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Lições de Arquitetura HERTZBERGER, Herman INTRODUÇÃO Neste trabalho vamos apresentar uma leitura crítica e aprofundada do livro em questão. Analisamos este estudo com a finalidade de nos auxiliar na disciplina de projeto. O autor, Herman Hertzberger, trata sobre forma que nos são deixadas e como elas atingem seus usuários. Com isso, é direcionado aos diferentes usos que se pode ter em uma única forma.

Lições de Arquitetura- Hermam Hertzberger

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Neste trabalho vamos apresentar uma leitura crítica e aprofundada do livro em questão. Analisamos este estudo com a finalidade de nos auxiliar na disciplina de projeto.O autor, Herman Hertzberger, trata sobre forma que nos são deixadas e como elas atingem seus usuários. Com isso, é direcionado aos diferentes usos que se pode ter em uma única forma.Neste trabalho vamos apresentar uma leitura crítica e aprofundada do livro em questão. Analisamos este estudo com a finalidade de nos auxiliar na disciplina de projeto.O autor, Herman Hertzberger, trata sobre forma que nos são deixadas e como elas atingem seus usuários. Com isso, é direcionado aos diferentes usos que se pode ter em uma única forma.

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  • Lies de Arquitetura HERTZBERGER, Herman

    INTRODUO

    Neste trabalho vamos apresentar uma leitura crtica e

    aprofundada do livro em questo. Analisamos este estudo com a

    finalidade de nos auxiliar na disciplina de projeto.

    O autor, Herman Hertzberger, trata sobre forma que nos so

    deixadas e como elas atingem seus usurios. Com isso, direcionado

    aos diferentes usos que se pode ter em uma nica forma.

  • ESTRUTURA E INTERPRETAO

    No texto o autor cita dois tipos de estrutura, a estrutura como forma a que tem

    possibilidade de mudana e a estrutura concreta a que permanente.

    A forma muitas vezes no empregada com a inteno de abranger vrias funes, a

    forma deveria ter esta competncia para que pudesse desempenhar varias funes. Em um

    trecho do texto Hertzberger diz que a forma e capaz de adaptar-se e assumir novas

    aparncias, mas permanecendo a mesma estrutura, e cita vrios exemplos de cidades com

    objetos (canais, aquedutos, templos...) com mesma forma concreta que foram feitos para

    ser utilizados de uma forma especifica, que com o tempo acabaram tendo outra utilizao ou

    mais de uma.

    O Rio Tiet poderia ser um exemplo, hoje ele utilizado como rede de esgoto, em

    alguns pontos fonte de energia. O Rio tem 1010 km de comprimento, poderia ter uma maior

    variedade de uso, como meio de transporte de pessoas e de cargas.

    Figura 1. FONTE: http://www.sampa.art.br/historia/tiete

    Outro exemplo so as escolas, que em poca de eleies sedem sua estrutura para um

    novo uso temporrio.

    Figura 2. FONTE: http://silviomatutino2010.blogspot.com.br/2010/04/eleicao-parlamento-jovem-08-de-abril-de.html

    Figura 3. FONTE: http://www.jonathantutim.com/2009/09/12-coisas-pra-fazer-na-sala-de-aula.html

  • "Kansas City Public Library" ("Biblioteca Pblica de Kansas") - Missouri, Estados Unidos

    Figura 4. FONTE: http://obviousmag.org/archives/2010/12

    Este edifcio no corao de Kansas City est includo num dos projetos pioneiros para a

    modernizao da baixa da cidade. Foi pedido populao que escolhesse alguns livros

    conhecidos e que a representassem. Esses ttulos serviram de design para a entrada da

    garagem exterior. O objetivo era chamar a ateno e promover o uso da biblioteca.

    Esta biblioteca um bom exemplo de competncia, na qual atende totalmente o que o

    autor quer nos mostrar, que a forma diz tudo, pois qualquer interpretao desnecessria.

    ntido que essa forma s atende esse tipo de uso, pois se futuramente abrigar outra situao,

    sua aparncia ter que mudar.

    FORMA E INTERPRETAO

    O arquiteto deve ser capaz de construir uma estrutura concreta, uma forma que

    possibilite mudanas e que permitam mais de utilidade, o que Hertzberger chama de

    competncia e desempenho.

    Reciproca da forma e do uso mudana na forma e do uso, a forma no determina o

    uso, mas igualmente determinada pelos dois na medida em que interpretvel, portanto

    pode ser influenciada.

    A forma pode ser alterada, o uso pode ser modificado, por interpretaes diferentes.

  • O Rio Louise no Canad, no vero utilizado para passeios de barco, mas quando o

    inverno chega e as temperaturas caem e rio congela ele utilizado para patinao, a questo

    do tempo afeta muito nas condies de uso.

    Quando algo projetado pra todos, algo coletivo, cada pessoa tem sua maneira de

    interpretar a mesma coisa, ento algo com a mesma forma possuem varias interpretaes.

    Figura 5. FONTE: http://meetyoutherecanada.blogspot.com.br/2011_02_01_archive.html

    Figura 6. FONTE: http://www.trilhaseaventuras.com.br/blog/index.php/2012/03/um-rapido-city-tour-em-lake-louise

  • A ESTRUTURA COMO ESPINHA DORSAL GERATIVA: URDIDURA E TRAMA

    A urdidura possui o intuito de ser forte e tencionar corretamente enquanto a trama

    padroniza e define a textura do tecido, sendo assim a analogia feita pelo autor consiste na

    estrutura (urdidura) e na interveno e imaginao exercida no espao pelo usurio (trama).

    O projeto de Lucio Costa para Braslia possui um elemento estruturante muito forte

    que so os eixos rodovirios Norte-Sul e o monumental Leste-Oeste que poderia ser

    comparado com que o autor chama de urdidura, e as quadras ao longo do eixo Leste-Oeste

    poderiam ser comparadas com a trama do qual da mais liberdade de mudana ao usurio.

    PLANO PILOTO BRASLIA

    Segundo Hertzberger a megaestrutura possui maiores opes de diversificao,

    portanto ela quem determina os limites espaciais que tem como objetivo criar condies

    para o usurio desfrutar de uma liberdade excepcional. Sendo assim o complexo se torna

    mais rico do que poderia ter ficado ao ser feito somente por um arquiteto.

    O autor em meio dessa analise conclui que hoje em dia as pessoas no sabem como

    atribuir expresso ao seu estilo de vida, ou seja, trabalho do arquiteto buscar conceder as

    pessoas liberdade para escolherem como querem habitar.

    Figura 7. FONTE: http://www.arkitekturbo.arq.br/modern_brasil_por.html

  • Com isso, o arquiteto deve criar condies de explorao para o usurio fazer com que

    o projeto fique mais rico. De acordo com o Projeto de Casas Flutuantes (pg111-2oparagrafo)

    em que o projeto foi executado sobre a gua e atracadas no cais, o projetista forneceu as

    edificaes liberdade de expresso devido a ausncia de forma e aparncia oficial, com o

    objetivo de prover ao usurio vontade de interveno.

    O resultado desses projetos foi desapontador por conta do uso exercido pelos

    moradores, sendo o contrario da interveno de um arquiteto, pois o profissional teria

    utilizado o espao de uma forma mais coerente. Com isso, a demasiada liberdade concedida ao

    usurio no proporcionou bons resultados.

    Uma grelha pode determinar espaos como diferentes usos. A organizao da grelha

    possibilita a formao de praas e espaos de lazer, cortando a monotonia da grelha

    quadriculada e formando outras funes. Porm podem ter diferentes grelhas em uma mesma

    rea.

    GRELHA

    A grelha consiste em um principio mnimo de ordenamento da cidade, cujo

    proporciona variantes urbansticas mais coerentes.

    BARCELONA - IMPLANTAO

    Figura 8. FONTE: Google Maps

    Figura 9. FONTE: Google Maps

  • Segundo o autor a grelha corre perigo de se tornar montona por conta do traado

    retilneo uniforme, porm esse aspecto negativo fica inferior comparado ao potencial de

    expanso, de possibilidades de variao e de ordenamento que a grelha pode proporcionar.

    BARRETOS - IMPLANTAO

    Em Barretos h uma outras forma de grelha, onde as algumas quadras so para outros

    usos: de lazer, institucional, praas. Uma vez que essa grelha tambm pode mudar.

    O autor relata O que os indivduos conseguem em seus domnios privados no

    necessariamente conseguido por um grupo num espao comunitrio.

    O funcionamento do projeto depende principalmente de alcanar o equilbrio entre as

    regulamentaes e a liberdade de escolha. Hertzberger relata que o formato de grade

    estabelece regras, contudo flexvel quanto ao detalhamento do espao e reduz assim o

    efeito catico.

    No exemplo dos edifcios abaixo, possvel analisar para analisar que o primeiro utiliza

    da grelha, a uma variao na grelha, mas com uma simetria que se repete contendo um

    ordenamento, j no segundo caso o arquiteto no utiliza a forma da grelha, assim dando mais

    liberdade de criao para o arquiteto e liberdade de escolha para o morador.

    Figura 11. FONTE: http://www.ianmoorearchitects.com/v1.1/

    Figura 10. FONTE: Google Maps

  • ORDENAMENTO DA CONSTRUO

    Este um captulo, que como o prprio autor diz em seu ttulo, resulta de uma

    compreenso mais aprofundada dos usos e funes do agora e do futuro, de tal forma que o

    projeto sempre resulte em uma estratgia coerente.

    Para Hertzberger, esse ordenamento antecipa o desempenho que se pode esperar

    dele, e sua competncia que a partir de ento construda ou reconstruda por meio de um

    processo que instiga.

    Desempenho e Competncia so definies j citadas no comeo do texto, na qual

    nos faz remeter a princpio o modo pelo qual a forma interpretada em uma situao

    especfica, e em seguinte a capacidade da forma de ser interpretada, ou seja, o quanto ela

    capaz de transmitir interpretaes distintas a partir de uma forma.

    Como exemplo a unidade resultante do projeto que emprega consistentemente essa

    reciprocidade em que as partes determinam o todo e assim so determinadas por ele vista

    assim como uma estrutura.

    "Cubic Houses" ("Casas Cbicas") - Roterdo, HOLANDA

    Figura 13. FONTE: http://obviousmag.org/archives/2010/12

    Figura 14. FONTE: https://maps.google.com.br/maps?hl=pt-BR&q=cubic+houses&ie=UTF-8

    Figura 12. FONTE: http://www.brt.de/en/projects/nav/1/category/residential-buildings/project/home4-hamburg-1.html

  • A ideia original para a construo destas casas j remonta aos anos 70. Piet Blom

    desenvolveu um par delas, que foram erguidas em Helmond. No entanto, Roterdo quis que

    Piet desenhasse algumas no topo da ponte Pedonal, e ele decidiu aplicar as casas cbicas. O

    conceito tentar criar uma floresta, em que cada cubo representa uma rvore abstrata. Tal

    volumetria permite para cada casa uma diversidade em nveis, iluminao, recuos, ou seja,

    cada unidade representa uma diversidade que envolve o todo, na qual esse todo formado

    por todas essas unidades.

    Reversible Destiny Lofts" ("Lofts reversiveis do Destino") - Mitaka, JAPO

    Criados por Shusaku Arakawa e Madeline Gins. Por detrs deste mais que colorido e

    criativo conjunto de apartamentos est uma filosofia. As pessoas no devem estar relaxadas

    em casa, mas sim envoltas num ambiente que estimule os seus sentidos e revigore as suas

    vidas. Que no as faa estar sentadas todo o dia, mas sim ativas. Este exemplo nos remete

    somente um uso, mas com simetrias diferentes, o que nos explica o autor, o incentivo (citado

    no captulo seguinte) para que os usurios o influenciem sempre que possvel, no apenas

    para reforar sua identidade, mas especialmente para realar e afirmar a identidade de seus

    usurios.

    Com um outro enfoque, conforme diz o autor, uma estrutura que foi programada

    para acomodar todas as inseres possveis chega-se objetivamente a uma unidade de espao,

    componentes, materiais e cores, de tal forma que possa acomodar um mximo de usos

    variados.

    MASP - Museu da Arte de So Paulo So Paulo, BRASIL

    Figura 15. FONTE: http://obviousmag.org/archives/2010/12

    Figura 16. FONTE: http://muza-chan.net/aj/poze-weblog/mitaka-reversible-destiny-lofts-01.jpg&imgrefurl

    Figura 17. FONTE: http://educacao.uol.com.br/album/2012/04/20

    Figura 18. FONTE: http://teoriacritica13ufu.wordpress.com

  • No caso do Museu da Arte de So Paulo, com uma estrutura j fixa, possvel termos

    diversos usos e funes, tais como protestos, feira da antiguidade, apresentaes,

    acomodando assim diversas funes para tal.

    FUNCIONALIDADE, FLEXIBILIDADE E POLIVALNCIA

    De acordo com o autor, Hertzberger, trata de comeo com os trs itens os quais o julga

    essencial para arquitetura, funcionalidade que se caracteriza uma lio como o princpio que

    foi especificado at o fim, flexibilidade que a negao absoluta de um ponto de vista fixo

    definido e por fim polivalncia que d qualidade a quantidade necessria de usos de um

    determinado projeto.

    Tratando de funcionalidade, Hertzberger retrata que um projeto de arquitetura deve

    atender da melhor forma o que lhe foi proposto, mas no que toda arquitetura funcionalista

    fosse totalmente eficaz, mas sim aproximar-se da eficincia.

    Como flexibilidade, possvel indentificarmos edifcios que tem poder de mudana em

    seu uso, ou at mesmo absorver influncias das pocas. Um edifcio flexvel tem capacidade de

    adaptar-se a mudana e sua diversidade, conservando sempre sua identidade.

    ESTDIO do Morumbi, So Paulo - BRASIL

    Estdios de futebol exemplificam

    espaos polivalentes, na qual mantm seu Figura 20. FONTE: http://aliterasom.com/%3Fp%3D2857&docid=Uan9UQrQCQiuIM&imgurl

    Figura 19. FONTE: http://www.pinheiros.com.br/city/morumbi/estadio.htm&docid=PR3jHpCp0yychM&imgurl

  • carter e em situaes como shows sofrem alteraes para acomodar o diferente.

    FORMA E USURIOS: O ESPAO DA FORMA

    A partir do capitulo 7, Hetzberger abre espao para discutir a relao entre forma e

    usurio, e o que uma forma pode significar para o usurio, ou seja, sua interpretao,

    levantando questes sobre o criador, o projetista, e o usurio.

    E para isso necessrio acomodar a forma, como diz o texto, para assim ter a

    possibilidade de sua interpretao.

    FORMA CAPACIDADE DE ACOMODAO SIGNIFICADO PARA O USURIO

    INTERPRETAO

    Assim a forma pode influenciar o usurio, atravs de sua capacidade de absorver e

    comunicar significados, como o usurio pode influenciar na forma, se apropriando do mesmo.

    Ao projetar o material deve ser organizado para que a forma possa ser totalmente

    explorada, ajustando-se pessoas diferentes, em situaes diferentes e pocas diferentes,

    uma vez que uma forma pode ser permanente mas o significado no, obtendo vrios

    propsitos.

    CRIANDO ESPAO, DEIXANDO ESPAO

    Alm de tudo isso, fazer projetos com a capacidade de provocar, fazer uma oferta para

    no ser apenas neutro e flexvel, mas ter uma eficcia, chamada polivalncia, ou seja, que

    desempenha varias funes.

    ESCADARIA GAZETA AVENIDA PAULISTA

    Figura 22. FONTE: http://mpelliciari.sites.uol.com.br/fotos.htm&docid

    Figura 21. FONTE: http://juliarquitetura.blogspot.com/2010/10/seminario-hertzberger.html

  • De acordo com Herman, lances de escadaria, como mostra as imagens acima, inspiram

    um sentimento de importncia, e seu elemento construtivo, alm de ser usado com seu

    objetivo principal, funciona de um modo diferente, deixando espaos e assim criando espaos

    para outras funes como: sentar, conversar, comer, etc.

    A liberdade que o arquiteto pode oferecer ao usurio com espaos livres, possibilita

    uma diversidade de usos ao morador. Uma planta sem espaos definidos, da a liberdade ao

    usurio de modificar o espao, provocando-o a dar diferentes usos, influenciando a sua

    maneira

    O condomnio Residencial Maxhaus, no Itaim Bibi em So Paulo, oferece layouts mais

    livres, com poucos espaos definidos, dando mais liberdade para o morador.

    Com um espao de 70m, o apartamento disponibiliza um uma rea livre de

    divisrias, delimitando apenas paredes hidrulicas.

    Quanto mais rico for a variedade oferecida, maior ser a capacidade da casa para

    corresponder aos mais ricos e variados desejos de seus moradores.

    INCENTIVOS

    A capacidade de projetar com vrias possibilidades, interpretaes e

    consequentemente funes, preciso que seja remetido ao usurio algum incentivo para isso,

    deixar algo que desperte a necessidade de mudar. Para isso o arquiteto deve usar muito de

    sua imaginao para ser capaz de se identificar com o usurio e o que esperam do espao a ser

    projetado.

    Figura 23. FONTE: http://www.lopes.com.br/ficha-imovel-lancamento/lps/maxcasa/sp/sao-paulo/sul/vila-olimpia/apartamento/maxhaus-itaim/2012

    Figura 24. FONTE: http://www.lopes.com.br/ficha-imovel-lancamento/lps/maxcasa/sp/sao-paulo/sul/vila-olimpia/apartamento/maxhaus-itaim/2012

  • INCENTIVO IMAGINAO DO ARQUITETO IDENTIFICAO DO USURIO

    INCENTIVO /

    ASSOCIAES DO USURIO INDUZ A ALGO

    O arquiteto ao deixar algo inacabado espera que o usurio seja capaz de completa- lo.

    ADAPTAR

    PRODUTO SEMI-ACABADO AO USURIO INDUZ ADICIONAR

    RETIRAR

    Esse incentivo acontece muito em espaos definidos por pilares ou pilotis, retangulares

    ou cilndricos, pois liberam espaos livres, induzindo os usurios a varias outras funes.

    MINISTRIO DA SAUDE E EDUCAO OSCAR NIEMEYER

    Figura 25. FONTE: http://bethccruz.blogspot.com.br/2008/11/oscar-niemeyer-arquitetura-urbana-e.html

    Figura 26. FONTE: http://culturanosanos50.blogspot.com.br/2009/06/arquitetura-da-decada.html

  • Localizado no Rio de Janeiro o Ministrio da sade e da educao, foi um dos marcos

    da arquitetura moderna. Os grandes pilotis cilndricos liberam e delimita um grande espao

    livre debaixo do edifcio, funcionando como passagem de uma grande demanda de pessoas,

    que so incentivadas a dar outros usos a esse espao livre.

    O mesmo acontece no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM), projetada

    pelo arquiteto Affonso Eduardo Reidy, o edifcio, localiza conjuntos de dois pilares em uma

    nica sapata liberando espaos livres favorecendo a permeabilidade dos pedestres.

    A FORMA COMO INSTRUMENTO

    Quanto mais os usurios se identificarem com a forma, mas envolvidos sero ao lugar,

    pois a forma permitir que o lugar se adaptasse ao gosto de cada usurio, fazendo com que o

    dono o deixasse da maneira que o mais agradasse, se apropriando dele criando afeies do

    lugar. Os incentivos oferecidos pelos arquitetos do um espao para que os moradores, como

    citado no texto, deem um colorido aos seus lares, completando-os e preenchendo-os,

    tomando a forma como instrumento, assim existindo interao mtua entre usurio e a forma.

    Figura 27. FONTE: http://arqbrasil10.wordpress.com/arquitetura-moderna/

  • CONCLUSO

    A parte B aborda o objeto projetado mais como um instrumento do que como um

    elemento de ostentao defendendo uma maior eficincia.

    Discutimos exemplos da capacidade da forma para desempenhar diversos papis sob

    condies necessrias, mas tambm pelo incentivo real ao uso diferenciado.

    Pesquisamos exemplos que pudessem nos ajudar a compreender as vrias maneiras de

    interpretao, desempenho e flexibilidade da forma. Assim podemos concluir que o arquiteto

    tem o papel essencial em fazer com que a forma possa desempenhar diversos papis sob

    diversas condies, fazendo com que a forma incentivem usurios possveis alteraes.