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SUMÁRIO EXECUTIVO SEGURANÇA PÚBLICA Levantamento de Governança de Segurança Pública iGovSeg2013

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SUMÁRIO EXECUTIVO

SEGURANÇA PÚBLICA

Levantamento de Governança de Segurança Pública iGovSeg2013

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MINISTROSAugusto Nardes (Presidente)

Aroldo Cedraz de Oliveira (Vice-presidente)

Walton Alencar Rodrigues

Benjamin Zymler

Raimundo Carreiro

José Jorge

José Múcio Monteiro

Ana Arraes

MINISTROS-SUBSTITUTOSAugusto Sherman Cavalcanti

Marcos Bemquerer Costa

André Luís de Carvalho

Weder de Oliveira

MINISTÉRIO PÚBLICO JUNTO AO TCUPaulo Soares Bugarin (Procurador-Geral)

Lucas Rocha Furtado (Subprocurador-geral)

Cristina Machado da Costa e Silva (Subprocuradora-geral)

Marinus Eduardo de Vries Marsico (Procurador)

Júlio Marcelo de Oliveira (Procurador)

Sérgio Ricardo Costa Caribé (Procurador)

Tribunal de Contas da União

Ministros

Ubiratan Aguiar, Presidente

, Vice-Presidente

Marcos Vinicios Vilaça

Valmir Campelo

Walton Alencar Rodrigues

Augusto Nardes

Aroldo Cedraz

Raimundo Carreiro

José Jorge

Auditores

Augusto Sherman Cavalcanti

Marcos Bemquerer Costa

Ministério Público

Lucas Rocha Furtado, Procurador-Geral

Paulo Soares Bugarin, Subprocurador-Geral

Maria Alzira Ferreira, Subprocuradora-Geral

Marinus Eduardo de Vries Marsico, Procurador

Cristina Machado da Costa e Silva, Procuradora

Júlio Marcelo de Oliveira, Procurador

Sérgio Ricardo Costa Caribé, Procurador

Benjamin Zymler

André Luís de Carvalho

Weder de Oliveira

República Federativa do Brasil

Responsabilidade Editorial

Secretaria-Geral de Controle Externo

Secretaria de Macroavaliação Governamental

Adaptação Final

Secretaria-Geral da Presidência

Instituto Serzedello Corrêa

Centro de Documentação

Editora do TCU

Capa

Endereço para Contato

TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO

Secretaria de Macroavaliação Governamental

SAFS Quadra 4 Lote 1

Edifício Anexo II Sala 456

70.042-900 Brasília - DF

Fones (61) 3316 7766/7285/5030

Fax (61) 3316 7536

Impresso pela Sesap/Segedam

Pablo Frioli

Ouvidoria do Tribunal de Contas da União

Fone 0800 644 1500

República Federativa do Brasil

Tribunal de Contas da União

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SUMÁRIO EXECUTIVOSEGURANÇA PÚBLICA

Levantamento de Governança de Segurança Pública iGovSeg2013

Brasília, 2014

RelatorMinistro José Jorge

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Brasil. Tribunal de Contas da União.Levantamento de Governança de Segurança Pública –

iGovSeg2013: sumário executivo — Brasília: TCU, Secretaria de Controle Externo da Defesa Nacional e da Segurança Pública, 2014.

16p. 1. Segurança Pública 2. Governança 3. Senasp 4. Secretaria de

Segurança Pública

Ficha de catalogação preparada pela Biblioteca Ministro Ruben Rosa

© Copyright 2014, Tribunal de Contas da União.Impresso no Brasil / Printed in Brazil

<www.tcu.gov.br>

Permite-se a reprodução desta publicação,em parte ou no todo, sem alteração do conteúdo,desde que citada a fonte e sem fins comerciais.

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Apresentação

O Tribunal de Contas da União (TCU), no período de julho a novembro de 2013, realizou Levantamento com o objetivo de conhecer e avaliar as condições de governança e de gestão da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) e das organizações de segurança pública estaduais e do Distrito Federal, no que se refere à implementação da Política Nacional de Segurança Pública.

O processo foi analisado na Sessão Plenária de 23/04/2014, tendo por relator o Ministro José Jorge e originou o Acórdão 1042/2014 – TCU – Plenário.

Para a realização do trabalho, elaborou-se um modelo próprio de avaliação de governança, que norteou a confecção do questionário aplica-do às organizações de segurança pública dos estados e do Distrito Federal. Também foram realizadas entrevistas com especialistas no assunto e com gestores da Senasp e de seis secretarias estaduais de segurança pública. 

Os dados obtidos a partir do questionário geraram o Índice de Governança de Segurança Pública (iGovSeg), que mede o nível (insufi-ciente, inicial, intermediário e aprimorado) de governança da organiza-ção de segurança pública de cada um dos estados da federação.

Entre as principais constatações do trabalho, destacam-se a ine-xistência de uma política e de um plano nacional de segurança pública formalizados, o que dificulta o papel integrador da Senasp. 

Com relação aos estados da federação, constatou-se que a maior parte das organizações de segurança pública encontram-se no nível in-termediário de governança e que suas principais deficiências estão rela-cionadas à gestão de pessoas e aos controles internos.

Ao final, o TCU expediu diversas recomendações com vistas a contribuir para a melhoria da governança dos órgãos responsáveis pela segurança pública no país.

Ministro João Augusto Ribeiro NardesPresidente do Tribunal de Contas da União

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Sumário

1. Visão geral da Segurança Pública ________________________ 6Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) ____________ 7Organizações de Segurança Pública dos Estados e do Distrito Federal (OSPE) ______________________ 7Modelo de avaliação de Governança de Segurança Pública ______ 8

2. Governança de Segurança Pública - Resultados _____________10Principais Conclusões _______________________________________ 11

3. Recomendações ______________________________________14

4. Determinações _______________________________________16

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1 Visão Geral da Segurança Pública

A Constituição Federal de 1988 (CF) estabelece, em seu artigo 144, que a segurança pública é dever do Estado, direito e responsabili-dade de todos, exercida para a preservação da ordem pública e da inco-lumidade das pessoas e do patrimônio, por meio dos seguintes órgãos: em nível federal - Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal e Polícia Ferroviária Federal, e em nível estadual, pelas Polícias Civil e Militar e pelo Corpo de Bombeiros Militar.

A Carta Magna não atribui à União competência para legislar so-bre segurança pública em sentido amplo. Cabe-lhe apenas estabelecer, em caráter privativo, normas gerais de organização, efetivos, material bélico, garantias, convocação e mobilização das polícias e dos corpos de bombeiros militares, na forma do inciso XXI do art. 22.

Ademais, a Constituição Federal de 1988 atribui à União a com-petência concorrente para legislar sobre a organização, as garantias, os direitos e os deveres das polícias civis, conforme determina o inciso XVI do art. 24.

Essa ausência de previsão constitucional ampla para a União levou os estados da federação a assumirem a responsabilidade sobre o tema. Isso ensejou o surgimento de diversas políticas locais de segurança pú-blica e dificultou uma ação integrada de combate à violência pela União.

Para minimizar esse problema, o governo federal criou, em 1997, a Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), órgão integrante da estrutura do Ministério da Justiça.

Sede da Polícia Civil do Distrito Federal

Fonte: PCDF

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Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp)

A Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) foi criada pelo Decreto 2.315, de 4 de setembro de 1997, em razão da transfor-mação da antiga Secretaria de Planejamento de Ações Nacionais de Segurança Pública (Seplanseg), a qual, por sua vez, foi estabelecida por meio da Medida Provisória 813, de 1º de janeiro de 1995 (convertida na Lei 9.649, de 27 de maio de 1998).

A Senasp assessora o Ministro de Estado da Justiça na definição e na implementação da Política Nacional de Segurança Pública. Em todo o território nacional, a Secretaria acompanha as atividades dos órgãos responsáveis pela segurança pública com vistas a:

a) desenvolver e apoiar projetos de modernização das institui-ções policiais do país;

b) efetivar o intercâmbio de experiências técnicas e operacionais entre os serviços policiais;

c) estimular a capacitação dos profissionais da área de segurança pública;

d) realizar estudos e pesquisas; e e) consolidar estatísticas nacionais de crimes.

Os principais eixos que norteiam a atuação da Senasp atualmente são:

(i) Crack, é possível vencer; (ii) Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública, Pri-sionais e sobre Drogas - Sinesp; (iii) Estratégia Nacional de Segurança Pública nas Fronteiras - Enafron; e (iv) Brasil Mais Seguro.

Organizações de Segurança Pública dos Estados e do Distrito Federal (OSPE)

As organizações de segurança pública dos estados e do Distrito Fe-deral (OSPE), genericamente designadas como secretarias de segurança pública, atuam na formulação e na execução da política governamental

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Visão Geral da Segurança Pública10

para preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio. As OSPE promovem a segurança da população, a prevenção da criminalidade e a integração de polícias militares, corpos de bombei-ros militares e polícias civis.

Essas secretarias não obedecem a um padrão organizacional. Em al-guns estados, elas não possuem em sua estrutura os principais operadores de segurança pública: a Polícia Militar e a Polícia Civil.

Há estados em que, além de conduzirem a política de segurança pública, as OSPE incumbem-se de outros temas, a exemplo da custódia e da reinserção social dos indivíduos privados de liberdade, da defesa civil e do trânsito.

Modelo de Avaliação de Governança de Segurança Pública

Governança é conceito que vem sendo amplamente utilizado nas organizações privadas e na esfera pública, inclusive pelo próprio TCU, e pode adquirir diferentes significados a depender da perspectiva anali-sada. Assim, a equipe da SecexDefesa entendeu necessário desenvolver um modelo de governança para a área de segurança pública.

O modelo concebido fundamenta-se nas teorias neoinstitucionais e é composto de duas macrodimensões de governança: (i) pública; e (ii) corporativa.

As macrodimensões se dividem em dimensões que, por sua vez, se subdividem em itens de análise. Os itens agregraram as questões que compuseram o questionário aplicado às organizações de segurança pú-blica estaduais.

Vale registrar que, até a conclusão do levantamento, o Referen-cial Básico de Governança1 do TCU ainda se encontrava sob consulta, razão pela qual o levantamento se fundamentou exclusivamente em modelo próprio.

___________________

1. Referencial Básico de Governança Aplicável a Órgãos e Entidades da Administração Pública (v1, 2013).

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Estrutura Conceitual do Modelo de Governança de Segurança Pública

Modelo de Avaliação de Governança de Segurança Pública

Macrodimensão 1 - Governança Pública

Dimensão A - Estratégia

Dimensão B - Arranjos

Institucionais

Dimensão C - Tecnologia e Conhecimento

Dimensão D - Resultados

Dimensão A - Gestão

Dimensão B- Pessoas

Dimensão C- Controles

Macrodimensão 2 - Governança Corporativa

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2 Governança de Segurança Pública - Resultados

Centro de Comando e Controle Integrado do

Distrito Federal (Fonte: Agência Brasil)

O questionário de governança de segurança pública foi respondido por 25 das 27 unidades da federação, o que representou uma elevada taxa de resposta (92,6%). Apenas os estados do Amapá (AP) e do Mato Grosso do Sul (MS) não responderam.

As pontuações obtidas pelas OSPE foram agrupadas em quatro ní-veis de governança de segurança pública: (i) aprimorado (iGovSeg igual ou superior a 75); (ii) intermediário (iGovSeg inferior a 75 e igual ou superior 50); (iii) inicial (iGovSeg inferior a 50 e igual ou superior 25); e (iv) insuficiente (iGovSeg inferior a 25).

Das 25 OSPE analisadas, 20 (80%) foram classificadas no nível intermediário, enquanto cinco (20%) situaram-se no nível inicial. Ne-nhuma organização de segurança pública estadual foi enquadrada no nível aprimorado ou insuficiente.

Quantidade de UF em cada estágio de governança

00

20

5

05

10

15

20

25

aprimorado intermediário inicial insuficiente

aprimorado intermediário inicial insuficiente

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Entre os aspectos positivos apontados pelo questionário, merecem destaque:

96%

84%

80%

72%

Possuem sistemas informatizados para gerenciar ocorrências policiais

Oferecem serviços à sociedade por meio de seu sítio eletrônico

Alinham seu plano estratégico com o plano estratégico da Senasp

Conhecem as diretrizes do Conasp

Entretanto, há aspectos que demandam atenção:

92%

80%

64%

40%

Não possuem código de ética formalizado

Não mantêm indicadores de processos finalísticos

Não têm as polícias Civil e Militar sob sua subordinação

Não elaboram plano de segurança pública

Principais Conclusões

Inexistência de uma política nacional de segurança pública e de um plano nacional de segurança pública formalizados

O levantamento identificou a falta de uma política nacional de segurança pública e de um plano nacional de segurança pública forma-lizados. Diante dessa inexistência, a Senasp desenvolve suas atividades por meio de quatro programas principais, que representam os eixos es-truturantes da sua atuação, conforme já abordado.

Baixa efetividade do Conselho Nacional de Segurança Pública (Conasp)

A atual composição do Conasp não atribui representatividade aos estados e ao Distrito Federal, razão pela qual suas diretrizes são se-guidas por menos da metade das organizações de segurança pública estaduais avaliadas.

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Governança de Segurança Pública - Resultados14

Baixa governança de pessoas à fragilidade dos controlesA visão agregada das organizações de segurança pública dos esta-

dos e do Distrito Federal permitiu identificar os controles internos e a gestão de pessoas como principais fragilidades das secretarias de segu-rança pública e de suas congêneres.

30%40%

60%

70%80%

100%

90%

Estratégia

Arranjos Institucionais

Tecnologia e Conhecimento

ResultadosGestão

Pessoas

Controles

0%10%20%

50%

Maiores índices de governança conjugam-se com desaceleração da criminalidade

VARIAÇÃO CVLI 2011 - 2012

35,00 40,00 45,00 50,00 55,00 60,00 65,00 70,00 75,00

Variação CVLI 2011 - 2012 Linear ( Variação CVLI 2011 - 2012)

% d

e va

riaç

ão C

VLI

201

1 - 2

012

IGovSeg

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A análise da variação do indicador de Crimes Violentos Letais Intencionais por 100 mil habitantes (CVLI/100 mil hab.), no biênio 2011-12, sugere que melhores índices de governança podem ter im-pactos positivos sobre a desaceleração ou mesmo sobre a redução da criminalidade.

Unidades da federação com menores índices de governança ten-dem a receber mais recursos da Senasp

IGOVSEG X TRANSFERÊNCIAS VOLUNTÁRIAS DA SENASP EM 2012 (R$)

Transf Vol Senasp 2012 Linear ( Transf Vol Senasp 2012)

IGOVSEG X TRANSFERÊNCIAS VOLUNTÁRIAS DA SENASP EM 2012 (R$)

Tra

nsf

erên

cias

vol

un

tári

as d

a Se

nas

p e

m 2

012

(R$)

IGovSeg

35,00 40,00 45,00 50,00 55,00 60,00 65,00 70,00 75,00

O levantamento identificou que a Senasp tende a repassar mais re-cursos para secretarias de segurança pública com menores índices de go-vernança, podendo aumentar o risco de baixa efetividade na sua aplicação.

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Unidade de Polícia Pacificadora no bairro do

Lins, Rio de Janeiro (Fonte: Agência Brasil) 3 Recomendações

Com base nas constatações apontadas pelo levantamento, o Tribunal recomendou:

1. à Casa Civil da Presidência da República e ao Ministério da Justiça, que envidem esforços no sentido de viabilizar a edição de documentos que consolidem a Política Nacional de Segu-rança Pública e o Plano Nacional de Segurança Pública, aos quais se refere o Decreto 6.061 de 2007;

2. à Senasp que, em atenção ao inciso V do art. 12 do Anexo I do Decreto 6.061, de 2007, analise a viabilidade e a utilidade de se estabelecerem critérios para a realização de transferências vo-luntárias às organizações de segurança pública estaduais. Essas transferências devem ter o objetivo de auxiliar as organizações na implantação de práticas destinadas à melhoria da gover-nança, a exemplo de projetos voltados para a implantação ou a melhoria planejamento estratégico, gestão de processos, estudo e adoção de medidas para redução da rotatividade de pessoal, controles internos e gestão de riscos.

3. à Secretaria Geral de Controle Externo do TCU (Segecex) que, em conjunto com a SecexDefesa, avalie a oportunidade e a conveniência de incluir em seu plano de controle externo a rea-

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lização de auditoria piloto, a ser coordenada pela SecexDefesa, com a participação de tribunal de contas estadual. A auditoria piloto deverá verificar e atualizar as informações prestadas pela respectiva organização de segurança pública por intermédio do questionário de governança de segurança pública, para atuali-zar o iGovSeg e propor outras ações de controle externo volta-das à melhoria da governança de segurança pública;

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Determinações

Além das recomendações propostas, o Tribunal determinou que:

1. seja dada ciência à Casa Civil da Presidência da República e à Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) sobre a conclusão contida no Relatório da SecexDefesa, no sentido de que o aumento da representatividade dos órgãos de segu-rança pública dos estados da federação e do Distrito Federal no Conselho Nacional de Segurança Pública (Conasp) pode conduzir a melhorias na efetividade da atuação desse conselho.

2. a Secretaria de Controle Externo da Defesa Nacional e da Segurança Pública remeta, às organizações de segurança pública estaduais participantes deste levantamento, relatório com sua avaliação individualizada, informação de seu Índice de Governança de Segurança Pública (iGovSeg) e sua posição em relação às demais organizações congêneres nas unidades da federação. Deve-se atentar para a necessidade de preservação do sigilo das informações, de modo que cada OSPE seja infor-mada apenas de seu resultado e de sua posição relativa.

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Responsabilidade pelo ConteúdoSecretaria de Controle Externo da

Defesa Nacional e da Segurança Pública

Responsabilidade EditorialSecretaria-Geral da Presidência

Secretaria de Comunicação

Núcleo de Criação e Editoração

Projeto Gráfico, Diagramação e CapaNúcleo de Criação e Editoração

TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃOSecretaria de Controle Externo da

Defesa Nacional e da Segurança Pública

SAFS Qd 4 Lote 1 - Anexo II Sala 329

70042900 Brasília - DF

Tel.: (61) 61- 3316-7673

[email protected]

OuvidoriaTel.: 0800 644 1500

[email protected]

Impresso pela Sesap/Segedam

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MISSÃOControlar a Administração Pública para contribuir com seu aperfeiçoamento em benefício da sociedade

VISÃOSer reconhecido como instituição de excelência no controle e no aperfeiçoamento da Administração Pública