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Jornal da Metrópole, Salvador, 31 de agosto de 20172
Publisher Editora KSZDiretor Executivo Chico KertészEditor Felipe ParanhosProjeto Gráfico Marcelo Kertész
Grupo Metrópole Rua Conde Pereira Carneiro, 226 Pernambués CEP 41100-010 Salvador, BA tel.: (71) 3505-5000
Editor de Arte Paulo BragaDiagramação Dimitri Argolo CerqueiraRedação Bárbara SilveiraRevisão Felipe Paranhos
Fotos Tácio MoreiraProdução Gráfica Evandro BrandãoComercial (71) 3505-5022 [email protected]
Jornal da
Boca quente
INFLUENCIADORRui Costa está na China, para onde foi após fechar uma parceria com uma fabricante de insulina da Ucrânia. Lá, o governador dei-xou o protocolo de lado e postou uma foto do seu nome em man-darim. O governador está cada vez mais “solto” nas redes sociais. Quase um “digital influencer”!
NÃO FALTOU PARABÉNSFalando em impacto nas redes, o sena-dor Otto Alencar (PSD) fez aniversário outro dia, e a sensação que ficou foi a de que nunca se viu tanto parabéns de po-líticos nas redes sociais. Foi deputado, vereador, presidente de partido... Coin-cidentemente, Otto é tido como o fiel da balança nas eleições do ano que vem.
ISIDÓRIO SE SUPERA A polêmica do painel da Assembleia que tem uma Bíblia, uma arca e uma pomba, representando o ‘Deus de Israel’, alcançou um novo patamar com a frase do Pastor Sargento Isidório (Avante): “Talvez se fos-se a imagem de um jegue morto, ou de um homem ‘garrado’ no outro, ou uma mulher na outra, neguinho diria que era cultura”.
DUPLA JORNADAParece que a experiência do deputado Manassés (PSL) como comandante do PFC Cajazeiras empolgou o colega Leur Lomanto Jr (PMDB), que virou o novo presidente do Jequié. O clube do sudo-este é o novo integrante da Série A do Baianão, tendo vencido justamente o PFC, em julho.
E Michel Temer voltou atrás, de novo, numa ação de seu governo. Desta vez, foi a extinção da Reserva Nacional do Cobre e Associados, na Amazônia, após intensa rejeição popular. Aliás, não parece haver como reverter a impopularidade de Temer — que, no início da derrocada de Dilma, disse que a falta de apoio popular era motivo para que ela caísse...
Embora a Câmara tenha mostrado mais produtividade nos últimos tempos, inclusive com as proveitosas discus-sões da Superterça, alguns vereadores abusam das propostas midiáticas. Kiki Bispo (PTB) propôs uma Comissão Especial de Inquérito sobre a Agerba, tentando pongar na comoção popular com a tragédia de Mar Grande.
VAI E VOLTA
É ESPUMA DEMAIS
DE LONGEJá o prefeito ACM Neto usou seu Twitter para comentar o episódio da novela ‘A Força do Querer’, e no dia seguinte, falou da licitação do BRT. Tudo como se estivesse aqui em Salvador, trabalhando. Mas não é bem assim: segundo confir-mou o site Bahia.ba, Neto está em Nova York, de férias.
tacio moreira/metropress
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reprodução
Jornal da Metrópole, Salvador, 31 de agosto de 2017 3
Jornal da Metrópole, Salvador, 31 de agosto de 20174
Fotos Tácio MoreiraTexto Bárbara [email protected]
“Se o diretor afirma que a Guarda é bem treinada e mesmo assim acontecem essas ocorrências, imagina se não fossem treinados”
Vitor Almeida, ouvinte da Metrópole, durante participação na entrevista do diretor da GM, Maurício Lima
ESCONDENDO INFORMAÇÃOGuarda Municipal publica arquivamentos de processos, mas silencia sobre punições a agentes infratores
“Tens homens que estão a educar / pra evitar em teu povo o arredio (sic)”. Estes são dois dos versos do hino da Guarda Civil Municipal de Salvador. Se ele foi pensado para ser piada pronta ou ironia, nunca sabere-mos, mas o fato é que parte da corporação composta por mais de 1.200 agentes tem deixado a desejar no quesito educação.
Somente em 2016, foram oito reclamações graves de abu-so de poder. Em um dos casos, o representante comercial Marce-lo Tosta foi assassinado. Segun-do testemunhas, ele foi baleado pelo guarda Ricardo Luiz Silva da Fonseca. Em outro, mais re-cente, o vereador Toinho Caroli-no (PTN) acusou um agente de
agredir covardemente um gari. Desde o ano passado, sem-
pre que questionada sobre os casos, a resposta da Guarda era quase automática: “Processos Administrativos Disciplinares (PAD) encontram-se em an-damento”. A reportagem do Jornal da Metrópole, então, resolveu cobrar mais detalhes, para saber quais punições os agentes infratores têm sofrido. Infelizmente, porém, parece que a GM não está interessada em informar à população como julga seus servidores: ignorou todas as nossas solicitações, mesmo após a confirmação de que receberam os pedidos.
Mas, no Diário Oficial do Município da última segunda (28), há um indício, no mínimo, curioso. A Guarda arquivou, de uma só vez, cinco PADs.
Cidade
AGRESSÃO A UMA PASSAGEIRA DE ÔNIBUS | NOVEMBRO DE 2016
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Jornal da Metrópole, Salvador, 31 de agosto de 2017 5
“Tantos cursos e nenhum sabe como tratar o cidadão em uma abordagem. Lamentável”
Ouvinte anônimo, em participação na Metrópole
Leia mais no
www.metro1.com.br
10 ANOS
é o tempo de atuação da GM sem um regime disciplinar próprio
Segundo a então secretária de Políticas para as Mulheres da Bahia, Olívia Santana, agentes da Guarda Municipal agrediram duas de suas funcionárias, que estavam registrando em vídeo uma ação truculenta da corporação
Na última segunda (28), o inspetor geral da Guarda, João Gomes de Souza Neto, arquivou um processo de 2009, outro de 2015, dois de 2016, e um de 2017 após “acolher relatório da Co-missão Permanente de Proces-sos Administrativo Disciplinar e Sindicância Administrativa”. Além disso, conforme apurou a
Metrópole, os arquivamentos têm sido comuns. De janeiro a abril, houve sete processos ar-quivados e dois em que houve
punição — uma suspensão e uma demissão.
Chamou a atenção, porém, o fato de que a GM levou anos para julgar seus agentes, sendo que o regime jurídico dos servi-dores públicos de Salvador obri-ga os processos a serem conclu-ídos num prazo de 60 dias após a abertura da comissão.
Fundada em 2007, a Guarda só vai ganhar um regime dis-ciplinar próprio após dez anos de atuação. O Projeto de Lei 02/2015, mais objetivo do que a lei geral dos servidores em rela-ção às penas para infratores, foi aprovado pela Câmara no início do mês e aguarda sanção do pre-feito ACM Neto (DEM).
À Metrópole, em 22 de agosto, o diretor da Secretaria Municipal de Ordem Pública (Semop), Maurício Lima, afir-mou que de 8.300 atendimen-tos realizados em 2017, houve apenas três casos de excesso. “A gente tem acompanhado muito de perto e tem dado resultado”,
disse, ressaltando que basta procurar a Corregedoria para denunciar.
Mas a tarefa não é tão fácil assim. Na última quarta (30), ligamos quatro vezes para o nú-mero informado pelo diretor, às 10h43, 11h05, 11h24 e 11h52, mas ninguém atendeu.
GUARDA LEVOU OITO ANOS PARA JULGAR UM PROCESSO DISCIPLINAR
NOVO REGIME DISCIPLINAR ESTÁ NAS MÃOS DE NETO
DENUNCIAR NÃO É TÃO FÁCIL...Diante da recusa da
Guarda Civil Municipal em responder à imprensa so-bre um assunto de interesse público, o Jornal da Metró-pole fez uma solicitação à Prefeitura de Salvador por meio da Lei Federal 12.527, a Lei de Acesso à Informação. Questionamos o número de processos administrativos disciplinares, os nomes dos servidores e as punições ou arquivamentos recorrentes dos julgamentos. Vale lem-brar que a Lei pode ser uti-lizada por qualquer cidadão.
METRÓPOLE RECORRE À LEI DE ACESSO À INFORMAÇÃO
Prefeitura é obrigada por lei a passar informações fidedignas sobre a Guarda Civil Municipal
Cidade
AGRESSÃO A DUAS MULHERES | OUTUBRO DE 2016
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“Não temos o controle de todos os processos administrativos. Isso seria muito difícil”
Rita Tourinho, promotora
Cidade
O coordenador do Sindi-cato dos Servidores da Prefei-tura de Salvador (Sindseps), Bruno Carinhanha, critica o silêncio da Guarda Municipal. “Deveriam falar. Deveriam expor as coisas. O que errou, errou. O que acertou, acertou. Explicar tudo é o melhor ca-minho”, falou.
“Há uma ingerência. A Guarda tem inspetor geral, coordenadores.... Mas só quem fala da Guarda é Mau-rício, que é diretor da Semop, não da Guarda. A Guarda Mu-nicipal está cada dia mais sendo mal conduzida”, com-pletou.
“DEVERIAM FALAR”
“MP GERALMENTE DISCORDA DOS ARQUIVAMENTOS”
De acordo com a promo-tora do Ministério Público do Estado da Bahia Rita Touri-nho, não é possível garantir que os processos arquivados tenham relação com os casos de abuso de poder investiga-dos. Mas segundo ela, o MP geralmente discorda dos ar-quivamentos. “Muitas vezes, a
gente não concorda. O fato de eles arquivarem internamen-te não significa que os órgãos de controle entendam que tudo que eles estão fazendo é regular, isso não quer dizer nada. Mas a gente não tem o controle de todos os proces-sos administrativos, isso seria muito difícil”, explicou.
Marcelo Dias foi agredido por um GM após ter seu carro atingido por uma viatura na Av. ACM
AGRESSÃO A MOTORISTA | SETEMBRO DE 2016
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Texto Felipe [email protected]
O presidente da Associação Bahiana de Medicina (ABM), Robson Moura, foi entrevistado por Zé Eduardo na quarta (30), na Rádio Metrópole, e criticou a remuneração dos médicos por parte dos planos de saúde. Em uma comparação com um ca-beleireiro, ele comentou que a situação não está favorável aos médicos do estado.
“A remuneração paga hoje ao médico é aquém do que a gente esperava. Nesse pacote todo, deixa-se a desejar. Um pediatra ou um clínico geral, que demora cerca de 30 mi-nutos ou uma hora em um atendimento, tem pagamen-to menor do que um corte de cabelo. Nada contra, muito pelo contrário: gosto muito de quem corta meu cabelo. Mas, proporcionalmente, pelo que a gente trata, poderia ser maior”, disse Moura.
Ainda de acordo com o pre-sidente da ABM, o discurso dos planos de saúde não condiz com a realidade. “A gente sempre ouve dizer que os planos de saú-de estão em crise, mas vemos também que há muito lucro dos planos. Estamos correndo atrás para poder melhorar a remune-ração médica”, destacou.
Moura comentou também a série “Sob Pressão”, da Rede Globo, que mostra os bastidores dos setores de emergência de um hospital no Rio de Janeiro. Segundo ele, a obra representa
um retrato fiel da situação pas-sada pelos médicos no país.
“Eu fui, durante 18 anos, fui plantonista do Hospital Geral do Estado, e senti a fal-ta de segurança. Há o estresse natural da família que, diante do seu ente querido acidenta-
do, quer o conforto. Mas nem sempre a gente consegue tra-balhar de forma adequada. Quem fez aquela série deve ter visto a realidade dos prontos--socorros do Rio, de São Paulo ou de Salvador. A estrutura é a mesma”, afirmou o médico.
SOB PRESSÃO: “A ESTRUTURA É A MESMA”
Foto Tácio Moreira
Entrevista
“PLANOS DE SAÚDE PAGAM A UM CLÍNICO GERAL MENOS DO QUE SE PAGA EM UM CORTE DE CABELO”
Dirigente criticou discurso de crise das seguradoras: “Vemos que há muito lucro”
Robson Moura, presidente da Associação Bahiana de Medicina
“Quem fez a série deve ter visto a realidade dos
prontos-socorros”OS MELHORES PROFISSIONAIS EM TODAS AS ÁREAS
AV. ANITA GARIBALDI, 1133, CENTRO ODONTOMÉDICO SALA 1208 TEL. 71 3052-1880
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Fotos Tácio MoreiraTexto Felipe [email protected]
Política
COMISSÕES DO NADAVereador vira o rei das comissões que ou não saem do papel ou não produzem relatório. Nova proposta aproveita tragédia
As comissões são um instru-mento do Poder Legislativo para discutir assuntos de interesse público e propor soluções à so-ciedade. No entanto, na Câmara de Salvador, algumas delas não produzem quase nada e parecem servir para promoção pessoal. É o que tem acontecido com aque-las que são propostas pelo verea-
dor Kiki Bispo (PTB).Só nesta legislatura, que tem
só oito meses, Kiki sugeriu três comissões temporárias: uma de segurança pública, outra da re-forma política e a mais recente, sobre a Agência Estadual de Re-gulação de Serviços Públicos de Energia, Transportes e Comuni-cações da Bahia (Agerba). Esta úl-tima, inclusive, foi proposta após o acidente que matou 19 pessoas na Baía de Todos-os-Santos.
Kiki afirmou que discorda “plenamente” dos que o cri-ticam. “Como vereador, uma das minhas responsabilidades principais é a fiscalização. E eu tinha dois caminhos: ou a omis-são ou a fiscalização, e esse é meu papel. Estou do lado das
pessoas. Essa ação é para corri-gir qualquer eventual erro que venha ocorrer, fazer com que a concessão seja cumprida, que as contrapartidas sejam exigidas. Meu objetivo é que se evite que não venham a ocorrer novas ví-timas”, defendeu-se o petebista.
“QUER CRIAR FACTÓIDES”
“QUERO EVITAR NOVAS VÍTIMAS”
Ao programa Se Liga Bocão, da rádio Itapoan FM, na última quarta (30), o líder da oposição na Câmara, José Trindade (PSL) criticou o colega. “Quer criar fac-tóides, oba-oba. Até o prefeito foi mais sensato. Neto ficou sensível às pessoas que morreram nesse trágico acidente, e não ficou bus-cando ter ganho político, como querem alguns vereadores”, disse.
“Já que ele está criando tan-tas comissões, que ele crie a CPI dos Postos de Saúde, porque Salvador tem postos geridos de forma fraudulenta. Pode fazer a dos cemitérios, também. Em Sal-vador, espera-se até oito dias pra enterrar os mortos”, atacou.Próxima investida das comissões propostas por Kiki é a travessia Mar Grande-Salvador
PARECER SEQUER FOI ENTREGUEO problema é que as duas ou-
tras comissões, anunciadas em fevereiro e março, foram inúteis — portanto, difícil acreditar que a da Agerba será diferente.
A primeira, de segurança, sequer chegou a sair do papel, enquanto a da reforma política
fez uma sessão especial, pro-meteu um parecer no início do mês, mas até hoje, nada entre-gou. E, falando nisso, será mes-mo que os 513 deputados fede-rais dariam alguma atenção ao nobre relatório de Bispo sobre a reforma política?
Discussão sobre a reforma política até aconteceu em uma sessão especial
As duas comissões sugeridas por Kiki este ano surgiram quando os assuntos estavam quentes, mas depois agiram muito pouco ou nada
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Fotos Tácio MoreiraTexto Bárbara [email protected]
“O corpo do meu filho está apodrecendo no local e ninguém faz nada”
Eliomar Santos, ouvinte da Metrópole
ESQUECIDOSNA RUA
Ouvintes da Metrópole relatam desrespeito e excessiva demora na remoção de corpos por parte do Departamento de Polícia Técnica para o Instituto Médico Legal
“Já faz 48 horas e o corpo está no mesmo local. Já cha-mei todas as autoridades, fui no IML, em tudo que é canto. O corpo do meu filho está apo-drecendo e ninguém faz nada”. O relato desesperado foi feito por Eliomar Santos, na quar-ta (23), na Rádio Metrópole. Morador da Ilha de Maré, José procurou ajuda após esperar mais de dois dias pela remoção do corpo do filho, Luiz Otávio dos Santos.
Pouco depois, o Coronel Uzêda, da Polícia Militar, entrou no ar e atribuiu a demora à falta de “condições de navegabilida-de”. “Temos embarcações em Candeias e Mar Grande, mas elas não tinham capacidade para levar. A Marinha só pôde nos atender hoje pela manhã”, disse. Apesar de a Secretaria de Segurança Pública afirmar que o caso de José foi “pontual”, após a denúncia, outras pessoas procuraram a Metrópole com a mesma reclamação: a demora na remoção de corpos nos bair-ros de Salvador.
A dura tarefa de reconhecer um corpo no Instituto Médico Legal Nina Rodrigues é dificultada ainda mais pela demora na remoção
Bahia
Situação da Polícia Técnica da Bahia não é das melhores: faltam mais carros para remoção
Jornal da Metrópole, Salvador, 31 de agosto de 2017 11
DPT usou maré alta como alegação, mas houve dois ciclos completos de maré
no período
Segundo líder comunitário, longa espera é comum para quem perde um parente ou amigo Viaturas do DPT não conseguem dar conta rápido das remoções da capital baiana
Bahia
Presidente da Associação de Moradores de São Mar-cos, Uellington Nascimen-to afirmou que o problema é frequente na região. O líder comunitário afirmou que a situação é pior na Avenida Gal Costa, que liga os bairros de São Marcos, Pau da Lima e Sussuarana. “Há cerca de 15 dias, teve um assassinato na Gal Costa e a Polícia Técnica demorou muito. Teve um en-garrafamento danado, porque é uma via de trânsito, e os curiosos ainda ficam parando. Aí, além de tudo, engarrafa a avenida. Na Gal Costa sempre acontece isso. É um problema doloroso”, reclamou.
As famílias precisam lidar ainda com problemas estrutu-rais no Instituto Médico Legal Nina Rodrigues, como o que aconteceu em julho deste ano, quando o prédio ficou sem energia e o funcionamento de elevadores foi interrompido. O transporte dos cadáveres entre um andar e outro preci-
sou ser feito através de rampas na área externa do prédio. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública, o IML pos-sui quatro geradores, mas os “equipamentos possuem uma autonomia que foi ultrapassa-da naquele dia devido ao pro-longado período de interrup-ção do serviço”.
DEMORA É “RECORRENTE” EM SÃO MARCOS E REGIÃO: “PROBLEMA DOLOROSO”
CORPOS TRANSPORTADOS PELA ÁREA EXTERNA DO IML
48HORAS
foi o tempo entre a morte em Ilha de Maré e a remoção do corpo
Só cinco veículos — os po-pulares ‘rabecões’ — realizam a remoção de corpos em Salvador. De acordo com o Departamen-to de Polícia Técnica, no caso de mortes violentas, o corpo só pode ser removido após a rea-lização da perícia no local. “Só após a conclusão deste serviço, o automóvel de transporte das vítimas é acionado para a remo-ção de corpos. Logo, o intervalo entre o momento do crime e a remoção do corpo varia de acor-do com a dinâmica do trabalho pericial e o trânsito na cidade de Salvador”, argumentou.
Segundo o Departamento, o caso de Ilha de Maré, foi uma situação “atípica”. “Claramen-te causada por questões natu-rais (maré alta) que impediram a retirada do corpo de maneira mais célere”, declarou o DPT, embora, em dois dias, tenham acontecido também dois ciclos
completos de maré — o que desmente a justificativa da maré alta.
“Vale salientar que dois dias depois da dificuldade encon-trada pelas equipes por conta das condições marítimas, ocor-reu a tragédia na Baía de Todos os Santos”, completou o DPT.
SÓ CINCO VEÍCULOS FAZEM REMOÇÕES
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gari
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margarida neide/agência a tarde
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Não é promoção, mas todo mundo vai gostar.
São obras de mobilidade, grandes hospitais, mutirão de cirurgia,
recuperação de estradas, valorização da cultura e educação,
o metrô de Salvador e muito mais. Mesmo com a crise, a Bahia
segue em frente. É só olhar este anúncio. Na capital e no
interior, o trabalho do Governo do Estado não para.
ENTREGA EM 2017
EM CONSTRUÇÃO
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