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Rio de Janeiro

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H

HA Cidade de Zuzim, derrotada por Quedor-laomer e seus aliados na época de AbraãoíGn 14,5).

HAASTARI Filho de Naara e Asur, o “pai”ou fundador de Tecoa e descendente de Judá(1 Cr 4.6).

HABACUQUE As informações sobre Haba-cuque estão limitadas ao livro que traz seunome. Duas referências atribuem o oráculoque o autor viu (1.1) e a oração que fez (3.1)ao profeta Habacuque. A única e bem clarareferência histórica nesse livro foi feita aoscaldeus (1.6) e fornece a base para determi-nar a época desse profeta como próxima dofinal do século VII a.C. Provavelmente Habacuque tenha sido teste-munha do declínio e da queda do ImpérioAssírio. Também pode ter conhecido a der-rota de Nínive em 612 a.C. e pode ter estadociente do crescente poder aos babilôniosquando essa mensagem lhe foi revelada. Ascondições prevalecentes em Judá, depois damorte de Josias em 609 a.C., e antes da in-vasão dos caldeus em 605 a.C., tomam esseperíodo muito favorável como a data da pro-fecia de Habacuque.

HABACUQUE, LIVKO DE A singularida-de desse livro pode ser reconhecida por can-sa de duas características diferentes. Emprimeiro lugar, Habacuque registra seu diá-logo com Deus, no qual levanta problemasteológicos e ouve as respostas. Além disso, ocapítulo 3 tem a forma de um salmo com ter-mos musicais anotados no primeiro e no úl-timo versículo. A mensagem de Habacuque pode ser resu-mida da seguinte forma: I. Por que Deus Tblera a Violência? (1.1-4) II. Os Caldeus Irão Trazer o Castigo a Judá

(1.5-11) III. Por que os Gentios Deveríam Ser Usa-

dos para Castigar o Povo de Deus?(1.12-2.1)

IV. O Justo Confia na Justiça de Deus (2.2-20) V. Oração de confiança e louvor (3.1-19)Por meio da oração, Habacuque (q.v.) faz umapelo a Deus a respeito da violência, injusti-ça. destruição e indiferença aos ensinos daíei que prevaleciam em Judá. Ele nâo podiaentender porque um Deus justo podería to-lerar isso. Quando Deus respondeu, indican-

do que os invasores caldeus íriam trazer cas-tigo aos culpados cidadãos de Judá, Haba-cuque ficou ainda mais preocupado. Será queos caldeus, cujo poder estava em seu deus,teriam permissão de castigar os judeus que,na verdade, eram menos pecadores que es-ses invasores pagãos? Na Tesposta, Habacu-que é convidado a registrar que no final ospecadores iriam cair, mas que os justos vive-ríam pela sua fé e fidelidade. 0 justo nãodeveria tirar conclusões baseadas em umalimitada perspectiva temporal, mas deveriaesperar e contemplar o resultado final. Osiníquos que o rodeavam - agressores, mal-feitores, assassinos, trapaceiros e idólatras(2.6-19) - no final iriam perecer, enquantoos justos iriam viver, pois o Senhor está emseu santo Templo. Portanto, toda a terra deveficar em silêncio perante Ele (2.20). Na oração em que faz um apelo a Deus paraque em sua ira lembre-se da misericórdia, oprofeta expressa seu louvor e ações de graçasa Deus. Ele está determinado a continuardessa maneira, mesmo que tudo que é tem-poral venha a se extinguir. Um midrash, ou comentário sobre o livro deHabacuque, foi encontrado entre os Rolos domar Morto na Caverna 1 de Qumrã. Aparen-temente, foi escrito por um sectário juaeu daPalestina que interpretou os dois primeiroscapítulos à luz da história da seita de Qumrã.Ele não oferece muitos esclarecimentos quan-to ao significado da profecia. A teoria atual adotada por muitos estudiososdo AT diz que o capítulo 3 não fazia parte dolivro original. Mas o fato de o comentário deQumrã não incluir esse capítulo não é sufici-ente para provar essa teoria. Como o capítu-lo 3 tem a forma de um salmo, ele não servepara esse uso, como aconteceu com os doisprimeiros capítulos do midrash. Existe a pro-babilidade deste comentário nunca ter sidoconcluído. A LXX tem os três capítulos e nãoexistem provas para negar que o profeta te-nha composto um salmo em louvor e ação degraças. Os escritos dos profetas tinham, fre-qüentemente, uma intensa forma poética.

Bibliografia. W. F. Albright, “ThePsalm ofHabakkuk", na obra Stuaies in Old Testa-ment Propkecy, ed. por H, H. Rowley, Edin-burgh: T. & T. Clark, 1950, pp. 1-18. QleasonL. Archer, SOTI, pp. 343-346. Miilar Burrows,The Dead Sea Scrolis, Nova York: Viking

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HABAOJQUE, LIVRO DE HACUEA

O Comentário de Habacuque. Y. Yadin e o Santuário do livro

Press, 1955. Frank E. Gaebelein, Four MinorPropheta, Chicago: Moody Press, 1970. DavidW. Kerr, “Habakkuk”, WBC, pp. 871-881. D.Martin Lloyd-Jones, From Fearto Faith, Lon-dres: Inter-Varsity, 1953. Samuel J. Schultz,The Old Testament Speaks, Nova York:Harper and Row, 1960, pp. 406ss.

S. J. S.

HABAÍAS Pai de uma das famílias que re-tornaram do exílio e que alegavam ser dedescendência sacerdotal, mas foram excluí-das do sacerdócio pois seus nomes não fo-ram encontrados no registro genealógico (Ed2.61; cf. w. 62,63; Ne 7.63).

HABAZINIAS Avô de Jazanias e de seus ir-mãos recabitas que foram submetidos a umteste pelo profeta Jeremias no Templo (Jr 35.3),

HABITAÇÃO Tradução de 20 palavras di-ferentes na Bíblia, que inclusive dão a idéiade uma morada temporária (no caso de umaperegrinação), permanente (local de moradia),local de residência fixa e local de repouso. O Templo é chamado de habitação de Deus(ífbul, 2 Cr 6.2). O céu também é seu lugarde habitação (shibto,de yashab, SI 33.13,14).Da mesma forma, a justiça e o juízo tambémsão a sua habitação (makon, ou “lugar fixo”,SI 89.14). No NT, a Igreja tem o nome de “ha-bitação de Deus” ou “morada de Deus”(.katoíketerion, Ef 2.22). Canaâ era a habitação de Israel (moshab, 1Cr 4.33 etc.). Depois do exílio, Deus prome-teu o retorno de Israel à sua habitação(naweh, ou "lugar de repouso”, Is 32.18:33.20;Jr 50.19). Deus também determinou os limi-tes da habitarão do homem (katoikia, ou “lu-gar de moradia”, Atos 17.26). O discípulo cris-tão pode esperar ser recebido na habitaçãoeterna ou nos “tabernáculos eternos” (skene,“tenda”, Lucas 16.9). Veja Caverna; Habitar;Casa; Palácio; Tabernáculo; Tenda.

HABITAR Tradução de aprox. 15 palavrashebraicas e gregas. A palavra heb. gur é fre-quentemente usada para a estadia de umestrangeiro ou alguém que esteja de passa-gem entre as pessoas (Lv 19.34).

O termo heb. yashab refere-se à habitaçãode alguém, seja em uma tenda no campo ouem uma casa na cidade (Gn 13.12; Lv 18.3).O termo heb. shakan é freqüentemente usa-do como a habitação do Senhor entre seu povoou em Jerusalém e significa “estabelecer epermanecer ou habitar permanentemente”.O termo grego katoikeo (At 7.4) é semelhan-te ao heb. shakan. Termos mais extensos deestadia são denotados por meno, “permane-cer”, “ficar por mais tempo”. Oíkeo denota“ter uma casa”. Veja Casa; Tenda. A palavra grega para tenda (tabernáculo) éa raiz (skene) de um verbo utilizado no NovoTestamento, skenoo, descrevendo o propósi-to da vida de Cristo: como Tabernáculo, Eleé a residência e a manifestação da presençade Deus e da sua glória entre seu povo (“E oVerbo se fez carne e habitou [“tabemaculou”)entre nós"; Jo 1.14). O Espírito Santo per-manecerá (meno) no cristão para sempre (Jo14.17). O local normal de habitação ou modode vida do cristão é no amor do Pai (1 Jo4.16).

H. G. S.

HABOR O moderno rio Khabur, do ladooriental dos dois principais afluentes doEufrates superior e que desemboca pelo nor-te, próximo a Tirqah. Os cativos de dez tri-bos foram deportados ao distrito de Gozã, nas

Proximidades de suas nascentes, por Tiglate-íleser III, em 732 a.C., e por Sargao II, no

nono ano do rei Oséias, 722 a.C. (2 Rs 17.6 e18.11; 1 Cr 5.26), Veja Gozã, Haia.

HACALIAS Pai de Neemias e governadorda Judeia depois do cativeiro (Ne 1.1; 10.1).

HACATÃ Pai de Joanã, chefe da família deAzgade, que retornou do exílio da Babilôniacom Esdras(Ed8.12). O nome significa Cata,ou “pequeno”, e é precedido pelo artigo defi-nido. Esse nome ocorre no acádío como Qiãnue Kuttunu.

HACOZ Veja Coz.

HACUFA Os filhos de Hacufa estavam en-tre os servos do Templo no período pós-exílico

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HACUFA HADES

e pertenciam às fileiras inferiores entre osque retornaram da Babilônia com ZorobabelEd 2.51; Ne 7.531.

HACMONI (“aquele que é sábio”). Era paiou antepassado de Jasobeão (q.v.), o ilustreprimeiro homem entre os poderosos de Davi11 Cr 11.11, literalmente, “Jasobeão, filho deHakmoní”). Em 2 Samuel 23.8, seu nome defamília foi mencionado como Taquemoni e elefoi referido como taquemonita, provavelmen-te uma variação ortográfica da expressão “ohacmonita” por parte de algum escriba. Em1 Crônicas 27.33, foi mencionado outro filhode Hacmoni, Jeiel, que estava com os filhosde Davi como conselheiro. O verdadeiro paide Jasobeão deve ter sido Zabdiel, ou Zabdielteria sido um antepassado mais distante (1Cr 27.2). Essa família provavelmente perten-cia à tribo de Levi porque Jasobeão é cha-mado de coraita (1 Cr 12.6).

HADADE 1. Oitavo filho de Ismael (Gn 25.15, “Hadar”q.r.] em hebraico; 1 Cr 1.30). 2. O quarto dos primeiros reis de Edom (emAvite) que derrotou Midiâ (Gn 36.35ss.; 1 Cr1.46ss.). 3. Oitavo (e último) rei de Edom (Gn 36.39; 1 Cr 1.50ss.), em Paú ou Paí. 4. Príncipe edomita que Deus levantou paraser um adversário de Salomão (1 Rs 11.14-25). Quando criança, ele refugiou-se no Egitopara escapar da matança de Joabe, duranteo reinado de Davi. Foi protegido pelo Faraó,que lhe concedeu como esposa a irmã da rai-nha, e também a educação de seu filho. De-pois da morte de Davi, obteve a permissão doFaraó e retomou para liderar os edomitas emsua luta contra o domínio de Israel. Por indi-cação divina, tomou-se o agente de Deus nocastigo contra Salomão, constituindo-se suamaior ameaça e um contínuo tormento. 5. Hadade era o nome de um antigo deussemita da tempestade entre os assírios e osbabilônios. Esse nome foi adotado por doisreis, por exemplo, Ben-Hadade (1 Rs 15.18; 2 Rs 13) e Hadadezer (2 Sm 10.16,19). Essadivindade também era chamada de Hadade-Rimom (Zc 12.11) segundo a identificação fei-ta pelos assírios com Ramanu, seu deus dovento e da tempestade. Veja Falsos deuses.

HADADE-RIMOM ou HADADRIMOM Uma combinação dos nomes de dois deuses,do aramaico Hadade (“tempestuoso”) e doacádio Rimom, ou Ramanu (“tempestade”; cf.2 Rs 5.18), a quem foi realizada uma lamen-tação pública na planície de Esdraelom, emMegido (Zc 12.11). Na mitologia de RasShamra, o deus eananita Baal, o mesmo deusamorita da tempestade, Hadade, foi retrata-do como um guerreiro a cavalo vestido comum saiote, carregando uma clava e um raio,e com um elmo adornado com chifres de boi.

Também era o deus da vegetação. Lamentarum Hadade-Rimom, ou Baal morto, e Tam-muz (Ez 18.14) era motivo comum na mito-logia da Mesopotâmia, Veja Falsos deuses.Antigamente pensava-se que Hadade-Rimoin fosse o nome de um local próximo aMegido, onde a morte do rei Josias teria sidolamentada depois de ele ter sido mortalmen-te ferido em Megido; mas ele morreu em Je-rusalém, onde ocorreu essa lamentação (2Cr 35.22-25).

HADADEZER Filho de Reobe, foi rei deZobá (2 Sm 8.3), uma região da Síria situa-da ao norte de Damasco. Na época de Davi,Hadadezer procurou vários aliados para con-quistar Israel, mas não teve sucesso. O tex-to em 2 Samuel 8 descreve duas ocasiões emque foi derrotado por Davi, sendo que em suasegunda campanha Davi o despojou trazen-do muitos saques de ouro e cobre. Salomãousou esse cobre para fazer o mar de cobre,isto é, os pilares e os vasos de cobre para oTemplo í 1 Cr 18.8). O texto em 2 Samuel 10descreve uma terceira campanha vitoriosade Davi contra Hadadezer, que havia se alia-do aos amonitas e sírios.

HADAR 1. Forma alternativa de Hadade (q.v.), filhode Ismael (Gn 25.15). As letras reche (r) edaiete (d) são semelhantes em hebraico e eramfreqüentemente confundidas. Ele fundou a tri-bo ae mesmo nome, o que está provado atra-vés de registros cuneiformes como o Hudadu. 2. Variante de Hadade, último dos antigosreis da monarquia eletiva de Edom, cuja ci-dade era Paú (Gn 36.39).

HADAREZER Ortografia alternativa deHadadezer (q.v.), rei da cidade de Zobá. Foiderrotado pelo rei Davi (2 Sm 10.16,19; 1 Cr18.3,5,7-10; 19.16,19; 2 Sm 8.3-12),

HADASA Cidade de Judá na Sefelá ou dis-trito dos contrafortes, provavelmente entreLaquis e Gate (Js 15.37).

HADASSA Nome anterior de Ester, que setornou rainha por ter se casado com Assueroou Xerxes I (Et 2.7). Em hebraico, esse nomesignifica “murta”. Provavelmente, seja umtítulo que lhe foi dado, derivado da palavraacádia haddassatu, ou “noiva”. Também foiusado para Ishtar. Veja Ester.

HADATA Parte do nome de uma cidade,Hazor-Hadata, em Judá (Js 15.25), localiza-da no Neguebe, talvez em el-Hudeira, ao sulde Tuwâni, cerca de 30 quilômetros a lestede Berseba em direção ao mar Morto.

HADES Hades é outro nome de Plutâo, deusgregodo submundo ou inferno. Esse nomefoi transferido para o próprio reino dos mor-

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HADESHADESHADESHADES HAGABEHAGABEHAGABEHAGABE

tos. O Hades dos gregos tinha duas partes. Aparte mais profunda, onde as almas eramcastigadas, às vezes era chamada de Tárta-ro e o lugar das almas abençoadas tinha onome de Campos Elíseos (Edith Hamilton,Mythology, p. 39). Devemos tomar cuidadoao incluir essas idéias pagãs gregas no voca-bulário cristão. Assim como a palavra gregatheos, ou “deus”, adquiriu um novo signifi-cado no conceito judaico e cristão, a palavrahades também não deve ser definida a par-tir de seu uso grego, mas do NT. A palavra hades é usada cerca de de2 vezesno NT: 1. Em Mateus 11.23 e Lucas 10.15. Aqui,como ressaltado na versão ExpB, céu e hadessão expressões proverbiais para a maiorexaltação e a maior degradação. 2. Em Mateus 16.18, a expressão “portas doinferno” (cf. Jó 38.17; Is 38.10) é totalmentefigurada. Provavelmente seja a imagem deuma cidade murada com portões e barras.Esse verso poderia referir-se a um ataquedo reino de Satanás - que será derrotado. 3. Em Lucas 16.23, ela representa uma clarareferência. A palavra hades é usada para olugar de tormento em contraste com o lugarde bem-aventurança. Alguns a chamam deparábola, mas não existe nenhuma indica-ção a esse respeito. Mas, de qualquer modo,a palavra é usada para designar um lugar depunição. 4. Em Atos 2.27,31, essa passagem fica com-plicada pelo fato de existir uma citação doAT com um significado bastante discutido.A opinião geral é que ela refere-se à descidade Cristo ao reino dos mortos para pregaraos pecadores ou libertar os justos do com-partimento superior do Hades e levá-los aocéu. O problema com essa explicação é queCristo já havia falado que Hades era um lu-gar de tormento. E, em outra passagem, Eledisse que depois de sua morte não estarianesse lugar, mas no paraíso (Lc 23.43), jun-to com Deus Pai (Jo 16.28). Uma opinião alternativa poderia interpre-tar essa passagem de acordo com a sua for-ma original expressa no AT, no Salmo 16.10.Ali, a afirmação “não deixarás a minha almano inferno” certamente não está referindo-se à condenação da natureza espiritual aomundo dos mortos. A palavra nepesh signi-fica frequentemente apenas o “indivíduo” eraramente “a natureza espiritual”. O para-lelo seria: “Nem permitirás que o teu Santoveja corrupção”. Seria lógico adotar a primei-ra parte como um paralelo sinônimo de-“nãodeixarás a minha alma na morte” (Veja otratamento dado por C. F. H. Henry, ed., “TheBíblícal Expositor”, II, p. 59ss.). Assim, apalavra hades nessa citação do AT teria sidousada com seu significado hebraico original,isto é, she’ol, que muitas vezes significa sim-plesmente “sepultura” (q.v.). 5. Em Apocalipse 1.18; 6,8; 20.13,14, esses

versos também estão em sentido figurado.No primeiro (Ap 1.18), Cristo está seguran-do as chaves da morte e do hades. Essa ex-pressão lembra as “portas do inferno [Acnfes]”de Mateus 17.18. O hades é retratado comouma cidade murada, nesse caso provavel-mente uma prisão. Na passagem seguinte(Ap 6.8), a palavra hades também está ligadaà morte e personificada como inimiga deDeus e dos homens. Em Apocalipse 20.13,14,as palavras morte e hades aparecem ligadasnovamente, trazendo os ímpios que estãopresos e aguardando o juízo fmal. Esse uso éuma reminiscência da passagem em Lucas16.23 e fortalece a idéia de que a palavraHades do NT significa a residência dos peca-dores mortos. Veja Morto, O; Geena; Inferno; Seol.

R. L. H,

HADIDE Cidade da tribo de Benjamim, nafronteira noroeste da Sefelá, próxima à en-trada do vale de Aiialom, provavelmente amoderna el-Hadithin, cerca de 5 quilômetrosa noroeste de Lode ou Lida (Ed 2.33; Ne 7.37;11.34). Na lista Karnakde Tutmósis III estáincluída uma antiga cidade com o mesmonome.

HADLAI Pai de Amasa, um dos chefes deEfraim no reino de Peca (2 Cr 28.12).

HADORÃOHADORÃOHADORÃOHADORÃO 1. O quinto filho de Joctã (Gn 10.27; 1 Cr1.21), um semita, o sexto a partir de Noé. 2. Filho de Toú (Toí), rei de Hamate, envia-do com presentes de congratulação para Davipor ter derrotado Hadadezer (1 Cr 18.10;chamado de Jorão em 2 Sm 8.10). 3. Mordomo de Salomão (1 Rs 4.6, chamadoAdonirão, q.v.) e Roboão que foi apedrejadoaté à morte ao entregar a mensagem desseúltimo às dez tribos (2 Cr 10.18; chamadode Adorão em 1 Rs 12.18).

HAFARAIM Cidade de Issacar, menciona-da como localizada entre Suném e Siom (Js19.19), Foi escrita com o nome de hprm narelação das cidades da Palestina conquista-das por Sisaque. Estava provavelmente lo-calizada em et-Taiyibeh, a noroeste de Bete-Seã e 11 quilômetros a nordeste de Jezreel.

HAGABA Fundador de uma família denetineus, ou servos do Templo, que retorna-ram a Jerusalém com Zorobabel depois doexílio (Ne 7.48; Ed 2.45). Evidentemente,trata-se de uma pessoa diferente de Hagabe,em Esdras 2.46.

HAGABE Chefe de uma família de neti-neus que retornou com Zorobabel a Jerusa-lém (Ed 2.46). Esse nome foi omitido na rela-ção de Neemias (Ne 7.48). Foi mencionadoum homem com esse mesmo nome na época

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HAGABOHAGABOHAGABOHAGABO HALOES

de Jeremias, em referência a Ostracon I, dascartas de Laquis.

HAGARENOS Variante de Hagaritas, Ha-geritas e Hagrites. Uma tribo, ou confederação de tribos, queresidia na Síria e ao norte do deserto daArábia, Fazia parte da raça dos beduínos,não se sabe se árabes ou sírios, e sua rique-za era constituída pelo gado (1 Cr 5.20,21).Durante o reinado de Saul, os rubenitas de-clararam guerra contra eles (1 Cr 5.10). Otexto em 1 Crônicas 5,18-22 indica que osrubenitas formaram uma coalizão com osgaditas e com a meia tribo de Manasses con-tra os hagarenos, Nodabe, Jetur e Nafis.Esses dois últimos nomes correspondiam aduas tribos árabes que foram chamadas defilhos de Ismael em Gênesis 25.15. Ositureus, da época romana, tiveram seu nomea partir de Jetur. Por causa da íntima asso-ciação dos hagarenos com essas tribos ára-bes, e da semelhança com o nome Agar, acre-ditou-se muitas vezes que esse povo descen-desse da mãe de Ismael (veja também SI83.6). Entretanto, a região destinada aosseus descendentes era próxima a Berseba.Além disso, tanto a lista de Tiglate-PileserIII como a de Senaqueribe registram osHagaranu (hagarenos) com outras triboscomo sendo sírios (ou arameus). Os geógra-fos gregos Estrabão e Ptolomeu mencionamque os Agraioi viviam no norte da Arábia.Um hagarita de nome Jaziz foi mordomo dorei Davi “sobre o gado miúdo'’ (1 Cr 27.31).

R. E. H.

HAGARITAS Veja Hagarenos.

HAGI, HAGITAS Segundo filho de Gade,fundador de um clã chamado hagitas (Gn46.16; Nm 26.15), Esse nome ocorre em umtexto fenício e foi encontrado em várias ins-crições hebraicas antigas.

HAGIAS Um descendente de Merari, filhode LeviílCr 6.30).

HAGIÓGRAFO São escritos sagrados —mais precisamente os “livros do Antigo Tes-tamento”. Palavra adotada do grego, esse éum nome alternativo para a última das trêsdivisões tradicionais (veja Lucas 24.44) dasEscrituras hebraicas (KHubim, os Escritos)e compreende os livros que não foram in-cluídos sob a Lei e os Profetas. Essa divisãoera tão declaradamente arbitrária, que nun-ca foi aceita pelos patriarcas da Igreja comoadequada. Essa coleção, uma miscelânea de 11 livros(em hebraico), inclui o seguinte: (1) três gran-des livros poéticos: Salmos, Provérbios, Jó;(2) os cinco rolos ou Megillotk, que eramlidos nas sinagogas em cinco ocasiões sagra-das: Cantares de Salomão, na Páscoa; Rute,

na Festa das Semanas (Pentecostes): Lamen-tações, no dia nove de Abe (aniversário dadestruição do Templo); Eclesiastes, na Festados Tabemáculos; e Ester, na Festa de Purim;(3) três livros narrativos posteriores: Daniel,Esdras-Neemias e Crônicas. A ordem, nasBíblias que seguem a LXX e a Vulgata, dife-re consideravelmente do hebraico. VejaCanon das Escrituras - AT.

A. T. P.

HAGITE Esposa do rei Davi e mãe de seuquarto filho, Adonias, que mais tarde reivin-dicou o trono (2 Sm 3.4; 1 Rs 1.5, 11; 2.13; 1 Cr 3.2).

HAGR1 Pai ou antepassado de Mibar, umdos heróis de Davi (1 Cr 11.38).

HALA Cidade ou distrito, não identificado,da Mesopotâmia, talvez perto de Gozã, nabacia do rio Habor, para onde foram depor-tadas algumas das tribos do norte de Israelpelos reis assírios em 732 e 722 a.C. (2 Rs17.6; 18.11; 1 Cr 5.26). Como as portas dacidade de Ninive que estavam orientadaspara a direção noroeste eram chamadas de“Portas da terra Halahhu”, Haia pode tersido uma cidade situada no lado oriental dasdemais localidades para onde foram levadosos cativos de Israel, Veja Habor.

HALAQUE ou MONTE CALVO Monteque recebeu o mesmo nome do limite sul dasconquistas de Josué e que se elevava em di-reção a Seir (Js 11.17; 12.7), provavelmenteJebel Halâq, no Neguebe, cerca de 50 quilô-metros a sudeste do mar Morto e a meio ca-minho para Cades-Barnéia. Aparentemen-te, o monte Halaque estava defronte de Avdate do terreno montanhoso de Seir, localizadoao sul do Uádi Zin (Uádi Fuqrah), pois antesda expansão dos edomitas no século XIII a.C.,seu território de Seir estava localizado a oes-te de Arabá, no caminho entre Horebe eCades-Barnéia (Dt 1.2).

HALEL Esse termo vem de um verbo he-braico que significa “louvar” (por exemplo,Ed 3.11; 2 Cr 7.6). Mais tarde, tornou-se umtermo litúrgieo judaico que se referia a cer-tos Salmos. O Halel “egípcio” (SI 113-118)era entoado nos lares por ocasião da Páscoa(Mt 26.30), no Ttemplo e nas sinagogas du-rante as grandes festas anuais e no dia dalua nova. O Halel “grande11 (SI 120-136 ou135-136, ou apenas o 136) louva a Deus pe-las chuvas (135.1,7) e pelo alimento (136.25).Veja também Aleluia.

HALI Cidade na fronteira de Aser, locali-zada entre Helcate e Béten (Js 19.25). Sualocalização é desconhecida.

HALOÉS Pai de Salum que governou parte

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HALOÉS HAMOLEQUETE

de Jerusalém e ajudou Jeremias a recons-truir o muro da cidade (Ne 3.12). Tambémcolocou seu selo em uma aliança com Esdrase Neemias para adorar ao Senhor (Ne 10.24).

HALUL HALUL HALUL HALUL Um vilarejo no terreno montanho-so de Judá, ao lado de Bete-Zur e Gedor (Js15.58), cerca de cinco quilômetros a norte deHebrom,

HALL HALL HALL HALL Veja Átrio; Pretório.

HAMA HAMA HAMA HAMA “Filho de Hamedata, o agagita”. VejaAgagita. Hamã era um influente oficial dacorte do rei Assuero (Et 3.1). Um dos perso-nagens menos admiráveis do AT, esse prín-cipe encarnava as mais ignóbeis ilusões degrandeza. Depois de receber uma promoção,sua vaidade foi gratificada pela adulação deseus associados, com exceção de Mardoqueuque, sendo um judeu monotelsta, não o ve-nerava (Et 3.2). Em sua fúria infantil, Hamã estava deter-minado a destruir não somente Mardoqueucomo também todos os judeus. Seus planosforam prejudicados pelo heroísmo da rainhaEster e, com exemplar justiça, a sua vidaterminou na forca que ele mesmo havia pre-parado para Mardoqueu (Et 7).

HAMATE, ENTRADA DE HAMATE, ENTRADA DE HAMATE, ENTRADA DE HAMATE, ENTRADA DE Veja Lebo-Hamate.

HAMATEHAMATEHAMATEHAMATE 1. Chefe ancestral do clã dos recabitas (1Cr 2.55). 2. Cidade fortificada no território de Naftali(Js 19.35), provavelmente localizada emHammam Tabariyeh, uma cidade com fon-tes de água quente situada ao sul de Tiberí-ades, na praia do lado ocidental da Galiléia.Quase todos concordam que Hamote-Dor(q.v,; Js 21.32) e a Hamom (q.v.) de 1 Crôni-cas 6.76 são a mesma Hamate. 3. Este nome está expresso em 1 Crônicas13.5 e Amós 6,14. Cidade e estado (Is 11.11; Jr 39.5; Zc 9.2) daSíria, localizada ao norte da fronteira idealde Israel (Nm 13.21; 34.8; Js 13.5, veja Lebo-Hamate). O local da atual cidade de Hama,no Nahr el-Asi (o antigo Orontes), foi esca-vado por H. Ingholt (1932-38), que descobriu12 níveis de ocupação. A cidade foi fundadana era neolítica. O nível H corresponde à erade Hamurabi da Babilônia, mas Hamate per-maneceu desabitada durante o período doshicsos (1750-1500 a.C.). Foi capturada porTutmósis III do Egito (ANET, p. 242). Du-rante o período Amarna, ela foi a capital deum reino amorreu. Mais tarde, progrediu nacondição de cidade-estado hitita e, por fim,tornou-se uma cidade síria sob o influxo deimigrantes ou por causa de conquistas.Estando localizada em uma importanterota comercial entre D amas o e Alepo, ten-

do estados vizinhos mais poderosos, comopor exemplo, Israel e Síria (Arã), Hamateprecisava defender sua independência fa-zendo alianças de um tipo ou de outro. Seurei Toí procurou fazer amizade com Davidepois deste último ter derrotado os siros(2 Sm 8.9ss.). Salomão construiu cidadesna terra de Hamate que serviam como de-pósitos (2 Cr 8.4). Em 853 a.C., ela foi o terceiro estado na co-alizão que enfrentou Salmaneser III daAssíria, na batalha de Qarqar (ANET, p.279), Uma inscrição de seu rei Zakir, emaprox. 800 a.C., mostra uma vitoriosa guer-ra travada contra um grupo de reis chefia-do por Ben-Hadade de Damasco (ANET, pp.501ss.). E possível que esse Zakir tenha sidoo desconhecido “salvador" que ajudou Israelcontra os sírios na época de Jeoacaz (2 Rs13.5). Jeroboâo II reconquistou as terras deDamasco e Hamate, que haviam anterior-mente pertencido a Davi (2 Rs 14.28). O profeta Amós, que era muito ativo emaprox. 760 a.C., mostrou que Hamate esta-va em ruínas em sua época (Am 6.2), possi-velmente como resultado do ataque dos siros.Em seguida, Hamate foi conquistada porSargâo II da Assíria em aprox. 721 a.C. (se-gundo a alusão feita em Isaías 10.9), e seushabitantes foram transportados para outrospaíses. Alguns deles foram enviados pararepovoar cidades do território de Samaria,onde, durante algum tempo, adoraram seudeus Asima (2 Rs 17.24,30).

S. C.

HAMATEHAMATEHAMATEHAMATE----ZOBA ZOBA ZOBA ZOBA Provavelmente Hamatede Zobá. Esse nome só foi mencionado em 2Crônicas 8.3 em conexão com as conquistasde Salomão, pois ele a conquistou. Esse lo-cal ainda não foi identificado. Alguns acre-ditam que a expressão Hamate-Zoba refira-se aos reinos vizinhos de Hamate e Zobá, ouque seja idêntica a Hamate (q.v.; Nm 34.8),e que o nome Zoba tenha sido usado aqui emum sentido mais amplo. Talvez seja melhoraceitar esse nome como uma outra Hamatelocalizada no território de Zobá.

HAMEDATA HAMEDATA HAMEDATA HAMEDATA Pai de Hamã, o inimigo dosjudeus no livro de Ester (Et 3.1,10; 8.5; 9.10,24). Seu nome é tipicamente persa, e possi-velmente veio de mah, ou “lua", e data, ou“dado” - “dado pela lua",

HAMELEQUE HAMELEQUE HAMELEQUE HAMELEQUE É um nome próprio, masessa palavra é melhor traduzida como a pa-lavra que designa “rei” em hebraico. Jera-meel e Malquias recebem, ambos, a desig-nação de “filho do rei" (Jr 36.26; 38.6), o queos toma príncipes reais.

HAMOLEQUETE HAMOLEQUETE HAMOLEQUETE HAMOLEQUETE Filha de Maquir e irmãde Gileade, neto de Manassés. Gideão, o juiz,era seu descendente (1 Cr 7.17,18).

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HAMOEEQUETEHAMOEEQUETEHAMOEEQUETEHAMOEEQUETE HAMURABIHAMURABIHAMURABIHAMURABI

HAMOMHAMOMHAMOMHAMOM 1. Cidade fronteiriça de Aser (Js 19.28), pos-sivelmente Umm-el-‘Awamid, 15 quilômetrosao sul de Tiro, onde foram encontradas duasinscrições fenicias mencionando a adoraçãoao deus Baal-Hamom. 2. Cidade levítica em Naftali (1 Cr 6.76),provavelmente seja a própria Hamate (q.v.).

HAMONA HAMONA HAMONA HAMONA Tem o significado de “multidão”.Nome simbólico de um lugar onde as multi-dões de Gogue deveríam ser enterradas de-pois da grande matança (Ez 39.16).

HAMONHAMONHAMONHAMON----GOGUE GOGUE GOGUE GOGUE Vale estreito e profun-do previamente conhecido como “vale dosviajantes” ou “vale dos que passam” do ou-tro lado do mar (provavelmente o mar Mor-to) onde serão assassinadas e enterradas asmultidões trazidas por Gogue (Ez 39.11,15)Veja Gogue.

HAMOR HAMOR HAMOR HAMOR Governador de Siquém na épocado retorno de Jacó de Padã-Árã. Siquém, fi-lho de Hamor, havia humilhado Diná, filhade Jacó. Os irmãos dela, Simeão e Levi, vin-garam a ofensa matando todos os homensde Siquém (Gn 34.1-31), Jacó comprou um pedaço de terra de Hamor,no qual estendeu a sua tenda (Gn 33.19).Mais tarde, José foi enterrado nesse local (Js24.32). Na época dos juizes, o nome Hamorainda estava ligado a Siquém (Jz 9.28). VejaSiquém. Esse nome significa “asno”, fato que levoumuitos estudiosos a considerar o termo comoo nome do “totem de um clã". Entretanto, essateoria não é necessariamente verdadeira. NaAntiguidade, era muito comum o uso de no-mes próprios baseados em nomes de animais;por exemplo, Calebe significa “cão”, e Raquelsignifica “ovelha”. E possível que Hamor te-nha sido um amorreu ou um heteu que prati-cou o sacrifício de um asno como parte do esta-belecimento de uma aliança (Cf. Mendenhall,BASOR, # 133 [1954], p. 26, n.3.).

HAMOTEHAMOTEHAMOTEHAMOTE----DOR DOR DOR DOR Cidade de Naftali desti-nada aos gersonitas e designada como ci-dade de refúgio (Js 21.32). E chamada deHamom em 1 Crônicas 6.76; é possivelmen-te a moderna Hamam-Tabariyeh, de fontesde água quente, ao sul de Tiberíades e naorla ocidental do mar da Galiléia, que noentanto, aparentemente não exibe suficien-te antiguidade. Provavelmente seja a pró-pria Hamate (q.v.).

HAMUEL HAMUEL HAMUEL HAMUEL Filho de Misma, um simeonita,da família de Saul (1 Cr 4.26).

HAMUL, HAMULITAS HAMUL, HAMULITAS HAMUL, HAMULITAS HAMUL, HAMULITAS Füho mais novo dePerez, filho de Judá com Tamar. Hamul foio fundador de uma família tribal (Gn 46.12;Nm 26.21; 1 Cr 2.4,5).

HAMURABI Nome amorreu comum, doinício do segundo milênio a.C. Pelo menosdois reis de Yamhad (Alepo) e um governan-te de Qurda tinham esse nome. Mas seu maisfamoso portador foi o sexto governante daPrimeira Dinastia da Babilônia que reinoupor volta de 1792-1750 a.C. (de acordo comSidney Smith) ou 1728-1686 a.C. (de acordocom W. F. Albríght). Anrafel, rei de Sinar, cujos aliados atacaramSodoma (Gn 14.1ss.), que alguns anterior-mente acreditavam ser uma tradução hebrai-ca de Hamurabi, deveria ser comparado comas formas amoritas de Amud-pi-el (“supor-tar é a palavra para El”) encontradas emMari, em aprox. 1750 a.C. O Hamurabi da Babilônia, como todos osgovernantes das cidades-estado no períodoantigo do Oriente Próximo, registrava to-dos os casos legais que julgava. Ao chegarao término de seu reinado, ele submeteu àsua divindade, Shamash, um relato de suasabedoria mostrada através da lei e da or-dem que havia feito prevalecer em sua ter-ra. Casos selecionados, e novas leis, foraminscritos em monolitos de pedra erigidos nosprincipais Templos da Babilônia. Um des-ses monolitos, um pilar de granito negro(diorito), com 2 metros e meio de altura, pro-duto de um saque feito em Susâ, foi recupe-rado por arqueólogos franceses em dezem-bro de 1901. Atualmente, ele encontra-seno Museu do Louvre, em Paris. É possívelque registros escritos semelhantes, descre-vendo decisões legais, tenham sido conser-vados pelos reis de Israel e Judá (JSS, VII[1962], 161-172). Desde o prólogo até as leis de Hamurabi,assim como as referências feitas em textoscontemporâneos de seu reinado (veja Mari),podem ser traçados os principais eventos desua época. Primeiramente, o rei dedicou-sea estabelecer a economia interna; em segui-da, o poder da Babilônia estendeu-se gradu-almente até as cidades localizadas ao sul deUruque ÍEreque) e de Isin, em uma série decampanhas militares. A captura de cidadesda região de Diyala e do Eufrates inferiorredundou em um contato direto com os po-derosos reis da Assíria, Mari e Alepo. Umacarta de Mari relata que nessa época Hamu-rabi dispunha de 10 a 15 governantes vas-salos sob as suas ordens, aproximadamentea metade do número reivindicado pelo rei deAlepo. Por volta de seu trigésimo oitavo ano,Hamurabi havia derrotado seu rival Rint-Sinde Larsa, as tribos dos Gutianos e Eshnunnaque viviam nas montanhas, e capturadoMari, no médio Eufrates, a partir de Zimrí-Lim. Dessa maneira, havia conquistado umimpério cuja área nunca foi excedida por ne-nhum rei da Babilônia, a nâo ser na épocade Nabucodonosor II (605-562 a.C.). As leis de Hamurabi (ANET, pp. 163-180),que em grande medida davam continuida-

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HAMURABIHAMURABIHAMURABIHAMURABI H AN ANEL, TORRE DEH AN ANEL, TORRE DEH AN ANEL, TORRE DEH AN ANEL, TORRE DE

Suposta cabeça cie Hamurabi. LM

de à tradição legal de seus predecessores Urukagina de Lagash, Lipit-Ishtar de Isin e Bi laia ma de Esrmunna, davam testemu- nho de sua habilidade administrativa. Es- sas 282 decisões e cláusulas jurídicas cobri- am um grande espectro de assuntos: casa- mento, divórcio, adoção, aprendizado, rou- bo, assalto, agricultura, comércio, proprie- dade e salários. As penas impostas varia- vam de acordo com a posição do acusado ou da parte prejudicada, homens livres, depen- dentes do palácio ou escravos. Eram impostos: a pena capital e castigos físicos (lex talwnis), o confisco de proprie- dades e multas financeiras. As mulheres ti- nham direitos específicos. Tudo isso mostra uma boa e definida tradição legal que, em seus numerosos aspectos de forma e deta- lhe, oferecem um paralelo próximo às se- ções legais do AT, Por exemplo, a lei sobre a sangria dos bois (Êx 21.28ss.) ou sobre o incesto (Lv 20.14). Dessa forma, as leis de Hamurabi proporcionam uma visão extra- bíblica das habituais tradições legais exis- tentes na maior parte do antigo Oriente Próximo.

Bibliografia.Bibliografia.Bibliografia.Bibliografia. G. R. Driver e John C. Miles, The Babylonian Laws, 2 vols., Oxford: Clarendon Press, 1952, 1955.

D. J. W.

HAMUTAL Filha de Jeremias de Libna, uma das esposas do rei Josias e mãe do rei Joacaz edo rei Zedequias (2 Rs 23.31; 24.18; Jr 52.1).

HANÃ 1. Filho ou descendente de Sasaque, um dosprincipais homens de Benjamim (1 Cr 8.23). 2. Um dos seis filhos de Azei de Benjamim (1Cr 8.38; 9.44). 3. Filho de Maaca. Foi um dos poderosos deDavi (1 Cr 11.43). 4. Os filhos ou descendentes de Hanâ esta- vam entre os netineus, on servidores do Tem-plo, que retornaram com Zorobabel (Ed 2.46;Ne 7.49). ^ ^ 5. Um levita muito ativo nos dias de Esdrase Neemias. Foi um daqueles que ajudaram opovo a entender a lei, à medida que ela eralida por Esdras (Ne 8.7). Provavelmente setrate do mesmo levita que assinou o grandepacto de Neemias, e que foi nomeado assis-tente dos tesoureiros dos armazéns que dis-tribuíam as rendas do Templo entre os sa-cerdotes e levitas (Ne 10.10; 13,13). 6. Um dos chefes do povo que assinou o pac-to de Neemias (Ne 10.22), 7. Outro chefe que assinou o pacto (Ne 10.26). 8. Filho de Jigdaiias; foi um funcionário doTemplo. Jeremias trouxe os recabitas à câ-mara dos filhos de Hanâ para testar a fideli-dade deles.

P. C. J.

HANANEL, TORRE DE Torre situada naparte norte do muro de Jerusalém, entre a

Código de Hamurabi

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HANANEl, TORRE DEHANANEl, TORRE DEHANANEl, TORRE DEHANANEl, TORRE DE HAN1ELHAN1ELHAN1ELHAN1EL

Porta das Ovelhas e a Porta do Peixe (Ne3.1; 12.39; Jr 31.38. Zc 14.10). Junto com aTorre de Meá iq.v.), ela provavelmente faziaparte da fortaleza do Templo. Mais tarde, orei Herodes substituiu essas torres pela Tor-re de Antônia (q.v.). Veja Jerusalém: Portase Torres.

HANANEL Pilho de Salum e primo de Je-remias, o profeta, que comprou para si umcampo ancestral em Anatote durante o cer-co de Jerusalém (Jr 32,7-9,12).

HANANI 1. Um dos filhos de Hemâ, escolhido para oserviço de música do santuário. Ele e suafamília foram escolhidos como o 18° turnona ordem de serviços organizada por Davi(1 Cr 25.4,25). 2. Profeta que censurou o rei Asa e procla-mou o castigo de Deus sobre ele por ter ape-lado á ajuda da Síria em sua luta, ao invésde buscar ao Senhor. O rei, impenitente efurioso, colocou o profeta na prisão (2 Cr 16.7-10). Provavelmente se trate do mesmo ho-mem que era pai do profeta Jeú, que conde-nou o rival de Asa, Ba as a, e aconselhou seupróprio sucessor, o rei Josafá (1 Rs 16.1,7; 2Cr 19.2; 20.34). 3. Sacerdote da época de Esdras. Acusadode ter se casado com uma mulher paga, pro-meteu expulsá-la ÍEd 10.19,20). 4. Irmão de Neemias. Foi ele que liderou ogrupo que informou a Neemias sobre a de-

Ê lorável condição de Jerusalém (Ne 1.2). «pois da restauração da cidade, Hanani,

juntamente com Hananias, o governador dopalácio (ou o “maioral da fortaleza”), foi in-cumbido de governar a cidade de Jerusalém(Ne 7,2). 5. Sacerdote dos dias de Neemias que juntocom outros tocava os “instrumentos músicosde Davi” na grande festa de dedicação pelotérmino do muro (Ne 12.36).

P. C. J.

HANANIASHANANIASHANANIASHANANIAS 1. Filho de Hemâ. Foi nomeado para tocarum instrumento musical nos cultos reais eno Templo (1 Cr 25.4,5) o chefiar o 16° turnodos músicos levitas (1 Cr 25.23), Veja Hemã. 2. Capitão do exército sob o rei Uzias (2 Cr26.11). 3. Pai de Zedequias, príncipe de Judá no rei-nado de Jeoaquim, rei de Judá (Jr 36.12). 4. Filho deAzure falso profeta no quarto anode Zedequias, rei de Judá. Proclamou falsae publicamente no Templo que ao final dedois anos o despojo de guerra levado porNabucodonosor seria devolvido junto comJeconias e os prisioneiros. Quando Jeremiaso denunciou como falso profeta, Hananiastirou o jugo que Jeremias usava no pescoçocomo um símbolo de seu conselho para sesubmeterem à Babilônia. Daí por diante, de-

clarando que o jugo de madeira de Hananiasdeveria tomar em ferro, isto é, que o contro-le da Babilônia se tomaria cada vez mais for-te, Jeremias predisse a morte de Hananiasdentro de um ano. Ele morreu dois mesesmais tarde (Jr 28). 5. Avô de Jerias que prendeu Jeremias, es-tando este na “porta de Benjamim” quandoprocurou fugir para Nabucodonosor em obe-diência à Palavra de Deus (Jr 37.13). 6. Filho de Sasaque, chefe de uma famíliade Benjamim (1 Cr 8.24). 7. Nome hebraico de Sadraque, um dos trêsjovens levados à Babilônia juntamente comDaniel (Dn 1.6,7,11,19; 2.17). 8. Filho de Zorobabeí e antepassado do Se-nhor Jesus (1 Cr 3.19,21). 9. Filho de Bebai, que voltou à pátria comEsdras (Ed 10.28). 10. Boticário (ou perfumista) que ajudou aconsertar os muros (Ne 3.8). 11. Filho de Selemias que, junto com Hanum,ajudou a consertar os muros (Ne 3.30). 12. Governador do palácio (ou “maioral dafortaleza”) na época de Neemias (Ne 7.2). 13. Aquele que selou a aliança que consistiaem obedecer aos mandamentos de Deus (Ne10.23). 14. Sacerdote da época de Joiaquim, o sumosacerdote (Ne 12.12,41).

H. G. S.

HANATOM Cidade na fronteira norte deZebulom (Js 19.14). Seu nome é mencionadoduas vezes nas tábuas de Amarna (EA 8.17;245,32) do século XIV a.C., onde é chamadade Hinatuni e Hinatuna, respectivamente, euma vez nos registros de Tiglate-Pileser III.Talvez estivesse localizada em Tell el-Bedeiwíyeh, local situado a aproximadamen-te 10 quilômetros ao norte de Nazaré. Algunso identificam com el-Harbaj, na extremida-de sul da planície de Aco.

HANES Cidade do Egito à qual Judá en-viou alguns mensageiros (Is 30.4) e quasecertamente situada ao sul de Fayyum, 90quilômetros ao sul de Mênfis, na margemocidental do Nilo, ainda conhecida comoAhanas. Os gregos identificavam a divinda-de local, Herishef, com Hércules e chama-vam essa cidade de Heracleopolis Magna.Hanes era a capital da XXII Dinastia (935-735 a.C.), e permaneceu como uma cidadede grande importância. Durante o reinadode Psamtik I (663-609 a.C.), era o centro doovemo do Egito Superior. Entretanto, comase no targum aramaico dessa passagem,alguns estudiosos identificaram Hanes comTafnes, uma fortaleza na fronteira oriental.

HANIEL 1. Filho de Éfode e príncipe de Manasses queajudou a dividir Canaã entre as tribos. Foi no-meado como superintendente da distribuição

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HAN1ELHAN1ELHAN1ELHAN1EL HARÃHARÃHARÃHARÃ

do território ocidental da Jordânia entre as deztribos que deveríam instalar-se naquela área(Nm 34.23). 2. Filho de Ula, príncipe e herói da tribo deAserdCr 7.39),

HANUMHANUMHANUMHANUM 1. Filho e herdeiro de Naás, rei dos amonitas.Quando Davi enviou uma mensagem de con-solo a Hanum, depois da morte de seu pai, onovo rei resolveu interpretar isso como umato de espionagem. Os embaixadores forampresos e caíram em desgraça porque tiverammetade de suas barbas raspadas e suas ves-tes rasgadas pela metade, antes de seremexpulsos de Amom pelo rei. Davi considerouesse insulto como um ato de guerra e prepa-rou seu exército para invadir Amom. Preven-do essa invasão, Hanum iá havia pedido aju-da aos sírios. O exérdto ae Davi, liderado porJoabe e Abisai, ficou encurralado entre osamonitas e os sírios, mas com valentia derro-tou ambas as forças. Esse foi o início de umaguerra contra Amom que continuou depois pormais algum tempo (2 Sm 10; 1 Cr 19). 2. Sexto filho de Zalafe, que consertou partedo muro de Jeiusalém (Ne 3.30). 3. Outro Hanum que, ajudado pelos habitan-tes de Zanoa, reparou a Porta do vale de Je-rusalém, e parte de seus muros (Ne 3.13).

P. C. J.

HAPISES Um descendente de Arão queparticipava dos turnos de sacerdotes sob ogoverno do rei Davi (1 Cr 24.15). Na versãoTB em português aparece como Hapizes.

H AQUI LA Colina situada no deserto daJudéia, a leste de Zife, a sudeste de Hebrom,e em frente ao distrito de Jesimom (“desola-do'’), onde Davi se refugiou quando fugiu deSaul (1 Sm 23.19; 26.1,3). E uma área de-serta repleta de rochedos e desfiladeiros aoeste de En-Gedi.

HARA HARA HARA HARA Importante cidade comercial daSíria, localizada no cruzamento de váriasestradas, cerca de 30 quilômetros ao sul deÉdessa, às margens ao rio Belias (agoraBelikh), na estrada principal que levava deNíneve até Carquemis e depois até as prai-as do Mediterrâneo. Seu nome (em hebraicoharan, em acádio, harranu) significa “estra-da, rota, caravana”. Na língua dos heteus,essa palavra tomou-se harvana, que é a basedo termo caravana. O nome Harã é mencionado primeiramentena Bíblia como sendo o lugar para o qual Tteraviajou a partir de Ur dos Caldeus. Tera mor-reu nesse lugar e foi lá que Abraão recebeua chamada de Deus para deixar seus paren-tes e ir para Canaâ. Abraão partiu com suamulher e seu sobrinho Ló, enquanto os ou-tros membros do clã permaneceram na cida-de (Gn 11.31-12.4). Embora não esteja es-

pecificamente afirmado, Harã era aparente-mente o lugar onde o servo de Abraão, aoprocurar uma esposa para Isaque, encontrouRebeca junto ao poço; ainda pode ser visto olocal tradicional desse poço. Mais tarde, Jacófugiu para seu tio Labão que vivia em Harã,ou em suas proximidades (Gn 28.10), e lápermaneceu durante 20 anos antes deretornar à sua casa (Gn 28-30). Os demais registros bíblicos sobre Harã di-zem que foi destruída pelos assírios (2 Rs19,12), e que os seus mercadores exportavamvestes azuis bordadas e tapetes finos (Ez27.23,24). O nome Harã é freqüentemente menciona-do em outras fontes, além da Bíblia Sagrada.Ele aparece em uma carta de Marí, escritaem aprox. 2000 a.C., próximo à época deAbraão. Esta cidade era um centro de adora-ção ao rei-lua Sin. Um outro grande centroae adoração a esse deus era Ur, na Caldéia;portanto, é muito provável que Harã tivessesido fundada por colonizadores que haviamsaído de Ur. Também é possível que Teratenha feito essa longa viagem, das terras fér-teis e prósperas da Babilônia para a regiãomenos favorável da Síria, como líder dessegrupo de colonizadores. Nos primeiros sécu-los do segundo milênio a.C., a cidade de Harãestava situada nas proximidades do centroda ocupação dos hurrianos. Portanto, é pro-vável que os patriarcas tenham entrado emcontato com esse dominante elemento socialque conhecemos por meio das tábuas deNuzu (veja Horeus; Nuzu). Registros poste-riores mostram que a cidade passou por vá-rias vicissitudes: ela esteve, de forma alter-nada, sob o domínio dos mitanianos, dos as-sírios e dos sírios. Quando o Império Assírio gozava da supre-macia na Ásia ocidental, depois de 730 a.C,,Harã era uma poderosa fortaleza e residên-cia de um turtan (“comandante", geralmen-te de sangue real). De acordo com CrônicaBabilônica, quando Níneve foi derrotadapelos medos e babilônios em 612 a.C., oturtan de Harã, Assur-Uballit II, chefiou nmreino assírio de curta duração. A cidade deHarã foi sitiada e tomada pelos babilôniose, embora os assírios contassem com a ajudado Egito, não conseguiram recuperá-la; as-sim terminou o Império Assírio. O nome Harã aparece novamente na históriade Nabonido, o último rei da Babilônia (555-539 a.C,), que restaurou o famoso Templo deSin, chamado Ehulhul, pretendendo que estese tornasse o principal centro religioso de seuimpério. Os romanos conservaram essa cida-de como uma fortaleza (Carrhae); em suasproximidades, o exército de Crasso foi aniqui-lado pelos partos em 53 a.C. A cidade atual revela o lugar da antiga colo-nização. Inscrições antigas foram encontra-das em Eski-haran (no idioma turco, “velhaHarã"), situada 10 quilômetros ao norte;

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HARÀHARÀHARÀHARÀ HAROSETE DOS GENTIOSHAROSETE DOS GENTIOSHAROSETE DOS GENTIOSHAROSETE DOS GENTIOS

portanto essa pode ter sido a localização dofamoso templo de Sin.

Bibliografia.Bibliografia.Bibliografia.Bibliografia. William Hallo, “Haran,Harran”, BW, pp. 280-283.

S. C.

HARA Mencionada em 1 Crônicas 5.26, jun-tamente com Haia, Habor e o rio Gozã, paraonde Tiglate-Pileser III III III III da Assíria exilou astribos hebraicas de Rúben, Gade e a meiatribo de Manas sés. Em 2 Reis 17,6; 18.11, onde o texto hebraicotraz “cidades dos medos”, a versão LXX traz“montanhas dos medos”. Talvez a palavrahebraica Hara’ em 1 Crônicas 5.26 seja umavariação dessa forma. Outros sugeriram quea palavra Hara deveria ser escrita como Harã.

HARADA Local de parada na viagem dosisraelitas desde o Sinai até Cades-Barnéia(Nm 33.24,25), A sua localização exata é des-conhecida.

HARAIAS HARAIAS HARAIAS HARAIAS Pai de Uziel que, sob a coorde-nação de Neemias, ajudou a reparar os mu-ros de Jerusalém (Ne 3.8).

HARARITA Designação de três dentre ospoderosos de Davi, conhecidos como “os trin-ta”, talvez significando que cada um delesfosse um “montanhês”: (1) Agé (2 Sm 23.11); (2) Sarna (2 Sm 23.33; Sage em 1 Cr 11.34); (3) Sarar (2 Sm 23.33; Sacar em 1 Cr 11.35).

HARAS HARAS HARAS HARAS Avô de Salum, marido de Hulda, aprofetisa que foi consultada a respeito do li-vro da lei encontrado durante o reinado deJosias (2 Cr 34.22). É mencionado em 2 Reis22.14.

HARBONA Terceiro dos sete eunucos queserviam a Assuero (Xerxes) como secretáriosparticulares. Foi mencionado em Ester 1.10.Ele sugeriu que Hamà fosse enforcado naforca preparada para Mardoqueu (Et 7.9).

HAKEFE Um chefe da tribo de Judá, des-cendente de Calebe, que fundou Bete-Gaderem algum lugar da região de Belém eQui-riate-Jearim (1 Cr 2.51),

HARIFE 1. Chefe de uma família cujos 112 membrosdo sexo masculino retornaram a Jerusalémapós o exílio (Ne 7.24). Aparentemente cha-mado Jora em Esdras 2.18. 2. Um daqueles que selaram a aliança deNeemias (Ne 10.19).

HARIM 1. Sacerdote escolhido por meio de sortes eque, dessa forma, deu seu nome à terceira das24 divisões ou turnos nos quais os sacerdoteseram separados para o serviço (1 Cr 24.8). Os

1.017 “filhos de Harim” que voltaram da Babi-lônia (Ed 2.39; Ne 7.42) simplesmente per-tenciam a esse turno de Harim. Cinco delescasaram-se com mulheres estrangeiras (Ed10.21). O Harim que assinou a aliança deNeemias (Ne 10.5) e o sacerdote Adna (Ne12.15) parecem ter pertencido a essa família.Se for correta a conjectura de que Reum (Ne12.3) seja uma variante do nome Harim, po-demos concluir que esse nome também estárelacionado entre os sacerdotes que retoma-ram da Babilônia com Zorobabel. 2. Ancestral de uma grande família de isra-elitas leigos que levavam seu nome. Acom-panhando Zorobabel, 320 membros do sexomasculino desse clã retornaram do exílio (Ed2.32; Ne 7.35). Um deles estava entre os lí-deres que selaram a aliança com Neemias(Ne 10.27). Oito desses homens leigos eramculpados de casarem-se com mulheres es-trangeiras (Ed 10.31; cf. 10.44). Um dos oito,Malquias, ajudou a reparar os muros de Je-rusalém (Ne 3.11).

P. C. J.

HARNEFER Um dos filhos de Zofa, chefeda tribo de Aser (1 Cr 7.36); uma translite-raçào da palavra egípcia hr-nfr, que signifi-ca “Horus é misericordioso”,

HARODE A tradução deste termo como “fon-te" é preferível à tradução como “poço”. O ter-mo está relacionado ao local onde esteve oacampamento de Gideão enquanto ele prepa-rava-se para a batalha contra os midianitas(Jz 7.1). Possivelmente a fonte onde Saulacampou na ocasião da batalha contra osfilisteus (1 Sm 29.1). Foi identificada por al-guns como sendo ‘Ain Jalud, uma fonte loca-lizada na encosta noroeste do monte Gilboa,13 quilômetros no extremo noroeste de Bete-Seã. A água brota de uma caverna naturalpara uma grande piscina onde, provavelmen-te, os homens de Gideão saciaram sua sede.E uma das fontes copiosas da Palestina. Umponto estratégico para quaisquer movimen-tos militares em sua vizinhança.

HARODITA Dois dos homens de Davi (Sarnae Elica) são chamados de haroditas em 2Samuel 23.25. “Harorita” (1 Cr 11.27) é umavariação comum para Harodita.

HAROÉ Veja Reaías. HARORITA Esse termo (1 Cr 11.27) pro-vavelmente deva ser interpretado comoharodita (cf. 2 Sm 23.25), porque o r e o dsão muito semelhantes na língua hebraica.Veja Harodita.

HAROSETE DOS GENTIOS Esta expres-são é equivalente a Harosete-Hagoim eHarosete-Hagojim. Ela ocorre apenas emJuizes 4.2,13,16 em conexão com a batalha

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HAROSETE DOS GENTIOSHAROSETE DOS GENTIOSHAROSETE DOS GENTIOSHAROSETE DOS GENTIOS HASSENAÁHASSENAÁHASSENAÁHASSENAÁ

que aconteceu entre os israelitas, sob o co-mando de Débora e Baraque, e Sísera, o ge-neral do exército eananeu, Se Harosete erauma cidade, esse texto está referindo-se aorio Quisom nas proximidades do limite oci-dental da planície de Esdraelom, de ondeesse rio podia fluir até o local que apareceem Juizes 5.21, isto é, uma passagem deaprox. 15 quilômetros no extremo noroestede Megido. Esse local é geralmente identifi-cado com as cidades próximas de el-Haritkiyeh ou Tell ‘Amr, o que parece sermuito duvidoso porque as investigações rea-lizadas indicam que nenhuma delas é sufici-entemente antiga. Alguns estudiosos prefe-rem Tell Harbaj, cinco quilômetros ao nortede el-Harithiyeh, O fato de Sísera ter “habi-tado” (yosheb; Jz 4.2) nesse local pode signi-ficar que ele tenha sido o governador (mili-tar) dessa área, e isso explicaria porque se-ria tão difícil encontrar uma cidade tão es-pecífica (cf. o uso de yosheb em Números33.40; Juizes 4.5; 10.1, e na Pedra Moabita1,8, que diz que Onri “habitou" ou ocupou aterra de Medeba, ANET, p. 320).

P. W. F.

HARPA Veja Música; Instrumentos Musicais.

HARSA Nome de uma família de servido-res do Templo que retornaram da Babilôniacom Zorobabel (Ed 2.52; Ne 7.54).

HARUFITA Designação de Sefatias, um dosguerreiros de Benjamim que s,e juntaram aDavi em Zicíague (1 Cr 12,5). E possível queexista alguma relação entre essa designaçãoe o descendente de Calebe, o Harefe de 1Crônicas 2.51, ou com a família de Harife deNeemias 7,24; 10.19, pois não se conhece ne-nhum lugar com esse nome.

HARUM Pai de Aarel, relacionado entre osdescendentes de Coz (1 Cr 4.8), da tribo deJudá.

HARUMAFE Pai do Jedaías que ajudou areparar os muros de Jerusalém na época deNeemias (Ne 3.10).

HARUR Um chefe ancestral de uma famí-lia de servidores do Templo, relacionado en-tre aqueles que retornaram do exílio (Ed2.51; Ne 7.53).

HARUZ Avô materno de Amom, rei de Judá(2 Rs 21.19). Seu lugar de origem era Jotbã.

H ASAI? IAS 1. Pai de Maluque e filho de Amazias, umlevita da família de Merari, um músico doTemplo (1 Cr 6.45). 2. Um exilado entre os que retornaram, paide Azricão e filho de Buni, da família levitade Merari (1 Cr 9,14; Ne 11.15).

3. Um dos seis músicos filhos de Jedutum,nomeado por Davi para chefiar o 12° turnodos cantores do Templo (1 Cr 25.3,19), 4. Hasabias de Hebrom, nomeado por Davipara supervisionar Israel a oeste do Jordão;1.700 homens trabalhavam sob as suas or-dens (1 Cr 26,30). 5. Filho de Quemuel, chefe da tribo de Levina época de Davi (1 Cr 27.17). 6. Líder entre os levitas, na época de Josias,que contribuiu com liberalidade para a gran-de Páscoa (2 Cr 35.9). 7. Um dos principais levitas que acompanhouEsdras a Jerusalém (Ed 8.19) e a quem foiconfiado o grande tesouro que foi trazido aessa cidade (Ed 8.24). Era provavelmente omesmo Hasabias que se tornou o governantede metade do distrito de Queila (Ne 3.17).Era muito ativo nos dias de Neemias, con-sertou os muros, selou o pacto (Ne 10.11) etomou parte na dedicação dos muros depoisde consertados (Ne 12.24). 8. Um levita, filho de Matanías e pai de Bani,depois do exílio (Ne 11.22). 9. Chefe da família sacerdotal de Hilquiasnos dias do sumo sacerdote Joiaquim (Ne12.21), talvez a mesma pessoa referida noitem 7.

P. C. J.

HASABNA Um dos chefes do povo que, aolado de Neemias, colocou seu selo na reno-vação do pacto de Esdras (Ne 10.25).

HASABNÉIAS 1. Pai de um certo Hatus, que ajudou a repa-rar os muros de Jerusalém na época deNeemias (Ne 3.10). 2, Membro de um grupo de levitas que parti-cipou de uma oferta a Deus na época deEsdras como uma preparação para selarema aliança (Ne 9.5).

HASADIAS Um dos filhos de Zorobabel (1Cr 3.20).

HASBADANA Um dos homens que se colo-cou à esquerda de Esdras quando a lei foilida para o povo em uma grande assembléia(Ne 8.4).

HASÉM Um gizonita entre os 30 poderososdo exército de Davi (1 Cr 11.34), chamadode Jasém (q.v.) em 2 Samuel 23,32.

HASMONA Um dos lugares onde os israe-litas acamparam em sua jornada do Sinaipara Canaâ (Nm 33.29,30), talvez possa seridentificado com o Uádi Hashim, na vizi-nhança de Cades-Baméia.

HASSENAÁ O mesmo que Senaá (Ed 2.35;Ne 7.38) em passagens onde aparece sem oartigo. Veja Senaá. Os “filhos”, ou homens deHassenaá, reconstruíram a Porta do Peixe

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HASSENAÁHASSENAÁHASSENAÁHASSENAÁ HAURÃHAURÃHAURÃHAURÃ

quando os muros de Jerusalém foram con- sertados, depois da volta dos exilados da Babi- lônia (Ne 3.31. O nome Hassenaá é semelhan- te a Hassenuá (q.v.) em X Crônicas 9.7, ou Senua em Neemias 11.9, que aparecem como nomes próprios. Mas o número de filhos de Senaá, quase 4.000 (Ed 2.35; Ne 7.38), é ex- traordinariamente grande para uma única família ou clâ. Portanto, o nome Senaá pode referir-se a um termo ou a uma eategona de pessoas que vieram de diversos lugares ou famílias (GTT, 1,1035, pp. 382ss.).

HASSENUÁ Esse nome significa “pessoa odiada”. 1. Um benjamita, pai de Hodavías (1 Cr 9.7). 2. Sem o artigo definido, esse nome em hebraico é Senua, um benjamita cujo filho Judá era o segundo no comando de Jerusa- lém (Ne 11.9). Os textos em Neemias 11,9 e 1 Crônicas 9.7 podem se referir à mesma pes- soa. Veja Hassenaá.

HASSUBEHASSUBEHASSUBEHASSUBE 1. Um levita, filho de Azricâo, da família de Merari. Seu filho Semaías era um dos supervisores do Templo na época de Neemias (1 Cr 9,14; Ne 11.15). 2. Filho de Paate-Moabe, um reparador de parte dos muros de Jerusalém (Ne 3.11). 3. Outro homem que trabalhou nos muros sob o comando de Neemias (Ne 3.23). 4. Um dos líderes israelitas que selou o pac- to com Neemias. Pode ter sido o número 2 ou 3 acima (Ne 10.23).

HASTE Tradução da KJV da palavra he- braica nes (geralmente “bandeira”, “insígnia” ou “estandarte”) em Números 21.8,9. As ver- sões modernas geralmente traduzem este termo como “estandarte”. A sugestão de que o relato em Números 21 refere-se a um mas- tro afiado na ponta, em que fixou a serpente de bronze, é bastante atraente. O NT consi- dera esse evento como uma tipificação da morte de Cristo (Jo 3.14). Os assim chamados “bosques” de culto pa- gão absolutamente não o eram, mas existiam mastros sagrados ou postes chamados ’ashera que representavam a deusa Asera (veja Falsos deuses).

HASUBA Um dos filhos de Zorobabel e des- cendente de Jeoaquim, rei de Judá (1 Cr 3.20).

HASUFA Chefe ancestral de uma família de netineus (q.v.) que retomou do exílio com Zorobabel (Ed 2.43; Ne 7.46).

HASUM 1. Os “filhos de Hasum” estavam entre os israelitas que retomaram com Zorobabel para reconstruir o Templo (Ed 2.19; Ne 7.22).

Eles também estão listados entre aqueles quedespediram as suas esposas estrangeiras notempo de Esdras (Ed 10.33). 2. Um dos homens que permaneceram aolado de Esdras à medida que este lia a leiperante o povo (Ne 8.4). 3, Um dos chefes do povo que selou a aliançafeita por Neemias, que consistia na obediên-cia à lei de Deus (Ne 10.18).

HATAQUE Um mordomo (eunuco) do reiAssuero que foi indicado para atender a rai-nha Ester. Por meio dele, Mardoqueu infor-mou Ester sobre o plano de Hamã para des-truir os judeus (Et 4.5,6,9,10).

HATATE Filho de Otniel, da família deCalebe (1 Cr 4.13).

HATIFA Ancestral e chefe de uma famíliade netineus (servidores do Templo) queretomou do cativeiro com Zorobabel (Ed 2.54;Ne 7.56).

HATIL Um dos servos de Salomão. Algunsde seus descendentes retornaram da Babi-lônia com Zorobabel (Ed 2.57; Ne 7.59).

HATITA Chefe ancestral de uma famíliade porteiros (Ed 2.42; Ne 7.45). Alguns des-ses membros retomaram da Babilônia.

HATUS 1. Um dos filhos de Semaías, descendentede Zorobabel (1 Cr 3.22). 2. Um dos descendentes de Davi que foi comEsdras a Jerusalém (Ed 8.2). Pode ser a mes-ma pessoa mencionada em 1 ou 3. 3. Filho de Hasabnéias que ajudou a cons-truir o muro sob as ordens de Neemias (Ne3.10). 4. Um daqueles que selou o pacto deNeemias. Pode ser o mesmo que 3 (Ne 10.4). 5. Sacerdote que retomou a Jerusalém comZorobabel (Ne 12.2).

HAURA Distrito da Palestina situado a les-te do mar da Galiléia, ao sul de Damasco, noslimites do deserto da Arábia e ao norte do rioJarmuque. Algumas vezes foi incluído em Basâ, o reinode Ogue (Nm 21.33-35), Na época do AT, esseterritório era praticamente idêntico à regiãode Auranites, na tetrarquia de Filipe. Emprimeiro lugar, trata-se de uma bacia fértil,de aproximadamente 80 quilômetros quadra-dos, situada a mais de 650 metros acima donível do mar. Essa área, praticamente des-provida de árvores, é conhecida por sua pro-dução de trigo. Seu solo é rico por causa dosdepósitos de lava, e algumas crateras de ori-gem vulcânica permanecem até hoje. No ladooriental, essa bacia é protegida das areias dodeserto por uma cadeia de montanhas (JebelHawran). Essa região ainda tem o nome de

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HAURÃHAURÃHAURÃHAURÃ HAZAELHAZAELHAZAELHAZAEL

el-Hauran. Na Bíblia, o nome Haurã é menci-onado apenas por Ezequiel ao descrever oslimites situados a nordeste de um Israel ide-al (Ez 47.16,18).

H AVI LÁ 1. Terra associada com o jardim do Éden ecitada como fonte de ouro, resina de bedèlioe pedra de ônix ou sardônica, cercada ou dre-nada pelo rio Pisom (Gn 2.11,12). A maioriadas autoridades localiza Havilá na Arábiacentral, ao norte do Iémen. A base para essalocalização é a associação feita com o termoHazar-Mavé (uma área agora chamada deHadramaut) e Sabá (Gn 10.26-29), que sãoseções ao sul da Arábia. E também o fato deos produtos dessa área serem iguais aos pro-dutos da Arábia central. E provável que essaárea se estendesse para o norte por váriascentenas de quilômetros (1 Sm 15.7; Gn25.18). Alguns estudiosos acreditam queexistam dois lugares com essa mesma desig-nação por causa da dificuldade de localizar 0 rio Pisom na península da Arábia. Alémdisso, a palavra Havilá se referia original-mente a uma área a oeste do Paquistão, sen-do que Pisom seria o rio Indus. Vejo Pisom. 2. Um filho de Cuxe e descendente de Cam(Gn 10.7; 1 Cr 1.9). 3. Um filho de Joctâ e neto de Éber (Gn 10.29; 1 Cr 1.23), da família de Sem.

G, A. T,

HAVOTE-JAIR Grupo de vilas formadaspor tendas na fronteira entre Basã e Gileade,a leste do Jordão, conquistadas por Jair, omanassita, que lhes deu seu nome (Nni32.41; Dt 3.14). O texto em 1 Crônicas 2.21-24 mostra que Jair era um descendente deJudá, mas que a sua avó era filha de Maquír,da tribo de Manasses. Vinte e três cidadescontinuaram a pertencer a Jair e aos seusdescendentes em Gileade. Mais tarde, entre-tanto, Gesur e Arã conquistaram essas “al-deias de Jair” que estavam em Basá (inclu-sive Quenate; 1 Cr 2.23). Evidentemente,essa perda aconteceu depois da época deSalomão, que governou sobre os vilarejos detendas de Jair, e sobre as 60 cidades mura-das em Basã (1 Rs 4,13). Talvez este fatotenha ocorrido durante o reinado de Hazael(2 Rs 10.32ss.). Em Juizes 10.3,4, existe umareferência a Jair, o gileadita, provavelmen-te um descendente direto do primeiro Jair,como um dos juí2es que teve 30 filhos e go-vernou sobre 30 cidades na terra de Gileade.Alguém pode pensar que existe alguma con-fusão quanto ao número de cidades que per-tenceram a Jair. Em Deuteronômio 3.4,Moisés afirma que Israel havia capturado as60 cidades de Ogue, em Basã; Jair conquis-tou toda essa região e lhe deu o nome deHavote-Jair (Dt 3.14 Berkeley; veja tambémJosué 13.30); Juizes 10.4 menciona 30 cida-des, e 1 Crônicas 2.22 menciona 23. Esse

número estava sujeito a flutuações porqueessas vilas estavam em uma terra freqüen-temente disputada (1 Cr 2.23), e também porcausa da própria natureza de tais acampa-mentos; sendo formados por tendas, erammóveis e temporários.

F. B. H.

HAZAEL Governante de Damasco, aprox,durante os anos 843-796 a.C., e contempo-râneo de Jorâo, Jeú e Jeoacaz de Israel. Eleperturbou muitas vezes a Israel durante oreinado de vários reis. No AT, ele é primei-ramente encontrado em 1 Reis 19.15, quan-do Elias foi encarregado de nomeá-lo comoum dos agentes de Deus para a destruiçãodo culto a Baal em Israel. Nessa época, Da-masco era governada por Ben-Hadade II.Mais tarde, Hazael aparece novamente emsua visita a Eliseu, estando em Damasco,fazendo investigações a respeito do rei queestava enfermo, procurando saber se estesararia (2 Rs 8.7-10). Nessa ocasião, Eliseuchorou ao revelar que o rei iria morrer, e queHazael seria o próximo rei e opressor de Is-rael (2 Rs 8,11-14). Hazael cumpriu essa pro-fecia ao assassinar Ben-Hadade (2 Rs 8.15).Não havia passado muito tempo, e ele en-trou em conflito com Jorâo em Ramote-Gileade (2 Rs 8,28,29; 9.14,15). Jorâo foi fe-rido e, enquanto descansava em Jezreel, foiassassinado por Jeú, capitão do exércitoisraelita que, em seguida, assumiu o tronode Israel (2 Rs 9.16-26). Durante o reinado de Jeú (841-814 a.C.),Hazael continuou a atacar Israel até que con-quistou toda a Transjordânia, e chegou até osul, junto ao rio Amom (2 Rs 10.32,33). Seusataques continuaram (2 Rs 13.3,22-25) naépoca de Jeoacaz (814-798 a.C.) e, na verda-de, ele chegou a penetrar no sudeste da Pa-lestina, capturando Gate e ameaçando Jeru-salém. Joás, rei de Judá, conseguiu persua-di-lo de seu intento por meio dos tesouros doTemplo (2 Rs 12.17,18), Nos dias de Jeoacaz,em um determinado momento durante ascampanhas de Hazael contra Israel, o antigoe poderoso exército de carruagens de Israelhavia sido reduzido a 50 cavaleiros e dez car-ruagens (2 Rs 13.7). Jeoacaz implorou a Deuspela libertação de Israel, o que fmalmenteaconteceu devido a uma mudança na situa-ção internacional (2 Rs 13.4,5), Durante esses anos, a chave para a liberta-ção de Israel era a atividade dos assírios. Em843 a.C., no início de seu reinado, Hazael pre-cisou enfrentar renovados ataques feitos porSalmaneser III da Assíria e suportou um pro-longado cerco durante o qual suas terras so-freram demasiadamente. Nos anos que se se-guiram, conseguindo ficar relativamente li-vre dos ataques dos assírios, ele dirigiu suascampanhas contra Israel. Mas esna 805-803a.C., Adade-Nirari III da Assíria atacouHazael novamente e, pouco tempo depois, em

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HAZAEL H AZ AZO M -TAM A R

797 a.C., Salmaneser IV deu continuidade aesse assalto. Hazael ficou tão enfraquecido por essas re-petidas campanhas que Israel foi capaz derecuperar várias cidades localizadas em suafronteira norte, que anteriormente haviamsido perdidas para Hazael nos dias de Jeoás(798-792; 2 Rs 13.25). Nessa ocasião, Hazaelestava aproximando-se do final de sua vidae, provavelmente, deve ter morrido logo de-pois de Jeoás, talvez em 797 ou 796 a.C.Durante seu reinado de mais de 40 anos, elefoi o flagelo de Israel. Mesmo um século de-pois, Amos falava que os governantes deDamasco eram da casa de Hazael e profeti-zava dizendo que eles ainda iriam experi-mentar o fogo do castigo de Deus (Am 1.4),Hazael era conhecido pelos assírios e seunome aparece em vários textos como inimi-go de Salmaneser. Era conhecido comousurpador e, em um desses textos, ele é cha-mado de “filho de ninguém” (ANET, p. 280).Adade-Nirari refere-se a ele como mari’, ousenhor (ANET, pp. 281ss.). Uma peça demarfim encontrada em Ninrode, e que traza inscrição “pertencente ao nosso senhorHazael”, pode ter sido parte dos espóliosassírios de Damasco. Veja Síria.

Bibliografia. Merrill F, Unger, Israel andthe Arameans ofDamascus, Londres. JamesClark, 1957.

J. A. T.

HAHAHAHAZAIAS ZAIAS ZAIAS ZAIAS Ancestral de Maaséias, líder ju-deu leigo que vivia na Jerusalém pós-exílica(Ne 11.5). Filho de Adaías e pai de Col-Hozé,era descendente de Perez, filho de Judá.

HAZAR HAZAR HAZAR HAZAR Termo que significava povoado semmuros (Lv 25.31; Js 19.8). A palavra Hazarera freqü entemente prefixada ao nome deuma cidade próxima; por exemplo, Hazar-Adar; Hazar-Enã; Hazar-Gada; Hazer-Haticom; Hazar-Mavé; Hazar-Sual; Hazar -Susa.

HAZARHAZARHAZARHAZAR----ADAR ADAR ADAR ADAR Localidade na região sul daPalestina, próxima a Cades-Barnéia eAzmom (Nm 34.4), e chamada simplesmen-te de Adar em Josué 15.3. Provavelmentecorresponda à moderna ‘Ain Qedeis, oitoquilômetros a sudeste de ‘Ain el-Qudeirat(Cades-Barnéia; Y. Aharoni, The Land oftheBible, p, 65).

HAZARHAZARHAZARHAZAR----ENÃ ENÃ ENÃ ENÃ De acordo com Números 34.7-10, corresponde a uma localidade situada noextremo do limite norte entre a Palestina eHa mate (cf. Ez 47.16,17), onde a fronteirase dirige para o sul. Pode ser identificadacom o oásis no deserto de el-Qaryatein, ameio caminho entre Damasco e Palmira.Veja Hazar-Haticom.

HAZARHAZARHAZARHAZAR----GADA GADA GADA GADA Cidade da região sul de Judá(Js 15.27), próxima a Molada e Hesmom.

HAZARHAZARHAZARHAZAR----HATICOM HATICOM HATICOM HATICOM Chamada por Ezequielde última fronteira a noroeste ae Israel (Ez47.16). Seria, possivelmente, uma forma al-ternativa de Hazar-Enã i.q.v.).

HAZARHAZARHAZARHAZAR----MAVÉ MAVÉ MAVÉ MAVÉ Nome encontrado na Tábuadas Nações (Gn 10.26; 1 Cr 1.20). Um dosfilhos de Joctã e ancestral de uma tribo dosul da Arábia que deu seu nome ao UádiHadhramaut. Por volta do século V a.C., essaárea abrigou um próspero estado cuja capi-tal era Shabwa, 350 quilômetros a noroestede Aden. A cidade de Hadhramaut era fa-mosa por seu comércio de incenso.

HAZARHAZARHAZARHAZAR----SUAL SUAL SUAL SUAL Cidade de Simeâo no extre-mo sul de Judá, sempre mencionada em co-nexão com Berseba (Js 15.28; 19.3; 1 Cr 4.28).Foi reocupada pelos judeus depois do exílio(Ne 11.27).

HAZARHAZARHAZARHAZAR----SUSA SUSA SUSA SUSA Cidade de Simeão na regiãosudeste de Judá (Js 19.5). Chamada deHazar-Susim (“cidade dos cavalos”) em 1Crônicas 4.31, talvez abrigasse estábulosonde Salomão mantinha alguns dos cavalosque importava do Egito e vendia aos heteuse sírios (1 Rs 4.26; 9.19; 10.29; cf. cidade doscavaleiros em 2 Cr 8.6). E possível que cor-responda à moderna cidade de Sbalat AbüSúsein, 32 quilômetros a oeste de Berseba.Pode ser que os hicsos e os cananeus tam-bém conservassem cavalos nesse local. SirFlinders Petrie descobriu cemitérios de ca-valos, da época do Final da Idade do Bronze,que podem ter sido sacrificados em Tell el-‘Ajjul, a sudeste de Gaza e junto ao litoral.

HAZAZAOHAZAZAOHAZAZAOHAZAZAO----TAMAR TAMAR TAMAR TAMAR Veja Hazazom-Tamar.

HAZAZOMHAZAZOMHAZAZOMHAZAZOM----TAMAR TAMAR TAMAR TAMAR Cidade identificadacom En-Gedi em 2 Crônicas 20.2, mas isso

Ê ode apenas indicar uma direção genérica. lepois de uma conquista de doze anos das

cidades da planície por Quedorlaomer e osoutros quatro reis da Mesopotâmia, seus ci-dadãos rebelaram-se e expulsaram esses reis,que agora ficaram derrotados. Parece queestes reis atacaram as pequenas nações dosul e das vizinhanças do monte Seir, inclusi-ve os habitantes de Asterote-Camaim, Hã,Savé-Quiriataim etc. (Gn 14.1-6). Mais tar-de, eles retornaram a Sodoma e Gomorra e,durante o caminho, derrotaram os amorreusque residiam em Hazazom-Tamar (Gn 14.7,nome escrito como Hazazão-Tamar em outrasveTsoes). En-Gedi (q.v.) é um oásis situadoabaixo de uma belíssima cachoeira, cerca de40 quilômetros ao longo da costa oeste do marMorto, a partir da extremidade sul (2 Cr 20.2),Hazazom-Tamar também pode ser a Tamaríq.o.) que foi fortificada por Salomão para

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H AZAZO M H AZAZO M H AZAZO M H AZAZO M ----TAM ARTAM ARTAM ARTAM AR HAZORHAZORHAZORHAZOR

Escavações em Hazor

proteger a rota comercial desde Arabá até oNeguebe, que de acordo com M. Harel (“TheRoman Road at Ma‘aleh ‘Aqrabbim”, IEJ, IX,175-179) estaria localizada em ‘Aín Hasevah,próxima à base do Passo Scorpion (Acrabim,q.v.).

H. A. Han.

HAZELELPONI Irmã de um dos filhos deEtã, descendentes de Judá (1 Cr 4.3).

HAZERIM Eram aldeias sem muros. Oshaveus (q-V.) viviam em cidades desprovidasde muros (Hazerim) que se prolongavam atéGaza, e foram destruídas pelos eaftoríns (Dt2.23). A palavra hebraica Âoser significa fre-quentemente um povoado ou cidade depen-dente de uma cidade fortificada próximapara a proteção de seus habitantes (Lv 25,31;Js 15.45-47; 19.8).

HAZEROTE Lugar de acampamento dosisraelitas depois que deixaram Quibrote-Hataavá (Nm 11.35; 12.16; 33.17,18; Dt 1.1).Foi nesse local que Miriã e Arão queixaram-se de Moisés por ele ter casado com uma mu-lher cuxita (etíope), e por causa de sua auto-ridade ünica como mediador entre Deus e opovo (Nm 12). Esse local tem sido identifica-do com ‘Ain Khadra, cerca de 56 quilôme-tros a nordeste do monte Sinai (GTT, pp.255ss.).

HAZIEL Chefe de um clã de levitas gerso-nitas, e filho de Simei (1 Cr 23.9).

HAZO Quinto dos oito filhos de Naor e Milca(Gn 22.22) e ancestral de uma tribo síria.Esse nome tem sido identificado com a re-gião montanhosa de Hasu, no norte da Arábiaou do deserto da Síria, mencionado na cam-panha árabe de Esar-Hadom.

HAZOR Nome de pelo menos cinco cidadesmencionadas na Bíblia.

I. Cidade cananita governada por Jabim (Js II. 1) nos dias de Josué. Nessa época, Hazorera considerada “a cabeça [ou a capital] detodos esses reinos” (v. 10), em uma referênciaàs pequenas cidades-estado do norte da Pa-lestina e do sul do Líbano. Jabim chefiou umataque com suas carruagens contra Josué eestas quase foram aniquiladas depois de te-rem sido surpreendidas nas águas do rioMerom. Atualmente acredita-se que este sejaum riacho que corre para o sul, formado porfontes originárias das montanhas mais ele-vadas da Galiléia. Josué voltou e capturouHazor, matou Jabim e queimou a cidade (w.10,11). Mais tarde, outro Jabim (Jz 4), gover-nante de Hazor, foi considerado rei de Canaã;mas usando Débora e Baraque, Deus tambémo venceu e o destruiu. Essa cidade, estrategi-camente localizada na principal rota comer-cial entre Damasco e o Mediterrâneo, foifortificada por Salomão (1 Rs 9.15). Seus ha-bitantes israelitas foram levados cativos (2Rs 15.29) para a Assíria por Tiglate-Pileser111 em sua campanha de 732 a,C. Esse antigo lugar foi localizado por JohnGarstang em escavações feitas em 1926 e1928 em um local chamado Tell el-Qedah,no Uádi Waqqas, 8 quilômetros a sudeste doatualmente drenado Lago Huleh e 16 quilô-metros ao norte do mar da Galiléia. O nomeHazor é mencionado desde o início do séculoXVIII a.C. em textos de execração que rela-cionam potenciais inimigos do Egito; nascartas de Mari; nos registros de Faraós queconquistaram cidades palestinas (Tutmósis III. Amenotep II, Seti I); em quatro das car-tas de Amam a (século XIV a.C,); e nos Papi-ros Anastasi I do Egito, do século XIII a.C.Nesse local, começaram a fazer escavaçõessistemáticas durante os trabalhos de YigaelYadin, em 1955, que também dirigiu outraspesquisas em 1956, 57, 58 e 68-69. A cidadede Hazor era constituída por duas áreas dis-tintas: a colina da acrópole com aprox.121.500 metros quadrados, e mais de 40 me-tros de altura, situada na extremidade su-deste da cidade, chamada de cidade alta; eum imenso recinto retangular fechado, dolado norte, que abrangia cerca de 710.000metros quadrados e onde viviam aproxima-damente 40.000 habitantes. Esta era, semdúvida, a maior cidade da Palestina na épo-ca do AT. A cidade baixa foi primeiramentecolonizada antes de 1750 a.C., provavelmen-te pelos hicsos que, em seguida, fortificaram-na com poderosas trincheiras de terra naMédia Idade do Bronze, nos períodos II B eC (1750-1550 a.C.). Depois da destruição sofrida na metade doséculo XVI a.C., Hazor atingiu seu clímaxno Final da Idade do Bronze I (1550-1400),que coincide com o reinado do primeiroJabim, de acor4o com a data mais antigado Êxodo (veja Êxodo, O: A Época). As por-tas da cidade, com três pares de pilastras e

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HAZOR HEBER

uma grande torre de cada lado, davam aces-so à cidade baixa. Nessa área, os arqueólo-gos descobriram uma série de quatro Tem-plos cananeus superpostos do Final da Idadedo Bronze, alinhados com grandes pedrasbasálticas e que revelavam um plano arqui-tetônico de solo semelhante ao do Templode Salomão. Um desses Templos continhaa figura esculpida de um deus sentado emum trono colocado dentro de um nicho cen-tral elevado. Essa figura foi encontrada de-capitada e sua cabeça estava colocada nasproximidades. Do lado esquerdo, em umafileira de esteias, a esteia, do meio mostra-va duas mãos erguidas em uma oração diri-gida ao disco do sol colocado em um cres-cente. Esse monumento, ou memorial daesteia é, provavelmente, um exemplo do yadhebraico (literalmente, “mão”, Isaias 56.5,há versões que trazem o termo “lugar”; 57.8,memoriais). A cidade baixa foi destruída emaprox. 1230 a.C. (que corresponde à datade Débora e Baraque) e nunca mais foi re-construída. Durante a Idade do Bronze I foi levantada naacrópole uma grande estrutura que era pro-vavelmente o palácio. Ao seu lado encontra-va um Templo retangular de 15 metros decomprimento, cuja entrada fora construídacom grandes pedras basálticas. Esse edifíciofoi demolido e abandonado durante o final daIdade do Bronze I. Os primeiros fundamen-tos dessa elevação, ou do “stratum” da cidadealta, datam da época do Início da Idade doBronze. Depois da destruição feita por Tiglate-Fiieser, eles continuaram ocupados por umapequena e desprotegida colônia nos séculosVIII e VII a.C. Essa ocupação foi seguida porfortes assírios, persas e heiênicos. Yadim es-cavou o portão da cidade de Salomão e mos-trou que era idêntico aos de seu reino emMegiao e Gezer (cf. 1 Rs 9.15). Um edifíciopúblico do período do rei Acabe, medindo 15por 20 metros, continha duas fileiras de colu-nas de pedra, com nove pilares em cada uma.Na quinta temporada de escavações, foi des-coberto o elaborado sistema de fornecimen-to de água de Hazor. Evidências mostramue quando Acabe reconstruiu a cidade altae Hazor, fortificando-a para enfrentar lon-gos períodos de sítio, seus homens, primei-ramente, fizeram uma escavação com maisde 30 metros de profundidade, com uma es-cada esculpida na rocha lateral medindopouco mais de 3 metros de largura, e depoisum túnel que media cerca de 4 metros, tan-to na altura como na largura, e que desciaaté encontrar a superfície da água. Maior doque os comparáveis sistemas de água deMegido, Gezer e Gibeão, esse modelo perma-neceu em uso até 732 a.C.

Bibliografia.Bibliografia.Bibliografia.Bibliografia. John Gray, “Hazor”, AT, XVI(1966), 26-52. Yigael Yadin, Hazor aríicles,BA, XIX. I (fevereiro de 1956), XX. 2 (maio de

1957), XXI. 2 (maio de 1958) e XXII. I (feve-reiro de 1959), editados como um relatóriocontínuo em The Biblical ArchaeologistRender, Garden City: Anchor Books, 1964, pp.191-224; “The Fifth Season of Excavations atHazor', 1968-1969", BA, XXXII. 3 (setembrode 1969); “Hazor”, TAOTS, pp. 245-263.

2. Cidade no extremo sul de Judá, menciona-da apenas em Josué 15.23. Identificada tal-vez com el-Jebariyeh, no Uádi Umm Ethman,próxima a Bir Hafir, cerca de 15 quilômetrosa sudeste de el-‘Auja. 3. Outra cidade ao sul de Judá (Js 15,25).Possivelmente a mesma que Queriote-Hezrom. Localizada no distrito de Berseba,no Neguebe; possivelmente identificada comKhirbet el-Qaryatein, sete quilômetros ao sulde Maom. Há versões que mencionam “Que-riote e Hezrom”. 4. Cidade ao norte de Jerusalém, habitadapelos benjamitas durante a restauração (Ne 11. 33). Seu nome foi preservado em Khirbet Hazzur, a oeste de Beit Hanina. 5. Região no norte da Arábia, próxima aQuedar (q.v.), habitada por nômades queusavam camelos como montaria, contra osquais Jeremias pronunciou uma sentença decondenação (Jr 49.28-33).

L. L. W.

HAZOR-HADATA Cidade no extremo suldo Neguebe de Judá (Js 15.25). Há versõesque mencionam as palavras separadamen-te, Hazor Hadata.

HÊ Quinta letra do alfabeto hebraico, usadacomo título da quinta seção do Salmo 119, ondecada verso da seção começa com essa letra.

HÉBER 1. Filho de Berias, neto de Aser (Gn 46.17; 1Cr 7.31,32). Os seus descendentes eram cha-mados heberitas (Nm 26.45). 2. Um qneneu dos descendentes de Hobabe(q.v.), cunhado de Moisés (Jz 4.11). Héberhavia se separado dos queneus e se estabe-lecido na planície de Zaananim, perto deQuedes, quando Débora era juíza ae Israel.Ela profetizou a Baraque que Sísera, capi-tão do exército dos cananeus, seria entre-gue em suas mãos. Sísera atacou Israel, masDeus interveio e ele foi derrotado porBaraque. Sísera tentou escapar a pé e cor-reu para a tenda de Jael (q.v.), esposa deHéber, Enquanto ele estava dormindo, elalhe cravou uma estaca nas têmporas, ma-tando-o (Jz 4). 3. Filho de Merede e de uma mulher da tri-bo de Judá, o fundador de Soeó em Judá (1Cr 4.18). 4. Um dos filhos de Elpaal e um chefe na tri-bo de Benjamim (1 Cr 8.17). Veja também Êber.

R. H. B.

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HEBREU DE HEBREUSHEBREU DE HEBREUSHEBREU DE HEBREUSHEBREU DE HEBREUS HEBREUS, EPÍSTOLA AOSHEBREUS, EPÍSTOLA AOSHEBREUS, EPÍSTOLA AOSHEBREUS, EPÍSTOLA AOS

Um fragmento de papiro do século III d.C,

mostrando Hebreus 12,1-11, BM

HEBREU DE HEBREUS HEBREU DE HEBREUS HEBREU DE HEBREUS HEBREU DE HEBREUS Quando Pauloafirmou que ele era “um hebreu de hebreus”(Fp 3.5, gr.), ele quis dizer mais do que “nas-cido de hebreus” (ou de sangue hebreu).Usando uma expressão semita normal (como,por exemplo, “santo dos santos"), ele indica-va o grau superlativo.

HEBREUS, EPÍSTOLA AOS HEBREUS, EPÍSTOLA AOS HEBREUS, EPÍSTOLA AOS HEBREUS, EPÍSTOLA AOS Uma epísto-la anônima do Novo Testamento, colocadadepois daquelas identificadas como sendo dePaulo e antes das Epístolas Gerais. É amaexortação a uma experiência completa de sal-vação, apresentada em um estilo grego clás-sico e retórico. A epístola é única, repleta dequestões e características peculiares a simesma. Não obstante, ela contém uma pro-funda visão teológica sobre a natureza dasalvação que Deus possibilitou por meio deSeu Filho, Jesus Cristo. Isto é pregado pormeio de uma argumentação do tipo rabínicadas instituições e afirmações do Antigo Tes-tamento a respeito da salvação de Deus. Portoda a epístola encontram-se exortações eprincípios úteis para a alegria da salvação.A igreja primitiva esteve durante algum tem-po em um dilema quanto ao que fazer comela, por causa da incerteza quanto à sua ori-gem; e alguns cristãos contemporâneos avêem como um enigma, por não compreen-derem a profundidade de seu alcance.

Autoria e CanonicidadeAutoria e CanonicidadeAutoria e CanonicidadeAutoria e Canonicidade A incerteza sobre o autor resultou em umalenta admissão ao cânon. Os esforços com-binados dos patriarcas da Igreja para atri-bui-la a Paulo foram mais motivados pelozelo quanto à canonicidade do que pelo de-sejo de conhecer a sna autoria. No entanto,depois da sua admissão, a sua iaspiraçâo ea sua autoridade são claramente certifica-das pela Igreja. Como a autoria não é afir-mada no texto, ela é um assunto de interes-se dos estudiosos e não um comprometimen-to teológico. Quando a Igreja Ocidental mencionou pelaprimeira vez essa epístola, nada foi dito so-bre a sua autoria. Da Igreja de Alexandriavieram sugestões de que Paulo era o autor;no entanto, Orígenes de Alexandria con-clniu: “Mas quanto a quem realmente es-creveu a epístola, Deus sabe a verdade so-bre esse assunto”. A história subseqüente daquestão atesta a sabedoria da conclusão deOrígenes, pois alguns estudiosos do assuntona época da Reforma sugeriram como auto-res, além de Paulo, Barnabé, Clemente deRoma e Lucas. Lutero foi o primeiro a sugerir Apoio. Comoos estudos da Bíblia desenvolveram-se naépoca da Reforma, cada vez menos estudio-sos sustentaram a autoria de Paulo, de modoque poucos a defendem de forma séria hojeem dia. No entanto, ela continuou a ser ho-mileticamente conveniente, e é assim comfreqüência afirmada de forma inquestioná-vel. Também são sugeridos çomo autores Fi-lipe, o diácono, Priscila e Aqüila, Aristion,Silas, Marcos e Judas. Entre as evidências apresentadas para aautoria de Paulo, estão a menção de Pedro auma carta escrita por Paulo, possivelmenteaos judeus (2 Pe 3.15,16); a associação comTimóteo (cf. Hb 13.23) e Roma (cf. v. 24); umfinal parecido com os finais de Paulo; e mui-tos pontos de concordância teológica. A evi-dência mais freqüentemente oferecida, noentanto, é simplesmente a tradição. Na ver-dade, este é provavelmente o argumentomais forte e não deve ser descartado semrazão. O fato é que Paulo é o candidato su-gerido mais ampla mente aceito, e ele temsido aceito por mais pessoas e durante umperíodo de tempo mais longo do que qual-quer outro candidato. Entretanto, um grande número de razõestem sido apresentadas para descartar a tra-dicional autoria de Paulo. A Igreja levou umlongo tempo para sugeri-la, e a sugestão veioda parte da Igreja que provavelmente tinhamenos conhecimento, e sem uma cuidadosaargumentação, ao passo que a parte que pro-vavelmente tinha mais conhecimento se abs-teve. Contudo, foi considerada tradicional du-rante a época dos estudiosos menos críticos.A falta de assinatura e saudações pessoais, eo uso exclusivo da LXX não são típicos das

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HEBREUS, EPÍSTOLA AOSHEBREUS, EPÍSTOLA AOSHEBREUS, EPÍSTOLA AOSHEBREUS, EPÍSTOLA AOS HEBREUS, EPÍSTOLA AOSHEBREUS, EPÍSTOLA AOSHEBREUS, EPÍSTOLA AOSHEBREUS, EPÍSTOLA AOS

epístolas assinadas por Paulo. O estilo não ésemelhante ao daquelas, no sentido de queutiliza retórica esmerada, espírito helenista,idéias completas e sentenças equilibradas.Também existe um vocabulário diferente eum ponto de vista teológico peculiar. Paulorepresenta Cristo habitando em cada cren-te, ao passo que, em Hebreus, Ele está re-presentado “à destra do Pai”; Paulo mostra aíei como sendo eticamente impossível, aopasso que Hebreus argumenta que ela é ce-rimonialmente impossível. Além disso, estaepístola não se encaixa facilmente no itine-rário de Paulo (ef. Hb 13.23). O argumentomais forte contra a autoria de Paulo é o deque parece impossível para o mesmo homemreconhecer uma fonte secundária de infor-mações (2.3) e, em outros pontos, insistir nasrevelações em primeira mão e diretas (G11.11-24). Apoio é o personagem apostólico cuja des-crição bíblica (At 18.24-28; 1 Co 1.13; 3.4)mais se aproxima do tipo de homem queescrevería uma epístola como Hebreus. Eleera um judeu de Alexandria, um “varão elo-qüente e poderoso nas Escrituras”, e inti-mamente associado com Paulo. Primeira-mente sugerida por Lutero, esta se tornoua versão aceita por um número crescentede estudiosos, em que estão incluídos T. W.Manson, W. F. Howard, C. Spicq, Alford, F.W. Farrar e Hugh Montefíore. Contudo, issonão justifica a omissão do seu nome, e pa-rece estranho que a Igreja de Alexandrianão conheça nem defenda fervorosamentea autoria de Apoio.

DataDataDataData Diversas afirmações indicam que a epísto-la foi escrita durante a segunda geração doperíodo apostólico, o que se deve, por exem-plo, ao processo de transmissão (2.1-4), àépoca do crescimento (5.12), aos “dias pas-sados” (10.32), aos líderes mortos (13.7), eà prisão de Timóteo (13.23). Contudo, as ins-tituições judaicas ainda estavam em ope-ração e o Templo ainda existia (13.10,11),embora em breve deixaria de existir (12.27)e a perseguição fosse iminente (10.32ss.;12.4). Estes fatores parecem colocar a es-crita ao redor do final dos anos 60 d.C.,aprox. entre 67 e 69.

,,,, Destinatários e LeitoresDestinatários e LeitoresDestinatários e LeitoresDestinatários e Leitores É difícil identificar os destinatários e o pú-blico leitor, uma vez que não existem afir-mações internas nem externas. O título e ouso do Antigo Testamento foram tomadoscomo indicações de um público leitor judeu-crístão. Mas esta suposição é cada vez maisdesafiada, e foi sugerido que o público leitorera o dos gentios convertidos ao paganismo(Moffatt, E. F. Scott), Outros estudiosos re-centes sugerem judeus não-palestinos (Wil-liam Manson, F. F. Bruce), essênios ou anti-

gos essênios (C. Spicq, Yadin). A representa-ção é da experiência do deserto dos hebreuse do Tabemãculo, e não do estado de restau-ração e do Templo, e nada é dito sobre a ên-fase característica do judaísmo sobre a cir-cuncisão. As citações e as referências do An-tigo Testamento não são tão obscuras a pon-to de não serem compreendidas por alguémque tenha estudado o Antigo Testamento.Mas as advertências parecem encaixar-semelhor nos cristãos que estavam correndo orisco de recair nas práticas do judaísmo. Tal-vez se possa supor que, embora o público lei-tor não necessariamente devesse ser judeu,provavelmente era judeu, ou pelo menos for-temente influenciado pelo judaísmo. A cida-de de Roma, agora, parece estar descartadacomo o lugar da escrita (veja 13.24), mas po-dería ser a destinatária. De maior importância que esses assuntos,tanto quanto a interpretação da epístola e suaaplicação contemporânea, é a condição espi-ritual do público leitor. Os leitores foram con-vertidos ao cristianismo por meio do testemu-nho daqueles que tinham conhecido Jesus(2.3ss.)e, portanto, eram os crentes da segun-da geração. Mesmo não vindo do judaísmo (ouprovavelmente de algum contexto não pales-tino), eles adquiriram um forte respeito pe-las antigas instituições dos hebreus e pelaspromessas de Deus a Israel (evidentementea partir de um estudo da LXX e não da obser-vância da adoração no Templo em Jerusalém).Logo tiveram que suportar uma perseguiçãosignificativa (10.32ss.), embora não tão seve-ra quanto aquela que era iminente (12.4). Acrise criou neles uma expressão prática de suafé, e assim preocupavam-se em servir aos seusirmãos - em especial àqueles que estavamsendo mais afetados pela perseguição (6.10;10.34). Apesar dessas experiências precoces, elesnão estavam mais crescendo (5.11-6.20) e,na verdade, estavam começando a retroce-der (2. lssj. Não porque estivessem rebelan-do-se conscientemente contra o evangelho dafé, ou voltando-se proposital mente a outracoisa; mas sim assumindo a salvação comosendo uma bênção garantida, e abusando da

fraça de Deus, que exigiu o sacrifício de Seuilho (10.26-31). Eles estavam letárgicos e preguiçosos com respeito à sua fé (3.7-4,13) esuscetíveis aos falsos ensinos (13.7-9). Esta-vam propensos a exagerar na questão da im-portância dos anjos (1.5-14) e da efetividadeda lei, e a depreciar a suficiência do sacrifíciode Cristo (9.11-10.31) e a sua perfeição (4.14-5.10; 7.1-8.13), assim como o valor da realida-de suprema que lhes fora prometida (11.13-16). Eles possuíam a salvação, mas estavamsendo negligentes em termos de vivê-la. Por-tanto, estavam em perigo, correndo o risco nãoapenas de deixar de alcançar a plenitude dasua salvação, mas também de perder o privi-légio de experimentá-la no presente. Ao invés

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HEBREUS, EPÍSTOLA AOSHEBREUS, EPÍSTOLA AOSHEBREUS, EPÍSTOLA AOSHEBREUS, EPÍSTOLA AOS HEBREUS, EPÍSTOLA AOSHEBREUS, EPÍSTOLA AOSHEBREUS, EPÍSTOLA AOSHEBREUS, EPÍSTOLA AOS

de receberem as “coisas melhores” que lhesestavam prometidas, corriam o risco de perderas bênçãos já recebidas, ficando apenas comas coisas menores, do passado.

Argumento e PropósitoArgumento e PropósitoArgumento e PropósitoArgumento e Propósito Esta epístola fornece uma contribuição sig-nificativa à teologia do Novo Testamento,mas seu principal objetivo não é teológico. Oescritor refere-se a ela como “a palavra des-ta exortação" (13.22), e este é seu objetivoao longo de toda a carta. Ele escreve sobre acompaixão daquele que se preocupa com oscristãos como um grupo, e tem algum tipode responsabilidade pastoral para com eles.Ele os exorta a uma prática determinada eativa para a sua salvação, de modo que pos-sam alcançar aquilo que a salvação tem paralhes dar, evitando as conseqüências desas-trosas da negligência. Podemos considerar que o autor está ten-tando oferecer um estudo coletivo das ad-vertências, e consequentemente das passa-gens exortativas. Ele adverte seus leitoressobre as conseqüências inevitáveis da ne-gligência à salvação (2.1-3), a perda do re-pouso de Deus (3.7-19), a des qualificaçãopara o repouso (4.1-11), a impossibilidadedo retorno de uma apostasia consciente (6.4-8) e a inexistência de uma provisão para opecado deliberado e consciente (10.26-31).Intimamente ligadas a estas sâo suas exor-tações: estejam alertas, para que não se des-viem (2.1-4); tenham cuidado, para não per-derem a fé (3.7-4.13); prossigam, não dan-do lugar a qualquer retrocesso (5.11-6.20);aproximem-se, não dando lugar a qualquerafastamento (10.19-39); edifiquem-se, nãodando lugar à queda ou à ruína pessoal(12.12-29). Se seus leitores eram judeus ou gentios, ouse era ao judaísmo ou ao paganismo que elesestavam em perigo de retornar, não é tão cla-ro quanto à condição espiritual do momento,e o perigo no qual o autor os encontrou. Elefaz a comparação não com o judaísmo nemcom o paganismo, mas com a peregrinaçãodos hebreus no deserto entre o êxodo da es-cravidão do pecado e a entrada na terra pro-metida. A condição em que estavam poderíaser classificada como tão pobre e tão infrutí-fera quanto o deserto. Como seus leitoreseram culpados pelo mesmo tipo de descrençae desobediência que os hebreus na época deMoisés, eles corriam o mesmo perigo de mor-rer onde estavam, sem jamais entrarem norepouso prometido. Eles não se pareciam comos judeus das sinagogas, trabalhando por suareligião, mas sim com os hebreus do deserto,deixando de colocar em prática sua salvação.O objetivo da Epístola aos Hebreus é o de exor-tar os cristãos a se tomarem ativos na suaexperiência atual com a salvação de Deus,para que possuíssem tudo o que Deus haviaprometido, enquanto houvesse tempo.

EsboçoEsboçoEsboçoEsboço Uma exortação a respeito da salvação conce-dida por Deus I. Descrição da Salvação de Deus, 1.1-4.13

A. Provisão da salvação de Deus: o Fi- lho de Deus, 1.1-3.6 l.Sua superioridade sobre os anjos, 1.1-14

2. As razões para a sua humanida- de, 2.1-18

3. Considerações a respeito dele como Apóstolo e Sacerdote, 3.1-6

B. O fim da salvação de Deus: o repou- so de Deus, 3.7-4.13 1.0 perigo de perder aquele repou- so, 3.7-9

2. A perda da qualificação para aque- le repouso, 4,1-11

3. A Palavra de Deus como a guardiã do cristão, 4.12,13

II. O Sacerdócio da Salvação de Deus, 4.14-7.28 A. Introdução ao sacerdócio, 4.14-5.10 B. Instruções suplementares, 5.11-6.20 C. Sacerdócio do tipo daquele que tinha

Melquisedeque, 7.1-10 D. O perfeito sacerdócio do Senhor Jesus,

7.11-28 III. O Sistema da Salvação de Deus, 8.1-

10.18 A. A nova e melhor aliança, 8.1-13 B. O contraste entre o Tabernáculo ter-

reno e o celestial, 9.1-14 C. A ratificação da nova aliança, 9.15-

10.18 TV. A Vida da Salvação de Deus, 10.19-

13.16 A. A exortação conseqüente, 10.19-39 B. Os heróis da fé, 11,1-40 C. A nossa vida de fé, 12.1-13.16

V. Encerramento, 13.17-25

TeologiaTeologiaTeologiaTeologia A teologia da epístola é tão única que muitotempo tem sido gasto na comparação e no con-traste com o resumo da teologia ao Novo Tes-tamento (especialmente com a teologia de Pau-lo). Uma investigação ainda maior foi realiza-da para encontrar raízes ideológicas nas reli-giões contemporâneas e nos sistemas filosófi-cos. As primeiras associações foram feitas comFilo, em seguida com o gnosticismo, e maisrecentemente com o essenismo judeu. Em cadacaso, semelhanças impressionantes foram su-peradas por divergências mais significativas.O autor mostra familiaridade com uma vari-edade de escolas de pensamento, mas a suateologia é distinta e própria. Encontrandouma analogia no dualismo matéria/ideal dePlatão, ele fala da realidade presente comosendo apenas uma sombra da realidade su-

È rema. Assim, para os gregos dualistas,[ebreus apresenta Cristo como permitindo o

acesso à suprema realidade em Deus. Outraanalogia vem do temor a Deus demonstrado

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HE BREUS, EPÍSTOLA AOSHE BREUS, EPÍSTOLA AOSHE BREUS, EPÍSTOLA AOSHE BREUS, EPÍSTOLA AOS HEBREUS, EPÍSTOLA AOSHEBREUS, EPÍSTOLA AOSHEBREUS, EPÍSTOLA AOSHEBREUS, EPÍSTOLA AOS

pelos hebreus. A epístola mostra que Cristoinaugurou o caminho para Deus no santuá-rio supremo do céu, por meio de sua própriareconciliação “de uma vez por todas”. Assim,para os judeus tementes a Deus, Hebreusapresenta Cristo como permitindo amploacesso à presença de Deus. Os conceitos teológicos da epístola são, to-dos, aplicações dessas suposições básicas:Cristo permite acesso à realidade e acesso aDeus. Nâo é desenvolvida nenhuma preocu-pação teológica que não faça uma contribui-ção conceituai à exortação a viver a salva-ção de Deus. A eristologia é importante porque o conceitoda perfeição nasce da soteriologia, que sebaseia solidamente na eristologia. A salva-ção é uma bênção porque foi proporcionadana pessoa do Filho de Deus, A epístola temum dos mais elevados conceitos da filiaçãode Cristo que se pode encontrar em qualquerpassagem da Bíblia. O Filho é superior aospatriarcas, aos profetas, e até mesmo aosanjos, cuja magnitude era exagerada pelosrabinos. E o Filho de Deus identifica-se como homem tomando-se homem. O crente, en-tão, toma-se um irmão do Filho de Deus e,portanto, torna-se um filho de Deus. O Filho tornou-se o Sacerdote Supremo ePerfeito para todos os homens (e não exclu-sivamente o representante do povo da anti-ga aliança). Ele é o Sacerdote Supremo por-que sua reconciliação não precisará jamaisser repetida, ano após ano, e pelos mesmospecados, mas foi feita “de uma vez por to-das”. Ele é o perfeito Sacerdote-Salvadorporque verdadeiramente realizou a remoçãoreal do pecado e a redenção do pecador aoinvés de simplesmente cobrir o que aindapermanece na consciência. Mantendo a ima-gem do Dia da Expiação, o Senhor Jesus érepresentado como o Supremo Sumo Sacer-dote. Para mostrar seu sacerdócio inigualá-vel, o autor o chama, por analogia, de “sa-cerdote segundo a ordem de Melquisedeque”.A soteriologia de Hebreus nâo representa asalvação como um objetivo para os perdidosou como uma possessão dos fiéis, mas exor-ta os cristãos a fazerem uso da sua salva-ção. Embora a crucificação e a ressurreiçãosejam efetivamente assumidas e estejamclaramente implícitas, a Epístola aos Hebreusconcentra-se no sacrifício, e não na manei-ra como a vítima é morta no altar. Ela des-taca a maneira como o sacrifício é conduzi-do até o Santíssimo (a mão direita do Pai) emediado por constante intercessâo. A sal-vação é descrita em termos cerimoniais (sa-cerdócio supremo) e forenses (nova alian-ça), e não apenas éticos (Paulo). Então He-breus mostra a imagem do sumo sacerdotelevando o sangue da vítima do altar até oSanto dos Santos (através do véu do Tem-plo), ano após ano, sendo substituído porJesus levando seu próprio sacrifício da cruz

através do véu, entre a realidade imperfei-ta e a realidade suprema, até o céu, de umavez por todas. A santificação é descrita em termos alta-mente peculiares nesta epístola, centrando-se em um conceito de perfeição que é rema-nescente da insatisfação de Platão com aimperfeição do presente e a antecipação daerfeição do futuro. O objetivo da salvaçãoe Deus é que o homem desfrute o repousode Deus, do qual fala de várias formas, comoa chegada a um destino, como a realizaçãode uma tarefa e como a paz com Deus. Orepouso de Deus pode ser definido, então,como a companhia perfeita e eterna deDeus. Mas a perfeição e o repouso são con-cebidos em termos dinâmicos, de modo queo crente esteja sempre no processo da per-feição e chegando ao seu repouso. A perfei-ção não é um prêmio a ser conquistado, masuma experiência a ser perseguida. Aapostasia deve ser temida porque não se tra-ta da perda de uma possessão, mas sim deuma experiência. A Epístola aos Hebreus não discute a segu-rança eterna, uma vez que os leitores esta-vam completamente convencidos dela e, naverdade, estavam supondo que ela fosse oponto de negligência da atual experiência dasalvação. A epístola mostra que a apostasiaé o fracasso no processo da salvação do pe-cado. Quando uma pessoa não está sendosalva dos seus pecados atuais, ela não estávivendo a salvação. Se persistir nessa con-dição durante tempo suficiente, ela se tor-nará tão endurecida que nunca maisretornará à aquela experiência anterior deestar no processo de salvação. O autor, ao invés de ser considerado culpa-do pela falta de apreço ao recebimento dasalvação, deveria receber os créditos por le-var a sério a sua utilização. Ele não ensina asegurança eterna porque isso é desnecessá-rio, Ao invés de deixar os leitores à vontadecom respeito ao fim, ele os coloca na benéfi-ca tensão entre a segurança sobre a eterni-dade e as perdas do presente, e essa tensãopossibilita a posse da primeira e a fuga dasegunda, ao mesmo tempo em que assegurauma salvação completa do começo ao fim.

Bibliografia, William Barclay, The Letter tothe Hebrews, Filadélfia: Westminster Press,1957. F. F. Bruce, The Epistle to the Hebrews,NIC, Grand Rapids: Eerdmans, 1964. MarcusDods, “The Epistle to the Hebrews”, EGT, IV,Grand Rapids: Eerdmans, reimpressão, 1956.William Manson, The Epistle to the Hebrews,Londres: Hodder & Stoughton, 1951. AndrewMurray, The Holiest ofAll, Londres: Nisbet &Co., s.d. (devocional). Alexander Nairne, TheEpistle to the Hebrews, Cambridge: Univ. Press, 1921. William R. Newell, Hebrews Verse byVerse, Chicago: Moody Press, 1947. JohnOwen, Hebrews: The Epistle ofWaming,Grand

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HEBREUHEBREUHEBREUHEBREUS, EPÍSTOLA AOSS, EPÍSTOLA AOSS, EPÍSTOLA AOSS, EPÍSTOLA AOS HEBROMHEBROMHEBROMHEBROM

Hebrom, HPV

Rapids: Kregel, 1953 {uma condensação da obrade 8 volumes de Owen). Adolph Saphir, TheEpistle to the Hebrews, 2 volumes, Nova York:Loizeaux Bros., s.d. (exposição acalorada porum professor cristão de origem judaica). B. F.Westcott, The Epíatle to the Hebrews, GrandRapids: Eerdmans, reimpressão, 1950. RonaldWilliamson, Philo anã the Epistle to theHebrews, Leiden: Brill, 1970.

W. A.

HEBROMHEBROMHEBROMHEBROM 1. O terceiro filho citado de Coate, filho deLevi (Êx 6.18; Nm 3.19,27; 1 Cr 6.2,18;23.12). Os seus descendentes eram chama-dos de hebronitas (Nm 3.27; 26.58; 1 Cr26.23,30,31). 2. Um descendente de Calebe (1 Cr 2.42,43). 3. Uma cidade muito antiga, 30 quilôme-tros ao sudeste de Jerusalém, no caminhopara Berseba via Belém. Está aprox. 1.000metros acima no nível do mar, a cidade demaior altitude da Palestina. Era original-mente chamada de Quiriate-Arba (“cidadede Arba" ou “cidade dos quatro”, em refe-rência a um grande herói dos anaquins [Js14.15] ou, assumindo ’arba‘ como um nume-ral, aos quatro clãs que ali viviam, Anaquee seus três filhos [Js 15.14]). O nome Qui-riate-Arba pode ter sugerido uma lenda cu-riosa de que Adão foi enterrado ali, e de queAbraão, Isaque e Jacó desejavam ser enter-rados junto com ele. Em Números 13.22,fala-se de Hebrom como construída, oureconstruída, sete anos antes de Zoã (ouAvaris, SI 78.12) no Egito. Alguns estudio-sos acreditam que este versículo impliqueem uma conexão com os hicsos iq, v.), queconstruíram a sua capital no delta noroes-te do Egito em Avaris, em 1700 a.C. A principal fama de Hebrom está relaciona-da ao fato de Abrão ter residido muito tempoem sua vizinhança, em Manre (Gn 13.18). Eleestava vivendo ali quando uma confederaçãode reis dominou as cidades da planície e cap-turou Ló (Gn 14.1-13). Em Hebrom, seu nomefoi mudado para Abraão. Ali também ele re-cebeu os visitantes celestiais que lhe falaramdo nascimento de Isaque (Gn 18.1-15). Sara

morreu em Hebrom (Gn 23.2) e Abraão com-prou a caverna (ou cova) de Macpela nas pro,-ximidades para ser seu sepulcro (Gn 23.9). Eprovável que Efrom, o heteu, e os '“filhos deHete” (Gn 23.5,10) não tenham nenhuma co-nexão racial ou política com os poderososheteus indo-europeus (q.v.). Isaque viveu emHebrom (Gn 35.27). Mais tarde, José foi en-viado dessa região aos seus irmãos por Jacó(Gn 37.14). Abraão, Sara, Isaque, Rebeca,Jacó e Léia (Gn 49.31; 50.13) foram todos se-pultados na propriedade que Abraão tinhacomprado, nas proximidades de Hebrom. Os doze espias hebreus viram Hebrom (Nm13.22). Josué matou o rei da cidade durante operíodo da conquista (Js 10.3-27). Calebe areivindicou como sua herança, e expulsou osanaquins (Js 14.12-15; 15.13,14). Hebrom foidesignada para ser uma cidade de refúgio (Js20.7). Davi foi bem recebido pelos hebronitas(1 Sm 30.31) e reinou ali durante sete anos emeio (2 Sm 5.5). A revolta de Absalão teveinício em Hebrom (2 Sm 15.7-12). A famíliade Roboão fortificou a cidade como uma dascidades fortes para proteger suas fronteirasao sul e a oeste contra invasões egípcias comoa de Sisaque (2 Cr 11.5,10; 12.2-4). Alças es-tampadas de jarros reais dos séculos VIII eVII a.C. com o nome Hebrom, dentre quatrocidades, sugerem que ela era a principal ci-dade de suprimentos para rações do exércitono sistema de defesa militar iniciado pelo reiUzias (2 Cr 26.10; Y. Yadin, “The FourfoldDivision of Judah”, BASOR #163, pp, 6-12).Alguns dos judeus no período pós-exílico pre-feriram viver em Hebrom (Quiriate-Arba) enas vilas à sua volta a ir morar em Jerusa-lém (Ne 11.25). Mais tarde, os idumeus ocu-param Hebrom até que Judas Macabeu acapturou (1 Mac 5.65). Durante a primeirarevolta dos judeus, ela foi ocupada por umbreve período por Simon bar-Giora, mas osromanos a atacaram e a queimaram (Josefo,VTare, iv.9.7, 9). A cidade atual é conhecida pelos árabes comoel-Khalil (“o amigo”, referindo-se a Abraãocomo amigo de Deus; cf. Isaías 41.8 e Tiago2.23). Ela rodeia o terreno muçulmano sa-grado ou Haram, com uma grande mesquitasobre o lugar tradicional da cova de Macpela.A reputação de Hebrom é a de grande con-servadorismo e quase fanática dedicação aoislamismo. Uma colina a oeste da cidade atual, chama-da Jebel er-Rumeideh, foi a localização deHebrom até a época das Cruzadas. Em 1964,Phillip C. Hammond iniciou escavações quedescobriram evidências da ocupação desdeaprox. 3000 a.C., um muro de meados daIdade do Bronze (2000-1550 a.C.), materiaisdo século XV a.C., ruínas estratiíicadas doperíodo israelita, e evidências dos períodosromano (final), bizantino e islâmico (BA,XXVIII [1965], 30-32).

W. C, e J. R.

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HEBRONITAS HELEN1STAS

HEBBONITAS Uma família de levitas des-cendentes de Hebrom, o terceiro filho deCoate (Nm 3.27; 26.58; 1 Cr 26.23, 30,31).Veja também Hebrom.

HÉFER, HEFERITAS 1. Filho de Gileade e pai de Zelofeade, datribo de Manassés. Seus descendentes sãochamados heferitas. Embora Zelofeade tenhatido somente filhas, a herança lhes foi con-cedida como se fossem filhos, e desta formaa sua descendência permaneceu em Israel(Nm 26.32; 27.1; Js 17.2,3). 2. Um homem da tribo de Judá e filho deAsur com a sua mulher Naara (1 Cr 4.6). 3. O mequeratita, um dos poderosos de Davi(1 Cr 11.36). Pode ser oElifelete,ummaacatita,que aparece na lista paralela (2 Sm 23.34). 4. Uma cidade na planície de Sarom, a noro-este de Jerusalém. O rei de Héfer foi domi-nado por Josué, e a cidade foi usada por Sa-lomão como uma cidade de armazenamento(Js 12.17; 1 Rs 4.10), Ela pode ser Tell Ibshar,perto da costa sul de Cesaréia.

HEFZIBÁ 1. Esposa do rei Ezequias de Judá, mãe deManassés (2 Rs 21.1). 2. Juntamente com os três outros nomes femi-ninos com significados descritivos em Isaías62,4-Azubá “desamparada”, Shemamah, “de-solada”, e Beulá, “casada” - Hefzíbá é um nomeatribuído simbolicamente à Jerusalém restau-rada, ocasião em que Deus se agradará da suacidade. Seguindo a LXX, várias versões tradu-zem aqui a palavra com um significado equiva-lente a “minha alegria está nela” (ou “o Senhorse agrada de ti”).

HEGAIO oficial [eunucol do rei Assuero en-carregado das belas virgens dentre as quaisseria escolhida a sucessora da rainha Vasti,que fora deposta (Et 2.8,15). Em algumasversões inglesas, escreve-se Hege (Et 2.3).

HEGE O mesmo que Hegai (q.v.).

HEGLAM Um nome alternativo para Gera(q.v.), filho de Eúde (1 Cr 8.7). Entretanto,várias versões inglesas (KJV, ASV, JerusBe Anchor) tratam o nome como um verbo e otraduzem como “ele os removeu”, “ele os con-duziu ao exílio” etc.

HELA Esposa de Asur, descendente de HurUCr 4.5, 7).

HELA Uma cidade a leste do rio Jordão, pro-vavelmente na fronteira sul da Síria. Joabe, ocomandante do exército de Davi, derrotou osaliados sírios de Amom neste local (2 Sm10,16,17). Esta cidade parece constar no textode execração egípcio (BASOR #83, p, 33) e éprovavelmente a Alama de 1 Mac 5.26, que podeser a moderna ‘Alma, na planície de Haurà.

HELBA Uma cidade no território da tribo deAser (Jz 1,31). Sua localização exata é desco-nhecida. E possível que seja Ahlab, na costado Mediterrâneo, a norte de Tiro.

HELBOM Uma cidade da Síria, aprox. 25quilômetros a noroeste de Damasco, famosanos tempos antigos pela excelência do seuvinho (Ez 27.18). É a moderna Halbün, loca-lizada em um vale íngreme. Ainda é conhe-cida pelas extensas videiras em seus talu-des próximos.

HELCAI Um sacerdote da família de Me-raiote (Ne 12.15) entre os sumos sacerdotesde Joiaquim nos primeiros anos do século Va.C. Esta é provavelmente uma abreviaturado nome Hilquias (Ne 8.4).

HELCATE Uma cidade de Aser na frontei-ra sul, próxima ao monte Carmelo (Js 19.25).Foi designada aos levitas da família de Gér-son (Js 21.31). A sua localização exata é des-conhecida. Em 1 Crônicas 6.75, é chamadade Hucoque (q.v.).

HELCATE-HAZUREM (“campo dos fios deespada” ou “campo das espadas”). Um cam-po junto ao tanque de Gibeào onde o exérci-to de Davi, liderado por Joabe, se encontroucom o exército de Isbosete, liderado porAbner. Doze homens de cada exército se en-frentaram em combate individual, e morre-ram; em seguida, o exército de Davi expul-sou as forças de Isbosete (2 Sm 2.16).

HELDAI 1. Um herói subordinado a Davi. Heldai foio capitão dos serviços do Templo no 12° mês(1 Cr 27.15). O seu nome também aparececomo Helede (q.v.; 1 Cr 11.30) e como Helebe(q.v.-, 2 Sm 23.29). 2. Um homem que retornou do exílio na épo-ca de Zorobabel (aprox. 520 a.C.). O seu nometambém aparece como Helém (q.v.-, Zc 6.14),além de Heldai (Zc 6.10).

HELEBE Filho de Baaná, o netofatita, umdos poderosos de Davi (2 Sm 23.29). Chama-do Helede em 1 Crônicas 11.30 (q.v.). Vejatambém Heldai 1.

HELEDE Este nome só é encontrado em 1Crônicas 11.30. Veja Helebe; Heldai 1.

HELEFE Uma cidade fronteiriça de Naftalinas proximidades do monte Tabor (Js 19.33).A sua localização exata não é conhecida.

HELÉM 1. Bisneto de Aser (1 Cr 7.35). É chamado deHotão (q.o.) em 1 Crônicas 7.32, 2, O mesmo que Heldai 2 (q.v.).

HELENISTAS Veja Gregos.

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HEIEQUE, HELEQUITASHEIEQUE, HELEQUITASHEIEQUE, HELEQUITASHEIEQUE, HELEQUITAS HERANÇAHERANÇAHERANÇAHERANÇA

HKLEQ1E. HELEQUITAS O segundo fi-lho de Gileade, da tribo de Manasses, e ofundador da família dos helequitas (Nm26.30; Js 17.2).

HELES 1. Um descendente de Judá, do clã deJerameel (1 Cr 2.39). 2. Um comandante de 24 mil soldados do exér-cito de Davi, responsável pelo turno que tra-balhava no T mês. É identificado como sendoda tribo de Efraim (1 Cr 27.10). A sua aldeiapode ser indicada pelos adjetivos “paltita” (2Sm 23.26) e “pe lonita” (1 Cr 11.27; 27.10), masnenhum termo se refere a uma aldeia conhe-cida; eles se referem a Bete-Palete, perto deBerseba, no sul de Judá,

HELI Forma grega do nome hebraico ‘Eli.Foi o pai de José, o marido de Maria, de acor-do com o texto ininterrupto da genealogia deJesus expressa por Lucas (3.23). No entanto,o versículo pode ser traduzido como: “Jesus,ao começar seu ministério, tinha cerca de trin-ta anos, sendo filho (como se julgava) de José,filho de Heli” (TB). R. C. H. Lenski interrom-pe a frase principal “sendo filho (como se jul-gava de José), filho de Heli” (TB). A expres-são hos enomizeto, “como se julgava”, pode tero sentido de “segundo a tradição”. Como co-menta Norval Geldenhuys: “Como não erahabitual (entre os romanos, assim como en-tre os judeus) inserir o nome de uma mulherem uma árvore genealógica, [Lucas] adicio-nou as palavras ‘(como se cuidava) filho deJosé’. Ele não tinha receio de que os seus lei-tores pudessem ter a impressão de que a ár-vore genealógica era a de José, e não a deMaria, porque em Lucas 1 e 2 ele havia ex-pressamente ressaltado que Jesus era unica-mente o filho de Maria, e não de José e Ma-ria” (Commentary on the Gospel of Luke, p.151; veja também os seus argumentos adicio-nais, pp. 150-155). Conseqüentemente, Heli(na versão TB em português) ou Eli (nas de-mais versões) era o sogro de José e o avô ma-terno do Senhor Jesus.

J. R.

HELOM Pai de Eliabe, chefe da tribo deZebulom, que foi escolhido para servir comoum ajudante de Moisés (Nm 1.9; 2.7; 7.24,29; 10.16).

HEMÃ 1. O equivalente a Homã (Gn 36.22), umhoreu. Veja Homã. 2. Um sábio, um dos filhos de MaoKl Rs 4.31),isto é, membros da associação orquestral, oucantores, solistas da sinagoga. Em 1 Crôni-cas 2.6, ele é mencionado como nm filho deZerá (ou Zera), da família de Judá. Um so-brescrito atribui a ele a autoria do Salmo 88. 3. Um dos músicos do Templo no reino de Davi.Era nm coatita, filho de Joel e descendente

do profeta Samuel (1 Cr 6.33; 15.17, 19;16.41,42). Foi chamado de vidente de Davi (1Cr 25.5), Os filhos de Hemâ também partici-pavam dos serviços musicais do Templo (1 Cr25.1-8; também 2 Cr 5.12; 29.14; 35.15). Tal-vez o termo “filhos” refira-se aos membros docoro sob a sua direção.

HEMORRÓIDAS Veja Doença: DoençasInternas.

HENA Uma cidade conquistada pelaAssíria. Não se conhece a sua localizaçãoexata. Como a palavra significa “baixo”, e acidade é mencionada com duas outras cida-des no rio Orontes, Hamate e Arpade, é pro-vável que Hena estivesse na mesma áreageral (2 Rs 18.34; 19.13; Is 37.13).

HENA Veja Plantas.

HENADADE O chefe de uma família de le-vitas na comunidade da Jerusalém pós-exílica(Ed 3.9; Ne 3.18,24; 10.9).

HENDÃ Filho de Disom (on Disã; Gn 36.26).Na genealogia paralela das Crônicas (1 Cr1.41), ele é chamado de Hanrâo, aparente-mente devido a alguma variação de escrita.

HEPATOSCOPIA Do genitivo kepatos, dotermo gr, hepar, “fígado”, e skopeo, “olharpara”. Eram adivinhações baseadas no exa-me do fígado de um animal sacrificado. Eraum costume amplamente difundido entrebabilônios, gregos e romanos. Por meio dele,os sacerdotes pagãos obtinham orientações eprevisões. O fígado iq.v.) era considerado poralguns como a oase da vida; por outros, comoum órgão que refletia o universo e a sna his-tória. O prognóstico era provavelmente ba-seado nas condições de saúde do fígado, indi-cadas pela intensidade e nniformidade de suacor, ou na sna falta de saúde revelada pelafalta de cor e por manchas, tudo isso unido aoelemento do acaso na escolha de nm determi-nado animal para sacrifício. A hepatoscopia é mencionada em Ezequiel21.21 como tendo sido praticada pelo rei daBabilônia, mas nunca foi usada pelos israe-litas, exceto quando eles degeneravam-secaindo no paganismo. Inúmeros modelos defígados de animais, em argila, normalmenteapresentando inscrições cuneiformes paraensinar esta arte aos adivinhos do Templo,foram encontrados na Babilônia, e alguns emHazor e em Megido, nas camadas cananitasdo fim da Idade do Bronze. Veja Adivinhação; Magia.

R. A. K.

HERA Veja Plantas: Hera. HERANÇA Enquanto o AT desenvolve a leihebraica da herança legal, a importância

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HERANÇAHERANÇAHERANÇAHERANÇA HERANÇAHERANÇAHERANÇAHERANÇA

teológica da herança é proeminente no tratode Deus para com o homem, tanto no ATcomo no NT. A idéia básica é a posse estabelecida de ter-ra e propriedade pessoal através de umaescritura estável e permanente, indepen-dentemente de como a propriedade foi ad-quirida, Freqüentemente, inclui-se o con-ceito da aquisição por sucessão de propri-edade pertencendo a um antepassado decerta pessoa, tendo a alocação ou distribui-ção dessa propriedade sido efetuada porDeus, Intimamente relacionadas à heran-ça estão as idéias de aliança (no AT) efiliação (no NT).

A Herança no Antigo TestamentoA Herança no Antigo TestamentoA Herança no Antigo TestamentoA Herança no Antigo Testamento Embora a análise estatística das palavrashebraicas para herança seja difícil (uma vezque o termo herança nas várias versões nemsempre represente a mesma palavra hebrai-ca, nem as palavras hebraicas pertinentessejam sempre traduzidas como herança),observa-se que nakal (“entregar herança”,“receber propriedade”) e nahcda (“herança”)são as palavras hebraicas mais relevantes efreqüentes. Note também: heleq (“porção”,Salmo 16.5); yerushsha (“possessão”, “coisaocupada”, Juizes 21.17; Jeremias 32.8);morasha (“possessão”, “coisa ocupada”, Deu-teronômio 33.4); yarash (“conquistar”, “ocu-par”, “possuir”, “herdar”, Josué 1.11). A Terra Prometida, a herança de Israel. Aherança material na lei e no costume do ATnão pode ser entendida fora da importânciateológica da herança, como algo derivado daaliança de Abraão. A promessa feita aAbraão (Gn 12.1-3; 13.14-17 etc.) tinha umobjetivo duplo: um herdeiro (Isaque, então anação, e por fim Cristo) e uma nerança (aterra de Canaã). A expectativa messiânicade Israel e o aprofundamento gradual dotema da herança no AT são provenientes dapromessa feita a Abraão. Embora toda a terra pertença a Deus (Ex19.5; Dt 10.14), e Ele como Criador a tenhaentregado ao homem para que este a pos-sua, cultive e dela desfrute (SI 115.16), Eleselecionou um povo específico como a suaherança e selecionou uma porção de terraespecífica para dar a este povo como heran-ça (1 Rs 8.36), Embora Israel não tenha ini-cialmente recebido Canaã de seus pais, ain-da que as promessas de Deus sejam umarealidade quando pronunciadas, a terra de-veria ser a sua herança por todas as gera-ções, e é vista retrospectivamente como umaherança da época da concessão original deDeus. Portanto, a posse de Canaã, em seutodo ou em suas várias porções, pertence ànação de Israel, ou a cada tribo, família ouindivíduo. A base dessa possessão é a graça de Deusno cumprimento da promessa. Deus super-visionou a conquista, confiando a tarefa a

Josué (Dt 1.38) e intervindo em favor deIsrael (Js 21.43-45). Desse modo, a nature-za dessa herança da terra não é uma sim-ples sucessão de geração a geração, masuma herança qne Deus concedeu a Israel(Dt 12.9,10). Deus não apenas cumpriu a sua promessasupervisionando a conquista da terra que Eledestinou para Israel, mas Ele também acumpriu direcionando a sua partilha entreas tribos por meio de sortes, o que era consi-derado como uma decisão divina (Nm 33.54;Js 14.2). Nessa divisão, cada tribo recebeu asua parte ou porção na herança (Js 14.2; 15.1;16.1; 17.1; 18.1-11). A partilha estendia-se acada família (Js 15.1,20) e a indivíduos(Calebe, Js 15.13; Josué, Js 19.49,50). Noentanto, a tribo de Levi não teve nenhumaherança, embora tenha assumido 48 cidades(Nm 35.2-8). Embora a promessa final de Deus a respeitoda terra seja imutável, a possessão total daterra por qualquer geração de israelitas emparticular está condicionada à obediência aosmandamentos divinos (1 Cr 28.8; cf. Dt 4.1).A punição pela desobediência inclui a perdada terra (Dt 4.25,26; 1 Rs 14.15), como ilus-trado no caso do cativeiro babil&nico. Conse-qüentemente, o arrependimento está relacio-nado à restauração da terra (Ez 36.8-15;37.21-28). A destituição da posse a qualquergeração de israelitas em particular por cau-sa da incredulidade não invalida a promes-sa incondicional de Deus, pois aqueles quefizerem parte da geração que estiver viven-do por ocasião da segunda vinda de Cristo,“para sempre herdarão a terra” (Is 60.21), ea desfrutarão em perfeita felicidade, umapromessa que terá o início do seu cumpri-mento no futuro reino messiânico ou milenial(Dt 30.1-6). Neste sentido, o Rei Davídicotambém é prometido às nações como a suaherança (SI 2.8). Israel, a terra e o povo, a herança de Deus.Visto que Deus deu a terra, Ele é o Proprie-tário definitivo da terra e a terra é vista comoa sua herança (Lv 25.23); não que Ele a te-nha recebido de outra pessoa, mas ele a es-colheu para a sua própria possessão, e ela êsua por direito. Portanto, Israel é o ocupan-te estabelecido por Deus, e deve viver na ter-ra não para si mesmo, mas para Deus, Damesma fonna, o povo a quem Deus escolheué considerado como a sua herança, a qualEle destinou para si mesmo, para sua pos-sessão eterna (Dt 4.20; 32.9). A herança estámais uma vez ligada ao relacionamento daaliança, pela fórmula da aliança: “E ser-me-ão por povo, e eu lhes serei por Deus” (Jr24.7). Veja Terra e Propriedade. Herança na lei e no costume do Antigo Testa- mento. Em geral, a propriedade herdada in-cluía tanto a terra como as posses pessoais,tais como gado, produtos domésticos, servose, até mesmo, esposas. Uma vez que a terra

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HERANÇAHERANÇAHERANÇAHERANÇA HERESHERESHERESHERES

era dada por Deus e mantida em confiançapara Ele, ela eorretamente pertencia à famí-lia e somente ao herdeiro individual como re-presentante da família. As posses pessoais,porém, poderíam ser distribuídas entre todosos filhos, Uma vez dada por Deus, a terra nãodeveria ficar alienada (Lv 25.23) e, emboravendida temporariamente, a terra deveria serdevolvida ao proprietário original no ano dojubileu (Lv 25.25-34). Uma exceção era a re-sidência em uma cidade murada que, se nãofosse redimida dentro de um ano de venda,nâo retornaria ao proprietário original no anodo jubileu (Lv 25.29,30). O filho primogênito herdava uma porção do-brada ae todas as posses de seu pai (Dt21.17), sendo que o restante era divididoigualmente entre os outros filhos. O pai, àsvezes, transferia a sua propriedade ainda emvida (Gn 24.35,36; 25.5,6), e a bênção patri-arcal parecia funcionar de forma muito se-melhante aos testamentos dos tempos mo-dernos. Embora o pai fosse proibido de pri-var arbitrariamente seu primogênito do di-reito de nascimento (Dt 21.15-17), este po-dería ser tirado dele por causa de algumatransgressão contra o pai (1 Cr 5.1). Os ca-sos de transferência do direito de nascimen-to aparecem como exceções que exemplificama eleição divina (Ismael e Isaque, Gn 21.10;cf. 21.12; Esaú e Jacó, Gn 27.37; cf. Ml 1.2,3;Rm 9.13; Rúben e José, 1 Cr 5.1; cf. Gn 49.22-26; Adonias e Salomão, 1 Rs 1.5 ss.; cf. 1 Cr22.9,10). Em princípio, uma filha não podería receber aherança (Jó 42.15 é um caso excepcional), masuma mudança foi introduzida após a morte deZelofeade, de modo que as filhas foram autori-zadas a herdar se nâo houvesse nenhum filhona família (Nm 27.1-11). Mas mesmo nessecaso, as herdeiras teriam que se casar somen-te dentro da tribo de seu pai. Se nâo houvessenenhum herdeiro direto, então os irmãos, ostios paternos, ou o parente mais próximo po-dería herdar. Uma viúva nâo tinha nenhumaposição imediata na sucessão, mas se esta fos-se deixada sem filhos, o parente mais próximodo lado de seu marido tinha o direito de casar-se com ela para gerar filhos em nome de seuirmão morto (Dt 25.5-10; cf. Rt 3.12,13; 4.1ss.>.Veja Casamento, Levirato. Outros costumes relativos à herança no An-tigo Testamento. O próprio Deus veio a servisto como a herança dos justos (SI 16.5,6;73.26), como Ele havia sido, de um modo par-ticular, a herança dos levitas (Dt 10.9). Aprópria lei (Dt 33.4), e até mesmo os filhos(SI 127.3), são citados como uma herança. Aherança também descreve a porção destina-da ao homem no sentido do seu destino pes-soal (Jó 20.29; 27.13).

A Herança no Novo TestamentoA Herança no Novo TestamentoA Herança no Novo TestamentoA Herança no Novo Testamento Os termos gregos kleronomos (herdeiro) ekleronomia (herança), e seus cognatos ocor-

rem cerca de 45 vezes no NT, principalmen- te nos Evangelhos sinóticos, nas Epístolas de Paulo (especialmente Gálatas) e Hebreus. Embora o termo herança seja usado no sen- tido comum (Lc 12.13) e com referência ao uso do AT da posse da Terra Prometida (At 7.5; Hb 11.8), o conceito de herança é desen- volvido de duas maneiras no NT: (Do her- deiro está relacionado à filiação (Cristo é es- pecialmente Filho e Herdeiro), e (2) a heran- ça está relacionada ao reino que Cristo inau- gura. Ambos os elementos estão presentes lado a lado na parábola dos lavradores maus (Mt 21,33-46; Mc 12.1-12; Lc 20.9-19), onde Jesus Cristo é visto como o Herdeiro em vir- tude de ser o Filho (Mc 12.6,7; cf. Hb 1.2), e a herança é o reino (Mt 21.43). Cristo não é apenas o Filho e o Herdeiro, mas em Cristo os crentes também são filhos e, portanto, herdeiros (Rm 8.17; G1 4.7). Este conceito paulino de herança espiritual não é baseado no conceito hebreu de herança, po- rém, antes, na lei romana, pela qual todos os filhos herdavam igualmente. Como na lei romana, onde o testador vivia no grupo de seus co-herdeiros, assim Cristo vive nos cren- tes que obtêm sua herança, sendo co-her- deiros com Ele (Rm 8.17). Embora o Espírito Santo agora habite no crente como o penhor de sua herança (Ef 1.14), a herança em si é futura (1 Co 6.9,10; G15.21; Ef 5.5; Tg 2.5; 1 Pe 1.3,4), e os crentes entrarão nessaneran- ça eterna após a ressurreição (Hb 9.15). A herança aguardada inclui a glória (Rm 8.17,18) e a incorrupção (1 Co 15.50-57; cf. 1 Pe 1.4) da vida ressurrecta na qual o crente entrará, depois da qual ele irá reinar com Cristo no reino milenial. A herança dos cren- tes ressuscitados também inclui uma cida- de celestial em um novo céu e uma nova ter- ra (Hb 11.10,16; 12.22-24; Ap 21.1 ss.). Veja também Adoção; Sorte; Família; Patrimônio.

Bibliografia. François Dreyfus e Pierre Grelot, “Inheritance”, Dictionary of Biblical Tkeology, Xavier Leon-Dufour, ed., Nova York: Descíee Co., 1967. Werner Foerster e J. Herrmann, “Kleronomos etc”., TDNT, III, 758-785. J.-Cl. Margot, “Inheritance”, A Companúm to the Bible, J. J. von Allmen, ed., Nova York: Oxford Univ. Press, 1958, pp. 181- 185. Merrill F. Unger, “Inheritance”, UBD, pp. 525ss.

F. D. L.

HERANÇA CULTURAL Veja Herança.

HERDEIRO Veja Herança.

HEREGE Veja Heresia.

HERES 1. Montanhas de onde a tribo de Dã não conseguiu expulsar os amorreus (Jz 1.351.

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HERESHERESHERESHERES HERMOMHERMOMHERMOMHERMOM

Provavelmente ficava na fronteira entreJudá e Dâ. 2. Em Juizes 8.13, é mencionado o retornode Gideão da batalha “pela subida de Heres”,porém outras versões traduzem a passagemcomo “antes do nascer do sol”. Esta é uma assagem na montanha que sobe a partir do ordão ou do rio Jaboque. 3. Um levita mencionado juntamente comaqueles que retomaram do exilio (1 Cr 9.15).

HERESIA 1. Esta palavra significa originalmente es-colha. Ela é usada com este sentido na LXX. 2. Um modo de pensar ou uma ação escolhi-da; consequentemente, uma opinião ou umponto de vista mantido por um indivíduo (1Co 11.19) ou por um grupo, como os fariseus(At 15.5; 26.5), os saduceus (At 5.17), ou oscristãos (At 24.5,14; 28.22). 3. Uma divergência dentro da igreja devidoa um ponto de vista diferente (1 Co 11.19;G1 5.20). 4. Um desvio da doutrina da verdade biblica-mente revelada, ou uma visão equivocada(Tt 3.10; 2 Pe 2.1). Paulo diz que as heresias,no sentido de opiniões divergentes, devemsurgir como um passo necessário para o de-senvolvimento da doutrina verdadeira (1 Co11.19). As maiores disputas que levaram aosConcílios de Nicéia e Calcedônia ilustrambem essa afirmação. A igreja primitiva lutou contra algumas he-resias doutrinárias perigosas e rejeitou aque-les que as ensinavam (cf. Tt 3.10). Os judaizantes, Paulo escreveu as cartas deRomanos e Gálatas para refutar as opiniõesdaqueles que insistiam que o cristianismodeveria fazer uma síntese entre a conserva-ção da lei e a fé em Cristo. Ele insiste paraque os gálatas fiquem firmes na liberdade quereceberam de Cristo, e diz: “Separados estaisde Cristo, vós os que vos justificais pela lei;da graça tendes caído” (G1 5.4). A circuncisãofísica havia sido substituída pela circuncisãoespiritual em Cristo (Cl 2.11; Pp 3.2,3). Os gnósticos. As Epístolas de Colossenses e1 João foram escritas para refutar os errosdestes. Eles ensinavam que Cristo era umaemanação panteísta, inferior a Deus, e quea sua “aparição” em carne era apenas seme-lhante a uma visão. João afirma que pregaum Cristo que ele viu, ouviu e tocou, e exigeque o cristão coloque a ortodoxia em provacom base em uma confissão de que Cristo defato encarnou e viveu em um corpo humanode carne (1 Jo 4.2,3). Veja Gnosticismo. Os sincreüstas. Estes tentaram fazer uma sín-tese entre a revelação e a filosofia. Pilo, anteri-ormente à época de Cristo, tentou combinar areligião judaica com o conceito estóico de umLogos imaginado com base na “idéia das idéias”de Platão. Exemplos de esforços sincretistassimilares posteriores são a união doneoplatonismo com o cristianismo na igreja

medieval, cujas influências ainda aparecem nas visões católico-romanas do mal; o hegelianismo e o cristianismo no liberalismo alemão do sé- culo XIX; e o existencialismo de Kierkegaard e o cristianismo que são vistos na neo-ortodoxia moderna.

R. A. K.

HERETE Floresta localizada entre Adulão e Gilo na qual Davi se escondeu depois de sua curta permanência em Moabe (1 Sm 22.5). Este local foi, possivelmente, o cená- rio do incidente narrado em 2 Samuel 23,14- 17 e 1 Crônicas 11.16-19.

HERMAS Um cristão que estava em Roma, e que foi saudado por Paulo (Rm 16.14).

HERMES 1. Um cristão em Roma saudado por Paulo (Rm 16.14). Não deve ser confundido com H ermas. 2. O deus grego da eloqüência que era o por- ta-voz dos deuses. Em Listra, Bamabé era chamado de Zeus e Paulo de Hermes. Há versões que traduzem o nome como Mercú- rio, porém, outras mantêm Hermes (At 14.12). Veja Falsos deuses.

HERMÓGENES Um daqueles que estavam “na Ásia”, e que se separaram de Paulo quan- do o apóstolo enfrentou dificuldades (2 Tm 1.15). O fato de ter sido mencionado pode indicar que ele era um dos líderes.

HERMOM Este nome significa “montanha sagrada” ou “lugar consagrado” (de haram, no hipk‘il, “devotar”, “consagrar”) e é prova- velmente derivado dos santuários a Baal lo- calizados ali desde os tempos antigos, ante- riormente ao Êxodo (Js 11.17). Foi chamado de Senir pelos amorreus, Siriom pelos sidônios (Dt 3.9), Siom (Dt 4.48) e Jebel esh- Sheik pelos árabes. Hermom formava a fronteira norte do país, que Israel tomou dos amorreus (Dt 3.8), e é o extremo sul da região do Anti-Líbano. As montanhas do Hermom têm cerca de 32 qui- lômetros de comprimento e três picos que fazem com que ele seja mencionado, ocasio- nalmente, como os “Hermonitas” (SI 42.61 ou os “Hermons”. Dois desses picos estão a mais de 2.900 metros acima do nível do mar, e são de longe os picos mais altos da Palestina ou em sua redondeza, e estão cobertos de neve durante todo o ano. A neve derretida do Hermom constitui o principal manancial do rio Jordão. O pico mais alto do Hermom está situado cerca de 50 quilômetros a sudeste de Damasco, e 65 quilômetros a nordeste do mar da Galiléia. Muitos acreditam que o Hermom foi o local da transfiguração de Jesus (Mt 17.1-9; Mc 9.2,9; Lc 9.28). Cerca de uma semana antes da transfiguração, o Senhor esteve na região

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HERMOMHERMOMHERMOMHERMOM HERODESHERODESHERODESHERODES

Monte Hermom

de Cesaréia de Filipe, ao sul do Hermom, ealguns consideram que Ele se dirigiu para onorte, para as colinas do Hermom, ao invésde ir para o sudeste, para o monte Tabor, olocal tradicionalmente aceito como o monteda transfiguração.

H, L. D.

HERODESHERODESHERODESHERODES

Herodes o GrandeHerodes o GrandeHerodes o GrandeHerodes o Grande O mais famoso dentre aqueles que levavamo nome Herodes, nos tempos bíblicos, foiHerodes o Grande, o progenitor de nm gran-de clã. Embora seu nome apareça nos textossagrados somente em eonexào com o cenáriohistórico do nascimento de João Batista (Lc1.5), e no relato da vinda dos magos (Mt 2),a sua influência na Palestina durante seulongo governo como rei da Judeia foi tão con-siderável, que um conhecimento da sua car-reira torna-se essencial para uma verdadei-ra compreensão dos tempos do Novo Testa-mento. O fato de Josefo dedicar tanto espa-ço a Herodes em sua obmJewish Antiquitiese em The Jewish Wars é prova suficiente daimportância que aquele historiador atribuíaa esse monarca. Antecedentes fa mil iares. Herodes era naturalda Iduméia, um país ao sul da Palestina(Neguebe) que foi ocupado pelos edomitasuando seu antigo território nas proximida-es de Petra foi tomado pelos árabes ou na-bateus. Estes, por sua vez, foram conquista-dos pelos governadores hasmoneus dos ju-deus, e foram forçados a aceitar o judaísmo,incluindo a circuncisão. O pai de Herodes,Antípatas, que parece ter sido o chefe dessanação, embora a sua posição oficial nào sejadeterminada por Josefo, casou-se com umamulher árabe. Dessa união nasceram cincofilhos, e somente Herodes recebeu um nomegrego. O seu nascimento pode ser estimadocomo tendo ocorrido em aprox. 73 a.C., ou emalguma data próxima desta. Em pouco tempo Antípatas, um homem quetinha bens e que era ambicioso, envolveu-se

nos assuntos políticos dos judeus. Nessa épo- ca, dois irmãos da linhagem de sucessão real, Aristóbulo e Hircano, estavam disputando o poder, e o primeiro venceu a disputa. Antí- patas interveio para patrocinar a causa de Hircano. No entanto, coube aos romanos co- locar um ponto final na disputa e encerrar o período da independência dos judeus. Quando Pompeu chegou, Herodes tinha apro- ximadamente dez anos de idade. Sendo um garoto, ele teve uma impressão viva do po- derio militar romano e também testemunhou a sagacidade de seu pai Antípatas, ao dar seu apoio à disposição do regime romano, e como resultado ser recompensado com a res- ponsabilidade e a influência sobre os negó- cios dos judeus. Antípatas, que gostava de pensar que era um judeu, podería mostrar com orgulho os generosos favores que um lí- der romano posterior, Júlio César, concedeu ao povo judeu, uma vez que eles eram, em grande parte, devidos à ajuda que ele tinha dado a César em sua campanha no Egito. Embora Hircano permanecesse como o che- fe nominal da nação judaica e ocupasse o posto de sumo sacerdote, o controle ativo dos negócios passou para Antípatas, que agora tinna o cargo de procurador. Ter um homem como Antípatas no comando foi de grande vantagem para Roma, pois ele conhecia os judeus muito melhor do que os romanos, e era digno de confiança, pois tudo levava a crer que ele iria permanecer leal aos seus chefes supremos. Este se tornou o princípio fundamenta] da própria política de Herodes nos anos posteriores. No entanto, não impor- tando o quanto um nativo da Iduméia fosse capaz e o quanto pudesse estar interessado na prosperidade dos judeus, ele não podia competir na afeição do povo com alguém do seu próprio grupo, e muito provavelmente seria acusado de estar a serviço do odioso conquistador do Oeste (Pompeu havia sitia- do Jerusalém, matando milhares de seus

Teatro romano em Cesaréia, IIS

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7

QUADRO DA FAMÍLIA DE HERODES APRESENTANDO APENAS OS NOMES DAQUELES QUE FORAM MENCIONADOS NESTE LWRO E NO NOVO TESTAMENTO HERODES 1(1). ou

O REI HERODES, ou HERODES O GRANDE

Dóris

T

MARÍANE (a asmoneana)

MARÍANE (a Betusiana (1)j

MALTACE (a Samarftana)

ANTIPATAS (executado em 4 a,C.)

ALEXANDRE E ARISTÓBULO (executado em 6 a.C.)(casado com Berenice, executado em 6 a.C.)

HERODES FILIPE I (casado cqm Herodias)

Salomé II (6)

I ---------------- HERODES ARQUELAU (2) HERODES ANTIPAS (3) (exilado em 6 d.C.) [casado com Herodias [5) - exilado em 39 d.C.]

CLEOPATRA (de Jerusalém)

HERODES FIUPE !1 (4), 'o tetrarca"

(casado com Salomé, morreu em 34 d.C.)

HERODES REI OECALCIS (falecido em 48 d.C.)

Herodias (5) HERODES AGRIPA 1(7) (banida (casado com Cypros,

em 39 d.C.) morreu em 44 d.C.)

r T 1HERODES AGRIPA li (8) BERENICE (9) DRUSILA (10)

(53-70 d.C.) (casada com Azízo e Félix. morreu em Vesúvto em 79 d.C.)

AGRIPA

(morreu em Vesúvto em 79 d.C)

(1) ‘O Rei Herodes'', Mt 2; Lc 1,5. (2) Herodes “Arquelau"; Lc 19.12-27; Mt 2,22. (3) “Herodes" Antipas, "o"o"o"o tetrarca'; Mt 14.1; Lc 3.1,19; Mc 6.14. (4) Herodes "Filipe", “o tetrarca”; Mt 14,1,6; Lc 3.1,19; 9.7; Mc 6.34. (5) ''Herodias": Mt 14.3,6; Mc 6.17.

(6) Salomé, Mt 14.6; Mc 6.22,28; Lc 3,19. (7) "Herodes” Agripa I (conhecido simplesmente

como Herodes Agripa), "o rei”; At 12.1,2.

(8) Herodes “Agripa" II, At 25.13-27; 26, (9) “Berenice", At 25.13,23, 26.30. (10) “Drusiia", At 24.24.

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HERODESHERODESHERODESHERODES HERODESHERODESHERODESHERODES

Templo dedicado a Augusto, construído por Herodes em Cesaréia

habitantes, e tinha até mesmo ousado en-trar no Santo dos Santos do Templo).Herodes como um jovem. Com a idade de 26anos ele foi indicado, por seu pai, como go-vernador ou magistrado da Galiléia (47 a.C.),e rapidamente assegurou a sua posição aodescobrir os esconderijos de bandidos, con-denando-os à morte, O povo iocal ficou agra-decido, mas outros na nação, ressentidos pelosucesso e pela popularidade de Herodes, per-suadiram Hircano a chamá-lo para prestarcontas pela eliminação de vidas humanas,de forma contrária à lei judaica. Assim,Herodes foi convocado para comparecer pe-rante o Sinédrio. Mas quando esse jovem altoe bem apessoado, de físico atlético, apare-ceu perante esse corpo judicial, os seus mem-bros tiveram medo de tomar alguma provi-dência contra ele, embora a maioria fossefavorável a isso. Incapaz de esquecer umaindignidade, Herodes teve a sua vingançaquando chegou ao poder como rei, tirando avida dos seus oponentes. Os negócios romanos eram bastantesíntranqüilos durante esses últimos dias daRepública. César, Pompeu e Crasso tinhamformado o primeiro triunvirato em 60 a.C.,mas Crasso perdeu a vida na fronteira les-te, e os outros tiveram um desentendimen-to. Sabemos como os judeus beneficiaram-se da ditadura de César. Após o assassina-to de César, um segundo triunvirato foi cria-do entre Marco Antônio, Otávio (o sobrinho

Ruínas do pátio do palácio de Herodes na JericO do Novo Testamento

de César) e Lépido. O primeiro objetivo erapunir Bruto e Cássio pelo assassinato deCésar. Herodes tinha lealdade de ambos oslados, uma vez que Cássio era seu amigo etinha lhe prometido o reino da Judéia, aopasso que Antônio era um amigo ainda maisíntimo, de modo que Herodes não poderíaesperar menos dele se saísse vitorioso. An-típatas tinha sido condenado à morte portraição, e assim Herodes era o próximo nafila da promoção. Enquanto houvesse um príncipe da linhagemhasmoneana, o espírito de revolução entreos judeus seria facilmente incitado. Aindahavia um, Antígono, o filho de Aristóbulo.Herodes pensava que se pudesse, de algumamaneira, vencer a desvantagem de ter san-gue estrangeiro, casando-se dentro da linha-gem real dos judeus, ele podería ser maisaceitável à nação judaica. Tendo isso emmente, assumiu um compromisso comMariane, uma princesa hasmoneana, mes-mo já sendo casado. Nessa época, Otávio e Antônio triunfaramna disputa interna romana, o que trouxeAntônio às regiões da Síria e da Palestinapara ali supervisionar os negócios. Hircanopermaneceu no seu posto de etnarca (gover-nador de uma província) e sumo sacerdote,mas Herodes e seu irmão Fasael foram indi-cados como tetrarcas, e na verdade contro-lavam o país, sendo os responsáveis peranteas autoridades romanas. Mas Antígono estava ativamente fomentan-do a rebelião. Sendo Antônio uma vítima dosencantos de Cleópatra, do Egito, Herodeslogo se encontrou em uma posição precária,especial mente quando Antígono conquistoua ajuda dos belicosos partos, que avançaramaté Jerusalém. Fasael e Hircano caíram pordescuido em uma armadilha, e foram apri-sionados. Pouco tempo depois, Fasael tiroua própria vida. Herodes fugiu, abrigando asua família e outras pessoas na fortaleza deMassada, a oeste do mar Morto, de ondeempreendeu uma dolorosa viagem a Romacom a esperança de conseguir ajuda. A suaesperança não foi em vão. Antônio o nomeourei dos judeus. Otávio também foi favorávele apresentou este pró-romano ao Senadocomo alguém que podería liderar a sua cau-sa contra Antígono e os inveterados inimi-gos, os partos. Sem nenhuma voz dissonante,o Senado proclamou Herodes como rei daJudéia (40 a.C.). Herodes como rei. A essa altura, Herodesestava ocupando uma posição que poderíaser comparável à do homem que o SenhorJesus mencionou em uma de suas parábo-las: “Certo homem nobre partiu para umaterra remota, a fim de tomar para si um rei ■no e voltar depois” (Lc 19,12), embora a pa-rábola se aplique melhor a Arquelau do quea Herodes. Ele tinha o título, mas não o rei-no. Chegando a Ptolemaida, Herodes reuniu

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A PALESTINA SOB OS HERODES

ESCALA EM MILHAS

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HERODESHERODESHERODESHERODES HERODESHERODESHERODESHERODES

Os pilares do pátio do palácio de Herodes no Herodium* nas proximidades de Belém,

exércitos, resgatou a sua família em Massa-da, e começou a árdua tarefa de subjugar opaís. Os galileus desertavam assim que elevirava as costas, e os generais romanos en-viados para ajudá-lo foram subornados parapermanecer em virtual inatividade. Mas elefoi finalmente capaz de conseguir ajuda ro-mana na forma de duas legiões enviadas porAntônio, sob o comando de Sóssio, Antígonofoi cercado em Jerusalém. Sentindo que ago-ra a captura da cidade era uma questão detempo, Herodes aproveitou a oportunidade

Ê ara casar-se com Mariane em Samaria. epois de um cerco de cinco meses, Jerusa-

lém caiu e Antígono foi morto. Com ele mor-reram as esperanças de independência dosnacionalistas judeus. Os problemas de Herodes não foram todos re-solvidos com esta vitória. Uma nova ameaçasurgia das ambições de Cleópatra, que gover-nava o Egito. Antônio, que recebeu a Asia comosua esfera de influência, caíra vítima, comoCésar antes dele, da beleza e das lisonjas dela.A rainha astuta induziu Antônio a assegurar-lhe diversas das cidades de Herodes e a insis-tir com Herodes a que empreendesse umaguerra contra os árabes, esperando desta for-ma enfraquecer ambos os lados cujos territó-rios poderíam ser prontamente tomados. Apósuma inesperada reviravolta, Herodes saiu vi-torioso desse conflito. O verdadeiro objetivo de Cleópatra era o deerigir um estado soberano no Levante (leste)em oposição ao poder de Roma no oeste. Quan-do ficou evidente que Antônio tinha se unidoa ela, a guerra com Roma se tornou inevitá-vel. Herodes, como amigo de Antônio, tinha o

desejo de ajudá-lo, e teria ido à batalha ao seulado; porém Cleópatra, sempre com ciúmesde Herodes, não o permitiu. Na batalha marí-tima em Actium (31 a.C.), Otávio teve suces-so. O exército de Antônio, acampado na Gré-cia, foi forçado a se render. Cleópatra nave-gou para o Egito e Antônio foi com ela. Maistarde, ambos suicidaram-se. A lealdade de Herodes para com Antôniodeixava-o em uma posição precária peranteo vitorioso. Mas ao invés de implorar pormisericórdia, ele corajosamente admitiuabertamente a sua amizade com Antônio,dando a impressão de que seria tão leal eútil a Otávio quanto tinha sido a Antônio. Atática foi eficaz. Otávio não apenas o per-doou, como também lhe devolveu as cidadesque Cleópatra tinha conseguido encampar,e por fim aumentou seu território com a in-clusão de diversas áreas a leste e a noroestedo mar da Galiléia. Após eliminar esse obstáculo, Herodes pa-recia estar pronto para um reinado longo epróspero, pois a vitória de Otávio (que setornou César Augusto), possibilitou a paxRomana, As disputas internas que tinhamdesfigurado os últimos dias da Repúblicaestavam chegando ao fim. Mas a tragédiaabateu-se sobre o lar do rei dos judeus. Asua esposa Mariane afastou-se dele devidoàs persistentes reclamações da sua mâe Ale-xandra. Para complicar, Salomé, a irmã deHerodes, que tinha amargos ciúmes da mu-lher hasmoneana, semeou a desconfiança namente de Herodes com respeito à fidelidadede Mariane. Embora as acusações fosseminfundadas, Herodes acabou crendo nelas, e

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fínalmente enviou sua esposa à morte. Emseguida, ele arrependeu-se de seu ato, e tevetanto pesar que adoeceu. Os seus médicospensaram que ele fosse morrer. Embora opassar do tempo e a diversidade de ativida-des tenham lhe trazido a cura, ele nuncamais foi o mesmo, porque o lado agradávelde sua natureza havia desaparecido. Elepassou a ser um homem sombrio e desconfi-ado, e mais do que nunca um alvo fácil paraos dardos de intriga que lhe foram dirigidospelas mulheres de sua casa, especialmentenos tempos que se seguiram. Herodes encontrou algum alívio para seuespírito mergulhando em um vasto progra-ma de obras públicas, que tornaria memo-ráveis tanto sua energia quanto a magnifi-cência do seu regime. A mais notável dentreelas foi o Tfempio judaico, que ele reconstruiue ampliou, empregando mil sacerdotes trei-nados como pedreiros, além de milhares deoutros trabalhadores. Iniciada em 20 a.C., aobra ainda não havia sido inteiramente con-cluída nos dias do Senhor Jesus Cristo. Naextremidade noroeste ficava o castelo (oufortaleza) de Antônia, assim chamado emhonra ao seu velho amigo Antônio. O palá-cio de Herodes foi concebido com linhas es-paçosas e era profusamente decorado. Assuas duas alas tinham recebido os seus no-mes em honra a César Augusto e seu minis-tro Agripa. Samaria transformou-se em ci-dade e fortaleza proeminentes, e recebeu onome Sebaste, o equivalente, em grego, aAugusto. Na torre de Strato, no mar Medi-terrâneo, o rei introduziu um quebra-mar, edessa forma passou a existir um porto, algoue faltava à linha costeira palestina. Ten-o recebido novamente o nome de Cesaréia,esta cidade incluiu em sua construção umamplo anfiteatro, onde periodicamente serealizavam jogos. A alguns quilômetros aosul, Herodes fundou, como uma homenagemao seu pai, a cidade de Antipátride, que ser-via como uma parada no caminho a Jerusa-lém (At 23.31). Mais ao norte, ele construiuum Templo a Roma e ao imperador emPaneion, a Cesaréia de Filipe dos Evange-lhos, Precavendo-se contra rebeliões, eleconstruiu fortalezas em diversos pontos.Uma delas, perto de Jerico, recebeu o nomede Cipro em homenagem à sua mãe. Pela sua munificêneia, o rei dos judeusedificou Templos em comunidades além dasfronteiras dos seus domínios, pois apesar dapiedade que ele assumia com relação ao Deusdos hebreus, ele era, no fundo, um pagão.Para se alinhar aos judeus, ele afirmava quecomo um rei a serviço de Roma, deveria es-tar de acordo com as suas práticas. Ele tam-bém subsidiou os Jogos Olímpicos, que ti-nham passado por um período difícil e queprecisavam de ajuda. O seu liberalismo para com as comunidadesestrangeiras, que incluíam Atenas e Esparta,

visava, parcial mente, mostrar a sua devoçãopara com a cultura grega, e dessa forma rece-ber uma medida de gratidão que raramentelhe era estendida pelos seus próprios súditos,e parcialmente para ajudar os judeus na Dis-persão. As cidades pagâs eram menos relu-tantes em permitir que os judeus do seu meioenviassem grandes somas de dinheiro para oTemplo em Jerusalém quando elas recebiamas doações do rei dos juaeus. Herodes governava os seus súditos com mãode ferro. Josefo relata que ocasional menteele se vestia como um cidadão comum e semisturava com a multidão para descobrir oque estava sendo dito a seu respeito. Qual-quer conspiração encontrava uma retribui-ção rápida. Por outro lado, em um ano deameaçadora escassez de alimentos, o rei, comgrande sacrifício pessoal, trouxe cereais doEgito e salvou a vida de muitos do seu povo,Josefo resume os dois aspectos do seu reina-do dizendo: “Ele mantinha os seus súditossubmissos de duas maneiras; pelo medo, por-que era inexorável na punição, e ao mostrar-se generoso em sua preocupação por elesquando surgia alguma crise . A glória exterior do reinado de Herodes eracontrabalançada por problemas domésticosue continuavam a atormentá-lo. Salomé,epois de ter deposto Mariane, agora trama-va contra os seus dois filhos, Aristóbulo e Ale-xandre, afirmando a Herodes que eles esta-vam conspirando contra ele. Para contraba-lançar a suposta influência deles, o rei con-duziu Antipas, seu filho com a sua primeiraesposa Dóris, a uma posição de favoritismoe proeminência, A perversidade crescia emambos os lados. Herodes acusou os dois fi-lhos de Mariane na presença de Augusto. Areconciliação foi apenas temporária. Ao fi-nal, os dois jovens foram executados. O res-sentimento popular pelo tratamento deHerodes aos seus filhos tornou a sua vidamiserável e a sua posição mais insegura doque antes. Durante a última década de sua vida, Hero-des tornou-se crescentemente irritável emuito difícil de lidar. Augusto afastou-sedele, o que o atingiu em vários aspectos. Ape-sar de todos os seus esforços, ele continuavaincapaz de obter o apoio dos fariseus. Acimade tudo, a sua situação doméstica havia pio-rado consideravelmente. Herodes tinha umtotal de dez esposas. Salomé, sua irmã, erauma conspiradora inveterada que mantinhaa água fervendo, pensando que o fazia embenefício dos interesses de Herodes. Antipasestava ocupado no mesmo jogo, e pensandonos seus próprios interesses. Este plano deAntipas era tolo, uma vez que ele estava in-dicado, no testamento de Herodes, como seusucessor, e simplesmente se sentia muitoimpaciente pelo fato de o velho rei estar du-rando tanto. Um dos últimos atos de Hero-des foi ordenar a execução de Antipas, modi-

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ficando seu testamento em favor de outrofilho, Arquelau. O massacre das crianças de Belém (Mt 2.16},já próximo ao final do seu reinado, está rigo-rosamente de acordo com dois fatos: sua sedede sangue, que é comprovada por inúmerosepisódios, e seu medo de possíveis aspirantesao seu trono. Sua condição mental e físicanesses últimos dias da sua vida tornou-o, pra-ticamente, um louco. Prova disso foi a possi-bilidade de outro ato do velho rei, então pró-ximo dos 70 anos. Ele convocou os líderes danação, os anciãos de várias comunidades, paraque o encontrassem em Jerico; então ele ostrancou no hipódromo, dando ordens para quefossem mortos quando ele próprio morresse,pois assim havería um lamento geral por oca-sião de sua própria morte. Este maldoso de-creto de um homem amargo e desapontadofelizmente não se concretizou. Um procurador romano ligado à Síria, cha-mado Sabino, foi a Jerusalém e tentou obtero controle dos registros e propriedades deHerodes, querendo com isso alcançar algumganho pessoal. Ele conseguiu inflamar a po-pulação, aumentada pela multidão que tinnavindo para a Pesta de Pentecostes. As tro-pas de Sabino, encontrando-se em grave pe-rigo, atearam fogo aos pórticos do Temploonde muitos judeus tinham se posicionadopara o combate. Varus, o governador da Síria,respondendo ao pedido de ajuda de Sabino,marchou sobre a Judéia e encontrou a re-gião em terrível desordem. Depois de subju-gar as revoltas e crucificar dois mil judeus,ele partiu, deixando após si uma mágoa ain-da maior contra Roma. Augusto tinha que tomar uma decisão difí-cil. Além de atender às queixas dos reivin-dicadores, ele tinha que considerar o pedi-do feito por 50 homens que tinham vindoda Judéia, apoiados por outros 8.000 na pró-pria Roma, de que a lei de Herodes fosseabandonada, e diretamente substituída pelalei de Roma. Sem dúvida, ele desejava hon-rar os desejos de Herodes, mas sentia queArquelau era jovem e não tinha habilida-des de liderança. Torná-lo rei só promove-ría a insatisfação e os atritos com os outrosirmãos. Final mente, o veredicto foi que Ar-quelau podería ter a Judéia, Samaria eIduméia, com o título de etnarca, e poderíater o título de rei no devido tempo, se fossedigno. AAntipas foram dadas a Galiléia e aPeréia, Um terceiro irmão, Filipe, que ti-nha seguido os irmãos até Roma, recebeuBatanéia, TVaconites, Auranites e algunsterritórios adicionais. Arquelau recebeu a região mais rica, com umtributo anual equivalente a duas vezes asoma das rendas dos dois irmãos. Mas eleprovou não estar à altura das suas atribui-ções, e cometeu alguns erros que lhe custa-ram caro. Para começar, desafiando a lei dosjudeus, ele se casou com Glafira, que tinha

sido esposa do seu meio-irmão Alexandre, eque tinha tido muitos filhos com ele. Issoofendeu profundamente os judeus. Por voltado ano 6 d.C., os seus súditos já não o supor-tavam mais, e o acusaram perante César decrueldade e de tirania. Como os samarita-nos juntaram-se aos judeus nessa acusação,é provável que as acusações tivessem íun-damento. Irado, César o enviou ao exílio naGália. A Judéia foi colocada sob a lei roma-na, governada por um procurador, e este ar-ranjo perdurou a partir de então, exceto du-rante um período de três anos em queHerodes Agripa I (q.v. ) tornou-se rei dos ju-deus, nomeado por um imperador posterior.

Herodes AntipasHerodes AntipasHerodes AntipasHerodes Antipas Este homem, que tem sido considerado comoo menos cativante dos Herodes, era o filhomais jovem de Herodes o Grande e Maltace.Ele é mencionado diversas vezes nos Evan-gelhos. Os ministérios de João Batista e doSenhor Jesus ocorreram durante seu mandatocomo tetvarca da Galiléia e da Peréia (Lc 3.1).Originalmente, Antipas fez de Seforis, en-tre Nazaré e Caná, a sua capitai, porém maistarde construiu para esse propósito Tibería-des, junto ao mar da Galiléia, dando-lhe essenome em homenagem ao imperador Tibério,que havia sucedido Augusto. Em uma visita a Roma, Antipas apaixonou-se pela esposa do seu meio-irmão HerodesFilipe, e em pouco tempo casou-se com ela(Mc 6.17). Ela insistiu para que ele se divor-ciasse da sua esposa anterior, a filha do reide Petra. Quando a esposa soube das inten-ções de Antipas, ela retomou à casa de seupai. Veja Filipe 2. Não apenas os judeus estavam de modo ge-ral irritados pelo comportamento de Antipas,mas também João Batista, em particular,teve a coragem de acusá-lo do pecado. Joãopodería ter ficado no território da Judéia eSamaria e ter atacado Antipas a longa dis-tância, sem medo de represálias, mas ele ou-sou fazer suas acusações muito próximo, epor isso foi aprisionado (Mt 14; Mc 6). O Senhor Jesus também não tinha medo des-se Herodes, e por isso, quando o tetrarca es-palhou a notícia, por meio dos canais dosfariseus, de que ele estava inclinado a matá-lo, o Senhor se recusou a ficar amedrontado edeu prosseguimento à sua obra. Ao chamarAntipas de raposa (Lc 13.31,32), o Senhor Je-sus estava sem dúvida se referindo às táticasardilosas do governante. Depois de ter lidadoduramente com João Batista, ele não teve co-ragem de lidar da mesma forma com Jesus, eesperava amedrontá-lo com ameaças.Antipas não tinha boas relações com Pilatos,Dentre outras coisas, Pilatos tinha assas-sinado alguns dos seus súditos quando elesofereciam sacrifícios no Templo (Lc 13.1).Mas a condescendência de Pilatos, ao enviar-lhe Jesus em um intervalo no julgamento,

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deixou-o tão satisfeito que a sua disputa comPilatos acabou (Lc 23.12). Então, surdo à voz da consciência, esse go-vernante iria em breve começar a pagar porseus crimes. Seus exércitos encontraram der-rota retumbante pelas mãos dos árabes, eseus súditos rapidamente atribuíram esseacontecimento à retribuição divina a sua si-tuação marital irregular e ao assassinato deJoão Batista. Finalmente, incentivado por suaesposa Herodias a ir solicitar ao imperador otítulo de rei, que havia sido conferido a Agripaao norte e ao leste dos seus domínios, Antipaspediu esse favor a Calígula, o novo impera-dor. Ele foi mal acolhido e banido para a Gália,onde viveu até o final de seus dias.

Herodes FilipeHerodes FilipeHerodes FilipeHerodes Filipe Não devendo ser confundido com o HerodesFilipe cuja esposa foi tomada por Antipas,este Herodes permaneceu solteiro durantea maior parte da sua vida. Os seus domíni-os, cujos territórios já foram mencionados,estão parcialmente indicados em Lucas 3.1.Pouco se sabe sobre seu reinado, além de tertido características satisfatórias. Andandoentre o povo, e possibilitando ajustiça a este,ele ganhou a sua admiração. Posteriormen-te, ele tomou como sua esposa Salomé, a fi-lha de Herodias, que dançou para Antipas ea sua corte. Um dos memoriais do seu reinoé Cesaréia de Filipe, construída e nomeadaem honra a César, a cujo nome o seu próprioestá associado. Veja Filipe 1. A morte chegou com uma doença que podeter sido câncer nos intestinos. Seu funeralfoi um acontecimento de grande magnificên-cia do estado. O esquife foi levado para a for-taleza em Herodium, para o sepultamento.Com a sua grande fortuna ele tinha deixadoum generoso presente para o imperador eoutro para a sua esposa, e quantias meno-res para os seus próprios parentes.Avaliação de Herodes. No conjunto, essegovernante deve receber o crédito pela rea-lização de um reinado aparentemente prós-pero e relativamente pacífico. Como admi-nistrador, ele possuía visão e iniciativa, eraramente cometia um erro de julgamento.Ele procurou manter os direitos dos nâo-ju-deus nos seus domínios, e também melhoraras condições dos seus súditos judeus. A sua personalidade faz dele um tema fasci-nante para estudos psicológicos. Ele podia sergeneroso diante de um erro, mas também ter-rivelmente cruel. Ele podia ser calmo em umacrise, mas também se mostrar completamen-te desequilibrado quando os sentimentos dedepressão ou de ira tomavam conta dele. Ele teve pouca educação formal, mas erahumilde o suficiente para aprender aos pésdo seu professor e diplomata da corte,Nícolau de Damasco, que tinha uma grandeadmiração por Herodes e tinha sido um bomservidor em diversas ocasiões.

A história de Herodes dá um testemunho dasua capacidade de amizade. O seu círculo in-cluía algumas das pessoas mais capazes e agra-dáveis da época, e a sua lealdade para comelas é uma aas suas melhores qualidades.Mas a sua sensualidade e seu comportamen-to mundano causaram a sua ruína. Da pri-meira ele obteve o castigo merecido dos ciú-mes, animosidades e mortes que assombra-ram os seus últimos dias. Do segundo lhe veioseu fracasso em entender o significado maisprofundo da fé religiosa à qual ele nominal-mente havia se filiado. Em um de seus escritos, Josefo o chama de“o grande", mas aparentemente somente emum sentido relativo, como superior em capa-cidade e realizações aos outros membros desua família, que reinaram depois dele.

Herodes Arquelau Este filho de Herodes o Grande e Maltace,uma samaritana, é mencionado apenas umavez no texto bíblico, e em conexão com suaascensão ao poder sobre a Judéia, como eon-seqüêneia da morte de seu pai (Mt 2.22).Ele recebeu o nome do rei da Capadóeia, comcuja filha casou-se Alexandre, o filho deHerodes e Mariane. Herodes fez um total de quatro testamen-tos, e no último, redigido pouco tempo antesde sua morte, ele indicou como seu sucessorArquelau, que na ocasião estava no final daadolescência. Quando o testamento foi fidopara os exércitos e para o povo da cidade deJericó, onde Herodes morreu, eles aclama-ram Arquelau como rei, embora tivessemsido advertidos de que o testamento deveriaser ratificado por César antes que pudesseser efetivado. Na realidade, os temos do tes-tamento não atribuíam a totalidade do rei-no de Herodes a Arquelau, mas somente aJudéia e Samaria. Galiléia e Peréia foramdesignadas a Antipas, o irmão de sangue deArquelau, e o restante do reino, que envol-via os territórios ao norte e a leste do marda Galiléia, deveria ser entregue a Filipe,seu meio-irmão. Depois de sete dias de luto por seu pai, Ar-uelau deu um banquete aos seus súditos deerusalém, depois colocou um trono de ourosobre uma plataforma, do qual ele recebiaos aplausos dos seus súditos e falava-lhes ge-nerosamente, prometendo ser mais gentilcom eles do que seu pai. Sentindo que o reiera jovem e impressionável, o povo começoua pressioná-lo por benefícios, incluindo a di-minuição de impostos e a destituição de al-guns homens honrados por Herodes, especi-almente o sumo sacerdote. O povo começoua prantear aqueles cujas vidas haviam sidotiradas por Herodes quando derrubaramuma águia de ouro que ele havia erigido emuma área do Templo. Os mensageiros envia-dos por Arquelau foram incapazes dedispersá-los, e a multidão aumentava pela

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chegada dos peregrinos que vinham de to-das as partes para a festa da Páscoa. Paraevitar qualquer revolta, o jovem rei enviouexércitos para lidar com a situação. A multi-dão, enfurecida, atacou os soldados. Maistropas foram convocadas, incluindo a cava-laria. Aproximadamente três mil pessoasforam mortas antes do final da luta. Pouco tempo depois, Arquelau partiu paraRoma a fim de pedir a aprovação de Augustocom respeito ao arranjo feito por Herodes.Seu irmão Antipas, da mesma forma, fez aviagem com o intuito de contestar o testa-mento com base no fato de que o testamentoanterior, feito quando Herodes estava lúci-do, lhe dava a sucessão. César protelou a suatomada de decisão, e, nesse ínterim, os acon-tecimentos na Judeia influenciaram o vere-dicto final,

Herodes Agripa IHerodes Agripa IHerodes Agripa IHerodes Agripa I Neto de Herodes o Grande, e filho de Aristó-bulo, este governador recebeu seu nome emhonra a Agripa, o hábil ministro de Augusto.Passou os seus primeiros anos em Roma, ondetinha ligações com a família real, A ambiçãopelo poder político foi reprimida pela sua fal-ta de compromissos, e frustrada pelas dificul-dades financeiras. Depois de ocupar posiçõesmenos importantes uo leste durante algumtempo, ele retornou a Roma, onde cultivava aamizade com Gaio (Calígula). Uma observa-ção descuidada ao seu amigo Gaio, dizendoque esperava que este se tomasse em breve oimperador, foi reportada a Tibério, que rapi-damente o enviou à prisão. Após a morte de Tibério e a ascensão de Gaio,Agripa recebeu a tetrarquia de Filipe, quemorreu em 34 d.C., e obteve a permissão deostentar o título de rei. Quando Antipas foideposto, Agripa assumiu também seu terri-tório. No ano seguinte (41 d.C.), Gaio foi as-sassinado e sucedido por Cláudio. O novoimperador, grato pela qjuda prestada porAgripa, adicionou a Judéia e Samaria aodomínio de seu amigo, de modo que agoraele era o rei dos judeus como havia sidoHerodes anteriormente. Aparentando ser fervorosamente comprome-tido com a lei e os costumes judaicos, Agripaganhou a confiança dos judeus. Ele arriscoua sua posição quando insistiu para que Gaiodesistisse de seu plano de colocar uma está-tua sua em Jerusalém, e exigir honras divi-nas. A sua perseguição à igreja primitiva e asua morte prematura pouco tempo depois,em 44 a.C., em Cesaréia, são mencionadasem Atos 12,

Herodes Agripa IIHerodes Agripa IIHerodes Agripa IIHerodes Agripa II Na ocasião da morte de seu pai, este seu fi-lho era jovem demais, na opinião de Cláu-dio, para que a ele fosse confiado o reinado,de modo que uma vez mais se impôs aos ju-deus um governador romano.

Alguns anos mais tarde, Herodes foi o su-cessor do trono do reino de Cálcis, no Líba-no, que havia sido anteriormente governa-do por um representante do rei. Aproxima-damente nessa época, Cláudio lhe concedeuo direito de indicar o sumo sacerdote e asupervisão do Templo e dos seus fundos, demodo que ele acabou envolvendo-se nos as-suntos judaicos. O seu movimento seguintefez com que ele passasse a estar mais pró-ximo da Terra Prometida, pois herdou gran-de parte do domínio antiga mente regido porFilipe. Posterior mente, Nero lhe adicionouuma parte do território próximo ao maT deGaliléia, e uma parte ao sul da Peréia. As-sim como seu pai, ele foi chamado de rei.Foi na sua presença que Paulo fez a suadefesa (At 26). Como no caso dos demais Herodes, ele procu-rou amizades em cidades gregas pagâs e aomesmo tempo manteve os rituais do judaís-mo. Ele é reconhecido por ter advogado a cau-sa dos judeus de Alexandria que estavam so-frendo perseguições nesse período. Ele se esforçou particularmente para destruira crescente maré de nacionalismo entre osjudeus da Palestina, e para dissuadi-los deatos de violência e de insubordinação contraRoma, mesmo quando provocados por oficiaisromanos indignos. Não obteve sucesso nessaempreitada, e quando a guerra começou, osseus exércitos lutaram ao lado dos romanoscontra os judeus. Josefo afirma que Agripalhe enviou mais de 60 cartas com informa-ções sobre a sua participação no conflito, au-xiliando, desta forma, o relato de Josefo con-tido na obra The Jewish Wars. Pouco se sabesobre os últimos anos da vida de Agripa, masele provavelmente viveu até o final do primei-ro século da era cristã. Com a sua morte, adinastia de Herodes chegou ao fim.

Princesas da Casa de HerodesPrincesas da Casa de HerodesPrincesas da Casa de HerodesPrincesas da Casa de Herodes São três as princesas cujos nomes pontilhamos registros sagrados - Herodias, Berenice eDrusila - e a reputação delas não é invejável.Herodias era filha de Aristóbulo, filho deHerodes o Grande com Mariane. A sua mãefoi Berenice, a filha de Salomé, irmã deHerodes. Depois de algum tempo casada comHerodes Filipe, Herodias o abandonou parase casar com Antipas. Seu ódio por João Ba-tista levou o profeta à morte (Mt 14.3-11) eà deterioração da personalidade de Antipas.Veja Herodias. Berenice era filha de Herodes Agripa I. Pri-meiramente casou-se com um oficial judeu emAlexandria de nome Marco, mais tarde comHerodes de Cálcis, e finalmente foi viver comseu irmão Herodes Agripa II. Fortes rumoresde sua relação incestuosa com ele vieram apúblico. Para acalmar esses rumores, ela ca-sou-se com um certo Polemón, rei de Cilícia,mas voltou ao seu irmão depois de pouco tem-po. No relato de Lucas sobre a audiência de

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Paulo perante Àaripa (At 25-26), Bereniceaparece acompanhando-o. Veja Berenice.Drusila, irmã de sangue de Berenice e AgripaII (q.v.), estava comprometida em casamen-to com Epifanio de Commagene, mas o acor-do foi desfeito quando o príncipe recusou-sea ser circuneidado. Azizo, rei de Emesa, es-tava disposto a converter-se ao judaísmopara obter a sua mão, mas o casamento nãodurou muito, porque Félix, o notório procu-rador que esperava ser subornado por Pau-lo, induziu-a a abandonar seu esposo e ca-sar-se com ele. Sua presença com Félix émencionada em Atos 24.24. Veja Drusila,

Bibliografia. Félix Maríe Abel, Histoire dela Palestine depuis la conquête d’Alexandrejusqu’à rinvasion arabe, Paris: Gabalda,1952, I, 287-503. F. F. Bruce, “HerodAntipas, Tetrarch of Galilee and Peraea”,ALUOS. V (1963-65), 6-23. A. H. M. Jones,The Herods of Judaea, Oxford: ClarendonPress, 1938. Flavius Josephus, JewishAntiquities; The Jewish War. StewartPerowne, The Life and Times of Herod theGreat, Londres: Hodder, 1956; The LaterHerods, Londres: Hodder, 1958. E. Sehürer,A History of the Jewish People in the Time ofJesus Christ, trad. por John Macpherson, 2a

edição revisada, 5 volumes, Nova York:Scribner’s, 1891.

E. F. Har.

HERODIANOS Os herodianos são men-cionados em três passagens dos Evangelhos,com relação a dois incidentes: o primeiro naGaliléia (Mc 3.6); e o segundo, em Jerusa-lém (Mc 12.13; Mt 22.16), onde eles são as-sociados aos fariseus em sua oposição aoSenhor Jesus. Além de uma referência emJosefo (íYors, i.16.6, koí Herodeio\ cf. Ant.xiv.15.10, “os do partido de Herodes”), elesnão são mencionados em nenhuma outra fon-te antiga, prova de que não representavamnenhuma seita religiosa nem um grupo polí-tico organizado. A palavra é de formação latina (Herodiani),indicando partidários de Herodes, e descreveuma atitude comum de lealdade a Herodesem ura país onde grande número de pessoasirritava-se ou impacientava-se sob seu gover-no. Em Josefo, o termo denota claramenteaqueles que eram simpatizantes à sua cau-

sa, e que a apoiavam. É razoável entender otermo nos Evangelhos sob a mesma luz. Asnarrativas que mencionam os herodianospressupõem cjue eles eram homens influen-tes que apoiavam lealmente a HerodesAntipas. De sua pergunta com respeito aodinheiro dos tributos (Mt 22.17), fica claro queeles também eram leais ao governo romanodo qual dependia a dinastia de Herodes.

W. L. L.

HERODIÃO Um cristão a quem Paulo en-viou saudações. Paulo chamou-o de “meu pa-rente”, o que provavelmente significa que eleera um judeu, apesar de seu nome (Rm16.11).

HERODIAS FilhadeAristóbuloeBerenice.Primeiramente, casada com Herodes Filipe,um cidadão que não era um homem público,filho de Herodes o Grande e Mariane II (quenão deve ser confundido com Filipe, otetrarca da Ituréia de Lucas 3.1, que era fi-lho de Herodes o Grande com Cleópatra deJerusalém). Ela o abandonou para se casarcom seu meio-irmão Herodes Antipas. Foi porcausa desse casamento que João Batista re-preendeu Herodes Antipas e foi aprisionado(Mt 14.3; Mc 6.17; Lc 3.19ss.). Por fim, Joãofoi decapitado a pedido de Salomé, a filha deHerodias (Mt 14.8; Mc 6.24) com seu primei-ro marido. Veja Herodes.

HESBOM Construída sobre duas pequenascolinas na Transjordânia, contemplando ovale do baixo Jordão, Hesbom foi a capitalde Seom, rei dos amorreus, que a tinha cap-turado dos moabitas (Nm 21.25-30). Toma-da de Seom pelos israelitas depois que esserei não permitiu que eles passassem pelassuas terras (Nm 21.23,24), Hesbom estavaentre as cidades reconstruídas e povoadaspelos rubenitas e gaditas (Nm 32.37; Js13.17,26). Ela foi uma das cidades designa-das aos levitas (Js 21.39). Hesbom foi recapturada por Mesa, de Moabe,e mantida pelos moabitas na época de Isaíase Jeremias (Is 15.4; 16.8,9; Jr 48.2,34). Apa-rentemente, caiu nas mãos dos amonitasdurante os tempos de Jeremias (Jr 49.3). Fezparte do reinado nabateu durante o períodohelênico, mas foi posteriormente reconquis-tada por Alexandre Janeu; tornou-se uma

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HESBOMHESBOMHESBOMHESBOM

Teshub, o deus heteu do clima

cidade de munições na Transjordânia na épo- ca de Herodes o Grande (Josefo, Ant. xiií.15.4; xv.8.5). E conhecida hoje como Hesban, e está localizada 27 quilômetros a sudeste de Amã. As escavações tiveram início em 1968 em Hesban, conduzidas pelo Dr. Siegfried Horn. Ruínas de uma igreja bizantina foram des- cobertas, assim como muita cerâmica das épocas romana e helênica. Outra porção de cerâmica foi encontrada representando to- das as épocas em que Hesbom é menciona- da no Antigo Testamento (Final do Bronze I, até Ferro III).

Bibliografia, Yohanan Aharom, The Land

HETEUS, FILHOS DE HETF ou H1T1TASHETEUS, FILHOS DE HETF ou H1T1TASHETEUS, FILHOS DE HETF ou H1T1TASHETEUS, FILHOS DE HETF ou H1T1TAS

of the Bible, traduzido por A, F. Rainey, Fila-délfia: Wetsminster Press, 1967, pp. 187-191.Siegfried H. Horn, “The 1968 HeshbonExpedition”, BA, XXXII (Maio 1969), 25-41.

F. B. H.

HESEDE Pai de Ben-Hesede (“filho de Hesede”), um dos 12 oficiais comissionados or Salomão, encarregados de um distrito de udá (1 Rs 4.10).

HESMOM Uma cidade no extremo sul deJudá, perto de Berseba (Js 15.27). Sua loca-lização exata é desconhecida.

HETE1 A oitava letra do alfabeto hebraico.Veja Alfabeto. Esta letra é usada na ARCcomo cabeçalho da oitava seção do Salmo119, onde cada verso começa com essa letra.

HETE4 Um descendente de Canaâ (Gn10.15; 1 Cr 1.13). Seus descendentes sáoidentificados como heteus em várias versões(Gn 23.3,5,7,10; 27.46; 49.32).

HETEUS, FILHOS DE HETE ouHITITAS O termo heteu tem um duplo usono Antigo Testamento. Ele geralmente de-signa um grupo étnico relativamente semimportância que morava na Palestina desdeos dias dos patriarcas (Gn 15.19-21). Estaspessoas, chamadas de “filhos de Hete”, fo-ram descendentes de Cam, filho de Noé, di-retamente por Canaâ (Gn 10.15; 1 Cr 1.13),e estavam estabelecidos nas montanhas cen-trais da Palestina (Nm 13.29; Js 11.3). Em poucos casos, entretanto, o termo heteué usado no Antigo Testamento para desig-nar intrusos, povos não semitas que viviamao norte e eram respeitados e temidos comopoderosos (1 Rs 11.1; 2 Rs 7.6,7; 2 Cr 1.17).Estes foram os heteus, famosos por sua fon-te histórica extrabíblica. Embora se tenhasugerido que o pequeno enciave de heteusna Palestina central fosse parte dos heteusdo norte que migraram para o sul no segun-do milênio a.C., não há necessariamente umaconexão entre os dois grupos, exceto por umacoincidente similaridade do nome. Os hetens indo-europeus que chegaram naAnatélia e no Oriente Médio per volta de2000 a.C. das estepes do interior da Ásiareceberam seu nome mais ou menos por aci-dente, em virtude do fato de que eles estabe-leceram-se em território previamente defen-dido por um antigo grupo não indo-europeuchamado povo de Hatti (ou hititas). Nesteartigo, a partir daqui, os três grupos serãochamados de “filhos de Hete , “heteus” e“hititas” (povo de Hatti), respectiva mente,para evitar confusão. [Os utensílios Khirbet Kerah vermelhos epretos intensamente brilhantes na Palesti-na sâo praticamente idênticos à cerâmica daAnatóiia Centrai e da terra natal Kurgan na

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HETEUS, FILHOS DE HETE ou HITITASHETEUS, FILHOS DE HETE ou HITITASHETEUS, FILHOS DE HETE ou HITITASHETEUS, FILHOS DE HETE ou HITITAS HETEUS, FILHOS DE HETE ou HtTITASHETEUS, FILHOS DE HETE ou HtTITASHETEUS, FILHOS DE HETE ou HtTITASHETEUS, FILHOS DE HETE ou HtTITAS

Entrada do grande templo da cidade baixa,

Boghazkoy. HFV

Transcaucásia, no terceiro milênio a.C. Isto sugeriría uma incursão ou migração dos hititas na Palestina no século }OÜII a.C. - Ed. Veja BASOR # 189 (1968), pp. 2Sss.) Não há como saber quanto tempo os hititas viveram na Anatólia Central antes da che- gada dos heteus em aprox. 2000 a.C. Embo- ra os heteus tenham conseguido a suprema- cia territorial e política na Anatólia Central, ao redor do rio Halys, em parte por força das armas, não houve uma conquista organiza- da de terra como na conquista da Palestina por parte de Israel. Os hititas, depois de for- mar um grupo minoritário dentro da socie- dade dos heteus, foram muito influentes em questões religiosas. Embora seja possível que um rei anterior, Anitta de Kussar, que conquistou 5 cidades rivais e mudou a sua capital para Nesa (Kanesh), de certa maneira tenha sido asso-

ciado aos últimos reis heteus. O Antigo Rei-no Heteu propriamente dito foi datado (cro-nologia de S. Smith) entre 1680 e 1460 a.C.Hattusili I (1650-1620 a.C.) invadiu e der-rotou Alalakh, Urshu e Alepo, no norte daSíria. Mursilis I (1620-1590 a.C.) conduziuo exército heteu ao longo do Eufrates paraconquistar Alepo, destruir Mari, e invadir esaquear a Babilônia, dessa maneira colocan-do um fim à dinastia babilônica fundada porHamurabi. Após Mursilis, o poder dos heteusdeclinou. É possível que a primeira revisãodas leis dos heteus date da época do reino deTelipinus (1525-1500 a.C,). O restabelecimento do poder dos heteus co-meçou com Tudhaliya II (1460-1440 a.C.),que em cooperação com Tutmósis III do Egi-to destruiu Alepo (em aprox. 1457 a.C.).Durante os anos que se seguiram, entretan-to, o reino hurriano de Mitani estabeleceu-se no norte da Síria, restringindo os heteusàs terras montanhosas na Anatólia Central.O maior e mais famoso dos reis heteus foiSupiluliuma (1380-1340 a.C.), que reduziuo reino de Mitani a um estado vassalo e con-trolou o sul da Síria na região do Líbano.Supiluliuma preparou um sólido alicercepara a administração dos estados vassalosda Síria, ligando cada um deles a si próprionos tratados de suserania, a forma literáriaà qual se assemelha intimamente a aliançaque Deus deu a Israel no monte Sinai (cf.George Mendenhall, Law and Cooenant ínIsrael and the Ancient Near East). Durante o reinado de Muwatalli (1306-1282a.C.), Ramsés II do Egito juntou-se à batalhacom os exércitos aliados dos heteus em Cades,no Orontes. Ambos os lados reivindicaram a

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HETEUS, FILHOS DE HETE ou H1T1THETEUS, FILHOS DE HETE ou H1T1THETEUS, FILHOS DE HETE ou H1T1THETEUS, FILHOS DE HETE ou H1T1TASASASAS HEVEUSHEVEUSHEVEUSHEVEUS

vitória em seus anais, mas Muwataíli mante-ve a Síria e adicionou Abina (Hobá) ã sua pos-sessão. Mais tarde, Ramsés aliou-se por meiode um tratado com Hattusili III (1275-1250a.C.) eontra a ameaça mútua representadapelo novo estado assírio. , O Império He teu, centrado na Ásia Menor,chegou a um fim quando as tribos bárbarasda Trácia eliminaram-no das terras do oes-te, e em aproximadamente 1200 a.C. destru-íram a cidade principal de Hattusas (emBoghazkõy, a aprox. 120 quilômetros a lestede Ancara, na Turquia). Povos litorâneos dooeste e do sul talvez também tenham parti-cipado do colapso dos heteus. A designação política “Hatti” continuou pormeio de um pequeno grupo das cidades so-beranas do norte da Síria, entre as quaisestavam Carquemis, Alepo e Hamate, Osheteus originários destas cidades podem terservido no exército de Davi (1 Sm 26.6; 2Sm 11.3), embora estes possam ter sido fi-lhos de Hete, uma vez que Aimeleque é evi-dentemente um nome semítico, e Urias podeser também semítico ou hurriano. Os pró-prios nomes semíticos, entretanto, não pre-cisam excluir uma origem dos sírios ou dosheteus, uma vez que os heteus da Síria aco-modaram-se, desde então, à predominantecultura aramaica. Quando Ezequiel acusou a devassa Jerusa-lém de ser descendente de um pai amorreu ede uma mãe hetéia (Ez 16.3), ele tinha emmente os filhos de Hete, e não o grande im-pério na Ásia Menor. Efrom, o heteu deGênesis 23, também pode ter sido um dosfilhos de Hete, embora alguns tenham de-tectado traços do procedimento heteu natransação imobiliária entre Efrom e Abraão(Lehmann, BASOR # 129, pp, 15-18; Tucker,JBL, LXXXV, 77-84). O idioma dos heteus foi uma língua indo-européia associada ao antigo grego, latim esânscrito. Outros grupos na Ánatólia rela-cionados aos heteus falavam dialetos asso-ciados ao idioma dos heteus, chamados lúvioe palaico, O idioma dos “hititas” (povo deHatti) não foi nem semítico nem indo-euro-peu. As leis dos heteus, inscritas em placasde barro em escrita euneiforme, são muitosimilares em forma e conteúdo aos códigosde leis contemporâneos da Mesopotâmia(ANET, pp. 188-197). Mas, diferentes da leisemítica, com sua característica ênfase nolex talionis, estas leis destacam a compen-sação pelo dano, indubitavelmente um res-quício da antiga instituição indo-européiawergeld. Os heteus possuíam duas vantagens milita-res distintas sobre os seus adversários. Elesforam os primeiros a fundir o ferro em largaescala no Oriente Próximo, o que lhes deuarmas de qualidade superior. Também esta-vam na vanguarda daqueles que transforma-ram em ciência a eriação/procriação e o trei-

namento dos cavalos dos carros de batalha.Entre os registros em tábuas de argila dosarquivos heteus, foi encontrada uma exten-sa série de tábuas onde estavam descritosos procedimentos do treinamento de cavalosdos carros de batalha. O autor desses textosfoi um hurriano chamado Kikkuli. Salomãomais tarde importou da Cilíeia (Kue) cava-los de excelente qualidade para os seus car-ros de batalha (1 Rs 10.28,29). Veja Arqueologia; Boghazkóy.

Bibliografia. Kurt Bittel, “Boghazkóy. TheExcavationsof 1967 and 1968,” Arohaeology,XXII (1969), 276-279. O. R. Gurney,“Boghazkóy”, TAOT, pp. 105-116. Harry À.Hoffner, “Hittites”, BW, pp. 290-294, comexcelente bibliografia; “Some Contributionsof Hittitology to Old Testament Study”,Tyndale Bulíetin, XX (1969), 27-55. ManfredR, Lehmann, “AbrahanTs Purchase ofMachpelah and Hittite Law”, BASOR # 129(1953), pp. 15-18. Gene M. Tucker, “The Le-gal Background of Genesis 23”, JBL, LXXXV(1966), 77-84.

H. A. Hof.

HETLOM Um lugar mencionado porEzequiel como situado na futura fronteiranorte de Israel (Ez 47.15; 48.1). Não se co-nhece sua localização exata; é possivelmen-te a moderna Heitelâ, a nordeste de Trípoli,na costa do Líbano, O “caminho de Hetlom”pode designar a rota através do vale ao nor-te da cadeia de montanhas do Líbano emdireção a Cades, no Orontes. Hetlom se as-semelha ao monte Hor de Números 34.7, umpico ao norte do Líbano (Y. Aharoni, TheLand of the Bible, p. 67, n° 34).

HEVEUS Incluídos entre os descendentesde Canaã (Gn 10.17; 1 Cr 1.15), os heveusformavam um dos grupos étnicos que viviamem Canaã antes do estabelecimento dos is-raelitas (Ex 3.8; Dt 7.1; Js 3.10). As cidadese os assentamentos dos heveus são conhe-cidos por terem se situado nas adjacênciasde Tiro e Sidom (2 Sm 24.7), nas montanhasdo Líbano (Jz 3.3), na cordilheira de Her-mom e no vale na direção de Hamate (Js11.3), na Palestina central em torno deSiquém (Gn 34.2) e em Gibeâo ao norte deJerusalém (Js 9.7; 11.19). Salomão recru-tou os heveus para seus projetos de cons-trução (1 Rs 9,20; 2 Cr 8.7). Uma vez que em hebraieo a grafia das pala-vras ‘‘heveus” (hiwwi) e “horeus” (horri) di-ferem pouco (as letras w e r são grafadas demaneira similar em hebraico), muitos estu-diosos assumem que se tratava do mesmopovo, e assim igualam os heveus com oshoreus, A confusão das duas grafias no cursoda transmissão textual é evidente desde oróprio texto hebraico massorético, já queibeão é chamado de “beveu” em Gênesis 36.2

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HEVEUS H1DA1

e de “horeu" em Gênesis 36.20. A LXX traz otermo “horeu”, enquanto o Texto Massoréti-co apresenta o termo “heveu” em Gênesis 34.2e Josué 9.7. Além disso, os humanos (os“horeus” bíblicos) são conhecidos por teremse estabelecido na Palestina justamente nasáreas onde os heveus bíblicos estavam locali-zados, Nomes pessoais hurrianos são encon-trados na Palestina central, no Líbano e naSíria. O príncipe de Jerusalém, por volta dametade do século XIV a.C., conhecido a par-tir das cartas de Amarna, possuía o nomehurriano de Abdi-Hepa. Na época de Davi, um príncipe jebuseu daregião de Jerusalém tinha o nome (ou títu-lo) de Araúna (2 Sm 24.16; uma variante dotermo Ornãem 1 Cr 21.18), que em hurrianosignifica “o senhor”. As variações textuais de2 Samuel 24 no texto consonantal do TextoMassorético, 'ivrnh (v. 16) e ’rwnh (w. 20-24), pareceram refletir diferenças de diale-tos, já que o termo “senhor” era pronunciadoiwri em alguns dialetos hurrianos e irwi emoutros. Entretanto, uma vez que o termoequivalente ao nome de Araúna é sempregrafado como 'wrn no idioma ugarítico, e aLXX sempre apresenta Orna (mesmo em 2Sm 24.20-24, correspondendo a ’wrnh no tex-to hebraico), é provável que no TextoMassorético’rwnh em 2 Samuel 24.20-24 sejaum erro transposicional para o antigo ’wrnh. 0 fato de Araúna - com seu nome ou títulohurriano - ser chamado de jebuseu (2 Sm24.16), associado ao fato de que nas listasdescritivas os heveus precedem imediata-mente os jebuseus (Êx 3.8; Dt 7,1 etc), temse constituído como uma evidência adicionalde que os heveus eram hurrianos (ou horeus).Veja Horeus.

H. A. Hof

HEZIOM Avô do rei sírio Ben-Hadade (q.v.1 Rs 15.18).

HEZT 1. Chefe do 17° turno de sacerdotes na épocade Davi (1 Cr 24.15). 2. Chefe da família que assinou a aliança naépoca de Neemias (Ne 10.20).

HEZRAI Um dos poderosos de Davi. Seunome eucontra-se apenas em 2 Samuel23.35, mas é provavelmente o mesmo queHezrom (q.v.).

HEZROM, HEZRONITAS 1. O terceiro filho de Rúben, o primogênitode Jacó (Gn 46.9; Êx 6,14; 1 Cr 5.3). Ele é oancestral dos hezronitas (Nm 26.6). 2. Filho de Perez e neto de Judá. Foi o an-cestral de Davi através de quem veio o Se-nhor Jesus (Gn 46.12; Nm 26.21; Rt 4.18,19;1 Cr 2.5,9,18, 21,24,25; 4.1). Em Mateus 1.3,ele é chamado em algumas versões de Esrom,e de Hezrom em outras.

3. Cidade na fronteira sul de Judá entre Ca-des-Barnéia e Adar. Também chamada deHazoríJs 15.3,25).

HICSOS Os hicsos foram os governantesestrangeiros do Egito que formaram a XV eXVI Dinastias no perfil histórico egípcio dosacerdote historiador Maneto, do século IIIa.C. Ele se referiu a eles como "reis pasto-res” e lhes atribuiu um governo de 511 anos.O nome “hicsos” é derivado do egípcio “go-vernantes estrangeiros”; cronologias atuaislhes atribuem apenas cerca de 150 anos dedominação no Egito (aprox, 1730-1570 a.C).Os hicsos estabeleceram a sua capital no Del-ta do Nilo, em Avaris (mais tarde Tanis; aZoã bíblica), Eles eram asiáticos que pensa-vam ter dominado a maior parte da área siro-palestina dnrante meados do período doBronze II (1850-1550 a.C.), e que seinfiltraram no Egito no final desse períodoganhando o controle do país sem fazer umaguerra. Os nomes de alguns dos reis hicsoscontêm elementos semitas, Este fator con-tribui para a opinião de que José, um escra-vo semita, foi elevado ao poder no Egito du-rante o período hicso, Josefo (Agaist Apíon,i.14, 16) até confunde os hicsos e os israeli-tas (FLAP, p. 95), Os hicsos tornaram-se bastante influencia-dos pelo Egito, mas também fizeram certascontribuições para a cultura egípcia. Elesdeixaram o conhecimento de como usar ocavalo e o carro na guerra, e introduziramnovos tipos de adagas e espadas, especial-mente o forte arco asiático composto. As re-lações dos hicsos foram amplas, pois objetoslevando o nome de um rei hicso foram en-contrados em lugares distantes como Cretae Mesopotâmia. Os locais ocupados por elesgeralmente mostram uma típica fortificaçãoretangular com uma rampa em declive, fei-ta de terra batida (ferre písée). Os governantes egípcios nativos da área deTebas, dirigida por Sekenenre, deram inícioà guerra de libertação contra os hicsos.Ahmose, seu filho, o fundador da XVIII Di-nastia, cercou Avaris e derrotou os hicsos,que fugiram para a Palestina. Por meio deperseguições, Ahmose terminou com êxitotrês campanhas contra eles em Sharuhen, aoeste de Berseba. Um século depois, as ex-pedições de Tutmósis III (1504-1450 a.C.)eram ainda atribuíveis em parte ao desejode esmagar ps hicsos. Veja Egito; Êxodo, O; José.

C. E. D.

HIDAI Um dos poderosos de Davi que nas-cera em algum local no deserto próximo aGaás (2 Sm 23.30). Ele é chamado Hurai napassagem correspondente em 1 Crônicas11.32 (q.v.). Uma variação ortográfica prova-velmente resultou de uma confusão entre r ed em hebraico, e entre a letra h sem qualquer

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HIDAtHIDAtHIDAtHIDAt H1MENEUH1MENEUH1MENEUH1MENEU

Hierápolis, aparecendo como uma cascata

congelada- James L. Boyer

acentuação e a letra h acentuada com umponto em sua base, que são letras muito se-melhantes no hebraico do período pos-exílico.

HTOÉQUEL Versão hebraica do nome acádioIdiqlat, o segundo maior rio da Mesopotâmia(Gn 2.14; Dn 10.4). O Idiqlat era chamadoDiqlat ou Diglat em aramaico, Tigra em persaantigo e Tigre (ç.u.) em grego.

HIDROPISIA Veja Doença, HIEL Um betelita (q.v.) que reconstruiuJerico nos dias de Acabe (1 Rs 16.34). En-tende-se que a maldição de Josué (Js 6.26)foi dirigida aos sacrifícios de seus filhos, tan-to do mais velho quanto do mais novo.

HIENA Veja Animais 11.20.

HIERÁPOLIS Cidade construída em umplatô elevado contemplando o vale do rio Licona parte oeste da província romana da Ásia,cerca de nove quilômetros ao norte deLaodieéia. Foi famosa por suas fontes de águasquentes, que a tomaram uma estância para otratamento da saúde, e pelo plutônio, uma fen-da nas rochas que emitia gases venenosos, sen-do supostamente o domínio de Leto, a deusafrigia da fertilidade. A igreja em Hierápolis foiprovavelmente fundada por convertidos dePaulo, e estava intimamente associada à igre-ja em Colossos (Cl 4,13). Há uma tradição ondeconsta que Filipe, o evangelista, e João, o após-tolo, visitaram esta cidade.

HIGAIOM Transliteração de um termo he-braico que aparece somente no Salmo 9.16,onde é uma nota musical ou instrução. Emalgumas versões, o termo é traduzido como“meditação” no Salmo 19.14, “som solene” noSalmo 92.3, e “imaginações” em Lamenta-ções 3.62.

HILEL O pai do juiz Abdom (Jz 12.13,15).

HILÉM Veja Holom.

HILQUIAS 1. Um ievita da família de Merari, o filho deAfizí e pai de Amazias (1 Cr 6.45,46). 2. Um Ievita, filho de Hosa, um merarita, quefoi designado por Davi como porteiro do Tem-plo (1 Cr 26.11). 3. Pai de Elíaquim, o “mordomo”, isto é, oprimeiro ministro do rei Ezequias (2 Rs18.18,26,37; Is 22,20;36.3,22). 4. Filho de Salurn (ou Mesulão) e descenden-te de Zadoque que foi sumo sacerdote nos diasdo rei Josias. Foi também um ancestral deEsdras (1 Cr 6.13; 9.11; Ed 7.1). Foi em partesob a sua liderança que o grande avivamentoteve lugar durante o reinado de Josias. Du-rante a reparação do Templo, Hilquias desco-briu “o livro da Lei na casa do Senhor". Estapode ter sido uma cópia “fundamental”, as-sim como hoje colocamos pedras fundamen-tais, ou pode ter sido na verdade a cópia colo-cada na arca por Moisés (Dt 31.9-26). O livrofoi trazido pelo rei, que após lê-lo, ficou con-vencido do grande pecado de seu povo. Elepediu a Hilquias e a outros; “Consultai aoSenhor por mim”. Hilquias dirigiu-se a Hulda,a profetisa, e por meio dela recebeu do Se-nhor o pronunciamento do julgamento sobreJudá, mas conforto e bênçãos pessoais aJosias. Hilquias desempenhou um papel deliderança na reforma que se seguiu, marcadapor uma momentânea observação da Páscoa(2 Rs 22-23; 2 Cr 34-35). 5. Um sacerdote de Anatote em Benjamim,pai de Jeremias, o profeta (Jr 1.1). 6. Pai de Gemarias, com quem Elas a foi en-viado á Babilônia pelo rei Zedequias, levan-do a carta de Jeremias para aqueles que jáestavam no cativeiro (Jr 29.3). 7. Um dos sacerdotes que retornaram daBabilônia com Zorobabel. O pai de Hasabias,que foi sacerdote nos dias de Joiaquim (Ne12.7,21). 8. Um dos sacerdotes que ficou de pé junto aEsdras enquanto ele lia a lei do Senhor parao povo (Ne 8.4). 9. O pai de Seraías, um dos sacerdotes-che-fes de Neemias e “maíoral da casa de Deus”(Ne 11.11).

P. C. J.

HIM Veja Pesos, Medidas e Moedas,

IIIMENEU Provavelmente um mestre emEfeso, mencionado em 1 Timóteo 1.20 e 2Timóteo 2.17, condenado pelo apóstolo Pau-lo por ensinar falsas doutrinas. Ele pareceter rejeitado o ensino apostólico e os ditadosda boa consciência. Por isso Paulo o entre-gou a Satanás (cf. 1 Co 5,5) para ensiná-loquão errado é blasfemar. É difícil afirmar seeste castigo foi limitado à exclusão da igreja,ou se envolvia também um sofrimento físico(cf. At 5.1-11; 1 Co 11.30). Aparentemente,esse castigo tinha um objetivo remediador,não sendo simplesmente de natureza penal.

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H1MENEUH1MENEUH1MENEUH1MENEU HIPOCRISIA, HIPÓCRITAHIPOCRISIA, HIPÓCRITAHIPOCRISIA, HIPÓCRITAHIPOCRISIA, HIPÓCRITA

(Veja mais detalhes em Deissmann, Lightfrom the Ancient East, pp. 301*303, junta-mente com exemplos de textos de execraçãona Antiguidade.) O segundo erro de Himeneu foi a afirmaçãode que a ressurreição já havia ocorrido. Comoum câncer, o erro estava aparentemente es-palhando-se e causando danos à fé de certas

Íiessoas. Esse caso foi possivelmente parale-o ao incidente em Corinto, onde alguns en-

sinavam que não há ressurreição dos mor-tos (1 Co 15.12). Ao menos para o pensa-mento grego, a idéia da ressurreiçãocorpórea era um absurdo (cf. At 17.32).Pode ter sido também o ensino de que a res-surreição era uma bênção de natureza espiri-tual, referindo-se à regeneração de alguémmorto no pecado (veja Ef 2.6; Cl 3.1; Em 6.3,4).Porém, tanto Paulo (1 Co 15.4,20-23,51-54;Fp 3.11,21) como nosso Senhor antes dele (Jo5.28,29) ensinaram uma ressurreiçãocorpórea. Este é o sentido comum da palavragr. anastasis no NT. Alguns continuaram aespiritualizar a idéia, e essas opiniões heréti-cas estão registradas pelos escritores do sécu-lo II (Justino Mártir, Irineu e Tertuliano). Vejatambém Ressurreição do Corpo.

W. M. D.

HINO ANGELICAL Um refrão litúrgico oupoético descrito como sendo cantado pormensageiros sobre-humanos ou servos deDeus, Exemplos incluem o Trisagion doserafim (Is 6.3), o Glória nas Alturas (Lc 2.14)e vários outros no livro de Apocalipse (porexemplo, Ap 5.9,10).

HINO Veja Música.

HINOM O vale de Hinom se inicia no ladooeste de Jerusalém, no Portão de Jope (Jafa),continoa na direção sul até dobrar ao lestepassando por toda a extensão dos limites sulda cidade. Próximo à extremidade sudeste e àPorta do Monturo, une-se ao vale de Cedrom.E uma ravina estreita e profunda, ladeadapor degraus e rochas. Veja Jerusalém.

E mencionado pela primeira vez nas Escrí-

Vale de Hinom visto pelo lado norte, na

direção do portão do Jafa. HFV

turas como uma parte da fronteira entreJudá (ao sul) e Benjamim (ao norte) na divi-são de terras entre as tribos (Js 15.8; 18.16).Neste local estava Tofete, onde os pais fize-ram passar seus filhos pelo fogo em sua ado-ração idólatra a Moloque (2 Cr 28.3; 33.6).Jeremias advertiu que o Senhor puniría opovo tão severamente por causa de sua mal-dade, que o lugar tornar-se-ia conhecidocomo o vale da matança (Jr 7.31-34; 19.3-6;32.35). O rei Josias procurou extinguir es-sas abominações idólatras ao criar o vale dolixo, onde deveria ser depositado o lixo dacidade (2 Es 23.10,13,14; 2 Cr 34.4,5). A palavra hebraica Ge ben-Hinnom (Ge-Hinom) foi traduzida para o grego comogeenna. No Novo Testamento, ela se conver-te na palavra utilizada para designar o “in-ferno”, que é encontrada 11 vezes nos Evan-gelhos, pronunciada pelo Senhor Jesus (Mt5.22,29,30; 10.28; 18.9; 23.15,33; Mc 9.43,45,47; Lc 12.5), e uma vez em Tiago 3.6. Este setornou conhecido como um lugar de putrefa-ção, decomposição e fogo, associado com adestruição dos resíduos, um símbolo conve-niente para o destino final dos iníquos. Asreferências ao “lago de fogo” em Apocalipse14.10; 19.20; 20.10; 21.8 provavelmente ti-veram origem no conceito do Geena, Veja Geena; Inferno.

H. L. D. e F. B. H.

HIPOCRISIA, HIPÓCRITA No contexto dadramaturgia grega, o termo hipócrita era apli-cado a um ator no palco do teatro. Visto queum ator finge ser alguém que não ele mes-mo, hypokrites era aplicado metaforicamen-te a uma pessoa que “atua em um papel” navida real, fmginao ser melhor do que real-mente é, alguém que simula a bondade. Naliteratura gr. secular, portanto, hypokritespode ser neutro ou indesejável, significandouma pessoa que coloca em prática um enga-no através da piedade fingida. Este conceito de bondade dissimulada eraestranho ao pensamento do AT. A raiz heb.h-n-p, traduzida como “hipocrisia" ou “hipó-crita", foi traduzida na LXX como anomos,“sem lei", “criminoso", ou “ímpio”, um parale-lo a poneros, um “malfazejo” (Is 9.17); e comoasebes, “ímpio”, “irreverente” (Is 33.14). No livro de Jó, fica claro que hanep é alguémque está em radical oposição a Deus, alguémque se esquece de Deus (Jó 8.13; 15.34,35;20.5; 27.8). O verbo hanap significa poluirou corromper (cf. Nm 35.33; Sl 106.38; Is24.5; Jr3.1). Atradução teodorita de Jé, pos-teriormente incorporada à LXX, traduziu otermo heb. hanep como hypokrites em doisversículos (Jó 34.30; 36.13). Assim, pareceque os judeus de fala grega estavam empre-gando hypokrisis em um outro sentido alémdo seu significado metafórico de uma pessoafingir ser o que não é. Este pano de fundo no AT indica o sentido

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HIPOCRISIA, HIPÓCRITA H1RÃ0

As máscaras utilizadas pelos atores gregos e romanos eram feitas de linho endurecido. Estas máscaras romanas foram confeccionadas em

mármore para fins de decoração, BM

mais amplo no qual o termo é usado no mi-nistério ae nosso Senhor. O termo “hipócri-ta” ocorre 18 vezes e “hipocrisia” dnas vezesnas palavras de Jesns. Ele advertiu os seusdiscípulos contra o “fermento dos fariseus,que é a hipocrisia” (Lc 12,1). Ele diagnosti-cou estes fariseus como parecendo justos aoshomens, mas estando cheios de hipocrisia einiqüidade por dentro (Mt 23.28). As passa-gens paralelas sugerem que Ele acusou osfariseus de algo mais do que um mero fingi-mento; por exemplo, a expressão “sua hipo-crisia” em Marcos 12.15. Em Mateus 22.18,esta expressão é “sua malícia” on maldade, eem Lucas 20.23, é “sua astúcia (ou ardil)”.Somente em Lucas 20.20 o verbo hypokritwretém o significado gr. original de fingir; osescribas e os principais dos sacerdotes, ten-tando prender a Jesus, enviaram espias “quefingiam ser sinceros”. Fora dos Evangelhos, o termo hypokrisisocorre três vezes. Paulo censurou Pedro porsua “dissimulação”, a sua deliberada incoe-rência em primeiro comer com os converti-dos gentios em Antioquia e depois, temendoo grupo da circuncisão, recusar se associarcom eles mais tarde (Gi 2.13, verbo e subs-tantivo) - e Pedro recebeu de Deus uma vi-são antes de sua visita a Cornélio (At 10).Paulo revela que nos últimos tempos haveráaqueles que seguirão espíritos malignos edoutrinas de demônios e que por hipocrisiafalarão mentiras (1 Tm 4.1,2). O próprio cris-

tão é advertido a se despojar de toda a hipo-crisia em sua vida (1 Pe 2.1). No NT, há seis ocorrências do adjetivo ver-bal anupokritos, “sem hipocrisia” (Tg 3.17;também Rm 12.9, “não fingido”; e 2 Co 6.6; 1Tm 1.5; 2 Tm 1.5; 1 Pe 1.22, “sincero”).

J. H. G. e R. A, K.

HIPOPÓTAMO Veja Animais 11.21.

HIPOTECA Tradução do termo heb. ‘arab,“tomar on dar em penhor”, “trocar”, “dar umimóvel como garantia” (Ne 5.3; cf. Pv 17,18).Nos dias de Neemias, os pobres recorreramao seu último recurso e penhoraram tem-porariamente suas terras e casas. Ao ouvirque estes bens haviam sido penhorados paraque as pessoas pudessem comprar comidae garantir o dinheiro para o tributo do rei,Neemias exigiu que os nobres e os gover-nantes locais devolvessem as propriedades.Ele então chamou, os sacerdotes para quefossem testemunhas da promessa de que oabuso seria corrigido (5,6-13). Veja Emprés-timo; Fiança.

HIRA Um adulamita, amigo de Judá (Gn38.1,12). Foi emissário de Judá para a su-posta prostituta (Gn 38.20ss.). Nas versõesLSX e Vulgata, lê-se “pastor” onde outrasversões trazem o termo “amigo” em Gênesis38,12,

HIRÃO Nome que em geral foi traduzidocomo Hirão em 1 Reis e 1 Crônicas, mas comoHurão em 2 Crônicas (q.v.). 1. Rei de Tiro. Com o reinado de Hirão I, co-meçaram os grandes dias de Tiro (q.v.).Quando ele tomou o controle do governo, Tiroconsistia de duas pequenas ilhas a aproxi-madamente 800 metros da costa fenfeia (éincerto afirmar se havia ou não uma Tiro con-tinental). Ele uniu as duas ilhas e reivindi-cou uma porção do mar situada a leste dailha maior. O diâmetro total da ilha de Tiropassou a ser de aproximadamente 4 quilô-metros. Mais tarde, Hirão começou a recons-truir e embelezar os Templos, ampliar e me-lhorar o porto e a fortificar a cidade. Uma cronologia aceitável baseada nos tex-tos de Josefo (Ant. viii.3.1; 5.3; Against Apioni.17-18) reconhece o reinado de 34 anos deHirão, de 978 a 944 a.C. Seu pai foi Abi-baale os governantes restantes de sua dinastiaincluem Beleazaro, 7 anos; Abd-Astarto, 9anos; Deleastarto, 12 anos; Astarto, 12 anos;Aserimo, 9 anos; e Feles, 8 meses. Depois que Davi tornou-se rei de toda a naçãode Israel, Hirão lhe enviou um mensageiro.O resultado disso foi um suprimento de cedrodo Líbano (q.iO, carpinteiros e pedreiros deTiro para edificar um palácio para Davi - emquais termos não sabemos (2 Sm 5.11,12; 1Cr 14.1,2). Mais tarde, Davi obteve cedro deTiro e Sidom para o Templo (1 Cr 22.4).

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H1RÂ0H1RÂ0H1RÂ0H1RÂ0 H1ZQU1

Quando Salomão assumiu a tarefa de cons-truir o Templo em Jerusalém, ele enviou umamensagem a Hirão para fazer os preparati-vos específicos para a construção. A corres-pondência entre os dois reis aparece em 2Crônicas 2 e 1 Reis 5.1-12 (cf. 1 Rs 7.13,14).O quadro que obtemos é algo como o seguin-te: Salomão precisava de madeira, ouro eartesãos de vários ramos. Em troca da ma-deira e da mão-de-obra especializada, Salo-mão daria produtos agrícolas; pelo ouro, eledaria uma parte de terra. O valor total que Salomão combinou em for-necer anualmente pela madeira e pela mão-de-obra foi de 20.000 medidas (heb. kor - 10-11 alqueires cada) de trigo, 20.000 medidasde cevada, 20,000 medidas (heb. bath = 4 Vágalões cada) de vinho, e 20.000 medidas(batos) de azeite, embora alguns consideremque esta quantidade seja demasiadamenteelevada (2 Cr 2.10). O fato de este pagamento ser diferente domencionado em 1 Reis 5.11 pode ser facil-mente explicado. A última referência falade um pagamento de 20,000 medidas de tri-go e 20.000 de óleo puro, e diz que isto erapara a casa de Hirão. As estatísticas de 2Crônicas provavelmente também incluamreceitas para despesas públicas. Pelo ouro,Salomão deu a Hirão uma extensão de ter-ra na Galiléia; esta abrangia 20 cidades. Aover esta área, Hirão ficou muito infeliz echamou-a de Cabal. De acordo com Josefo,esta palavra é um termo fenício significan-do “o que nâo agrada” (1 Rs 9.10-14; Josefo,Ant. viii.5.3). Estabelecido o acordo para a construção,parece que Salomão e Hirão também assi-naram um pacto de união de esforços comer-ciais. A conquista dos edomitas por Salomãodeu-lhe acesso ao mar Vermelho. Lá, eleconstruiu o porto de Eziom-Geber (q.v), comotambém uma frota de naus para comércioem águas orientais e do sul (1 Rs 9.25-28).Até este ponto, os hebreus nunca tinhampossuído ooas instalações portuárias, nemtinham se dedicado extensivamente a via-gens por mar. Durante a construção do por-to e da frota, o mais natural para os hebreusera procurarem técnicos habilidosos na Fe-nícia, onde estavam os reconhecidos líderesneste assunto. E os fenícios ficaram satisfei-tos em cooperar na construção da frota parao sul, porque, de certa maneira, ela não dis-putaria a supremacia que eles tinham no Me-diterrâneo, já que não existia o canal de Suez.Por outro lado, os fenicios poderíam dessamaneira ter acesso às mercadorias da Arábiae da África pelo comércio mediterrâneo de-les; antes disso, eles não tinham acesso aesses produtos. A terra de Ofir (1 Rs 9.28)estava localizada a sudeste da Arábia (omoderno Iêmem), ou talvez na costa adja-cente da África, ou ainda é possível que esti-vesse na Índia ocidental. Os fenícios pare-

cem também ter ajudado Salomão a desen-volver a sua indústria de fusão de cobre naárea sul do mar Morto. Hirão e Salomão não tiveram somente umaaliança comercial comum, mas parece quetinham disputas pessoais relacionadas à ha-bilidade para solucionar enigmas. Josefo re-lata que os dois monarcas trocavam dize-res enigmáticos, com o acordo de que aque-le que não solucionasse o problema seriamultado em uma soma de dinheiro. A prin-cípio, Hirão parece ter sido um grandeperdedor; porém mais tarde, com a ajudade um certo Abdemom de Tiro, conseguiuresolver os enigmas. Posteriormente, Hirãopropôs alguns enigmas que nem mesmo osábio Salomão conseguiu solucionar, e poresta razão pagou uma grande soma de di-nheiro a Hirão, (Josefo, Ant. viii.5.5; AgainstApion, i.17). E incerta a relação que o reiAirão de Biblos (aprox. 1000 a.C.) pode tertido com Hirão I de Tiro. 2. Um segundo Hirão de Tiro (nâo mencio-nado no Antigo Testamento) é mencionadopor Tiglate-Pileser III (744-727 a.C) daAssíria como pagando tributos ao rei assírio. 3. Um artesão contemporâneo do rei Hirão I,que foi enviado pelo rei a Salomão parasupervisionar a fundição do mar de cobre (agrande pia), dos pilares de cobre e outrosutensílios para o Templo (1 Rs 7.13-47).Embora o pai de Hirão fosse de Tiro, sua mãeera da tribo de Naftali (1 Rs 7.14) ou de Dâ (2Cr 2.14). Talvez a discrepância seja resultadode alguma variação por parte de algumcopista, ou é possível que a mãe de Hirãotenha sido uma descendente de ambas astribos. Pelo visto, Hirão foi um excepcionalartesão.

H. F. V.

H3SSOPO Veja Plantas.

HIZQUI Um benjamita (1 Cr 8.17). Seunome foi transliterado como Hizequi em al-gumas versões.

Ruínas do período romano em Tiro, uma cidade cujo caminho ao sucesso teve inicio por meio de Hiráo,

HFV

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HOÃOHOÃOHOÃOHOÃO

HOÃO Rei amorreu de Hebrom que se uniuà coalizão contra Gibeào. A coalizão foi der-rotada por Josué em Bete-Horom. Os reisfugiram, mas foram capturados e mortos emMaquedá (Js 10.3ss.).

HOBA O lugar até onde Abrão perseguiu oexército de Quedorlaomer “à esquerda (istoó, ao norte) de Damasco” (Gn 14.15). Não seconhece a localização exata.

HOBABE O filho de Reuel, o midianita (Nm10.29), e, portanto, o irmão de Zípora e cu-nhado de Moisés (Êx 2.18,21; 3.1). A palavrahebraica hoten, traduzida como “sogro” (Nm10.29; Jz 1.16; 4.11; et ai), vem do verbohatan, “casar-se”, e significa simplesmenteum parentesco por meio de um casamento.Como ele não é mais específico do que isso,não existe contradição nos trechos de Juizesonde Hobabe é chamado de “parente” deMoisés. Veja Jetro. Quando Israel deixou o Sinai, Moisés convi-dou Hobabe a acompanhá-los, prometendo queas bênçãos de Deus estendidas sobre Israeltambém seriam dele. Ele insistiu para queHobabe viesse, pois podería ser um guia e serde grande ajuda para eles, uma vez que co-nhecia os caminhos do deserto (Nm 10.29-32). 0 registro em Números não indica se Hobabefoi ou não com eles na ocasião, mas a partir deentão são encontradas pessoas da mesma fa-mília midianita, os queneus, entre os israeli-tas. Na época dos juizes, Héber, o queneu, foichamado de descendente de Hobabe. Jael (q.v.),a mulher de Héber, foi a heroína que matou oopressor Sísera (Jz 4.11ss.).

Bibliografia. William F. Albright, Yakwekand the Gods of Canaan, Garden City:Doubleday, 1968, pp. 38-42.

P. C. J.

HODAÍAS Variante de Hodavias (q.v.). Éencontrado somente em algumas versões em 1 Crônicas 3.24, referindo-se a um descen-dente de Davi. Foi um dos sete filhos deElioenai, dos descendentes de Zorobabel.

HODAVIAS Variante de Hodaías (q.v.). Onome aparece nas cartas em aramaico deElefantina. 1. Um dos chefes de Manassés e um podero-so guerreiro, levado ao exílio pelos assírios(1 Cr 5.24). 2. Pai de Mesulão e filho de Hassenuá, datribo de Benjamim (1 Cr 9.7). 3. Um levita, ancestral dos 74 que retoma-ram a Jerusalém com Zorobabel (Ed 2.40).Em Esdras 3.9 ele é chamado de Judá, e emNeemias 7.43 seu nome é escrito comoHodeva.

HODE Um descendente de Zofa, da famíliade Aser (1 Cr 7.37).

HOMEM DO PECADO ou PILHO DA PERDIÇÃOHOMEM DO PECADO ou PILHO DA PERDIÇÃOHOMEM DO PECADO ou PILHO DA PERDIÇÃOHOMEM DO PECADO ou PILHO DA PERDIÇÃO

HODES Esposa de Saaraim, uma benjamita(1 Cr 8.9).

HODEVA Veja Hodavias 3.

HODIAS Este nome hebreu foi encontradoem um antigo selo da Palestina. 1. Um homem de Judá (q.v.\ 1 Cr 4,19) cqjaesposa era irmã de Naã. A ordem das pala-vras e a pontuação do texto da versão KJVem inglês dão a impressão errônea de queHodias era uma mulher. 2. Um levita ativo na época de Neemias. Eleajudou o povo a entender a lei à medida queEsdras a lia, e conduziu o povo em oração(Ne 8.7ss.; 9.5). Ele assinou a grande alian-ça de Neemias (Ne 10.10). 3. Outro levita que assinou a aliança deNeemias (Ne 10.13). 4. Um dos chefes do povo que assinou a ali-ança (Ne 10.18),

HOFNI Filho do sumo sacerdote Eli. Amaldade de Hofni e de seu irmão Finéiastrouxe uma maldição sobre a casa de Eli (1Sm 2.34). Esta maldição lhes sobreveio nabatalha de Afeca (1 Sm 4.11).

HOFRA Veja Faraó Hofra.

HOGLA Uma das cinco filhas de Zelofeade(Nm 26.33; 27.1; Js 17.3). Uma vez que estehomem não tinha filhos, as filhas deveríamreceber a herança com a condição de se ca-sarem dentro de sua tribo (Nm 36.1-12).

HOLOM 1. Um povoado na região montanhosa deJudá (Js 15.51) dado aos levitas (Js 21.15).Também chamado de Hilém (1 Cr 6,58). 2. Uma cidade dos moabitas incluída no jul-gamento sobre um grupo de cidades enume-radas por Jeremias (Jr 48.21).

HOMA Filho de Lotã, um descendente deSeir e membro de um grupo conhecido comohoreus (Gn 36.22; 1 Cr 1.39). É também cha-mado de Hemã na LXX nas duas passagens,e essa mesma ortografia é usada em Gêne-sis 36.22 na versão RSV em inglês.

HOMEM Veja Antropologia.

HOMEM A PÉ Este termo era usado para indicar o soldado de infantaria (Nm 11,21; 1 Sm 4.10; 15.4). Uma palavra heb. alternativa ue também é utilizada destaca a atividade e correr e transmite a idéia geral de um cor- redor ou mensageiro (1 Sm 22.17). Da decla- ração em Jeremias 12.5, vem o conceito de que o homem a pé era sempre um corredor.

HOMEM.DO PECADO ou FILHO DAPERDIÇÃO A frase ocorre no NT em 2 Tes-salonicenses 2.3. Nos manuscritos, a evidên-

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HOMEM DO PECADO ou FILHO DA PERDIÇÃOHOMEM DO PECADO ou FILHO DA PERDIÇÃOHOMEM DO PECADO ou FILHO DA PERDIÇÃOHOMEM DO PECADO ou FILHO DA PERDIÇÃO HOMICIDAHOMICIDAHOMICIDAHOMICIDA

cia de homem do pecado é igualmente dividi-da entre anemias (“filho da perdição”) ehamartkts (“homem do pecado”). Ele é des-crito nos w. 3,4 como o “filho da perdição"ou “destruição” (ef. Jo 17.12) e aquele que“se opõe e levanta-se contra tudo o que sechama Deus ou se adora”. Alguns entendem que Paulo ensina que an-tes que chegue o dia do Senhor (ou o dia deCristo, com base em alguns manuscritosgregos posteriores) deve existir um aban-dono (apostasia, NASB, vv. 2,3), a remoçãoda força restritiva de Deus (isto é, do gover-no legítimo do Espírito Santo, etc) contra oexercício total do poder da iniquidade (v. 7),e o aparecimento do homem do pecado, deinspiração satânica, a quem o Senhor des-truirá (v. 8). A interpretação do homem do pecado comosendo Antíoco Epifânio, imperadores roma-nos (como Caligula, Nero) ou o papado nãosatisfazem o ponto de vista escatoíógíco doNT. Antes, o homem do pecado é um indiví-duo que incorpora o poder antideus, que ain-da está para se manifestar antes do futurodia do Senhor. Veja Anticrísto; Besta; Ini-qüidade re Impiedade.

W. H. M.

HOMEM, FILHO DO Veja Filho do Homem.

o caso, Paulo poderia, entretanto, declararque como um homem religioso altamentetreinado, ele respeitava a lei divina em seu“homem interior”. [Para a opinião de que em Romanos 7,14-25Paulo está descrevendo a sua contínua ex-periência como crente, veja Charles C. Ryrie,Balancing the Christian Life, Chicago. MoodyPress, 1969, pp. 45-48. De acordo com estainterpretação, todos os crentes têm duas ca-pacidades dentro de seu ser: servir ao peca-do e deleitar-se na lei de Deus. Estas duascapacidades permanecem com o cristão du-rante toda a vida na terra, com a constantepossibilidade de conflito. Por sua liberdadede escolha, o crente ativa a velha ou a novacapacidade. - Ed.] Em 2 Coríntios 4.16, Paulo está simplesmen-te expressando sua confiança de que, embo-ra seu corpo físico se desgastasse por causado estresse e do esforço de seu trabalho, seu“homem interior”, isto é, a sua alma (ou es-pírito) seria renovado diariamente. Em Efésios 3.16, Paulo orou para que os cren-tes efésios pudessem experimentar um novoavivamento do Espírito Santo no “homeminterior”. Aqui ele estava meramente expres-sando seu desejo e a sua súplica de que elescrescessem espiritual mente.

R. L. R.

HOMEM INTERIOR O homem interior natradução da versão KJV em inglês, de ho esoanthropos em Romanos 7.22; Efésios 3.16; 2Coríntios 4.16 (na última referência apenasho eso aparece, com anthropos devendo, cla-ramente, ser entendido a partir do contextoimediato), É uma expressão paulina que serefere à natureza racional, moral e espiritu-al do homem, que é a esfera total na qual oEspírito Santo efetua a sua obra convincen-te, renovadora e santifícadora. Em resumo,é o sinônimo da alma do homem. Desse modo,não é o “novo homem”, isto é, a nova capaci-dade de servir a Deus e à justiça, que Deusmisericordiosamente dá ao pecador na rege-neração, Veja Nova Criatura. Em Romanos 7.22, Paulo está descrevendoa sua atitude em relação à lei divina comoum fariseu hipócrita, aquele que se gloriaem sua própria justiça. (Para a defesa daopinião ae que Romanos 7.14-25 descrevePaulo ainda como um fariseu legalista, vejaJ, Oliver Buswell, Jr., A Systematic Theolo-gy of the Christian Religíon, II, 115-119.)Como um fariseu treinado, e possuindo umelevado respeito pela lei de Deus, Paulo po-deria dizer que antes mesmo de sua conver-são ele concordava e tinha prazer na lei deDeus. Mas não sendo regenerado na épocade sua vida descrita em Romanos 7, Pauloteve que admitir que naquela época nãopossuía nenhuma capacitação, recebida pelagraça, por meio da qual pudesse obedecer àlei conforme seu sentido correto. Sendo este

HOMENS SÁBIOS Veja Magos.

HOMICIDA Uma pessoa que comete homi-cídio, direta ou indiretamente, cuja causaseja ao menos parcialmente explicável. Talpessoa estaria envolvida nos seguintes ca-sos: (1) morte por um golpe em uma desa-vença inesperada (Nm 35.22; cf. Leis Hititas1 e 2, ANET, pg 189); (2) morte por umapedra ou um projétil lançados ao acaso (Nm35.22,23), ou pela lâmina de um machadoque escapou de seu cabo (Dt 19.5); (3) mortepor queda de um telhado desprovido de umparapeito ou proteção (Dt 22.8); (4) mortepor agressão em uma situaçâq em que o ma-tador não armou uma cilada (Ex 21.12,13; cf.Leis Hititas 3 e 4); (5) morte pelos chifres deum boi cuja ferocidade não era conhecidapor seu dono (Éx 21.28-32; cf. Código de Ha-murabi, 250-1, ANET, p. 176; as Leis deEshnunna 54-55, ANET, p, 163); (6) a mortedo ladrão durante um roubo, à noite, pelasmãos do dono da propriedade (Êx 22.2; cf.Leis de Eshnunna 12-13, ANET, p. 162, paraa distinção entre dia e noite); (7) a mortepelas mãos do inimigo em batalha (2 Sm 2.18-23; 3.26-30; 1 Rs 2.5). Ao diferenciar as situações de homicídio nãointencional em oposição a assassinato, eraimportante levar em conta a arma envolvi-da (Nm 35.16-18) e a intenção (Nm 35.15).A fim de proteger do vingador de sanguealguém que se tornara um homicida, masnão um assassino, cidades de refúgio (q.v.)

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HOMICIDA HOR, MONTE

foram designadas em diferentes locais aolongo de toda a terra, para onde o homicidapodería fugir e estar a salvo de seus perse-guidores.

H. A. Hof.

HONESTIDADE Três palavras são tradu-zidas como honestidade: 1. Gr. kalos, aquilo que é excelente e, nestesentido, bom. Devemos nos esforçar para fa-zer o bem, agindo honestamente à vista doshomens (Rm 12.17), e de Deus e dos homens(2 Co 8.21), cuidando para que a nossa con-duta (ou modo de falar) seja excelente dian-te dos não-salvos (1 Pe 2.12). 2. Gr. semnos, ‘Venerável ou provado pelotempo”, “reverente”. Paulo exorta o cristãoa ter a mente repleta com tudo que é puro eque tem “a reverência da idade*’ (ou com oque é “honesto”, Fp 4.8), e viver uma vidapacifica com “toda piedade e honestidade [ourespeito]” (1 Tm 2.2). 3. Gr. eusckemonos, “decente”, “decoroso”. Ocristão deve sempre agir de modo decoroso,assim como faria à luz do dia (Rm 13.13), e oque ele fizer deve ser decente e decoroso àvista dos não-salvos (1 Ts 4.12).

HONRA A honra é o alto respeito ou estimamostrada a uma outra pessoa ou recebidadela, ou ainda uma demonstração de tal res-peito. O conceito é expresso figurativamen-te no AT por palavras que também são tra-duzidas como beleza, majestade, talento, pre-ciosidade, valor e glória. Os paralelos são sig-nificativos: glória e honra (1 Cr 16.27; SI 8.5);glória e majestade (SI 21.5; 96.6; 104.1); hon-ra e distinção (Et 6.3); dádivas, prêmios egrandes honras (Dn 2.6); riquezas e glória (1Rs 3.13). Dessa forma, o conceito insere-sena adoração (q.v.), que é o reconhecimentodo valor. O próprio Deus merece toda a honra: o reco-nhecimento daquilo que Ele é, e a atribui-ção do louvor que lhe é devido. Deus tam-bém pode fazer com que os homens sejamreconhecidos pelos outros: “Deus deu rique-zas, fazenda e honra” (Ec 6.2). Ele ordenouque fosse mostrado respeito aos pais (Ex20.12) e aos mais velhos (Lv 19.32). Umaesposa virtuosa merece a estima de seu ma-rido (Pv 31.25; 11.16; 1 Pe 3,7). Aqueles quehonram a Deus serão por sua vez honrados(1 Sm 2.30). O homem que persegue a justi-ça e a lealdade da aliança encontrará a hon-ra (Pv 21.21). Uma sugestão para o motivo pelo qual Deusrestaura a honra aos homens de modo re-dentor é dada no Salmo 8.5: Deus fez o ho-mem um pouco menor do que os anjos. Ohomem mais representativo, o Senhor Je-sus, coroado com glória e honra por seu so-frimento de morte, traz a redenção e a glóriafinal para os seus redimidos (veja Hb 2.5-10).A honra, como um subproduto da sabedoria

e da piedade, é associada à vida no sentido deque só podería encontrar seu cumprimentoem uma imortalidade abençoada (Pv 3.16;8.18; 21.21; 22.4; cf. Rm 2.7,10). No NT grego, palavras significando valor eglória são traduzidos como honra. Os valo-res éticos estão em perspectiva. A honra des-creve de forma majestosa a aprovação e aestima mútua entre o Pai e o Filho (2 Pe 1.17;Hb 2,9; Jo 8.49,54). A honra em glória reden-tora é concedida por Deus aos homens (Rm2.10; 1 Pe 1.7; Jo 12.26). Os homens e osanjos dão glória e honra a Deus (1 Tm 1,17;Ap 4,9; 19.1) e a Cristo (Jo 5,23; Ap 5.12ss.).Os homens devem buscar a honra ou a apro-vação que vem de Deus ao invés da aprova-ção dos homens (Jo 12.43). Entretanto, nãodevemos negar a honra que é devida aos ou-tros (Rm 12.10): aos pais (Mt 15.4), às viú-vas (1 Tm 5.3), aos mestres (1 Tm 6.1), e aorei (1 Pe 2,17). O casamento, também, deveser honrado por todos (Hb 13.4).

W. B. W.

HOR, MONTE Números 20.22-29 e 33.38,39registram a morte e o sepultamento de Arâoem “Hor ha-har” (lit. Hor, o monte), mas olocal verdadeiro é bastante incerto. O relatoem Números 20 poderia sugerir que ele ficaem alguma parte na região leste do Uádi‘Arabah, espeeialmente se estivermos corre-tos ao identificar o local onde Moisés fez aserpente de bronze com o centro mineradorde cobre de Punon, a moderna Feinan (Nm21.6-9; cf.Nm 33.42,43). O texto em Deuteronômio 10.6, porém, situaa morte de Arâo em Mosera, que deve serMoserote em Números 33.30. Este lugar éigualmente desconhecido, mas ficava aparen-temente em algum lugar no deserto do Si-nai, não muito longe de Cades-Barnéia, qneé geralmente identificado com ‘Ain Qadeis,nas proximidades da fronteira israelitã-egíp-cia de 1948-1967. Tanto o monte Hor comoCades-Baméia eram considerados como lo-calizados “na fronteira de Edom” ou “nos ter-mos da terra de Edom” (Nm 20,14-21,23).Parece razoável, portanto, olhar para o monteHor nos arredores de Cades-Baméia. Jebelel-Hamrah foi sugerido como um possívellocal, em grande parte porque um dos valesque se estende perto desta montanha é cha-mado de Wadi Haruniyeh, mas deve ser ad-mitido que esta é uma evidência muito frá-gil. Somos, portanto, levados a dizer que nãosabemos ao certo onde Arâo foi sepultado.O problema é ainda mais complicado pela di-ficuldade de que o “monte Hor” não possasequer ser um nome próprio, pois hor pareceser uma variação de har (montanha), e onome pode significar meramente “montanhadas montanhas” ou “a montanha mais alta”.Isso tem aigum fundamento a partir do fatode que o mesmo nome, Hor ha-har, é dado auma montanha proeminente na fronteira

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HOR, MONTEHOR, MONTEHOR, MONTEHOR, MONTE HOREUS, HURRIANOSHOREUS, HURRIANOSHOREUS, HURRIANOSHOREUS, HURRIANOS

norte do antigo Israel, possivelmente o mon-te Hermom (Nm 34.7). Seja qual for o caso, aidentificação tradicional - que remonta nomínimo a Josefo - do monte Hor com a gran-de massa de arenito de Jebel Harun em Petradeve, com grande tristeza, ser abandonada.Ele é prúximo demais de Sela, o antigo cen-tro do território edomita, no qual, de acordocom o relato bíblico, os hebreus foram inca-pazes de penetrar durante as suas peregri-nações no Êxodo.

D. B.

[Nota do editor: Yohanan Aharoni, como re-sultado de suas explorações no Sinai duran-te a curta ocupação israelita de 1956-57 da-quela região, argumentou fortemente a fa-vor de uma “montanha sagrada” notada pri-meiro por Nelson Glueck. Ela é chamada de‘Imaret el-Khureisheh, uma colina de topoachatado que tem pouco mais de 100.000metros quadrados, murados para cercar se-pulturas de vários períodos da ocupação doNeguebe. Ela dá vista para uma importantejunção de estrada cerca de 13 quilômetrosao norte de Cades-Baméia (“Kadesh-barneaand Mount Sinai”, Beno Rothenberg, God’sWilderness, Londres. Thames & Hudson,1961, pp. 139-141.]

HORA Veja Tempo, Divisões do.

HORÃO ou HOÃO O rei de Gezer (ç.v.) aquem Josué derrotou e matou (Js 10.33).

HOREBE O nome do monte no qual Moisésrecebeu a primeira teofania ÍEx 3.1). Aquitambém foi feita a aliança e a lei foi dada(Dt 5,2). O nome Horebe é usado como sinô-nimo de Sinai (q.o.). Tradicionalmente jul-ga-se que este monte esteja a sudeste da pe-nínsula do Sinai, mas alguns estudiososmodernos acreditam que o local esteja situ-ado ao sul de Edom.

HORÉM Uma cidade fortificada em Naftali(Js 19.38). Sua localização exata é desco-nhecida.

HOREUS, HURRIANOS 1. Os horeus eram habitantes do monte Seir(Gn 14.6) antes de os edomitas os expulsa-rem (Dt 2.12,22). Dizia-se que eram descen-dentes de Seir, o horeu (Gn 36.20), e eramgovernados por chefes ou líderes de clã(36.21,29,30). Em uma passagem (Gn 36.2),a leitura do Texto Massorético “heveu”(“Zibeão, o heveu”) parece ser uma variaçãotextual para “horeu” (cf. 36.20, onde Zibeão élistado como filho de Seir, o horeu). O termoheb. como é aplicado a este povo é de origemsemita, e provavelmente significa “habitan-tes das cavernas” ihorim, cf “buracos”, 1 Sm14.11; Is 42.22; Na 2.12; “cavernas”, JÓ30.6).Veja Heveus; Hori.

De acordo com E. A. Speiser, estes horeusnão podem ser identificados com os huma-nos porque (o) seus nomes pessoais (Gn36.20-30) não se conformam com os padrõeshurrianos, antes são semitas (embora algunsestudiosos acreditem que Disom e Disâ, q. v.,Gn 36.21, sejam nomes hurrianos); e (b) nãohá nenhuma evidência arqueolúgica de ocu-pações hurrianas no Neguebe (Seir) ou naTransjordânia (“Horite”, IDB, II, 645). Taldistinção também parece válida sob o pontode vista da cronologia: se os eventos de Gê-nesis 14 forem datados de 2000 a.C., istoseria cedo demais para a conhecida disper-são dos hurrianos para a Palestina em gran-de quantidade. 2. A LXX mostra “horeus” (gr. chorraios) paraos “heveus” mencionados no Texto Massoré-tico em Gênesis 34.2 e Josué 9.7, As duaspassagens tratam os habitantes da Palestinacentral como se fossem um povo diferentedos horeus (veja 1) do monte Seir. Speisermostra no mesmo artigo que, pelo contrário,a LXX traz o termo euaioi, “heveus”, emIsaías 17.9, onde o Texto Massorético traz otermo hahoresh, o que ele considera ser umaevidente alteração de hahori, “os horeus”.Desse modo, parece haver alguma confusãode interpretação dos vários textos do AT so-bre a qnestâo dos horeus. Estes horeus emCanaã (em Siquém e Gibeão) podem muitobem estar relacionados com os hurrianosextrabíblicos, embora no uso local eles fos-sem comumente designados como heveus(q.v.). Assim o uso duplo do termo “horeu”pode ser explicado por uma coincidente si-milaridade de som entre o nome dos horeusque eram habitantes de cavernas semitas eum povo não-semita que veio da Mesopotâ-mia pela Síria, que é conhecido de textosantigos como o Hurru (acadiano), Hry(ugarítico), e H3rw (egípcio). Speiser tambémexplorou a possibilidade de os “filhos deHete” (Gn 10.15; 23.3-19) e, às vezes, “he-teus” (Ez 16.3,45) serem um outro termo bí-blico para os hurrianos (E. A. Speiser,Genesis; The Anchor Bíble, Garden City, N.Y. Doubleday, 1964, pp. 69, 172ss.). Várias tábuas cuneiformes de dezenas de lo-cais revelam que os hurrianos devem ter vi-vido uas montanhas armênias ou curdas noterceiro milênio a.C., mas começaram ainfiltrar-se no vale do Tigre-Eufrates antesde 2000 a.C. No século 19 a.C, nomes hurria-nos foram encontrados em números consi-deráveis a oeste de Alalakh, perto de Antio-quia da Síria, em Chagar Bazar no vale Habur(leste de Harã), em Mari no Eufrates, e aleste de Dilbat, perto da Babilônia. Tábuas daÁsia Menor encontradas em Boghazkôy re-velam que mesmo antes do século XVIII a.C.,textos religiosos hurrianos foram traduzidospara o heveu. Não seria anacrônico, portan-to, para Jaeó, ter conhecido uma famíliahurriana em Siquém (Gn 34).

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HOREUS, HURRIANOSHOREUS, HURRIANOSHOREUS, HURRIANOSHOREUS, HURRIANOS HOSAHOSAHOSAHOSA

É certo que os hurrianos compartilhavam ummodo de vida semelhante ao dos patriarcas,que passaram muitos anos na região ances-tral ae Harã(q.i).). O centro do estado hurria-no posterior, o reino de Mitanni, ficava pertode Harã, no meio do vale do Eufrates, umaárea que na época era chamada de Subaru.Um estudo das tábuas encontradas emNuzu (Yorgan Tepe, aprox. 19 quilômetrosa sudeste de Kirkuk no Iraque) revela oscostumes legais dos hurrianos durante ametade do segundo milênio a.C. Muitas dasações incomuns de Abraão e Jacó com re-lação ao casamento e aos filhos podem agoraser entendidas como parte da cultura soci-al e das leis predominantes que os hurria-nos e os babilônios semelhante mente se-guiram durante séculos no Oriente Médio.Veja Abraão; Arqueologia; Jacó; Nuzu; EraPatriarcal. Sob a liderança de Mitani, os hurrianos al-cançaram uma posição proeminente nas de-mais regiões da Síria (o que se conhece pormeio das tábuas encontradas em Alalakh eUgarite, e pelas tábuas de Amarna envia-das de Qatna e Tunip), e também no territó-rio heteu (tábuas de Boghazkóy) a leste daSíria (tábuas de Nuzu), desde aprox. 1550 aaprox. 1150 a.C. A pressão dos hurrianos sobre a Síria e aPalestina foi provavelmente responsávelpela invasão do Egito pelos hicsos no séculoXVIII a.C. Os primeiros destes invasoreseram evidentemente semitas, que talvez ti-vessem sido expulsos de suas próprias ter-ras. As ondas posteriores eram hurrianos(q.v.), de acordo com um estudo dos nomesdos reis hicsos. Mesmo depois de os egípciosterem expulsado os hicsos do Egito em 1550a.C., um forte povo hurriano permaneceu emCanaã, o qual os egípcios às vezes chama-vam de Huru. Amenotep II (1450-1425 a.CJafirma ter trazido cativos 36.300 kharu ouhuru depois de uma campanha militar naPalestina (ANET, p. 247). Nomes hurrianos são encontrados em tábu-as cuneiformes escavadas em Taanaque eSiquém, datadas de aprox. 1400 a.C., e nascartas de Amarna (q.v.), tais como ‘Abdu-Heba de Jerusalém (ANET, pp. 487ss.). Alonga carta de Tushratta, rei de Mitanni, aoFaraó Akhenaton foi composta inteiramen-te em hurriano clássico. O nome do reijebuseu Araúna (q.v.) de Jerusalém (2 Sm24.16) pode ser explicado como uma formahurriana de ewri-ni, significando “o senhor".O nome hurriano mais antigo na Bíblia podebem ser Arioque (Ari-aku ou Ari-ukku) emGênesis 14.1. Os documentos do AT são cor-retos, portanto, ao aludir à prevalência doshurrianos na Palestina durante o segundomilênio a.C.

Bibliografia. I. J. Gelb, Hurrians andSubarians, Chicago; Univ. of Chicago Press,

1944. Cyrus H. Gordon, “Biblical Customs and Nuzi Tablets”, BA, III (1940), 1-12. Roy Hayden, “Hurrians", BW, pp. 294-298.

J, R,

HOR-HAGIDGADE Um local de acampa- mento durante as peregrinações de 38 anos dos israelitas pelo deserto apó? a sua derro- ta em Horma (Nra 33.32,33). E chamado de Gudgoda (q.v.) em Deuteronômio 10.7. Está ao sul do Neguebe ou na península do Sinai, mas a sua localização exata é desconhecida.

HORI 1. Um horeu (q.t\), filho de Lotã (Gn 36.22; 1 Cr 1.39). 2. Pai de Safate, o espia simeonita enviado por Moisés a Canaâ (Nm 13.5).

HORIM Veja Horeu.

HORMA Uma cidade perto de Zielague. As tribos de Israel foram derrotadas ali quando tentaram mudar-se para a Terra Prometida depois da morte dos dez espias enviados por Moisés (Nm 14.45; Dt 1.44). Mais tarde, a cidade foi tomada pelos israelitas (Nm 21.3; Js 12.14); este feito também é atribuído a Judá e Simeâo (Jz 1.17). Diz-se que o nome Horma, “destruição”, vem da queda da cida- de anteriormente conhecida como Zefate (Jz 1.17). A cidade é identificada como estando no Neguebe e pertencendo a Judá (Js 15.30). Davi dividiu o despojo dos amalequitas com esta cidade (1 Sm 30.30),

HORONAIM Uma cidade de Moabe, de lo- calização incerta. É mencionada em Isaías 15.5; Jeremias 48.3,5,34, e na Pedra Moabita (11.31,32). As referências indicam que ela ficava provavelmente entre as regiões mon- tanhosas de Moabe e Arabá.

HORONITA Um titulo dado a Sambalate, um adversário de Neemias (Ne 2.10,19; 13.28). Isto provavelmente indica que ele era nativo de Bete-Horom.

HOSA 1. Uma cidade fronteiriça de Aser, ao sul ou a sudeste de Tiro (Js 19.29). A localização exata é incerta; possivelmente deva ser iden- tificada com a moderna Khirbet el-Hosh. Moore sugere a identificação com a assíria Í7sw do Cilindro Taylor de Senaqueribe (ICC, Judges, p.51), que por sua vez pode ser o estabelecimento em Tiro (ANET, p. 2876; cf. p. 3006). 2. Um levita que com sua família foi escolhido por Davi para ser um porteiro da arca da ali- ança depois de ela ter sido transferida para Jerusalém (1 Cr 16.38). Esta família tinha atribuições similares na organização posteri- or dos levitas em preparação para a adoração no Templo (1 Cr 26.10,11,16),

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HOSAÍAS HOTÂO

HOSAÍAS 1.0 líder da metade dos príncipes de Judá nacaminhada em tomo do muro de Jerusalém,quando este foi dedicado por Neemias (Ne12.32), 2. Pai de Jezanias ou Azarias, um coman-dante das forças de Judá depois da queda deJerusalém (Jr 42.1; 43.2).

HOSAMA Filho de Jeconias (Joaquim) aquem o rei Nabucodonosor levou para o cati-veiro com os 10.000 nobres em 597 a.C. (1Cr 3.18).

HOSANA Uma exclamação indeclinávelque parece significar “ajude (salve) agora!”Aparece sozinha (Mc 11.9; Jo 12.13), junta-mente com a expressão “ao filho de Davi” (Mt21.9a,15), e “nas alturas” (Mt 21.95; Mc11,10). O NT a utiliza apenas no episódio daentrada triunfal. O termo heb. hoshi.‘a na’ eo aram. hosha na’ ocorrem no Hallel (SI 113-118) e era recitado ritualmente na Festa dosTabemáculos (SI 118.25, “Oh! Salva, Senhor,nós te pedimos”). E interessante notar queas versões latinas transliteraram o heb. des-ta expressão. O Hallel também era cantadona oferta da Páscoa, na ceia da Páscoa, e nasFestas do Pentecostes e Dedicação (Eder-sheim, Life and Times of Jesus the Messiah,II, 371ss.), O canto era acompanhado agitan-do-se ramos de palmeira, murta e salgueiro(o Tulabh). Além dos usos litúrgicos, tanto o Hallel comoos ramos eram usados para saudar os reis evisitantes nas festividades. O uso na entradatriunfal, portanto, deve ser interpretadocomo um reconhecimento (ou homenagem)prestado a Jesus pelo povo como seu rei pro-metido. A frase foi adotada pela igreja primi-tiva como parte de seu ritual (Didaeke 10.6,na oração da Ceia do Senhor: “Deixai a graçavir e deixai este mundo passar. Hosana aoDeus de Davi”). A partir disso, ela passou parao ritual da igreja moderna.

J. W. R.

HÓSPEDE Veja Hospitalidade.

HOSPEDEIRO ou EXÉRCITOS 1. Literalmente, o termo xenos (do grego),como o termo hostis (do latim), significavamum forasteiro; e então, “hóspede”. Portan-to, o hospedeiro seria uma pessoa que rece-be forasteiros e cuida das necessidades de-les, como Gaio em Romanos 16.23. Veja Hos-pitalidade. 2. Um estalajadeiro que age como um hos-pedeiro para seus hóspedes (Lc 10.35). 3. Várias palavras heb. usadas freqüente-mente em um sentido militar com relação aum grande número de homens lutadores.Veja Exército. 4. significado, na forma plural, de Sabaoth(q.v.) no título “O Senhor de Sabaoth [dos

Exércitos]” (Rm 9.29; Tg 5.4). Esta palavraé transliterada do heb. scba’oth, “hostes”,que ocorre centenas de vezes no AT como“o Senhor dos Exércitos” e “o Senhor Deusdos Exércitos”. Deus é reconhecido como oComandante Divino dos exércitos de Israelna terra (Js 5.14,15), e especialmente dosexércitos celestiais (Is 51.15; Jr 31.35), alémde também comandar os anjos no céu (Ne9.6; SI 103.20,21; 148.1-6). Veja Exército dosCéus.

HOSPITALIDADE A recepção e o aloja-mento de viajantes eram vistos nas terrasbíblicas como uma obrigação imposta, quedeveria ser cumprida de forma consciente.O forasteiro deveria ser tratado de maneiracortês, como um convidado. Na verdade, asinstalações das casas eram colocadas à suadisposição. Depois de comer a refeição como convidado, o dono da casa considerava seudever protegê-lo durante a sua estadia. Estetipo de hospitalidade oriental é vista na re-cepção de Ló a dois anjos (Gn 19.1-8; vejatambém Gn 18.2-8; Êx 2.15-20). Nos dias doNT, o Senhor Jesus mandou que os 70 dis-cípulos fossem dependentes da hospitalida-de do povo quando os enviou sem nenhumaprovisão para a jornada (Lc 10.1-12). Na cenado julgamento de Mateus 25.31-46, o crité-rio para o julgamento é a prática da hospita-lidade em relação aos irmãos de Cristo. Du-rante a Era Apostólica, apóstolos e mestresitinerantes eram sustentados pela hospita-lidade de pessoas cristãs enquanto estavamem viagem (At 16.15; 17.7; 18.7; 21.4-8,16;28.7,14; 3 Jo 5-8). Veja 2 João 10,11 paraum exemplo do uso errado dessa prática porpropagadores de erros. Em Romanos 12.13e He breus 13,2, a hospitalidade (philoxe-nia, “amor pelos forasteiros”) é tratada comouma virtude cristã. O adjetivo correspon-dente (phíloxenos, “amoroso com os foras-teiros”) expressa uma qualificação do bispo(1 Tm 3.2; Tt 1.8), bem como um dever detodos os cristãos (1 Pe 4.9). As viúvas queestavam sendo consideradas para receberajuda financeira deveríam ser conhecidaspor essa qualidade (1 Tm 5.10, “exercitou-se hospitalidade”).

Bibliogra fia. W. Ewing, “Hospitality”, HDB,rev. G. Stáhlin, “Xenos... Philoxenia...”TDNT, V, 17-25.

D. W. B.

HOTA Este nome só é encontrado em al-gumas versões de 1 Crônicas 11.44. Ve/aHotão 1.

HOTÃO 1. Um aroerita, pai de dois dos valentes deDavi (1 Cr 11.44), O nome está traduzido emalgumas versões como “Hotã”. 2. Um aserita (1 Cr 7.32). Veja Helém.

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HOTTR Hlllt

HOTIB Um filho de HemS e chefe do vigé-simo primeiro turno no serviço do Templonos dias de Davi (1 Cr 25.4, 28).

HUCOQUE 1. Uma aldeia fronteiriça de Naftali (Js19.34). Ela pode ser identificada com Yaquq,um local cerca de cinco quilômetros a oestede Quinerete, perto do local onde as águasde Merom juntam-se ao mar da Galiléia(Herbert G. May, Oxford Bible Atlas, p. 62). 2. Uma cidade levítica em Aser (1 Cr 6.75),um nome alternativo para Helcate (q.v.).

HUFÃ, HUFAMITAS Um descendente deBenjamim; ancestral epônimo dos hufamitas(Nm 26.39). O termo “Hupim” em Gênesis46.21 e 1 Crônicas 7.12,15 é provavelmenteuma variação.

HUL Filho de Arâ e neto de Sem, o filho deNoé (Gn 10.23). O paralelo em 1 Crônicas1.17 o identifica como filho de Sem.

HULDA Mulher de Salum, guarda das rou-as na corte de Josias, que viveu na cidadeaixa de Jerusalém como uma reconhecidaprofetisa. Quando Josias sentiu-se condena-do pelo livro da lei, encontrado durante arefonna do Templo, enviou oficiais para in-quirirem de Deus quanto ao seu significado.Embora Jeremias fosse contemporâneo, elesforam até Hulda, que profetizou o juízo con-tra a nação, mas a paz para Josias; ele, en-tão, iniciou as reformas (2 Rs 22.14-20).

HUMANIDADE DE CRISTO Veja Cristo,Humanidade de.

HUMANO, SACRIFÍCIO Veja SacrifícioHumano.

HUMILDADE 1. O termo aparece apenas uma vez na ver-são KJV em inglês (Cl 3.12), e nenhuma vezna versão RSV em inglês, porém aparece 11vezes na versão ARC em português. A pala-vra gr. tapeinophrosyne é usada outras seisvezes e traduzida na versão KJV em inglêscomo “humildade” de pensamento (Fp 2.3;Ef 4.2), e como “humildade” (At 20,19; Cl2.18,23; 1 Pe 5.5). Várias versões o tradu-zem, de forma geral, como “humildade” (Fp2.3; At 20.19; 1 Pe 5.5; Ef 4.2; Cl 2,18,23). 2. Uma característica cristã, resumida em Ro-manos 12.3: “Porque... digo a cada um den-tre vós que não saiba mais do que convémsaber”. A humildade (gr. tapeinophrosyne, 1Pe 5.5) é uma atitude mental de inferiorida-de (Ef 4.2; Fp 2.3), o oposto do orgulho (q.u.).É aquela graça específica desenvolvida nocristão pelo Espírito de Deus, em que ele sin-ceramente reconhece que tudo o que tem eé deve-se ao Deus Trino, que opera de formadinâmica a seu favor. Ele então se submete

voluntariamente à mão de Deus (Tg 4.6-10;1 Pe 5.5-7). Assim, a humildade não deve serequiparada a um piedoso complexo de inferi-oridade, Ela pode ser fingida pelos falsos mes-tres (Cl 2.18,23) por meio de atos de auto-humilhação. Esta qualidade é louvada no AT (Pv 15.33;18.12; 22.4). O termo heb. ‘anawa (de ‘anah,“ser afligido”) sugere que a humildade deespírito é freqüentemente o resultado da afli-ção. A vida de muitos reis de Judá e de Is-rael foram avaliadas de acordo com esta ca-racterística (1 Rs 21.29; 2 Cr 32.26; 33.23;34.27; 36.12). Humilhar-se é o primeiro pas-so para o verdadeiro avivamento (2 Cr 7.14;cf. Mq 6.8). O próprio Deus, que é sublime egrandioso, deleita-se em habitar com aqueleque tem um espírito contrito e humilde, afim de avivá-lo (Is 57,15). Jesus Cristo, como o supremo exemplo dehumildade (Mt 11.29), forneceu aos seus dis-cípulos uma demonstração visível de humil-dade ao lavar-lhes os pés (Jo 13.3-16). Umaimportante passagem cristológica no NT (Fp2.5-11) encontra seu ponto-chave no cultivodesse traço de Jesus Cristo por parte do cren-te, Veja Humildade; Cristo, Humilhação de.

P. R. H.

HUMILHAÇÃO DE CRISTO Veja Cristo,Humilhação de.

HUNTA Uma das nove cidades no campomontanhoso de Hebrom herdadas por Judá(Js 15.54). Não se conhece a sua localiza-ção exata.

HUPÁ Um sacerdote nos dias de Davi en-carregado do décimo terceiro turno no Tem-plo (1 Cr 24.13).

HUPIM Veja Hufa.

HUR Possivelmente um nome egípcio si-milar a Horus, um deus egípcio; ou talvezum apelido para uma criança (cf. acádio,huru, “criança”); ou uma forma abreviadapara Asur. 1. Um descendente de Judá, filho de Calebe eEfrata, e um ancestral de Bezalel, o artífice(Êx 31.2; 35.30; 1 Cr 2.19,20). Ele também élistado como “o primogênito de Efrata, pai deBelém” (1 Cr 4.4), de forma que o nome podeter sido usado para denotar uma tribo comoos hurrianos ou horeus (Gn 36.20). 2. Auxiliar de Moisés que na batalha contraos amalequitas manteve levantada uma dasmãos de Moisés enquanto Arão mantinha aoutra, até o pôr-do-sol e até que Josué tives-se derrotadoo inimigo (Êx 17.10,12). Ele tam-bém ajudou Arão na direção dos israelitasenquanto Moisés estava no monte por oça-sião da entrega dos Dez Mandamentos (Ex24.14). Pode ser a mesma pessoa menciona-da no item 1 acima, e, de acordo com Josefo

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HlITÍ HUZABE

íAnt. ni.2.4), pode ter sido o marido de Miriã,a irmã de Moisés. Porém, o AT não diz nadasobre isso. 3. Listado como um dos cinco reis de Midiãmortos por Moisés em uma batalha na qualeste matou todos os homens midianitas elevou as mulheres cativas, enquanto os re-banhos foram somados aos dos hebreus (Nm31.8; Js 13.21), 4. Pai de um dos oficiais de Salomão no cam-po montanhoso de Efraim (1 Rs 4.8). 5. Pai de Refaías, que ajudou a reconstruiros muros de Jerusalém (Ne 3.9).

A. W. W.

HURAI Um valente de Davi (1 Cr 11.32).Ele é chamado de Hidai (q.v.) na passagemparalela de 2 Samuel 23.30.

HURÃO Variação do nome Hirão (q.v.).Hirão é geralmente usado pelo escritor deCrônicas em todos os casos, exceto em 1 Crô-nicas 8.5. 1, Filho de Belá (ou Bela) e neto de Benjamim(1 Cr 8.5). 2, O artífice de Tiro empregado por Salomão(1 Rs 7.13; 2 Cr 4.11; também ehamado deHirão ou Hurã em algumas versões). 3, O rei de Tiro durante o reinado de Salo-mão (2 Cr 2.3,11; cf. 1 Rs 5.1ss.). AARC re-gistra Hirão.

HURI Um deseendente de Gade e pai deAbiail (1 Cr 5.14).

HURBIANO Veja Horeu.

HUSA Mencionado em 1 Crônicas 4.4 comoo filho de Eser (ou Ezer), da tribo de Judá.Alguns aceitam este nome como a designa-ção de uma família ou lugar.

HUSAI Um arquita e amigo de Davi queajudou o rei durante a rebelião de Absalão,

agindo de forma contrária ao conselho queAitofel dera a Absalão (2 Sm 15.32-37;16.18,19; 17.5-14). Husai enviou um aviso dosplanos de Absalão para Davi por meio deAimaás e Jônatas, filhos dos sacerdotesZadoque e Abiatar, respectivamente (2 Sm17.15-17), e assim Davi escapou da conspi-ração de Absalão. Husai aparentemente deveser identificado como o pai de Baaná, um dos12 oficiais designados para fornecer alimen-to à casa de Salomão (1 Rs 4.16).

HUSÃO Temanita que sucedeu Jobabe comorei de Edom (Gn 36.34,35; 1 Cr 1.45,46).

HUSATITA Nome da família de Sibecai,um dos 30 seguidores heróicos de Davi (2 Sm21.18; 1 Cr 11.29; 20.4; 27.11); aparentemen-te também chamado pelo nome de Mebunai(2 Sm 23.27).

HUSIM 1. Nome de família dos filhos de Dã (Gn 46.23),também chamado de Suão (Nm 26.42). 2. O nome dado a um dos filhos de Aer, umbenjamita (1 Cr 7.12). 3. Uma das duas mulheres de Saaraím, umbenjamita, e a mãe de Abitube e Elpaal (1Cr 8.8,11),

HUZABE Um termo de significado duvido-so encontrado em Naum 2.7. Comentaristasmais antigos o tomam como um substantivopróprio referindo-se à rainha de Nínive ou aum ídolo feminino como Ishtar, ou talvez àpersonificação da própria Nínive; mas ne-nhum nome assim é encontrado nas inscri-ções assírias. Uma outra opinião o conside-ra um verbo significando “está decretado”.Outros o lêem como “campo de Zabe”, ou“campo do rio1’, designando uma extensão deterreno fértil da Assíria, a leste do rio Tigre.A versão RS V em inglês lhe atribui o signifi-cado de “sua senhora”.

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