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KELLY APARECIDA ALMEIDA AZEVEDO - Paraná · Autor Kelly Aparecida Almeida Azevedo Escola de Atuação Colégio Estadual Presidente Vargas – Ensino Fundamental e Médio Município

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KELLY APARECIDA ALMEIDA AZEVEDO

ROTATIVIDADE DOCENTE E SUAS IMPLICAÇÕES NO

CONTEXTO ESCOLAR

CADERNO PEDAGÓGICO

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FICHA PARA CATÁLOGO PRODUÇÃO DIDÁTICO PEDAGÓGICA

Título: Rotatividade docente e suas implicações no contexto escolar

Autor Kelly Aparecida Almeida Azevedo

Escola de Atuação Colégio Estadual Presidente Vargas – Ensino Fundamental e Médio

Município da escola Bela Vista do Paraíso – Distrito de Santa Margarida

Núcleo Regional de Educação Londrina

Orientadora Ana Lucia Ferreira da Silva

Instituição de Ensino Superior Universidade Estadual de Londrina - UEL

Disciplina/Área Pedagogia

Produção Didático-pedagógica Caderno Pedagógico

Relação Interdisciplinar Todas as disciplinas estarão envolvidas, pois a rotatividade docente esta presente em todas as situações.

Público Alvo

Direção, Professores, Equipe Pedagógica, Agentes Educacionais 2 – Administrativos, Agentes Educacionais 1 – Serviços Gerais, Membros do Conselho Escolar e Membros da Associação de Pais, Mestres e Funcionários - APMF Professores e Alunos do Ensino Fundamental e Médio, do período noturno, participarão através das respostas dadas ao questionário que será a eles aplicado no decorrer do trabalho.

Localização

Colégio Estadual Presidente Vargas – Ensino Fundamental e Médio. Avenida Dr. Marins Alves de Camargo, 281. Distrito de Santa Margarida. Município de Bela Vista do Paraíso.

Apresentação:

O trabalho a ser desenvolvido se justifica nas dificuldades na manutenção do trabalho pedagógico da escola, devido à grande rotatividade dos professores. O trabalho terá como base os resultados apresentados pelo Colégio, no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica – IDEB, conforme dados do Sistema de Avaliação de Educação Básica – SAEB. O Colégio passou a integrar o Programa Superação, e iniciou-se o Programa Plano de Desenvolvimento da Escola, denominado PDE Escola, teve-se a oportunidade de conhecer problemas prioritários para serem combatidos. A rotatividade dos professores figurou no topo da lista dos problemas no desempenho dos alunos e da escola. Tem-se como objetivo geral Planejar a continuidade de projetos e trabalhos desenvolvidos pela escola, de maneira que alunos e professores interajam visando à aprendizagem, independente da rotatividade dos últimos. Têm-se como objetivos específicos: Levantar dados recentes referentes à problemática; Reconhecer, os fatores que interferem na aprendizagem dos alunos; Apontar alternativas pedagógicas para superação do problema; Articular situações dentro da realidade escolar; Desenvolver trabalho coletivo ou de mentoria. A metodologia consiste na aplicação de questionários, a professores e alunos, com vistas a coletar dados referente a realidade da escola, bem como será organizado grupos de estudos, reuniões e encontros. As análises e reflexões realizadas nos grupos de estudos fornecerão os elementos necessários a fim de que seja possível pensar alternativas ao trabalho realizado e buscar a qualidade de ensino, independentemente da rotatividade docente.

Palavras-chave Rotatividade docente, Qualidade de ensino, Trabalho coletivo, Mentoria.

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SUMARIO 1 APRESENTAÇÃO ................................................................................................. 2 1.1 TEMA .................................................................................................................... 3 1.2 JUSTIFICATIVA ....................................................................................................... 3 1.3 PÚBLICO ALVO ....................................................................................................... 5 1.4 OBJETIVOS ............................................................................................................ 5 2 PROCEDIMENTOS ................................................................................................ 7 3 CONTEÚDOS DE ESTUDO ................................................................................... 8 3.1 PRIMEIRO ENCONTRO ............................................................................................ 8 3.1.1 Qualidade de Ensino: O que Queremos para Nossos Alunos? ........................ 8 3.1.2 Roteiro para Discussão .................................................................................... 10 3.2 SEGUNDO ENCONTRO ............................................................................................ 10 3.2.1 Professor, qual seu Papel Dentro da Escola? .................................................. 10 3.2.2 Roteiro para Discussão .................................................................................... 11 3.3 TERCEIRO ENCONTRO ............................................................................................ 12 3.3.1 Pedagogo: Busca sua Real Função Dentro da Escola ..................................... 13 3.3.2 Roteiro para Discussão .................................................................................... 13 3.4 QUARTO ENCONTRO .............................................................................................. 13 3.4.1 Rotatividade Docente: Refletindo sobre suas Conseqüências e Buscando Soluções.................................................................................................................... 14 3.4.2 Roteiro para Discussão .................................................................................... 16 3.5 QUINTO ENCONTRO ............................................................................................... 16 3.5.1 Trabalho Coletivo e Mentoria: Estratégias para a Superação dos Impactos da Rotatividade Docente ........................................................................................... 17 3.5.2 Roteiro para Discussão .................................................................................... 20 4 ORIENTAÇÕES ..................................................................................................... 21 5 PROPOSTA DE AVALIAÇÃO ............................................................................... 22 REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 23 APÊNDICES ............................................................................................................. 26 APÊNCIDE A - QUESTIONÁRIO PARA PROFESSORES ........................................................ 27 APÊNDICE B - QUESTIONÁRIO PARA ALUNOS .................................................................. 31

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1 APRESENTAÇÃO

Este projeto propõe conhecer os fatores que influenciam a

rotatividade docente, suas implicações no contexto escolar e no trabalho do

pedagogo, as consequências no processo de ensino e aprendizagem, o qual

influencia diretamente a qualidade de ensino.

Para isso serão levantados dados referentes à situação da escola

em anos anteriores, através de estudos realizados no diagnóstico obtido como o

PDE – Escola.

Índices de rotatividade decresceram, contudo, ainda se mostram

presentes e necessitam ser contornados, pois prejudicam a organização pedagógica

da Instituição no que respeita à organização do horário de aulas, da hora atividade

por disciplina, agendamento de reuniões entre outras atividades.

Em relação ao processo de ensino e aprendizagem, a rotatividade

docente, conforme os levantamentos realizados interferem no desenvolvimento da

aprendizagem do aluno. O trabalho pretende obter um levantamento expressivo, de

como realmente apresenta-se a questão da rotatividade docente na escola. Serão

analisadas e refletidas as questões que se referem aos alunos e as consequências

da rotatividade dos professores, bem como objetivará que todos os envolvidos no

processo de ensino e aprendizagem reconheçam os problemas decorrentes da

realidade e compartilhem ideias para buscar estratégias e alternativas para a

situação.

Serão elaborados dois tipos de questionários, com os alunos e com

os professores, tendo como objetivo reconhecer as situações pelas quais passam os

alunos em momentos de troca de professores. E nos professores perceber como se

sentem diante das mudanças ocorridas e qual a melhor forma de interagir para

atender as especificidades do nosso estabelecimento. Após a coleta de dados,

propor-se-á a realização de Grupo de Estudos, visando proporcionar espaços para

um processo de formação docente, com base em fundamentos teóricos concretos,

possibilitando a construção de conhecimentos, obtidos através da prática social

concreta, no espaço onde se dá o processo educativo, que são vivenciadas por

todos os profissionais. As leituras sobre o tema e as questões que o envolvem serão

realizadas numa perspectiva integradora e coletiva, favorecendo debates e

discussões, na busca de educação de qualidade.

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1.1 TEMA

Rotatividade docente e as consequências para o trabalho do

pedagogo.

1.2 JUSTIFICATIVA

Conforme os dados coletados no Projeto Político Pedagógico do

Estabelecimento de Ensino, no ano de 2011 entre os profissionais que atuam na

instituição, há uma grande rotatividade dos professores, o que causa dificuldades na

manutenção do trabalho pedagógico da escola. A cada troca de professor há ruptura

no trabalho, em alguns casos de forma sutil, em outros, de forma mais severa.

Muitos professores que atuam na instituição residem em outros

municípios, onde também trabalham e têm que viajar diariamente para ministrar

suas aulas. Outros, apesar de residirem no município, também não podem se

dedicar exclusivamente, tendo que ministrar aulas em outros estabelecimentos da

rede pública ou privada, visando à complementação de sua carga horária em busca

de melhor salário.

Diante dos aspectos acima mencionados, este trabalho terá como

base os resultados apresentados pelo Colégio, no Índice de Desenvolvimento da

Educação Básica – IDEB (INEP, 2007b), o qual foi criado pelo Ministério da

Educação e Cultura, no ano de 2007, para atender à necessidade de se estabelecer

padrões e critérios para acompanhar o sistema de ensino no Brasil.

O IDEB é um indicador calculado a partir dos dados sobre

aprovação escolar, obtidos no Censo Escolar e médias de desempenho nas

avaliações: SAEB - Sistema de Avaliação de Educação Básica - (para as unidades

da federação e para o país) e Prova Brasil (para municípios).

Conforme dados do SAEB (INEP, 2007a), o Colégio onde se

realizará o estudo apresentou nota no IDEB abaixo da expectativa para os anos

finais do ensino fundamental. As notas figuraram entre as mais baixas do Estado do

Paraná. Logo, políticas públicas foram implantadas para reverter tão incômodo

índice. O Colégio passou a integrar o Programa Superação, programa da Secretaria

de Estado da Educação do Paraná, que visa atender às escolas com maiores

dificuldades na implementação de ações que promovam o acesso e a permanência

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do aluno ao ensino público de qualidade, com vistas à formação integral dos

alunos.

Com o Programa Superação, iniciou-se o Programa Plano de

Desenvolvimento da Escola, denominado PDE Escola, no qual teve-se a

oportunidade de um diagnóstico mais apurado, visando analisar e refletir a fundo

sobre ações pessoais e se reconhecer como parte do processo, pois a cada etapa

de elaboração, oferece-se a oportunidade de conhecer problemas prioritários para

serem combatidos.

No PDE-Escola realizado no Colégio, a rotatividade dos professores

figurou no topo da lista dos problemas prioritários no desempenho dos alunos e da

escola. Este problema já se fazia presente, contudo, nunca fora apresentado de

forma tão explícita. A taxa de rotatividade de professores na escola nos anos de

2006, 2007 e 2008 foi 68%. Uma taxa incrivelmente alta. Apesar das porcentagens

decrescerem de um ano para outro, o problema da rotatividade ainda persiste na

escola. Esses aspectos prejudicam a organização pedagógica da Instituição no que

respeita a organização do horário de aulas, da hora atividade por disciplina,

agendamento de reuniões entre outras atividades. Em relação ao processo de

ensino e aprendizagem, a rotatividade docente, conforme o levantamento realizado,

interferem no desenvolvimento da aprendizagem do aluno.

Conforme estudos realizados a rotatividade docente prejudica a

construção de um vínculo afetivo entre profissional e escola e entre seus pares,

dificultando a realização do trabalho educativo, afetando práticas de ensino, pois

com a necessidade de ensinar em várias escolas, os professores deixam de se

envolver nos projetos pedagógicos, e a falta de vínculos com a comunidade acarreta

prejuízos a qualidade de ensino.

O professor peça fundamental no processo de ensino e

aprendizagem do aluno, visando à qualidade da educação, o mesmo estando

presente nas descontinuidades geradas nessas trocas e na natural demora da

adaptação na relação professor / alunos elevam os prejuízos à capacidade de

aprender, dificultando a sua formação.

As relações construídas, a cada troca de professores, causam

interrupções no processo ensino e aprendizagem, os alunos e suas famílias diante

de tantas mudanças perdem a confiança na educação escolar, gerando transtornos,

conflitos desagradáveis até a nova adaptação.

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Os estudos têm mostrado a importância de o professor ter vínculo

com a escola, percebendo-se como membro atuante em todo o processo de ensino

e aprendizagem na formação do aluno, conhecendo a realidade social na qual

convivem, bem como intervindo de maneira significativa no contexto.

Pelos estudos realizados notou-se que a rotatividade docente está

associada, em maior porcentagem, a professores iniciantes. Portanto, entende-se

que estes necessitam de maior apoio no início de sua carreira profissional.

O trabalho pretende obter um levantamento expressivo, de como

realmente apresenta-se a questão da rotatividade docente na escola. Serão

analisadas e refletidas as questões que se referem aos alunos e as conseqüências

da rotatividade dos professores, bem como objetivará que todos os envolvidos no

processo de ensino e aprendizagem reconheçam os problemas decorrentes da

realidade e compartilhem ideias para buscar estratégias e alternativas para a

situação.

O trabalho a ser desenvolvido tem como espaço o Colégio Estadual

Presidente Vargas - Ensino Fundamental e Médio, o qual é mantido pelo governo do

Estado do Paraná e está situado na Avenida Dr. Marins Alves de Camargo, 281, no

distrito de Santa Margarida, município de Bela Vista do Paraíso.

1.3 PÚBLICO ALVO

Os públicos alvos a serem convidados a participar da execução do

projeto são Direção, Professores, Equipe Pedagógica, Agentes Educacionais 2 –

Administrativos, Agentes Educacionais 1 – Serviços Gerais, Membros do Conselho

Escolar e Membros da Associação de Pais, Mestres e Funcionários – APMF,

sabendo-se que dentro do ambiente escolar todos devem participar da construção

do conhecimento.

1.4 OBJETIVOS

O futuro trabalho tem como objetivo geral planejar a continuidade de

projetos e trabalhos desenvolvidos pela escola, de maneira que alunos e

professores interajam visando à aprendizagem, independente da rotatividade dos

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últimos.

Como objetivos específicos visam-se levantar dados recentes

referentes à rotatividade de professores;

Reconhecer através de estudo, os fatores que interferem na

aprendizagem dos alunos quando da alta rotatividade dos

professores;

Apontar alternativas pedagógicas para superação do problema;

Intervir, propondo maneiras de como articular situações dentro da

realidade escolar, de forma a dar continuidade e qualidade aos

trabalhos desenvolvidos, independente da rotatividade de

professores;

Desenvolver trabalho coletivo ou de mentoria envolvendo os

profissionais da educação e membros das instâncias colegiadas,

incluindo dentro do possível, os que se enquadram na

rotatividade docente, sendo estes os que mais necessitam de

apoio.

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2 PROCEDIMENTOS

Diante da problemática apresentada pela realidade escolar a

proposta de trabalho a ser encaminhada será grupo de estudos com o objetivo de

proporcionar espaço de estudo, reflexão e discussão na busca de novos caminhos

com fundamentos teóricos para a prática. Os estudos realizados por Aoyama (2005);

Gomide (2006) as autores destacam grupo de estudos como processo de formação

docente, com base nos princípios teóricos concretos, visando à construção de

conhecimentos, através das experiências da realidade escolar, proporcionam

oportunidade de análise da prática e busca soluções para as problemáticas,

refletindo coletivamente fortalecendo ações a serem desencadeadas.

Grupos de Estudos serão desenvolvidos 8 (oito) encontros de quatro

horas, totalizando 32 (trinta e duas) horas, que ocorrerão aos sábados no período

matutino.

A continuidade do trabalho docente, independente da rotatividade

dos mesmos é a proposta que se pretende realizar.

Como atividade a ser desenvolvida dentro dos grupos de estudo

está a oportunidade de refletir coletivamente, com dados da realidade e teóricos que

ofereçam fundamentação, proporcionando perceber ações transformadoras a serem

desenvolvidas.

Dentro da proposta de trabalho alguns textos serão estudados tendo

como objetivo realizar reflexão e analise de maneira a contribuir com um trabalho

significativo. Pessoas convidadas discutiram alguns dos conteúdos citados.

Será proporcionada a análise do documentário Esperando pelo

Super Homem – esperança na escola, da TV Multimídia, do Portal dia-a-dia

educação (PARANÁ, 2011).

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3 CONTEÚDOS DE ESTUDO

Para a fundamentação deste trabalho, realizou-se uma revisão

bibliográfica referente aos tópicos abordados. Levantamento de dados recentes,

quanto à rotatividade docente no contexto escolar em estudo e aplicação de

questionários a professores e alunos, em que se pretende conhecer as

consequências da problemática no trabalho escolar e no ensino e aprendizagem.

Tem-se como objetivo articular ações pedagógicas entre os profissionais da escola,

visando a dar continuidade e qualidade aos trabalhos desenvolvidos.

3.1 PRIMEIRO ENCONTRO

Ao propor a qualidade de ensino dentro da problemática em estudo

pretende-se analisar e refletir os resultados educativos, melhorando o que não

atende a garantia do padrão de educação de qualidade e para que realmente se

efetive o proposto a qualidade de ensino deve estar presente, pois a mesma

associada à rotatividade docente impede aos professores que conheçam às

necessidades da escola, alunos e comunidade.

O texto que dará subsídio ao trabalho a ser desenvolvido tem como

título Qualidade do ensino: uma nova dimensão da luta pelo direito à educação. A

referência é:

OLIVEIRA, Romualdo Portela; ARAUJO, Gilda Cardoso. Qualidade do ensino: uma nova dimensão da luta pelo direito à educação. Revista Brasileira de Educação, São Paulo, n. 28, p. 5-23, jan./fev./mar./abr. 2005.

3.1.1 Qualidade de Ensino: O que Queremos para Nossos Alunos?

A qualidade de educação vem sendo construída lentamente, com

seu processo de expansão de oportunidades, passou-se a conviver com as

desigualdades, que exigiram um repensar sobre a escola, criando-se avaliações que

possam oferecer informações precisas da realidade educacional.

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Informações estas que vem oportunizar uma analise detalhada de

toda a problemática que envolve cada instituição de ensino, percebendo suas

condições em todo o processo que engloba o ensino e aprendizagem.

Para a efetivação da educação de qualidade diante dos novos

alunos envolvidos na ação pedagógica dentro do processo educativo, necessita-se

mobilizar todos os envolvidos para garantir as condições necessárias para o ensino

e aprendizagem de qualidade para estes alunos, os quais foram dados a

oportunidade de estudo.

O estudo da qualidade de ensino encontra guarida na elaboração do

trabalho. Tem-se como objetivo, destacar a qualidade de ensino, a ser entendida

dentro do contexto que aborda a rotatividade docente. Os estudos destacam que o

bom desempenho do aluno está relacionado ao controle de seu aprendizado.

Quando se propõe discutir qualidade de ensino, alguns pontos

destacam-se, como divergências e resistências causadas pelas desigualdades

sociais e regionais, que aos poucos foram se incorporando à escola diante das

oportunidades de escolarização da população.

Os estudos Biase (2009); Cabrito (2009); Oliveira e Araujo (2005);

Sacristán (2001 apud Oliveira; Araujo, 2005) demonstram que qualidade de ensino

está vinculada ao acesso e permanência à escola proporcionado a todos, levando

em consideração os objetivos almejados e expectativas sociais esperadas, clima

favorável para a aprendizagem, qualificação docente e proporção de alunos por

professor. Para que a qualidade de ensino realmente se efetive necessita-se de

conquistas, que podem ser determinadas no próprio ambiente escolar, desde que se

possam garantir condições e entre elas está à estabilidade do corpo docente.

O conceito de qualidade de ensino para a escola em estudo definiu-

se como possibilidade de proporcionar oportunidade de ensino a classe social a qual

pertencem os alunos, que necessita ser constantemente analisada, questionada e

reformulada, visto que expectativas sociais pertencem a uma comunidade com

contexto histórico em constante mudança.

3.1.2 Roteiro para Discussão

Quais os caminhos construídos para se obter qualidade de

ensino?

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Destacar procedimentos envolvidos na qualidade de ensino?

Para a realidade educacional em que atuamos, como podemos

conceituar qualidade de ensino?

Usamos coerência quando definimos qualidade de ensino dentro

do contexto social a que pertencem nossos alunos?

3.2 SEGUNDO ENCONTRO

O professor tem destaque dentro da proposta de trabalho, pelo seu

importante papel em todo processo de ensino e aprendizagem, propiciando a

construção do conhecimento sistematizado, no qual envolve o cotidiano, a vida do

aluno.

O texto que dará fundamentação deste tópico no trabalho:

Precarização do trabalho docente e seus efeitos sobre as práticas curriculares de:

SAMPAIO, Maria das Mercês Ferreira; MARIN, Alda Junqueira. Precarização do trabalho docente e seus efeitos sobre práticas curriculares. Educação e Sociedade, Campinas, v. 25, n. 89, p.1203-1224, set./dez. 2004.

3.2.1 Professor, qual seu Papel Dentro da Escola?

O sistema educacional diante da ampliação de oportunidades de

escolarização para todos, assume a precariedade da qualificação dos professores,

as condições de trabalho, tempo de dedicação a função visando acesso a bens

culturais, para isso assumindo diversas escolas, para manutenção de melhor salário.

Situações que impedem o professor de ter vínculo com a escola,

percebendo-se como membro atuante em todo o processo de ensino e

aprendizagem na formação do aluno, conhecendo a realidade social na qual estão

inseridos.

Estudos realizados por Arroyo (2010); Arroyo e Abramowicz (2009);

Barbosa (2005); Cavaco (1999); Saviani (1991 apud SILVA, 2009) tem demonstrado

que a prática realizada no inicio da profissão do professor, é o que os prepara, para

ser professor. As dificuldades em transformar conhecimentos aprendidos em

ensináveis tornam-se, um dos pontos que necessitam de apoio, como também

conhecerem as dificuldades apresentadas pelos alunos. Alguns professores de

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disciplinas com menor número de aulas ficam responsáveis por maior número de

turmas, para preencher a carga horária de trabalho, assumindo uma única turma no

estabelecimento para completar padrão, fato que dificulta vínculo maior com o

estabelecimento, pois seu padrão esta em outra escola. A escola deve se organizar

para acolher os novos docentes, como forma de refletir e ultrapassar de maneira

apropriada e ajustada as suas dificuldades, assumir coletivamente a

responsabilidade da sua formação profissional contribuindo para a descrença

associada à desvalorização do professor.

Nas últimas décadas, diante das exigências incorporadas ao papel

do professor, de dar conta do pleno desenvolvimento dos educandos, exigindo

responsabilidade e comprometimento com a vida humana, conseguindo engajar

seus alunos para que juntos construam saberes significativos, o professor diante das

políticas educativas necessita analisar sua trajetória de vida, revendo as teorias e

concepções que conduzem a aprendizagem.

A melhor forma de construir a cidadania é oferecer acesso ao

conhecimento científico, e a luz para executar o longo trabalho escolar, esta no

próprio cotidiano escolar, na vida do aluno, os conteúdos da cultura popular que

visam seus interesses, mas é preciso tempo para o conhecimento e olhar, para

atender as especificidades e compreender todo o processo de formação de sujeitos

inseridos nesta trajetória, ao longo do percurso encontrará elementos que subsidiará

suas propostas de ensino.

3.2.2 Roteiro para Discussão

Como podemos analisar a precarização docente, diante das

demandas educacionais?

Nos estudos realizados por Sampaio e Marin (2004) as autoras

destacam dados sobre o exercício da profissão. Que dados são

destacados? Como poderíamos resolver esta problemática em

nosso estabelecimento de ensino?

Percebemos professores ministrando conteúdos diversificados,

quais suas condições de trabalho pedagógico, como conseguem

realizar os objetivos da escola?

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Como podemos descrever o papel do professor na atividade

educativa diante dos conteúdos a serem ministrados?

Como à hora–atividade vem sendo desenvolvida na escola?

Quais mudanças seriam adequadas no estabelecimento de

ensino para melhorar este contexto de atuação?

Como pode ser descrita a rotatividade docente no

estabelecimento de ensino?

3.3 TERCEIRO ENCONTRO

Juntamente ao professor destaca-se o pedagogo e seu papel, no

qual o processo de ensino e aprendizagem é melhor desenvolvido quando aliado a

uma equipe pedagógica que realmente procure construir coletivamente o caminho

do saber, visando transformar a realidade, fundamentando e norteando as ações

pedagógicas, bem como desenvolvendo suas atribuições específicas. Contudo,

existem obstáculos que impedem as ideais condições de trabalho.

O objetivo de destacar o papel do pedagogo, na proposta de

trabalho referente à rotatividade docente assume sua importância quando participa

da organização do fazer pedagógico, assumindo as consequências decorrentes

desta situação.

O texto que subsidiará o trabalho a ser desenvolvido:

CZERNISZ, Eliane Cleide da Silva; XAVIER, Marcia Rejania Souza; VIDOTTI, Vilze. A atuação do pedagogo no ensino médio e profissional. In: CZERNISZ, Eliane Cleide da Silva; PERRUDE, Marleide Rodrigues da Silva; AOYAMA, Ana Lucia Ferreira. (Org.). Política e gestão da educação: questões em debate. Londrina: UEL, 2009. p. 81-94.

Os estudos realizados segundo Czernisz, Xavier e Vidotti (2009);

Miranda, Leite e Silva (2009); Pinzan; Macarini e Martelli (2003) e Zibas (2005)

destacam que o pedagogo diante das demandas da escola, executa ações isoladas,

que impedem de olhar o real trabalho no contexto escolar sua interação com os

docentes favorecendo a organização da construção pedagógica.

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3.3.1 Pedagogo: Busca sua Real Função Dentro da Escola

A função do pedagogo esta em resgatar a capacidade de discutir

coletivamente, buscar formas coletivas para enfrentamento das dificuldades,

organizar e participar de todas as situações que visem reverter-se em melhor

desempenho do educando, ter clareza do contexto em que vivem os alunos,

entendendo a diversidade social.

Diante da realidade escolar as ações educativas concernentes ao

pedagogo tornam-se ações isoladas. Acaba-se por executar atendimento apenas de

salas que estão sem professor devido à demora de contratação, organização de

horários, moldando-os, a fim de atender a dinâmica da atuação de professores em

várias escolas.

Dentre as soluções está superar o trabalho fragmentado que vem

ocorrendo dentro da escola, efetivar trabalhos que visam uma continuidade nas

ações que envolvem o processo de ensino e aprendizagem e encontrar meios para

mudar de maneira significativa a prática exercida.

3.3.2 Roteiro para Discussão

Como o pedagogo pode atender a todas as demandas da escola,

com as reais necessidades de seus educandos e favorecer o

trabalho do professor?

Sabendo-se da importância de se ter um espaço sistemático na

escola para formação constante da equipe pedagógica e

professores. Sendo assim como desenvolver este espaço?

3.4 QUARTO ENCONTRO

Como tema central da proposta do projeto a rotatividade docente

esta vinculada aos demais tópicos apresentados, os estudos têm demonstrado que

a rotatividade docente está associada à liberdade de ação, conquistada como direito

das pessoas, logo sempre irá existir. Assim, resta à escola, posicionar-se em busca

de estratégias para garantir a continuidade de trabalho e minimizar impactos,

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favorecendo espaço para conhecer a realidade existente e da que se deseja

construir, analisando e refletindo sobre ações, que exigem responsabilidade e

comprometimento.

O texto que oferecerá embasamento para as questões que

nortearam o trabalho:

SILVA, Jadilson Lourenço. A rotatividade docente numa escola da rede estadual de ensino. 2007. Dissertação (Mestrado em Educação) - Pontifícia Universidade Católica, São Paulo.

3.4.1 Rotatividade Docente: Refletindo sobre suas Conseqüências e Buscando

Soluções

O estudo referente à rotatividade docente deve-se ao diagnóstico

realizado e estudos que demonstraram algumas das problemáticas que necessitam

ser analisadas que todos os envolvidos no processo de ensino e aprendizagem

reconheçam o problema decorrente da realidade e compartilhem ideias para buscar

estratégias e alternativas para a situação.

Os estudos realizados por Bahia (2009); Catani e Vicentini (2004)

citado por Silva (2007), Siqueira (2006 apud SILVA, 2007), Duarte (2009); Pereira

(1969 apud SILVA; FERNADES, 2006); Arroyo e Abramowicz (2009) demonstraram

que a rotatividade docente prejudica a organização pedagógica da Instituição no que

respeita a organização do horário de aulas, da hora atividade por disciplina,

agendamento de reuniões entre outras atividades. Em relação ao processo de

ensino e aprendizagem, a rotatividade docente, conforme o levantamento realizado,

interferem no desenvolvimento da aprendizagem do aluno.

Algumas situações em que a rotatividade do professor encontra

respaldo na legislação vigente, com o intuito de refletirmos sobre os próprios

encaminhamentos políticos que acabam por favorecer a rotatividade docente:

Destacam-se alguns direitos dos professores, com amparo legal:

Concurso de remoção, Ordem de serviço, Licença especial, em todas as situações

está presente a rotatividade docente. Apesar de figurarem como direito dos

professores, e, portanto, encontrarem um respaldo legal, deve-se reconhecer as

dificuldades do estabelecimento de ensino durante o processo de exercício deles.

Assim, é preciso realizar a adaptação escolar durante a entrada e

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saída dos profissionais de maneira que não prejudique a aprendizagem do aluno.

A rotatividade docente está relacionada na interação professor –

aluno prejudicando a capacidade de aprendizagem dos alunos, nas desarticulações

e descontinuidades dos trabalhos pedagógicos que vinham sendo desenvolvidos

entre um ano letivo e outro, na desmobilização do conjunto dos profissionais e a

natural demora na adaptação na relação professor – aluno.

Estando também em contratados a título precário, privilegiando a

contratação temporária ou por tempo determinado. Regime de trabalho que impede

a formação de vínculos entre professores, pela necessidade de trabalhar em várias

escolas.

Estudos destacam fatores que influenciaram professores em

diversos países, a mudar de local de trabalho, buscar novas escolas, no Brasil o

impacto da violência escolar sobre a proficiência dos alunos verifica que casos de

roubo, agressão a docentes e alunos e o tráfico de drogas nas escolas, estão

presentes apesar de poucos trabalhos existentes.

Em meados da década de 60, sinalizava a rotatividade docente

como um problema, e atualmente os estabelecimentos alvos de preferência dos

professores, aqueles bem localizados, os que propiciam melhores condições de

trabalho e oferecem maiores números de aulas ao professor, isto é, maior

rendimento. Em escolas suburbanas torna-se difícil a constituição de seu quadro

docente.

A rotatividade docente ocorre há tempos e está associada à

preferência a estabelecimento de localização privilegiada. A situação do contexto

apresentado demonstra uma localização desprivilegiada, na qual docentes fecham

padrão, independente do seu vínculo empregatício, com aulas restantes, dificultando

vínculo à escola.

O direito à educação vem percorrendo avanços lentos e negado um

percurso formador digno, sem interrupções, próprio do seu tempo, as classes dos

meios populares de lugares sociais desiguais. É preciso repensar a escola em

situações reais, entender o êxito e o fracasso de todo o sistema educacional num

contexto complexo com dificuldades, na qual medidas necessitam ser implantadas

com a seriedade devida.

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16

3.4.2 Roteiro para Discussão

A rotatividade docente sempre esteve presente na dinâmica de

sala de aula, como percebe os alunos diante da situação?

Em quais situações a rotatividade docente se destaca?

Destacando a organização do trabalho pedagógico, quais os

inconvenientes causados devido à rotatividade docente?

A rotatividade docente encontra respaldo na legislação vigente

como direito aos professores. Ao fazer uso do seu direito ao

retornar para sala de aula, como percebe seus alunos?

Quais motivos que impedem a estabilidade de professores no

estabelecimento de ensino?

3.5 QUINTO ENCONTRO

O trabalho coletivo e mentoria deverão ser propostas de ações a

serem desenvolvida, pois diante dos dados no PDE - Escola, a rotatividade dos

professores se apresenta elevada, dificultando desenvolver ações que atendam a

problemática presente. Estas são as eventuais soluções na tentativa de minimizar os

obstáculos pelos quais a instituição passa e pode ser entendido como a participação

efetiva de todos, visando a melhoria da qualidade da educação.

As propostas de ações têm como objetivo propor encaminhamentos

que possam oferecer espaço para reflexão, estudo e analise para organização do

trabalho escolar diante da rotatividade docente, que a construção pedagógica tenha

uma sequência de maneira que o ensino e aprendizagem atendam as expectativas e

os objetivos esperados para professores e alunos.

Os textos utilizados como apoio ao trabalho serão:

FUSARI, Cerchi José. A construção da proposta educacional e do trabalho coletivo na unidade escolar. Série Idéias, São Paulo, n. 16, p. 69-77, 1993. Disponível em: <http://www.crmariocovas.sp.gov.br/prp_a.php?t=006>. Acesso em: 1 abr. 2011.

SILVA, Maria Helena G. Dias; FERNANDES, Maria José Silva. As condições de trabalho dos professores e o trabalho coletivo:mais uma das armadilhas das reformas educacionais neoliberais. 2006. 12 f. Monografia (Pós Graduação em

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17

Educação Escolar) – Faculdade de Ciências e Letras, Araraquara.

REALI, Aline Maria de Medeiros Rodrigues; TANCREDI, Regina Maria Simões Puccinelli; MIZUKAMI, Maria da Graça Nicoletti Programa de mentoria online: espaço para o desenvolvimento profissional de professoras iniciantes e experientes. Educação e Pesquisa, São Paulo, v. 34, n. 1, p. 77-95, jan./abr. 2008.

3.5.1 Trabalho Coletivo e Mentoria: Estratégias para a Superação dos Impactos da

Rotatividade Docente

Os estudos realizados por Fusari (1993); Silva e Fernandes (2006);

Tardif e Raymond (2000); Penin (2009); Pinzan; Maccarini e Martelli (2003)

destacam trabalho coletivo aquele realizado por um grupo de pessoas que visam

como objetivo contribuir para assegurar o acesso do aluno à escola, sua

permanência e melhoria da qualidade de ensino. Para que ocorra deve-se ter

clareza da situação escolar, seus problemas e causas no contexto que se

manifestam. Exige disponibilidade das pessoas envolvidas no processo, podendo

ocorrer a médio e longo prazo.

Partilhar um momento realmente coletivo, no qual prevaleça a

reflexão, a formação, a busca de alternativas para os problemas cotidianos, o

desenvolvimento de projetos gestados pela própria escola, visando reais condições

de vida e trabalho de professores e escolas. Estes encontros se agravam pela

escassez de tempo e de vínculos entre os sujeitos da escola, que são destinados à

implantação de projetos à revelia das suas convicções. Somente políticas públicas

poderiam assegurar um corpo estável de educadores, materializando sua

responsabilidade com o sucesso escolar, mas implica outros fatores.

Destacam conhecimentos sociais partilhados, que possuem em

comum com os alunos, membros de um mesmo mundo social ao menos na sala de

aula. Sua integração e participação na vida cotidiana da escola e dos colegas de

trabalho proporcionam conhecimentos coletivos, partilhados entre os pares no que

se referem aos alunos, pais, atividades pedagógicas, material didático, programas

de ensino e outros.

Abordam a importância de o professor viver mais intensamente uma

escola. A formação continuada numa determinada escola demanda um diagnóstico,

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18

elaboração de projetos, compromissos e a partilhar das dificuldades da sua

implantação, viver o cotidiano e nele permanecer por um bom período proporciona

participar de todas as fases destes processos de execução.

O vínculo do professor com a escola torna-se fator importante de

valorização a todo o processo de conhecimento da realidade, posicionando-se frente

ao contexto que atua, de maneira a favorecer o aprendizado dos alunos.

Indicam que para realização do trabalho coletivo todos os envolvidos

no processo ensino-aprendizagem devem ter clareza da realidade existente e da

que se deseja construir. Cabe ao pedagogo possibilitar abertura no interior da escola

para que todos os envolvidos na educação escolar possam estudar, discutir e avaliar

tudo que faz parte do trabalho pedagógico. Assim o pedagogo estará comprometido

visando superação do trabalho fragmentado.

A mentoria apresentada como proposta de ação a ser desenvolvida,

conforme estudos realizados por Arroyo e Abramowicz (2009); Reali, Tancredi e

Mizukami (2008) destacam o programa de mentoria da Universidade Federal de São

Carlos – UFSCar, que auxilia professores iniciantes, a analisar a sua base de

conhecimento profissional e a buscar meios adequados para ampliá-la, tendo em

vista a aprendizagem de seus alunos. Um diálogo construtivo com o conjunto de

participantes, visando estabelecer novas ideias e novas compreensões sobre a

aprender a ensinar e a ser professor, objetivando a reflexão continua sobre as ações

pedagógicas e os processos de desenvolvimento profissional da docência por parte

de professores experientes. Conjunto de atividades formativas, que tem como

objetivo acompanhar professores nas primeiras experiências educacionais.

Destacam que as primeiras experiências dos professores iniciantes

com o ensino caracterizam-se pelo otimismo, energia positiva, esperança, as

fantasias românticas sobre seu papel, mas se defrontam com desafios e demandas

de grande impacto diante de suas práticas e crenças sobre sua atuação. Diante do

conjunto de situações energias e otimismo podem converter-se em desânimo e

desesperança.

Os programas de mentoria ocorrem em outros países, não

observado o mesmo contexto brasileiro. As pesquisas internacionais indicam que

professores que passaram pelo processo são mais efetivos e comprometidos com

seus alunos, pois suas aprendizagens práticas foram orientadas.

Reali, Tancredi e Mizukami (2008), responsáveis pelo Programa de

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Mentoria da UFSCar, destacam dentre outros fatores que facilitam a aprendizagem

do aluno está uma boa formação profissional, atuação competente, bem como o

“relacionar-se com o entendimento do outro, dos estudantes, da matéria, da

pedagogia, do desenvolvimento do currículo, das estratégias e técnicas associadas”.

O desenvolvimento de experiências torna-se aprendizagem para os

professores quando trabalham conjuntamente, vivem os problemas reais do

contexto.

A carreira docente dos professores iniciantes e experientes passam

por diferentes fases, competências distintas que demandam formação específica. As

escolas exigem desempenhos semelhantes e os programas de formação continuada

não oferecem destaque às especificidades das fases e desenvolvem propostas

generalizantes mesmo quando desenvolvidas na escola.

As intervenções referentes ao trabalho dos professores envolvem,

conhecer a realidade de atuação, o que pensam, o que fazem e porque fazem, para

a partir destes conhecimentos refletir coletivamente as situações vivenciadas,

construindo formas de enfrentamento das dificuldades específicas da escola e

comunidade, estabelecendo propósitos frente as questões problemas que exigem

tomada de decisões e construção de soluções coletivas.

Interagir, vivenciar, constituir-se como parte do contexto escolar

auxilia o professor a ampliar seus processos de desenvolvimento profissional,

entendendo as especificidades de todos os setores da escola.

Os estudos destacam que os programas de formação continuada

devem estar adaptados as necessidade próprias dos professores, a escola

específicas, as ações deveriam dar respostas para os problemas enfrentados no dia-

a-dia que propõe a reflexão sobre a ação pedagógica que deve ocorrer no local de

trabalho, com os seus pares embora não deve se limitar a ele. Para favorecer

processos reflexivos a escola deveria através de políticas públicas assegurar tempo

e espaço mental para que todos os envolvidos no processo educativo se

desenvolverem profissionalmente no local de trabalho, revertendo benefícios para a

escola e para os processos de ensino e aprendizagem.

Os estudos realizados demonstram a importância da interação dos

professores com seus pares e com o saber, partilhar momentos privilegiados de

trabalho como forma de compartilhar todos os documentos, propostas e projetos

concernentes a escola.

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20

3.5.2 Roteiro para Discussão

Para efetivação do trabalho coletivo Oe também da mentoria

alguns pontos devem ser analisados à luz das tendências

pedagógicas presentes. É possível identificar as tendências

presentes na escola?

Temos clareza da situação da escola, seus problemas e das

causas desses e dos objetivos que almejamos alcançar?

Sabendo-se que o trabalho coletivo ou mentoria exige

disponibilidade, transformação e olhar atento aos problemas

vivenciados por parte de todos os profissionais da educação

envolvidos no processo. Como desenvolver estas estratégias na

escola?

Quais os caminhos que proporcionariam desenvolver propostas de

ações como estas, sabendo que podem ocorrer a curto, a médio e a

longo prazo, mas beneficiariam o trabalho pedagógico realizado pela

escola?

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4 ORIENTAÇÕES

A proposta de grupo de estudos buscará partir da prática social

concreta, vivenciada por todos os profissionais da escola, discussões devem ser

contextualizadas partindo-se do espaço onde se dá o processo educativo.

A rotatividade docente será analisada, buscar-se-á reconhecê-la

claramente, pois no contexto não pode ser negada ou desprezada. Em que medida

o pedagogo, por meio da participação e do envolvimento dos profissionais da escola

poderá minimizar o impacto causado pela rotatividade dos professores no que

respeita ao processo ensino-aprendizagem.

Visando o alcance de um objetivo comum, refletir coletivamente,

proporcionando oportunidade de análise da nossa realidade escolar, buscando

soluções através de respaldo teórico que assegurem ações transformadoras no

ambiente escolar, proporcionando ensino de qualidade a todos os alunos.

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5 PROPOSTA DE AVALIAÇÃO

Os participantes serão avaliados de acordo com a proposta de

trabalho a ser desenvolvida, levando em consideração alguns pontos como:

Assiduidade e pontualidade nos encontros;

Participação na leitura dos textos;

Participação nos debates e discussões;

Interesse na execução das atividades;

Proposta de auto avaliação: desempenho durante as atividades

realizadas, aquisição de conhecimentos, desenvolvimento de atitudes no grupo e

execução dos objetivos propostos.

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REFERÊNCIAS

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BARBOSA, Andréa Haddad. Educador e educando: uma relação compartilhada na construção do conhecimento significativo. In: BERBEL, Neusi Aparecida Navas; Gomes, MATHEUS, Daniel Fernando (Org.). Exercitando a reflexão com conversas de professores. Londrina: Grafel, 2005. p. 207-211.

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PINZAN, Leni Terezinha Marcelo; MACCARINI, Norma Barbosa Benedito; MARTELLI, Andréia Cristina. O pedagogo numa perspectiva de trabalho coletivo na organização escolar. Analecta, Guarapuava, v. 4, n. 1, p. 19-28, jan/jun. 2003.

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SAMPAIO, Maria das Mercês Ferreira; MARIN, Alda Junqueira. Precarização do trabalho docente e seus efeitos sobre práticas curriculares. Educação e Sociedade, Campinas, v. 25, n. 89, p.1203-1224, set./dez. 2004.

SILVA, Elizabeti Gonçalves da. A busca da qualidade do ensino na escola: a necessidade de uma nova agenda educacional. 2009. 19 f.. Trabalho (Conclusão de Curso PDE) – Universidade Estadual de Maringá, Maringá.

SILVA, Jadilson Lourenço da. A rotatividade docente numa escola da rede estadual de ensino. 2007. Dissertação (Mestrado em Educação) - Pontifícia Universidade Católica, São Paulo.

SILVA, Maria Helena G. Dias; FERNANDES, Maria José Silva. As condições de trabalho dos professores e o trabalho coletivo:mais uma das armadilhas das reformas educacionais neoliberais. 2006. 12 f. Monografia (Pós Graduação em Educação Escolar) – Faculdade de Ciências e Letras, Araraquara.

TARDIF, Maurice; RAYMOND Danielle. Saberes, tempo e aprendizagem do trabalho no magistério. Educação e Sociedade, Campinas, v. 21, n. 73, p.1-16, dez. 2000. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/es/v21n73/4214.pdf>. Acesso em: 17 mar. 2011.

ZIBAS, Dagmar M. L. A reforma do ensino médio nos anos de 1990: o parto da montanha e as novas perspectivas. Revista Brasileira de Educação, Rio de janeiro, n. 28, p. 24-36, 2005. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rbedu/n28/a03n28.pdf>. Acesso em: 4 maio 2011.

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APÊNDICES

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APÊNDICE A

Questionário para Professores

O presente questionário integra o projeto “Rotatividade docente e suas implicações no contexto escolar” apresentado ao Departamento da Educação da Universidade Estadual de Londrina, no Programa de Desenvolvimento Educacional - PDE, da Secretaria de Estado da Educação do Paraná - SEED. O questionário tem como objetivo realizar levantamento de dados referente à rotatividade docente. 1-Tempo de atuação como professor/professora, no Colégio Estadual Presidente Vargas?

2-Vínculo trabalhista: ( ) QPM – Quadro Próprio do Magistério ( ) SCO² - Aulas Extraordinárias ( ) PSS – Processo Seletivo Simplificado 3- Disciplina:

Ensino Fundamental Ensino Médio

( ) Artes ( ) Arte

( ) Ciências ( ) Biologia

( ) Educação Física ( ) Educação Física

( ) Ensino Religioso ( ) Filosofia

( ) Geografia ( ) Física

( ) História ( ) Geografia

( ) Língua Portuguesa ( ) História

( ) Matemática ( ) Língua Estrangeira - Inglês

( ) Língua Estrangeira - Inglês ( ) Língua Portuguesa

( ) Matemática

( ) Química

( ) Sociologia

4-Quanto às turmas e número de aulas ministradas por você:

Ensino Fundamental Ensino Médio

Turmas Nº de aulas Turmas Nº de aulas

( ) 5ª Série ( ) ( ) 1ª Série ( )

( ) 6ª Série ( ) ( ) 2ª Série ( )

( ) 7ª Série ( ) ( ) 3ª Série ( )

( ) 8ª Série ( )

5- Atua em outro estabelecimento de ensino no município de Bela Vista do Paraíso? ( ) Não ( ) Sim. Qual? ( ) Colégio Estadual Brasílio de Araujo. ( ) Colégio Estadual Jayme Canet. ( ) Rede particular de ensino. 6- Atua em outro município? ( ) Sim. Qual?_____________________________________________________

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( ) Não 7- Qual a distância em quilômetros de sua residência até o Colégio Estadual Presidente Vargas? ___________________________________________________________________ 8-Realiza outra atividade remunerada além da docência? ( ) Sim ( ) Não 9- Você participa, semestralmente, da Semana Pedagógica oferecida neste estabelecimento de ensino? ( ) Sim ( ) Não. Por quê?____________________________________________________ 10- O Colégio atualmente realiza algum projeto que envolva a sua disciplina? ( ) Sim ( ) Não 11- Em relação à rotatividade docente, qual das situações abaixo melhor descreveria sua escola? ( ) Frequente ( ) Às vezes ( ) Pouca ( ) Nenhuma 12- Percebe alguma alteração em relação aos alunos quando ocorre troca de professores? ( ) Não ( ) Sim. Quais_____________________________________________________ ___________________________________________________________________ 13- Percebe alguma alteração no ambiente escolar com a rotatividade de professores? ( ) Não ( ) Sim. Justifique___________________________________________________________ __________________________________________________________________ 14- Destaque nas áreas, abaixo em quais ocorrem mudanças: ( ) Direção ( ) Equipe Técnica Pedagógica ( ) Professores ( ) Sala de aula ( ) Alunos ( ) Agentes Educacionais 2 (Administrativo) ( ) Agentes Educacionais 1 (Serviços Gerais) ( ) Outros:_________________________________________________________

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15- Dê sua opinião. Diante da rotatividade docente, é possível realizar atividades que visem à reflexão, análise na formação dos alunos e a busca de alternativas para os problemas cotidianos sem que outras atividades sejam prejudicadas?

16- Em relação ao ensino e aprendizagem, ocorre interferência com a troca de professores? ( ) Não ( ) Sim. Justifique sua resposta.

17- Quais das situações abaixo melhor descrevem as turmas que no início do ano letivo, na distribuição das aulas, ficam sem professores. ( ) Sem motivação, pois chegam com vontade de conhecer seus professores. ( ) Não se importam, para eles tanto faz ficar na escola, ir para casa ou para rua. ( ) Entristecidos, pois gostariam de ficar mais na escola, ter contato com os amigos e professores. ( ) Cobram a presença de algum professor em sala, para não irem embora. ( ) Falta de confiança na escola. O aluno, diante da situação, já começa a apresentar problemas disciplinares, uma vez que nem mesmo a escola possui uma organização. ( ) Ocorrem transtornos desagradáveis, pois todo o início de ano letivo, temos as adaptações de alunos nas turmas. Deixar aulas vagas, às vezes, gera confusões entre os alunos. ( ) Para o professor assumir duas turmas (subir aula) no início é inviável, pois deve existir, diálogo com cada turma. ( ) Outros. ___________________________________________________________ 18- Dê sua opinião, classificando por número, a ordem de importância dos dados abaixo, no que se refere ao bom desempenho dos professores. ( ) Vínculo com a escola. ( ) Interação com os alunos. ( ) Interação com a comunidade. ( ) Interação com os membros do estabelecimento de ensino. ( ) Membro atuante no processo de ensino e aprendizagem. ( ) Conhecer a realidade social em que trabalham. ( ) Estabilidade em um mesmo estabelecimento de ensino. ( ) Outros:____________________________________________________________

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19- Cite pelo menos três consequências da rotatividade docente no processo do trabalho escolar e no processo de ensino e aprendizagem que influencia diretamente na formação do aluno.

20- Durante sua atuação no colégio, pelo seu conhecimento, a quais fatores está associada a rotatividade docente presente no estabelecimento? ( ) Aos direitos dos professores: Remoção, ordem de serviço e licença especial. ( ) Distância da escola do Município. ( ) Transporte escolar. ( ) Falta de vínculo com alunos e comunidade. ( ) Violência. ( ) Questões sociais. ( ) Outros:____________________________________________________________ 21- Miguel G. Arroyo, destaca: “Tempo para o conhecimento e olhar, para entender as especificidades e compreender todo o processo de formação de sujeitos inseridos nesta trajetória”. Como seria possível este conhecimento quando o tempo é curto demais?

22- De que maneira realiza seu aperfeiçoamento didático neste estabelecimento de ensino? ( ) Semana Pedagógica a qual ocorre no início do semestre. ( ) Reuniões pedagógicas. ( ) Hora atividade. ( ) Encontro de áreas. ( ) Conselho de classe. ( ) Outros____________________________________________________________

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APÊNDICE B

Questionário para Alunos

O presente questionário faz parte do projeto “Rotatividade docente e suas implicações no contexto escolar” apresentado ao departamento da Educação da Universidade Estadual de Londrina, no Programa de Desenvolvimento Educacional - PDE, da Secretaria de Estado da Educação do Paraná - SEED. O questionário tem como objetivo realizar levantamento de dados. 1-Série que frequenta.

Ensino Fundamental Ensino Médio

Turmas Turmas

( ) 5ª Série ( ) 1ª Série

( ) 6ª Série ( ) 2ª Série

( ) 7ª Série ( ) 3ª Série

( ) 8ª Série

2-Idade. 3- Trabalha atualmente? ( ) Sim ( ) Não. Justifique:___________________________________________________________ ___________________________________________________________________ 4- Local de trabalho:___________________________________________________ Município:___________________________________________________________ Quantos quilômetros fica seu emprego da sua residência?_____________________ Quantas horas trabalha por dia? _________________________________________ Qual horário você sai da sua residência para ir ao trabalho?____horas____minutos Qual horário você chega do trabalho a sua residência? ____horas _____ minutos. 5- Qual meio de transporte utiliza para chegar ao seu emprego? ( ) Ônibus oferecido pela firma que trabalha, com custos. ( ) Ônibus oferecido pela firma que trabalha, sem custos. ( ) Van transporta trabalhadores. ( ) Carro e divide despesas com colegas. ( ) Carro. ( ) Bicicleta. ( ) Carona. ( ) A pé 6- Quantas pessoas moram na sua casa, incluindo parentes? ___________________________________________________________________ 7- Você já reprovou? ( ) Sim. Quantas vezes?___________________________ ( ) Não

anos

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8- Você já passou por conselho de classe? ( ) Sim ( ) Não 9-Destaque com um X, nos espaços abaixo a maneira como você se percebe como

aluno?

( ) Disciplinado. ( ) Indisciplinado. ( ) Pontual. ( ) Chega atrasado sem motivo. ( ) Chega atrasado devido ao trabalho.

( ) Interessado. ( ) Desinteressado. ( ) Motivado. ( ) Desmotivado. ( ) Tem boa frequência. ( ) Faltoso.

( ) Mata aula. ( ) Se ausenta da escola por cansaço. ( ) Os estudos tem pouco valor. ( ) Dedicado aos estudos.

10- Você já desistiu em algum ano letivo? ( ) Sim ( ) Não 11- Se sua resposta foi sim, destaque qual motivo abaixo poderia justificar sua desistência? Pode marcar mais de uma alternativa.

( ) Trabalho. ( ) Problemas com professores.

( ) Falta de interesse. ( ) Problemas com direção.

( ) Notas abaixo da média. ( ) Problemas com Equipe Técnica Pedagógica.

( ) Problemas familiares. ( ) Transferências temporárias, ao acompanhar sua família para trabalhar em Minas Gerais ou São Paulo.

( ) Amigos.

( ) Dificuldade para aprender. ( ) Outros motivos:

( ) Desmotivado com a escola.

( ) Falta de perspectiva de trabalho.

12- Com quem conversa sobre seus problemas relacionados à escola?

( ) Pais. ( ) Direção.

( ) Amigos. ( ) Professores.

( ) Equipe Técnica Pedagógica. ( ) Outros

13- Se você tem dificuldade para aprender, a qual dos problemas abaixo poderia estar associada sua dificuldade. Pode marcar mais de uma alternativa.

( ) Idade. ( ) Conteúdos difíceis.

( ) Falta de apoio dos pais. ( ) Constante troca de professores.

( ) Falta de apoio dos professores. ( ) Outros:

( ) Falta de interesse da sua parte.

( ) Por não conseguir ter boa frequência na escola.

( ) A maneira de ensinar dos professores.

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14- Destaque as disciplinas que você mais gosta.

Ensino Fundamental Ensino Médio

( ) Artes ( ) Arte

( ) Ciências ( ) Biologia

( ) Educação Física ( ) Educação Física

( ) Ensino Religioso ( ) Filosofia

( ) Geografia ( ) Física

( ) História ( ) Geografia

( ) Língua Portuguesa ( ) História

( ) Matemática ( ) Inglês

( ) Língua Portuguesa

( ) Matemática

( ) Química

( ) Sociologia

15- Em casa você se dedica algum tempo aos estudos? ( ) Sim ( ) Não 16- Destaque nas questões abaixo, a resposta que seja a mais correta para a pergunta: Você acha importante estudar?

( ) Sim ( ) Sim, pois tenho condições de arrumar trabalho melhor.

( ) Não ( ) Outros:________________________ ___________________________________ ___________________________________

( ) Não faz diferença para minha vida.

( ) Sim, mas o trabalho é mais importante.

17- Quem auxilia você nas tarefas ou trabalhos que realiza em casa?

( ) Pai ( ) Parentes

( ) Mãe ( ) Vizinhos

( ) Irmãos ( ) Ninguém

18- Qual o grau de escolaridade de seus pais?

Pai Mãe

( ) 1ª Série ( ) 1ª Série

( ) 2ª Série ( ) 2ª Série

( ) 3ª Série ( ) 3ª Série

( ) 4ª Série ( ) 4ª Série

( ) 5ª Série ( ) 5ª Série

( ) 6ª Série ( ) 6ª Série

( ) 7ª Série ( ) 7ª Série

( ) 8ª Série ( ) 8ª Série

( ) Ensino Médio incompleto ( ) Ensino Médio incompleto

( ) Ensino Médio completo ( ) Ensino Médio completo

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19 – Ocorre troca de professores durante o ano letivo na sua turma? ( ) Sim ( ) Não 20- Se sua resposta foi sim, destaque abaixo os motivos que podem estar associados às trocas de professores.

( ) Não se adaptou à turma.

( ) Assumiu outra sala.

( ) Foi para outra escola.

( ) Saiu com licença especial.

( ) Tratamento de saúde.

( ) Foi para outra cidade.

( ) Nunca ficou sabendo o motivo.

( ) Outros:

21- Quando ocorre à troca de professores, na sua turma, qual a reação dos alunos?

22- Qual sua reação, atitude ou comportamento diante das trocas de professores?