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002.855 – 128984/18
COMENTÁRIO CURSO DE FÉRIAS
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS
COMENTÁRIOS
PROFESSOR ÂNGELO SAMPAIO
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
D A D C C E D B E A
11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
A B D A A D B D C A
21 22 23 24 25 26 27 28 29 30
C D A C E A E D A D
31 32 33 34 35 36 37 38 39
D E A D A A A C C
* 1: Resposta do ponto de vista da disciplina de História
A resistência durante a ditadura militar, devido ao elevado grau de censura e repressão, tinha que ser feita de maneira moderada e, muitas vezes, disfarçada. A poesia, então, representou uma das principais formas de resistência ao regime.
Resposta do ponto de vista da disciplina de Português
“Desvelar” é sinônimo de “expor”, “desvendar”; uma vez que a oposição à ditadura militar não poderia ser explícita, a poesia é um modo do eu lírico resistir, pois, assim como a química, ou como a alquimia, permite transformar elementos.
2: Termos como “saudade”, “recordação”, “fragmentação interna”, “espiritual e o sensível” e “ideal” são suficientes para inferir que os poetas “novos” a que o autor se refere estão ligados à estética romântica que valorizava o sentimentalismo, a emotividade, as saudades da infância, o subjetivismo, a imaginação e a idealização de um mundo superior. Assim, é correta a opção A.
3: No trecho, Vieira critica o cultismo ou gongorismo, conceito bastante popular entre os escritores barrocos, cuja produção literária era marcada pelo excessivo rebuscamento, pelo hermetismo e pelo uso de figuras de linguagem. A crítica a esse estilo de composição se dá pela dificuldade de compreensão, pois Vieira valorizava a clareza textual.
4: O texto se refere ao Cubismo, vanguarda que buscava retratar os diferentes ângulos e pontos de vista de um mesmo objeto em um mesmo plano. Assim, pode-se associá-lo à pintura de Pablo Picasso: As senhoritas de Avignon, em que vemos diversas formas e pontos de vista expressos simultaneamente.
5: A referência do crítico Alexandre Eulálio à “coexistência íntima de dois mundos culturais divergentes” no personagem Helena diz respeito à sua formação britânica, protestante, que a levava a guardar dinheiro para satisfazer os seus desejos imediatos e a ibérica, católica, que implicava em preces à Virgem Maria sobre o possível pecado da satisfação dos prazeres. Assim, é correta a opção C.
6: A opção E apresenta frase que denota registro informal da língua, pois o verbo “bater” deve ser acompanhado da preposição “a” para expressar ação de golpear a porta. Assim, a frase deveria ser substituída por “bata à porta” para atender às exigências da gramática normativa.
7: As opções A, B, C e E apresentam frases em que
dúvida, necessidade, lugar e possibilidade estão
presentes em apenas um dos pares. Somente em D,
os segmentos “padre Zé Leite pretende” e
“Baleia queria dormir” indicam, através dos termos
verbais “pretende” e “queria”, intencionalidade.
8: É correta a opção B, pois o trecho “só a maleita é quem
sobe e desce” constitui exemplo de personificação
(prosopopeia) por apresentar a doença de forma
humanizada através da ação de subir e descer.
9: No segundo parágrafo, Vieira critica o silêncio dos
oradores evangélicos (“eloquentes mudos”) que, ao
contrário de Sêneca, que denunciava crimes praticados
tanto por piratas como por imperadores, se abstêm de falar
sobre os dos reis católicos. Assim, é correta a opção E.
10: É correta a opção A, pois o trecho destacado, iniciado
pela conjunção subordinativa “se”, estabelece relação
de condição com o trecho que o sucede.
11: A citação de Chuang-Tzu transcrita na opção A
reproduz a mesma ideia de seletividade na aplicação
da justiça criticada por Antônio Vieira no “Sermão do
bom ladrão”.
12: Segundo Vieira, o pirata tinha características e qualidades
(“não era medroso nem lerdo”) que justificavam a
resposta ousada com que rebateu a admoestação do
imperador Alexandre. Assim, é correta a opção B.
13: No trecho da opção D, o termo verbal no modo
imperativo (“imaginai”) instaura a função apelativa da
linguagem que tem como objetivo influenciar o
receptor ou destinatário da mensagem, com a intenção
de convencê-lo de algo ou dar-lhe ordens. Neste caso,
através do sujeito desinencial “vós”, pode-se inferir
que o narrador se dirige ao próprio leitor, inserindo-o
no discurso.
14: a) Correta. A recorrência da existência humana está
metaforizada na imagem pela repetição das formas
circulares e, no poema, pelo aspecto visual
espiralado, dando voltas no mesmo centro, tal qual
a vida do eu lírico, que afirma fazer “parte dessa
circunferência”.
b) Incorreta. A imagem é marcada pela repetição de
uma forma geométrica; não há, portanto, referência às
paixões humanas, tampouco a seu caráter transitório.
c) Incorreta. O poema remete, metaforicamente,
à forma espiralada da vida, ou seja, circular e
recorrente, e não linear.
d) Incorreta. O eu lírico afirma que “o mundo roda,
roda”; metaforicamente, não há o aspecto duradouro
das coisas e da vida.
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15: a) Correta. O Expressionismo demonstra os aspectos
subjetivos, logo as aliterações e assonâncias corroboram
para a construção metafórica do sentido.
b) Incorreta. O Impressionismo valoriza a impressão
despertada pela incidência da luz, sem a preocupação
com contornos; no poema, a formação de uma tenda,
por exemplo, contradiz tal princípio.
c) Incorreta. O Fauvismo está relacionado a retratar o
mundo em tons vibrantes, sem preocupação com a
forma e empregando minimamente os recursos
linguísticos. Elementos como a tenda formada pelos
galos ou a própria arquitetura do texto, baseada em
repetições (inclusive aliterações e assonâncias) nega
esse aspecto.
d) Incorreta. O Dadaísmo, a anti-arte, é contra os
padrões estabelecidos na arte; elementos como
aliterações e assonâncias contradizem tal quebra de
padrões poéticos.
e) Incorreta. O Cubismo valoriza as formas geométricas,
o que não ocorre no desenvolvimento do poema
“Tecendo a manhã”.
16: a) Incorreta. Ao afirmar que “cicatrizes não se
transferem”, o sujeito lírico indica que não se
liberta das dores amorosas.
b) Incorreta. O sujeito lírico emprega metaforicamente
o tronco da goiabeira como referência a si próprio.
c) Incorreta. A intenção do sujeito lírico não é se
refugiar, mas tentar se livrar de sentimentos que o
incomodam.
d) Correta. Ao afirmar que “cicatrizes não se
transferem”, o sujeito lírico indica que não há
possibilidades de se livrar dos sentimentos amorosos
que lhe fazem mal.
e) Incorreta. O sujeito lírico emprega metaforicamente o
canivete como referência à tentativa de tirar de si os
sentimentos que lhe machucam.
17: Ao afirmar que “Camões e outros iguais não bastaram
para nos dar uma herança de língua já feita”, a autora
confere à língua portuguesa um estatuto patrimonial, ou
seja, considera-a parte integrante do conjunto dos bens
materiais e imateriais que constituem herança coletiva e
são transmitidos de geração a geração. Ao mesmo
tempo, afirma que esse legado seria insuficiente não
fosse a renovação constante a que está sujeito pelos
usuários da língua. Assim, é correta a opção B.
18: A expressão “Longe disso”, transcrita em [D], inicia o
período em que o narrador expressa a sensação
agradável que lhe provocava aquela “fala pelo avesso”
das moças que, de forma irônica, faziam comentários
elogiosos à sua indumentária.
19: Diversas estratégias argumentativas podem ser usadas
para envolver o interlocutor e conseguir, assim, a sua
adesão à tese defendida. Embora a frase transcrita em A,
“largue tudo de repente sob os olhares a sua volta”,
pretenda envolver diretamente o leitor através da
função conativa, ela não constitui em si um recurso
linguístico-discursivo exigido no enunciado da questão.
Isso só acontece na frase da opção C, através da
explicitação do interlocutor relativamente ao enunciado
anterior: “espécie da qual você, milenarmente cansado,
talvez se sinta um tanto excluído”.
20: A referência a uma narrativa “arretada” e “cheia de
palavras difíceis”, ou seja, escrita em linguagem culta,
associa a letra da canção a uma valsa, gênero musical
muito tocado nos salões vienenses e muito dançada pela
elite da primeira metade do séc. XIX, detentora,
por isso, de grande prestígio social, como se afirma em A.
21: O prêmio Nobel da Literatura português inovou na
maneira como utiliza o ponto final e a vírgula (que ele
prefere chamar de sinais de pausa) marcando a frase com
outro ritmo dado pela oralidade, um ritmo prosódico que
é típico de quem fala a língua. No excerto do enunciado,
o início da fala de cada personagem é assinalado apenas
por uma capitular, formando diálogos dispostos em
sequência acelerada coerente com o ambiente caótico em
que decorre a narrativa. Assim, é correta a opção C.
22: O narrador busca explicar e definir o que é um conto
através do recurso de metalinguagem, gerando uma
cadeia de imagens que mesclam diversas sensações:
visuais (“espiral azul”, “campo de narcisos defronte a
uma torre”, “uma pedra espraia a água em lentos
círculos”, “luz de um quasar a bilhões de anos-luz”) e
sonoras (“composição tocada por um grupo
instrumental”, “notas indeterminadas numa pauta”,
“bater suave e espaçado de um sino”), entre outras.
Assim, é correta a opção D.
23: No excerto, é visível que Paulo Honório não mediu
esforços e nem meios para atingir o que queria, mesmo
que à custa de diversos atos antiéticos. Astucioso e
desonesto, o protagonista olha o mundo visando
apenas ao lucro, comportamento revelador de um
empreendedor capitalista pragmático, ou seja, do que
apenas considera o valor prático e concreto das coisas,
como se afirma em A.
24: É correta a opção C, pois o fragmento ressalta a
impessoalidade e a descaracterização da miséria e da
morte na realidade do sertanejo: “Nestes cemitérios
gerais/não há morte pessoal”, “Vence a que, mais
pessoal,/alguém já trouxesse na carne”.
25: Vinicius de Moraes, ao afirmar que o cronista retrata o
cotidiano de forma criativa (“artimanhas peculiares”)
de maneira a introduzir novos sentidos (“sangue novo”)
ao que está a ser relatado, expressa a opinião de que
cabe ao cronista ressignificar o cotidiano pela escrita,
como se afirma em E.
26: O último quadro da tirinha permite perceber que o termo
“curtir”, usado anteriormente pela moça com o sentido
de aproveitar e desfrutar o relacionamento de ambos,
foi entendido de forma incorreta pelo namorado que se
apressa a entrar no Facebook para pressionar o botão
“curtir”, demonstrando que gostou e aprovou determinada
publicação. Desta forma, o alvo da tirinha é criticar a
superficialidade com que as relações amorosas são
expostas nas redes sociais, como se afirma em A.
27: Pablo Picasso foi um dos principais expoentes do
Cubismo, movimento artístico vanguardista europeu,
que surgiu no começo do século XX e se caracteriza
pela utilização de formas geométricas para retratar a
natureza. Assim, é correta a opção E.
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28: A imagem de uma roda de bicicleta sobre um banco de
madeira e o conceito de Marcel Duchamp sobre o
processo de criação das suas obras expresso no texto II
permitem concluir que, para o autor, vinculado ao
movimento estético do dadaísmo, a arte baseava-se no
acaso, na desordem e em objetos de pouco valor,
desconstruindo, assim, conceitos da arte tradicional.
Assim, é correta a opção D.
29: A última fala de Odorico, concedendo o direito de ser
sepultado no novo cemitério a quem votasse nele e o
confessasse ao padre na hora da extrema-unção, revela
os procedimentos típicos do exercício do poder por
estruturas oligárquicas e personalizadas que usam os
cidadãos para atenderem aos seus próprios interesses.
Assim, a peça O bem-amado, de Dias Gomes, além da
função de entretenimento, pretende criticar satiricamente o
comportamento de pessoas públicas, como se afirma em A.
30: É correta a opção [D], pois o pronome oblíquo “o”,
nos versos “A vida exige, para o conseguirmos” e
“Nós o conseguimos”, recupera o segmento “Fazer 70 anos”:
para conseguirmos fazer 70 anos, Nós conseguimos
fazer 70 anos.
31: A crítica de Mafalda aos autores do livro de onde
foram extraídas as frases citadas no início do texto
(“em vez de escreverem coisas inteligentes preferem
nos ensinar a ler”) revela que se trata de uma cartilha
escolar, como afirma-se em D.
32: Na charge de Quino, a simbologia da estátua de uma
mulher com o braço erguido empunhando uma tocha e
com as correntes quebradas suspensas dos punhos
contrapõe-se à imagem da praça com inúmeras placas
de proibições. Assim, é correta a opção E, pois a
charge explora, sobretudo, a oposição entre a liberdade
e a repressão.
33: A imagem de Calvin praticando um ritual magístico-religioso
de agradecimento à televisão que classifica como
poderosa divindade aniquiladora da racionalidade e da
imaginação, ao mesmo tempo que faz a oferenda do
pensamento simbolizado em uma tigela de tapioca,
tem como objetivo criticar os poderes midiáticos que
manipulam a sociedade.
34: A tirinha de Rodrigo Freitas, mais conhecido como
Digo, apresenta um diálogo entre um jovem elefante
(Le Fan) e um velho mamute (Mamu). A confusão de
Mamu sobre o que é a Internet não se resolve com a
primeira explicação de Le Fan por lhe parecer que a
definição dada corresponde ao cotidiano comum em
que as pessoas interagem, se divertem e expõem as
suas ideias. A última fala de Le Fan, ao afirmar que
esse tipo de vida não existe há muito, expressa uma
crítica aos impactos das Tecnologias de Informação e
Comunicação nas relações humanas da sociedade
contemporânea. Assim, é correta a opção D.
35: Na primeira charge, vemos uma crítica a um índice de
desemprego muito alto. Assim, por meio da ironia do
repórter, que ao anunciar a quantidade de desempregados,
é também demitido, vemos consolidada essa crítica.
Já na segunda charge, a crítica concentra-se nas
relações de trabalho e na injustiça que as caracteriza.
O enriquecimento de uns (representado pelo personagem
que voa acima com a capa escrita “capital”) é possível à
custa do trabalho de outros (representado pelo
personagem que dirige uma bicicleta e tem uma capa
escrita “trabalho”).
36: A charge critica a situação da população mais pobre,
que não tem acesso à escola e educação. Assim, para
essa parcela, a perspectiva de estudo encontra-se
restrita às classes sociais mais ricas. A mãe da charge
representa essa visão e, dessa forma, a manifestação
do filho de querer aprender a ler e a escrever
demonstra, para ela, que ele só deseja coisas que
pertencem ao mundo dos ricos.
37: A charge critica a alta taxa de desemprego por meio do
humor, construído a partir da inclusão do próprio
repórter nessa taxa. Assim, quando ele anuncia o número
de desempregados para, em seguida, anunciar que ele
também soma a esse número, temos uma situação
cômica, que revela uma situação crítica no país.
38: A graça da tira se concentra na providência tomada por
um dos participantes da reunião, que compareceu
“preparado” para um congelamento literalmente,
protegido por casaco, cachecol, luva, gorro.
39: A caracterização da narrativa (“movimento de aproximação
e distanciamento da substância sensível da realidade
retratada”, “a onisciência da terceira pessoa”, “palavra
enxuta e medida” e “discurso indireto livre”) assim
como a alusão à temática abordada pelo autor
(“indigência dos retirantes” e “desgraça irremediável
que os açoita”) são elementos suficientes para
identificar a obra a que Wander Melo Miranda se
refere: Vidas secas, de Graciliano Ramos. Portanto,
é correta a opção C.
PROFESSOR VICTOR ALAN
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* 1: Observa-se positiva a visão que o brasileiro tem do seu
país, pois, mesmo com a crise política existente,
muitos, ainda, têm esperanças de que, nas próximas
eleições, terão as chances de mudar essa situação.
COMENTÁRIO CURSO DE FÉRIAS – LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS
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2: O direito ao voto foi uma conquista bastante
importante para o brasileiro, porém muitos não o
valorizam, posicionando-se, de maneira descompromissada,
em relação a esse ato de cidadania.
3: Uma maior participação da nossa sociedade no
combate à corrupção revela-se extremamente
necessária, pois, atualmente, essa prática tornou-se um
ato bastante comum em situações bastante corriqueiras
do brasileiro.
4: Muitas pessoas, nos Estados Unidos, comparam o governo
atual com o do ex-presidente Barack Obama e alegam
mudanças positivas e negativas quanto à nova gestão.
5: É urgente que o Governo Federal proporcione ao povo
brasileiro medidas eficazes para melhorar a situação
do ensino público do país, por exemplo, a criação de
novas escolas profissionalizantes.
6: b) “O detento é obrigado a mostrar progressos, para
provar que pode ser reincluído na sociedade.”
Comentário: quando se tem oração subordinada
adverbial depois da principal dela, o emprego da
vírgula é facultativo.
7: “Na mitologia grega: adjunto adverbial de grande
extensão deslocado.
Todos os dias: expressão adverbial de grande extensão
no início do período, contudo, era vencido pela
exaustão, assim a pedra retornava à base: antecede-se
com vírgula orações coordenadas sindéticas.
8: “Atualmente, mesmo após avanços nos direitos desses
cidadãos: adjuntos adverbiais deslocados no início da
oração e em ordem coordenada, a qual é responsável
pela dificuldade de inserção social desse grupo,
especialmente no ramo laboral.: oração subordinada
adjetiva explicativa.
9: “É evidente, portanto: conjunção coordenativa
conclusiva deslocada.
Dessa maneira: elemento coesivo que denota ideia de
síntese, por meio de sua adaptação às necessidades dos
surdos, como oferta do ensino de libras, com profissionais
especializados: adjuntos adverbiais coordenados.
10: “O filósofo italiano Norberto Bobbio afirma que a
dignidade humana é uma qualidade intrínseca ao homem,
capaz de lhe dar direito ao respeito e à consideração por
parte do Estado. Nessa lógica, é notável que o poder
público não cumpre o seu papel enquanto agente
fornecedor de direitos mínimos, uma vez que não
proporciona aos surdos o acesso à educação com
qualidade de vida, o que caracteriza um irrespeito
descomunal a esse público.”
11: “Além disso, outra dificuldade enfrentada pelos
surdos, para alcançar a formação educativa, se dá pela
falta de apoio enfrentada por muitos no âmbito
familiar, causada pela ignorância quanto às leis
protetoras dos direitos do deficiente que gera uma
letargia social nesse aspecto.”
12: “Hodiernamente esse mito assemelha-se à luta
cotidiana dos deficientes auditivos brasileiros, os quais
buscam ultrapassar as barreiras as quais os separam do
direito à educação. Nesse contexto, não há dúvidas de
que a formação educacional de surdos é um desafio no
Brasil, o qual ocorre infelizmente devido não só à
negligência governamental, mas também ao preconceito
da sociedade.”
13: a) “Gostar daquilo que é gostável é fácil [...]”.
Comentário: o pronome “daquilo” anuncia a oração
“que é gostável é fácil”
14: O Ceará é um ponto turístico bastante procurado por
muitos turistas, pois o Estado, além de possuir
praias paradisíacas, é conhecido como um celeiro de
humoristas. Estes lotam casas de espetáculos
localizadas na orla e em outros pontos turísticos e
divertem os visitantes com suas piadas criativas e
personagens distintos.
15: A Reforma Trabalhista teve sua aprovação no ano
passado, e já pode ser percebida em algumas situações.
Segundo os idealizadores, ela tem mais de 100 novas
regras para serem cumpridas por empregador e
empregadores. Estas proporcionarão mudanças em
contratos que estabelecem relações trabalhistas.
16: O trabalho escravo é combatido frequentemente no
Brasil, uma vez que isso macula a dignidade humana,
pois a esta é garantida pela nossa Carta Magna.
17: Paraguaçu era uma índia da tribo dos tupinambás,
filha do cacique Taparica, que deu nome à ilha de
Itaparica. A vida dela mudou depois que conheceu o
português Diogo Álvares Correia, o Caramuru.
Em 1528, eles viajaram rumo à França. Lá, ela
recebe o batismo na igreja de Saint-Malo. Convertida
ao catolicismo, adotaria o nome de Catarina do Brasil
ou Catarina des Granges.
18: Chica da Silva nasceu em 1732, no Arraial do
Tijuco, hoje Diamantina (MG), nascida de mãe escrava
e um militar português. Este as abandonou e não lhes
concedeu alforria. Posteriormente, foi escrava de um
médico e teve com ele um filho.
19: d) o pronome indefinido “isso”, em “isso se deve”,
marca uma remissão a ideias do texto.
Comentário: o pronome retoma a ideia contida nos
períodos anteriores.
20: A. “nisso” introduz o fragmento “botar a cara na
janela em crônica de jornal”.
Comentário: percebemos que o pronome trabalha
como elemento catafórico, pois anuncia uma
informação após ele.
21: d) mesmo traz ideia de concessão, já que “com mais
posse de bola”, ter dificuldade não é algo
naturalmente esperado.
Comentário: o termo denota a concessão, elemento
que proporciona o que chamamos de quebre de
expectativa do senso comum.
22: a) a expressão “Além disso” marca uma sequenciação
de ideias.
Comentário: o termo “além disso” já anuncia que
mais informações virão, comportando-se como um
elemento aditivo.
23: Os corredores dos hospitais públicos estão com os
corredores lotados uma vez que o número de leitos é
pouco para o número de pacientes.
24: O programa PROUNI foi criado pelo Governo Federal
para facilitar o acesso de jovens à universidade.
25: É preciso mais empenho no setor da educação,
para que a difícil situação das escolas públicas
possa ser melhorada.
COMENTÁRIO CURSO DE FÉRIAS – LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS
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26: Embora haja investimentos em projetos sociais,
ainda não são suficientes para suprir as necessidades
da população menos favorecida.
27: A intolerância religiosa tem crescido bastante nos
últimos anos, porque as pessoas não aceitam que
outras crenças sejam também dignas de respeito.
Comentário: o conectivo “posto que” denota ideia
de concessão, não de causa, como pede o período.
28: Como não se controla o desperdício de água, os
consumidores excessivos dela serão punidos com multas.
Comentário: conquanto denota ideia de concessão.
29: Os números de impostos são tão exorbitantes no Brasil,
que deixam os contribuintes indignados.
Comentário: logo denota ideia de conclusão, e o período
pede conectivo que denote ideia de consequência.
30: Complete as lacunas do texto com os conetivos
adequados, os quais se encontram no quadro abaixo
Desse modo – para – Ademais – Nesse contexto
– As quais – Por exemplo – Então – Além disso –
Assim – Como – A fim de que – Também –
Que – Entretanto
Na sociedade contemporânea, a preocupação com o meio ambiente vem crescendo nos últimos anos, aumentando a prática de propostas ecológicas para reduzir os danos à natureza. Entretanto, no meio empresarial, a sustentabilidade ainda é suprimida pela ambiciosa busca ao lucro. Essa realidade incita uma ação efetiva das empresas e do Estado para solucionar a situação. Nesse contexto, os prejuízos ambientais causados pelas grandes companhias são inúmeros, e muitos são tão abrangentes que se tornam irreparáveis. A emissão de gás carbônico na atmosfera, por exemplo, é um dos principais danos causados pelas diversas fábricas as quais utilizam combustíveis fósseis em suas produções e é considerado um fator agravante do aquecimento global. Além disso ou Ademais, o desmatamento provocado pelas madeireiras e o destino errôneo do lixo também são problemas usualmente desprezados pelos empresários. Além disso ou Ademais, as punições às empresas que prejudicam o meio ambiente são pouco efetuadas pelo Estado, pois, em alguns casos, há a corrupção por parte de algumas autoridades as quais aceitam subornos de grandes incorporações, então/assim livrando-as do pagamento de multas. Consequentemente, tais atitudes corruptas se tornam fatores contribuintes para o aumento da sensação de impunidade desses criminosos. Dessa forma, é necessário que as empresas pratiquem efetivamente ações sustentáveis, como a redução de emissão de CO2, o reflorestamento e a reciclagem, a fim de que os danos ambientais causados por elas sejam reduzidos. É preciso, também, que o Estado efetive as punições dadas aos crimes contra o meio ambiente, aumentando a fiscalização e garantindo que a corrupção passiva dos órgãos governamentais não deixe impunes os empresários infratores. Dessa forma/Assim, a sustentabilidade empresarial será tratada com a devida importância.
31: No Brasil, as modalidades de cursos educacionais a
distância têm crescido vertiginosamente. Apesar de
a população pensar que esse método educacional
está ligado às novas tecnologias, o surgimento do
ensino a distância no país ocorreu no ano de 1904,
por meio de um curso de idiomas. Sendo assim,
percebeu-se que, com esse método, poderiam existir
maiores flexibilidades do ensino e uma ampliação da
educação para as pessoas de baixa renda, por isso a
adoção desse sistema é de extrema importância para
a sociedade.
32: É verídico que, com a modernidade medicinal, as
enfermidades de grande impacto social foram
consideradas erradicadas. Ademais, assim como
ocorreu o avanço na área médica e de medicamentos,
houve mudanças no estilo de vida da população e as
doenças reemergentes voltaram a preocupar a
sociedade.
33: A princípio, surge a forma com que o contexto
capitalista afeta a natureza e altera as dinâmicas
ambientais sem que ocorram consequências
adequadas para os culpados. Quanto mais o lucro é
buscado maior são os impactos naturais que afetam
animais silvestres e seres humanos.
34: Na idade Média, século XIV, a população europeia
foi dizimada pela Peste Negra, doença decorrente do
desleixo e da falta de saneamento básico. Mas, com o
passar do tempo, foram criados vacina e antibióticos
para combater esses males, que acabaram,
beneficamente, controlando muitas doenças que
eram fatais, como a tuberculose, a malária e a sífiles.
Todavia, é inegável que muitas dessas doenças têm
retornado e assolado a população.
35: Denota-se que os equipamentos tecnológicos,
por exemplo, os smartphones, têm se tornado bastante
úteis e importantes no dia a dia da sociedade.
Nesse sentido, um celular nos lembra os afazeres de
casa e do trabalho.
36: Muitas vezes, algumas pessoas consideram a
tecnologia uma vilã, que veio prejudicar a
convivência na sociedade. Nesse sentido, pesquisas
já comprovaram que 78% da população adulta
atribuem a ela a falta de interatividade “ao vivo”
entre os jovens.
37: Jamais se viveu, no Brasil, um crescimento de uso
de celular desde quando este foi lançado no final dos
anos 1990, porque se percebe que cada cidadão
possui algum tipo de smartphone.
38: O uso de tecnologia, de forma exagerada, implica
vício do usuário que se prejudica devido à
dependência desse recurso. Por isso saber usufruí-la,
de forma consciente, é necessário.
39: Quando muitos brasileiros se aliviaram por já terem
pago as dívidas com imposto de renda, surge o
aumento da alíquota que lhe deixarão assombrados.
COMENTÁRIO CURSO DE FÉRIAS – LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS
6 002.855 – 128984/18
40: No século XIX, o Romantismo transmitia, pela
representação de personagens literários, uma conduta
de submissão feminina que compactuava com os
valores morais da época. Nos dias atuais,
a escritora Chimamanda Adichie alega que o
problema do gênero consiste em descrever como
devemos ser, em vez de reconhecer quem somos,
o que comprova um modelo arcaico enraizado na
sociedade. Nesse sentido, a cultura de assédio no
Brasil é fruto de reflexos históricos, e, para garantir
o respeito à mulher e liberdade dela, intervenções
são necessárias.
PROFESSOR TOM DANTAS
AULAS 1, 2 E 3
1 2 3 4 5
A E A A A
6 7 8 9 10
A E C A A
11 12 13 14 15
E A A D B
16 17 18 19 20
C C E A A
21 22 23 24 25
B B B B C
26 27 28 29 30
D A E B C
31 32 33 34 35
B B E C A
36 37 38 39 40
A A D E B
41 42 43 44 45
A A B D D
46 47 48 49 50
A E E A A
51 52 53 54 55
E A E A A
56 57 58 59 60
A A B C E
61 62 63 64 65
A B A D E
66 67 68 69 70
A D C B E
71 72 73 74 75
C E A D D
* 1: A crítica do autor do cartum recai sobre a relação
exacerbada que certas pessoas mantêm hoje em dia
com as redes sociais, pois, no momento em que os
noivos se casam, utilizam as redes sociais, a ponto de
o padre permitir que eles atualizem seus status.
2: Dentre as estratégias de persuasão utilizadas pelo autor
do anúncio, destaca-se a exemplificação, pois nota-se
a ênfase que se dá à ideia de proibição do mosquito
Aedes aegypti.
3: No soneto, a passagem “travo de angústia nos
cantares” pode significar “poesia eivada de amargura”,
ou seja, é uma hipótese interpretativa aceitável para a
passagem, já que “travo de angústia” significa
amargura, e “cantares”, o ato de compor versos.
4: No poema de Carlos Drummond de Andrade,
a antítese, figura típica do barroco estético, ocorre no
verso “onde nada, tudo.”, o que pode ser entendida
como sendo próprio do barroco. Porém, não podemos
esquecer que o poema pertence, sobremaneira, ao
modernismo estético da segunda fase.
5: É preciso que o candidato perceba que o comando indica
que o autor do anúncio usou, como estratégias de
persuasão, imagens de alimentos saudáveis, silhueta de
um corpo em forma e linguagem verbal; por isso, acerta
quem aponta que o leitor é incitado a desenvolver práticas
esportivas regulares (informadas no texto) e a alimentar-se
em consonância com suas necessidades biológicas, ou
seja, ingerindo somente aquilo de que precisa.
6: As duas respostas dadas à indagação apresentam
posicionamento diferente. Porém, notamos uma
aproximação quando Sérgio Filho deixa entrever que o juiz
deve ter a prerrogativa para decidir a punição para aqueles
adolescentes que preferem o crime à vida honrada.
7: No poema representativo do Modernismo literário
brasileiro, Carlos Drummond de Andrade só não
transgrediu a norma-padrão quando repetiu “No meio
do caminho” e “Tinha uma pedra”, pois o ato de
repetir não se trata de uma fuga à norma-padrão da
língua portuguesa.
8: Na poesia de Adélia Prado, a personificação do amor,
que age em todo o poema, é algo que chama a atenção,
pois o sentimento passa a ser o principal personagem.
9: No poema de Oswald de Andrade, o verso “pernas e
cabeças na calçada” refere-se, metonimicamente,
ao jogo de capoeira. Já no quadro de Carybé, a imagem
fala por si só, dispensando, assim, o recurso metonímico
para indicar o jogo de capoeira.
10: Dentre as várias funções que uma obra de arte pode
exercer, podemos afirmar que a obra de Cândido Portinari
– Lata D’água na Cabeça – denuncia as condições
precárias de um povo em relação ao acesso à água.
11: No soneto, há sim função emotiva, mas, como o
comando direciona – por utilizar uma linguagem
lírica, eivada de musicalidade e de padrão estético –,
tem-se o predomínio da função poética da linguagem,
que centra sua mensagem na forma como a mensagem
é transmitida ao leitor.
12: No poema, João Cabral de Melo Neto explora de
forma metafórica a relação entre poças isoladas de
água e palavras em situação de dicionário, ou seja, sem
a sintaxe (a relação), o discurso, que permite ao leitor
relação sentidos e construir um todo.
13: Quando analisamos o fragmento de texto de A Bagaceira,
de José Américo de Almeida, e a pintura Menino Morto,
de Cândido Portinari, notamos que há entre eles uma
denúncia grave à situação do sertanejo, a qual contribui
para o êxodo de parte dessa população.
14: O bom usuário do português consegue entrever que, na
redação do aluno de Química, há falhas relativas à
convenção ortográfica (trasido em vez de trazido),
à acentuação (familia em vez de família) e à sintaxe
(“as penalidades fosse” em vez de “as penalidades fossem”).
Percebe-se também que não se trata de um bom leitor.
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15: No Texto II, percebemos que a variação da linguagem,
que ocorre no Texto I, decorre de fatores contextuais,
o que justifica o uso da variação coloquial da linguagem.
16: Na observação que se pode fazer da peça publicitária
em questão, nota-se que o público-alvo são os usuários
da Internet, pois divulga-se o site do YouTube com a
finalidade de ganhar adeptos.
17: No texto machadiano, a função de linguagem predominante
é a metalinguística, pois o código explora o próprio
código. Isso ocorre principalmente quando o autor
afirma: Tirei hoje do fundo da gaveta, onde jazia a
minha pena de cronista.
18: Na obra Mona Lisa, de Leonardo Da Vinci, a técnica
do sfumato consiste em criar gradientes no uso de luz e
sombra. Essa técnica foi, durante séculos, copiada por
artistas em todo o mundo.
19: Como se pode observar com a leitura do texto, o hipertexto
se caracteriza por permitir ao leitor fazer uma leitura não
linear, muitas vezes, transversal. Há possibilidade de se
começar por vídeos, fotos, imagens, etc.
20: No poema, a tonalidade discursiva predominante é a
pessimista, já que percebemos, a partir da leitura,
que Drummond discorre sobre as ações do mundo
sobre o homem, que sofre as agruras da vida na Terra.
21: Na questão, o texto ora apresentado enquadra-se no
gênero notícia, pois tem a função de informar o leitor
sobre algo e apresenta formato clássico desse gênero
(título, subtítulo, lead e corpo).
22: No caso do texto I, tem-se uma variação histórica
(diacrônica); já no texto II, nota-se uma variação diastrática,
pois há como causa fatores ligados à cultura e à educação.
23: O Ombudsman exerce papel fiscalizador em relação ao
veículo de comunicação para o qual trabalha. Ele pode
fazer crítica tanto a empresa em que trabalha quanto a
aspectos diversos da sociedade.
24: Pelas características, pelo estilo, pela funcionalidade e
pelo formato, percebemos que o texto ora reproduzido
nesta questão se enquadra no gênero resumo.
25: No soneto, há sim função emotiva, mas, como o
comando direciona – por utilizar uma linguagem
lírica, eivada de musicalidade e de padrão estético –,
tem-se o predomínio da função poética da linguagem,
que centra sua mensagem na forma como a mensagem
é transmitida ao leitor.
26: O texto da autora deixa entrever, entre outras coisas, que,
por meio da evolução linguística, pesquisadores podem e
devem encontrar informações relevantes ao entendimento
das sociedades em suas mutações, pois a língua é capaz
de revelar aspectos sociais, históricos, econômicos e
culturais de um povo em uma determinada época.
27: O conto caracteriza-se por apresentar uma unidade
dramática, diferenciando-se, por isso, da novela e do
romance, que, comumente, são plurais. No fragmento
inicial do conto A moça mais bonita do Rio de Janeiro,
Artur Azevedo descreve um pouco da personagem
Mafalda e envolve-a em uma atmosfera de encantamento.
Isso leva o leitor a inferir que o drama do conto deve
recair sobre Mafalda, sendo esta informação verdadeira
ou não ao final da narrativa.
28: A Era de Ouro do Rádio no Brasil marcou uma época em que as novelas de rádio, os programas ao vivo e a Música Popular Brasileira detinham grande espaço. Com a televisão, porém, as atenções, de imediato, mudaram, pois tanto a imagem quanto o som estavam presentes no novo produto, o contribuiu para que o rádio fosse perdendo o prestígio na época. Hoje se sabe que o rádio tem seu espaço garantido no mercado consumidor.
29: Como se trata de um gênero jornalístico, em que se exige conhecimento prévio do leitor para acessar a mensagem, notamos que predomina a função referencial, que se caracteriza por ser imparcial, impessoal e informativa.
30: No uso da linguagem, a expressão metafórica “ter batido as botas” destoa do uso da norma-padrão, uma vez que é, comumente, usada na variante coloquial.
31: No poema, o uso do estrangeirismo delivery é visto pelo autor como um exagero. Vê-se, assim, a necessidade de se pôr limites ao uso exagerado de palavras estrangeiras no Brasil em detrimento da língua materna.
32: O uso da palavra Lusamérica, na letra da canção de Caetano Veloso, constitui um neologismo, ou seja, trata-se de uma inovação vocabular no idioma português.
33: O uso das expressões “guria” e “bah, tchê” revela variação regional, pois são utilizadas no estado do Rio Grande do Sul, o que revela léxico característica desse estado brasileiro. Isso não significa que o falante dessas expressões não domine a norma-padrão, tampouco não tenha frequentado a escola na infância.
34: A questão explora situação de comunicação e uso da linguagem. Como uma entrevista de emprego é uma situação formal, o adequado é que se use a norma- -padrão da língua em uso. Sendo assim, acerta quem marca a alternativa C.
35: A peça publicitária utilizada nesta questão visa levar o leitor a mudar comportamentos e hábitos frente ao consumo de água potável no Planeta. Então, acerta a questão que percebe que o leitor é incitado, por meio de recursos verbais ou não verbais, a consumir conscientimente água potável no Planeta.
36: Todo obra de arte exerce uma ou mais funções. No texto da questão, por exemplo, chama-se atenção para a função utilitária da arte, já que antropólogos, historiadores e arqueólogos consideram em seus estudos objetos pré-históricos, os quais são portadores de utilidade doméstica ou religiosa.
37: A crítica do autor da charge se traduz no uso de recursos não verbais (duas réguas de tamanhos não equivalentes) usados com o intuito de demonstrar para o leitor o desempenho decrescente do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro e o desempenho crescente da inflação no País.
38: Na letra da canção Samba do Arnesto, de Adoniran Barbosa, o uso de expressões como “fumos”, “encontremo”, “voltermos” e “esperá” reflete a formação educacional de seus usuários. Observemos que essa variação de uso da língua portuguesa pode ocorrer tanto na fala como na escrita, mas traduz o coloquialismo e as falhas de uso da convenção da escrita, próprios daqueles que pouco tiveram acesso à formação acadêmica.
39: No trecho da música Sinal Fechado, de Paulinho da Viola, percebemos que predomina a função fática porque o autor deixa entrever que as personagens se utilizam de procedimentos linguísticos para manter o canal de comunicação aberto à mensagem. Esses procedimentos são notados em “Olá”, “tudo bem”, “e você”, etc.
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40: A inter-relação entre o texto e a imagem (pintura rupestre) se dá porque a imagem é um exemplo de pintura em rocha, conforme afirma o texto em seu primeiro período. É preciso perceber, porém, que a pintura, presente em II, não é exemplo dos bastões entalhados em ocre, mas outra pintura rupestre feita em rocha.
41: No poema de Olavo Bilac, percebemos que o eu lírico dá vazão aos seus sentimentos quando identificamos a presença de pronomes (meu, me) e verbos (sinto, escuto) em primeira pessoa. O uso da primeira pessoa caracteriza a presença da função emotiva da linguagem, também conhecida como função expressiva.
42: No gênero em questão – a entrevista, percebemos que a função informativa se destaca, já que, a partir dos turnos de fala, podemos extrair informações consistentes sobre Clarice Lispector.
43: No folder, tem-se a função conativa da linguagem, pois o discurso verbal usa o modo imperativo e dirige-se ao leitor. Há também a tentativa de persuadir o leitor quando se colocar um artista famoso (o ator José de Abreu) para anunciar e uma beneficiária (Maria Pia Albuquerque) do Programa. Observações: a) não se pode falar em público específico para a campanha; c) o símbolo da campanha não é a principal estratégia, pois muitas pessoas até desconhecem esse símbolo; d) as informações de como ser um doador não aparecem na peça publicitária mostrada; e) não se pode dizer que os recursos são pouco convincentes, tampouco que o público é indefinido, já que se dirige a todos.
44: Uma das estratégias mais visíveis ao leitor é a imagem de um possível tuberculoso em movimento. Note que as informações verbais têm menos impacto do que os recursos não verbais.
45: Das inferências postas como resposta, a que melhor traduz o significado do texto é a que afirma que a Literatura contribuiu para resguardar a origem da cultura do samba. Isso se comprova quando se nota a presença do cronista Francisco Guimarães e do romancista Aluísio Azevedo como guardiães da cultura do samba em solo brasileiro.
46: No Enem, os gêneros textuais transitam por toda a prova, uma vez que a leitura e a escrita desses gêneros devem fazer parte da vida escolar de qualquer estudante. No caso da carta de candidatura espontânea, o leitor logo notará a função social que esse gênero desempenha, uma vez que permite ao primeiro locutor se mostrar apto a ocupar uma vaga no mercado de trabalho.
47: No poema, Carlos Drummond de Andrade tece comentários sobre a língua usada no dia a dia e a língua usada pelo professor Carlos Góis. Segundo ele, há uma distância enorme entre a língua falada por ele e aquela que lhe é explicada pelo professor, que costuma seguir normas gramaticais. O poeta Carlos Drummond de Andrade seguiria o padrão culto da língua, caso escrevesse a sentença: Dominar o português padrão é um dever de todos. As outras sentenças atenderiam à norma-padrão desta forma: “Maria Eduarda deu-lhes boas-vindas.”; “O dinheiro, a que fiz alusão, é o mal do homem.”; “Tu e ela formais um casal apaixonado.”; “A Copa do Mundo de 2014 será neste país.”.
48: Dentre os argumentos mencionados pelo padre Demetrius dos Santos Silva, na defesa de sua tese, não encontramos a ideia de que Cristo não abençoa qualquer atitude política em solo brasileiro. Os demais argumentos enumerados encontram respaldo ao logo do texto.
49: Há ambiguidade no anúncio, porque, ao escrever “só mente”, o leitor poderá entender que somente aos domingos o corte de cabelo custa três reais ou que o cabeleireiro mente aos domingos. Então, acerta quem marca alternativa A.
50: A peça publicitária em questão objetiva mudar comportamento de um público-alvo específico. Além de usar linguagem verbal, o autor do cartaz reforça seu público-alvo ao ilustrar com exemplos a quem a peça publicitária quer atingir.
51: Como se pode perceber, o objetivo da campanha é
convencer o maior número de internautas, para que
mais pessoas sejam conscientizadas desse problema de
ordem social.
52: Como o comando informa que predomina o teor lírico
da mensagem, ou seja, o lirismo do texto, a musicalidade,
vê-se logo que a função de linguagem que predomina
na canção é a poética.
53: Comparando o texto com a gravura pré-história, podemos
inferir que o homem primitivo revela esforço, pois,
ao retratar animais em cavernas, reflete a necessidade de
que ele tinha de representar o mundo à sua volta.
54: Como se pode notar na imagem de Pietà, Michelangelo,
ao compor a imagem de forma triangular, alterou
deliberadamente as proporções, de modo que Cristo é
menor que a Virgem, e representou Maria muito jovem
e com expressão contrastante com a angústia que,
tradicionalmente, os artistas lhe imprimiam.
55: Comparando os textos I e II, podemos inferir que Narciso, personagem da mitologia grega, é vítima de seu ego, pois deixou levar-se de tal modo por sua beleza que “naufragou” seu próprio mundo.
56: Pela leitura do texto, percebe-se que, com as ações de Téspis, culmina-se com a criação da profissão de ator, uma vez que Téspis passou a “incorporar” o deus Dionísio, e não somente representá-lo a distância.
57: Dentre os temas apresentados, o que melhor justifica a abordagem do tema é o existencialismo, dada às reflexões que o eu lírico leva o leitor a fazer sobre o personagem José e às indagações quase que metafísicas feitas pelo eu lírico.
58: O humor da tirinha aparece no uso de palavras homófonas heterográficas (assento e acento), pois, na pronúncia, não há diferenças, o que contribuiu para que se gerasse o humor da tirinha.
59: Pelo diálogo que se estabelece nas três estrofes apresentadas, vê-se que o poema alterna, a cada estrofe, emissor e receptor, pois, no fragmento, ora fala a mãe, ora fala as filhas.
60: Pela intencionalidade do anúncio e pelo uso da forma imperativa verbal, vê-se que, no anúncio em questão, predomina a função apelativa da linguagem.
61: Na tirinha, o registro coloquial aparece no uso da forma “tô” no lugar de “estou”, o que caracteriza coloquialismo discursivo.
62: No fragmento de conto de Machado de Assis, notamos a presença de narrador-observador. Esse tipo de narrador não participa dos fatos narrados e também pode coincidir com o narrador onisciente. No fragmento, porém, não há discurso indireto livre, o que inviabiliza a alternativa E.
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63: Na obra Moça com brinco de pérola, de Johannes Vermeer, tem-se o estado figurativo da arte, o qual se caracteriza por apresentar representação pictórica, natural, fiel aos traços reais.
64: A notícia é um gênero informativo, imparcial e impessoal. Deve primar pelo distanciamento do autor, o que permite o uso da terceira pessoa. Predomina nesse tipo de gênero a função referencial da linguagem porque se volta para o contexto, o que exige do leitor conhecimento prévio.
65: O texto publicitário visa, sobretudo, mudar o comportamento de um determinado público. No caso da peça publicitária usada nesta questão, a intenção do autor é valorizar a adoção [Adotar é tudo de bom] como saída para dramas sociais.
66: No caso do texto lido, o consumidor que utiliza sacolas plásticas é o principal público-alvo. O autor faz uso de argumentos que procuram estimular, no consumidor, o abandono do uso de sacolas plásticas, pois os danos causados por estas ao meio ambiente são imensos. A compra de sacolas de pano seria uma excelente opção de mudança, podendo ser adquiridas em qualquer lugar, inclusive, nos supermercados.
67: O consórcio das linguagens verbais e não verbais nesse gênero textual, cuja função é a conativa ou apelativa, tem a finalidade de persuadir o leitor, informando-o dos riscos do uso do cigarro. Para tanto, o texto usa a estratégia de mostrar a relação direta entre o consumo do cigarro e as possíveis consequências – no caso problemas no aparelho respiratório – resultantes desse consumo.
68: O texto exibe uma temática, que é a importância da ética na sociabilização do indivíduo com o intuito de ter uma vida digna. Daí, responder perfeitamente à questão o que se afirmar na alternativa C – experiência democrática deve ser um projeto vivido na coletividade, como mostra o fragmento “um projeto que se realiza nas relações da sociabilidade humana, não tão somente das classes menos favorecidas, mas de um modo geral, universal.
69: No texto, nota-se que o autor contesta ponto de vista de sociólogos, psicólogos e historiadores ao considerar que alguns comportamentos da sociedade brasileira são resquícios da Inquisição.
70: Em ambos os textos, temos opinião sobre o uso do idioma em solo brasileiro. No texto I, o autor defende um rigor ao idioma pátrio, não permitindo, sequer, pequenos deslizes; no texto II, o autor busca uma linguagem próxima da jornalística, o que permite alguns deslizes em relação ao uso da norma-padrão do idioma.
71: As relações semânticas ocorrem entre palavras, entre sintagmas, entre períodos, entre parágrafos, entre textos... No texto da questão, vê-se uma relação de causalidade implícita entre o primeiro e o segundo parágrafo.
72: Nota-se que, ao confrontar o texto com a imagem, o tema é recorrente em ambos, embora o texto mostre as disparidades existentes na agricultura brasileira – alta tecnologia e condições de trabalho – e a imagem ironize tal tema.
73: A campanha publicitária visa convencer o leitor de que o tráfico de animais silvestres brasileiros ameaça a biodiversidade nacional. Nota-se isso pelos usos de textos verbais e não verbais na campanha, usados como estratégias de persuasão.
74: Por usar a própria linguagem verbal a fim de explicar o que são expressões idiomáticas, o autor do texto fez uso da metalinguagem, pois define o que são essas expressões e explica como elas passam a fazer parte do cotidiano das pessoas em diferentes regiões do país.
75: No texto, o autor tem por finalidade expor ao leitor o transtorno compulsivo por alimentação. Percebe-se isso quando se nota que, em boa parte do texto, a sequência textual expositiva prevalece.
PROFESSOR DANIEL VICTOR
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
* * * * * * * * * *
* Resposta com o professor.
PROFESSOR HERMESON VERAS –
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
1 2 3 4 5
* * * * *
* Resposta com o professor.
PROFESSOR HERMESON VERAS –
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11
B D E C A C D B B D C
12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22
E A C D B B B E D A D
* 1: Meio Ambiente, ame-o por inteiro é o slogan trabalhado pela equipe do FB Ideias, que procura estimular a mudança de atitude a novas gerações cujo reforço está pautado na imagem da garotinha fechando a torneira a fim de evitar o desperdício. Com isso, o anúncio sugere, por meio de linguagem verbal e não verbal, que as ações conscientes devem ser ensinadas, em especial aos jovens, para que haja uma ideia de preservação ambiental.
2: O slogan “uma escola iluminada pelo vento” é construído por meio de um recurso expressivo chamado metonímia, que consiste em empregar um termo no lugar de outro, havendo entre ambos estreita afinidade ou relação de sentido. Sabe-se que há vários tipos característicos da metonímia e o adotado pela equipe do FB IDEIAS é a noção de efeito pela causa, pois os ventos irão fazer girar as hélices da turbina eólica (causa), criando energia limpa a qual iluminará o colégio Farias Brito (efeito). Com isso, está correto o que se afirma no item D.
3: No anúncio em análise, explora-se a função poética da linguagem uma vez que esta peça se utiliza de um jogo de palavras ou trocadilho para a construção de sentido do texto. Tal recurso se baseia na comparação sonora e gráfica entra o nome do perfume “Quasar” e o verbo “casar”, fenômeno estudado pela relação semântica chamada de paronímia.
4: Diversas estratégias argumentativas podem ser usadas para envolver o interlocutor e conseguir, assim, a sua adesão à tese defendida. Embora a frase transcrita em A, “largue tudo de repente sob os olhares a sua volta”, pretenda envolver diretamente o leitor através da função conativa, ela não constitui em si um recurso linguístico-discursivo exigido no enunciado da questão. Isso só acontece na frase da opção C, através da explicitação do interlocutor relativamente ao enunciado anterior: “espécie da qual você, milenarmente cansado, talvez se sinta um tanto excluído”.
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5: Para convencer o público da influência do glúten e da lactose no desenvolvimento de distúrbios no organismo de pessoas sensíveis a essas substâncias, o autor vale-se de um relato pessoal (“Encontrei a resposta numa nutricionista: eu tinha intolerância a glúten e a lactose”, “eu sei muito bem que não é só modismo – eu sinto na barriga”), como se afirma em A.
6: Segundo o texto, as estratégias argumentativas e o uso da linguagem conativa, usadas na produção da propaganda, são organizadas de maneira a influenciar e persuadir o destinatário a fim de vender determinado produto ou ideia para um grupo social específico. Assim, é correta a opção C.
7: Nem a pergunta do título é respondida afirmativamente pelo autor do texto, nem os posicionamentos de estudiosos sobre o assunto são idênticos aos seus, o que invalida as opções A e B. Como as aspas presentes em “bolha ideológica” expressam concordância com o seu próprio ponto de vista e o autor apresenta posicionamento contrário ao de estudiosos sobre tal assunto, também as opções C e E são incorretas. Assim, é válida apenas D.
8: Deve considerar-se “argumento de autoridade” a opinião de alguém que tem certo respaldo em determinada área do saber, seja por formação acadêmica ou contribuição na área. No texto em questão, não existe citação de especialista, mas sim uma opinião de autor desconhecido fundamentada em pretensas pesquisas que nem sequer são mencionadas. Assim, podemos assinalar a opção B como a única que emite opinião fundamentada o que pode designar autoridade de argumento, mas não argumento de autoridade como é solicitado pela banca no enunciado da questão.
9: O anúncio tem o intuito de persuasão, cuja finalidade é a de convencer as mães para que deixem seus filhos com uma programação de qualidade e conteúdo pensado especialmente para eles, sem o apelo comercial das outras emissoras.
10: a) Não há comparação entre situações de uso e de não uso de sacolas plásticas, apenas ênfase aos danos causados no mundo.
b) Danos aos animais são apenas um dos danos elencados no texto.
c) Não há dados nem estimativas, apenas alusão aos problemas causados pelo uso de sacolas plásticas ao redor do mundo.
d) Correta. O autor ilustra citando os mais diversos problemas causados pelas sacolas plásticas, até porque elas são leves para voar, aparecendo em vários lugares diferentes e igualmente impróprios, como impermeável o suficiente para entupir bueiros e esgotos.
e) O uso das sacolinhas plásticas não é inevitável, há substitutos muito menos poluentes.
11: O artigo transmite as opiniões de várias pessoas entrevistadas sobre a utilização do computador e a forma como cada uma reage à nova tecnologia. Enquanto umas se mostravam renitentes por considerarem imprescindível o contato físico com o papel, outras enumeravam vantagens e benefícios como, por exemplo, ampliação de oferta de pesquisa e correspondência.
12: O texto II mostra um pouco das consequências causadas ao meio ambiente em função da poluição, referindo-se mais especificamente às sacolas plásticas, que oferecem riscos irreversíveis.
13: Em “longe de mim ter preconceito, mas...”, o conectivo
“mas” apresenta, como efeito de sentido, a contradição
na própria lógica argumentativa do personagem que
generaliza a ideia de crime, ao afirmar “Crime é crime!
Se a vítima é gay ou hetero, dá no mesmo!”, sem o
encadeamento de premissas plausíveis para que delas se
tire uma conclusão cabível. O personagem apenas tece
afirmações, sem que haja, em seu discurso,
embasamento para tais. Ao ouvir a argumentação da
outra personagem, ele não contra-argumenta, apenas
afirma: “Dá sim! Dá sim!”, sem elencar nada que possa
justificar seu ponto de vista.
14: Enquanto que, no primeiro parágrafo, o autor se vale
de uma comparação para expor a sua ideia (“educar é
como catar piolho”), nos segundo e terceiro, enumera
uma série ações necessárias à educação de uma
criança: confiança, perseverança, despojamento e
processo de conquista. Assim, é correta a opção A.
15: A argumentação de Susanita é construída a partir de
duas relações de causa e consequência:
Causa 1: Sair na rua sem cultura.
Consequência 1: não há consequências no sentido de prisão.
Causa 2: Sair na rua sem vestido.
Consequência 2: ser preso pela polícia.
A partir dessas duas relações, Susanita consegue provar
que sua tese é a correta, uma vez que coloca que apenas
quando não se usa vestidos na rua é que se sofre uma
consequência. Tem-se, portanto, uma argumentação por
causa-consequência.
16: A citação inicial tem a função de justificar e autorizar
a tese do autor. Para isso, Frei Betto abre sua crônica
utilizando-se das palavras de um notável e reconhecido
escritor latino-americano, a fim de proporcionar mais
credibilidade e, consequentemente, mais autoridade às
suas palavras.
17: O verbo “dever”, posposto a “poder”, amplia a ideia
anteriormente apresentada: além da possibilidade de
acarretar mais recursos ao compositor, a rede tem o
dever de o fazer.
18: Ao criticar a omissão dos governantes, Vieira deixa
implícito que estes devem partir para a ação, como
assinala corretamente a alternativa B.
19: Dentre as alternativas, a única estatística presente
refere-se à última afirmação do texto: “Os fatos
mostram: as empresas em todo o mundo terão,
mais cedo ou mais tarde, de decidir se querem ter metade
da população como aliada ou como concorrente.”
20: a) A palavra escrita não se espelha na falada,
especialmente as diferenças sintáticas são grandes.
b) Não existe um valor cultural específico para o uso
dessa ou daquela modalidade linguística, mas sim
contextos diferentes.
c) Pelo contrário, o fenômeno natural está contido no
cultural.
d) A boa comunicação não se faz apenas através de
ajustes específicos, também se faz necessário
avaliar a capacidade que cada indivíduo tem para
se comunicar.
e) Correta. A boa comunicação implica em saber usar
os recursos linguísticos nas diferentes situações e
contextos.
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21: Tem um papel de contra-argumentação por comparar
dois outros prestigiados idiomas que admitem poucas
formas verbais em sua estrutura sem que isso lhes
cause prejuízo de algum modo.
22: A relação e a difícil definição de fronteiras entre a
razão e a loucura é um tema recorrente na produção
literária de Machado de Assis, assunto explorado com
muita perspicácia pelo escritor. Em Memórias
póstumas de Brás Cubas, Brás Cubas, narrador e
protagonista, apresenta um discurso aparentemente
fundamentado na razão, mas que, repleto de ironia,
não combina com a situação fantástica de um defunto
que conta histórias.
23: O autor defende a tese de que o futebol não florescerá
aqui por não ter sido criado no Brasil, mas sim na
Inglaterra (estrangeirismo). Segundo o cronista,
deveria-se aproveitar ou criar um esporte aos moldes e
às necessidades do povo brasileiro (nacionalismo).
PROFESSOR SOUSA NUNES
PROCEDA ÀS CORREÇÕES E
ÀS EXPLICAÇÕES DOS ERROS
I. Estilo impessoal
A) Emprego da passiva pronominal (voz passiva com se)
Explicação: Quando se tem dúvida quanto à natureza de
um se – pronome apassivador ou índice de indeterminação
do sujeito –, deve-se procurar converter a frase em
passiva analítica (com ser + particípio passado) para
saber qual é o seu sujeito:
– Novos elementos foram descobertos. (Portanto:)
Descobriram-se novos elementos. (Ex.: 1)
– Depois de serem analisadas três amostras...
Depois de se analisarem três amostras... (Ex.: 2)
– Maior número de amostras eram precisadas.
(Frase inaceitável, portanto:)
Precisava-se de maior número de amostras. (Ex.: 3)
Obs.: O verbo, quando exige preposição (como precisar de,
no exemplo anterior), não pode ser usado na passiva, nem
analítica, nem pronominal. Portanto, deve-se escrever:
– Chegou-se a diversas conclusões. (E não: Chegaram-se
a diversas conclusões.)
– Trata-se de diferentes abordagens. (E não: tratam-se
de diferentes abordagens).
Entretanto:
– Tratam-se as amostras de diferentes maneiras,
(Porque: As amostras são tratadas de diferentes maneiras)
B) Nominalizações
Explicação: Muitas vezes a nominalização traz uma
alteração do significado (Ex.: 1 ‘definição’ não tem o
significado de ‘definir’). Em outras, faz surgir ambiguidades
(Ex.: 2 o pessoal técnico pode fazer a nova escolha ou
ser novamente escolhido). (Ex.: 3 A preferência pela
nominalização pode acarretar excesso de palavras.)
II. Fluência e coerência
A) Unidade dos parágrafos:
Explicação: Os três parágrafos devem ser reduzidos a um só por girarem em torno de uma única ideia: a de como se deve estruturar o parágrafo. Explicação: A partir do ponto marcado, iniciou-se uma nova ideia central: os problemas de ordem psicológica – decorrentes da falha do ensino mencionada no parágrafo anterior – tomam o centro da cena. A expressão inserida faz a transmissão de um parágrafo para outro, esclarecendo a relação existente entre eles.
B) Elementos de transição:
Explicação: A relação entre a oração que tem o verbo “sofrer” a e a que tem o verbo “exigir” é de causa e efeito, o que explica a troca de além de pela preposição por. A expressão além de une ideias correlatas.
“Reduzir as probabilidades de falhas”, é finalidade do ‘Acompanhamento periódico’, e isso deve ser expresso linguisticamente, através de conectivos como para, para que, a fim de que. O elemento de transição que inicia o segundo parágrafo não está adequado: não houve nenhuma ‘modo’ ou ‘maneira’ expresso anteriormente que devesse ser ali retomado.
Obs.: Para maiores esclarecimentos sobre estrutura de parágrafos e elementos de transição, indicamos o livro de Othon Moacyr Garcia, Comunicação em prosa moderna.
III. Objetividade, clareza e adequação gramatical
A) Ideias correlatas
Explicação: O uso excessivo de e pode tornar as frases pouco claras. Os exemplos que se seguem apresentam outras maneiras de se transmitir a ideia de adição ou junção sem o uso de e: – O produto, além de apresentar excelente resistência a
umidade e a altas temperaturas, pode ser lançado na praça...
– O produto apresenta excelentes resistência a umidade mas também a altas temperaturas e pode ser lançado na praça...
– O produto apresenta excelente resistência não só a umidade como também a altas temperaturas e pode ser lançado...
– O produto, que apresenta excelente resistência a umidade e a altas temperaturas, pode ser lançado na praça...
Observa-se, no entanto, a frase abaixo, em que também se usa o gerúndio: – O produto, apresentando excelente resistência a umidade
e a altas temperaturas, pode ser lançado na praça...
Nesse caso, parece que o produto pôde ser lançado a preço baixo porque apresenta “excelente resistência...”, o que não é a ideia transmitida nas frases anteriores. É preciso tomar cuidado quando se usa o gerúndio, para não gerar ambiguidade. No exemplo que se segue, a relação é de adição, sem possibilidade de ser interpretada de outra forma. Em tais casos, pode-se usar o gerúndio, sem prejuízo para a clareza:
– O óleo vazava do tanque, espalhando-se pelo chão.
(O óleo vazava do tanque e espalhava-se pelo chão.)
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B) Ideias confiantes
Explicação: A conjunção “e” não traduz a oposição que
há entre as duas ideias. É preciso escolher uma construção
que explicite o sentido de adversidade, oposição, conflito:
– Apesar de se ter empregado a velocidade indicada
pelo fabricante, observou-se um empolamento que
pode ser atribuído...
– O empolamento observado... aquecimento; foi, no
entanto, utilizada a velocidade...
– Utilizou-se a velocidade indicada pelo fabricante e,
mesmo assim (apesar disso), observou-se um
empolamento...
C) Relação de causalidade
Explicação: A relação de causalidade pode ser expressa
de diversas maneiras diferentes:
– Como as peças não serviram por estarem danificadas
em consequência de terem sido mal embaladas,
a operação foi suspensa.
– A operação foi suspensa porque as peças, tendo sido
mal embaladas, estavam danificadas e, por isso, não
serviram.
– As peças não serviram porque, tendo sido mal
embaladas, estavam danificadas. Consequentemente,
a operação foi suspensa.
D) Causalidade + condição ou hipótese/pleonasmo
Explicação: Por questão de eufonia, é melhor não usar
a conjunção condicional se quando ela está imediatamente
seguida do pronome se, como no exemplo 1.
No exemplo 2, a conjunção caso não poderia permanecer
juntamente com o substantivo homônimo. Apresentam-se,
a seguir, outras possibilidades de correção para a frase 1:
– Se, no entanto, se quiser prosseguir a experiência,
deve-se...
– Se for desejável o prosseguimento da experiência,
deve-se.
E) Causa + proporção
Explicação: à medida que tem valor proporcional,
e na medida em que tem sentido explicativo ou causal:
– Na medida em que – ou já que – as especificações
haviam sido atendidas, os resultados eram mais
promissores.
Às vezes se fundem, erroneamente, as duas formas,
resultando em ‘na medida que’ ou ‘à medida em que’.
F) Causa + intensidade (ou consequência)
Explicação: A relação é de causa e consequência, e, na
oração que expressa a causa, há um intensificador do
tipo tão, tal, tanto, tamanho. A segunda oração – a que
contém a consequência – inicia-se, nesse caso,
necessariamente com que.
Nos exemplos que se seguem, ao contrário, o que não pode
ser usado: não há tal, tanto, tamanho na primeira frase:
– O vento estava muito forte, a ponto de (ou: ao ponto de)
impossibilitar a inspeção.
– O vento estava muito forte, de modo que a inspeção
se tornou impossível.
G) Causa + intenção (ou finalidade)
Explicação: “Para” é uma preposição de muitos valores.
Por isso mesmo é fonte constante de ambiguidades e de
erros. Na primeira frase, pode-se entender que os
engenheiros ‘solicitaram ao diretor que a obra fosse
concluída antes do prazo’. Ou, então, pode-se pensar
que o autor, ao escrever ‘para acabar a obra antes do prazo’,
teve a intenção de expressar uma finalidade: os engenheiros
teriam feito várias solicitações ao diretor (no sentido de
lhes ser enviada verba extra, ou de receberem
equipamentos mais modernos, ou de obterem reforço de
pessoal) para (a fim de) terminar a obra antes do prazo.
A segunda frase contém duas finalidades que não
devem ser expressas da mesma maneira. A ideia de
finalidade pode também ser transmitida através de
expressões como porque (se) queira, porque (se)
tencionava, com a intenção de, etc.:
– A macrografia da região foi feita porque se pretendia
testar essa hipótese.
– A macrografia da região foi feita no intuito de testa
essa hipótese.
H) Causa + explicação
Explicação: Num contexto como esse, o revisor deve
procurar saber o que o autor quis de fato dizer. Se era
que a experiência não deu certo por haver muita gente
no laboratório, ou seja, que o excesso de pessoas foi a
causa do insucesso, a frase está certa. Mas se o autor,
pelo fato de haver muita gente no laboratório, pôde
concluir que a experiência não deu certo, é indispensável
a colocação de uma vírgula.
– A experiência não deve ter dado certo, porque havia
muita gente no laboratório.
I) Causalidade + oposição
Explicação: Nesse caso, não se deve juntar a preposição
de ao artigo a porque apesar de estar colocado em função
da frase inteira (‘a temperatura não estar homogeneamente
distribuída’), e não da palavra ‘temperatura’. A contração
iria existir se a frase fosse assim:
– Apesar da temperatura elevada, os CP não mudaram
de cor.
As diversas frases que se seguem – que exprimem
relação de causa inesperada ou contrária – servem para
exemplificar os diferentes meios de expressar essa ideia.
– Embora o custo da inspeção fosse elevado, foi unânime
a decisão de levá-la adiante.
– A inspeção, apesar de ter um custo elevado,
era absolutamente indispensável.
– Esses tubos, mesmo não estando submetidos a esforços,
devem ser constantemente inspecionados.
– Por mais que se protejam as estruturas metálicas
instaladas no mar, elas estarão sempre sujeitas a
corrosão.
Obs.: A anteposição do sujeito quando ele é o mesmo
para as duas orações (como ocorre nos exemplos:
‘A inspeção, apesar de ter..., era absolutamente...’ e
‘Esses tubos, mesmo não estando..., devem ser...’) é,
muitas vezes, essencial para a clareza.
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J) Pronome relativo
Explicação: Quando à frase 1, cabe a pergunta: o que foi
que sofreu danos durante o armazenamento, as amostras
ou os tubos? Se foram as amostras, deve-se usar as quais
ao invés de que; se foram os tubos, use-se os quais.
Essa forma do pronome relativo – o qual e flexões –
serve para desfazer ambiguidades quanto ao seu
antecedente, ou seja, quanto à palavra a que ele se refere.
Na frase 2, o uso de as quais não daria conta de
desfazer a ambiguidade, pois os antecedentes possíveis
– densidades e frequências... – são ambos femininos.
Deve-se, nesse caso, recorrer à repetição do antecedente
seguido de um demonstrativo e do relativo que
(‘frequências essas que....’ ou ‘densidades essas que...’)
O 3º e o 4º exemplos mostram o uso específico de
determinados relativos. Como ‘versão’ indica época e
não lugar, não se deve usar onde, e sim quando,
ou simplesmente em que. O relativo que traduz posse é
cujo, com suas flexões.
É comum o pagamento da preposição que precede o
pronome relativo (Ex.: 5), muito embora isso não deva
ocorrer na linguagem escrita formal. A melhor maneira
de “recuperar” a preposição é procurar refazer a frase sem
o pronome relativo, como nos exemplos que se seguem:
– Os métodos que tratamos estão descritos em
qualquer manual. (tratamos dos métodos, portanto:)
Os métodos de que tratamos estão descritos...
– Os resultados que nos baseamos estavam errados.
(Baseamo-nos nos resultados, portanto:)
Os resultados em que nos baseamos...
– A precisão que foi feita a inspeção demonstra a
seriedade da firma. (A inspeção foi feita com
precisão, portanto:)
A precisão com que foi feita a inspeção demonstra...
– O funcionário que as chaves estão sob a
responsabilidade dele faltou.
O funcionário sob cuja responsabilidade estão as
chaves faltou.
K) Precisão e adequação vocabular
Explicação: A inadequação vocabular pode ser fruto de
um “salto” de raciocínio, que faz o autor suprimir
alguma palavra-elo. É o caso dos exemplos de 1 a 3.
Outras vezes, se usam muito mais palavras que o
necessário (Ex.: 4). A adjetivação imprecisa (Exs.: 5, 6 e 7)
deve ser evitada no texto técnico. Algumas expressões
não se coadunam com o contexto (Ex.: 8), e o autor
deve estar atento a esse fato. É bastante comum a troca
de palavras de sentido semelhante (Exs.: 9 e 10).
A expressão “o fato de” pode dar mais clareza ao texto,
além de ser, em muitos casos, até mesmo indispensável
(Ex.: 11). Uma inadequação bastante frequente é o
emprego de expressões que atribuem características
humanas a fatos ou a seres inanimados (Ex.: 12).
Falar por negativas (Ex.: 13) chega a ser uma característica
de estilo de vários autores, é, inegável, no entanto,
a dificuldade de entendimento que traz para o leitor.
L) Paralelismo
Explicação: Ideias semelhantes devem ser apresentadas
em estruturas sintáticas semelhantes: a essa convenção
se denomina “paralelismo”. Por outro lado, ideias de
natureza diversa não devem vir com a mesma
estruturação sintática, como ocorre no exemplo 19,
em que o ‘supervisor’ está lado a lado com ‘plataformas
e laboratórios’. Pode-se observar pelas correções feitas
nas frases-exemplo que os “pedaços” de estrutura que
estão paralelos devem conter os mesmos elementos
sintáticos. Examinemos o exemplo 4: depois de como
também havia um verbo e seu complemento. Foi, então,
necessário deslocar o não só para antes do outro verbo.
Se o paralelismo fosse engendrado a partir de ‘não só
extremamente baixas’, a frase deveria continuar deste
modo: ‘mas também contrárias a todas as expectativas’,
pois ambos os “pedaços” ficariam ligados a ‘foram’.
No ex.: 12, pode-se constatar que a introdução da
correlação respeitando o paralelismo traz maior clareza
para a comunicação. O cuidado com o paralelismo nos
ajuda a não comparar elementos totalmente díspares,
bem como a dizer exatamente o que queremos,
Tomemos como exemplo a frase:
– A carga que um caminhão transporta geralmente é
mais pesada que um carro.
O autor pode ter querido dizer isso mesmo: o peso da
carga transportada pelo caminhão geralmente é superior
ao peso de um carro. Mas pode também ter tencionado
dizer que a carga transportada por um caminhão é mais
pesada que a carga transportada por um carro.
Nesse caso, a construção adequada seria:
– A carga transportada por um caminhão é geralmente
mais pesada (do) que a transportada por um carro.
M) Ambiguidade
Explicação: Em todos esses casos seria necessário que
o revisor consultasse o autor antes de corrigir a frase.
Nos três primeiros exemplos, a ambiguidade se forma
por se usarem expressões adverbiais (`frequentemente’,
‘somente’ e ‘de acordo com os padrões adotados’) que
poderiam, pelo sentido e posição na frase, estar relacionadas
a mais de um elemento.
As frases 4 e 5 trazem exemplos de ambiguidade gerada
por preposições; nos exemplos 6 e 7 o leitor não poderia
saber, sem consulta ao autor, a quem se referem os
pronomes ‘eles’ e ‘sua’, respectivamente.
Nas frases 8 e 9, a ambiguidade é criada pelo uso do
gerúndio: na 8 – em que a oração gerundiva tem um
emprego nitidamente adjetivo – o leitor não poderia
saber quem aparentava calma; na 9, o gerúndio poderia
estar expressando tanto uma correlação como uma
relação de causa e efeito.
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N) Pontuação
Explicação: Não se pode colocar vírgula entre o sujeito
– ou o último de uma série de sujeitos – e o verbo.
Explicação: Sempre que houver uma série de termos
com mesma função, as vírgulas funcionam como barras
que separam esses termos uns dos outros. Se antes do
último elemento da série for colocado um e, não se
coloca a vírgula e passa-se a ideia de que a série está
completa (Ex.: 3).
Quando se quer dar a ideia de que a série poderia
continuar, põe-se a vírgula sem o e.
Se os itens da série já contêm vírgulas, deve-se usar o
ponto e vírgula, que vai funcionar como colchetes (Ex.: 5).
Nesse caso, o sinal de pontuação vai permanecer
mesmo quando o e está na frase. Na frase 6, a vírgula
deve ser colocada para marcar a supressão de um verbo.
Explicação: A posição “normal” de expressões
adverbiais é depois do verbo e de seus eventuais
complementos. Quando essas expressões estiverem
deslocadas para o início ou para o meio das orações, é
necessário marcar o deslocamento com vírgulas, que
são como parênteses (Exs.: 7, 8, 9, 10).
Às vezes, o deslocamento é mesmo necessário para
desfazer uma ambiguidade (Ex.: 8). As vírgulas que
marcam deslocamentos são dispensáveis quando a
expressão adverbial é de pequena extensão
(ontem, hoje, aqui).
Expressões que servem para reiterar, explicar, introduzir
séries, tais como ou seja, ou melhor, isto é, a saber,
devem vir entre vírgulas (Ex.: 11), o mesmo ocorrendo
com adversativas e conclusivas como porém,
no entanto, entretanto, todavia, logo, pois, portanto,
por conseguinte (Ex.: 12).
Quando a expressão que se intercala é tão longa que
pode dificultar o entendimento, os travessões são preferíveis
às vírgulas (Ex.: 13). Aliás, os travessões também
podem substituir as vírgulas quando se quer dar maior
destaque a um dos elementos deslocados (Ex.: 14) ou
quando já foram empregadas várias vezes as vírgulas duplas.
Explicação: Na frase 15, também caberia, ao invés dos
dois pontos, a inclusão da expressão ‘a saber’
(entre vírgulas, naturalmente). Os dois pontos da frase
16 estão indevidamente colocados porque separam o
verbo do predicativo: para usar dois pontos em
enumerações como a desse exemplo, é preciso que,
antes dos dois pontos, a frase tenha uma palavra que a
complete sintaticamente e esteja relacionada à série que
virá depois desse sinal de pontuação. Exemplificamos:
– Comprei diversos móveis: uma mesa, três cadeiras,
um armário, dois bancos. (Mas não poderia ser:
Comprei: uma mesa, três cadeiras, etc...)
– As principais qualidades do texto técnico são estas:
clareza, objetividade e precisão.
As frases 17 e 18 não estão erradas, muito embora os
períodos de uma só oração, se empregados abusivamente,
comprometam o texto em termos de estilo, tornando-o,
consequentemente, menos comunicativo. Nesses exemplos,
a segunda oração expressa a causa ou explicação do que se
afirmou na primeira. Outra possibilidade de pontuação para
esse caso é o ponto e vírgula:
– Não se deve usar sempre frases curtas; elas podem
tornar o texto enfadonho.
Explicação: A pontuação é essencial para a definição
do sentido nessas três frases. O revisor não poderia
corrigi-las sem antes certificar-se da informação que o
autor pretendia passar.
No exemplo 19, a colocação de uma vírgula única
separa o sujeito do verbo, deixando a frase errada e com
dois sentidos possíveis:
1º Todas as solicitações são justas; portanto, todas devem
ser atendidas.
2º Das solicitações, só devem ser atendidas as que são
justas.
Se o sentido é o primeiro, devem ser colocadas duas
vírgulas:
– As solicitações dos engenheiros, que são justas,
devem ser atendidas.
Caso o sentido desejado pelo autor seja o segundo,
a oração não poderá ter nenhuma vírgula:
– As solicitações dos engenheiros que são justas
devem ser atendidas.
Vejamos outro exemplo:
– Os CP que estavam a mais de meio metro de
profundidade sofreram corrosão. (Ou seja, os que
estavam a menos de meio metro ou não sofreram
corrosão ou se desconhece se sofreram.)
– Os CP, que estavam a mais de meio metro de
profundidade, sofreram corrosão. (Ou seja, todos os
CP em questão sofreram corrosão, e todos estavam a
mais de meio metro de profundidade.)
Na frase 20, o revisor teria de procurar saber se só
pediram demissão os ‘desiludidos’ – caso em que não se
colocaria nenhuma vírgula –, ou se os trabalhadores
pediram demissão por estarem ‘desiludidos’ – quando
seriam necessárias duas vírgulas. Nessa última hipótese,
também se poderia escrever:
– Desiludidos, os trabalhadores pediram demissão.
Também a frase 21 exige correção: há uma vírgula
separando o sujeito do verbo. O revisor deverá procurar
saber se a expressão ‘nesse caso’ se refere a toda a
oração – e então deveria estar entre vírgulas – ou se está
diretamente relacionada a ‘implicados’ – quando não se
deveria colocar qualquer vírgula na frase.
Explicação: Duas orações coordenadas devem ser
separadas uma da outra por vírgula, pois são
sintaticamente independentes. A segunda pode expressar
ideia de adição (Ex.: 22); de oposição – muitas vezes na
forma de ressalva – (Ex.: 23); de explicação (Ex.: 24 e 25);
de conclusão (Ex.: 26); ou de alternativa (Ex.: 27).
Observe-se que, na frase 25, a eliminação da vírgula
muda significativamente a mensagem transmitida,
pois o sentido fica sendo:
– Isso não aconteceria em decorrência de os resultados
terem sido negativos. (Ou seja, a causa de tal fato
acontecer seria outra que não essa explicitada na frase).
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Como vimos anteriormente, antes da explicativa
também se pode usar dois pontos ou ponto e vírgula:
– Isso não aconteceria: os resultados foram negativos.
– Nesse caso, deve-se fazer uma inspeção visual;
algum membro pode ter sido danificado.
Antes da conclusiva virá ponto e vírgula se a conjunção
não estiver no início da oração que expressa a
conclusão. E, por ter sido deslocada da posição de início
de frase, a expressão conjuntiva ficará entre vírgulas:
– Algum membro pode ter sido danificado; é preciso,
portanto, fazer uma inspeção visual.
No ex.: 28, a vírgula não deve ser usada: só há um
sujeito – ‘a fiscalização’ – para dois predicados unidos
por e (‘exige inspeção periódica’ e ‘comunica à sede os
resultados’).
O) Concordância
Explicação: Os problemas relativos à concordância são
frequentes quando o sujeito está posposto ao verbo (nos
exemplos 1 e 3, ‘considerações’ e ‘provas’, respectivamente).
Nos exemplos 2 e 4, a concordância foi feita com outro
termo que não o núcleo do sujeito: isso se explica não
só pelo fato de esses termos – ‘anodos’, na frase 2,
e ‘fatores’, na 4 – estarem mais próximos do verbo do
que a palavra que representa o núcleo sintático do
sujeito, como também pela possibilidade semântica de
eles serem sujeitos das ações expressas nos verbos:
‘os testes com anodos provaram’ e ‘fatores perturbaram’.
Explicação: Nesses três casos, está em jogo a
interpretação do sujeito como simples ou como
composto. No ex.: 5, a escolha da conjunção alternativa
ou ao invés da aditiva e pode levar o revisor a concluir
que não se tratava de um sujeito composto, uma vez que
haveria uma exclusão: só uma das duas medições teria
apresentado resultado incorreto.
Na frase 6, a ausência de sinais de pontuação – duas
vírgulas ou dois travessões – separando ‘quanto as
dimensões’ leva a crer que o sujeito é composto:
o verbo deveria estar no plural. No ex.: 7, ocorre
justamente o inverso: ‘bem como as dimensões’ está
entre vírgulas, o que indica que o autor certamente
pretendeu “destituir” esse elemento de sua função de
sujeito, atribuindo mais importância ao ‘formato’.
O verbo deveria, então, estar no singular.
Explicação: Quando o sujeito é uma expressão
cristalizada no plural (geralmente nomes e títulos) que
contém um artigo (`Os’, no ex.: 8), o verbo irá para o
plural. Se não há o artigo, o verbo fica no singular (Ex.: 9).
Explicação: Na frase 10, o infinitivo não poderia estar
flexionado, uma vez que faz parte de uma locução
verbal (`podem parecer’).
Na frase 11, a expressão ‘as consequências do
fenômeno’ funciona como sujeito de ‘se investigar’, que
é uma construção passiva. Por isso foi feita a correção
para ‘se investigarem’ (equivalente a ‘serem investigadas’).
Não há necessidade de flexionar o infinitivo que não
esteja precedido de seu sujeito (Ex.: 12). Recorre-se à
flexão no caso de haver ambiguidade ou quando se
deseja dar ênfase ao sujeito da ação, expressando-o na
desinência verbal:
– Segundo ele, seria preciso um longo período de
tempo para analisarmos os resultados com precisão.
Explicação: Há uma preferência no sentido de fazer a
concordância com o número gramatical do termo para o
qual o percentual foi usado (Exs.: 13 e 14). No entanto,
diz a norma que a concordância deve ser feita com o
numeral.
Pelas correções feitas nos exemplos 15 e 16, vê-se que a
língua nem sempre segue uma lógica matemática:
mais de um, que, necessariamente, perfaz um número
plural, leva o verbo para o singular, o inverso ocorrendo
com menos de dois.
Quando o sujeito contém uma expressão partitiva como
um dos que, uma porção de, o restante dos, a metade
das, a terça parte dos, o verbo poderá estar no singular
ou no plural, indiferentemente:
– A maioria dos CP mudou de cor (ou: mudaram de cor).
– Esta junta foi uma das que mais sofreram
(ou: sofreu) danos pela corrosão.
Entretanto, quando a expressão se forma com um termo
de sentido coletivo (Ex.: 17), o verbo deve permanecer
no singular.
Explicação: Os verbos haver, tratar-se de e fazer são,
aqui, impessoais e não podem estar senão na terceira
pessoa do singular.
Explicação: Quando há um verbo como ser, estar, ficar
seguido de particípio passado (Ex.: 22) a concordância
com o sujeito deve ser feita. Se, no entanto, entre o
adjetivo e o nome for possível intercalar o verbo ter,
como no ex.: 23, não se realiza a regra de concordância.
O pronome ‘qualquer’ (Ex.: 22) varia de acordo com o
número do substantivo que determina.
A palavra meio, quando modifica um substantivo
(`verdades’, no ex.: 24), recebe flexão de gênero e de
número. Mas, se é modificadora de adjetivos
(`mergulhadas’, no ex.: 25) ou de verbos, não pode ser
flexionada, pois tem natureza adverbial.
P) Regência
Explicação: Há uma tendência bastante forte à
supressão da preposição que antecede o pronome
relativo ou a conjunção integrante que (Exs.: 1 e 2).
Num movimento inverso, pode acontecer o acréscimo
de preposições, talvez por hipercorreção (Ex.: 3).
Explicação: Algumas das regências preconizadas por
nossa gramática tradicional vêm sendo constantemente
alteradas: assistir, de acordo com a norma, é assistir a
e não pode estar na passiva por não ser transitivo direto
(Ex.: 4).
O verbo implicar parece já ter incorporado a preposição
em: muitas vezes textos são “corrigidos” com a
colocação do em. A norma, no entanto, ainda persiste.
O verbo implicar, na acepção da frase 5, é transitivo
direto.
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Ao nível de (Ex.: 6) é uma expressão que denota lugar:
– O terreno ficava ao nível do mar.
A preposição correta para a expressão no sentido em
que é usada no exemplo 6 é em, a mesma que integra a
expressão análoga em termos de.
Segundo a norma, a preposição correta para o verbo
consistir na acepção em que é utilizado no ex. 7 é em.
Pode-se explicar o uso bastante frequente da preposição
de com esse verbo pelo cruzamento com outros de
sentido semelhante, como constar de, compor-se de.
A regência preconizada pela gramática para o verbo
avisar é avisar alguém de algo, e não avisar algo a
alguém. Observe-se que, para o verbo informar, as duas
regências são possíveis: informar alguém de algo ou
informar algo a alguém. Essa possibilidade explica que
tantas vezes sejam empregadas, para verbos dessa
família semântica, regências consideradas erradas.
Explicação: A ambiguidade da frase 9 se cria pela
ausência de preposição antes da palavra ‘cor’, tornando
possíveis as duas leituras que se seguem:
– Essa conclusão pode ter-se baseado na alteração de
temperatura e na cor dos CP.
– Essa conclusão pode ter-se baseado na alteração de
temperatura e de cor dos CP.
A ambiguidade oriunda da supressão de preposições em
contextos como esse é fenômeno bastante frequente em
traduções do inglês para o português.
Na frase 10, não se pode saber exatamente o que o autor
quis dizer: a oração ‘para determinar o conteúdo dos
tanques’ pode indicar uma finalidade de ‘seria
aconselhável um método mais preciso’, mas pode,
também, expressar a própria natureza do método. A frase
deverá ser reescrita de uma das maneiras seguintes,
conforme o significado que o autor lhe queira atribuir:
– Para (ou a fim de) determinar o conteúdo dos
tanques, seria aconselhável um método mais preciso.
– Seria aconselhável um método mais preciso de
determinação do (ou ‘de determinar o’) conteúdo dos
tanques.
A frase 11 exemplifica o problema que se cria com o
uso da preposição por (pelo, -s, -a, -as) logo depois de
um adjetivo a que se possa atribuir sentido passivo:
o termo que a ela se segue pode ser percebido como
agente, o verdadeiro realizador da ação expressa na
forma verbal, ou simplesmente como um circunstancial
de causa, meio, modo, instrumento. No exemplo em
questão, pode-se entender que:
– Por (por causa de, em decorrência de) diversos
fatores, a qualidade dos lotes era controlada.
ou que:
– Diversos fatores controlavam a qualidade dos lotes.
Na frase 12, pode-se entender tanto que a ‘proteção
discriminada à indústria têxtil’ causa os danos que
foram ou serão mencionados, quanto que um sistema de
proteção discriminada causa danos à indústria têxtil.
Explicação: Algumas vezes, a preposição usada
significa exatamente o contrário do que o autor
pretendia dizer. Ir de encontro a quer dizer ir na
direção contrária (Ex.: 13). Lutar por algo significa
lutar a favor de algo, o que certamente não era o que se
queria expressar na frase 14.
Explicação: Nem sempre um verbo é imediatamente
reconhecido como transitivo direto. Há dois “testes”
que evitam a troca errônea de o e flexões por lhe, lhes.
O primeiro consiste em procurar fazer uma construção
passiva com o verbo em questão:
– Eles foram auxiliados pelos estagiários.
Sendo possível a apassivação, o pronome a ser usado é o,
como se vê na correção feita no exemplo 15. Para o
segundo teste, faz-se uma outra frase com o verbo em
questão, complementando-o com um nome substantivo
em lugar do pronome. Se não houver necessidade da
preposição a, trata-se de objeto direto, e o pronome é o;
se a preposição for necessária, o pronome correto é
mesmo o lhe:
– Não quero mais esse sujeito como meu chefe.
(Portanto: Não o quero mais como meu chefe.) mas:
– Eu quero um bem enorme a esse sujeito.
(Portanto: Eu lhe quero um bem enorme.)
O erro de regência muitas vezes decorre de uma certa
rejeição ao pronome o (e flexões), rejeição essa
explicável até pelo fato de ele ser fonte de ambiguidade:
é um pronome que se aplica tanto à pessoa de quem se
fala quanto àquela com quem se fala, como se pode ver
pela correção feita nas frases 17 e 18. Parece haver uma
preferência pelo uso de lhe para a segunda pessoa –
no português carioca, p. ex. – e não tu, ficando o
pronome o para indicar que se trata de uma terceira
pessoa, e não do interlocutor. No entanto, esse uso de
lhe complementando verbos transitivos diretos não tem
a aceitação dos gramáticos.
Q) Crase
Explicação: Crase significa fusão de duas vogais.
Em português, coloca-se um acento indicativo de crase
quando se fundem dois a: o primeiro, uma preposição;
o segundo, um artigo, um pronome ou a vogal que
inicia o demonstrativo aquele, -s, -a, -as.
No ex.: 1 a crase foi colocada erradamente antes de um
verbo (‘partir’): nessa expressão, a preposição existe,
mas não se pode empregar o artigo feminino. O verbo
‘assistir’, por sua vez, exige a preposição a, que se
funde à vogal inicial da palavra ‘aquele’, fenômeno que
deve ser indicado com o uso do acento grave.
Alguns topônimos podem vir precedidos de artigo:
a Bahia, o Recife, a França. Não é o caso de ‘Lisboa’:
nunca se vai dizer ‘moro na Lisboa’. Assim, na frase 2,
só há a preposição a necessária à complementação do
nome ‘viagem’, o que torna errada a indicação de crase.
COMENTÁRIO CURSO DE FÉRIAS – LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS
17 002.855 – 128984/18
Demonstrativos (esse, este, isso) não se usam
juntamente com artigo: não se diz, em português
‘o esse menino’, ‘a esta casa’, ‘a essa situação’ (Ex.: 2),
o que impede a crase. O pronome possessivo, por sua vez,
não exige a exclusão do artigo. Por isso, estaria certo
escrever tanto:
– Referiu-se à minha situação.
quanto:
– Referiu-se a minha situação.
É sabido que há crase em expressões indicativas de
modo ou instrumento quando elas estão no plural:
às pressas, às escuras, às escondidas. Quando a
expressão circunstancial é feminina e está no singular,
deve haver crase para evitar possíveis ambiguidades.
‘Pagar a vista’ (Ex.: 3) pode ser ‘pagar pela vista’
(panorama), e, por isso, deve haver a indicação de crase,
que também é necessária numa frase como:
– Resolvemos furar à máquina.
Em frases como:
– O teto foi pintado a mão,
A crase não existe: além de não haver ambiguidade,
o contexto não demanda artigo, como se pode ver ao
trocar a palavras ‘mão’ por uma outra no masculino
como ‘pincel’, por exemplo. Não se diria ‘foi pintado ao
pincel’, mas ‘a pincel’.
No exemplo 4, pode-se observar que ‘desgaste’ está sem
artigo: por questão de paralelismo, ‘correção, foi
retirada a crase. Compara-se, no entanto, a frase 4,
depois de corrigida, com esta que se segue – também
correta – com a crase:
– Tratava de questões relativas ao desgaste e à
corrosão.
SUPERVISOR/DIRETOR: DAWISON SAMPAIO – AUTORES: VICTOR ALAN / ÂNGELO SAMPAIO /
TOM DANTAS / DANIEL VICTOR / HERMESON VERAS / JOÃO SARAIVA / SOUSA NUNES
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