La Tragedia de Macbeth- Shakespeare

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  • 8/10/2019 La Tragedia de Macbeth- Shakespeare

    1/24

    L A T R A G E D I A DE M A C B E T H

    T H E T R A G E D Y O F M A C B E T H )

    D R A M A T I S P E R S O N S

    D U N C A N , rey de

    Escocia.

    M A L C O I M (_ .. .

    D O N A L . A I N

    S U S H , J 0 S

    M A C B E T H

    i

    Generales

    del

    ejr-

    B A N Q U O cito del Rey.

    M A C D U F 1

    L E N N O X

    M E N T E M

    N O B 1 E S *

    E S C O C I A

    -

    A N O U S

    C A I T H N B S S

    F I E A N C E ,

    hijo

    de

    Banquo.

    S I W A B D ,

    conde

    de

    Northumberland,

    general de las tropas inglesas.

    S E Y T O K ,

    oficial

    al

    servicio

    de

    Mac

    beth.

    J O V E N S I W A K D , SU

    hijo.

    U n N i f i o , hijo de Macdufl.

    U n M D I C O I N G L S .

    U n M D I C O E S C O C S .

    U n S A R G E N T O .

    U n P O R T E R O .

    U n A N C I A N O .

    I _ A DT M A C BET H.

    L A D Y M A C D U F F .

    D A M A al

    servicio

    de

    lady Macb eth.

    H C A T E y tres brujas.

    Nobles, S eores, Oficia les, Soldados,

    Asesinos, Criados

    y

    Mensajeros.

    E S P E C T R O de

    Banquo

    y otras

    apa

    riciones.

    E S C E N A .

    E s c o c i a ,

    Inglaterra.

    A C T O P R I M E R O

    E S C E N A P R I M E R A

    U n a

    llan ura desierta (1).Truenos

    y

    relm

    pagos

    E n t r a n

    t r e s

    B r u j a s (2)

    B R U J A . Cu ndo vo lveremos a en

    contrarnos

    la s

    tres

    en el

    trueno,

    los re

    lmp os

    o la l l u v i a ?

    (1 E n el texto

    primitivo faltan

    las

    indica-

    liones del lugar.

    (2) La traduccin en prosa de las escenas en

    que intervienen

    las

    brujas,

    aun

    siendo fidelsima,

    B R U J A

    2.*Cuando fina lice el estruen

    do , cuando

    la

    batalla est ganada

    y

    per

    d i d a (1).

    B R U J A

    3.*Eso ser

    antes

    de

    ponerse

    el sol.

    no da sino una idea muy plida del original.

    Para

    este

    dilogo, Shakespeare ha elegido el

    verso

    de cuatro

    pies, mezclado

    de

    yambos

    y

    troqueos, ritmo conveniente

    a ios

    seres so bre

    naturales, del que se ven

    otros

    ejemplos en

    L a

    t e m p e s t a d

    y en Sue de u n a

    n o c h e

    de ve-

    r a n o E l exceso de

    slabas

    que

    poseen

    las

    pala

    bras castellanas con relacin a las inglesas nos

    impide reproducir el expresado rit mo.

    (1)

    Ganada

    de un

    lado

    y

    perdida

    del otro.

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    1578

    W I L U A M S H A K E S P E A R E . O B R A S C O M P L E TA S

    B R U J A 1.

    A

    En

    qu

    sitio?

    B R U J A 2.

    A

    Sobre el

    pramo.

    B R U J A 3.*All nos encontraremos con

    Macbeth.

    B R U J A 1Voy,

    Mari-Gris

    (1).

    B R U J A 2.*Paddock (2) me llama.

    B R U J A 3.*En seguida

    T O D A S

    Lo hermoso es feo, y lo feo

    es hermoso. Rev olot eemos por entre la

    niebla y el aire impuro ( S a l e n , )

    E S C E N A I I

    U n

    campo cerca de Forr es.Al arma dentro

    E n t r a n e RE Y

    D U N C A N , M A L C O L M , D O N A U B A I N ,

    L E N N O X ,

    con a

    c o m i t i v a ,

    h a l l a n d o a un

    S A R

    GE N T O (3) e n s a n g r e n t a d o

    D U N C A N

    Q u i n es ese hombre cu bier

    to de sangre? A ju zgar por sus t razas,

    podr

    darnos noticias recientes de la

    rebelin.

    M A L C O L M

    E s el sargento q ue, como un

    intrpido

    y valiente soldado, ha comba

    tido por salvarme de la cautivi dad. Sa

    l u d , v aleroso amigo Cuntale al rey lo

    que sepas de la batalla, tal como la de

    jaste.

    S A R G E N T O H a l l b a s e

    indecisa,

    como

    dos nadadores rendidos que se abraz an

    uno al otro y paraliz an sus esfuerzos. El

    implacable Macdonwal d, digno de ser

    rebelde, pues para esto las multiplicadas

    villanas

    de la Naturalez a se amontona

    ron en l , haba recibido de las islas

    de l

    Oeste un refuerz o de kernes y

    (1) G r a y - m a t k i n

    u n

    gato grises el nom

    bre de cierto espritu a cuya llamada responde

    la

    bruja. M a i k i n es diminutivo de M a r y .

    ( 2 ) P a d d o c k

    n o m b r e

    de

    otro

    espri tues un

    sapo.

    (3) El relato de

    este

    personaje abunda en

    anacronismos. E l texto es corrupto y a veces

    (al tan palabras en toda la escena que, adems,

    se

    halla

    en contradiccin con

    otros

    pasajes de

    la obra.

    Quiz l a redaccin primitiva se perdi, y esta

    no sea sino una reconstrucci n poco f e l i z de

    Heminge y Cordel .

    gallowglases

    ( 1) , y la Fort una, son mu

    do a su maldita causa, parec a

    p i o - j i

    tuirse al traidor. Mas todo fue huit.

    intil; porque el bravo Macbeth, qin.

    bien

    merece este nombre, desprecian

    do la suerte, con su acero blandiit.

    humeante de ejecu ciones sangrientas, i I M I

    predilecto del valor, se abri paso

    h i u ' i i

    la presencia del miserable, al q ue ni ten

    di la mano ni le dij o adis m i e i i i i i t *

    no le hubo abierto desde el ombligo a

    la s qu ij adas y cla v su cabeza sobre

    nuestras almenas...

    D U N C A N .

    O h

    val eroso primo Dijin

    caballero

    S A R G E N T O A s como del punto

    d e i u l i -

    donde el sol comienza su retorno ( 2)

    t

    (1) K e r n e s y g a l l o w g l o s e s o g a t t o w g l o s e s . w

    mo dice el Fol io, tropas mercenarias irlan dcsM

    L a s primeras estaban armadas a la ligera; la

    segundas se escogan, y eran soldados de duren

    de sentimientos.

    (2) R e f l e c t i o n , en el original.

    L a

    palabra ha parecido de sentido dudoso

    r

    au n

    casi imposible de descifrar. Par a m, e tm

    latinismo,

    como tantos otros en Shakespeare

    esto

    es r e f l e x t o o n l s , que en Macrobio vale' I*

    accin de volver de una parte a otra. E n

    este

    caso, y refirindose al sol , la aurora. Iodo si

    pasaje, y no me explico como nadie lo lu v n

    to antes que nosotros, se esclarece por el nru.

    pi

    Shakespeare en los versos 451-6 de

    V t H u t

    y A d o n i s ; "Todava se abrid de nuevo el P*1

    tico, color de rub, que h aba dado suave pawr

    a los acentos de , c o m o u n a a u r o r a

    q u e p r e s a g i a s ie m p re

    e

    n a u f r a g i o

    a los

    m a r l n u t \ ,

    l a t e m p e s t a d a los c a m p o s , el sufrimiento a l f *

    zagales, la desolacin a las aves y los vn/o*a J

    miserable), harta de nalgas de buey; que en ra; 1

    tellano se dir a harta de magras o regohlai)Mf.

  • 8/10/2019 La Tragedia de Macbeth- Shakespeare

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    W I L U A M S H A K E S P E A R E . O B R A S C O M P L E T A S

    Hablad Y o os lo mando

    ( L a s

    B r u -

    j a s

    se

    des vanecen .

    B A N Q U O

    La

    tierra, como el agua, tie

    ne burbujas, y ellas lo son. Dnde se

    desvanecieron?

    M A C B E T H

    E n el aire, y lo que pareca

    corporal se disip

    como

    la respiracin

    e n

    el viento... Ojal se hubiesen que

    dado

    B A N Q U O .

    P e r o

    esos

    seres con quienes

    hablamos, existan en realidad, o he

    mos comi do la raz de bele o (1), que

    aprisiona la razn?

    M A C B E T H . V u e s t r o s hijos sern re

    yes

    B A N Q U O

    Y vos seris rey

    M A C B E T H

    Y

    thane de Cawdor tam

    bin No lo dijeron as?

    B A N Q U O .

    E n

    ese tono y con esas mis

    mas palabras. Quin se acerca?

    E n t r a n

    Ross y

    AN O US

    Ross.Macbeth, el rey ha recibido

    con satisfaccin la noticia por tu vic

    toria, y al apreciar tu comportamiento

    personal en el combate contra los rebel

    des, luchaba entre la admiracin y los

    elogios de tal manera, que la fuerza de

    aquella no permita a estos manifestar

    se. Abismado por ello, y considerando

    lo que habas realizado en el resto de

    l a misma jornada, te vea en las filas

    d el intrpido noruego, impasible ante las

    extraas imgenes de muerte que t mis

    mo sembrabas. Tan

    pronto como

    se

    cuenta (2), los mensajeros se sucedan a

    los mensajeros, y cada uno de los mis

    mos aportaba tus elogios en esta gran

    diosa defensa de su reino y los depona

    a sus pies.

    J t )

    C H n m e TO-

    a

    9

    u u n

    latinismo

    m a s .

    Shakespeare se refiere a la

    h e r b a

    insana

    Se

    los latinos; es decir, al

    b e l e o .

    (2) A s

    t h i c k

    as t a l e c a n

    p o s t w i t h p o s t .

    es

    la leccin del F o l i o . Rowe enmend t a l e por

    h a n

    (granizo), lo que envuelve la correccin de

    c a n

    por

    c a r n e .

    N o s satisface la ltima corr eccin , mas no

    (a de t a l e .

    , A N C U S V e n i m o s a darte las gracia*

    e n

    nombre de nuestro

    augusto

    soberano

    y a servirte de heraldos ante su presen*

    c a , no a recompens arte.

    Ross.Solo como adelanto de una ms

    alta merced, me ha encargado de su

    parte que te apellide thane de Cawdor.

    Salud , por tanto, digno thane, bajo este

    nuevo ttu lo, pu es te pertenece

    B A N O U O A p a r t e . ) (1). Cm o El

    diablo puede decir verdades?

    M A C B E T H E l thane de Cawdor viu-

    Por qu me vests con ropas prestadas *

    R o s s . E l

    que era thane de Cawdor

    vive

    todava; pero un terrible fallo pesa

    sobre esa vida, que merecera perder. Si

    j estab a en conniv encia con los de No-

    ruega o secundaba al rebelde con seciv-

    tos auxilios, intentando aprovecharse Lie-

    u n a

    ocasin favorable, o trabajaba a la

    vez con ambos para arruinar a su pas,

    yo no lo s; pero traiciones capitalos

    seguidas de confesi n y prueba s le han

    perdido (2).

    M A C B E T H

    A p a r t e . ) Gl ami s y thane

    de Caw dor Y lo ms grande, po r ve

    n i r . . .

    Gra cias por vuestra molestia.

    ( A

    B A N Q U O No ten is la espera nza de que

    vuestros hijos sern reyes, toda vez quo

    las que me dieron el ttulo de Cawdor no

    les promet ieron menos que a m?

    B A N Q U O . D e aferrrscos al alma esj

    creencia, bien podran elevarse vuestros

    deseos has ta la corona, p or encima del

    ttulo de thane y de Cawdor... Pero esto

    es ext ra o; y frecuentemente para

    atraer

    nos a nuestra perdicin los agentes de

    las tinieblas nos profetizan verdades y

    (1) Esta s indicaciones, que facili tan ta i n t -

    ' U s e n c i a

    del texto, no aparecen en el

    F o l i o .

    Las

    acotaciones son muy raras en Shakespeare, como

    hemos advertido otras veces.

    I g u a l

    ocurre en las

    obras dram tica s de nuestros c l s i c o s .

    (2) Ntese de nuevo la contrad iccin entre

    estas palab ras de Ross y las de la corrompida

    escena segunda, en que presenta al "amante de

    B e l o n a " luchando cuerpo a cuerpo con el thane

    de Cawd or. No cabe, pues, duda de que aquella

    es una escena torpemente amaada (o "morci-

    l l a d a " ,

    por los cmicos) para

    s u p l i r

    la falta de

    la p r i m i t i v a , de que debieron de carecer He-

    minge y

    C o n d e l l .

    O B R A S D R A M A T I C A S . L A T R A G E D I A

    DE

    M A C B E T H . A C T O

    I

    1 5 8 3

    nos seaucen con inocentes

    bagatelas

    para

    arrastrarnos prfidamente a las conse

    cuencias ms terribles... Primos, una pa

    labra, os ruego.

    M A C B E T H ,

    D o s predicciones van cum

    plidas,

    como prlogos faustos del borras

    coso drama de argumento imperial . . .

    Gracias,

    seores... A p a r t e . ) Esta solici

    tacin sobrenatural puede no ser mala,

    y puede no ser buena... Si mala, por

    qu me ha dado una garanta de xito

    comenzando por una verdad? Soy thane

    de Cawdor... Y si buena, por qu ce

    der a una sugestin cuya espantable

    imagen eri za de hor ror mi s cabellos y

    hace

    que mi corazn firme

    bata

    mis cos

    tados, en pugna con las leyes de la Na

    turaleza? Los temores presentes son

    menos horribl es que los que inspira la

    imaginaci n Mi pensamiento, donde el

    asesinato no es an ms que vana som

    bra, conmueve hasta tal punto el pobre

    reino de mi alma, que

    toda

    facultad de

    obrar se ahoga en conjeturas, y nada

    existe para m sino lo que no existe to

    dava

    B A N Q U O

    M i r a d qu

    absorto

    est nues

    tro compaero.

    M A C B E T H A p a r t e . ) Si el Destino ha

    decretado

    que sea rey, bi en , que s e

    me corone, sin que

    tenga

    yo parte en

    ello

    B A N Q U O

    L o s nuevos honores le sien

    tan como vestidos recin hechos; no to

    marn su forma sino con ayuda del uso.

    M A C B E T H A p a r t e . ) Suce da lo que

    quiera, el tiempo y la ocasin seguirn

    s u marcha a travs de los das ms di

    fciles

    B A N Q U O

    Digno Macbeth, estamos

    pendien tes de vuestr o deseo

    M A C B E T H P e r d o n a d m e . . . M i rebel

    de

    cerebro

    se ocupaba en recuerdos leja

    nos. Nobles caballeros, vuestros servi

    cios quedan apuntados en un re gistro,

    cuyas hojas repasar todos los das...

    Vamos al rey... ( A B A N Q U O . ) Medit ad en

    lo sucedido, y ms tarde, habiendo refle

    xionado en el nterin, hablemos mutua

    mente

    a corazn abierto.

    B A N Q U O C o n sumo gusto.

    M A C B E T H

    i Hast a entonces, silencio ...

    Vamos, amigos. S a l e n . )

    E S C E N A I V

    Forres (1).Un saln en el palacio.

    T r o m p e t e r a

    E n t r a n D U N C A N , M A L C O L M , D O N A L B A I N , L E N N O X

    y

    acompamiento

    D U N C A N

    H a sido ejecutado Ca wdor?

    Los

    encargados

    de esa. comisi n no ha n

    vuelto todava?

    M A L C O L M .

    M i

    soberano, no han vuel-

    1

    to a n;

    pero

    he habla do con uno que

    confes francamente su s traiciones e

    implor el perdn de Vuestra Grandeza,

    mostrando un sincero ar repentimiento.

    Nada en su vida le enalteci tanto co

    mo esa manera de haberla perdido. Ha

    sucumbido al modo de quien estudiara

    en su muerte a renunciar de su ms

    precioso bien como una ftil bagatela.

    D U N C A N

    N o

    existe

    arte que pueda

    descifrar el sentido del alma en las l

    neas del rostro Er a un caballero en

    quien yo deposit una absoluta confian

    z a . . .

    Oh mi dignsimo pri mo ...

    E n t r a n MAC B ET H , B AN Q UO , Ross y AN C US

    E l

    pecado

    de mi ingratitud me pareca

    y a pesado ... Tan lejos vas en tu avan

    ce, que el ala ms rp ida de las recom

    pensas es demasiado lenta para llegar

    hasta ti. Ojal fueran menos tus m

    ritos, a fin de que la balanza de la gra-

    (1) Forres es una v i l l a antiqusima, en cuya

    ex remid ad occide ntal se atea un A"_

    d o m i n a toda la anura hasta el golfo de Mo-

    r a v A l decir de miss Martlneau, se encuentra

    a a u

    vetusto castillo con murallas, de estlto

    te construido sobre el e n p t a g i t o

    fe un fuerte que parece haber sido la

    de D u n c a n y de Macbeth L a imagina cinde los

    lectores de Shakespeare ha locol.zado en este

    punto la presente escena.

  • 8/10/2019 La Tragedia de Macbeth- Shakespeare

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    1584

    W I L U A M S H A K E S P E A R E . O B R A S C O M P L ET A S

    titud y el galardn se inclinaran a fa

    vor

    mo

    Nada

    me

    resta

    po r

    decirte,

    sino que tu deuda es mayor que

    todo

    cuanto

    puedo

    pagar.

    M C B E T H

    E l

    servicio

    y la

    lealtad

    que

    debo tienen

    en s

    propios

    su pago. La

    parte de

    Vuestra Grandeza

    es aceptar

    nuestros deberes,

    y

    nuestros deberes mis

    mos

    son a

    vuestro

    trono y al

    Estado

    hijos y

    servidores,

    que

    solo hacen

    lo que

    deben,

    al no

    hacer sino

    cuanto

    pueden

    por vuestro

    afecto y

    vuestra gloria.

    D U N C N Bien

    venido seas He comen

    zado a plantarte, y me esforzar hasta

    que alcances tu pleno crecimiento (1).

    A B A N Q U O . )

    Noble Banquo, tu s mritos

    no h an sido menores y deben ser igual

    mente proclamado s. Permteme que te

    abrace y estreche contra mi corazn.

    B A N Q U O .

    S i en l germino, vuestra se

    r

    la

    cosecha.

    D U N C A N .

    M i s alegras desbordantes,

    ebrias de plenitud, bu scan disimularse

    bajo lgrimas de tristeza...

    Hijos

    mos,

    deudos, thanes, y vosotros, los msalle

    gados a m despus de ellos, sabed que

    hemos decidido transmitir nuestra coro

    n a

    a nuestro primognito Malcolm, que

    nombramos desde ho yprncipe de Cm-

    berland (2). Este honor no ir solo, sino

    acompaado, y, como las estrella s, ttu

    los de nobleza brillarn sobre cuantos

    los tengan merecidos... Ahora partamos

    para Inverness (3), a fin de aumentar

    (1) F u l l

    o f

    g r o w i n g , exuberante, pleno de

    savia, perfecto

    y

    completo

    en

    crescenc ia, figura

    usada tambin

    en la

    comedia

    A

    b u e n

    f i n no h a y

    m a l

    p r i n c i p i o (acto I , escena III ).

    (2) Cuenta

    la Crnica de

    HoUnshed

    que el

    rey Duncan, habiendo logrado dos hijos de su

    mujer,

    que era h i j a de S i w a r d ,

    conde

    de

    Morth-

    umbetland, hizo al primognito, llamado M a l

    colm, principe

    de

    Cumberland, queriendo

    con

    ello designarle por sucesor en el reino. Hast a

    entonces

    no fue

    hereditaria

    la

    corona

    de Es

    cocia, cuyo

    rey

    posea

    el

    Cumberland

    como

    feu

    do independiente del cetro de Inglaterra. E l t

    tulo, pui.

    do

    prncipe

    de

    aquel nombre

    era

    pditi'laincmr; lo que entre nosotros, los espao

    le ,

    e l tt

    Asturias.

    (J) nremess era la residencia de Macbeth.

    Observa Jonson.

    en su Vte

    a l a s

    s l a s

    o c c i -

    d e n t a l e s de

    Escoc, que

    toda vfa pueden v erse

    todava mis obligaciones cerca de vo**1S

    otros. 6

    M C B E T H

    E l reposo

    que no

    emplatela

    mos

    en

    serviros

    no s

    causa fatiga...

    O u i # ' | | -

    ro

    ser yo

    mismo vuestro mensajero,

    y"^f.

    regocijar, po r vuestra prxima llega da, ;^

    los odosde miesposa. As,pues, os pid$&

    humildemente permiso para partir.

    D U N C A N

    M i digno Cawdor .

    M A C B E T H M p ^ e . )

    Prncipe

    de

    Ctiir*'

    berland ... Ba rrera

    es

    esta

    que

    debo'

    saltar,

    o

    tropezar, pues corta

    mi

    cami''-l

    no ... Est rella s, apag ense vuestros fuVj

    gores ... Qu e

    no

    alumbre vuestra lua

    m i s

    negros

    y

    profundos deseos ... Que^

    los ojos

    se

    cierren ante

    la

    man o ... P>

    mi;

    ro cmplase mientras,

    lo que los

    ojo..'JB:'

    se espantarn

    de ver

    cuan do llegue

    el

    momento de

    realizarse ... S a l e , )

    |

    D U N C A N

    E s

    cierto, noble Ban quo;

    i

    tiene

    la

    valenta

    d e que me

    hablas.

    Me

    nutro

    de los

    elogios

    que le

    conciernen;

    son para

    m un

    festn. Sigmosle,

    en

    W >

    tanto su

    celo

    se

    adelan ta pa ra prepa-

    |^

    ramos

    la

    bienvenida.

    E s un

    pariente

    s i n

    igual

    C l a r i n e s y t r o m p e t a s . ) (1). S

    S a l e n . ) *

    E S C E N A

    V

    Inverness.-Saln en el

    castillo

    de

    Maclwth

    E n t r a

    L A D Y M A C B E T H

    l e y e n d o u n a c a r t a

    L A D Y M A C B E T H . ~

    Sali ro nme al en- i

    cuentro

    el da de la

    victoria,

    y he

    sabi

    do

    por el ms

    seguro testimonio

    que

    tie

    n e n

    un a ciencia m s humana. Cuando

    arda en deseos dehacerles m spregun- :

    tas,

    se

    evaporaron

    en el

    aire

    y

    desapa-

    ;

    los muros del castillo de Macbeth en aquel'

    lugar. H

    :

    ,

    (1) F l o u r i s h , en el

    original, agrupacin

    de

    instrumentos de metal, especie de la f a n t a r e

    francesa,

    con que

    Shakespeare anunci a

    la en-

    irada y

    salida

    de los

    reyes

    en sus

    piezas dr am

    ticas. Para las gran des sol emnidades emplea la

    voz

    senet que

    puede traducirse

    por

    charanga

    o

    msica militar.

    Esta s acotacion es equivalen a las de "minis

    tnles" de nuestro teatro clsico.

    O B R A S D R A M A T I C A S . L A T R A G E D I A D E M A C B E T H . A C T O

    I

    1585

    f> estupor, llegaron mensajer os del rey,

    (tic

    me

    proclamaron thane

    de

    Cawdor,

    i i n i l i )

    c on que me haban saludado las

    lu

    ruanas fatdicas, aa diendo par a el

    i i M . - n i r :

    Salve a ti, que sers rey

    M r

    h a parecido b ien confiarte lo ocurri-

    '>.

    querida compaera de mi grandeza,

    i u i i . ) que n o pierdas tu parte de rego

    ldo ignorando cuan grande es el desu

    iue te pronostican. Gua rda

    esto

    en

    tu

    corazn, y adis. Eres G l a m i s y

    . n w d o r ,

    y sers cuanto te han prome

    tido ... Pero desconfo de tu naturaleza,

    l - . i . i demasiado cargada de la leche de

    k lernura humana para elegir el cami-

    m s corto. Te agradara ser grande,

    p u e s

    n o careces de ambicin; pero te

    i.'lta el instinto del mal , que debe se

    cundarla. Lo que apeteces ardientemen

    te lo

    apeteces

    santamente.

    No

    quisieras

    h . i i e r trampas; pero aceptaras un a ga

    nancia ilegtima. Quisieras, gran

    G l a

    m i s , poseer lo que te grita (1): Haz

    , .)para temerme , y

    esto

    sientes ms

    miedo de hacerlo que deseo de n o po

    d e r l o hacer (2). Ven aqu, que yo verte-

    re micoraje en tus odos y barrer con I

    I bro de mis palabras todos los obs-

    L e n l o s de l crculo de oro con que pa

    recen coronarte el Destino y las ptes

    el es ultraterrenas ... (3). Qu noticias

    trais?

    E n t r a

    un

    M E N S A J E R O

    M E N S A J E R O E l rey

    llega aqu esta

    i

    loche.

    L D Y M C B E T H

    Est s loco al decir

    lo N o

    viene

    con l tu

    seor?

    De ser

    its, me hubiera avisado par a los pre

    parativos...

    M E N S A J E R O . P e r d o n a d m e ; p e r o es

    ierto. N uestro thane se aproxima. Uno

    de

    mis

    camaradas

    se le ha

    adelantado,

    (1) La corona.

    (2)

    La

    muerte

    de

    Duncan.

    (T )

    M e t a p h i s i c a l ,

    sinnimo

    de s u p e r n a t u r a l ,

    Kn Warburton. En el E n g l i s h D i c t l o n a r y

    dc'

    H. C1665, m e t a p h i s l c a es artes sobre

    naturales.

    quien

    acaba

    de

    llegar

    sin ms que la

    respiracin necesaria para cumplir su

    mensaje.

    L A D Y M A C B E T H . Q u e se le at ien da ; es

    portador de grandes noticias ... S a l e el

    M E N S A J E R O . ) Hasta el cuerv o enronque

    ce anunciando con sus graznidos la en

    trada fatal de Duncan bajo mi s alme

    nas ... Corred a m, espritus propulso

    res de pensamientos asesinos ... Cam

    biadme de sexo, y desde lo s pies a la

    cabeza llenadme, haced que me desborde

    de la ms implacable crueldad ... Es

    pesad mi sangre; cerrad en m todo ac

    ceso, todo paso a la piedad, para que

    ningn escrpulo compatible con la Na

    turaleza turbe mi proposito feroz ni se

    interponga

    entre ' el

    deseo

    y el

    golpe

    V e n i d a mis

    senos matern ales

    y

    con

    vertid

    mi

    leche

    en m i e l ,

    vosotros, genios

    de l

    crimen,

    de

    all

    de

    donde presidis

    bajo invisibles sustancias

    la

    hora

    de ha

    cer

    mal

    Baja, horrenda noche,

    y en

    vulvete como con un

    palio

    en la ms

    espesa humareda

    de l

    infierno Que

    mi

    agudo

    pual oculte

    la

    herida

    qu e va a

    abrir,

    y qu e el C i e l o ,

    espindome

    a

    tra

    v s de la

    cobertura

    de las

    tinieblas

    (11,

    no puede gritar me: Ba sta , basta ...

    E n t r a

    M A C B E T H

    Gran G l a m i s , digno Cawdor, m s gran

    de

    que

    ellos

    dos por el

    salvaje futuro

    T u carta me ha transportado m s all

    (1)

    P ee p t h n m g h t h e b l a n k e t o f t h e d a r k

    "percibir a travs del velo de lastinieblas",pa

    saje

    que ha

    dado lugar

    a

    infinitas interpretacio

    nes

    e

    hiptesis

    m s o

    menos absurdas. Malone

    cree que Shakespeare alude a las cortinas de su

    teatro, y

    Whiter confirma esta suposicin, aa

    diendo

    que heavenr h e a v e n , que

    completa

    el versohace tambin referencia a las partes

    isuperiores del teatro, aue so cubran de negro

    cuando

    se

    representaba

    un a

    tragedia,

    como he-

    ;mos vi sto

    en la P r i m e r a p a n e

    de

    E n r i q u e I V .

    Carlota Porter, en cambio, da a

    b l a n k e t

    co

    bertura

    de

    camaun a int erpretaci n sumamente

    ingeniosa, hallando

    en la

    expresada

    voz la vi

    sin sbila de lady Macbeth: el asesinato del

    rey metido en el lecho, coberturas y tinieblas

    con

    el

    ciclo

    y la

    lierra...

  • 8/10/2019 La Tragedia de Macbeth- Shakespeare

    6/24

    5 8 8

    W I I X I A M S H A K E S P E A R E . O B R A S C O M P L ET A S

    ras poseer lo que estimas el o rnamento

    de la vida y

    v i v i r

    como un cobarde en

    tu propia estima, dejando que un No

    me atrevo vaya en pos del Yo quisie

    r a , como

    el pobre gato del cuento? (1).

    M A C B E T H S i l e n c i o , por favor Me

    atrevo a lo que se atreva un hombre;

    quien se atreva a ms, no lo es.

    L A D Y M A C B E T H Q u bestia, entonces,

    os impuls a revelarme este proyecto?

    Cuando

    os atrev ais a ello, entonces era is

    u n

    hombre; y ms que hombre serais

    si a ms os atre vieseis . Ni ocasi n ni

    lugar se presentaba n, y, sin embargo, uno

    y otro querais crear. Son ellos mismos

    los que se crean, y ahora esta oportuni

    d a d os abate He dado de mam ar y s

    lo grato que es amar al tierno ser que

    me lacta. B i e n ; pues en el instante en

    que sonriese ante mi rostro, le hubiera

    arran cado el pezn de mi pecho de entre

    su s encas sin hueso, y estrell ndole el

    crneo,

    de haberlo jurado, como vos lo

    jurasteis as...

    M A C B E T H Y si fracasramos?...

    L A D Y M A C B E T H

    N o s o t r o s fracasar ...

    Apreta d solamente los tornillo s de vues

    tro valor hasta su punto firme, y no fra

    casaremos. Cua ndo Duncan est dormi

    do, a lo que bien pronto el rudo viaje

    de hoy le invitar profundamente, su

    jetar

    con el vino y la orga a sus dos

    chambelanes, de tal modo, que la me

    moria, ese centinela del cerebro, no se

    r en ellos ms que humo, y el recep

    tculo

    de su razn, un simple alambi-

    (1) Este adagio es: C a l u s

    a m a t

    p isces , sed

    no n v u l t t i n g e r e plas citado en los P r o -

    v e r b i o s de Heywood: El gato querra comer

    pescado y no mojarse los pies, versin un poco

    Ubre.

    Dicho Heywood era contemporneo de

    Shakespeare.

    q u e . Cuando, saturado s de bebida, ci l

    gan en un sueo de puercos, semej anir

    a la muerte, qu no podemos l levar n

    cabo vos y yo con el indefenso D u n c i n

    1

    Qu

    no imputaremos a sus esponjosos

    ofiicales? Y quin cargar con la culpa

    de nuestro gran asesinato?...

    M A C B E T H N o

    des al mundo ms qm-

    hijos

    varones, pues de tu temple indi

    mable no pueden salir ms que macho*1

    Cuando

    hayamos manchado de sangre a

    los dos dormidos chambelanes y emplea

    do sus propias dagas, quin no se per

    suadir

    de que ellos dieron el golpe?

    L A D Y M A C B E T H Y osar nadie supo

    ner lo contr ario cuando pr orrump amos

    en

    ayes y clamores

    ante

    su cadver?

    M A C B E T H

    E s t o y resuelto Voy a ten*

    der todos los resortes de mi ser para es

    ta terri ble hazaa . Va mos Y que MI

    trasl uzcan los ms risueos semblante*

    a los ojos del mundo... Un rostro falso

    debe ocultar lo que sabe un falso cora

    z n (1). ( S a l e n . )

    (1) "Hasta este momentoes cribe Steevens,

    el

    espritu de Macbeth ha estado en pugna con

    la

    i ncertidumbre y la irresolucin. No se habla

    mostrado al presente ni resueltamente bueno

    ni

    resueltamente malo. Aunque una idea c r i

    minal

    surgiese de su alma, al or la prediccin

    de las brujas, abandon voluntariamente al azar

    la realizacin. E n seguida de su entrevista con

    Duncan, se i n c l i n a a precipitar los pipyeclo*

    de l

    Destino y sale de la escena con la resolucin

    aparente de matar a su soberano. Pero m em

    el

    rey permanece bajo su seguridad, reflexiona

    en las particularidades de su situacin; no pue

    de decidirse a violar, a romper las leyes del

    vasallaje,

    del parentesco y del agradecimiento...

    Est as fluctuaciones han sido apreci adas por de

    terminados crticos como poco naturales y como

    estableciendo contradicciones en su carcter. No

    se han acordado de que

    n e m o

    r e p e n t e u i t ur -

    p i s s i m u s .

    Steevens concluye diciendo, con razn, que

    estas fluctuaciones son, precisamente, las que

    prestan a Macbeth un carcter verdaderamente

    humano.

    O B R A S D R A M A T I C A S . L A T R A G E D I A

    DE

    M A C B E T H . A C T O

    I I

    5 8 9

    A C T O S E G U N D O

    E S C E N A P R I M E R A

    E l

    mismo lugar.Patio en el interior

    de l

    castillo (1)

    E n t r a n

    B A N Q U O

    y

    F L E A N C E ,

    l l e v a n d o

    u n a a n t o r c h a

    B A N Q U O . - V a muy adelantada la no-

    he, muchacho?

    F L E A N C E . S e ha ocultado la luna y no

    lie odo el reloj (2).

    B A N Q U O S e

    pone a las doce.

    F L E A N C E C r e o

    que es ms ta rde, se

    o r .

    B A N Q U O T e n ,

    toma mi espada... El

    dlo

    est econmico esta noche... Todas

    su s cand elas se han apagado. Toma t am

    bin

    esto

    (3). Una somnolencia, pesada

    como el plomo, cae sobre m, y, sin em

    bargo, no quisiera dormir. .. Po test ades

    misericordiosas, refrenad en m los ma

    los pensamientos por que se deja arras

    trar la Naturaleza durante el reposo ...

    Dadme mi espada

    E n t r a n

    M A C B E T H

    y un C r i a d o con u n a

    a n t o r c h a

    iQuin

    va?

    M A C B E T H U n amigo.

    B A N Q U O

    Cmo, seor Sin acosta

    ros todava? E l rey descansa ya. Ha es

    tado de un buen humo r desacost umbra

    do, y ha hecho espln didos obsequios a

    vuestra servidumbre. Saluda a vuestra

    (1) Aunque en el Foli o no se indica el tu

    sar de la escena, es imposible que sea en el

    h a l l ,

    como escriben algunos editores, pues Ban

    quo ve el cielo.

    (2) No es probable que hubiera relojes en

    l-scocia el ario de gracia de 1037; pero Shake

    speare concede poca importancia a los anacro

    nismos. Ya vimos, pginas atrs, en boca del

    sargento, el anacronismo de los caon es carga

    dos de metralla en el ao 1040 de nuestra E r a . . .

    ( 3 ) Alguna pieza de armadura.

    esposa, ofrecindole este diamante, en

    calidad de amabil sima hospedadora. Se

    h a retirado inmensamente satisfecho.

    M A C B E T H . C o g i d o s de improviso, nues

    tro buen deseo ha sido insuficiente; de

    otro modo, habra tomado libre curso.

    B A N Q U O T o d o ha ido bien... Anoche

    so

    con las tres hermanas fatdicas.

    C o n

    vos se han mostrado algo v eraces.

    M A C B E T H N o

    he vuelto a pensar en

    ellas,. .

    S in embargo, cuando disponga

    mos de una hora favorable, podremos

    cambiar, si os parece, unas palabras a

    este respecto.

    B A N Q U O

    C u a n d o gustis.

    M A C B E T H S i sustentis mis puntos de

    vista.. .

    (1), llegado el momento gana ris

    e n honor.

    B A N Q U O .

    S i e m p r e que no le pierda al

    tender a aumentarle y que conserve mi

    pecho libre de cargas y clara mi lealtad

    dejar

    aconsejarme.

    M A C B E T H .

    D e s c a n s a d , entre

    tanto.

    B A N Q U O G r a c i a s , seor; igual os de

    seco. S a l en

    B A N Q U O

    y F L B A N C B . )

    M A C B E T H M

    C R I A D O .

    Ve a decir a

    tu seora que, cuando est dispuesta mi

    bebida,

    toque una campanada... Marcha

    a acostarte. ( S a l e

    el

    C R I A D O . Es un pu

    a l eso que veo

    ante

    m, con el mango

    hacia mi mano?... (2). Ven, que te coja

    N o te tiento, y, sin embargo, te veo

    siempre ... No eres t, visin fatal,

    perceptible al tacto

    como

    a la vista? O

    no eres sino un pual del pensamiento,

    (1) //

    y o u

    s h a l l d ea v e t o m y c o n s e n t , pasa

    je

    confuso.

    Tieck

    observa que la oscuridad con

    que Macbeth emite su proposicin es preme

    ditada y adrede.

    (2) Este famoso monlogo, una de las esce

    nas ms caracte rst icas del drama, dio pie a

    Taine

    para asegurar que Macbeth no era ms

    que un loco, un alucinado; pero, como se no

    tar por las palabras finales del discurso, de

    clara

    que no ve el pual, que es su crimen el

    que toma cuerpo a su vista. C mo , pues, pue

    de sostenerse su locura?

  • 8/10/2019 La Tragedia de Macbeth- Shakespeare

    7/24

    1 5 9 0

    W U X 1 A M

    S H A K E S P E A R E . O B R A S C O M P L E T A S

    falsa creacin de un cerebro delirante?..

    Todava te veo, bajo una forma tan p a l

    pable

    como este

    que ahora desenvaino

    T me marcas l a direccin que he de

    seguir y el arm a m ism a que debo usar ...

    O mis ojos son juguete de los dems

    sentidos, o valen por s solos

    como

    to

    dos ellos junt os ... An te veo, y en tu

    hoja y empuadura,

    gotas

    de sangr e que

    antes no encontraba ... Pero n o hay tal

    cosa . . . Es m i proyecto sanguinario, que

    toma as cuerpo

    ante

    mis ojos ... He

    aqu la hora en que, sobre la mit ad del

    mundo, la Naturaleza parece muerta, y

    los malos ensueos engaan el sueo ba

    jo sus cortinas La brujera celebra el

    culto de la plida Hca te, y el asesino

    descarnado, avisado por su centinela, el

    lobo, cuyo aullido le sirv e de alerta , con

    el paso furtivo, a trancadas del rapta-

    dor de Tarqui no (1), avanza ha cia su vc

    tima, semejante a una fantas ma... T,

    tierra slida y firme, apaga mis pasos,

    sea cual fuere s u camino, de miedo que

    hasta las piedras proclamen dnde voy

    y no disipen el horror si lencioso exigi

    do por la hora ... Pero yo amena zo...;

    l

    vive. El hli to fro de las pa labras

    hiela

    por dems la cli da accin ... fSie-

    n a

    u n a

    c a m p a n a d a . )

    Voy; est hecho;

    la

    cam pana m e invita No la oigas,

    D u n

    can, porque es el taido que te llama al

    cielo o al infierno

    ( S a l e . )

    E S C E N A I I

    decerme... Escuch emos . . . Silencio .

    E s

    el

    buho,

    que

    c h i l l a ,

    fatdico centine

    la

    que da las ms siniestras buenas no

    ches... Debe de haberlo hecho... Las

    puertas estn abiertas, y los chambela

    nes, hartos de vino, roncan, bur lndose

    de sus deberes. He mezclado a su pocin

    u na

    droga tan activ a, que la vida y la

    muerte luchan a quin los tendr.

    M A C B E T H . ( D e n t r o . )

    (1 ). Quin va'

    Qu? Hola

    L A D Y M A C B E TH

    A h . . . Te mo que se j

    hayan despertado y fracase mos ... Una j

    tentativa, y no el golpe, sera lo que nos

    perdiera.. . Escuc hemos . . . Dej dispues

    tos sus pual es; h a tenido que verlos . I

    Y o mis ma lo habr a hecho de no ha

    berme recordado a mi padre dormido .,.

    M i hombre ...

    E n l r a M A C B E T H |

    M A C B E T H

    Y a

    est . . N o oste rui-

    do?

    L A D Y M A C B E T H E l

    l amen to del buho

    y el

    canto

    de los gallos... No habla

    bais vos?

    M A C B E T H

    Cundo?

    L A D Y M A C B E T H H a c e

    un instante.

    M A C B E T H - C u a n d o

    bajaba ? j

    L A D Y

    M A C B E T H

    S .

    M A C B E T H .

    O y e

    Quin duerme en a

    segunda habitacin?

    L A D Y M A C B E T H

    D o n a l b a i n .

    M A C B E T H . M i r n d o s e l a s m a n o s .)

  • 8/10/2019 La Tragedia de Macbeth- Shakespeare

    8/24

    1592

    W I L U A M S H A K E S P E A R E . O B R A S C O MP LE TA S

    S u r

    (1). Retirmonos a nuestras habi

    taciones. Un

    poco

    de agua nos lavar

    de esta acc in Y a veis si es fcil ...

    Vuestra fortaleza os ha paralizado

    ( L l a m a n . ) Escuchemos . . . Llaman

    otra

    v e z

    Vestios vuestra ropa de noche, no

    sea que la ocasin nos llame y muestre

    que hemos

    estado

    en vela No os dejis

    perder tan miserablemente en vuestros

    pensamientos ...

    M A C B E T H .

    C o n o c e r

    mi accin Mejor

    quisiera

    no

    conocerme

    a m mismo (2).

    ( L l a m a n . )

    Despi erta a Dunc an con tus

    llama das ... Oja l pudieras despertar

    ( S a l e n . )

    E S C E N A

    I I I

    E l

    m i s m a lugar

    E n t r a un

    P O R T E R O . L l a m a n d e n t r o

    P O R T E R O

    (3).He aqu lo que es llamar

    de veras. Si un hombre fuera

    portero

    de l

    infierno estara ducho en el mane

    jo de la llave.

    ( L l a m a n d e n t r o . )

    Pan,

    p a n ,

    pan ... Quin es, en nombre de

    Belceb?

    Es un granjero que se ha ahor

    cado ante

    la perspectiva de una buena

    cosecha . Sed oportuno Trae d bastan

    tes pauelos, pues vais a sudar. Pan,

    p a n

    Quin es, en nombre del

    otro dia

    blo? (4). Por mi vida, que es un jesuta,

    (1) Es digno de leerse sobre esta llamada el

    famoso ensayo de Toms de Quincey, O n t h e

    k n o c k i n g a l t h e g a t e i n M a c b e t h .

    (2) Macbet h prefiere perderse en sus pensa

    mientos, como su mujer le reprueba, a considerar

    cara a cara su crimen. He aqu el sentido de

    su

    respuesta.

    (3) En los dramas de Shakespeare, las gentes

    de l

    pueblo hablan en prosa.

    (4) El portero no conoce ms nombre de

    diablos que el de Belceb y

    otro

    que no nom

    bra sino por t h e o t h e r d e v i l , el

    otro

    diablo. Es

    tas supersticiones de diablos eran muy corrien

    tes en aquella poca, lo mismo en Inglaterra

    une en Espaa. Aqu haba los cuatro diablos

    mayores: Lucifer, Belceb, Satans y Barrabs.

    E n

    1512 d eca Juan de Cha ves en una de sus

    confesiones: "F iz una raya en la paret encima

    que jurara por cualquier plato de la ba

    lan za contra el plato opue sto ; que co

    metera una traicin escudado en Dio,

    pero no podra enjesuitar al C i e l o .

    O h

    j

    Entrad, pues, jesuita

    ( L l a m a n dentr o.)

    Pan , pan Nun ca os par is ... QuienI

    sois? Decididamente,

    este

    lugar es dema-j

    siado fro para infierno. No quiero serj

    m s portero

    del diablo Pens haber de-|

    jado entrar a

    gentes

    de

    todas

    las profe-j

    siones, que marchan al buen fuego eteH

    no por un camino de primav eras. (/Ja

    ma n

    d e n t r o . )

    En seguida, en seguida

    Pero acordaos del portero

    ( A b r e l a

    p u e r t a . )

    E t u ,

    r < i n

    M A C D U F F

    y

    L E N N O X

    M A C D U F F

    T a n

    tarde

    te has acostado,

    amigo, que tan

    tarde

    te levantas?

    P O R T E R O

    p o r mi fe, seor, estuvimos

    de jarana hasta el segundo

    canto

    del ga

    l l o ,

    y el beber es un gran provoc ador de

    tres

    cosas.

    M A C D U F F . _ Q

    u

    t

    r e s cosas

    provoca es

    pecialmente el beber?

    P O R T E R O

    P a r d i e z ,

    seor; enrojeci

    miento de nariz, modor ra y orina. En

    cuanto

    a los apetitos amorosos, los pro

    voca y los desprov oca; provoca el de- :

    seo,

    pero

    impide la ejecuc in. Por eso

    el

    mucho beber puede decirse que es el

    jesuitismo de los apetitos amorosos. Los

    crea y los destruye, los excita y los pa- \

    ra iza, lo s persuade y los desani ma, los ;

    endereza y los arruga En conclu sin: los

    enjesui ta en su sueo , y, dndole s un '.

    ments, los abandona.

    M A C D U F F M e

    parece que el bebe r te

    dio a ti un ments la noche pasada.

    P O R T E R O

    E n efecto,

    seor; lo ha sido

    en

    mi misma gola;

    pero

    ha pagado

    caro

    s u

    ments, y

    creo

    que soy ms fuerte

    que l, pues aunque me ha tenido algn

    satana^t V*?

    e l f u e

    8 '

    e

    *

    , a m a

    c r i d t *

    l t l . 7 2 . l l X . Amanecid os y a la rreyna

    S i u i l l a

    y

    v

    c e s 3

    >

    os

    m r o mayores del In-

    K , K

    .? s b e r Lucifer , belcebuc, satans i

    cwSt i , (chivo Histrico N a c i o n a l . I n q u i

    sicin de V a l e n c i a )

    O B R A S D R A M A T I C A S . L A T R A G E D I A

    DE

    M A C B E T H . A C T O

    I I

    1593

    n t p o

    por las piernas, al fi n le he echa-

    li > la zancadilla.

    M A C D U F F

    S e ha levantado tu amo?

    Nuestras llamadas le han despertado ;

    |ti

    viene (1).

    E n t r a

    M A C B E T H

    L E N N O X .

    B u e n o s

    das, noble seor

    M A C B E T H .

    B u e n o s

    das a los dos

    M A C D U F F .

    S e ha levantado el rey, dig

    no thane?

    M A C B E T H

    T o d a v a

    no.

    M A C D U F F .

    M e or den que le lla mara '

    mies del da, y

    temo

    que haya pasado

    ft hora.

    M A C B E T H . O s

    conducir

    ante

    l.

    M A C D U F F S

    que es para vos una gra-

    I ,I

    molestia,

    pero

    molestia al cabo.

    M A C B E T H

    E l trabajo en que hallamo s

    iilacer cura la pen a que cau sa. Es a es

    la

    puerta

    M A C D U F F M e

    tomar la libertad de en

    trar; es el servic io que me est enco

    mendado.

    ( S a l e M A C D U F F .

    L E N N O X .

    P a r t e

    hoy el rey?

    M A C B E T H

    P a r t e ;

    as lo ha dispuesto.

    L E N N O X L a

    noche ha sido horrible

    Donde dorm am os, el viento ha derriba

    do nuestras chimeneas; y dicen que se

    ha n

    odo lementos en el aire (2), extra-

    nos gritos de muerte, voces que profe

    tizaban, con

    acentos

    terribles, grandes

    conmociones y confusos sucesos, para re

    producirse de nuevo

    como

    en los tiem

    pos de dolor. El ave de las tinieblas (3)

    (1 )

    No nos imaginamos cmo Samuel Tay-

    ln r

    Coleridge, uno de los ms grandes pensa

    dores de Ingla terr a, haya podido tener por ap

    crifa esta admirable escena desde la salida del

    portero

    borracho.

    G u i z o t

    le contestar por nos

    otros: "Si n ese empleo de lo cmic oescr ibe,

    si n

    esta intervencin de las clases inferiores, se

    ran imposibles los contrastes dramtic os que

    contribuyen al efecto general."

    (2) Com o en el primer* libr o, de las Gergi-

    ca s

    ,

    de V i r g i l i o :

    q u o q u e

    per

    l u co s v u l g o e x a u d i t a s il en t es .

    (3) The o b sc u re b i r d , el pjaro nocturno, el

    buho. Nuevamente

    como

    en V i r g i l i o :

    niport unaeque v o l u c r e s . C i g n a d e b a n t

    h a

    gemido toda la noche Algunos ase

    guran que la tierra ha tenido fiebre y

    h a

    temblado ... (1).

    M A C B E T H H a

    sido una noche

    tre

    menda

    L E N N O X

    M i

    tierna memoria no halla

    [paralelo con

    otra

    semejante.

    V u e l v e a e n t r a r

    M A C D U F F

    M A C D U F F

    O h horror Horro r Ho

    rror ... Ni l a lengua ni el coraz n pue

    den concebirte ni nom brarte

    M A C B E T H

    y

    L E N N O X

    Q u

    sucede?

    M A C D U F F .

    L a destrucci n acaba de

    consumar s u obra maestra E l asesino

    ms sacr ilego ha profanado el templo del

    ungido del Seor (2) y ha robado la

    vida del santuario

    M A C B E T H .

    Q u es lo- que dec s; La

    vida?

    L E N N O X .

    A c e r c a o s a la cmara y que

    daris ciegos

    ante

    la nueva Gorgona

    N o

    me pidis que hable Id y hablad

    despus vosotros mismo s . . .

    ( S a l e n M A C -

    B E T H

    y L E N N O X . ) Alerta . . . Alerta . . . To

    cad la campana de alarma ... Ase sina

    to y traicin . . . Ban quo y Donalbain . .

    Malcolm .. . Alerta Sacudid ese sueo

    engaoso, imagen de a muerte (3). y mi

    rad l a muerte misma .. . Levantao s . . .

    (1) El temblor de tierra era considerado co

    mo s ntoma de fiebre universal. Shakespeare ha

    escrito en

    otra

    ocasin, en C o r i o l a n o

    (acto

    I .

    escena IV ): T h o u m a d ' s t t h i n e e ne m ie s s ha k e

    a s

    i f t h e

    v / o r l d W h e r e f ev er ou s

    a n d d U t

    t r e m -

    b l e . Y an en V i r g i l i o :

    l n s o l i t i s t r e m u e r u n t m o t i b u s A l p e s .

    (2)

    The

    L o r d ' s a n o i n t e d temple, Duncan es

    el ungido y el templo, segn la frase de Ma c

    duff, algo confusa en el original, sin duda adre

    de para hacer resaltar la precipitacin con que

    habla.

    (3) D e a t h ' c o u n t e r f e i t . Segn Steevens, el vo

    cablo

    c o u n t e r f e i t ,

    que al presente se usa nica

    mente en mal sentido, significaba antiguamente

    "semejanza".

    D i c h a voz se

    halla

    empleada del

    mismo modo en E l m e r c a d e r de V e n e c i a (ac

    to I II , escena II) : W h a t fd l h e r e? F a l r P o r

    t i a ' s c o u n t e r f e i t (Q u veo? El

    retrato

    de la

    bella

    Porci a ) E n el presente caso, la t raduc

    cin de

    c o u n t e r f e i t

    es "image n" De igual s-

  • 8/10/2019 La Tragedia de Macbeth- Shakespeare

    9/24

    1594

    W n X I A M

    S H A K E S P E A R E . O B R A S C O M P LE T AS

    Levantaos y ved la anticipacin del

    Juicio final ... Malcolm ... Banqu o

    Salid

    como

    de vuestras

    tumbas

    y co

    rred lo mismo que espectros para con

    templar

    este

    horror . . . Tocad la cam

    pana

    ( S u e n a

    l a c a m p a n a . )

    E n t r a L A D Y M A C B E T H

    L A D Y

    M A C B E T H .

    Q u

    ocurre,

    que esa

    espantable trompeta (1) llama a confe

    rencia a los durmientes de esta casa?

    Decid, decid

    M A C D U F F

    O h

    gentil dama No con

    viene que oigis lo que debo decir La

    repetici n de mis palabras al odo de

    una mujer la mataran derribndola.

    ntr B A N QUO

    Oh Banquo Banq uo Ha sido asesina

    do nuestro real soberano.

    L A D Y

    MA CBETH

    Desd icha Ay Y en

    nuestra casa

    B A N Q U O .

    D e m a s i a d o

    cruel, no impor

    ta dnde Queri do Duff (2), contra d

    cete,

    por favor, y di que no es cierto

    V u e l v e n a e n t r a r M A C B E T H y L E N N O X

    M A C B E T H .

    H e debido morir una ho

    ra antes de

    este

    suceso, y hubiera

    ter

    minado u na vida dichos a ... Mas

    desde

    este instan te no hay nada serio en el

    destino humano;

    todo

    es juguete; glo-

    m i l ,

    califican do al sueo de imagen de la muer

    te, se sirvi nuestro Lupercio Leonardo de Ar-

    gensolaun a o ms viejo que Shakespeare en

    su

    famoso soneto, que empieza :

    sue

    c r u e l :

    n o

    t u r b e s

    m m i

    p e c h o . . .

    I m a g e n e s p a n t o s a

    d e a

    m u e r t e .

    (1)

    H i d e o u s t r u m p e t ,

    la campana de alar ma,

    imagen tomada del lenguaje campestre.

    (2)

    D u f f .

    abreviacin

    f a m i l i a r

    de nombre de

    M a c d u f f . Shakespeare crea algunas veces esta

    clase de

    d i m i n u t i v o s .

    En

    O t e l o ,

    la

    h i j a

    de Bra-

    banclo es llamada en varias ocasiones

    D e s d e -

    m o n d .

    ra y renombre han muerto. El vino de

    la vi da se ha esparcido, y en la bodega

    solo quedan las heces ...

    E n t r a n M A L C O L M y D O N A L B A I N

    D O N A L B A I N .

    Q u , una desgracia?

    M C E T H

    Para vosotros, que la igno

    ris E l principio, el origen, la

    fuente

    de vuestra vida se ha acabado; el

    nantial mismo se sec

    M A C D U F F V u e s t r o

    real padre ha sido

    asesinado.

    M L C O L M

    Oh Por quin?

    L E N N O X P or

    sus chambela nes, a lo

    que

    parece.

    Su s

    manos

    y caras llevaban

    la librea (1) de la sangre, as

    como

    sus?

    puales , que, sin limpiar, hallamos so

    bre sus cabeceras. Miraban fijamente y

    parecan atnitos. Ninguna vida huma

    na hubiera

    estado

    segura bajo su cusio-

    d i a

    M A C B E T H

    O h

    Me arrepi ento, n o obs-i

    tante,

    de haberle dado muerte en mi

    furor...

    M A C D U F F P o r

    qu lo habi s het no '

    M A C B E T H .

    Q u i n puede ser al mismo

    tiempo sabio e idiota, templado y fu

    rioso, leal e indifer ente? Nadie E l m

    petu de mi amor violento dej atrs a

    la lenta r azn. Aqu, Duncan, tendido ;

    su

    piel de plata galoneada con su san-;

    gre de oro, y sus anchas herida s abier

    tas,

    como

    una brecha natural para la

    entrada devastadora de la ruina. All los

    asesinos, empapados en los colores de su

    ocupacin, con sus puales

    groseramen

    te emporcados de sangre coagulada ..

    Quin,

    dotado

    de un corazn p ara amar,

    y en ese corazn el coraje

    necesario

    pa

    ra probar que se ama, se hubiera po

    dido contener?...

    L D Y

    M A C B E T H

    A y u d a d m e a salir de

    aqu Oh ...

    (1)

    B a d a ' d

    en el

    o r i g i n a l .

    E n tiempos de

    Shakespeare

    los criados de las casas nobles

    l l e

    v a b a n

    sobre sus libreas placas de plata, donde

    a p a r e c a n grabadas las armas de sus

    d u e o s .

    L a metf ora cuadra admirablemente con los dos

    chambelanes.

    O B R A S

    D R A M A T I C A S . L A T R A G E D I A

    DE M A C B E T H . A C T O II 1595

    M A C D U F F . A t e n d e d

    a la seora

    M A L C O L M .

    A p a r t e ,

    a D O N A L B A I N . ) Por

    q u guardamos

    silencio

    cuando

    estas des

    quicias nos conciernen m s que a nin-

    euno?

    D O N A L B A I N . A p a r t e , a M A L C O L M . ) Qu

    podramos hablar aqu, donde nuestro

    Destino, oculto en una emboscada, pue-

    ile precipitarse sobre nosotros y coger

    n o s ?

    (1). Huyamo s Nuestras lgrimas

    no han fermentado an

    M A L C O L M .

    A p a r t e , a

    D O N A L B A I N . )

    Ni

    nuestra desesperacin puede obrar con

    toda su fuerza

    N Q U O

    i

    Cuidad de la s eora

    Se l l e -

    v a n a L A D Y M A C B E T H . ) Y cuando haya

    mos

    cubierto nuestros

    desnudos frgiles

    expuestos

    al fro, reunmonos y exami

    nemos esta

    muy sangrienta obra de san

    are para

    conocerla

    mejor. Temores y

    recelos

    nos asaltan Confo en la

    mano

    poderosa

    de Dios, y, por

    otro

    lado,

    estoy

    dispuesto a

    combatir

    los

    secretos

    desig

    nios de la traicin criminal.

    M A C B E T H .

    Y

    yo tambin

    T O D O S

    Y todos nosotros

    M A C B E T H

    V a y a m o s en seguida a ves

    tirnos de hombr es de guerra y reun

    monos en el saln principal.

    T O D O S

    D e acuerdo. ( S a l e n t od o s , ex-

    ce p to

    M A L C O L M y D O N A L B A I N . )

    M A L C O L M Q u

    decs? Nada de aso

    ciarnos con ellos Al hombre falso le es

    fcil

    aceptar

    un dolor que no siente

    Parto

    para Inglaterra

    D O N A L B A I N

    Y

    yo para Irlanda Sepa

    radas

    nuestras suertes, nos proteg ern

    mejor. Aqu hay puales en las mira

    das E l ms

    cercano

    a nuestra

    sangre

    es

    el

    m s

    cercano

    a verterla. ..

    (1)

    W h e r e

    o u r a te h i d n a n

    a u g e r h o l e ,

    m a y

    r u s h .

    a n d

    i e i z e

    us? L as imgenes pierden fre

    cuentemente al trasladarl as de una lengua a

    otra. Por eso nos ha parecido necesario caste

    l l a n i z a r l a metf ora. No obstante, he aqu la

    v er s i n

    l i t e r a l de la frase: "Por qu hablar

    a q u ,

    d o n d e n u e s t r o d e s t i n o , o c u l t o

    en el a g u -

    t e r o

    de u n

    t a l a d r o , m i e d e p r e c i p i t a r s e s o br e n o s -

    o t r o s

    y c o g e r n o s ? Es decir, que la muerte, que

    ha

    derribado a nuestro padre, puede derribar

    nos

    a nosotros si n que sea posible preverlo.

    M A L C O L M . L a

    flecha lanzada por el

    asesino flota an en el aire, y lo ms se

    guro es evitar su punter a A caballo,

    pues Y dejmono s de escrpu los por no

    dar el adis, sino esquivmonos. Es l

    cito sustraerse

    como

    un ladrn cuando

    no puede esperarse ninguna mi sericor

    d i a

    (1). ( S a l e n . )

    E S C E N A

    I V

    E l mismo lugar.Dentro del castillo

    E n t r a n Rossy u n

    / A N C I A N O

    N C I N O

    setenta

    aos se

    remontan

    mis recuerdos,

    durante

    los cuales he pre

    senciado

    horas

    terribles y extraos suce

    sos;

    pero esta tremenda noche reduce

    a

    nada

    cuanto

    he conocido.

    (1) "A pesar de los precedentes apartesdice

    M a e t e r l i n c k , en donde Shakespeare ha evita

    do mostrar su dolor

    filial

    ahogado por el mie

    do, no puede impedirse que se halle bastante

    e x t r a a

    y desenvuelta la conducta de Malcolm

    y

    D o n a l b a i n . Se entera que su padre, el bue

    no,

    e l dulce D u n c a n , est a l l , en la habita

    c i n

    inmediata cubierto de sangre, quiz res

    pirando todavaqu saben e l l o s ? , y ni por

    un

    instante tienen el pensamiento de pasar a

    v e r l e , de llevar le un posible socorro, de darse

    cuenta de las circu nstancias de su muerte: de.

    al

    menos, echar sobre la vcti ma la ltima mi

    rada, que tenemos el deber, que no podemos de

    jarnos

    de acordar de aquellos a quienes hemos

    amado. Sin que ningn peligro inminente los

    excuse, h u y e n , como los ladrones de que habla

    finalmente M a l c o l m . Todo ello es an ms cho

    cante en la represe ntacin que en la lectura. Es

    necesario creer que se ha olvidado un juego de

    escena en el F o l i o ? "

    D e ninguna manera compartimos la opinin

    del

    excelente comentarista de Shakespeare, de

    continuo tan atinado y profundo. En el Fol io

    no falta nad a, y' el car cter de los personajes

    no puede estar mejor trazado.

    T o d a la obra gira alrededor de los estragos

    que

    causa la ambicin, de que son vctimas

    t a m b i n quienes la consi enten. Nadie negar que

    este es el pensamiento del clebre

    d r a m t i c o .

    E n

    M a c b e t h

    no poda haber personajes de arrai

    gado afecto; la misma ambicin, que corre por

    toda la tragedia y que es otra forma humana

    de la falta de afectoentre unos y otros, lo

    i m p e d i r a .

    E l pas se h a l l a corrompido, y todos

    los personajes son, en mayor o menor medida.

  • 8/10/2019 La Tragedia de Macbeth- Shakespeare

    10/24

    1596

    W I L U A M S H A K E S P E A R E , O B R A S C O M P L E T A S

    Ross.Ah, buen anciano, t lo ves

    Agitados los cielos por la accin de un

    hombre, amenazan su sangriento

    teatro.

    Segn el reloj, es de da, y, sin embargo,

    la

    so mbra noche apaga la lmpara

    v i a

    jera . E s que rei na la noche, o siente

    vergenza el da, que las tinieblas cu

    bren la cara de la difunta tierra que un

    vivo

    resplando r deba acariciar?

    A N C I A N O

    E s o es sobrenatural,

    como

    lo

    que ha sucedido. E l martes pasado, un

    halcn que se remontaba orgulloso al

    punto culminante de su vuelo, fue sor

    prendido y muerto por un buho, que so

    lo

    come

    ratones. i

    Ross.Y los caballos de Duncan, co

    sa

    muy extraa, pero cierta, tan hermo

    sos y dciles, que eran las perlas de su

    raza, han cambiado de naturaleza, han

    roto

    sus pesebres, se alborotan y luchan

    ambiciosos. Dun can es igualmente ambiciosode

    la

    posesin que se le escapa , y su dulzura no

    es ms que signo de debilidad:

    carece

    de con

    diciones de mando, como lo prueban las cons

    tantes

    rebeliones que tienen que sofocarle sus

    generales. Lady Macbeth no siente

    afecto

    por

    Macbeth, ni lady Macduff por Macduff: una

    ss

    bur la de su esposo, y la otra desprecia al

    marido. Banquo es

    otro

    ambiciosodel bien que

    espera de las circunstancias. y Macduff, de

    la conservacin de su seguridad, por la que

    no vacila en abandonar a su mujer y a sus

    h i j o s .

    E l rey de Inglaterra, los nobles, los cria

    dos, todos son tipos ambiciosos, que van al

    so l

    que ms calienta, tornadizos, traidores, con

    cupiscentes.

    A s i ,

    Malcol m y Donalbain, educados en una

    corte

    corrompida. Su afecto al re y, su padre, j

    es el

    afecto

    fro de los vastagos de los monar

    cas medievales, de quienes sus hijos antes pa

    recan vasallos, y que hasta en la intimidad les

    guardaban

    todos

    los honores y titulas. Basta

    hojear cualquier historia para ver cuan poco o

    ningn

    afecto

    exista en la Edad Mediay aun

    hoy, diramosentre los reyes y sus hijos y cmo

    se trataban.

    Y

    es posible que pueda extr aar a hom

    bres de inteligencia tan privilegiada como Mae-

    terlinck, que, conociendo Malcolm y Donalbain,

    por los relatos de Lennox y Macbeth, la abso

    luta muerte de Duncan, previniendo la traicin

    de su pariente y en su castillo hos til, huyan, sin

    detenerse

    ante

    la cmara real?

    Y

    cuando vuelve Malcolm a conquistar Es

    cocia, lo hace ms por venganza y

    afecto

    al

    padre que por apoderarse del trono? Advirtase

    que no le acompaa Donalbain...

    con el freno, como si quisieran < W J W " . I I

    guerra con la Humanidad i

    A N C I A N O S e

    dice que se devoran una

    a

    otros

    Ross.As lo han hecho, con la esiu*

    pefaccin de mis ojos, que lo presencia

    ron. He aqu al buen Macduff... ,

    E n t r a

    M A C D L F F

    Cm o va ahor a el m undo, seoi ?

    M A C D U F F

    Q u ,

    no le veis?

    Ross.S e sabe quin ha cometido es*.

    crim en ms que sangriento?

    M A C D U F F

    L o s

    que mat Macbeth *J

    Ross. Maldito da ... Qu e;perari

    ban?

    M A C D U F F F u e r o n

    sobornados. Malcotapj

    y Donalbain, los dos h ijos del rey. har>

    esquivado su presencia y huido, Jo qi "

    arr oja sobre ellos sospechas del acio

    Ross.Otra cosa sobrenatural

    \ L ai

    ambicin insensata, que devora asi su*

    propios medios de vida Entonc es. e|

    muy probable que la corona vaya a re-j

    caer

    en Macbeth?

    M A C D U F F

    Y a

    ha sido proclama do, y t

    ha

    partido para Scone (1 ) a investirse

    Ross.Dnde est el cuerpo de Dun

    can?

    M A C D U F F

    H a

    sido transporta do a

    C o l

    mes

    K i l l

    (2), el

    sagrado

    sepulcro de sus

    (I) Scone, pueblo de Escocia , situado a dos

    millas de Perth. En la iglesia de

    este

    pueblo

    estaba el famoso alt ar que sirvi durante mu

    cho tiempo para la coronacin de los reyes de

    Escocia, y que Eduardo I traslad a la abada

    ds Westminster. To dava se ve incrustada en

    el

    altar la piedra, que, segn se dice, tuvo por'

    cabecera Jacob cuando en Bethet so con la

    escala de ngeles, piedra sobre la que derramo;

    aceite, alzla por ttulo e hizo casa de D i o s . '

    como

    se cuenta en el Gesis al n p l - i

    tulo X X V H I .

    (2) L a pequea

    i s l a

    de San Colombn, anti

    gua lona , habitada en .lo antiguo por los d r u i

    das, fue lugar de sepultura de gran nmeio de,

    reyes de Escocia, y segn la tradicin, de al

    gunos de Noruega y de Irlanda. Duncan, al de

    ci r

    de Holinshed, fue primero trasladado a El -

    gine, para exhumarle ms

    tarde

    en San Co

    lombn.

    O B R A S D R A M A T I C A S . L A T R A G E D I A

    DE

    M A C B E T H . A C T O

    I I I

    1597

    fc.iir. esores y gua rdi n de sus resto s.

    ji'.s.Iris a Scone?

    MAomifT.

    No, pri mo; me march o a

    M I . "

    ( I ) .

    M . i . s , B i e n ; ir yo all.

    M M

    DUFF.Perfectamente.

    Disponed las

    ni'e.

    para pasarl o bien. Adis Y que

    nuestros vestidos nuevos sean ms c

    modos que los viejos...

    Ross.Adis, abuelo

    A N C I A N O

    L a

    bendicin de Dios os

    acompae y a

    todos

    los que deseen tro

    car en bien el mal y en amigos los ene

    migos (1).

    S a l e n . )

    A C T O T E R C E R O

    E S C E N A P R I M E R A

    Forres.Saln en el palacio

    E n t r a

    B A N Q U O

    J I A N O U O

    Y a

    lo eres

    todo:

    rey, Caw-

    i i n i ,

    G l a m i s ,

    como

    te prometie ron las

    unicres fatdicas; pero sospecho que ju

    gaste

    muy villana mente Sin embargo,

    t

    II . is

    dijeron que el ttulo no quedara

    n tu posteridad, sino que solo yo sera

    .finco y padre de una estirpe de reyes.

    i

    la verdad sali de su boca,

    como

    lo

    (uiieba lo que te predijeron, por qu,

    vi-iulicas contigo, no podran ser igual-

    nieiite orculos para conmigo y autor-

    I I I mis

    esperanzas?

    ( 2 ) . Pero, silencio;

    Insta

    Afuu'ra. E n t r a n

    M A C B E T H ,

    en t r a j e de rey;

    L A D Y

    M A C B E T H ,

    v e s t i d a de r e i n a ;

    L E N N O X ,

    Ross.

    Seres

    D a m a s y acompamiento

    M A C B E T H

    A q u

    est nuestro principal

    invitado.

    (1) Macd uff era thane de

    F i f e ,

    y, retirn-

    i l

    w

    a su castillo, en vez de asistir,

    como

    Ross,

    ul coronamiento de Macbeth, echaba sobre s

    li s

    primeras sospechas del nuevo rey.

    12) Estas son la realeza para la raza de

    H i i n q u o ; es decir, para los Estuardos,

    como

    monted. Los reyes del expresado tronco no

    iieron solo los

    cuatro

    Estuardos de Inglaterra,

    sber:

    Jacobo

    I , Carlos I , Carlos II y

    Jacc-

    h 11, sino tambin los Estuardos que reinaron

  • 8/10/2019 La Tragedia de Macbeth- Shakespeare

    11/24

    1598

    W I L U A M S H A K E S P B A R E . O B R A S C O M P LE T A S

    zones

    de

    quienes

    les

    escuchan

    ( 1 ) . . . Ma

    ana hablaremos

    de eso (2), al

    tiempo

    que

    de otros

    asuntos

    de

    Estado

    que re

    claman

    la

    presencia

    de

    todos.

    Vaya,

    a

    caballo Adis, hasta vuestr o

    retorno es

    ta noche.

    Os

    acompa a F leance?

    B A N Q U O S I ,

    buen seo r;

    no s urge el

    tiempo.

    M A C B E T H . O s

    deseo caballos ligeros

    y

    seguros

    y os

    recomiendo

    a sus

    grupas.

    Adis

    (3). ( S a l e

    B A N Q U O . )

    Que

    cada

    uno

    se a

    dueo

    de su

    tiempo has ta

    las

    siete. Para

    que la

    reunin

    no s

    resulte

    luego

    m s

    agradable,

    no s

    quedamos

    so

    los hasta

    la

    cena. Ha sta entonces.

    Dios

    os guarde Sa len L A D Y M A C B E T H ,

    Da-

    un C R I A D O

    L A D Y

    M A C B E T H H a

    salido Banquo

    del

    palacio?

    C R I A D O .

    S , seora;

    pero

    volver esta

    noche.

    L A D Y M A C B E T H V ea

    decirle

    al l ey que

    deseo

    su

    aquiescencia para habl ar una s

    palabras.. .

    C R I A D O

    V o y , seora.

    ( S a l e el C R I A D O .

    L A D Y M A C B E T H . N a d a se

    gana;

    al

    con

    trario,

    todo se

    pierde cuando nuestro

    deseo

    se

    realiza

    si n

    satisfac ernos. Val e

    m s ser la

    vctima

    qu e

    v i v i r

    con el

    c r i

    men

    en una

    alegra prea da

    de

    inquie

    tudes

    E n t r a

    M A C B E T H

    Qu

    hay,

    seor? Por

    qu

    siempr e solo,

    acompandoos

    de

    tristes pensamientos

    y acosado

    po r

    ideas

    qu e

    debieron

    mo

    ri r con los que las

    engendra ron? Debe

    darse

    al

    olvido

    lo que no

    tien e remedio.

    L o

    hecho, hecho est.

    M A C B E T H E s qu e

    dimos

    u n

    corte

    (1)

    a

    la

    serpiente, pero

    no la

    hemos mata

    do; cerrar

    y

    volver

    a ser la

    misma,

    mientras nuestra msera mald ad perma

    necer expuesta

    como

    antes

    al

    peligro

    de

    su

    diente. Pero desba rt ese

    la m

    quina

    del

    Universo, desquicense ambos

    mundos, antes

    de

    seguir comiendo

    con

    temor

    y

    dormir

    en la

    afliccin

    de

    esos

    terribles sueos

    qu e nos

    agitan

    de no

    che Ms vale yacer

    con el

    difunto,

    a

    quien

    po r

    ganar

    la paz

    enviamos

    a la

    paz,

    qu e

    v i v i r

    as,

    sobre

    el potro de

    tor

    tura

    del

    espritu,

    en una

    angustia

    sin

    tregua Duncan est

    en su

    fosa,

    y tras

    la s

    convulsiones febriles

    de la

    vida, duer

    me profundamente.

    La

    traicin hizo

    ya

    (1) S c o t c h d , en e original. E n correccin

    de Theobald,

    que

    sustituye dicha palabra

    por

    s c o r d no nos convence.

    lo peor

    (1). Ni el acero ni el

    vencnti,

    n i lo s temores

    internos

    (2), ni la

    i n v a

    sin extranjera, nada pueden alcanzarte

    y a

    L A D Y M A C B E T H D u l c e

    dueo

    m o, de*

    arrugad vuestro adusto ceo, apareurtt

    esta noche radiante

    y

    jovial

    ante

    mu

  • 8/10/2019 La Tragedia de Macbeth- Shakespeare

    13/24

    1 6 0 2

    W I L U A M S H A K E S P E A R E , O B R A S C O M P L E T A S

    M A C B E T H . N o s

    mezclaremos

    entre

    la

    reunin, haciendo el papel de simple in

    vitado. Nuestra huspeda ocupar su si

    tio de honor;

    pero

    en monwnto opor

    tuno le pediremos s u bienvenida (1) .

    L A D Y ;

    M A C B E T H .

    D d s e l a por m, seor,

    a

    todos

    nuestros amigos, pues mi cora-

    >

    z n

    declara que ellos so n los bien ve- i

    nidos (2).

    M A C B E T H . M i r a , ,

    las graci as de su co- j

    razn va n a tu encuentro... Los dos la - '

    dos son iguales. Tomar asiento en me

    d i o . Regoc ijaos Hbremente. E n seguida

    echaremos un

    t u g o

    a tabla redonda.

    E n t r a

    e l A S E S I N O

    1., q u e d a n d o

    a l a

    p u e r t a

    H a y sangre en tu car a.

    A S E S I N O . P u e s es de Banquo.

    M A C B E T H . E n t o n c e s ,

    mejor est en tu

    cara que en tus venas. Fu e despacha

    do?

    A S E S I N O . S e o r , le cort el pescuezo.

    E s o

    hice con l.

    M A C B E T H . E r e s

    el mejor de los

    corta-

    pescuez os; s in embargo, es bueno el que

    se lo haya

    cortado

    a Fleance. Si fuiste

    t , eres e l ideal .

    A S E S I N O . M u y

    real seor , Fleance se

    escap.

    M A C B E T H . H e

    aqu mis fiebres que

    vuelven De lo contrario , hubie ra queda

    do tranquilo,

    compacto como

    el mrmol,

    firme

    como

    la roca, sin trabas, la n libre

    amplio

    como

    e l aire que envuelve al

    mundo. Pero, as, me veo oprimido, en

    cadenado y

    agarrotado

    a mis miedos y

    dudas insolentes... Pero Banquo est

    seguro?

    A S E S I N O

    .

    S ,

    buen seor; seguro en el

    fondo de una zanja , con veinte

    cortes

    en la cabeza, el menor de los cuales le

    hubiera quitado la vida.

    (1 )

    Er a

    c o s t u m b r e

    en

    E s c o c i a

    que, al co

    m e n z a r

    un

    f e s t n ,

    el

    a n f i t r i n d i e r a

    la

    b i e n v e -

    n i d a

    a t o d o s sus i n v i t a d o s . S h a k e s p e a r e i n s i s t e

    e n

    e s t e d e t a ll e p a r a c o n t r a s t a r m e j o r e n t r e los

    c u m p l i m i e n t o s h i p c r i t a s

    que se

    c a m b i a n

    y la

    e s e e n a t e r r i b l e

    que va a

    s e g u i r .

    (2 ) A e s t a b i e n v e n i d a , los i n v i t a d o s r e s p o n -

    d e n

    con una

    i n c l i n a c i n

    o

    g e s t o .

    M A C B E T H . G r a c i a s

    por eso. L a v

    queda aplastada; el viborezno (1), que

    huido,

    vendr ms tarde,

    pero

    por a"

    ra

    carece

    de dientes. Vete, Volveren

    a hablar maana.

    ( S a l e el

    A S E S I N O . )

    L A D Y M A C B E T H

    .

    M i

    real seor, no da

    u n

    ejemplo de alegra. Toda fiesta

    agua si el que la

    ofrece

    no muestra ,

    cada instante que la

    ofrece

    con gust

    S i

    no, el invitado prefiere quedarse

    s u casa. De

    otra

    parte, los agasajos s

    el mejor condimento, y toda reunin

    s\

    ellos parece desierta.

    | M A C B E T H

    .

    D u l c e consejera . . . Vam

    I

    que una buena digesti n secunde el a

    tilo y salud a los dos.

    L E N N O X .

    T i e n e la bondad de se nta

    se Vuestra Alteza?

    E n t r a

    el

    E S P E C T R O

    DE

    B A N Q U O

    y

    s e

    s i e n t a

    e n

    el

    s i t i o

    d e M A C B E T H

    *

    M A C B E T H . L a

    honra de nuestro pa

    se hallara aqu completa si estuvier"

    presente l a honorable p erso na de nue

    tro Banquo, a quien ms querra culpa*

    de desc orts que deplor ar por una d< *

    gracia

    Ross.Su ausencia, seor, inflige u|

    vituperio a su perso na... S e digna hoif

    rarnos Vuestra Alteza con su real com*j

    paa?

    M A C B E T H . T o d a la mesa est ocupa?

    da (2).

    L E N N O X .

    A q u tenis reserv ado u n

    st

    :tio, seo r. j

    M A C B E T H . D n d e ?

    {

    L E N N O X . A q u , buen seor... Que esf

    le que turba a Vuestra Alteza?

    M A C B E T H

    .

    Q u i n

    de vosotros ha hf

    cho

    esto?

    S E O R E S . Q u ,

    buen seor?

    M A C B E T H . T

    no puedes decirm e que

    yo he si do ... No agites contra m

    a i

    ensangrentada cabelle ra ...

    (1 )

    T h e

    w o r n , d i m i n u t i v o

    de

    g r o w s e r p e n t ,

    a u n q u e

    en el

    l e n g u a j e c o r r i e n t e

    se

    t r a d u z c a

    por

    g u s a n o .

    ( 2 ) M a c h e t h h a b l a

    as

    p o r q u e t o d a v a

    no ha

    d i s t i n g u i d o

    el e s p e c t r o .

    O B R A S D R A M A T I C A S . L A T R A G E D I A

    D E

    . M A C B E T H . A C T O

    I I I

    1 6 0 3

    H o s s . S e o r e s ,

    levantaos Su Alteza

    Mi seor

    padece

    eso a menudo des-

    U

    la juventud. Os

    ruego

    que os sen-

    le' i s E l

    trance

    es momentneo; un ins-

    l a i i i e

    (1) , y vuelve en s. Si repar is

    n m c h o e n l, le ofenderis y aumenta

    r e i s

    su mal (2) . Come d, y no hagi s ca

    v

    Y sois hombre . . .

    M A C B E T H . S ,

    y tan atrevido, que

    i-

    ,i mira r cara a car a lo que espantar a

    I

    diablo ...

    I . A D Y M A C B E T H . O h

    vana jactancia

    l s a

    es una visin creada por vuestro

    miedo. Es el pual are o que, segn me

    diiisteis, os guiaba hacia Duncan. Oh,

    esos sobresaltos y estremeci mientos, pa

    rodia de un

    terror

    verdad, cuadraran

    muy bien en un

    cuento

    de co madres,

    iveitado junto al hogar, en invierno, con

    t;i

    aprobacin de la abuela... La ver

    genza misma ... P or qu hacis tales

    restos? Despus de

    todo,

    no miris ms

    le la e l a s t i c i d a d de la c a s t e l l a n a . V n m a n sig-

    V u e l v e

    a

    e n t r a r

    e l

    E S P E C T R O

    Brindo por la alegra general de

    toda

    la

    mesa y por nuestro querido amigo

    Banqu o, que nos falta Plug uiera a Dios

    que llegas e ... Po r vosotros, por l ...

    Brindo por

    todos

    y para

    todos ...

    S E O R E S

    Saluda mos rendidos, y ha

    cemos

    la razn (2).

    M A C B E T H . A t r s

    y aprtate de mi

    presencia ... Que la tierra te esconda

    Tu s huesos son huecos Helad a est

    n i e a p r i v a r

    de la

    c a l i d a d

    de

    h o m b r e ,

    y

    l a d y

    M a c b e t h q u i e r e d ec i r

    que la

    l o c u r a

    no ha de

    j a d o n a d a de h o m b r e e n su m a r i d o . La voz

    d e s h o m h r e c i d o

    se

    h a l l a

    en las

    S e n t e n c i a s

    de

    O u e v e d o .

    O

    He a q u lo que r e f u t a c o m p l e t a m e n t e la

    o p i n i n

    de los que han

    q u e r i d o h a c e r

    de

    M a c -

    b e t h

    un

    a l u c i n a d o

    o

    un

    l o c o , p u e s

    es

    s a b i d o

    qu e

    los

    l o c o s

    no

    r e c o n o c e n j a m s

    su

    l o c u r a .

    (2 )

    T h e

    p l e a d g e . Y a d e j a m o s e x p l i c a d a la

    f r a s e " h a c e r

    la

    r a z n " ,

    con

    e j e m p l o s

    de

    n u e s t r a s

    c l s i c o s ,

    en la

    S e g u n d a p a r t e

    d e

    E n r i q u e

    V I .

  • 8/10/2019 La Tragedia de Macbeth- Shakespeare

    14/24

    1604

    Y V I L L I A M

    S H A K E S P E A R E . O B R A S C O M P L E T A S

    tu sangre

    No

    tienes mirad a

    en

    esos

    ojos

    que

    deslumhran ...

    L A D Y M A C B E T H

    N O v i s en esto, no

    bles pares, sino

    un a

    cosa habitua l;

    no

    es nada ms. Solo

    que

    enturbia

    el

    placer

    de l momento.

    M A C B E T H

    M e

    atrevo

    a

    cuanto

    se

    atre

    va

    un

    hombre Acrcate bajo

    la

    for

    ma

    de un oso de R u s i a (1). del

    rino

    ceronte armado

    o del

    tigre

    de

    Hirca-

    n i a

    (2).

    Tom a cualquier forma, menos

    esa,

    y n o

    temblarn

    mi s

    firmes nervios;

    o recobra

    la

    vida

    y

    desafame

    en el

    desierto

    con tu

    espada,

    y si

    entonces

    me quedo

    en

    casa temblando, pr ocl

    mame

    la

    mueca

    de una

    mu chacha ...

    ( D e s a p a r e c e

    e E S P E C T R O . ) Vano fantas

    ma, fuera ..

    B i e n ;

    as...

    Se

    fue... V u e l

    vo

    a ser

    hombre.

    Por

    favor, sentaos

    de

    nuevo.

    L A D Y

    M A C B E T H

    H a b i s

    ahuyentado la

    con unos extravos

    que

    asombran

    a to

    dos.

    alegra, destruyendo la plcida reunin

    M A C B E T H

    P u e d e n

    caer tales prodi

    gios sobre nuestras cabezas, como nube

    de verano, si n provocar la estupefac

    cin? Me hacis dudar de mi propio

    valor cuando veo que podis contem

    plar semejantes espectculos y conservar

    e l

    carmn natural de vuestras mejillas,

    mientras la s mas emblanquezcan de

    miedo.

    Ross.~Qu espectculos, seor?

    L A D Y

    M A C B E T H

    O s

    suplico

    que no le

    hablis V a de mal en peor. Toda pre

    gunta le exaspera. Por consiguiente,

    buenas noches

    No os

    preocupis

    de

    vuestros ttulos, sino

    s a l i d e n

    seguida...

    L E N N O X

    B u e n a s noches,

    y

    mejrese

    Vuestra Majestad

    *

    -

    - no

    ches

    a

    todos

    ( S a l e n

    los Seres y a W

    m i

    i v a . )

    M A C B E T H . E l l o reclama sangre Dkett

    que

    la

    sangre llama

    a la

    sangre

    (1).

    Sr

    h a visto moverse

    a las

    piedras

    y a kwt

    rboles hablar

    (2).

    Augures

    y

    relato*:

    secretos

    h an

    denunciado,

    por la vo* ]

    de

    los

    cuervos, urracas

    y

    cornejas,

    ni

    asesino

    m s

    oculto... Cmo

    va la o i

    che?

    L A D Y M A C B E T H C a s i en lucha con I \

    maana, mitad por mitad. j

    M A C B E T H

    Q u piensas

    de

    Macduff,

    que rehusa rendirse

    a

    nuest ra solemne

    invitacin?

    L A D Y M A C B E T H

    L e

    mandasteis llamar,

    seor? i

    M A C B E T H .

    L o s por

    casualidad; pere

    j

    enviar

    a

    alguno.

    No hay

    casa suya don

    de no tenga yo un espa. Maana, y

    h a

    de ser temprano, ir a visitar

    la s hermanas fatdicas. Necesito

    que mr

    digan

    m s ,

    porque ahora estoy resuelto

    a saber lo peor por los peores medios

    Es preciso

    que

    todo

    ceda

    ante

    mi H j

    ido

    ta n

    lejos

    en el

    lago

    de la

    sangre,

    que

    si yo

    avanzara

    ms , el

    retrocedt*

    sera tan difcil como el ganar la otra

    orilla.

    Siento

    en la

    cabeza extraas

    co

    sas

    que

    quieren pasar

    a mi

    mano y

    que

    hay que cumplir antes que puedan me

    ditarse.

    L A D Y

    M A C B E T H

    T e n i s

    necesidad de lo

    que condimenta toda naturaleza huma

    n a :

    el

    sueo.

    M A C B E T H .

    V e n , vamonos a dovmr;

    L a

    extraa ilusin que me he forjado

    es

    u n

    miedo novel

    que

    desaparecer conj

    la prct ica Somos todava novicios

    en'

    la

    accin .. . (3). ( S a l e n . )

    L A D Y M A C B E T H . _ Buenas, plcida s

    kea^ea . i I

    V t a n

    * i n presenta Sha

    kespeare el oso de

    Rusia como objeto

    de

    terror,

    cionarfif

    '8r C

    d f H i t e a n i a est igualmente men-

    en e l , n o n i b r de

    t i y r c a n i a n

    W ,

    L a

    f onna

    H y r c a n , adoptada

    aqu

    n>h^ k e s p e a r e i e n V M d e tfyrranion, la

    auto

    rizaban ya en su tiempo muchos escritores.

    (1) Proverbio citado frecuentemente

    por l o* j

    contemporneos de Shakespeare, en particular :

    por Peele, que lo aprovecha en su drama l a

    b a t a l l a de

    Alcar: b l o o d wi/ n a v e b l o o d .

    (2) Alusin a las piedras que cubran un

    cadver. En el canto II de la

    E n e i d a ,

    un r

    bo l

    revela a Eneas el asesinato de Polidoro.

    rasgo

    imitado por el Tasso en el canto X I J l

    de su

    J er us al tn l i b e r t a d a .

    (3) E n todo el

    teatro

    universal no

    existe

    escena tan difcil de interpretar

    como

    esta,

    m

    en quecomando con las mas sombras creacio-

    O B R A S D R A M A T I C A S . - L A T R A G E D I A DE M A C B E T H . - A C T O IIT

    1 6 0 5

    E S C E N A

    V

    L a llanura.Truenos (1)

    I U f a r e . , b a i l a n d o

    a l a s

    t r e s B R U J A S

    H n n . i t

    1.

    a

    Hola Qu

    hay,

    Hcate?

    .mis irritada?

    I I I I ' A T B . N o tengo razn, brujas co

    in

    sois, insolentes y audaces? Cmo

    i n t h e i s

    osado comerciar y traficar con

    M

    ii lieth en enigmas y asuntos de muer-

    tt. v yo, la duea de vuestros encanta

    mientos, el agente secreto de todos los

    di.ilis , nunca he sido llamada a parti-

    i ion' o manifestar la gloria de nuestro

    /ule? Y o que es peor: cuanto habis

    i.t

    li o no ha sido sino en favor de un

    M o

    caprichoso, despechado e iracundo,

    . pie ,

    como los otros, no os ama por vos-

    ii.is

    mismas, sinopor suspropios f ines .

    Kr>|arad, pues , vues tra s falt as, ret ira os

    V esperadme ma ana en lascavernas de

    ^ancronte (2), donde l acudir para co-

    t i o t e r su destino. Prepar ad vuestr os

    f i l

    tros, vuestros sortilegios, vuestros en -

    .itttos

    y todas la s dems cosas. Me

    remontar en la realizacin de un desig

    nio terrible y fatal. Antes de lasdoce se

    lia

    deconsumar un gran acontecimi ento,

    lie

    la punta de l cuerno de la luna cre

    ciente pendo un a

    gota

    de vapor (3) de

    ists