc 11:11-13
121. Por que se acrescenta: "que estás nos céus"?
R. Porque assim Cristo nos ensina a não ter ideia terrena da majestade
celestial de Deus1 e a esperar, da onipotência dele, tudo o que é necessário
ao nosso corpo e à nossa alma2.
1 Jr 23:23,24; At 17:24-27. 2 Rm 10:12.
DOMINGO 47
122. Qual é a primeira petição?
R. "Santificado seja o teu nome".
Quer dizer:
Faze, primeiro, com que te conheçamos em verdade1 e te santifiquemos,
honremos e glorifiquemos em todas as tuas obras2, em que brilham tua
onipotência, sabedoria, bondade, justiça, misericórdia e verdade.
Faze, também, com que dirijamos toda a nossa vida - nossos pensamentos,
palavras e obras - de tal maneira que teu nome não seja blasfemado por
nossa causa, mas honrado e glorificado3.
31
1 Sl 119:105; Jr 9:24; Jr 31:33,34, Mt 16:17; Jo 17:3; Tg 1:5. 2 Êx 34:6,7; Sl
119:137,138; Sl 145:8,9; Jr 31:3; Jr 32:18,19; Mt 19:17; Lc 1:46-55; Lc 1:68,69;
Rm 3:3,4; Rm 11:22,23; Rm 11:33. 3 Sl 71:8; Sl 115:1; Mt 5:16.
DOMINGO 48
123. Qual é a segunda petição?
R. "Venha o teu reino".
Quer dizer:
Governa-nos por tua palavra e por teu Espírito, de tal maneira que, cada vez
mais, nos submetamos a ti1; conserva e aumenta tua igreja2;
destrói as obras do diabo, e todo poder que se levanta contra ti, e todos os
maus planos que são inventados contra tua santa Palavra3;
até que venha a plenitude de teu reino4, em que tu serás tudo em todos5.
1 Sl 119:5; Sl 143:10; Mt 6:33. 2 Sl 51:18; Sl 122:6,7. 3 Rm 16:20; 1Jo 3:8. 4 Rm
8:22,23; Ap 22:17,20. 5 1Co 15:28.
DOMINGO 49
124. Qual é a terceira petição?
R. "Faça-se a tua vontade, assim na terra como no céu".
Quer dizer:
Faze com que nós e todos os homens renunciemos à nossa própria vontade1
e obedeçamos, sem protestos, à tua vontade2, a única que é boa, para que
cada um, assim, cumpra sua tarefa e vocação3, tão pronta e fielmente como
os anjos no céu4.
1 Mt 16:24; Tt 2:11,12. 2 Lc 22:42; Rm 12:2; Ef 5:10. 3 1Co 7:22-24. 4 Sl
103:20,21.
DOMINGO 50
125. Qual é a quarta petição?
R. "O pão nosso de cada dia dá-nos hoje".
Quer dizer:
Cuida de nós com tudo o que for necessário ao nosso corpo1, para que
reconheçamos que Tu és a única fonte de todo o bem2 e que, sem tua
bênção, nem nosso cuidado e trabalho, nem teus dons nos são úteis3.
Faze também com que, por isso, não mais depositemos nossa confiança em
qualquer criatura, mas somente em ti4.
32
1 Sl 104:27,28; Sl 145:15,16; Mt 6:25,26. 2 At 14:17; At 17:27,28; Tg 1:17. 3 Dt
8:3; Sl 37:3-7,16,17; Sl 127:1,2; 1Co 15:58. 4 Sl 55:22; Sl 62:10; Sl 146:3; Jr
17:5,7.
DOMINGO 51
126. Qual é a quinta petição?
R. "E perdoa-nos as nossas dividas, assim como nós temos perdoado aos
nossos devedores".
Quer dizer:
Por causa do sangue de Cristo, não cobres de nós, miseráveis pecadores que
somos, nossas transgressões nem o mal que ainda há em nós1, assim como
tua graça em nós fez com que tenhamos o firme propósito de perdoar nosso
próximo de todo o coração2.
1 Sl 51:1; Sl 143:2; Rm 8:1; 1Jo 2:1. 2 Mt 6:14,15.
DOMINGO 52
127. Qual é a sexta petição?
R. "E não nos deixes cair em tentação, mas livra-nos do mal".
Quer dizer:
Somos tão fracos que, por nós mesmos, não podemos subsistir por um só
momento1; além disso, nossos inimigos declarados - o diabo2 , o mundo3 e
nossa própria carne4 - nos tentam continuamente.
Por isso, pedimos-te: sustenta-nos e fortalece-nos pelo poder de teu Espírito
Santo, a fim de que neste combate espiritual não sejamos derrotados5, mas
possamos fortemente resistir, até que finalmente alcancemos a vitória total6.
1 Sl 103:14-16; Jo 15:5. 2 Ef 6:12; 1Pe 5:8. 3 Jo 15:19. 4 Rm 7:23; Gl 5:17. 5 Mt
26:41; Mc 13:33; 1Co 10:12,13. 6 1Ts 3:13; 1Ts 5:23.
128. Como você termina sua oração?
R. "Pois teu é o reino, o poder e a glória, para sempre".
Quer dizer:
Tudo isso te pedimos, porque tu queres e podes dar-nos todo o bem, pois és
nosso Rei e tudo está em teu poder1. Pedimos-te isso também, para que não
o nosso, mas o teu santo nome seja eternamente glorificado2.
1 1Cr 29:10-12; Rm 10:11-13; 2Pe 2:9. 2 Sl 115:1; Jr 33:8,9; Jo 14:13.
129. O que significa a palavra: "amém"?
33
R. Amém quer dizer: é verdadeiro e certo. Pois Deus atende à minha oração
com muito mais certeza do que o desejo que eu sinto no coração de ser
ouvido por ele1.
1 2Co 1:20; 2Tm 2:13.
Fonte: Confissão Belga e Catecismo de Heidelberg – Ed. Cultura Cristã
TEO_007 – Catecismo de Heidelberg
Versão 003 – agosto de 2015
Igreja Batista Reformada Vida Nova
Serv. Antônio Irineu da Silva, 325
Córrego Grande
Florianópolis – SC
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