12
E m este 1° de Maio desde as milí- cias revolucionárias de Líbia decla- ramos, junto à assembléia dos trabalha- dores portuários de Trípoli, que nossa revolução longe de terminar com o derro- camiento de Khadafy, não tem feito mais que começar. Pela primeira vez em 42 anos os ope- rários portuários de Trípoli, junto aos metalúrgicos de Misarrata e marcando- lhe o caminho a todos os trabalhadores de Líbia, se pronunciaram e ganham as ruas lutando em as jornadas do 1° de Maio. O chacal de Khadafy, que vociferaba um suposto “antiimperialismo”, com suas empresas chamadas “socialistas” nos explodia com seus amigos padrões e petroleiros, igual ou pior que em qual- quer país de África se esclaviza a nossos irmãos de classe. Enviamos esta declaração e esta carta desde Líbia, onde acaba de ter- minar em o dia de hoje, uma fenome- nal greve revolucio- nária de três dias em Misarrata. Ali os operários e suas milícias derrotamos ao CNT dessa cidade. Incendiou-se e queimado o edifício dessa gruta de ban- didos, dos políticos e gerais khadafistas que vieram a expropiar nossa revolução para que não conquistemos o pão e uma SAUDAÇÃO AOS TRABALHADORES QUE LUTAM NO MUNDO O 1° DE MAIO: DE pé jUnto aos trabalhaDorEs E os ExploraDos DE síria martirizaDos pElo assassino a al-assaD, a conta Do impErialismo ElEs são os mártirEs DE chicaGo DE hojE! Viva a Greve Geral dos trabalhadores de EE.UU.! Declaração dos Combatentes Revolucionários das Milícias, o Comitê de Voluntários Operários Internacionalistas e o Movimento de Assembléias de base dos operários de Líbia Blog: www.libiaaldia.blogspot.com A REVOLUÇÃO LÍBIA AO DIA Número 3 - 26/04/2012 - Valor: R$3,00 POR UMA JORNADA DE COMBATE INTERNACIONAL DA CLASSE OPERÁRIA VIVA A GREVE GERAL REVOLUCIONÁRIA DOS OPERÁRIOS DE LÍBIA E SUAS MILÍCIAS DE MISARRATA! Lutando pelo pão, pela saúde dos lisiados de guerra e contra a carestía da vida, derrocou ao CNT dessa cidade com o grito de guerra de “Fora os políticos e gerais khadafistas do CNT que seguem esfomeando ao povo”! DE PÉ JUNTO AOS EXPLORADOS DA SIRIA CONTRA O MASSACRE DE AL-ASSAD E DO IMPERIALISMO Comitê Pela Refundação da IV Internacional São Paulo, Brasil - Integrante da FLTI Reproduzido pela Fração Leninista Trotskista Internacional Blog: www.comitepelarefundacaoiv.blogspot.com Enterros dos mártires massacrados por Al-Assad em Homs, Síria

Libia ao día 3

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Libia ao día 3

Em este 1° de Maio desde as milí-cias revolucionárias de Líbia decla-

ramos, junto à assembléia dos trabalha-dores portuários de Trípoli, que nossarevolução longe de terminar com o derro-camiento de Khadafy, não tem feito maisque começar.

Pela primeira vez em 42 anos os ope-rários portuários de Trípoli, junto aosmetalúrgicos de Misarrata e marcando-lhe o caminho a todos os trabalhadoresde Líbia, se pronunciaram e ganham asruas lutando em as jornadas do 1° deMaio.

O chacal de Khadafy, que vociferabaum suposto “antiimperialismo”, com

suas empresas chamadas “socialistas”nos explodia com seus amigos padrões epetroleiros, igual ou pior que em qual-quer país de África se esclaviza a nossosirmãos de classe.

Enviamos estadeclaração e estacarta desde Líbia,onde acaba de ter-minar em o dia dehoje, uma fenome-nal greve revolucio-nária de três diasem Misarrata. Ali osoperários e suasmilícias derrotamos

ao CNT dessa cidade. Incendiou-se equeimado o edifício dessa gruta de ban-didos, dos políticos e gerais khadafistasque vieram a expropiar nossa revoluçãopara que não conquistemos o pão e uma

SAUDAÇÃO AOS TRABALHADORES QUE LUTAM NO MUNDO O 1° DE MAIO:

DE pé jUnto aos trabalhaDorEs E os ExploraDos DEsíria martirizaDos pElo assassino a al-assaD,

a conta Do impErialismoElEs são os mártirEs DE chicaGo DE hojE!

Viva a Greve Geral dos trabalhadores de EE.UU.!

Declaração dos Combatentes Revolucionários das Milícias, o Comitê de VoluntáriosOperários Internacionalistas e o Movimento de Assembléias de base dos operáriosde Líbia

Blog: www.libiaaldia.blogspot.com

A REVOLUÇÃO LÍBIA AO DIA

Número 3 - 26/04/2012 - Valor: R$3,00

POR UMA JORNADA DE COMBATE INTERNACIONAL DA CLASSE OPERÁRIA

VIVA A GREVE GERALREVOLUCIONÁRIA DOS

OPERÁRIOS DE LÍBIA E SUASMILÍCIAS DE MISARRATA!

Lutando pelo pão, pela saúde dos lisiadosde guerra e contra a carestía da vida,

derrocou ao CNT dessa cidade com o gritode guerra de “Fora os políticos e gerais

khadafistas do CNT que seguem esfomeando ao povo”!

DE PÉ JUNTO AOS EXPLORADOS DA SIRIA CONTRA O MASSACRE DE AL-ASSAD E DO IMPERIALISMO

Comitê Pela Refundação da IV Internacional São Paulo,Brasil - Integrante da FLTI

Reproduzido pela Fração Leninista TrotskistaInternacional

Blog: www.comitepelarefundacaoiv.blogspot.com

Enterros dos mártires massacrados por Al-Assad em Homs, Síria

Page 2: Libia ao día 3

vida digna. É por isso pelo que lutamos emorremos dezenas de milhares de traba-lhadores, todos milicianos, quando der-rotamos a Khadafy, seguindo o caminhoque nos marcaram nossos colegas deTunísia, Egito e todo o Norte de África eMédio Oriente.

Em Misarrata teve três dias de feno-menal greve revolucionária. Todos os quenos caluniaram ante os trabalhadores eoprimidos do mundo, dizendo que os quecombatemos a Khadafy éramos tropas daOTAN e do imperialismo”, hoje se vão terque comer suas palavras. O 1° de Maio,em O Dia Internacional dos Trabalhadoresé uma boa oportunidade para isso.

Hoje, a carestía da vida e o 200% quehá de inflação, voltam insuportável quevivamos dignamente. Estamos igual oupior a quando estava Khadafy.

As petroleras como a Eni italiana, aBritish Petroleum e outras tantas seguemsaqueando por nossos portos nossariqueza: o petróleo. Aí vai-se o alimentode nossos filhos, a moradia que nãotemos, os hospitais que nos faltam e asescolas que se caem a pedaços.

Como ontem o fazia Khadafy, todos osbandidos ex khadafistas do CNT, associa-dos às multinacionais, se levam o dinhei-ro de Líbia, e com elas, acumulam em oexterior a fortuna de Khadafy. A cabeçade todos eles merece rodar como rodou ade Khadafy em Sirte.

É que nos insurgimos pelo pão ecombatemos pela vida digna para nossasfamílias. Hoje, quando essa situação estáigual ou pior para nós, os operários libiostemos uma vantagem que ainda não temconquistado a classe operária mundial:em nome de todos eles estamos arma-dos. Temos o kalashnikov em nossasfábricas e assim saímos à greve geral emMisarrata e lhes bombardeamos o local aesses usurpadores dos generais khada-fistas do CNT. E agora eles dizem quequerem negociar connosco. Agora se“lembram” de negociar, agora dizem“lembrar de nossos operários mutilados.É que agora a única linguagem que enten-dem é o do bombazo que lhes entroupelo teto.

A revolução, que muitos davam pormorta, vive. Mas ela vive porque ainda seresiste em Síria, os verdadeiros mártiresde Chicago da classe operária mundialhoje.

Inteiramos-nos que os operários de

EE.UU.também chamam a uma greve geral paraeste 1° de maio contra o 1% dos ban-queiros chupasangre de Wall Street. Elesse chamam “indignados”. Nós também oestamos, e sofremos com dor o massa-cre a nossos irmãos de classe em Síria.Por isso em as ruas de Líbia, nossoscombatentes pintam “Hoje em Líbia,amanhã Wall Street”.

Hoje lutamos em Líbia igual que emEE.UU. Mas todos temos uma obrigação:em os escombros de Homs há que sepul-tar à o-Assad que, a conta do sionismo edas potências dominantes, querem aplas-tar ao povo pobre e ao trabalhador famin-to que se insurgiu e tem entrado ao com-bate em Síria.

Agora sim nós começamos a com-preender o que é o 1° de Maio. Mas paraisso tínhamos que nos sacar de em cimaao assassino e hambreador de Khadafy,como o fizeram nossos irmãos de Tunísiae Egito com Ben Alí, Mubarak e demaisgovernos sanguinarios.

Que compreendemos? Que hoje é umdia de luta de todos os trabalhadores.Isso é o 1° de Maio. Segundo pudemosler em muitas assembléias junto a milha-res de operários de Líbia, é em honra aoque aconteceu em 1886 quando emEE.UU. masacraron aos operários quereclamavam pan, igual que hoje o faze-mos nós. E é pelo pão que se morre e secombate em as ruas de Homs, Deraa,Damasco e toda Síria.

Nosso saúdo é às lutas de todos ostrabalhadores do mundo que brigamcomo nós pela dignidade. Nós estamoscom vocês. Mas se o 1° de Maio é um dia

d eluta, então levantemos-nos juntos e mar-chemos sobre as embaixadas de Síria,reduto dos assassinos da o Assad, por-que ali estão os verdugos dos mártires deChicago de hoje, e porque lutando junto aeles, conquistamos as melhores condi-ções para atacar aos novos lacayos daspotências dominantes que em Líbia hojesão o CNT e seu corte de amigos khada-fistas.

Este é o primeiro 1° de Maio semKhadafy: há assembléias em as fábricascom os operários conhecendo como bri-garam nossos antepassados, fazendogreves gerais com nossas milícias paraconquistar o pão e combatendo em asruas de Homs em uma verdadeira “guer-ra santa” mas contra os opresores, seusgenerais, seus petroleras e todos osesclavistas.

Sabemos que em todo mundo teráreuniões, deliberaciones e, em algunslugares, festas pelo 1° de Maio. Os traba-lhadores não temos nada que festejarhoje. É o dia do desemprego, da greve, daluta, do combate em as ruas. Isso é o queestamos entendendo e aprendendo.

Em nossas cidades já temos heróis.Não somos nenhum de nós; são nossosirmãos libios e de todo Médio Oriente quetêm ido a combater e têm morrido em asruas de Deraa e Damasco, e os que aindacombatem ali.

Esse é nosso grito do 1° de Maio, masesta também é nossa denúncia a todosaqueles que falam em nome dos traba-lhadores e que em este 1° de Maio silen-ciam o massacre da o-Assad, e deixamisoladas às massas sírias. A eles osdenunciamos porque estão levando ao

2

Bombardeios em Homs

Page 3: Libia ao día 3

3

isolamento e à derrota a suas própriasorganizações dos trabalhadores. Atiram-lhe terra aos olhos da classe operária,como fazia Khadafy connosco que nosfazia achar que ele era nosso aliado e nãoos pobres do mundo. Ele sempre foinosso inimigo; tínhamo-lo aqui. E a issoo começamos a aprender quando ajuventude se inmolaba em Tunísia, semartirizaba em Egito e orava mas brigavaem Iêmen. Assim aprendemos o que hojeafirmamos: viva a unidade e a luta dostrabalhadores do mundo!

Este é nosso saúdo aos que lutam.Desde as acerías e cementeras deMisarrata, e desde os portos de Bengasie toda Líbia, levantamos a mesmademanda de jornadas de trabalho de 8horas e salário digno para todos os ope-rários. Aqui jamais temos tido essas con-quistas. Mas pelo que agora sim sabe-mos, as conseguir é o objetivo de nossarevolução.

Para isso, o céu e o poder têm que serpara nós. Como têm dito em suas assem-bléias os humildes e sacrificados operá-rios portuários de Trípoli, que foram osprimeiros que saíram à rua e entregaramseus mortos em fevereiro do 2011, quan-do o assassino Khadafy e seus filhos osmasacraron e aplastaron violentamente:“Hoje em Líbia precisamos outra revolu-ção e se precisamos fazer dez revoluçõesas faremos. Ou vivemos bem ou morre-remos lutando por isso”

Estamos aprendendo. Khadafy e seusamigos do mundo para nada nos ensina-ram isto, já que era nos ensinar a lhedegolar a cabeça e ajusticiarlo como ofizemos em Sirte.

Nossos colegas portuários em suasassembléias também têm posto um gritode guerra, que estamos seguros que é oque sentem e sentem falta os operáriosque lutam em o mundo: “Saibam-notodos os gerentes, chefes e padrões, nãodescansaremos até conseguir nossasdemandas; e se temos que fechar o portoimpedindo a entrada e saída de mercado-rias, o vamos fazer, e se temos que saircom nossos rifles a ajusticiar a todos ospadrões também o vamos fazer. Não pre-sentearemos o sangue de nossos márti-res.”

E nós, junto com eles e desde suaassembléia afirmamos: não deixaremossozinhos aos trabalhadores de Síria. Suarevolução é nossa revolução, a deTunísia, Egito e todo o Magreb e Médio

Oriente. Sabemos que muitos os deixa-ram sozinhos; nós não. Já nossos fuzis emunições se disparam em Síria. Comoontem contra Khadafy, hoje atiram contraA o-Assad.

Somos filhos de uma sozinha revolu-ção que não terminará até que não con-quistemos o pão, derrubemos o poderdos poderosos, e recuperemos o contro-le de nosso petróleo, expropiando sempagamento e lhes cobrando nós indeniza-ção a todas as petroleras que saquearamnossos países, e de todas nossas rique-zas para os povos oprimidos das mãosdos chupasangres, como se diz em WallStreet. Não teremos finalizado até que abandeira Palestina flamee em Jerusaléme se acabe o sionismo e todos seuslacayos, como sonhamos todos nós, ospovos árabes e do Magreb.

Em as ruas da Misarrata comovidapela greve geral, novamente tem saído,como ontem, a vanguardia da luta queajusticiara a Khadafy. Hoje eles são osque iniciaram um primeiro passo em oderrocamiento do CNT e seus generaiskhadafistas em essa cidade.

Ali também os milicianos temos pin-tado em suas ruas: “Hoje Líbia, amanhãWall Street”. Hoje a revolução segue viveem Líbia, resiste-se e se combate emSíria, e luta-se com a greve geral em WallStreet.

Nosso apelo à classe operária mun-dial é a pôr em pé brigadas internacionaisde todas as organizações operárias parair combater a Síria contra o assassino Ao-Assad. Chamamo-los a insurgir contraos governos que sustentam a mão dessechacal de Síria que masacra a seu própriopovo. Chamamo-los a fazer colectas, ajuntar medicamentos, e a enviar médicose enfermeiras para que cheguem aos

acampamentos de refugiados e aosheroicos combatentes das massas deSíria.

Eles vendem seus pertences, até suascasas, para comprar armas e muniçõespara brigar. Assim combatem os explodi-dos para ganhar sua guerra contra osexplotadores. Estes não entregam nemvendem suas fábricas, bancos nemempresas para ganhar a guerra. Então,não deixemos isolados nem por umminuto mais aos trabalhadores de Síria.Há que romper o cerco às massas deSíria e insurgir à classe operária mundialjunto a ela!

Viva o 1° de Maio!

Combatentes Revolucionários dasMilícias de Líbia

Comitê de Voluntários OperáriosInternacionalistas

Movimento de Assembléias de basedos operários de Líbia

Adere: Fração Leninista TrotskistaInternacional, integrada por:

Workers International League, deZimbabwe

Liga Trotskista Internacional, de BolíviaPartido Operário Internacionalista –

Quarta Internacional, de ChileGrupo Socialista Revolucionário

Trotskista Leninista, “Os Comuneros”, deColômbia

Comitê pela Refundação da IVde Sao Paulo, Brasil

Liga Trotskista Internacional, PerúNucleo Operário Revolucionario, de PerúLiga oprária Internacionalista - Quarta

Internacional, de Argentina

Milícias em Sirte festejam o justiçamento de Khadaffy

Page 4: Libia ao día 3

4

Diferentes organizações como a UGTTdA Tunísia – central sindical desse

país –, o PCOT (Partido ComunistaOperário da Tunísia), a UIT-QI (UniãoInternacional dos Trabalhadores) que temgrupos em Bolívia, Argentina, Venezuela,Brasil, etc., entre outros, convocam auma reunião este 1° de Maio na Tunísiapara “debater a situação de Síria e astarefas que vão tomar em solidariedadecom as massas sírias”.

A eles lhes escrevemos esta cartacomo milicianos das brigadas revolucio-nárias de Líbia e do movimento de volun-tários internacionalistas, que combate-mos na guerra civil contra o assassinoKhadafy e hoje deixamos nossos márti-res, que saindo de Bengasi, Trípoli eMisarrata, deixaram seu sangue comba-tendo junto às heroicas massas de Síriacontra o assassino Al-Assad.

Nas ruas de Trípoli e de Bengasi nos-sas mulheres velam aos mártires quemorreram combatendo nas ruas deHoms.

Nossas milícias terminam de fazeruma Assembleia Geral dos operários por-tuários de Trípoli. Com eles votamos estacarta à reunião de Tunísia. O grito deguerra e de combate dos operários deLíbia e suas milícias, que não se rendemante o CNT e seus generais khadafistas, éassim de simples: “A faísca acendeu-sena Tunísia e as armas que temos levanta-do na Líbia para conquistar o pão, nãotriunfarão sem que junto aos exploradosa Síria esmaguemos ao chacal Al Assad.Somos uma só nação, a dos trabalhado-res, os explorados e oprimidos, e somosuma só revolução, que só como tal pode-rá triunfar”.

Este 1° de Maio, em diferentes paísescelebram-se “reuniões”, “atos”, quefalam em nome dos trabalhadores einclusive do “socialismo”. Na absolutaMaioria deles estão ausentes as massasrevolucionárias da Síria, massacradas

pelo chacal Al-Assad a conta do imperia-lismo. Um imenso silêncio das organiza-ções, que no mundo se reivindicam daclasse operária, se levantou como ummuro em frente a uma dos maiores mas-sacres contra-revolucionários cometidoscontra os explorados nos últimos anos.Esse silêncio quer ser ocultado e revesti-do com “proclamas socialistas”, mas osilêncio sobre as martirizadas massas daSíria significa e significará que estão ves-tindo de “socialista e aliado dos trabalha-dores do mundo” ao assassino e patrãosuga-sangue Al-Assad; como ontem ofizeram com Khadafy, o representante daENI, a British Petroleum e as petroleirasna Líbia, que sujando o socialismo e emseu nome explora e esfomeava aos traba-lhadores da Líbia.

Todo ato que não se ponha de pé,neste primeiro de Maio, junto aos traba-lhadores massacrados na Síria e que nãoseja uma verdadeira jornada de luta nasruas, cercando e manifestando contra asembaixadas Sírias que são verdadeirosrefúgios dos assassinos de Al-Assad nomundo, não terá a honra de levantar aluta dos mártires de Chicago. Esses queum 1° de Maio de 1886 saíram ao com-bate e à greve geral pela demanda da jor-

nada de 8 horas, que lhe valeu o massa-cre a dezenas deles por parte das forçasde repressão da burguesia nos EUA.

Mártires, como os de Chicago, temosdeixado nas ruas do Norte de África eOriente Médio. Bouzazi se martirizou paraque nós lutemos e foi o aliciante que nosempurrou a iniciar nossas revoluções.Temos visto que os trabalhadores nosEUA, Europa e todo mundo ganharam asruas ao grito de que “há que lutar comono Egito e como na Tunísia” ou como gri-tavam os operários de Nigéria em suagreve geral, “fora Jonathan ou morreráscomo Khadafy”. Esse é o grito de unida-de da classe operária mundial que sequer calar este 1° de Maio.

Companheiros, o 1° de Maio é umajornada de luta internacional da classeoperária. Insistimos, nem de festa nemde deliberações. Já teve e terá tempopara isso. Este é um dia de luta; em umdia de combate da classe operária mun-dial. Os operários norte-americanosestão-nos ensinando, com seu exemplo,como se luta este primeiro de Maio. Ostrabalhadores que cercam Wall Streetjunto a comitês operários em mais de115 cidades chamam à greve geral neste1° de Maio nos EUA. Assim sim! Eles

Carta dos Combatentes Revolucionários dasMilícias de Líbia e do Comitê de Voluntários

Operários Internacionalistas à reunião de Tunísiaem solidariedade com a revolução Síria

Milícias em Sirte festejam o justiçamento de Khadaffy

Page 5: Libia ao día 3

5

dizem: nem compramos, nem vamos nosbancos, nem vamos trabalhar. EmMisarrata, tal qual afirmamos em nossadeclaração, estamos realizando umagreve geral os operários com suas milí-cias. Lutamos pelo pão e uma saúdedigna, contra a inflação e contra os quequiseram expropriar nossa luta: o CNT.

É um 1° de Maio onde o 99% (comoeles chamam aos trabalhadores e osexplorados) deixa claro que o restante1% são todos banqueiros suga-sangueque têm mandado à ruína aos trabalhado-res norte-americanos e de todo mundo.

Ali, nos Estados Unidos, não é um diade festa, nem é feriado. É um dia de luta.Isso nos comove já que têm levantadocomo primeira demanda a defesa incon-dicional dos operários imigrantes nosEUA, onde milhões de trabalhadores lati-no-americanos são tratados como escra-vos pelo império norte-americano.

Nós perguntamos neste 1° de Maio,por que os sindicatos e organizaçõesoperárias da Europa não chamam a umajornada de luta e a ganhar as ruas emsolidariedade com os milhões de imi-grantes que desde África e Oriente Médiovão ali a trabalhar para levantar a Europaimperial de Maastricht?

Não duvidamos que se os trabalhado-res europeus seguissem o exemplo deseus irmãos de classe dos EUA, hoje ostrabalhadores da Síria não estariam isola-dos e já há muito tempo que nossa lutapelo pão teria triunfado; porque os traba-lhadores europeus teriam lutado comoem Tunísia, Egito ou Líbia derrubando aseus governos de saqueadores e explora-dores dos povos de todo mundo, tãoassassinos e esfomeadores como os quederrubamos no Norte de África.

Os trabalhadores da Europa não sãoresponsáveis por isso. Nós sabemos emcarne própria como atuam os ladrões etraidores que, como Khadafy, falavam emnome dos trabalhadores, o povo e o“socialismo”, e só nos esfomeavam e nosmassacravam quando nos rebelávamos.

Desde Líbia, os operários e milicianossaudamos vossa reunião na Tunísia, por-que efetivamente Síria é o ponto centraldela. Esse é um grande passo. Rompe osilêncio. Mas não é suficiente. As organi-zações que nos representam aos traba-lhadores e aos povos do Norte de África eOriente Médio, não nos permitiram ainda

saldar nossa conta de solidariedade detoda nossa região com nossos irmãos declasse e explorados da Síria.

Os ocupantes de praça Tahrir fizeramsentir sua voz no Egito, protagonizamsemana a semana, desde a praça que têmrecuperado, marchas à embaixada deSíria ao grito de “Norte-américa, a OTAN,Al Assad e Hezbollah cuidam as fronteirasdo sionismo”. É que os que temos feitonossa a causa de Síria, não de palavrassenão de fato, não compreendemos porque ainda há que seguir deliberandocomo apoiar às heroicas massas de Síriaapós meses de massacre, tortura erepressão contra elas.

Talvez porque vocês ainda têm dúvi-das de como brigar por Síria, não nosconvidaram a vossa reunião. Mas nóssim temos claro como lutar, bem comoos trabalhadores de Egito da Praça Tahrir,que ontem derrubaram o Muro de Rafah,queimaram a embaixada sionista e setomaram várias vezes a embaixada doassassino Al-Assad no Cairo.

Nas barricadas de Damasco nossoscolegas falam o mesmo idioma e têm osmesmos padecimentos que os pobres detoda Síria que vêem morrer a suasmulheres e filhos pelos bombardeios doassassino Al-Assad.

Sabemos que em vossa reunião parti-cipam organizações de trabalhadores detodo o mundo e em especial da Tunísia.Inclusive, vossa reunião em solidariedadepor Síria é apoiada pela UGTT da Tunísia.

Vocês propõem em sua convocaçãoque “nossos processos revolucionáriosvivem um de seus momentos mais críti-cos com o que está sucedendo na Síria”.Vocês declaram que “Bashar não para de

assassinar a seu povo, enquanto as gran-des potências mundiais querem tirar par-tido a seu favor desta situação”.

Assim, terminam chamando a fazeruma reunião de Regueb Tunísia, o 1 deMaio para “debater esta situação” e “aorganização de uma campanha de solida-riedade com a revolução Síria”. Vocêsdenunciam corretamente que os “amigosde Síria” há em um mês elegeram Tunísiapara dar seu apoio em Al-Assad. Temrazão… Vocês afirmam “são os mesmosque com suas armas e dinheiro sustenta-vam Ben Alí e todos os ditadores daregião”. Como também a Khadafy, dize-mos nós.

Bem companheiros, vocês sabem,como nós, que há um mês e meio saía aLiga Árabe de sua visita por Homs eDamasco. As potências imperialistasfaziam-se as distraídas, essa gruta dedesertores da causa das massas síriaschamada a si mesma CNS, em Qatar, sefaziam os distraídos, e armado até osdentes por Putin e Hu Jintao, Al-Assadlançou um ataque contra-revolucionáriode terra arrasada, de massacre dehomens, mulheres e crianças em todosos bairros e zonas operárias e popularesde todas as cidades de Síria.

Companheiros,faz meses insurgiram-se as massas da Síria e faz dois mesestem começado esta ofensiva fascista econtra-revolucionária contra elas. Desdea Assembleia dos operários da Líbia esuas milícias afirmamos ante os trabalha-dores do mundo, neste 1° de Maio, que jáé tarde para fazer tão só reuniões e paradiscutir a “solidariedade” para com asisoladas massas de Síria. Vocês protago-nizarão seguramente uma grande reu-nião. Mas os mais de 400 mil explorados

Fotos e homenagens nas ruas de toda Líbia: um das dezenas de mártires líbios caídoscombatendo na Síria contra as tropas pró-imperialistas de Al-Assad

Page 6: Libia ao día 3

6

sírios perseguidos que se amontoam sobo frio e a neve nas fronteiras do Líbano eTurquia, e o sangue a mais de 30 mil már-tires massacrados pela Al-Assad não pre-cisam já só reuniões e deliberações paraver que fazer. Não companheiros. Vocêsfazem uma reunião que representa aorganizações de centenas e centenas demilhares de trabalhadores da Tunísia e omundo. Vossas forças para realizar umaação contundente em apoio às massassírias são enormes.

Não pode continuar perdendo maistempo. São meses e meses de matançassangrentas e a UGTT, que representa acentos de milhares de trabalhadores tuni-sinos, ainda não tem chamado a realizarnenhuma ação em solidariedade com osexplorados da Síria.

Os que hoje convocam a essa reuniãona Tunísia têm uma enorme vantagem emrelação aos trabalhadores do Norte daÁfrica e Oriente Médio. Esta vantagem éjustamente que vai estar presente a UGTTque dirige a milhões de operários tunisi-nos. E a UGTT hoje não tem nenhumargumento para não a chamar aos operá-rios e explorados tunisinos a ganhar asruas e numa grande ação de massasenfrentar ao governo esfomeador daTunísia e levar adiante a solidariedadeprática e militante com as martirizadasmassas da Síria.

Tem corrido muito sangue e ainda aUGTT não tem convocado a essa heroicae combativa classe operária tunisina (quecom seus piquetes, mobilizações, quei-mando delegacias e chocando com apolícia, enfrenta ao governo que veio aexpropriar a revolução), a lutar em apoioaos trabalhadores e explorados sírios.Que vão fazer os dirigentes da UGTT?Quanto mais vão seguir esperando?Quantos mortos mais devemos velar paraque decidam realizar uma ação em ajudade nossos irmãos sírios? Companheiros,vocês têm a palavra.

Insistimos. Em vossa convocatóriavocês denunciam aos que se reuniram háum mês na Tunísia para dar seu apoio aoplano imperialista na Síria e denunciamcorretamente que eles APOIARAM COMSEU DINHEIRO E SUAS ARMAS A BENALI E TODOS OS DITADORES DAREGIÃO. Por isso mesmo companheirosvossa reunião (além que não nos tenhamconvidado para unir nossa luta numa só),estará à altura do combate heroico das

massas sírias se se põe a disposição deconseguir DINHEIRO E ARMAS para asmassas sírias de todas as organizaçõesoperárias da Tunísia e o mundo. Isto é oque fizeram os “amigos” dos ditadores daregião, e é o que temos que fazer nóscom nossos amigos explorados da Síria.

A UGTT e dezenas de organizaçõesoperárias tunisinas que vão a vossa reu-nião representam aos trabalhadores daTunísia que sabem muito bem da solida-riedade. Vossos homens e mulheres ali-mentavam a nossas mulheres, a nossosfilhos e a nossos combatentes quandofugiam para a fronteira da perseguiçãoferoz do assassino Khadafy. Todo operá-rio tunisino lembra o que até ontemmesmo gritava em seus combates: “Sederrotam a Líbia vêm por nós”. Nossosmilicianos foram atendidos por vossosmédicos nos hospitais da fronteira.

Neste 1° de Maio não podemosesquecer-nos disto, não podemos pre-tender lutar divididos. Porque juntosagora temos ganhar as ruas ao grito de“se derrotam a Síria vêm por nós noEgito, na Líbia, e também na Tunisia” e seisso passa os trabalhadores do mundoviverão uma fenomenal derrota. Não opodemos permitir.

Temos que nos unir já mesmo numsó combate, porque se isso não aconte-ce, em vossa reunião da Tunísia perde-remos uma grande oportunidade parajuntar todas as forças e golpear comoum só punho ao assassino Al-Assad.

Os trabalhadores de Tunísia, Líbia,Egito, Síria e de todo o Norte da África eOriente Médio, que deixamos a milharesde nossos mártires no caminho e rega-mos nossa terra com nosso sangue e ade nossos filhos para que triunfe a revo-lução, não nos merecemos isto.

Aos organizadores dessa reunião naTunísia sobram-lhes forças para marcharà Embaixada de Síria como fizeram osexplorados do Egito, e para chamar aosoperários tunisinos a ganhar as ruas comseu reclamo de que se massacram naSíria, seremos todos derrotados.

Sobram forças para que não fiquemasiladas as massas da Síria. Em nossopaís o regime assassino dos sem vergo-nhas do CNT, assentados nos oficiaiskhadafistas, tentam com chantagem,com repressão e inclusive com corrup-ção impedir que os trabalhadores e asmilícias da Líbia estejamos à altura doscombates de nossos irmãos de classe.Não o conseguiram, nem o vão conse-guir. De nossas entranhas já têm saído asbrigadas dos explorados da Líbia quecombatem em Homs e nas fronteiras daTurquia e do Líbano contra o assassinoAl-Assad. Vivam nossos mártires quemorreram combatendo em Homs eDeraa. Pela honra deles e dos heroicostrabalhadores tunisinos juntos devemosdeclarar que se acabou a hora das pala-vras e tem começado a hora dos fatos, daverdade, da solidariedade concreta comnossos irmãos da Síria. Ela está ao alcan-ce de nossas mãos.

O CNT não tem conseguido que pare-mos nosso combate. Já em Misarratanos levantamos, ontem mesmo, numagreve geral revolucionária. Temos come-çado a lutar por recuperar a revoluçãoque nos expropriaram estes ladrões doCNT, custodiados pelos generais khada-fistas.

A Misarrata voltavam os feridos deguerra, que supostamente iam ser cura-dos no exterior. Assim se descobriu ohorror. Eles foram enviados, e de fatoexpulsados de Líbia, para que morram

As mãos mutiladas dos operários portuários de Trípoli

Page 7: Libia ao día 3

7

em países vizinhos. Por isso eles foramos primeiros que ganharam as ruas deMisarrata.

Ante isso nosso povo se comoveu.Saiu por eles e porque aos operários osalário já não atinge nem para viver umasemana pela inflação que se desatou naLíbia. É que os preços de nossos alimen-tos já são inalcançáveis; custam tão oumais caros que quando estava Khadafy.

Os operários foram à greve e toma-ram o centro e as ruas de Misarrata comsuas armas. É que eles são as milícias esão os que sustentam nossas brigadas decombate. São o povo armado. Foi essepovo quem expulsou ao CNT de Misarratae com seus mísseis lhe queimou seu edi-fício, essa gruta onde estavam escondi-dos esfomeando ao povo, como ontemse escondia Khadafy de nossa justiça.

O heroico povo sírio vende suascasas, seus móveis, seus poucos perten-ces para comprar balas para seus fuzis evoltar a combater. Em meados de abril faznão mais de 10 dias voltaram sair à ruaentre os escombros em Homs, Deraa einclusive em Damasco. Não se pode per-der mais tempo. Todas as organizaçõespresentes ali, como as de Líbia queenfrentamos e nos opomos a este infamegoverno do CNT e seus generais khada-fistas devemos unir nossas forças numajornada de luta este 1° de Maio para gri-tar junto com nossos irmãos da Síria quenão estão sós. Que não lhe faltarão balaspara seus fuzis, nem médicos nem medi-camentos nos hospitais de fronteira ondese morrem seus filhos sob o frio intensodo inverno.

Nada impede que organizemos umagrande coleta em todos os sindicatos e asorganizações operárias de Líbia Tunísia enossos irmãos da praça Tahrir paraenviar dinheiro, armas, medicamentos epara ir combater com brigadas interna-cionais, junto às milícias da Líbia que jáestão ali, junto a nossos irmãos de Síria.

Isto é o que precisam no 1º de Maio,em primeiro lugar não só os trabalhado-res da Síria senão todos nós, os explora-dos do Magreb e Oriente Médio se quere-mos salvar a revolução que temos come-çado.

Juntos temos que chamar a que todasas organizações que se reivindicam daclasse operária europeia ponham todassuas forças para juntar dinheiro, medica-mentos, alimentos para as massas insur-

recionadas da Síria. Desde Inglaterra têmsaído comboios com barcos carregadosde alimentos para romper o cerco dasmassas palestinas. Façamos o mesmodesde Tunísia, desde Trípoli e Egito e cha-memos aos trabalhadores europeus e detodo mundo a fazer um comboio com ali-mentos, medicinas e médicos para che-gar a Síria a romper o bloqueio do assas-sino Al-Assad às Homs e Deraa cercadase massacradas.

Vocês têm a possibilidade, como nós,de chegar a Síria. Bastaria com que aUGTT se proponha e faça esse apelo atodas as organizações do Norte da Áfricajunto às milícias de Líbia, que não nosrendemos ante o CNT, para que isto sefaça realidade.

Companheiros: só uma reunião? Epor que não cercar e combater contra aembaixada de Síria na Tunísia? Forçassobram. Se os aguerridos operários tuni-sinos têm enfrentado abertamente à polí-cia e às bandas salafistas que se ocupa-vam de queimar os locais mais combati-vos da UGTT. Quatro mil operários tunisi-nos, ganharam as ruas e enfrentaram-secom piquetes e auto-organização operá-ria com a polícia assassina e obrigaram amuitos dos dirigentes, que estão senta-dos comodamente em suas poltronas, asair ao combate. Nós sabemos que peseà fraude eleitoral de vosso governo e vos-sas classes dirigentes ainda não têmpodido afogar o fogo da revolução por-que ainda se mantém em nossa pele e emnossa carne o fogo de Bouzazi.

O 1º de Maio é um dia de luta e vossareunião precisa estar à altura dos quecombatem em Homs e de nossos irmãosdas milícias que já estão dando sua vida

ali. Em vossas mãos têm poderosas fer-ramentas de luta e um arma poderosíssi-ma que é a representatividade de cente-nas de milhares e porque não milhões detrabalhadores. Está em vocês faze-lasdisparar contra o assassino Al-Assad,

Para vossa reunião irão organizaçõesoperárias que dizem estar com os traba-lhadores sírios. Mas eles têm um duplodiscurso. E entre operários e luchadoresfalamos claro. Não nos escondemos.

Há organizações que por um ladodizem defender às massas de Síria eLíbia, e chamam a participar de vossareunião. Mas em seus países fazem atosonde as massas de Síria não existem,como acontece na Argentina com o cha-mado “Frente de Esquerda e osTrabalhadores”, do qual é parte EsquerdaSocialista, integrante da UIT-QI e convo-cante de vossa reunião.

Como nos sabemos, é o mesmo quefazem na Bolívia. Ali fazem acordos, parafazer partidos únicos com burócratascomo um tal Solares, quem numCongresso de nossos irmãos mineiroschamou a apoiar Khadafy e a esmagar àsmilícias da Líbia. Com esta gente podefazer algo por Síria?

Também na Venezuela, governadapelo “Khadafy” Chávez, há setores daesquerda que dizem estar por Síria, masdirigem sindicatos, como amplos setoresda UNT, e organizações operárias às quenão chamaram a ganhar as ruas em apoioàs massas sírias, enquanto Chávez e seuestado têm mobilizado em seu país e têmpercorrido o mundo celebrando o massa-cre de Al-Assad em Homs.

Os organizadores dessa reunião deapoio a Síria teriam que pedir um passa-

As massas do Egito cercam a Embaixada do Estado Sionista Fascista de Israel

Page 8: Libia ao día 3

8

porte a essas organizações à hora deentrar em sua reunião.

Seu encontro tem que definir se épara lutar ou só para enviar solidariedadeàs massas sírias e assim deixar que estassigam combatendo sós.

É que hoje não se pode estar comSíria de palavra, após meses de tortura,repressão, covas comuns, massacres eterra arrasada, onde Homs e Deraa seconverteram em “novas Gaza”, queontem era reduzida a escombros porObama e o sionismo com sua operação“Chumbo Fundido”.

Este 1° de Maio vossa reunião deveriaconvocar, com a central sindical tunecina,a ações de combate nas ruas pelos explo-rados da Síria e para que triunfem asrevoluções que juntos temos começadopelo pão, pela dignidade e contra osaqueio de nossas nações.

O 1° de Maio é um dia de luta. Assimo aprendemos os operários de Líbia após42 anos de ditadura de Khadafy

Vocês e nós não podemos permitirque os que dizem estar por Síria, o silen-ciem no 1° de Maio. Isto significa jogarfora de seus atos e reuniões aos mártiresde Chicago de hoje.

Por exemplo, no Brasil reúnem-secentenas de sindicatos e organizaçõesoperárias de todo mundo: de França,Brasil, Bolívia, Haiti, Equador, Inglaterra,Alemanha e alguns representantes doschamados “Sindicatos independentes”do Egito. Todos eles dizem que querem“coordenar a luta dos trabalhadores detodo o mundo”.

Mas, como estas organizações vãopretender unir a luta dos operários domundo, se em seus países não lutamcomo na Síria nem com a Síria martiriza-da? Também não lutam como no Egito,onde o povo oprimido marcha desde aPraça Tahrir e cerva a embaixada de Síria,ao grito de “Norteamérica, a OTAN, Al-Assad e Hezbollah cuidam as fronteirasao sionismo” para que o escute todomundo,

Como unir aos trabalhadores domundo se não lutamos como osIndignados em Wall Street, cercando aosbanqueiros, e como as massas de Líbiaque bombardeiam ao CNT?

Como pode falar da “unidade” dostrabalhadores quando se rompe a unida-de com as massas insurgidas de Síria?De que unidade falam? Se ontem deixa-

ram-nos isolados quando nos masacrabaKhadafy e a OTAN em Brega e Misarrata.Porque os que se dizem “anticapitalistas”na França, ontem não fizeram nada nemos vimos combatendo aqui na Líbia quan-do seu governo de Sarkozy lhe mandavaos tanques a Khadafy para que nos mas-sacre quando queríamos entrar emTrípoli. Quem fala de unir aos trabalhado-res quando nenhuma dessas organiza-ções, nem sequer chamou a lutar juntoconosco e hoje não chama a pôr todassuas forças para romper o cerco às mas-sas sírias?

Talvez nos digam que não podia serfeito isto. Mas não mintam. A insurrec-ción das massas na Líbia abriu as frontei-ras. Aqui tinha um fuzil e um pedaço depan para todo o que quisesse vir a lutarjunto a nós. E os operários internaciona-listas que estão em nossas brigadas enossas fábricas são testemunha disso.Eles lamentavelmente vieram nas piorescondições, mas chegaram por seus pró-prios meios como nossos companheirosestão chegando hoje a lutarar e morrerem Damasco.

Vocês desde vossa reunião e nós, afração revolucionária da classe operária eas milícias de Líbia, se nos unimos temosem nossas mãos as condições para queagora possamos romper o cerco dasmassas sírias e ir combater na Síria nasmelhores condições.

Também desde Brasil temos recebidouma declaração de luta em apoio às mas-sas sírias e de compromisso militante daclasse operária brasileira contra o silên-cio de seus dirigentes, que tem editado oComitê Internacional de apoio aos revolu-cionários de Líbia, Síria e todo o Norte deÁfrica e Oriente Médio de dito país, con-formado por Movimento Revolucionário(integrante da Corrente RevolucionáriaInternacional) e o Comitê pelaRefundación da Quarta Internacional -São Pablo (integrante da Fração LeninistaTrotskista Internacional). Dita declaraçãovalente chama “a todas as organizaçõesoperárias do mundo e de Brasil, em par-ticular, a realizar ações unitárias em fren-te às embaixadas sírias de nossos paísespara exigir o fim do massacre e o triunfoda revolução em curso”, a desenvolver“uma ampla rede de solidariedade, tantoatravés de campanhas financeiras e com-boios internacionais para o envio de ali-mentos aos revolucionários sírios, comotambém organizando brigadas interna-cionais que possam somar-se às milíciase à resistência que hoje clama por apoiointernacional” e terminar propondo: “Éhora de romper o cerco e acabar com oisolamento ao povo sírio. Esta é a únicaforma de acabar com o banho de sangue.Basta de silêncio e omissão! Viva a revo-lução síria! Fora Al-Assad!”. Este é umgrande exemplo a seguir.

Companheiros, a passividade e a soli-

As milícias de Líbia afirmam: “Hoje em Líbia, amanhã em Wall Street”

Page 9: Libia ao día 3

9

dariedade tão só de palavras já não ser-vem. Faz tempo que estão as covascomuns em Deraa. Homs já tem caído.Mas de suas ruínas e desde as fronteirasdinamitadas, as massas voltam a comba-ter.

Os que estamos pela solidariedadereal e efetiva por Síria, devemos denun-ciar a esses khadafistas que se dizem“socialistas” como os Chávez, osMorales, etc. que tentam tirar a seuspovos às ruas em apoio ao assassino Al-Assad. Mas, todos sabem que eles demi-tem a centenas de operários sem pieda-de, os espancam, os massacram e emnome do “socialismo” aplicam os mes-mos planos de fome que Khadafy e Al-Assad, que não tinham nada que invejar aseus amigos Ben Alí e Mubarak.

Inclusive resulta ser que até agora osmesmíssimo irmãos Castro, com rosá-rios e crucifixos, já têm abençoado Al-Assad e condenado ao inferno aos explo-rados de Homs e Deraa. Unir-se com elese com os verdugos das massas sírias éromper a unidade dos trabalhadores domundo.

Não pode manter-se silêncio peranteo massacre que estão padecendo osexplorados da Síria. Há que romper essemuro, mas há que rompe-lo nas ruas. Jánão servem reuniões que com boasintenções se tornam diplomáticas e quequando elas terminam, todos voltam aseus países sem se comprometer a fazernada.

Basta de palavras. Já não há tempoque perder. A Síria martirizada não podeser derrotada.

As massas sírias lutam isoladas e naspiores condições, mas sua luta vive. Háque golpear a mesa e dizer a verdade. Al-Assad pode massacrar aos explorados daSíria porque muitos dos que falam emnosso nome, o dos trabalhadores, têmcercado sua luta, e porque os que dizemestar com ela, só o fazem de palavra. Senão fosse assim, os governos das potên-cias dominantes que sustentam aoassassino Al-Assad sentiriam em carneprópria o rigor dos trabalhadores impe-dindo o sustentar em um dia mais, arisco deles cair com ele.

Chamamo-los a que conquistemosuma luta unida e centralizada dos traba-lhadores do mundo para esmagar Al-Assad e romper o cerco das massas

Sírias. Chamamo-los a romper o muro dosilêncio, desse indigno e cínico silêncioque surgiu enquanto Al-Assad massacraao povo de Homs com seus canhões eseus bombardeios.

Lutando assim criaremos as melhorescondições para nos tirar de em cima aosCNT’s, às juntas militares de Egito, aosgovernos que têm expropriado nossasrevoluções. Esse é o caminho para queos trabalhadores da Europa parem o ata-que que sofrem das mesmas potênciasdominantes que mandam Al-Assad afazer o “trabalho sujo” no mando deles naSíria. Este é o caminho para que os ope-rários dos Estados Unidos, da Europa edo Japão, isto é, de todas as potênciasdominantes, parem o ataque que estesexercem de forma dura e violenta contraseus próprios trabalhadores.

Há que romper o muro do silêncio,porque senão o único que escutarão ostrabalhadores do mundo este 1° de Maioserão insultos, ataques, calunias e menti-ras contra as massas sírias. Isso aconte-ceu conosco, quando esta mesma genteque se diz de “esquerda” apoiava aKhadafy (o explorador e escravista amigoda rainha de Inglaterra e sócio das petro-leiras europeias). Diziam que éramos“agentes da OTAN e a CIA”, e nos atira-vam ataques pelas costas enquanto dáva-mos nossa vida em Brega, Misarrata,Trípoli e Bengasi, e inclusive quando fize-mos justiça com o cão de Khadafy.

E dizem isso a nós, a operários quecomo aos portuários nos faltam dedosnas mãos e em os pés por trabalhar des-calços em pleno inverno nas empresas“socialistas” de Khadafy, com um sóbanheiro para 1.500 de nós, com direto-res que se diziam “socialistas” queganhavam milhões de dólares e operários

famintos de 200 dólares ao mês. Nós, em nossas fábricas e em nossos

portos, contamos aos mártires que deixa-ram sua vida combatendo ao assassinoKhadafy. Certeza que para caluniar e dis-parar pelas costas aos combatentes eisolar de seus irmãos do mundo têm mui-tos “Khadafy” que lhes pagam. Assimtêm dividido e confundido aos trabalha-dores do mundo, por isso Al-Assad podematar impunemente por enquanto.

A divisão dos trabalhadores domundo é deixar fora das filas da classeoperária às massas de Síria. Por isso ochamado a vossa reunião: não podemospermitir em um dia mais que esta situa-ção continue aprofundando-se entre ostrabalhadores e pobres do mundo. É quelutar contra as massas de Síria é dividiraos trabalhadores do mundo, e silenciarseu combate é ser cúmplice de Al-Assad.Dizer que se está com a luta dos explora-dos sírios, mas deixar que eles lutem emorram sozinhos todos os dias, não éestar com eles, não é estar por esmagarAl-Assad.

Acabaram-se as palavras, tem chega-do a hora de uma ação unitária, efetiva econcreta.

Por isso lhes falamos desde as milí-cias de Líbia que não se rendem, que nãose corrompem ante o CNT, que não entre-gam suas armas, que combatemos emMisarrata, que já expulsamos ao CNT deali, e que nos reagrupamos para que nãose pare nossa revolução até que não con-quistemos o pão derrocando ao CNT emtoda Líbia. Desde os que buscamosexpropriar às petroleiras que se levamnossas riquezas e às que lhes imporemosnos devolver os bilhões que se roubaram;e desde os sofridos operários metalúrgi-

Os explorados de Síria resistindo as investidas do assassino Al-Assad

Page 10: Libia ao día 3

10

cos, da construção e portuários, muitosdeles irmãos provenientes de Egito eTunísia (a quem nos propomos organizare lutar junto a eles em primeiro lugar porsuas demandas, tal como o fazem os tra-balhadores norte-americanos com osimigrantes), neste 1° de Maio gritamos:armas, médicos, medicinas e alimentospara que triunfe a resistência em Síria!

Propomos-lhes que vossa reunião lhedemonstre às massas de Síria que real-mente não estão sozinhos. A UGTT deveganhar as ruas, chamar a nossos irmãosde classe tunisinos a cercar a embaixadade Síria na Tunísia e encabeçar, junto anós, o apelo a organizar as brigadas detodo o Magreb e Oriente Médio para ircombater junto às massas sírias.

Propomos-lhes que juntos saudemosa greve geral de nossos irmãos norte-americanos que lutam por suas deman-das de trabalho, contra as demissões eem apoio aos imigrantes cercando ao 1%de parasitas de Wall Street que oprime atodos nossos povos. Chamamo-los a quelevantemos em todo mundo o que jáescrevem nossos filhos nas ruas de Sirte:“Hoje Líbia, amanhã Wall Street”.

Nas reuniões e nos atos do 1° deMaio luta-se e votam-se resoluções pararedobrar a luta a partir de 2 de Maio paraadiante. Por isso lhes propomos quefaçamos em comum um apelo para pôrem pé um comitê internacional de todasas organizações operárias de combateque realmente estejam pela derrota daspotências dominantes e os patrões explo-radores que garanta armas, medicamen-tos, balas, e braços que as sustentempara que nossos irmãos de Síria triunfeme caia Al-Assad, porque com eles triunfa-remos nós. Vocês bem sabem, comonós, que se nos propomos algo, nada opode impedir. Insistimos-lhes, não hátempo que perder.

E se ainda insistem tão só em fazeruma reunião, os convidamos a que umadelegação da mesma se junte conosco nolugar que juntos concordemos para coor-denar uma ação unitária e centralizadapelas massas martirizadas de Síria. É queé lamentável que tenham tido o descuidode não ter convidado a organizar umareunião em comum às milícias de Líbia,que são as que enviaram a seus colegasa combater e a morrer a Homs e Deraa.

Vocês dizem em vosso apelo paravossa reunião que vão debater “as tarefas

e a solidariedade que estão propostascom as massas sírias”. Nós lhes fazemoschegar esta proposta por escrito.Seguramente vocês a poderão enriquecere contribuir com muitas mais ações atomar. Esperamos uma resposta.

Afirmamos que nossa luta não deveparar, até que não morra Al-Assad e triun-fem com o poder dos explorados as revo-luções que começamos. Nossa luta nãovai parar até que não triangule a bandeiraPalestina em Jerusalém e até que o 99%exproprie ao 1% dos parasitas de WallStreet e ponham em pé o poder dosexplorados ali onde governam a oligar-quia financeira e os parasitas do capitalfinanceiro internacional.

Companheiros, propomos-lhes este1° de Maio lutar e levantar juntos nossavoz:

Este 1° de Maio que a classe operá-ria mundial se ponha de pé num só eúnico combate em apoio a nossos

irmãos sírios!

No Egito, na Tunísia e na Líbia agoradevemos lutar também como nos EUA.VIVA A GREVE GERAL! Abaixo os CNTs!Julgamento e punição aos generaisassassinos do Egito! Fora os partidos dafraude eleitoral na Tunísia, continuado-res dos planos de fome e repressão deBen Alí! Morra Al-Assad! Que volteGrécia insurrecionada, onde se acen-deu a faísca, como na Tunísia, paraincendiar a Europa dos poderosos!

HONRA AOS MARTIRES DECHICAGO! HONRA AOS MARTIRES DE

SÍRIA!

Basta de caluniar e atirar-lhes tiros

pelas costas aos operários de Síria! É Al-Assad o agente da OTAN, da CIA e detodos os poderosos do planeta! Ele dirigeos bancos da Síria, com sua família con-trolam as empresas de telecomunica-ções, de comunicação, associados aosmilionários de Hezbollah no Líbano.

Basta de caluniar aos heroicos operá-rios sírios! A revolução na Tunísia come-çou quando nem sequer nos deixavamvender, a engenheiros sem trabalho, asverduras num posto para sobreviver comnossas próprias mãos e esforço. E porisso nos tomamos a Praça Tahrir noEgito. Porque nossos jovens não têm tra-balho nos insurgimos no Bahrein, noIêmen, como o fazem os jovens e os tra-balhadores na Europa das potênciasdominantes. Por isso se combate naSíria.

Na Líbia rompemos o exército, uni-mos-nos operários e soldados, queima-mos as delegacias de Khadafy porqueaumentaram nossos alimentos num200%, enquanto Khadafy, sua família eseus amigos viviam no Maior dos luxos ea opulência. Isto passou e segue passan-do na Líbia. Por isso a greve geral e adestruição do quartel do CNT emMisarrata deve ser o início da greve gerale a derrota do CNT e seus generais kha-dafistas em toda Líbia. Tem chegado ahora de pôr em pé e coordenar nossopróprio poder. Desde todas as fábricas emilícias de Líbia, junto aos estudantes denossos colégios e os médicos de nossoshospitais, deve surgir nosso poder quedeve ser coordenado e centralizar-se,porque ele merece triunfar para que triun-fe nossa revolução.

Basta já de mentiras! A revolução nasíria começou quando a ditadura de Al-Assad em nome do “socialismo de mer-cado” aplicou nesse país ataques de fome

Tanques de Al-Assad patrulhando as ruas de Homs

Page 11: Libia ao día 3

11

como Mubarak, Khadafy e Ben Alí. Eleprivatizou as empresas do estado quedavam lucros associando aos banqueirosde Wall Street, e demitiram 85 mil operá-rios e fechou 187 fábricas para queamassem fortunas um punhado de para-sitas como eles aliados aos banqueiros.

Operários e trabalhadores do mundo,na Síria morrem vossos irmãos mas tam-bém ali podem morrer vossas esperan-ças de justiça e de dignidade se eles sãoesmagados. NÃO O PERMITAMOS.

Irmãos da Tunísia vocês têm a pala-vra… nossas armas e nossa vida já estãojogadas e postas a disposição das insur-rectas massas de Síria. Morreremos ecombateremos com eles. Pelo pão, peladignidade, pela independência de nossasnações e pelo poder dos explorados emtodo mundo. Nem petroleiros nem ban-queiros, nem patrões nem ditadores,somos operários que nos temos insurre-cionado como o 1º de Maio de 1886 paraconseguir o pão e nossa dignidade.

Desde Grécia e toda Europa, há queparalisar todos os portos e os barcos quelevam armas e alimentos para o assassi-no Al-Assad e embarcar e levar alimentose armas à heroica resistência síria!

A classe operária de China e Russiadevem sublevar-se contra os assassinosPutin e Hu Jintao! Temos que parar a

maquinaria de guerra contra-revolucioná-ria de Putin e Hu Jintao que armam até osdentes ao assassino Al-Assad, e enviararmas, apetrechos e alimentos aos quecombatentes em Homs, Damasco!

Nem Liga Árabe nem o CNS, todoslacaios do imperialismo! Fora essa grutade bandidos da ONU da Síria!

Pela destruição do estado sionistafascista de Israel! Por uma Palestinaúnica, livre, laica, democrática e nãoracista sob um governo das massas auto-organizadas e armadas! Fora o imperia-lismo e suas tropas assassinas de Iraque,Afeganistão, Oriente Médio e todo o

Norte da África!

Por uma reunião unitária que coor-dene a luta efetiva com nossos irmãosde Síria!

Combatentes Revolucionários dasMilícias de Líbia

Comitê de Voluntários OperáriosInternacionalistas

26/04/2012

Durante 42 anos, Khadafy em nome do

“socialismo” condenou à classe operária

e os explorados de Líbia à fome, a escra-

vatura e os piores padecimentos. Mas, os

trabalhadores líbios com sua heroica

revolução esmagaram Khadafy e assim se

integraram, como um batalhão de

avançada, ao combate da classe operária

mundial

por isso este 1° de maio:

Viva a classe operária líbia e de todo onorte da áfrica e oriente médio, que

estão de pé junto aos mártires dechicago de hoje, as massas sírias!a revolução está viva. Que viva a

revolução!

Operários com seus uniformes de trabalho formam na milícia

Page 12: Libia ao día 3

Nós, os trabalhadoresdo porto de Trípoli,

expressamos nossoincondicional apoio comas massas sírias.Chamamo-las a quesigam nossos passos,derrotando a Bashar Al-Assad como nós derrota-mos a Mua'ammar Al-Qadafy, combatendo fisi-camente para enfrentarao exército até o derrotar,acompanhados da ora-ção. Por nossa parte,daríamos nosso sangue eaté nossos olhos por umarevolução triunfante naSíria, como assim tam-bém na Líbia, Tunísia e em toda a região.

Porque a revolução é de toda a região. Na Líbia foionde mais longe chegamos, a onde também têm quechegar Tunísia e Egito. Mas mesmo assim, hoje vemosque precisamos outra revolução na Líbia.

É que todas as revoluções feitas pelos operários(como as da França do século XIX, Rússia ou estas dospaíses árabes) são por necessidade. Não há comida,não há moradia digna, não há salário digno, e portantoos operários fazemos revoluções para solucionar isto.

Hoje na Líbia precisamos outra revolução, e setemos que fazer 10 revoluções, as faremos. E se preci-samos 20 revoluções na Líbia e na Síria, também asfaremos. Ou vivemos bem ou morremos lutando porisso. Saibam todos os gerentes, chefes e patrões: nãodescansaremos até conseguir nossas demandas; e setemos que fechar o porto impedindo a entrada e saídade mercadorias, o vamos fazer; e se temos que saircom nossos rifles a justiçar a todos os patrões, tambémo vamos fazer. Não presentearemos o sangue de nossosmártires.

Saudamos a todos os que para o primeiro de maio seorganizam para lutar junto às revoluciones operárias deLíbia e Síria, e os que levantam as demandas dos ope-rários. Na Líbia dificilmente faça-se algo para este dia,pois vimos de 42 anos de uma ditadura que só permi-tia os atos oficiais que o próprio regime qadafista orga-

nizava, e é a primeira vez que nos organizamos.Mas sabemos que na Tunísia se organizaram reu-

niões para este primeiro de maio. Também sabemosque esta reunião não chama nem é para fazer nada pornossos irmãos de Síria, nem por nós, nem pela revolu-ção. Os chamamo-los a que não se isolem eles mes-mos, senão que precisamos coordenar os combates deTunísia, Líbia, Egito e Síria. Precisamos a coordena-ção com os operários da Tunísia para avançar em nossaprópria organização e combate, e para que eles tam-bém avancem em seus combates e na luta junto aosexplorados sírios. A revolução não é só na Tunísia. Aíse deu início à revolução que levamos adiante cá naLíbia com um engenheiro imolando-se, e esta revolu-ção que é em toda a região hoje precisa dar um passoadiante.

Saudamos e agradecemos a todos os que se organi-zaram no ano passado para apoiar os combates quedemos cá na Líbia e que hoje seguem lutando pelotriunfo da revolução na Síria e em toda a região. Esseé o caminho para conseguir uma vida digna para todosos trabalhadores.

Assembleia Geral de TrabalhadoresPortuários de Trípoli

PRONUNCIAMENTO DOS PORTUÁRIOS DE TRÍPOLIPELO DIA INTERNACIONAL DO TRABALHADOR

25/04/2012

Milícia dos operários portuários