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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE ENGENHARIA GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE PRODUÇÃO JOÃO MARCOS RIZZOTTO VIDAL PESSÔA MINUTA DO PLANO DE RETORNO ÀS AULAS PRESENCIAIS NO PERÍODO PÓS-PANDÊMICO NA ESCOLA DE ENGENHARIA DA UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE Niterói 2021

JOÃO MARCOS RIZZOTTO VIDAL PESSÔA

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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE ENGENHARIA

GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE PRODUÇÃO

JOÃO MARCOS RIZZOTTO VIDAL PESSÔA

MINUTA DO PLANO DE RETORNO ÀS AULAS PRESENCIAIS NO PERÍODO PÓS-PANDÊMICO NA ESCOLA DE ENGENHARIA DA UNIVERSIDADE

FEDERAL FLUMINENSE

Niterói 2021

UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE ENGENHARIA

GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE PRODUÇÃO

JOÃO MARCOS RIZZOTTO VIDAL PESSÔA

MINUTA DO PLANO DE RETORNO ÀS AULAS PRESENCIAIS NO PERÍODO PÓS-PANDÊMICO NA ESCOLA DE ENGENHARIA DA UNIVERSIDADE

FEDERAL FLUMINENSE Projeto Final apresentado ao curso Engenharia de Produção da Universidade Federal Fluminense, como requisito parcial para aquisição do Grau de Bacharel em Engenharia de Produção.

ORIENTADOR: PROF. JOSÉ RODRIGUES DE FARIAS FILHO

Niterói 2021

JOÃO MARCOS RIZZOTTO VIDAL PESSÔA

MINUTA DO PLANO DE RETORNO ÀS AULAS PRESENCIAIS NO PERÍODO PÓS-PANDÊICO NA ESCOLA DE ENGENHARIA DA UNIVERSIDADE FEDERAL

FLUMINENSE

Projeto Final apresentado ao curso Engenharia de Produção da Universidade Federal Fluminense, como requisito parcial para aquisição do Grau de Engenheiro de Produção.

Aprovada em 30 de abril de 2021.

BANCA EXAMINADORA

Prof. Dr. José Rodrigues de Farias Filho – Orientador Universidade Federal Fluminense

Prof. Dr. Luiz Carlos Brasil de Brito Mello Universidade Federal Fluminense

Prof. Dr. Mara Telles Salles Universidade Federal Fluminense

NITERÓI 2021

AGRADECIMENTOS Agradeço primeiro a Deus, pelos dons que me deu e por ter me mantido na trilha certa

durante minha existência.

Sou grato à minha família pelo incentivo aos estudos e pelo apoio incondicional

durante toda a minha vida.

Deixo um agradecimento especial ao meu orientador pela confiança depositada em

minha proposta, pelo incentivo e pela dedicação do seu precioso tempo ao meu

projeto.

A todos os meus amigos do curso de graduação, que compartilharam dos inúmeros

desafios enfrentados no processo de graduação e a todos os meus amigos externos

ao curso, pelo apoio e amizade, que tornaram o caminho mais leve e descontraído.

Agradeço especialmente a meu amigo Renan Freitas, que sempre me ajudou e esteve

presente ao longo de todo meu percurso acadêmico.

Agradeço à minha futura esposa que sempre esteve ao meu lado me apoiando.

Por fim, quero agradecer à Universidade Federal Fluminense e a todos os professores

do meu curso pela elevada qualidade do ensino oferecido.

.

RESUMO

O presente trabalho possui objetivo de propor uma minuta do plano de retorno

a ser utilizado como apoio quando for decidido o retorno das aulas presenciais na

Escola de Engenharia da Universidade Federal Fluminense. Para isso foram

analisados três planos de outras universidades nacionais e internacionais e um

modelo foi estruturado. Foram realizadas entrevistas com docentes, discentes e

servidores a fim de adequar e validar o modelo ao contexto da universidade. Como

resultado, tem-se uma minuta do plano de retorno revisado e validado, possibilitando

o auxílio à toda a comunidade e à universidade para o processo de retorno às aulas

presenciais.

Palavras-chave: Plano de Retorno, Retorno às aulas, Pós-Pandemia, Aulas presenciais.

ABSTRACT

This work aims to propose a draft of a return plan to be used as support when

it is decided the return of in-person classes at the School of Engineering at

Universidade Federal Fluminense. For this, three plans from other national and

international universities were analyzed and a model was structured. Interviews were

carried out with teachers, students, and public servants to adapt and validate the model

to the context of the school. As a result, an action plan has been revised and validated,

enabling the assistance of the entire community and the university for the process of

returning to in-person classes.

Keywords: Return plan, Return to classes, Post-Pandemic, In-person classes.

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Número diário de casos confirmados....................................................................... 11 Figura 2 - Objetivos e Fatores Críticos de Sucesso .................................................................. 15 Figura 3 - Processo de análise e formulação estratégica de Fatores Críticos de Sucesso ........ 16

Figura 4 - 10 fatores críticos para implementação de projetos bem-sucedidos ........................ 18 Figura 5 - Modelo de rotação ................................................................................................... 19 Figura 6 - Modelo flexível ........................................................................................................ 20 Figura 7 - Modelo auto híbrido ................................................................................................ 20

Figura 8 - Modelo virtual enriquecido ...................................................................................... 21 Figura 9 - Estrutura metodológica do projeto ........................................................................... 22 Figura 10 - 10 regras essenciais ................................................................................................ 26

Figura 11 - Condições para paralização do processo de reabertura ......................................... 28

LISTA DE SIGLAS

ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas EPI – Equipamento de Proteção Individual FCS – Fatores Críticos de Sucesso OMS – Organização Mundial da Saúde UEPA – Universidade do Estado do Pará UFF – Universidade Federal Fluminense

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................... 11

1.1 CONTEXTO DO CENÁRIO ATUAL DA PANDEMIA DO CORONAVÍRUS .........................11 1.2 OBJETIVO DA PESQUISA .........................................................................................................12 1.3 DELIMITAÇÕES DO ESTUDO ..................................................................................................12 1.4 ESTRUTURAÇÃO DO ESTUDO ...............................................................................................13

2 REVISÃO DA LITERATURA ......................................................................................... 14

2.1 FATORES CRÍTICOS DE SUCESSO ..........................................................................................14 2.2 PLANO DE SEGURANÇA E DE PREVENÇÃO ........................................................................18 2.3 ENSINO HÍBRIDO .......................................................................................................................18

3 METODOLOGIA ............................................................................................................ 22

4 ANÁLISE DOS PLANOS DE AÇÃO DAS UNIVERSIDADES ....................................... 24

4.1 UNIVERSIDADE DE AVEIRO ...................................................................................................24 4.1.1 DETALHAMENTO DO PLANO 24 4.2 UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ ...............................................................................26 4.2.1 DETALHAMENTO DO PLANO 26 4.3 MONTGOMERY COLLEGE .......................................................................................................27 4.3.1 DETALHAMENTO DO PLANO 27

5 CONSTRUÇÃO DO MODELO DE MINUTA DO PLANO DE RETORNO ...................... 29

5.1 DETALHAMENTO DO PLANO .................................................................................................29 5.2 PROPOSTA DE ENSINO HÍBRIDO ...........................................................................................30

6 VALIDAÇÃO DO MODELO ........................................................................................... 31

6.1 PONTOS ABORDADOS .............................................................................................................31

7 CONCLUSÃO ................................................................................................................ 32

7.1 CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................................................32 7.2 SUGESTÃO DE TRABALHOS FUTUROS................................................................................32

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................................... 34

ANEXOS ............................................................................................................................. 36

11

1 INTRODUÇÃO

1.1 CONTEXTO DO CENÁRIO ATUAL DA PANDEMIA DO CORONAVÍRUS

No ano de 2020 o mundo foi acometido pela Covid-19 e, por consequência,

passamos por uma pandemia. Como medida preventiva e buscando reduzir a

proliferação e a contaminação em massa do vírus, o distanciamento social foi adotado

por diversos países.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (2020), a Covid-19 é uma

doença infecciosa causada pelo novo coronavírus, que pode ser transmitida

principalmente por gotículas de saliva ou secreção nasal, através da tosse ou espirro

de uma pessoa infectada.

No dia 11 de março de 2020, o diretor-geral da OMS anunciou que a COVID-19

passaria a ser caracterizada como uma pandemia por conta do rápido alastramento

da doença e da grande quantidade de contágios no mundo, como é mostrado na figura

1.

Figura 1 - Número diário de casos confirmados

Fonte: (OMS, 2021)

A partir de então diversos países e instituições começaram a se mobilizar para

o desenvolvimento de uma vacina eficaz contra o vírus. Em dezembro de 2020 a

primeira dose de vacina do mundo foi aplicada e, desde então, diversas mais tem sido

aplicadas.

Vale ressaltar que, de acordo com a OMS (2021), quando este trabalho está

sendo escrito, a quantidade de casos confirmados de COVID–19 ultrapassa os 135

12

milhões de infectados e o número de mortes chega a 3 milhões de pessoas. Além

disso, já foram aplicadas mais de 687 milhões de doses de vacina no mundo todo.

O termo Pandemia é definido pela Oxford University Press como sendo uma

epidemia que ocorre em uma área muito ampla, atravessando fronteiras internacionais

e afetando um grande número de pessoas. (PORTA, 2014, p.209).

Como prevenção e combate ao vírus, muitos governos optaram por adotar

medidas de distanciamento social em seus países. Com a necessidade de se adequar

a tais medidas, diversas universidades se ajustaram e adotaram o ensino remoto,

tendo suas aulas transmitidas por plataformas de videochamadas, como Google Meet

ou Zoom, além de outras ferramentas de acompanhamento e ensino virtuais.

Acompanhando o contexto e o desenvolvimento da pandemia e respeitando as

orientações de entidades de Saúde e governamentais, diversas universidades

elaboraram planos de ação com protocolos a serem seguidos para um regresso

seguro dos alunos às aulas presenciais, mesmo que de forma híbrida.

1.2 OBJETIVO DA PESQUISA

A partir do que foi observado sobre o contexto atual do mundo e das medidas

adotadas por outras universidades, surge a seguinte necessidade: desenvolver um

plano de retorno que possa ser adotado pela Escola de Engenharia da Universidade

Federal Fluminense em um futuro em que seja possível realizar esse processo.

O objetivo do presente trabalho é satisfazer tal necessidade a partir de uma

avaliação de planos de ação de outras universidades e entrevistas com membros da

comunidade da UFF. Para tanto, buscou-se universidades que fizeram uma retomada

das aulas presenciais durante a pandemia e estruturaram planos, de onde serão

extraídas informações sobre medidas de segurança relacionadas à prevenção e

mitigação do coronavírus.

1.3 DELIMITAÇÕES DO ESTUDO

O estudo será delimitado a três universidades de países diferentes e as

entrevistas serão realizadas somente com membros da comunidade da Escola de

Engenharia da Universidade Federal Fluminense, visto que será estruturado uma

minuta do plano de retorno somente para a Escola de Engenharia da UFF.

13

1.4 ESTRUTURAÇÃO DO ESTUDO

A fim de facilitar a organização e compreensão da pesquisa, esse trabalho está

dividido em 7 capítulos, e seus objetivos são descritos a seguir.

O primeiro capítulo apresenta uma compreensão geral do assunto em estudo,

o objetivo principal do mesmo e as necessidades identificadas sobre o assunto. Ao

final do capítulo são apresentados os elementos que compõem a estrutura do

documento.

No segundo capítulo é desenvolvido a fundamentação conceitual para a

realização deste trabalho com base na pesquisa bibliográfica. São apresentados

conceitos de fatores críticos de sucesso, plano de segurança e retorno e ensino

híbrido.

O terceiro capítulo se faz necessário para descrever a metodologia utilizada na

realização do projeto.

O quarto capítulo descreve a análise feita nos planos de ação das três

universidades escolhidas com base nos critérios escolhidos.

No quinto capítulo é apresentado um modelo da minuto do plano de retorno

estruturado a partir das análises realizadas no capítulo anterior.

No sexto capítulo é mostrado uma consolidação das entrevistas realizadas com

os membros da comunidade da Escola de Engenharia da UFF juntamente com os

pontos de melhoria incorporados ao modelo proposto.

Por fim, o sétimo e último capítulo finaliza o trabalho apresentando as

conclusões do estudo, trazendo as lições aprendidas e sugestões para trabalhos

futuros.

14

2 REVISÃO DA LITERATURA

2.1 FATORES CRÍTICOS DE SUCESSO

Rockart (1979) define que Critical Success Factors (Fatores Críticos de

Sucesso) são uma quantidade limitada de áreas cujos resultados irão influenciar o

sucesso ou o fracasso no desempenho de uma organização. Resultados bem-

sucedidos garantem o desempenho competitivo da organização. (ROCKART, 1979).

Caralli (2004) complementa dizendo que, ao definir metas e direcionar

atividades e tarefas operacionais importantes para atingi-las, os gerentes

implicitamente conhecem e consideram essas áreas decisivas. Quando claramente

definidas, essas áreas fornecem um ponto de referência comum para toda a

organização.

Fatores Críticos de Sucesso e objetivos organizacionais são frequentemente

confundidos pois ambos são necessários para que uma organização cumpra sua

missão. Isso ocorre uma vez que os objetivos estratégicos incorporam a relevância de

uma área importante. O principal diferencial entre ambos é que, enquanto os objetivos

organizacionais são facilmente identificados por serem específicos, os FCS são mais

amplos e englobam mais de uma meta. (CARALI, 2004)

15

Figura 2 – Objetivos Estratégicos e Fatores Críticos de Sucesso

Fonte: (CARALLI, 2004)

De acordo com Leidecker e Bruno (1984), os Fatores Críticos de Sucesso são

características, condições e/ou variáveis que, quando gerenciados de forma

adequada, podem impactar significativamente no sucesso de uma empresa em seu

mercado de atuação.

A análise dos FCS, aplicada nos níveis da empresa, da indústria e do ambiente

econômico sociopolítico, pode auxiliar uma empresa no processo de desenvolvimento

de sua estratégia no momento da análise ambiental, da análise de recursos e da

avaliação de estratégia, conforme apontado na figura 3. (LEIDECKER; BRUNO, 1984)

16

Figura 3 - Processo de análise e formulação estratégica de Fatores Críticos de Sucesso

Fonte: (LEIDECKER & BRUNO, 1984)

Com uma visão voltada mais para a área de gerenciamento de projetos, Pinto

& Slevin (1987) propõem 10 fatores críticos para implementação de projetos bem-

sucedidos. São eles:

Missão do Projeto – Definir com clareza os objetivos e os resultados esperados do

projeto em seu início, de forma a ser compreendido por todos da organização.

Suporte da alta administração – A alta administração é a autoridade da organização

e dá suporte no gerenciamento dos recursos do projeto. A intensidade de suporte

dado impactará no grau de aceitação do projeto ou produto.

Planejamento/Cronograma – Desenvolver um plano detalhado para cada etapa do

processo de implementação. Deve incluir uma forma de medir a performance de

acordo com o tempo decorrido e orçamento utilizado.

Partes interessadas – Comunicação direta com as partes interessadas do projeto,

especialmente com o cliente final do produto, seja ele interno ou externo.

Administração de pessoal – Gerenciar o recrutamento e a alocação dos funcionários

do projeto.

17

Tarefas técnicas – Ter a tecnologia e o time necessários para implementar o projeto,

assegurando que estes possuam as habilidades técnicas necessárias para realizar

suas tarefas.

Aceitação do cliente – Etapa final do projeto, quando será determinada a eficácia do

projeto.

Monitoramento e feedback – Realizar o controle do desempenho em cada etapa do

projeto comparando o planejado com o realizado. Essa prática permite que o gerente

do projeto antecipe problemas, supervisione medidas corretivas e garanta que

nenhuma deficiência seja negligenciada.

Comunicação – Capacidade de transmitir informação para todas as partes

interessadas do projeto.

Solução de problemas – Incluir mecanismos de solução de problemas na

implementação do projeto, melhorando a reação ao surgimento de um problema e

prevenir potenciais problemas.

Tais fatores se correlacionam formando uma estrutura de processo de

implementação do projeto, conforme mostrado na figura 4. (PINTO & SLEVIN, 1987)

18

Figura 4 - 10 fatores críticos para implementação de projetos bem-sucedidos

Fonte: (PINTO & SLEVIN, 1987)

2.2 PLANO DE SEGURANÇA E DE PREVENÇÃO

Lourenço (2009) define o plano de segurança como sendo concomitantemente

uma ferramenta preventiva e uma ferramenta de gestão operacional, pois na

determinação do risco já determina a forma de lidar com o problema, atribuindo tarefas

a equipes de intervenção. Por isso, torna-se necessário que seja um documento de

fácil consulta e atualização. Além disso, um plano de segurança deve possuir as

seguintes características: simplicidade, flexibilidade, dinamismo, adequação e

precisão. (LOURENÇO, 2009)

De acordo com Sizer & Saxby (1994), todo plano de segurança deve conter,

dentre outros, contramedidas, prioridades, responsáveis, documentação, planos de

contingência, procedimentos de pessoal e padrões nacionais e internacionais.

Jacbson (2003) apontou 6 etapas para se aprimorar a segurança no ambiente

de trabalho. São elas: comece no topo, torne a informação acessível, defina o foco,

determine a melhor forma de sucesso, consiga suporte da alta gerência e controle e

ajuste. (JACBSON, 2003).

2.3 ENSINO HÍBRIDO

Staker e Horn (2012) definem ensino híbrido como sendo a junção entre o

programa formal de educação, onde o aluno aprende uma parte do conteúdo de forma

digital com instruções e tendo controle sobre seu próprio ritmo e local de estudo, e

19

outra parte em um estabelecimento fora de casa com um supervisor. Os autores vão

além e definem quatro modelos de ensino híbrido.

O primeiro dos modelos é o modelo de rotação, onde os alunos se alternam entre

os métodos de aprendizagem por um critério pré-determinado, sendo um dos métodos

o ensino online.

Figura 5 - Modelo de rotação

Fonte: (STAKER, HORN, 2012)

O segundo modelo é o modelo flexível, onde os alunos têm acesso a todo o

conteúdo e instruções pela internet, permitindo uma programação fluida e

personalizada, e o professor está disponível no local para oferecer suporte de maneira

flexível e adaptável, conforme a necessidade, por meio de atividades como tutoria

individual ou projetos em grupo.

20

Figura 6 - Modelo flexível

Fonte: (STAKER & HORN, 2012)

O terceiro modelo é o modelo auto hibrido, onde os alunos podem optar por

realizar alguns cursos de forma totalmente online, que pode ser acessado tanto do

local de ensino quanto de fora, de forma a complementar os cursos Tradicionais.

Figura 7 - Modelo auto híbrido

Fonte: (STAKER & HORN, 2012)

21

O quarto e último modelo é o modelo virtual enriquecido. Nele, em todos os

cursos os alunos dividem seu tempo entre frequentar o local de ensino e utilizar o

conteúdo e instrução online. (STAKER, HORN, 2012).

Figura 8 - Modelo virtual enriquecido

Fonte: (STAKER & HORN, 2012)

Para Felipe e Orvalho (2004), o ensino híbrido é uma combinação de métodos

de ensino e aprendizagem contínuos, sem estar restrito a um contexto, espaço ou

momento, permitindo aos alunos combinar as ofertas das unidades curriculares de

acordo com seus desejos e necessidades. (FELIPE; ORVALHO, 2004).

Singh (2003) traz uma visão mais descritiva ao apresentar as diversas

ferramentas que as organizações podem utilizar ao estruturar um ensino híbrido, tais

como: softwares virtuais de colaboração em tempo real, sistemas de suporte

eletrônicos de performance e sistemas de gestão do conhecimento. Ele complementa

apontando que tal estrutura é geralmente composta por ensino tradicional, orientado

por professores, conferências síncronas virtuais e estudo assíncrono no ritmo do

aluno. (SINGH, 2003)

22

3 METODOLOGIA

O objetivo geral deste trabalho é estruturar uma minuta do plano de retorno a partir

da análise de outros planos e entrevistas de validação. A partir disso, a classificação,

abordagem e os procedimentos técnicos do presente documento estão de acordo com

as definições de Silva e Menezes (2001).

A natureza do presente trabalho de conclusão de curso pode ser classificada

como pesquisa aplicada, cujo objetivo é gerar conhecimento para a aplicação prática

na solução de problemas específicos.

A abordagem de pesquisa é qualitativa, pois existe um vínculo intrínseco entre a

subjetividade do sujeito e o mundo objetivo que não pode ser traduzido em números.

Por fim, a pesquisa é de caráter exploratório, visando proporcionar maior

familiaridade com o problema a fim de construir hipóteses. Em relação aos

procedimentos técnicos, o trabalho é classificado como pesquisa-ação, pois está

associado com a resolução de um problema coletivo.

Inicialmente, buscou-se entender o contexto atual do problema e as limitações

para a pesquisa, além de definir os objetivos da mesma. Para desenvolver

fundamentos teóricos capazes de apresentar e sustentar os tópicos abordados neste

trabalho, utilizou-se a base de pesquisa da plataforma de periódicos CAPES e o portal

da OMS, a fim de encontrar documentos e artigos científicos acerca do tema e dados

sobre o contexto do trabalho. Estas pesquisas foram realizadas no período entre

dezembro de 2020 e abril de 2021.

A metodologia aplicada na realização do projeto possui três etapas, conforme

mostrado na figura 9, a seguir:

Figura 9 - Estrutura metodológica do projeto

Fonte: Elaborado pelo autor

A etapa “análise dos planos de ação das universidades” consistiu na análise do

plano de ação de 3 universidades de diferentes países. Através dessa análise foi

possível identificar os Fatores Críticos de Sucesso além da estrutura de cada um dos

23

planos. A escolha das universidades foi feita escolhendo-se 3 países distintos,

incluindo o Brasil, e procurando uma universidade daquele país que já tivesse feito o

processo de retorno às aulas e tivesse um plano de ação acessível. A primeira

universidade de cada país que foi encontrado o plano foi a universidade escolhida.

Na etapa “construção do modelo da minuta do plano de retorno” foi proposto um

modelo a ser validado, que se aplicasse ao contexto da Escola de Engenharia da

Universidade Federal Fluminense.

Por fim, na etapa “validação do modelo”, foram realizadas entrevistas com alunos,

professores e servidores da Escola de Engenharia da UFF a fim de validar o modelo

e suas propostas.

Algumas limitações do presente trabalho envolvem a falta de um estudo

pormenorizado das instalações completas da Universidade e uma análise do

documento por parte de uma equipe de saúde e/ou biologia. Outra limitação é a

incerteza do contexto no momento efetivo de retorno às aulas presenciais.

24

4 ANÁLISE DOS PLANOS DE AÇÃO DAS UNIVERSIDADES

Os planos de ação estudados são de três universidades nacionais e

internacionais: Universidade de Aveiro (Portugal), Universidade do Estado do Pará

(Brasil) e Montgomery College (Estados Unidos).

Para a análise dos planos foram observados dois pontos principais: a estrutura

dos documentos e a identificação dos fatores críticos de sucesso adotados pelas

universidades.

A partir da análise dos documentos e dos objetivos dos mesmos, identificaram-se

os seguintes Fatores Críticos de Sucesso comuns aos planos:

• Número de casos da doença durante a implementação do plano;

• Cumprimento do plano por parte da comunidade;

• Funcionalidade das Universidades.

4.1 UNIVERSIDADE DE AVEIRO

A Universidade de Aveiro, fundada em 1976, fica localizada na cidade de Aveiro,

em Portugal e possui cerca de quinze mil alunos, docentes, técnicos e pesquisadores.

Desde o momento em que se instituiu a pandemia do coronavírus, a universidade

buscou formas de adequar as aulas presenciais a esse contexto. Dessa forma, o

Plano de Prevenção e Atuação da Universidade de Aveiro foi prontamente

estruturado e está sendo constantemente atualizado. No momento de elaboração

deste trabalho a atualização mais recente foi realizada em janeiro de 2021.

O documento é composto por dez tópicos, que serão detalhados a seguir.

4.1.1 DETALHAMENTO DO PLANO

O primeiro tópico é a Introdução, onde é dada uma breve apresentação sobre o

cenário atual do mundo e da universidade e uma explicação sobre o documento, além

de apontar quais orientações fundamentaram sua estruturação.

No segundo tópico, Objetivos do Plano, são apresentados seus quatro principais

objetivos. São eles:

• Minimizar o impacto da COVID-19 nos visitantes e na comunidade da

universidade;

25

• Colocar em prática medidas de contenção adequadas ao nível de risco;

• Assegurar uma monitorização da situação, além da comunicação de

informações relativas à COVID-19;

• Assegurar o funcionamento da universidade de acordo e em função do nível do

risco.

No terceiro tópico, Enquadramento Legal, são especificados as diversas normas,

orientações e recomendações das quais a universidade se utilizou para a estruturação

do documento.

O quarto tópico, Atribuições e Responsabilidades, estabelece as principais

responsabilidades que cada unidade da universidade, seja reitoria, diretoria ou

coordenação, tem atribuída a ela. Importante destacar que foi formado um Grupo de

Acompanhamento da COVID-19 como ponto focal na implementação do plano na

universidade.

O quinto tópico se refere à Sintomatologia e Transmissibilidade da COVID–19.

Nele são descritos os sintomas associados a doença e os meios de transmissão do

vírus.

No sexto tópico, Áreas de Isolamento, é apresentada uma listagem de locais

dentro da universidade, e equipamentos disponíveis em tais lugares, destinados a

isolar pessoas que apresentem sintomas de COVID-19, de forma a delimitar o contato

com outras pessoas da comunidade.

No sétimo tópico, Planos de Atuação, são especificados dois Planos de Atuação

a serem executados a depender das condições, sendo um geral e outro para caso

seja instituído um estado de emergência.

O oitavo tópico se refere a Medidas de Prevenção e Mitigação e se propõe a

elencar medidas com o propósito de minimizar os riscos de contágio e de propagação

do vírus e garantir a segurança e o bem-estar de toda a comunidade da universidade.

São propostas medidas gerais e medidas específicas para espaços e atividades..

No penúltimo tópico, Medidas de Atuação, são especificadas medidas que os

indivíduos devem tomar em algumas situações específicas. Por exemplo, ter contato

com casos confirmados ou apresentar sintomas.

O último tópico Atualização da Informação Constante neste Plano informa

sobre as atualizações do documento.

Além desses dez tópicos, o documento conta com três anexos. O primeiro é de

Definições, onde existe um glossário de alguns termos utilizados no documento. O

26

segundo anexo é uma lista de 10 Regras Essenciais que funcionam como as

principais diretrizes a serem seguidas. E, por fim, o terceiro é uma lista com todas as

informações dos pontos focais da universidade.

Figura 10 - 10 regras essenciais

Fonte: Universidade de Aveiro

4.2 UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ

A Universidade do Estado do Pará, fundada em 1993, fica localizada no estado

do Pará, no Brasil e possui mais de dezoito mil alunos, docentes, técnicos e

pesquisadores. A universidade, através do Comitê de Biossegurança, elaborou um

Protocolo de Retorno das Atividades Acadêmicas, que é composto por dois

tópicos, detalhados a seguir.

4.2.1 DETALHAMENTO DO PLANO

O primeiro tópico, Adequação de Ambiente Acadêmico, estabelece diversas

regras que devem ser seguidas por toda a comunidade da universidade em cada um

dos ambientes da mesma. O tópico estabelece medidas gerais e medidas específicas

para cada ambiente. Os ambientes protocolados foram: Sala de aula; Laboratórios;

Biblioteca; Restaurante universitário, lanchonete e cantina; Espaços de copiadoras;

27

Centro acadêmico/Diretório acadêmico; Áreas esportivas e afins; Espaço de

convivência; Banheiros; Elevador/Plataforma e Teatro, auditórios e ginásios.

O segundo tópico, Acompanhamento da saúde do discente, consiste em

recomendações e cuidados que devem ser tomados tanto no ambiente da

universidade, quanto no exterior.

4.3 MONTGOMERY COLLEGE

A Faculdade de Montgomery, fundada em 1946, fica localizada no estado de

Maryland, nos Estados Unidos e possui cerca de vinte e três mil alunos, docentes,

técnicos e pesquisadores. O Plano de Segurança e Saúde da Faculdade de

Montgomery foi elaborado em 2020 e é composto por dois tópicos, que serão

detalhados a seguir.

4.3.1 DETALHAMENTO DO PLANO

No primeiro tópico, Introdução, são apresentadas brevemente a equipe

responsável pela estruturação de estratégias de resposta e mitigação do vírus na

universidade e a motivação da criação do documento.

O segundo detalha o Plano de Segurança e Saúde da Faculdade de

Montgomery, que consiste em políticas, protocolos e planos de contingência,

seguindo legislações vigentes, e é dividido em uma pré-fase e 4 fases. As

recomendações em todas as fases estão englobadas nas seguintes categorias: Saúde

pessoal e expectativa de segurança, Saúde e segurança nos edifícios, Saúde e

segurança da faculdade, Saúde e segurança operacional, Plano de comunicação e

Gestão de exposição e resposta. Para cada uma das categorias existem grupos de

trabalho que fornecerão planos operacionais e de implementação relacionados a cada

fase de reabertura dos campi, descritas a seguir.

A pré-fase, denominada Fase de Preparação, institui medidas de planejamento

e preparação das instalações e da comunidade para o retorno ao campus.

A primeira fase, chamada Fase Inicial de Recuperação, se inicia quando tanto o

Estado quanto o país suspenderem a ordem de isolamento vigente.

As fases 2, 3 e 4 não possuem denominações e o critério para a sua evolução é

o tempo de implementação da fase anterior, que deve ser de no mínimo duas

28

semanas. O progresso nas fases de reabertura das instalações da faculdade depende

das diretrizes do Governo e/ou conselhos de Saúde Pública e pode ser paralisado a

qualquer momento caso as medidas de restrição sejam reimpostas pelos mesmos.

No terceiro tópico do documento, Recursos, constam as referências utilizadas na

estruturação do plano e seus respectivos links de acesso.

Por fim, o apêndice do documento apresenta as condições para que o processo

todo seja paralisado e, eventualmente, cancelado.

Figura 11 - Condições para paralização do processo de reabertura

Fonte: (MONGOMERRY COLLEGE, 2020)

29

5 CONSTRUÇÃO DO MODELO DE MINUTA DO PLANO DE RETORNO

A partir das análises feitas no capítulo anterior foi estruturado um modelo a ser

proposto e validado com docentes, discentes e servidores da Escola de Engenharia

da UFF. Tal modelo conta com 6 tópicos.

A minuta foi estruturada para auxiliar a universidade no processo de retorno às

aulas, portanto deve ser analisado e atualizado conforme o contexto no momento de

decisão do retorno às aulas. Além disso, o documento consta de orientações gerais

que poderão ser utilizadas para embasar a estruturação de planos de ação setoriais

no momento de implementação.

5.1 DETALHAMENTO DO PLANO

No primeiro tópico, Introdução, é contextualizada a situação do coronavírus e da

UFF, além de explicar a motivação da criação do documento e listar os objetivos do

protocolo. Os objetivos foram estruturados com base nos Fatores Críticos de Sucesso

identificados no capítulo anterior e são os seguintes:

• Minimizar o impacto e a propagação da COVID-19 na comunidade;

• Colocar em prática as medidas de prevenção adequadas;

• Assegurar o cumprimento dos planos de ação;

• Garantir a monitorização da situação;

• Assegurar o funcionamento da Universidade.

O segundo tópico, Atribuições e Responsabilidades, são apresentadas as

atribuições e responsabilidades de cada unidade da Universidade. Neste tópico foi

proposta a criação de um Grupo de Acompanhamento que atue como a autoridade do

assunto no processo de implementação do plano. Nessa proposta, tal grupo teria

superioridade hierárquica em relação aos demais no que diz respeito à implementação

das medidas de segurança. As unidades contempladas, além do Grupo de

Acompanhamento, são a Direção da Escola de Engenharia, os Departamentos, as

Coordenações de Graduação e Pós-Graduação e a comunidade da Universidade,

composta por alunos, professores, técnicos e servidores.

O terceiro tópico se refere à Adequação do Ambiente Acadêmico e descreve as

medidas de prevenção e mitigação a serem adotadas em cada um dos ambientes do

campus, de forma a minimizar os riscos de contágio e propagação do vírus. São

30

abordados alguns pontos como ventilação dos espaços, controle de acessos e

sinalização.

No quarto tópico, Planos de Ação, são estruturados três planos de ação a serem

implementados a depender do atendimento das suas respectivas condições. Um plano

deve ser implementado quando houver a determinação de retorno às aulas, seja de

forma híbrida ou integralmente presencial, e prevê o cumprimento das medidas

propostas no documento. O segundo plano prevê medidas para o caso de ser

declarado um estado de emergência por organizações de Saúde ou governamentais.

Por fim, o terceiro plano se refere a ações a serem tomadas no caso de um indivíduo

apresentar sintomas suspeitos ou ter entrado em contato com alguém infectado pelo

COVID-19.

O quinto, 10 Regras Gerais, enumera os dez principais pontos a serem seguidos

por toda a comunidade para que os objetivos do retorno às aulas sejam cumpridos.

O sexto e último tópico, Contatos, consiste em uma tabela a ser preenchida no

momento de retorno às aulas com as informações dos indivíduos membros do Grupo

de Acompanhamento e Coordenações para que a comunidade possa se comunicar,

caso seja necessário.

5.2 PROPOSTA DE ENSINO HÍBRIDO

Como complementação ao plano de retorno estruturado, é sugerido que no

momento de retorno às aulas seja utilizado primeiro o ensino híbrido, conforme já é

feito por diversas escolas no Brasil desde que não haja paradas decretadas pelo

Executivo Estadual ou Municipal, como Santo Inácio e Santo Agostinho.

Com base nos modelos propostos por Staker e Horn (2012), apresentados no

capítulo de revisão da literatura, o modelo sugerido a ser implementado é o Modelo

de Rotação.

Considerando o modelo atual adotado no sistema remoto pela UFF, de atividades

síncronas e assíncronas, a proposta é que as atividades síncronas sejam realizadas

presencialmente e as assíncronas remotamente, sendo responsabilidade dos

departamentos organizarem-se neste revezamento, de forma a deixar dias específicos

para cada curso, reduzindo a quantidade de pessoas no ambiente.

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6 VALIDAÇÃO DO MODELO

Uma vez estruturado o modelo de minuta do plano de retorno, foram procurados

membros da comunidade da Escola de Engenharia da UFF e foram agendadas

entrevistas com quatro alunos, quatro professores e quatro servidores e técnicos para

fins de validação do modelo.

Nas entrevistas, realizadas entre os dias 12 de abril de 2021 e 16 de abril de 2021,

foi passado ponto por ponto da estrutura e de todas as recomendações para entender

a aplicabilidade das medidas na visão dos entrevistados. A seguir estão detalhados

os principais pontos discutidos e sugestões de melhoria do documento, além das

alterações efetuadas no documento para sua versão final.

A versão final do documento se encontra anexa ao projeto, na sessão de anexos,

onde corresponde ao Anexo 1.

6.1 PONTOS ABORDADOS

Nas entrevistas foram discutidos diversos detalhes sobre as medidas e alguns

ajustes foram feitos para cada ambiente. Houve questionamentos sobre as

responsabilidades das unidades da Escola e sobre a jurisdição da Escola de

Engenharia sobre alguns dos ambientes do campus. Outro ponto discutido foi sobre a

periodização da higienização dos ambientes e equipamentos e a necessidade de

proibir a permanência por parte dos alunos nos corredores da universidade.

Além disso, foi conversado sobre a necessidade de se realizar um estudo mais

específico de cada instalação do campus de forma a adequar as salas e viabilizá-las

para uso e a importância do plano ser revisado por membros da Saúde ou biólogos a

fim de adequar as medidas nesse âmbito.

A partir das entrevistas alguns pontos foram alterados. Algumas

responsabilidades do Grupo de Acompanhamento foram diluídas com a Coordenação

para que seja possível dar apoio à toda a comunidade. Acrescentou-se a

recomendação da utilização de quentinhas no restaurante universitário e na cantina

para evitar aglomeração em tais lugares e uma orientação específica para os

corredores da universidade.

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7 CONCLUSÃO

7.1 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O presente trabalho teve como objetivo estruturar uma Minuta do Plano de

Retorno às Aulas Presenciais a partir da análise de três planos de outras

universidades e levando em consideração a visão da comunidade da Universidade.

Diante das análises efetuadas e entrevistas realizadas é possível concluir que o

objetivo foi alcançado, uma vez que a versão final do documento está anexa neste

projeto.

A minuta foi elaborada utilizando-se da mesma estrutura dos outros planos e

adaptando-se as medidas para o contexto da Escola de Engenharia da UFF. As

principais diferenças foram em relação às responsabilidades atribuídas para cada

unidade da universidade e na estruturação de medidas gerais a serem adotadas em

todos os ambientes, tornando o documento menos repetitivo e mais direto.

A elaboração da minuta foi feita de forma mais completa, tendo pequenos

ajustes feitos a partir das entrevistas com os membros da comunidade da Escola de

Engenharia da UFF ao invés de grandes contribuições que alterariam o documento de

uma forma maior. Os ajustes foram em relação às medidas nos espaços e às

atribuições das responsabilidades das unidades da Universidade, e não em relação à

estrutura em si.

7.2 SUGESTÃO DE TRABALHOS FUTUROS

Por fim, como oportunidade para estudos futuros, este trabalho propõe que seja

realizado um estudo mais detalhado sobre a implantação e viabilidade do ensino

híbrido e outro estudo pormenorizado das instalações da UFF. Além disso, em

entrevista com uma professora, foi comentado que a organização e distribuição de

turmas e salas é feita manualmente por um servidor. Dessa forma, é proposto um

estudo para automatização do processo de criação de turmas, de forma a facilitar e

potencializar a distribuição nas mais diversas situações, como a que estamos

passando neste momento.

É sugerido, também, que a minuta sugerida neste trabalho seja transformada

em um plano dinâmico, como os adotados pelas prefeituras, que variam conforme o

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cenário da pandemia. Dessa forma, haveria progressivamente a abertura ou

fechamento de locais e um aumento ou redução de liberdades dentro do Campus.

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ANEXOS

Anexo I – Minuta do Plano de Retorno às Aulas Presenciais

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