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Jornal Aldeia de Caboclos edição 19

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Edição de julho de 2012

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Prezados leitores e irmãos de fé, é com grande alegria que buscamos nesta edição enfatizar a im-portância de se valorizar os princípios que regem nossas vidas e, igualmente, de explicitar a neces-sidade da aplicação contínua, firme e altamente consistente destes em nosso cotidiano.

Em um mundo onde prejudicialmente inúmeras pessoas em busca de fazer valer sua vontade, de alcançar privilégios, de atingir de postos profissio-nais de destaque e de se sobressair em competi-ções das mais diversas, se distanciam de cruciais e basilares princípios éticos e morais, equivocada-mente e negativamente sustentando em suas vi-ciadas ações que os fins justificam os meios.

Tais aviltantes e obscuras práticas acinzentam as relações interpessoais, maculam o convívio em sociedade e se tornam um assolador exemplo ma-léfico àqueles seres humanos que ainda não soli-dificaram seus valores e princípios.

Tenhamos como meta mor tornar cada vez mais público e notório a nossa aversão a conduta lar-gamente reprovável que aqui examinamos, faça-mos da preservação e culto aos princípios da ho-

nestidade, do respeito ao próximo, da justiça e da solidariedade uma bandeira de destaque em nossa caminhada terrena, aliando a aplicação destas di-retrizes impenetráveis o bom senso e a coerência.

Importante ter em mente que apesar do mundo mutante e em constante transformação em que vi-vemos, algumas coisas devem ter caráter rígido e invariável. Entenda-se, devem estar conosco, de-vem ser apresentados de forma robusta e maciça os princípios nos quais pautamos nossa existência no universo.

Neste contexto válido ressaltar uma das célebres frases de um dos presidentes de maior destaque dos Estados Unidos da América, qual seja, Abraham Lincoln:

“ Os princípios mais importantes podem e devem ser inflexíveis. “

Cabível e oportuno destacar, de igual maneira, um de tantos pensamentos marcantes de Victor Hugo, grande estadista e ativista dos direitos humanos, poeta, novelista e dramaturgo: “Mude suas opini-ões, mantenha seus princípios. Troque suas folhas, mantenha suas raízes.”

Fica claro, em regra, que para haver apreço, res-peito e valorização das pessoas por nós, bem como para que possamos pleitear ações positivas e exem-plares de nossos pares, nossos atos devem ser a

comprovação de nossas palavras.

Caríssimos leitores e amigos, concluímos então que por mais complexo, duro e árduo que possa ser o caminho da vida tendo como intransponíveis e inafastáveis nossos princípios maiores, é certo e notório que a vida sem eles não teria o valor devi-do, passaríamos por ela e não deixaríamos nossa marca positiva e construtiva, e não colaboraría-mos efetiva e verdadeiramente para o necessário mundo melhor que a humanidade necessita.

Façamos valer de forma abrangente, inabalável, inexorável e veemente os nossos princípios!Que Oxalá ilumine o caminho de todos nós!Salve a Umbanda, que é amor e caridade, Salve Zambi!

Alexandros Barros Xenoktistakis

AMORPara quem esta vivendo uma relação de insegurança, será momento de um rompimento, de novos amores através de um término. Não tenha medo do novo, e nem fique arrastando algo que não está sendo produtivo, nem pra você e nem para a pessoa que você está se relacionando.Recomece, tenha coragem!Muitas vezes para recebermos algo novo, temos que nos desapegar do que não está nos fazendo bem. Não deixe a carência falar mais alto e muito menos o medo de ficar só. Excelente momento para eliminarmos mágoas do passado, esquecer o que nos marcou tristemente e partir para o novo.

FINANCEIRO E PROFISSIONALMomento de transição, de cortes profissionais, de novos projetos.Financeiramente será um período onde você terá algumas surpresas como gastos inespera-dos ou não planejados. Cuidado com tudo o que possa a levar você a gastar com supérfluos, será um período onde levará a todos nós a gastar dessa forma.No aspecto profissional, surgirão com certeza rupturas, mudanças a vista, por isso não tenha medo, mudar é necessário para renovar.

SAÚDENa saúde as cartas exigem cuidados em especial com a parte cardíaca ou circulatória, coluna e aspecto psicológico. As pessoas nesse período tendem a ficar mais tensas ou depressivas. Muito cuidado com os excessos. Procure uma forma de relaxar, aliviar as tensões decorridas nesse mês. Sugestão nessa fase é buscar um tratamento alternativo para a busca do seu equi-líbrio mental e espiritual.

Faça uma mentalização, coloque ordem e mais que isso trace suas metas acreditando na vitória.

CAROLINA AMORIM-TARÓLOGA 2369-4241 / 8409-6944

PREVISÃOBARALHO CIGANO Cartas: Torre - Ramalhete - Foice

Editorial

EXPEDIENTE

Diretor: Engels B. Xenoktistakis

Direção de Arte: Daniel Coradini

Redator: Engels B. Xenoktistakis

Colaboradores: Adriano Camargo /

Ronaldo Linares e

Alexandros Xenoktistakis

Assessoria Jurídica: Alexandros Barros

Xenoktistakis – OAB/SP 182.106

contato: [email protected]

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UmbandaLegal

DESAFIOS DA MEDIUNIDADE

Que todos nós temos algum tipo de mediunidade, é fato. E não poderia ser de outra forma, tendo em vista que somos seres espirituais, quer acreditemos ou não.

Mas, como qualquer dom – sim, é um dom, e não um fardo – deve ser cuidado, estudado, desenvolvi-do e, principalmente, ser um instrumento de ajuda ao próximo. Iinfelizmente, eu vejo muitos médiuns atribuírem a esse dom os seus infortúnios, suas ma-zelas, pois lhes foi dito que suas vidas só iriam mel-horar se eles “desenvolvessem”.

Aí eu pergunto: Desenvolver o quê? Pra quê? Pra quem? Por quê?

Acho que um bom começo seria que as pessoas tives-sem, antes de tudo, um profundo respeito pelos seus guias e Orixás, antes de entrar em qualquer porta aberta, e antes de dar ouvidos a qualquer um que se autodenomina “Pai ou Mãe-de-Santo”.

A mediunidade não é, nunca foi e nunca será um instrumento de castigo, de dor, de sofrimento; a mediunidade é um presente dado por Deus, que na sua infinita bondade permitiu que nossos guias es-pirituais, num estágio superior de evolução, vies-

sem nos ajudar em nossa jornada terrena.

Todos sempre pensam nos médiuns, quando os caminhos parecem fechados, quando a saúde não está bem, quando a vida financeira está ruim, etc... mas quem pensa nos guias espirituais dessas pes-soas?

Quem consegue compreender que todos, quer desen-volvam a mediunidade ou não, são responsáveis por seus atos e suas escolhas? Quantas vezes essas pes-soas deixaram de seguir os conselhos e intuições pas-sadas por seus guias espirituais para darem ouvidos a dirigentes despreparados e negligentes? Quantos deles insistem em permanecer num determinado terreiro, mesmo tendo todos os sinais de que os seus guias es-pirituais estão insatisfeitos?

E o pior: os que ficam por medo de que os dirigentes pos-sam prejudicá-los; por medo de ter que começar de novo; e, por incrível que pareça, que os guias fiquem bravos.Isso tudo estou dizendo porque já ouvi, acreditem.

Os guias sempre me dizem que as coisas são simples; nós é que complicamos, e a cada dia que passa, só constato que eles estão cobertos de razão.

Eu sei que nunca vai existir um terreiro perfeito, assim como não existe igreja perfeita, família perfeita, trab-alho perfeito, enfim, ser humano perfeito; mas existem problemas que podem ser contornados, outros não.

E por fazerem vista grossa, ou não terem coragem su-ficiente pra mudar, os médiuns sacrificam a própria evolução, bem como a de seus guias.

Os guias pedem tão pouco, e são poucos os que são capazes de dar o que eles pedem. O terreiro é a casa deles, não a nossa. É o chão deles, não o nosso, e isso o torna sagrado. Nós, somos o tem-plo vivo onde eles se manifestam, enviados por Deus, e isso nos torna sagrados. E o sagrado se torna banal, pelas escolhas equivocadas que os próprios médiuns fazem. E quando tudo sai erra-do, a culpa recai sobre eles, os guias espirituais...

Eu sei que é muito fácil ir a um terreiro e apontar os seus defeitos; já fui pedra, hoje sou vidraça, e agora sei o quanto é difícil ser uma dirigente, e ter a responsabi-lidade de conduzir a vida espiritual de um médium.

Engana-se quem pensa que ser um dirigente é glam-our, status; é trabalho, resignação, cobrança, preceito,

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flor; não deixe de regar, com o amor e a humildade; de providenciar que fique ao sol, para que tenha luz; de podar o que estiver seco, para que surjam novas possibilidades; de deixar que novos brotos nasçam, para que sempre se renove.

Deixe que o exercício da caridade a purifique, como a chuva; que o vento leve as dúvidas e as incertezas, assim como as sementes; que a lua traga o descanso, pra que o outro dia seja sempre melhor; que o or-valho deite suavemente sobre ela, se retirando ao amanhecer, como o cansaço que tem começo e fim.

Tome as rédeas de sua evolução, o desafio maior dos médiuns é ser responsável pela sua própria vida es-piritual, ao invés de deixá-la nas mãos dos outros...

Paz e luz a todos. Saravá Umbanda!

Por Mãe Valéria Siqueira

respeito, exemplo, por isso não é pra qualquer um.

Tenho pena do dirigente que brinca com a mediuni-dade e com a fé de seus médiuns, pois parece não en-tender o peso de se chamar alguém por “filho”...Tenho pena também do médium que se deixa con-duzir por alguém que não faça por merecer ser chamado de pai ou mãe...

E sinto mais ainda pelos guias que esperam paciente-mente que seus filhos finalmente encontrem um lugar onde tenha o mínimo de respeito e cuidado, para que eles possam explorar ao máximo as infinitas possibili-dades que o dom da mediunidade nos oferece.Irmãos, quem tem fé não tem medo! Lutem por si mesmos, por seus Orixás, por seus guias espirituais; perguntem, questionem, estudem, procurem, não aceitem as opiniões alheias como verdades absolu-tas. Não adotem como correto aquilo que o seu ín-timo não aceita.

Quando se sentir perdido, fique em silêncio, acenda uma vela, converse com seus Orixás, a resposta virá, você nunca esteve, está ou estará sozinho.

A mediunidade, se corretamente orientada, deve trazer paz se espírito, a certeza do dever cumprido; a satisfação de ser um instrumento do Criador em prol de seus filhos.Todos ganham: os médiuns, os guias, os que foram ajudados... É um dom divino, uma dádiva, um farol na escuridão, a nortear aqueles que necessitam.

Os desafios são muitos: temos que vencer nosso or-gulho, nossos preconceitos, aceitar nossos erros e os erros alheios, aprender a praticar a humildade, a

tolerância, a solidariedade; temos que semear visan-do sempre nossa evolução, para que possamos colher os frutos do espírito. Podem nos tirar nossos bens materiais, mas ninguém jamais poderá nos tirar nos-sas conquistas espirituais.

Podemos ficar doentes do corpo, mas nossas almas serão sempre puras. O exercício pleno do dom da mediunidade é uma conquista, uma conseqüência, pense nisso. Eu já encontrei o meu lugar, mas se ai-nda não tivesse encontrado, com certeza procuraria até o fim, pois pra mim meus guias e Orixás repre-sentam a presença de Deus, e eu jamais os decepcio-naria, ao menos não por vontade própria.

Nunca se esqueça de que sua vida espiritual está, antes de tudo, nas suas próprias mãos. De nada adianta de-pois dizer que abandonou a Umbanda porque viu mui-tas coisas erradas, ou por ter sido mal orientado, pois as pessoas só fazem conosco o que nós permitimos...

Você é o único responsável pelas suas escolhas, sejam boas ou más. Você é responsável pelo lugar que escol-he para ser a “casa” de seus Orixás e guias; pela forma com que eles são tratados; pelos cuidados que são dis-pensados a eles; pelas conseqüências de tudo isso.

Pense na mediunidade como um presente, capaz de tornar nossas vidas mais leves, as coisas mais fáceis, o caminho mais suave.

Imagine o que seria de nós sem os guias? Perceba como Pai Olorum se preocupa conosco, ao designar espíritos tão iluminados pra nos acompanhar.Cuide de sua mediunidade como quem cuida de uma

Terreiro de Umbanda Pai Oxossi,Caboclo Sete Flechas e

Mestre Zé PilintraCríticas e Sugestões:

[email protected]@hotmail.com

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Temos que por um basta!Falando de Umbanda

O sacrifício animal nos rituais religiosos de matriz afro são um prato cheio para a imprensa quando somos surpreendidos por um escândalo envolvendo fictícios pais ou mães de santos que se valem dessas práticas como desculpas para realizar seus atos cri-minosos e insanos.

Como o tema é mesmo muito polêmico é importante entender o que realmente significa e porque é reali-zado. No sentido religioso a palavra sacrifício signi-fica oferecer em holocausto por meio de rituais. [Ho-locausto = sacrifício em que a vítima era queimada entre diversos povos, incluindo os judeus.] O que muitos leigos não entendem é que os rituais religiosos não surgem do nada, ou de repente. To-das as práticas religiosas, convenções, e até mesmo protocolos, são criados à partir de uma filosofia, de um aprendizado ou por uma necessidade específica.

Estudando um pouco sobre teologia entende-se que o sacrifico não é uma exclusividade das religiões africanas, mas, uma prática utilizada desde a Grécia Antiga, quando eram utilizados animais domésticos, sendo escolhidos os mais saudáveis. Sua cabeça era cortada com uma espada curta e o sangue era reco-lhido num recipiente (assim como é feito atualmente num matadouro). O animal era aberto para o exa-me das entranhas e, sendo aprovadas pelos deuses, o animal era esquartejado. As gorduras e os ossos maiores (sem carne) eram deixados no altar e crema-dos (esse era o processo pelo qual a oferenda chega-va aos deuses). Alguns pedaços internos eram gre-lhados em espetos neste fogo e distribuídos entre os executantes do ritual.

Os demais pedaços eram cozidos e consumidos no local por todos como consumação da festa. Língua e pele ficavam com o sacerdote ou com o cidadão que procedera ao sacrifício. Desta forma este ato de imo-lação era uma situação que envolvia alegria e pompa. O animal era tratado de forma a não perceber seu destino e nenhum tipo de violência era permitida contra ele e o ritual ressaltava o clima de uma festa feliz e pacífica.

No judaísmo é raro o sacrifício animal, porém, é pra-ticado o abate kosher (esse abate não é um ritual) onde o animal é morto por degola e sem anestesia. Numa entrevista à Folha de São Paulo o rabino Ru-ben Sternschein (da Congregação Israelita Paulista) diz que “esse abate deve ser realizado com o míni-mo sofrimento animal.” Segundo informação da Folha,em 2010 o Brasil exportou 475,23mil tonela-das de carne para países que exigem esse tipo de aba-te (39% do total exportado).

No islamismo esse abate é chamado de abate halal e os muçulmanos explicam que nada tem a ver com sangue e/ou sofrimento, mas com a fé. O sacrifício é realizado para ajudar pobres e em memória do profe-ta Abraão (que não se opôs em sacrificar o filho a pe-dido de Deus. São animais domésticos, saudáveis e devem estar conscientes. A garganta é cortada rapi-damente com um faca bem afiada. A espinha e o pes-coço não devem ser quebrados imediatamente para o animal não sofrer. São abominadas mortes com per-furação do crânio, pauladas, etc. Mohamed Hussein El Zoghbi (diretor da Federação das Associações Mu-çulmanas do Brasil) em entrevista à Folha esclarece: “O abate halal prima pelo bem-estar como nenhum

outro, A morte por degola não causa sofrimento. A ruptura das veias e da traqueia mata o animal rapida-mente. Quem assiste pensa que está em sofrimento, mas, já está morto, se debate por reflexo.”.

No cristianismo o sacrifício é aceito teologicamente (quando os cristãos recebem a hóstia fazem um sa-crifício simulado). Para os cristãos a morte de Jesus foi o último sacrifício.

A Umbanda utilizou-se do sacrifício animal para ofe-rendas até a década de 70, quando Pai Ronaldo Lina-res (presidente da FEDERAÇÃO UMBANDISTA DO GRANDE “ABC”) defendeu uma tese para sua abo-lição num Congresso organizado pelo SOUESP (Su-perior Órgão de Umbanda do Estado de São Paulo). Ao defender sua tese embasada na premissa de que a Umbanda preza a natureza e a vida, portanto não pode promover a morte, obteve de imediato a aceita-ção dos presentes que votaram pelo fim do sacrifício animal na Umbanda.

Desde então, os animais oferecidos são soltos sem se-rem imolados. No Santuário Nacional da Umbanda (lo-cal exclusivo para as práticas religiosas de origem afro) não é permitida nenhuma forma de sacrifício animal, sendo também proibida a entrega de animais mortos. Por esse motivo, não é raro encontrarmos passeando pelo local patos, galinhas, galos, pombos, etc.

Chegamos ao Candomblé, que, como todas as demais religiões, tem seus fundamentos, mas, sendo uma re-ligião relativamente nova no Brasil (início do séc. XIX) é vítima de superstições, preconceito e intole-rância. Assim como nos outros rituais, o sacrifício

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animal no Candomblé não é apenas uma oferenda. As partes do animal imolado são utilizadas como ali-mento. O couro deve ser utilizado no atabaque. Uma porção é oferecida aos Orixás e as demais partes são destinadas aos filhos da casa que se unem ao Pai ou Mãe numa confraternização.

Segundo o presidente do CEN (Coletivo de Entidades Negras), Márcio Alexandre Gualberto, “o sacrifício é utilizado por sacerdotes treinados para minimizar o sofrimento, pois o animal não pode sofrer.”.

Na hierarquia do Terreiro existe uma pessoa, além do Pai ou Mãe de Santo, especializada nessa práti-ca. É chamado de Axogun (ou mão-de-faca). Desta pessoa depende a aceitação da oferenda pelos Orixás porque um sacrifício mal feito é rejeitado. Em al-guns casos, segundo Fernandes Portugal (professor de mestrado em Antropologia na Universidade de Havanna - Cuba) “o animal pode ser solto na mata.”

De acordo com o sociólogo e pesquisador Reginaldo Prandi “o sacrifício animal está na origem das maio-res religiões do mundo. Historicamente a morte dos animais era feita para a penitência de pecados ou em celebrações.”.

Vários segmentos da sociedade como os religiosos, os de meio-ambiente, os defensores dos animais já discutiram esse tema diante dos Poderes Judiciário e Legislativo. Desembargadores tem opiniões divergentes e o embate

continua. Bem, agora que falamos um pouco sobre as origens, voltemos ao título: Ritual ou Polêmica?

Nunca poderemos nos esquecer que o homem é um ser vulnerável e falível. Partimos então da máxi-ma de Santo Agostinho “DEUS NÃO É A ORIGEM DO MAL”. Na Sua imensa sabedoria Deus deu ao homem o livre-arbítrio e, como espíritas entende-mos que toda ação tem uma reação e as decisões humanas sempre dependerão de quão evoluídos estarão seus espíritos moral ou intelectualmente. O número de vidas que viverá será totalmente pro-porcional às suas escolhas.

Você pode me perguntar porque toda essa explica-ção. Então respondo: Temos que por um basta nessa exploração sensacionalista que envolvem as religi-ões de origem africanas quando assassinos, loucos, psicóticos ou psicopatas são pegos em atitudes que nada tem a ver conosco. Pessoas de má índole, sem caráter, exploradores, estelionatários podem ser de qualquer credo, ou de nenhum.

Existem no mundo todo padres pedófilos, pastores que abusam das fiéis, etc. Porém nesses casos, os indivíduos é que são atacados e não as instituições. Então porque quando vemos a notícia de que uma criança tem agulhas pelo corpo, a imprensa noticia isso como uma prática religiosa? Por que quando uma mulher foi encontrada morta num local conhe-cido por receber oferendas, a explicação imediata era

de que foi um ritual macabro? Por que quando um charlatão diz que traz a pessoa amada em duas ho-ras é classificado como Pai de Santo? Nesse caso a emissora se retratou e reconheceu seu erro graças a uma nota encaminhada à emissora pelo Movimento Jovem Umbandista, coordenado pelo nosso irmão de fé Átila Alexandre Nunes.

Então é isso! Vamos esclarecer as coisas. Colocar os pingos nos is.

A Umbanda não admite sacrifício animal em seus rituais e no Candomblé, quando é praticado, faz par-te da sua tradição, de seus fundamentos, além de não ser uma prática realizada diariamente. Deve-se aprender sobre os assuntos que se quer discutir para não se cometer a mesma injustiça que alguém recla-ma sofrer e, para encerrar, quero deixar bem claro que sacrifícios que causam dor e molestam animais, sacrifícios de humanos, ou qualquer forma ritualís-tica que desrespeitem os seres vivos não fazem par-te de rituais religiosos de origem africana, mas sim aberrações e assassinatos. Seus praticantes devem ser presos e afastados da sociedade porque são pes-soas doentes ou simplesmente porque são maus.

Maria Aparecida C. Linares www.santuariodaumbanda.com.br

www.casadepaibenedito.com.br

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Abaluaiê é conhecido também como Omulu. Segun-do Pierre Verger, Abaluaiê quer dizer “ Rei Dono da Terra” e Omulu significa “Filho do Senhor”.

Abaluaiê é considerado o deus da varíola e das do-enças contagiosas. Segundo Verger, Abaluaiê e Nanã Buruqueê são freqüentemente confundidos em certas partes da África. Em algumas lendas fala-se a respeito da disputa de Abaluaiê e Nanã Buruquê contra Ogum. Verger considera essa disputa de divindades como o choque de religiões pertencentes a civilizações dife-rentes, sucessivamente instaladas num mesmo lugar e datando de períodos respectivamente anteriores e posteriores à Idade do Ferro. Muitas são as lendas so-bre Abaluaiê. Transcreveremos aqui, duas delas nar-radas por Verger em sua grandiosa obra “Orixás”.

A primeira lenda diz o seguinte: “Abaluaiê era origi-nário de Empé (Tapá) e havia levado seus guerreiros em expedição aos quatro cantos da Terra. Uma ferida feita por suas flechas tornava as pessoas cegas, sur-das ou mancas. Abaluaiê chegou assim ao Território Mahi no norte do Daomé, batendo e dizimando seus inimigos, e pôs-se a massacrar e a destruir tudo o que encontrava à sua frente.

Os mahis, porém, tendo consultado um babalaô, aprenderam como acalmar Abaluaiê com oferendas de pipocas. Assim, tranqüilizado pelas atenções re-cebidas, Abaluaiê mandou-os construir um palácio onde ele passaria a morar, não mais voltando ao país Empê. O Mahi prosperou e tudo se acalmou”.

A segunda lenda é originária de Dassa Zumê e diz o seguinte:”Um caçador Molusi (iniciado de Omulu) viu passar no mato um antílope. Tentou matá-lo, mas o animal levantou uma de suas patas dianteiras e anoiteceu em pleno dia. Pouco depois, a claridade voltou e o caçador viu-se na presença de um Aroni, que declarou ter intenção de dar-lhe um talismã po-deroso para que ele colocasse sob um montículo de

ABALUAIÊO que diz a

Lenda Africana

terra que deveria ser erguido defronte de sua casa. Deu-lhe também um apito, com o qual poderia cha-má-lo em caso de necessidade. Sete dias depois, uma epidemia de varíola começou a assolar a região.

O Molusi voltou à floresta e soprou o apito. Aroni apareceu e disse-lhe que aquilo era o poder de Aba-luaiê e que era preciso construir para ele um templo

Falando de Umbanda

Na verdade, entre os africanos, ele era ao mesmo tempo, adorado e temido, por representar o Orixá da Peste (qualquer doença epidêmica) e por extensão também o “ORIXÁ DA MORTE”.

Os Quimbandeiros lhe dedicam especial atenção, e muitas vezes é confundido com Exu. Na verdade, é um orixá como os demais e não se enquadra entre as entidades negativas. Segundo a lenda, Lázaro retor-nou do mundo dos mortos, por determinação de Je-sus, daí a confusão. Sobre a vida material terrena de São Lázaro sabemos que: nascido na Betânia, tinha duas irmãs, de nome Marta e Maria.

Há quem afirme ser Maria, irmã de Lázaro, a mes-

e todo mundo deveria, doravante, obedecer ao Mo/usi. Foi assim que Abaluaiê (chamado de Sapata pe-los fon) instalou-se em Pingini Vedji”.Conhecido como o médico dos pobres, Abaluaiê é representado como uma pessoa idosa, portadora de moléstia contagiosa. É chamado de Senhor dos Ce-mitérios (Calunga Pequena).

Resumo da Vida de São Lázaro

ma Maria Madalena que, na casa dos fariseus se regenerou aos pés de Jesus Cristo, porém, segundo São Lucas, essa não é a verdade. Lázaro, segundo a história sagrada, foi um dos maiores amigos de Je-sus Cristo, e dizem ser provável ter sido ele, um de seus primeiros discípulos.Sabe-se que quando Jesus pregava pelo mundo, foram dizer-lhe que seu amigo Lázaro, a quem tanto amava, estava enfermo, e Jesus lhes respondeu:- “Esta doença não é para a morte, mas para a glória de Deus, pois que seu filho será glo-rificado por ele”. Permanecendo ainda pelo espa-ço de dois dias do outro lado do Jordão, foi então que Jesus disse aos seus discípulos:- “ Lázaro nosso amigo dorme, vou despertá-lo do sono”.

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Chegando a Betânia, soube por intermédio de Marta, que tinha vindo ao seu encontro, que seu amigo ha-via morrido, e que se encontrava enterrado há quatro dias. -“Teu irmão ressuscitará” - disse-lhe Jesus

-“Eu sou a ressurreição e a vida, quem crê em mim, ainda mesmo morto viverá, e quem vive e crê em mim, não morrerá jamais. Crês isso?“

Respondendo afirmativamente, Marta, chamando ainda sua irmã Maria, disse-lhe: -“O Mestre está cá e chama-te”.

Maria, vindo ao encontro de Jesus, exclamou: - “Se-nhor, se tivesse estado aqui, meu irmão não teria morrido“.

Vendo Jesus que Maria chorava, chorou também, e perguntou-lhe: - “Onde o sepultaste?” Maria in-dicou-lhe o túmulo de Lázaro.

Jesus para lá se dirigiu, e apesar da recomendação da irmã, que o corpo já exalava mau cheiro pelo fato de estar enterrado a quatro dias, mandou que reti-rassem a pedra que tapava a gruta que servia de jazi-da ao morto, e Ele, olhando para o céu disse: -“Pai, dou-vos graças por me terdes escutado. Quanto a mim, sabia que me ouvia sempre, mas digo-o por causa dessa multidão que me cerca, a fim de que creiam que sois vós que me haveis enviado”.

Após ter dito estas palavras, ordenou Jesus, com voz forte: - “Lázaro, sai para fora!“.

Envolto em faixas, coberto seu rosto com um sudário, atado de pés e mãos com tiras de pano, ergueu-se Lázaro do túmulo, para espanto de todos. - “Desatai-o e dei-xai-o andar” - disse Jesus aos que o acompanhavam.

É inútil dizer corno o temor e admiração se apodera-ram dos assistentes e muitos creram em Jesus. A no-tícia deste fabuloso milagre correu ligeira, formando duas correntes entre os judeus. Uns que francamente reconheciam a divindade de Cristo e outros, princi-palmente os orgulhosos escribas e fariseus, que se encheram mais ainda de ódio, tramando a morte de Cristo. Alguns dias após o ocorrido, Lázaro com as ir-mãs deram um banquete de agradecimento ao divino Mestre pelo prodígio realizado. João é o único evan-gelista que tece considerações à respeito do milagre.

A narração, com bastante detalhes, constitui um dos pontos relevantes do quarto evangelho, pois a res-surreição de Lázaro assume, além do fato histórico, o valor de símbolo e de profecia, corno prefiguração da Ressurreição de Cristo. A casa de Betâhia e o túmu-lo foram alvo de peregrinações já na primeira época do cristianismo, como cita o próprio São Jerônimo. Mais tarde, os peregrinos medievais nos dão notícia que ao lado do túmulo de Lázaro tinha surgido um mosteiro beneficiado por Carlos Magno.

Lázaro teve o privilégio de ter dois túmulos, pois morreu duas vezes, O primeiro túmulo, de onde foi

tirado e ressuscitado por Jesus, ficou vazio, uma vez que a tradição oriental mais antiga considera Láza-ro, bispo e mártir de Chipre.

Antigos afrescos encontrados na ilha parecem con-firmar a presença de Lázaro em Chipre. Outra len-da nos conta que Lázaro saiu da Palestina e foi para

Segundo Pierre Verger, Nanã Buruquê é uma divindade muito antiga e é cultuada numa vasta área africana. Nanã Buruquê é conhecida também pelos nomes de Nanã Bu-ruku, Nanã Bukuu, Nanã Brukung ou ainda Brukung.

Numa região chamada Ashanti, o termo Nanã é utili-zado para as pessoas idosas e respeitáveis e significa “mãe”. Verger cita a existência de várias divindades como o nome inicial de Nanã ou Nenê. Essas divin-dades recebem o nomede Inie e desempenham o pa-pel de deus supremo.

Em todos esses Templos há um assento sagrado salpi-cado de vermelho, em forma de Trono ashanti, reser-vado à sacerdotisa de Inie, no qual só ela pode tocar. Todos os iniciados ligados ao Templo têm grandes bengalas salpicadas de pó vermelho e, em torno do pescoço usam trancinhas (cordinhas trançadas) sus-tentando uma conta achatada de cor verde. Várias são as lendas sobre Nanã Buruquê. Pierre Verger faz referência a uma pesquisa datada de 1934, redigida por J. C. Guiness. Essa pesquisa foi feita na região do Adélé, através de um informante do Kotokoli.

‘’Na fronteira dos países Haussa e Zaberima (Djer-ma) há um rio chamado Kwara (Niger) que deu seu

nome a uma cidade situada às suas margens. Em uma gruta, no fundo do rio, vivia outrora um grande ídolo chamado Brukung e com ele viviam sua mulher, seu filho e um homem chamado Langa, que era criado de Brukung. Viviam todos juntos na gruta.

Na cidade de Kwara vivia um homem chamado Kon-do, um homem bom que era conhecido, mesmo nos locais mais distantes, pelo nome de Kondo Kwara. Tinha o costume de todos os dias colocar oferendas de galos e de pito (beberagem) e algumas vezes um carneiro nas margens do rio onde Langa vinha pegá--los e os levava para a gruta debaixo d’água.

Um dia, porém, um grupo de pescadores haussa veio da Nigéria para pescar no rio Kwara. Roubaram as oferendas e Kondo ficou tão contrariado que foi para Gbafolo, na região Kotokoli, e instalou-se com sua família em Dkipileu, a seis ou sete milhas dali. Brukung, por sua vez, foi viver em uma gruta na flo-resta próxima de Dkipileu, Kondo soube disso e reco-meçou a colocar suas oferendas. Langa reapareceu-também, trazendo assentos que fizera na .gruta de Kwara. Mais tarde Kondo reencontrou Brukung. Po-rém, pouco tempo depois, uma invasão ashanti obri-gou Brukung e os seus a refugiarem-se em Shiari.”

NANÃ BURUQUÊLenda Africana sobre Nanã Buruquê

Marselha tendo sido eleito bispo e perseguido por Nero.

Há quem afirme também, que três dias após ressus-citado, Lázaro havia se embriagado e, numa briga, matou um homem, todavia, esta passagem não cons-ta nos Evangelhos.

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Nanã Buruquê é conhecida no Novo Mundo, tanto no Brasil como em Cuba, como a mãe de Abaluaiê. É considerada como a mais antiga das divindades das águas. Sua atuação se faz sentir sobre as águas dos lagos e da lama dos pântanos.

Os relatos sobre os pais de Maria, Ana e Joaquim, são muito escassos no Evangelho. Os chamados textos apócrifos, como o livro de São Tiago (1 50 d.C.) nos trazem dados mais substanciosos a respeito de Ana e Joaquim. Em função dessa falta de dados no Evan-gelho, muitas vezes encontramos dados copiados da Sagrada Escritura, á respeito de Ana (mãe de Samuel).

A Sagrada Escritura nos conta que a mãe de Samuel (Ana), -na aflição da esterilidade que lhe tirava o pri-vilégio da maternidade, dirigiu-se com muita fé em oração ao Senhor e prometeu consagrar ao serviço de Deus o futuro filho. Quando obteve a graça, após ter dado a luz ao pequeno Samuel, levou-o a Silo, onde estava guardada a arca da aliança e o confiou ao sacerdote Eli, após tê-lo oferecido ao Senhor. Em função dessa narrativa, o livro apócrifo de São Tiago, conta a história dos pais de Maria, Ana e Joaquim.

Segundo Tiago, Ana e Joaquim residiam em Jeru-salém, nas proximidades do templo e eram judeus piedosos. Ana e Joaquim formavam um casal justo e observante das leis judaicas. Joaquim era um pastor próspero e o casal possuía certa fortuna que lhes pro-porcionava uma vida tranqüila. Dividiam suas rendas anuais em três partes: uma era conservada para o pró-prio sustento; a segunda era destinada ao culto judai-co e a terceira parte era distribuída entre os pobres.Contudo, a despeito das suas virtudes, Joaquim e

Ana não tinham sido abençoados por Deus com fi-lhos e, um dia, quando Joaquim foi ao Templo para fazer suas oferendas, o sacerdote Rubem, reprovou-o pelo fato de não gerar filhos, chamando-o de indigno, uma vez que ele era o único sem descendência entre as Tribos de Israel. Joaquim retirou-se para o deser-to para rezar, onde jejuou e orou por quarenta dias. No fim desse período, Joaquim em seu retiro e Ana em Jerusalém, receberam a visita de anjos que lhes disseram que Deus havia ouvido os seus pedidos. O anjo disse a Ana: “o Senhor ouviu teu choro. Conce-berás e darás à luz e, por toda a Terra, se ouvirá falar de Maria, a tua filha”.

Quando Joaquim voltou à Jerusalém, Ana que fora avisada de sua chegada, correu para saudá-lo e atirou--se em seus braços exclamando com muita alegria: “Agora sei que o Senhor derramou sua bênção sobre nosso lar; pois eu era como uma viúva, era estéril, mas agora meio seio já concebeu, seja bendito o Altíssi-mo!”. Ana fez o voto de consagrar a menina prometida por Deus ao serviço do Templo. Mais tarde, Maria foi levada pelos pais Joaquim e Ana para o Templo, onde foi educada, ficando aí até o tempo da união com José. A tradição não dá notícias sobre a morte de Joaquim e Ana. O culto deles foi muito difundido na Igreja desde o século VI. No Brasil, o culto a Sant’ Ana é muito co-nhecido. Ela mereceu o título que só é reservado à sua Filha, isto é, Senhora Sant’ Ana.

Fonte: Livro Nanã Buruquê e Abaluaiê Coleção Orixás

Por Pai Ronaldo Antonio Linares eDimantino Fernandes Trindade

Continua na proxima edição

Resumo da Vida deSANT’ ANA

NOTA DE FALECIMENTO SR. NELSON FOGO

Com pesar, informamos a todos que o Sr. Nelson Fogo - marido da Babá Dirce P. Fogo (dirigente espiritual da Casa de Pai Benedito de Aruanda e importante colabora-dora de Pai Ronaldo no SANU, desde sua criação), faleceu no domingo (dia 29 de julho de 2012).

Nosso irmão em Oxalá Nelson fez parte da segunda tur-ma do Curso de Formação Sacerdotal da FUG”ABC” e fez todas as obrigações correspondentes. Desde que passou a frequentar o curso, nunca mais se afastou da FEDERA-ÇÃO construindo, ao longo desses quase 40 anos, laços fortíssimos de amizade, respeito e afeto com Pai Ronaldo Linares e sua família. Sempre ao lado da Babá Dirce também na vida Espiritual, era um homem íntegro, honesto como poucos e muito es-piritualizado. Pai e avô extremamente zeloso dedicou sua vida à família, além de tocar violão e gostar de modas de viola ele era um corintiano fervoroso. Nos últimos anos de sua vida terrena trabalhou no SAN-TUÁRIO NACIONAL DA UMBANDA. Durante esse perí-odo cativou funcionários e frequentadores com seu jeito calmo e comprometido de fazer as coisas. Também gosta-va de conversar e cantar com os funcionários nos horários de almoço. Sempre respeitou demasiadamente seu local de trabalho agindo com a responsabilidade exigida. Nos despedimos de seu Nelson já sentindo doer a saudade no peito, porém, nos conforta saber que mesmo o desti-no unindo e separando as pessoas, nenhuma força é tão grande que nos faça esquecer aqueles que, por algum mo-tivo, um dia nos fizeram felizes. A passagem do homem na terra é breve e ele sempre será conhecido pelas pegadas que deixar, portanto, desejamos que o seu Nelson fique em paz na Aruanda porque suas pegadas aqui sempre fo-ram firmes e seguras.

Maria Aparecida Calamari Linareswww.santuariodaumbanda.com.br

www.casadepaibenedito.com.br

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Ervas na Aldeia

MISTÉRIOS NATURAIS

Salve turminha das ervas. Salve irmãos e irmãs em Mamãe Natureza.

Estamos aqui firmes e fortes nesse nosso trabalho de formiguinha, disseminando o conhecimento sobre as ervas, de uma forma simples, objetiva, sem rodeios nem mistérios. Por falar em mistérios, quero co-meçar alertando sobre os donos dos mistérios. Isso mesmo, os que se auto intitulam donos de determi-nadas forças da natureza. Prestem bastante atenção: não se quebra um dogma criando outros.

Uma folha é uma enciclopédia em si mesma. Numa folha está todo o código de uma raça elemental intei-ra. Reconhecer a energia numa folha, não estamos falando da energia física, como aprendemos no co-légio, mas a energia etérica, espiritual mesmo, en-fim reconhecer essa energia é um dom, que pode ser desenvolvido sim. Existem pessoas que nascem com um dom para a música, com uma invejável voz afina-da ou com uma habilidade nata para tocar determi-nado instrumento. Da mesma forma existem pessoas que tem uma sensibilidade natural para os elemen-tos. Sentem as pedras, a água ou as ervas.

Esta sensibilidade não é um benefício que Deus dá de presente àquela pessoa em especial, mas sim con-quista dela em sua caminhada de aprendizado e co-nhecimento.Negar seu dom seria a mesma coisa que vendar um dos olhos e se negar a enxergar com ele. Ou mes-

mo tapar uma das narinas, ou um dos ouvidos, ou mesmo os dois para não ouvir nada. Muitas pessoas gostariam de nascer com esses dons, mas tem a opor-tunidade de aqui, nessa jornada carnal, desenvolver pelo menos em parte, uma dessas capacidades.

A mediunidade, ou sexto sentido, ou como chamei aqui simplesmente de sensibilidade, pode ser desen-volvida dentro das suas condições e merecimento. E isso não está diretamente ligado ao plano espiritual humano. O dom de entender e reconhecer as reações das plantas é muito mais comum do que imagina-mos. E sempre há quem afirme: acho que não tenho mão boa para plantas... Digo o contrário: pratique!

Tenha alguns instantes diários de contato com suas ervas e plantas ornamentais. Lave as mãos em água fria, com seu sabão ou sabonete preferido, enxágüe com bastante água e sem tocar em nada espalme suas mãos sobre as folhas de uma planta... relaxe... solte os ombros, os braços... afrouxe os músculos... respire fundo pelo menos umas três vezes... feche os olhos e sinta a erva... sinta sua aura, sua vibração.

Não desista se não sentir nada na primeira vez... a per-sistência fará com que dia a dia sua sensibilidade au-mente. Quando menos esperar, estará em contato com um mundo fantástico, disposto a lhe ensinar, dentro também daquilo que você puder aprender, todo o con-teúdo armazenado por milhares de anos de existência.Os elementos vem participando da evolução huma-

na a incontáveis eras. Uma das formas de entrarmos em contato com essas vibrações é o meio religioso. A Umbanda como religião da natureza, proporciona um desses meios.

Os guias espirituais, caboclos, pretos-velhos, crian-ças, exus, etc, são manipuladores, senão naturais, preparados para tal. Conhecedores de como ativar os elementos, mesmo sem muita ritualística, sem fol-clore, estão ali, com uma folha, uma flor, semente, pedra, enfim, com um elemento natural ativo para o benefício de seu semelhante.

Quando oferendamos um Orixá, seja em seu ponto de forças ou mesmo dentro de nossos terreiros, os elementos ali colocados são manipulados de forma que proporcionem ligação, irradiação ou absorvência de vibrações também.

Não há conhecedores absolutos desses elementos, porque se alguém assim se int itula, se auto-intitula de próprio Criador da Natureza. Somos instrumen-tos de mais alto, aprendizes do amor pela Mãe Ter-ra, e por todas as Mães que compõem esse magnífico quadro natural.Saúde, sucesso e muita magia realizadora a todos.

Adriano Camargo / Erveiro da Juremawww.erveiro.com.br

email:[email protected]

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Boa vontade é um bem precioso e raro, pois em es-sência, é uma das bases para todas as realizações su-periores. Trata-se de uma das qualidades que Deus delegou ao homem para sua evolução espiritual. Este bem é impelido pelo anseio de que executa. É a dis-posição para ajudar, mas ajudar pra valer, querendo resolver e com o intuito de colaborar com os outros e com o mundo em que vivemos.

No atual estágio evolutivo da terra, o homem se ajuda pelas mãos dos outros homens, ou seja, os benfeitores espirituais podem nos dar a inspiração, a intuição do caminho a seguir, mas será apenas com as mãos dos próprios semelhantes que poderemos implantar o rei-no de Deus na terra. Dependemos do amor de uns para com os outros para sobrevivermos e é através da boa vontade que este amor é materializado em nosso orbe.

Amar ao próximo não é apenas sentir compaixão e ficar paralisado como mero expectador, é agir, e ir ao seu encontro com atitudes concretas, é fugir da inércia, é olhar o outro e amá-lo como devemos amar a nós mesmos.

Apenas uma atitude de boa vontade diária pode mudar o destino de muitos e principalmente o seu. Empres-tar um livro, remover um potencial perigo na via pú-blico, ouvir um irmão com paciência e silêncio, indicar alguém para uma oportunidade profissional, conter a

irritação, doar um pouco dos seus recursos materiais para instituições filantrópicas, doar de seu tempo para a caridade e cidadania. Eis alguns exemplos de como podemos transformar a teoria em prática.

A má vontade é um dos piores flagelos da humani-dade. Com frequência, por descuido de nossa parte, adotamos um sentimento de inoperância e preguiça diante das coisas, às vezes, parece que somos compe-lidos a fazer tudo pela metade. Tudo mais ou menos.

Vivemos em um mundo atribulado e materialista, onde somos propelidos todos os dias ao egoísmo, a pensar apenas em nós mesmos, frequentemente, nos esquecemos que todos somos habitantes da terra, que nossa evolução além de individual, também é coletiva.

Precisamos deixar para sempre a antiga lei do dente por dente e olho por olho, que impera ainda hoje em nossa sociedade, para nos aproximarmos das máxi-mas do Cristo, nosso modelo e guia.

Quito Formiga

Reforma Íntima

Boa Vontade

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e cantar no seu terreiro para louvar seus orixás.

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Pai Jamil levando a Umbanda além das fronteiras!

Decanos

Desde 1948, na Umbanda, quando se desenvolveu com Euclides Barbosa, o saudoso “Pai Jaú”, ex-cra-que do futebol, o Babalorixá Jamil Rachid tem dedi-cado sua vida à Umbanda. Hoje Pai Jamil é presidente da União de Tendas de Umbanda e Candomblé do Brasil e representante mundial da Umbanda, contribuindo para sua difusão e expansão em diversos países que não a conheciam, religião que tanto valoriza, pois reconhece sua inte-gridade e benefício à nossa sociedade, tão carente de paz e espiritualidade. Sempre exaltando a importância da prática da cari-dade, Pai Jamil Rachid deixa para a história da Um-banda suas importantes realizações e a mensagem de amor ao próximo.PERFIL Como foi seu despertar para a mediunidade e a vida espiritual? Pai Jamil: Todos nós vamos pela dor e não pelo amor.Aos 13 anos de idade eu dirigia a sessão de alavancas automáticas de uma indústria em Tatuapé, São Pau-lo. Comecei a sentir uma dor de cabeça muito forte. Na época, havia um único órgão administrativo da Medicina, que fazia exames na população sem ne-nhuma tecnologia. Essa dor de cabeça não passava. Um dia, um colega de trabalho sugeriu que eu fosse a um centro, dizia que era muito bonito. Minha mãe era da Igreja Maior Ortodoxa Maronita e disse que

ela não gostava dessas coisas. A dor de cabeça avan-çou.Tudo o que é feito por Deus é encaixado direitinho, porque Deus faz as coisas certas, nós é que fazemos tudo errado. Um dia fui a esse templo e justamente o Pai Jaú era o dirigente. Isso, em 1948, quando eu ti-nha cerca de 17 anos. No primeiro dia que assisti, cai; a entidade me pegou e me judiou. Naquele dia havia um cambone chamado José, carioca, que me deixou num quarto fechado até que aquela falange saísse. Naquela época, o trabalho era realizado por sete ín-dios e sete índias, pois vinham falanges completas. Quando aquela falange saiu, ele me tirou do quarto, me levou para o Pai Jaú e disse o seguinte: “Pai, toma conta desse menino, pois é preciso prepará-lo. Ele é um médium de incorporação.” E assim, minha vida espiritual se iniciou. Fiquei dando assistência com o Pai Jaú até meados de 1950. Depois, com o Edécio Pereira, um médium que estava mais adiantado, abri o Templo Espiritualista e Confraternização de Umbanda São Benedito, na Pe-nha, São Paulo, onde eu atuava como seu ajudante, já preparado. Começamos a trabalhar atendendo os doentes. Esse templo era conhecido como o templo dos meninos; eu trabalhava com as entidades da li-nha de cura. Com o tempo, o templo foi aumentando. Nessa fase eu era industrial, tinha uma indústria de aparelhos elétricos, fabricava chuveiros e soldadores elétricos. As entidades começaram a implicar, pois achavam que a dedicação à empresa atrapalhava o sistema da mediunidade e o atendimento às pessoas.

Acabamos fechando a indústria e o templo foi cres-cendo, com cada vez mais gente para ser atendida. Em 1959 conheci, na Bahia, o Tatá Fomotinho, meu Pai-de-santo, que tinha uma entidade que incorpo-rava comigo, mas não falava. Quando essa entidade vinha, cobriam-na com lençol, a tiravam do centro e ela ficava recolhida. Me lembro que foi Joãzinho da Goméia quem me apresentou a ele. Acabamos sen-do recolhidos, eu, o Edécio e o Otávio. Aí, entrou o

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Candomblé Africano, Gejê Marrin. Fomos fazendo as obrigações, mas nunca deixando a missão da Um-banda, porque na Umbanda a entidade vem para rea-lizar a cura, para atender às pessoas aflitas. Já o Can-domblé é só homenagem aos Orixás, porque o Orixá não atende ninguém. Assim, fomos levando a nossa vida. Em 1957 assumi o cargo de secretário da União de Tendas Espíritas do Estado de São Paulo, junto ao dr. Luís Moura Accioly.

Pai Jamil representou a Umbanda e os cultos afro--brasileiros na Conferência de Cúpula da Paz Mun-dial para o Milênio, realizada em 28 de agosto de 2000, na sede da ONU, em Nova lorque. Sentindo a falta de mais representantes religiosos do Brasil, na Conferência, o presidente da LBV, Paiva Neto, indicou Jamil Rachid para representar a Umban-da e os Cultos Afro-brasileiros. Havia 1.200 sacerdotes de todo o mundo, 250 só da Índia.Pai Jamil preparou toda a documentação sobre os fun-damentos da Umbanda e dos cultos afro-brasileiros,

apresentando, na Conferência, o trabalho realizado pela União de Tendas e mostrando, aos representantes de todo o mundo, a Umbanda e seu culto, inclusive, a festa de São Jorge e as festividades do Vale dos Orixás.

“Essa Conferência foi realizada para mos-trar a importância da entrada do terceiro milênio, porque os sacerdotes já previam que seria um terceiro milênio de sofrimen-to, completamente diferente dos séculos an-teriores. Lembro-me ainda que o prédio da ONU é próximo ao prédio das torres gêmeas, e, quando um grande sacerdote asiático su-biu na tribuna, olhava na direção das duas torres gêmeas e dizia que precisávamos pe-dir muito a Deus, pois ele via uma nuvem es-cura sobre Nova lorque. Meu Deus do Céu!!! Veja que profecia, que vidência e força espi-ritual tinha esse sacerdote quando nos diri-giu essas palavras”, comenta Jamil.

Texto: Juliana PenhaFonte: Revista Espiritual de Umbanda – Ano I – N° 3

BLOG: UMBANDA EM FOCO –

BIOGRAFIA - Parte 1

Babalorixá Jamil Rachid 1948Inicia-se na Umbanda, desenvolvendo-se com Euclídes Barbosa, nosso querido “Pai Jaú”, ex--craque do futebol. Um verdadeiro Pai, acolhia a todos os seus médiuns, nunca envaidecido por ser pessoa pública, mantendo em sua casa a mais rigorosa disciplina e segmento das leis da Um-banda. 1950 Em novembro, ratificada e comprovada sua extraordinária mediunidade, fundou o Templo Espi-ritualista e Confraternização de Umbanda São Benedito, em São Paulo. 1955Participa da fundação da União de Tendas Espíritas de Umbanda do Estado de São Paulo, assu-mindo a parte de fiscalização das tendas. 1960Inicia-se na Nação Gege Marrin, com Antônio Pinto “Do Te Fomotinho”, radicado em São João do Meriti. Tatá Fomotinho, como era conhecido, era Filho-de-santo de Dona Maria Agorense (Gaiaku), da Roça de Ventura, em Cachoeira de São Félix, Bahia. 1963Passa o Templo Espiritualista São Benedito para a sua sede própria em Pinheiros, São Paulo. 1967Assume a presidência da União de Tendas Espíritas de Umbanda do Estado de São Paulo, cargo que exerce até hoje. 1976 e 1977Assume a presidência do Superior Órgão de Umbanda do Estado de São Paulo, sendo eleito, em Assembléia, após o falecimento do General Nelson Braga Moreira. 2000É indicado pela LBV para representar a Umbanda e os cultos afro-brasileiros na Conferência de Cúpula da Paz Mundial para o milênio, realizada na ONU.

T.U OGUM MEGÊ CABOCLO FLEXEIRO E

BAIANO ZÉ DO COQUINHO

Sessões às sextas-feiras,a partir das 20:00 horas.Orientação espiritual do

BabalorixáLuciano ty Ogun.

Rua Professor Alberto Levy, n° 6 - Bairro Vila LeonorTel.: (11) 2218.2790

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É muito comum as pessoas reclamarem que sofrem de tristeza, ansiedade, medos, solidão, depressão, angus-tia, fobias ou outros tantos males da vida moderna.Outros reclamam que sofrem porque estão pobres, sem perspectiva profissional, desanimadas com seu futuro e vidas, sem um amor, sem coragem para ten-tar algo novo, bloqueadas e até desesperadas.

O pior é que muitas destas pessoas reclamam que se sentem piores quando estão dentro de um ambiente de trabalho ou de casa. É como se o problema piorasse sem motivos aparentes.

Mas, para o Feng Shui há sim motivos que causam piora dos problemas citados. O ambiente de um imóv-el residencial e comercial pode influenciar negativa-mente e piorar estes estados negativos da alma e as doenças, dependendo da energia em desequilíbrio que há nestes locais.

Um aspecto energético que poucos se preocupam são as imagens existentes nos ambientes e as mensagens que elas transmitem. Pode até parecer que são insig-nificantes, mas ser “bombardeado” com uma imagem negativa acaba com nossa mente, estímulo e energia.Preparei abaixo uma lista de problemas que uma

Cuidado: Brigas e Conflitos Acabamcom a Energia da Casa

pessoa sofre e imagens que podem piorar estes prob-lemas. Lembro que tirar estas imagens é um bom caminho para aliviar a agressividade do problema.Imagens que podem causar problemas

Tristeza e depressão: cuidado com o excesso de cores escuras nos ambientes como preto, azul marinho, grafite, marrom e roxo. Estas cores podem “detonar” tristeza e piorar a depressão. Atenção também a ima-gens de pessoas chorando, cenas de velórios, igrejas e cemitérios. Cuidado com quadro de flores murchas ou sem vida. Pessoas depressivas e desesperadas.

Agressividade: cuidado com a exposição de armas, espadas, facas, revolver e etc. Quadros de tempestade de alto mar, com o navio sendo destruído. Imagens de furacões, lutas, brigas e guerra.

Medos e fobias: evite imagens de terror, monstros, fantasmas e ETs. Pessoas assustadas, imagens de bri-gas, assassinatos e desastres. Imagens do que causa fobia como avião, trem, carro e edifícios altos.Solidão: imagens de pessoas sozinhas. Pessoas aban-donadas. Pessoas chorando. Pessoas sem par afetivo. Pessoa sozinha olhando pela janela ou em um jardim.Egoísmo: excesso de espelho nos ambientes para se

ver a toda hora. Fotos em que você esteja sozinho. Imagens de pessoas poderosas, artistas e intelectuais com cara de esnobe.

Pobreza: quadros de casas abandonadas. Imagens de casebres à beira do rio. Imagem de terra seca e caveira de boi morto. Imagens de calamidades. Imagem de mesa de almoço vazia. Crianças e adultos famintos.

Angústia e desespero: imagem de pessoas estressadas, desesperadas e chorando. Imagem de pessoas desfig-uradas e sinistras. Imagens de sombras e fantasmas. Excesso da cor preta e verde musgo no ambiente.

Bloqueada: imagem de pessoas amarradas, acorrenta-das e presas. Quadro com nós de marinheiro.

Lembrando que eliminar a imagem não irá resolver um caso de doença ou a falta de amor e trabalho. Em muitos casos, é necessário buscar ajuda médica, a orientação de algum profissional para solucionar um caso pessoal e até mudar a forma de viver.

Por: Franco Guizzettiwww.almaserena.com.br

(site de Vera Cabalero)

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A T.U. Ogum Megê, Caboclo Flexeiro e Baiano Zé do Coquinho, sob Orientação Espiritual do Babalorixá LUCIANO TY OGUN, há anos desenvolve ação social consistente em servir marmitas para a comunidade carente da região.

Graças a Deus e aos Orixás o trabalho foi se estenden-do de tal forma que hoje são servidos em média 500 marmitex por semana.

O referido importante trabalho social iniciou-se com a distribuição de marmitex, as segundas-feiras, no bar-racão do próprio Terreiro.

E assim, com a evolução e apoio de todos da casa, al-guns amigos e doadores, tomou grande proporção, passando-se a servir a alimentação também no cruza-mento da Av. Angélica com a Av. São João.

Esta evolução foi tão notória que de 1(um) ano pra cá o Templo agregou mais um dia para servir as marmi-tas, sendo este dia as quintas-feiras.

São servidas nas marmitas feijão, arroz e sempre um tipo variado de mistura.

Amor ao próximo

O objetivo do terreiro ainda é chegar á entregar aos Sábados e futuramente todos os dias.

Os mantimentos para as marmitas são recebidos a qualquer momento no próprio terreiro, e também em dia de engira.

Nas engiras da DIREITA os freqüentadores costumei-ramente doam um 1kg de alimento para consulta e nas engiras da ESQUERDA os consulentes doam1kg de qualquer tipo de mistura.

A T.U. Ogum Megê, Caboclo Flexeiro e Baiano Zé do Coquinho está localizada na Rua Professor Alberto Levy, Nº 06 Vila Leonor, São Paulo- SP. As engiras ocorrem às sextas-feiras a partir das 20h: 00.

As marmitas são feitas as segundas e quintas-feiras a partir das 16h: 00.

Venham conhecer o nosso belo trabalho social!

T.U. Ogum Megê, Caboclo Flexeiro e Baiano Zé do Co-quinho

Marmitas Para a Comunidade Carentepela T.U. Ogum Megê, Caboclo Flexeiro e Baiano Zé do Coquinho

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8° Prêmio Atabaque de Ouro Vovó Toinha coroa Leo Batuque Campeão dos Campeões

Na tarde do dia 22 de julho na casa de espetáculos Rio Sampa, no Rio de Janeiro, caravanas de diversos estados dentre eles: São Paulo, Paraná, Brasília e Rio de janeiro lotaram o evento que foi coroado de êxito.

O evento que ocorreu pelo oitavo ano consecutivo e tem como realização do ICAPRA – Instituto Cultu-ral de Apoio e Pesquisa às Tradições Afro, tem como objetivo premiar os destaques dos festivais curimbas do não anterior. O evento que já é nacional é referên-cia nas escolas de curimba. É o grande encontro dos campeões, o ingresso para participar é ser campeão de algum festival.

Foram 16 participantes tendo representantes de Bra-sília, Paraná, São Paulo e Rio de Janeiro. O o evento já teve novidade na abertura quando Sandra Santos e Ogan Juvenal subiram ao palco e abriram o even-to apresentando parte do mesmo, em seguida por Miriam de Oyá e Renato de Obaluayê e num outro momento Marcelo Fritz e a Campeã dos Campeões do oitavo Prêmio Atabaque de Ouro Suêzy Nogueira sobem ao Palco para apresentarem o último bloco.

O objetivo do diretor Marcelo Fritz abrir mais para os estados participarem do evento não só na apre-

sentação de suas curimbas campeãs. Após as apre-sentações a ansiedade tomava conta das torcidas e do público presente, a grande hora chegava então os apresentadores chamaram o padrinho do evento um mestre da bateria da escola campeã do carnaval 2012 do Rio de Janeiro, o Mestre Casagrande da Unidos da Tijuca levando o público ao delírio com a apresen-tação show de sua bateria, mestre sala e porta ban-deira, mulatas e demais integrantes da escola que confraternizou com o homenageado que deu depoi-mento emocionante.

Homenagem a Vó Toinha consagra Léo Batuque

Ele que não é estreante no Atabaque de Ouro, já levou o prêmio de melhor intérprete, melhor letra sempre amadurecendo e adquirindo experiência ao longo de sua jornada. Adquiriu respeito no meio e enfim co-roado campeão dos campeões. Léo Batuque é ogan, percussionista, professor de percussão além de pro-dutor musical, tendo em seu currículo duas direções de cd dentre várias participações especiais. Começou a chamar atenção nos festivais pela perfeição nas in-terpretações, belas letras e coreografias criativas.

Premiados da tarde

O prêmio de melhor coreografia foi para a curimba Umbanda e ecologia da música 7 leques, garantindo mais um ano o prêmio de melhor coreografia para São Paulo.

A revelação foi para o T.E.U.T.O. de Brasília, que no seu primeiro ano no evento ficou em quarto lugar na frente de veteranos

Com a melhor letra ficou com a casa Pai Benedito de Angola através do seu ogã Valdinei de Ogun.

Melhor intérprete ogan Zezinho de Oxalá da curimba Filhos do Cacique – SP.

Melhor curimbeiro embora ausente do evento devido a problemas com o transporte, Júlio do Filhos do Axé que a direção do evento decidiu reclassificar a música devido ao contratempo de transporte.

Voz veterana foi Ivo de Carvalho aplaudidíssimo pelo público que o consagrou cantando sua música “Brado de Xangô”.

Eventos

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O prêmio campeão de títulos foi empate deci-dindo premiar os dois, Edvander de Oliveira e Marcio Barravento,

Melhor figurino ficou para Zé Carlos de Oxossi, Mano Lopes e Afonso de Xangô que foram impecá-veis nas vestimentas,

Melhor torcida Escola de Curimba Aldeia de Cabo-clos que fizeram uma participação especial, o padri-nho mestre de bateria da Unidos da Tijuca, Mestre Casagrande.

Melhor festival foi para o Paraná que na segunda edi-ção do festival de curimba deram um show no teatro Guairá e o campeão dos campeões Léo Batuke que foi consagrado pelo público, numa letra simples que narrava o cotidiano de vó toinha, preta velha, entida-de querida de umbanda.

Lançamento de cd com as músicas campeãs

O oitavo prêmio atabaque de ouro lançou pelo oitavo ano consecutivo um cd reunindo as musicas campeãs dos festivais que ocorreram no Rio de Janeiro, Para-ná, Brasília e São Paulo, reunindo 16 letras campe-ãs. É uma ação inédita e importante na história dos festivais de curimba que em quase uma década tem registro de suas melhores composições. O cd terá toda sua renda destinada a instituição realizadora do evento o ICAPRA.

DVD em breve a disposição

Será lançado em breve o DVD do evento com os prin-cipais momentos e apresentação de todos os parti-cipantes, registrando assim o evento que cresce e inspira outras cidades do Brasil a realizarem seus festivais.

Melhor Coreografia - Umbanda e Ecologia - SP Melhor Festival - Festival de Curimbas do Paraná

Márcio Barravento - Campeão de Títulos

Melhor Figurino - José Carlos de Oxossi, Mano Lopes e Afonso de Xangô

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Melhor Torcida - Aldeia de Caboclos - SP

Melhor Intérprete - Ogan Zezinho de Oxalá - Filhos do Cacique - SP Campeão de Títulos - Edvander de Oliveira Melhor letra - Vandinei de Ogun

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A distinta homenagem ocorreu no dia 01 de julho de 2012 às 13h: 00, na Rua Carlos Gomes, 322, no cemi-tério de Santo Amaro, sendo este situado na Zona Sul de São Paulo.

A ORNAVE (Organização Nacional de Valorização à Espiritualidade), por intermédio de seu presidente Pai Juberli Varela, prestou sua homenagem ao mila-groso Bento do Portão.

Na referida ocasião foram comemorados, lembrados e reverenciados muitos milagres atribuídos ao querido Bento do Portão.

Marcaram presença na grande festividade o ilustre e atuante vereador Quito Formiga, o decano Pai Milton Aguirre, Pai Élcio de Oxalá, Pai Armando, Pai Engels da Aldeia de Caboclos, Pai Tim, dentre outras autori-dades religiosas.

Na data comemorativa em tela foi realizada uma grande corrente Inter-religiosa de orações rogando-se pelas pessoas necessitadas que passam por grandes dificul-dades, bem como por paz e união em nossa sociedade.

Antônio Bento do Portão nasceu no Estado da Ba-hia, no dia 29 de janeiro de 1875.Viveu no bairro de Santo Amaro, São Paulo, como mendigo e curandeiro. Nas horas vagas cortava lenha, carregava água para os moradores da região que lhe pagavam com um prato de comida, um cigarro de palha ou até com uma simples bala.

Era uma pessoa simples, bondosa e muito admira-da pelas crianças e adultos. Às vezes era mal com-preendido por algumas pessoas que o maltratavam por não compreendê-lo.Adquiriu o nome de Bento do Portão porque quan-do tinha fome, sentava nos degraus dos portões das residências e os moradores sempre lhe ofereciam um prato de comida.

Antônio Bento Morreu no dia 29 de junho de 1917, com 42 anos, próximo a entrada principal do ce-mitério de Santo Amaro e, quem o encontrou foi a senhora Isabel Schmidt que sete anos após sua morte, ao ser feita a exumação do seu corpo, este se encontrava intacto, não fora decomposto pelo tempo.A ele são atribuídos vários milagres, sendo o pri-meiro no dia 2 de fevereiro de 1922, a certa senho-ra que necessitando amputar as pernas, pediu-lhe ajuda, alcançando a graça solicitada.

Antônio Bento tornou-se conhecido em Santo Am-aro e outros Bairros da capital, em quase todo esta-do de São Paulo, em alguns Estados do Brasil, e até no exterior como Bento do Portão, tendo muitos devotos que ás segundas-feiras vão até o cemitério de Santo Amaro, á rua Carlos Gomes, quadra 8, onde esta sepultado, para reverenciar as memória, fazer pedidos, oração e render-lhe as mais justas homenagens.

ORNAVE

Histórico Homenagem

Homenageia Bento do Portão

Fotos: Pai Armando de Ogum

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Ocorreu no dia 21 de Julho seguindo o calendário festivo da FOUCESP (Federação Ordem de Umbanda e Candomblé do Estado de São Paulo) foi realizada a 9° Festa em Homenagem ao Sr. Zé Pilintra no Salão de Festas Vila Rio Branco, sendo que a importante festividade contou com a presença de mais 250 pessoas.

Trata-se de evento de grande vibração e muito aguardado reverenciando cerca de trinta anos de trabalhos em meios aos Templos que integram a atuante Federação.

Pai Roberto Zangrande vem homenageando esta maravilhosa entidade que sempre com muito alegria, toda vez que vem em terra, traz paz amor e felicidade às pessoas quem buscam seu axé.

9ª Festividade ao Sr. Zé Pilintra pela FOUCESP

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Homenagem aos OrixásOgum eOxossi - Jacarei

A Tenda de Umbanda Filhos de Aruanda, foi fundada em 07/09/2011 na cidade de Jacareí - Vale do Paraíba S/P. A Tenda esta localizada na Av. Amazonas 138 - Jd Paraíba, as giras de atendimento acontecem todas as quartas-feiras. O atendimento se dá com as linhas tradicionais de Umbanda (Baianos, Caboclos, Exus e Pretos Velhos) e Estudo da Doutrina Espírita e De-senvolvimento Mediúnico as sextas-feiras, sempre a partir das 20:00 hs. A Tenda tem a direção de Adriano Ribeiro, Thayza Ribeiro, João Otavio e Sonia Pilan.

No dia 08 de julho de 2012, a partir das 09:00 horas, fizemos uma grande homenagem aos Orixás Ogum e Oxossi, por nos darem saúde, força e determinação para que pudéssemos terminar a ampliação de nossa casa, pois já se tornava pequena.

Depois de tantas lutas e batalhas chegamos ao grande dia da inauguração, a onde convidamos nossos ami-gos para juntos podermos homenagear nossos ama-dos Orixás. Estiveram presentes as seguintes Tendas:- Tenda de Umbanda Mãe Iemanjá de Santo André - Mãe Cris de Iemanjá e Pai Paulo de Ogum;

- Tenda de Umbanda Unidos pela Fé de Jacareí - Mãe Suely Tomazzini e Pai Valdico;- Ilê Axé Candomblé de Keto de Santo André - Babalo-rixá Antonio de Xangô;- Casa de Caridade Maria de Nazaré de Jacareí - Mãe Rosangela;- Tenda de Umbanda Oca dos Orixás de São Paulo - Mameto Carmem Na Bemi, e - Tenda de Umbanda Caboclo Mata Virgem e Pai Ben-to de Congo – Pai Sidnei.

Tivemos a presença também da Escola de Curimba Filhos do Axé de São Paulo, com seus alunos e o presi-dente Júlio César de Paula.

A Gira foi realizada das 10:00 horas até as 12:00 horas, com a presenças de 80 pessoas. E depois da gira foi servida uma deliciosa feijoada que se estendeu a tarde toda, com muita alegria e união entre nossos amigos e irmão de fé.

Foi uma homenagem muito linda, com muito axé, amor, caridade e muita fé entre todos os presentes. Realmente foi muito bom, e agradecemos a todos que lá estiveram, deixando seus lares para poderem juntos louvarmos os Orixás de Umbanda.

Fato que foi tão lindo e bonito, que estamos nos pro-gramando para fazermos uma Gira em Homenagem a Linha dos Malandros no mês de Agosto, e tentaremos reunir novamente não só as casas que estiveram pre-sente nesta homenagem, assim como outras Tendas irmãs.

Fica aqui, desde já o meu convite e meu agradecimen-to aos irmãos presentes, e aqueles que por motivos maiores não puderam comparecer.

Que Pai Ogum e o Sr. Oxossi possa abençoar a todos meus irmãos pelo desempenho e dedicação, para que esta homenagem e inauguração de nossa nova casa pudesse ser linda e maravilhosa.

Matéria de:Adriano Ribeiro

Sacerdote Responsável

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No dia 10 de junho foi realizado em São Miguel Paulista o 3º festival de Curimbas Filhos do Axé pelo 3º ano consecutivo

Com lindas apresentações e curimbas, mostrando um pouco da nossa cultura, o evento também contou com a presença dos compositores Josimar de Oxossi e Walmir d Omolu.

Lançando um cd ao vivo Marcio Barra Vento, am-bos campeões do Atabaque de Ouro realizado no Rio de Janeiro. De São paulo a Curimba Filhos do Axé, Ogã Severino Sena Núcleo de Curimba Tam-bor de Orixá, Mestre Pedro da Escola de Curim-ba Razão para viver, Marques Rebelo, Ogã Oscar, representante da Fenug, Pai Fabio da Escola de Curimba Guerreiros d Oxalá,Pai Engels de Xangô Escola de Curimba e Arte Umbandista Aldeia de Caboclos e a Curimba Campeã da Assema Paraná, como representante Marco Boing.

Tivemos como destaque o quadro , a PERFORMAN-CE DE OGÃ, onde um representante de cada grupo,

apresentara individualmente um solo de percussão.

Os campeões de 2012 foram os representantes da TU Sultão das Matas, o Ogã Chorão e o represen-tante da Escola de Curimba Guerreiros de Oxossi, o Ogã Jeferson.

A Curimba vencedora foi indicada para a premia-ção Atabaque de Ouro 2013, Microfone de Ouro e Oscar da Música Umbandista, o segundo e terceiro colocados foram indicados para o Oscar da Música Umbandista 2013. Contamos com a cobertura do Jornal e Revista Afroxé, Jornal Aldeia de Ca-boclos e Revista espírita de Umbanda.

Curimbas Participantes:Povo de Fé Musica Afro Brasil;Grupo EmoriôTu Sultão das MatasGrupo Tambor AyéTU Lar de LuzEscola de Curimba Curimbeiro de SenzalaEscola de Curimba Guerreiros de OxossiEscola de Curimba Umbandarte

3°Festival Filhos do Axé

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Tenda de Umbanda Caminhos de AruandaAldeia do Caboclo Tupinambá

Todos estão convidados a participaremdas nossas atividades.

Sejam bem vindos a Aldeia do Sr. Tupinambá.Pai Cristiano D´Oxosse

Rua Morro do Espia, n 218 - Altos - Jardim ImperadorSão Paulo - SP - Tel: (11) 9947-5097

Avenida Vila Ema, 3248- Vila EmaSão Paulo/SP

Tel 2604 5524 / [email protected]

11- 2765-6908

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Quintas-feiras:

AMOR

ORDEM

PAZ UNIÃOUMBANDACANDOMBLÉ

A FOUCESP – Federação Ordem de Umbanda e Candomblé do Estado de São Paulo é uma entidade

religiosa, gerenciadora e protetora dos direitos e deveres da comunidades de Umbanda e Candomblé

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Tel.: 11 4102-1687/ 4102-22168558-3557