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LIFE12 NAT/PT/000195 Midterm Report Covering the project activities from 01/10/2013 to 30/11/2015 Reporting Date 15/12/2015 LIFE RECOVER NATURA Project location Ilhas Desertas e Ponta de São Lourenço, Madeira, Portugal Project start date: 01/10/2014 Project end date: 30/09/2017 Total budget 1.344.044EC contribution: 658.798€ (%) of eligible costs 49,02% Name Beneficiary Serviço do Parque Natural da Madeira Contact person Mrs Dília Menezes Postal address Quinta do Bom Sucesso Caminho do Meio, 9064 512 Funchal Telephone 00351 291214360 Fax: 00351 291214379 E-mail [email protected] Project Website liferecovernatura.pnm.pt

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LIFE12 NAT/PT/000195

Midterm Report Covering the project activities from 01/10/2013 to 30/11/2015

Reporting Date

15/12/2015

LIFE RECOVER NATURA

Project location Ilhas Desertas e Ponta de São Lourenço, Madeira, Portugal

Project start date: 01/10/2014

Project end date: 30/09/2017

Total budget 1.344.044€

EC contribution: 658.798€

(%) of eligible costs 49,02%

Name Beneficiary Serviço do Parque Natural da Madeira

Contact person Mrs Dília Menezes

Postal address Quinta do Bom Sucesso – Caminho do Meio, 9064 – 512 Funchal

Telephone 00351 291214360

Fax: 00351 291214379

E-mail [email protected]

Project Website liferecovernatura.pnm.pt

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Índice 1. Abreviaturas utilizadas ....................................................................................................3

2. Resumo Executivo ...........................................................................................................4 2a. Executive summary .........................................................................................................6

3. Introdução .......................................................................................................................9 4. Parte Administrativa ...................................................................................................... 10

4.1. Gestão do projeto ........................................................................................................... 10 4.2. Avaliação do sistema de gestão ...................................................................................... 13

5. Parte Técnica ................................................................................................................. 15 5.1. Progresso técnico, por ação ............................................................................................ 15

5.2. Ações de divulgação e sensibilização ............................................................................. 58 5.3. Avaliação da implementação do projeto ......................................................................... 63

5.4. Análise de benefícios a longo prazo ............................................................................... 72 6. Comentários ao relatório financeiro ............................................................................... 75

6.1. Sumário dos custos ........................................................................................................ 75 6.2. Sistema de contabilidade ................................................................................................ 76

6.3. Acordos de parceria ....................................................................................................... 78 6.4. Auditoria ....................................................................................................................... 78

6.5. Sumário dos custos por ação .......................................................................................... 79 6.6. Disponibilidade de cofinanciamento .............................................................................. 82 7. Anexos .......................................................................................................................... 83

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1. Abreviaturas utilizadas

SPNM – Serviço do Parque Natural da Madeira

SPEA – Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves

DRFCN – Direção Regional de Florestas e Conservação da Natureza

ZEC – Zona Especial de Conservação

FCT – Faculdade de Ciência e Tecnologia da Universidade de Lisboa

DCN – Divisão da Conservação da Natureza

DOPEA – Divisão do Ordenamento, Projetos e Educação Ambiental

CSIC – Consejo Superior de Investigaciones Científicas

IVA – Imposto Valor Acrescentado

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2. Resumo Executivo

O projeto LIFE RECOVER NATURA – Recuperação de espécies e habitats terrestres

dos sítios da Rede Natura 2000 da Ponta de São Lourenço e Ilhas Desertas, tem como

principal objetivo garantir que os ecossistemas dos sítios da Rede Natura 2000 da Ponta de

São Lourenço e das Ilhas Desertas (Deserta Grande e Ilhéu Chão) atinjam um estatuto de

conservação estável, favorável e autossustentável. Os seguintes objetivos específicos foram

considerados:

Criação de uma área livre de vertebrados introduzidos na Ponta de São Lourenço;

Erradicação e /ou controlo das populações de espécies de vertebrados introduzidos;

Redução significativa das populações de plantas invasoras;

Controlo e estabilização das populações de gaivota-de-patas-amarelas;

Controlo das populações de formiga-argentina;

Retirada da linha elétrica aérea existente na ZEC da Ponta de São Lourenço;

Implementação, no decurso do projeto, dos planos de medidas de conservação específicos

para as espécies com estatuto de conservação mais preocupante (constantes nos anexos

das diretivas comunitárias);

Promoção de um forte apoio do público em geral que suporte a conservação destes sítios

da Rede Natura 2000, não só através da promoção e melhoria das condições de receção

nestas áreas, mas também da divulgação massificada de informação sobre as mesmas.

Os produtos e marcos do projeto incluem:

Produção de logotipo e mascote exclusivos do projeto, assim como de uma página de

internet com notícias atualizadas sobre as ações desenvolvidas, progressos e resultados;

Produção de mapas cartográficos atualizados com as áreas de distribuição, densidade e

cobertura das espécies de flora indígena e endémica, presentes nas áreas de projeto, com

destaque para as constantes no anexo II da Diretiva Habitats;

Produção de mapas cartográficos com a evolução das áreas de distribuição, densidade e

cobertura de espécies de plantas invasoras;

Estimativas populacionais de cagarra e alma-negra na Deserta Grande;

Redução da atividade das cabras para níveis insignificantes;

Redução da atividade dos murganhos para níveis insignificantes;

Enterro da linha elétrica área existente na ZEC da Ponta de São Lourenço;

Colocação no terreno de estações e loggers meteorológicos para implementação de um

esquema de monitorização dos principais fatores climáticos;

Estabelecimento de campanhas divulgativas dedicadas à promoção sensu lato do projeto,

das áreas de intervenção e da biodiversidade, através de palestras dirigidas, exposições

itinerantes, promoção nos media, realização de um evento lúdico-desportivo ou visitas

guiadas às áreas de projeto;

Produção de material promocional do projeto (t-shirts, pins e pens, entre outos.);

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Realização de dois workshops para divulgação do projeto;

Produção de um relatório para leigos;

Apresentação de 20 Planos de Ação para as espécies-alvo e 2 Planos de Ação para os

habitats-alvo listados nos anexos das Diretivas Aves e Habitats;

Revisão dos Planos de Ordenamento e Gestão das ZEC da Ponta de São Lourenço

(PTMAD0003) e Ilhas Desertas (PTDES0001);

Gestão do projeto

A gestão geral do projeto é da responsabilidade do Serviço do Parque Natural da Madeira

(Beneficiário Coordenador). No entanto, foram criados diversos grupos de trabalho,

agrupando espécies ou temáticas de intervenção, compostos caso a caso por elementos com

reconhecidos méritos técnicos e científicos para o grupo em questão, podendo ser elementos

afetos ao SPNM, SPEA ou DRFCN, ou investigadores associados em nome individual.

Ao longo de todo o projeto têm sido efetuados contactos informais periódicos entre a

equipa de gestão e cada um dos grupos de trabalho, de modo a que haja não só uma

preparação e integração logística adequada, mas também um acompanhamento atempado do

cumprimento da calendarização das ações e dos eventuais constrangimentos encontrados que

obriguem à revisão dos objetivos preconizados. O projeto conta igualmente com o apoio das

Comissões Consultiva e Científica.

A estrutura de gestão desenhada tem funcionado sem qualquer constrangimento,

considerando-se que tem servido de forma adequada os intentos previstos na prossecução dos

objetivos do projeto.

Parte Técnica

O presente relatório procura resumir as ações desenvolvidas nos primeiros dois anos de

projeto, apresentando os principais resultados obtidos. Até ao momento foram já dados passos

importantes para a concretização dos objetivos propostos, nomeadamente no que concerne: i)

ao melhoramento das condições de trabalho e permanência nas áreas de projeto; ii) ao

melhoramento do conhecimento e correta avaliação e monitorização de espécies importantes

da flora, malacofauna terrestre, quiropterofauna e avifauna marinha; iii) ao controlo e/ou

erradicação de murganhos, plantas invasoras, cabras e formiga-argentina e iv) ao

estabelecimento de campanhas e meios de promoção dos valores naturais e aumento da

visitação às áreas de projeto;

Consideramos portanto que, apesar de alguns constrangimentos no desenrolar de algumas

ações, cujo desenrolar técnico e logístico sofreu algum atraso, não se apresentam como

impedimento para os resultados finais esperados, e os objetivos gerais previstos se mantêm

atingíveis no horizonte temporal do projeto.

Parte Financeira

O projeto LIFE RECOVER NATURA apresenta um orçamento total de 1.344.044€,

tendo recebido de pré-financiamento uma verba de 263.519,2€. A 30 de novembro de 2015,

havia já sido gasto um total de 508.008,23€, que representa um total de 37,8% do orçamento

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inicial, e que corresponde a 192,78% da primeira tranche de financiamento do programa

LIFE+.

Relativamente à execução financeira do projeto, as diferentes rubricas estão de acordo

com o esperado com o ponto de situação das ações, pelo que julgamos que o projeto tem

decorrido maioritariamente com o proposto na candidatura, não se verificando atrasos

significativos nem constrangimentos à sua boa execução.

Conclui-se que o projeto é viável e exequível dentro dos prazos estabelecidos e do

orçamento previsto, não se prevendo atrasos ou obstáculos intransponíveis até ao final.

2a. Executive summary

The long-term or ongoing objective of the LIFE RECOVER NATURA project is to

guarantee that the ecosystems of the Natura 2000 Sites of Ponta de São Lourenço and

Desertas Islands (Deserta Grande and Ilhéu Chão) reach a stable, favorable and self-sustaining

conservation status. The following specific objectives were considered:

creation of an area free of introduced vertebrates on Ponta de São Lourenço;

erradication of rabbit, rats and mice populations;

significant reduction of the goat population;

significant reduction of the populations of invasive plants;

control and stabilisation of the populations of Yellow-legged Gulls;

control of the populations of Argentine ants;

removal of the overhead power line located in the Ponta de São Lourenço;

approval, in the course of the project, of the action plans for those Habitat and Bird

Directive species whose conservation status is not favorable;

fostering of strong public support for the conservation of these Natura 2000 network

sites, not only by means of publicity and the improvement of conditions for visitors to

these areas, but also by the large-scale spreading of information about them.

Key deliverables and outputs include:

production of project’s logo and mascot, as well as a web page with updated news on the

actions taken, progress and results;

production of updated cartography regarding the distribution, density and coverage of the

existing indigenous and endemic flora in the project areas, highlighting the ones listed in

the Habitats Directive’s Annex II;

production of updated cartography regarding the evolution of the distribution areas,

density and coverage of the invasive plants species;

population estimates of Calonectris diomedea and Bulweria bulwerii in Deserta Grande;

reduction of goat’s activity to insignificant levels;

reduction of mice’s activity to insignificant levels;

removal of the overhead power line from Ponta de São Lourenço;

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implementation of a monitoring scheme to follow the climatic conditions;

establishment of campaigns regarding the promotion of the project action and areas, as

well as the biodiversity values, through lectures, exhibitions, media, promotion of events

and dedicated tours to the project areas;

production of merchandising products (e.g. t-shirts, pins, pendrives);

development of two workshops to present the project;

preparation of a layman´s report;

the elaboration of Species Action Plans and the revision of the Management Plans for

these SAC.

Project management

The overall coordination of the project is responsibility of the Serviço do Parque Natural

da Madeira (Coordinating Beneficiary). However, several working groups were established,

grouping species or intervention themes, gathering persons with recognized technical or

scientific merits for the group in question, which can be SPNM, SPEA or DRFCN staff, as

well as associated scientists on their behalf.

Throughout the project there has been informal contacts between the project’s

management team and each working group, to provide an efficient planning, as well as an

effective monitoring of the action’s schedule, and any possible constraints encountered that

require the revision of recommended goals. An Advisory and a Scientific Committee also

support the project.

The designed management structure has been functioning without any embarrassment,

and we consider that it has served adequately its anticipated intents regarding the project’s

objectives.

Technical part

The report seeks to summarize the actions developed in the first two years of the project,

presenting the main results obtained. So far, there have been given important steps for the

implementation of the project, particularly with regard for: i) improvement of working

conditions in the areas of the project; ii) enhancement of the knowledge and proper evaluation

and monitoring of important flora, terrestrial mollusks, bats and marine birds species; iii)

control or eradication of invasive plants, goats and argentine-ant and iv) establishment of a

publicity campaign for the promotion of the biodiversity values and increasing the number of

visitor to the project’s areas.

Therefore, we consider that, despite some constraints in the proceedings of some action

(technical and logistical unfolding suffered some delay) that result in no impediment to the

expected results, the predicted overall goals remain achievable within the timeframe of the

project.

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Financial part

LIFE RECOVER NATURA has a total budget of 1.344.044 €, and received a pre-

financing of 263.519,2 €. By November 30, 2015, 508.008,23€ had been spent, representing

37,8% of the initial budget, and corresponding to 192,78% of the pre-financing sum, thus

complying with the required threshold for the presentation of this report (over 150%).

Regarding the financial execution, all cost categories comply with the current status of

the project’s actions. As so, we found that the project is running accordingly to the proposed

in the application, and have not been verified any delays or constraints for its proper

implementation.

We conclude that the project is viable and feasible within the deadlines and budget, and

no substantial delays or insurmountable obstacles are expected.

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3. Introdução

O projeto LIFE RECOVER NATURA – Recuperação de espécies e habitats terrestres

dos sítios da Rede Natura 2000 da Ponta de São Lourenço e Ilhas Desertas, é coordenado pelo

SPNM, tendo como beneficiário associado a SPEA. Este projeto conta ainda com a parceria

institucional da DRFCN e de vários investigadores em nome individual de áreas de estudo

como a Entomologia, a Malacologia, Ornitologia, Flora, Investigação de Recursos Genéticos

e Quiropterofauna. Financiado pelo instrumento LIFE+ da Comissão Europeia, o principal

objetivo deste projeto é garantir que os ecossistemas dos sítios da Rede Natura 2000 da Ponta

de São Lourenço e das Ilhas Desertas (Deserta Grande e Ilhéu Chão) atinjam um estatuto de

conservação estável, favorável e autossustentável.

Estas áreas abrigam um elevado número de espécies endémicas e exclusivas das mesmas,

muitas das quais listadas nos anexos das Diretivas Habitats e Aves. Este objetivo será atingido

através da criação de condições para a recuperação de habitats e espécies, nomeadamente

através da erradicação e controlo das espécies de vertebrados, invertebrados e plantas

introduzidas ou de caráter invasor e minimização dos fatores erosivos sobre estes locais.

As medidas implementadas no âmbito deste projeto são cruciais para a recuperação

destes habitats e espécies. Os objetivos específicos do projeto são assim:

Criação de uma área livre de vertebrados introduzidos na Ponta de São Lourenço;

Erradicação e /ou controlo das populações de espécies de vertebrados introduzidos;

Redução significativa das populações de plantas invasoras;

Controlo e estabilização das populações de gaivota-de-patas-amarelas;

Controlo das populações de formiga-argentina;

Retirada da linha elétrica aérea existente na ZEC da Ponta de São Lourenço;

Implementação, no decurso do projeto, dos planos de medidas de conservação

específicos para as espécies com estatuto de conservação mais preocupante

(constantes nos anexos das diretivas comunitárias);

Promoção de um forte apoio do público em geral que suporte a conservação destes

sítios da Rede Natura 2000, não só através da promoção e melhoria das condições

de receção nestas áreas, mas também da divulgação massificada de informação

sobre as mesmas.

Em termos gerais os resultados esperados são:

Eliminação ou redução significativa dos agentes contribuintes para o mau

funcionamento dos ecossistemas;

Aprovação de programas de conservação para espécies e habitats;

Consciencialização pública da importância de salvaguarda dos ecossistemas;

Implementação e gestão eficiente.

Correta gestão das diversas ações permitindo a implementação efetiva e eficiente

do projeto.

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4. Parte Administrativa

4.1. Gestão do projeto

A gestão geral do projeto é da responsabilidade do Beneficiário Coordenador, o Serviço

do Parque Natural da Madeira (SPNM). No entanto, foram criados diversos grupos de

trabalho, agrupando espécies ou temáticas de intervenção, compostos caso a caso por

elementos com reconhecidos méritos técnicos e científicos para o grupo em questão, podendo

ser elementos afetos ao SPNM, SPEA ou DRFCN, ou investigadores associados em nome

individual, que têm responsabilidade direta na implementação de terreno de cada uma das

ações e no reporte do ponto de situação de cada uma das ações à equipa de gestão. Existem

portanto diversos grupos de trabalho, que se apresentam seguidamente:

Grupo do beneficiário associado SPEA (estudo do pintainho Puffinus lherminieri

baroli, e eliminação da linha elétrica da ZEC da Ponta de São Lourenço);

Grupo responsável pelas ações de controlo e erradicação de vertebrados;

Grupo responsável pelas ações de controlo e erradicação de flora invasora;

Grupo responsável pelas ações de estudo e conservação da flora;

Grupo responsável pelas ações de estudo e conservação de Beta patula;

Grupo responsável pelas ações de estudo e conservação de moluscos terrestres;

Grupo responsável pelas ações de estudo, conservação e promoção de aves

marinhas pelágicas e ecologia trófica de gaivota-de-patas-amarelas;

Grupo responsável pelas ações de controlo e estabilização das populações de

gaivota-de-patas amarelas;

Grupo responsável pelas ações de controlo de formiga-argentina;

Grupo responsável pelas ações de estudo e conservação de quirópteros;

Grupo de trabalho responsável pela implementação das ações de divulgação;

Iniciado em outubro de 2013, este projeto foi apresentado ao público a 7 de abril de 2014,

no edifício do Centro Cívico do Caniçal, num evento que contou com a presença do Exmo.

Senhor Secretário Regional do Ambiente e dos Recursos Naturais, Dr. Manuel António

Correia, e que juntou cerca de uma centena de pessoas, que tiveram a oportunidade de

perceber os objetivos e ações deste projeto, no sentido de salvaguardar os habitats e espécies

com interesse nas áreas da Rede Natura 2000 da Ponta de São Lourenço e Ilhas Desertas.

Ao longo de todo o projeto têm sido efetuados contactos informais periódicos entre a

equipa de gestão e cada um dos grupos de trabalho, tendo igualmente existido reuniões

informais sectoriais, de modo a que haja não só uma preparação e integração logística

adequada, mas também um acompanhamento atempado do cumprimento da calendarização

das ações e dos eventuais constrangimentos encontrados que obriguem à revisão dos objetivos

preconizados. Este modo de acompanhamento informal tem igualmente sido seguido no

relacionamento institucional entre Beneficiário Coordenador e Beneficiário Associado, que

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têm mantido, desde 2013, contactos e reuniões informais, a maioria das quais através de

Skype. No que diz respeito ao Beneficiário Associado (SPEA), em maio de 2015 sofreu uma

alteração na coordenação, passando a mesma a ser representada pela Dra. Cátia Gouveia em

substituição da Dra. Isabel Fagundes.

O projeto conta igualmente com o apoio das Comissões Consultiva e Científica.

Realizaram-se três reuniões de Comissão Consultiva, em outubro de 2013, fevereiro e outubro

de 2014, com a presença dos diversos parceiros do projeto, no sentido de coordenar os

trabalhos e o desenvolvimento das diversas ações.

Até ao momento realizou-se apenas uma reunião de Comissão Científica, em outubro de

2014, que permitiu assim juntar vários investigadores e técnicos com experiência em diversas

temáticas inerentes às ações do projeto.

As atas das reuniões são apresentadas no anexo 7.1.1.

Organograma e estrutura de gestão

A estrutura de gestão do projeto e a equipa responsável pela sua implementação foi

adaptada de forma a cumprir com todos os requisitos das ações do projeto, permitindo a sua

execução na totalidade. A coordenação do projeto é assegurada pela coordenadora estratégica,

Dra. Dília Menezes, e pelo gestor, Dr. Pedro Sepúlveda, por parte do Beneficiário

Coordenador, e pela Dra. Cátia Gouveia, por parte do Beneficiário Associado.

De um modo global a estrutura de gestão pode ser caracterizada pelo seguinte

organograma:

(1)+(2)+(3)+(6)+(8)+(9)+(10)– equipa interna do SPNM

(2)+(3)+(5) – equipa gestora do projeto

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Nota: O projeto integra ainda duas Comissões (consultiva e científica) que têm caráter meramente consultivo,

pelo que não são apresentados no organigrama, que apresenta essencialmente a estrutura operacional do projeto.

(1) Diretor do Parque Natural da Madeira: Responsável máximo do beneficiário coordenador. Participa em

diversas ações, preside às comissões consultiva, científica e equipa interna do SPNM. Responsável pelas ações

de erradicação e controlo de espécies de vertebrados com caráter invasivo. Participa em diversas ações;

(2) Coordenador estratégico do projeto. Chefe de Divisão de Conservação da Natureza do SPNM. Membro da

equipa interna do SPNM, da equipa gestora do projeto e das comissões consultiva e científica do projeto.

Monitoriza todo o projeto de uma forma global. Responsável pelas ações de monitorização de aves marinhas pelágicas e de gaivota. Participa em diversas ações;

(3) Gestor Geral do projeto. Membro da equipa interna do SPNM, da equipa gestora do projeto e das comissões

consultiva e científica do projeto. Participa em diversas ações;

(4) Diretor executivo da SPEA. Membro das comissões consultiva e científica. Participa em diversas ações;

(5) Gestor de projeto SPEA. Membro da equipa gestora e da comissão consultiva. Participa em diversas ações;

(6) Chefe de Divisão da área da divulgação e educação ambiental. Membro da equipa interna do SPNM.

Membro da comissão Consultiva. Participa em diversas ações;

(7) Coordenador jurídico do projeto. Técnico superior do SPNM. Elaboração de contratos e análise jurídica de todos os processos inerentes ao projeto. Participa nas ações de elaboração de documentação com caráter legal

(planos de ação, revisão planos gestão, elaboração legislação específica);

(8) Coordenador financeiro do projeto. Técnico superior do SPNM. Membro da equipa interna do SPNM;

(9) Coordenador da Área Protegida da Ponta de São Lourenço. Técnico Superior do SPNM. Membro da equipa

interna do SPNM e da comissão consultiva e científica do projeto. Responsável da equipa de erradicação de

plantas invasoras. Participa em diversas ações;

(10) Coordenador da Reserva Natural das Ilhas Desertas. Técnico Superior do SPNM. Membro da equipa interna

do SPNM e da comissão consultiva do projeto. Participa em diversas ações;

(11) Técnicos superiores SPEA. Preparação e execução de trabalhos de campo em diversas ações. Recebem

instruções da equipa gestora do projeto;

(12) Técnico superior do SPNM. Participa em diversas ações, incluindo a ação F5 (gestor do projeto LIFE Eco

compatível);

(13) Técnico superior do SPNM. Participa em diversas ações, incluído a ação F5 (gestor do projeto LIFE Ilhéus

do Porto Santo);

(14) Técnico superior do SPNM. Participa em diversas ações, essencialmente relacionadas com a monitorização

de aves marinhas;

(15) Técnico superior do SPNM. Participa em ações relacionadas com a preparação de documentação legal;

(16) Chefe de departamento. Responsável pela unidade de equipamento e viaturas do SPNM. Responsável pelo

apoio logístico e organização material em terra e no mar. Participa em diversas ações;

(17) Chefe de departamento. Responsável pelo setor administrativo. Participa em diversas ações;

(18) Técnico informático. Responsável pela informática associada ao projeto. Participa em diversas ações;

(19) Coordenador técnico. Participa em diversas ações;

(20) Assistente técnico. Responsável pela unidade de manutenções, logística e aprovisionamentos. Participa em

diversas ações;

(21) Assistente técnico. Participa em ações ligadas à divulgação e educação ambiental;

(22) Vigilantes da Natureza Especialistas (VNE). Responsáveis pela execução no terreno de diversas ações;

(23) Vigilantes da Natureza (VN). Participam na execução no terreno de diversas ações;

(24) Vigilantes da Natureza (VN). Colaboram exclusivamente em ações de divulgação e educação ambiental;

(25) Assistentes Operacionais. Participam na execução no terreno de diversas ações;

(26) Marinheiro. Responsável pela condução de embarcações utilizadas nas diversas ações;

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(27) Vigilante da Natureza Especialista. É parte integrante da tripulação obrigatória das embarcações do SPNM

utilizadas nas diversas ações;

(28) Assistência externa. São as pessoas e instituições contratadas para executarem determinados serviços ao

projeto, ou que colaboram no mesmo a título gracioso.

Cadeia de Comando (1) e (4) – Dirigem as instituições beneficiárias do projeto. Disponibilizam superiormente e asseguram os meios

humanos, técnicos e financeiros indispensáveis ao sucesso do projeto. São hierarquicamente superiores a todos

os elementos do projeto e estão em permanente comunicação entre si e com todos os elementos afetos ao projeto;

(2), (3) e (5) – Constituem a equipa gestora do projeto, pelo que é a partir dela que emanam os comandos para os

restantes recursos humanos afetos ao projeto (próprios e contratados), garantindo a execução técnica, financeira

e logística das ações. Monitorizam e avaliam continuamente o andamento das ações;

(6), (7), (8), (9) e (10) – Coordenadores das áreas jurídica, financeira, áreas protegidas, divulgação e educação

ambiental. Serão instruídos pela equipa gestora, nas respetivas áreas de atuação;

(11), (12), (13), (14) e (15) – Técnicos superiores especialistas nas diversas áreas de intervenção do projeto.

Asseguram a execução técnica do projeto, no terreno e fora dele, recebendo instruções da equipa gestora, e

orientando os vigilantes da natureza e assistentes operacionais nos trabalhos de campo;

(16), (17), (18), (19), (20) e (21) – Técnicos coordenadores da logística de terreno (transporte de pessoas e bens em mar e em terra) e administrativa, segurança e informática do projeto. Recebem instruções da equipa gestora

do projeto;

(22), (23) e (24) – Vigilantes da natureza. Executam no terreno as ações do projeto, recebendo para o efeito as

instruções da equipa gestora do projeto, e dos técnicos que acompanham as diversas ações;

(25) – Assistentes operacionais. Executam no terreno as ações do projeto, recebendo para o efeito as instruções

da equipa gestora do projeto, e dos técnicos que acompanham as diversas ações;

(26) Marinheiro. Recebe instruções da equipa gestora do projeto e dos técnicos que acompanham as diversas

ações;

(25) Consultadoria externa. Conjunto de pessoas e instituições contratadas ou colaboradoras a título gratuito para

a execução de tarefas incluídas nas diversas ações. São coordenados pela equipa gestora de projeto.

4.2. Avaliação do sistema de gestão

A estrutura de gestão desenhada tem funcionado sem qualquer constrangimento,

considerando-se que tem servido de forma adequada os intentos previstos na prossecução dos

objetivos do projeto.

Em termos do funcionamento da equipa do Beneficiário Associado, nomeadamente no

que diz respeito ao staff envolvido nos trabalhos de terreno, existiu uma alteração ao modus

operandi previsto na candidatura. Inicialmente estava pensada a atribuição específica de

funções de coordenação e integração em equipas de trabalho aos Vigilantes da Natureza. No

entanto, dado o carácter polivalente e à capacidade abrangente de desenvolvimento de

trabalhos de terreno, e também por ter sido alterado o modo interno de funcionamento quanto

à escala dos mesmos para as diferentes áreas, o que tem ocorrido é a intervenção dos diversos

Vigilantes da Natureza em mais do que uma ação. Este novo procedimento não tem colocado

quaisquer entraves ao correto funcionamento do projeto, tendo levado apenas e só a um

aumento do número de pessoas envolvidas no desenvolvimento dos trabalhos de campo, sem

contudo levar a um aumento dos custos de pessoal. Neste momento estiveram envolvidos, da

parte do Beneficiário Coordenador, o Diretor do Serviço, duas Chefes de Divisão, dez

Técnicos Superiores, dois Chefes de Departamento, dois Técnicos Informáticos, três

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Coordenadores Técnicos, quatro Assistentes Técnicos, 32 Vigilantes da Natureza, dois

Assistentes Operacionais e um Marinheiro.

De uma forma geral a comunicação entre a equipa gestora do projeto e os diversos grupos

de trabalho tem funcionado, com exceção do grupo de trabalho responsável pelas ações de

estudo e conservação de quirópteros que, por indisponibilidade dos consultores associados,

tem levado a um atraso na implementação das ações.

No que concerne à composição dos grupos de trabalho, será necessária uma alteração da

equipa afeta às ações de estudo e conservação da malacologia, uma vez que, por motivos de

saúde os consultores Regina Cunha e Roberto Resendes não poderão continuar a dar o seu

contributo. Assim, será fundamental encontrar alternativas para prover o projeto com o

conhecimento científico que estes consultores emprestavam ao projeto, de modo a que não

sejam colocados em causa os objetivos iniciais. Estão a ser estabelecidos contactos neste

sentido, pelo que em próximos relatórios informaremos das decisões tomadas e de eventuais

protocolos estabelecidos.

O acordo de parceria celebrado no âmbito do projeto em novembro de 2013 entre o

SPNM e a SPEA é apresentado no anexo 7.1.2.

Consideramos portanto que, apesar de alguns constrangimentos no desenrolar de algumas

ações, cujo desenrolar técnico e logístico sofreu algum atraso, não se apresentam como

impedimento para os resultados finais esperados e os objetivos gerais previstos se mantêm

atingíveis no horizonte temporal do projeto.

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5. Parte Técnica

5.1. Progresso técnico, por ação

Ação A1 - Determinação da área de distribuição e densidade da população de coelho na

área de projeto

Responsável: SPNM

Calendarização: 1º trimestre de 2014

Estado: Em curso, a necessitar de revisão

Mantém-se a situação descrita no anterior relatório, relativa à ausência de sinais

indicativos da presença de coelhos. Têm sido efetuados trabalhos regulares de prospeção,

mantendo-se a previsão de intervenção caso sejam detetados sinais do regresso das

populações de coelho.

No entanto, nos trabalhos de monitorização das populações de murganhos, ratos e

coelhos, foram detetados gatos quer no Ilhéu do Desembarcadouro, quer na Península da

Ponta de São Lourenço. Nesse sentido, foram adquiridas gatoeiras, que foram seguidamente

colocadas no terreno, de modo a erradicar esta espécie destas áreas sensíveis.

Até agora foram avistados cerca de uma dezena de gatos, dos quais 3 juvenis,

essencialmente na área de Península, tendo sido verificada a captura de uma fêmea. A malha

de gatoeiras foi reforçada nas passagens existentes entre a Península e o Ilhéu do

Desembarcadouro, e as vistorias às mesmas têm sido regulares.

Pretende-se dar continuidade aos trabalhos em curso até ao final do projeto, ficando desta

forma por iniciar as ações C1 e D1.

Ação A2 - Determinação da área de distribuição e densidade das populações de ratos e

murganhos na área de projeto

Responsável: SPNM

Calendarização: 1º e 2º trimestres de 2014

Estado: Em curso, atrasada

A ação encontra-se concluída no Ilhéu do Desembarcadouro, e em curso, mas atrasada,

no Ilhéu Chão.

No Ilhéu Chão foi estabelecida em 2015 a malha cartográfica de referência que permitirá

a orientação dos trabalhos no terreno (figura 1), tendo igualmente sido efetuados transetos

preliminares para monitorizar os efetivos populacionais de murganhos.

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Figura 1. Malha de referência geográfica criada para orientação dos trabalhos a serem efetuados no Ilhéu Chão.

Os primeiros dados apontam para um efetivo populacional reduzido e, sendo assim, os

trabalhos da ação de erradicação (C2), que estavam anteriormente previstos para 2015, foram

adiados para 2016, tendo sido dada prioridade aos trabalhos de recuperação de instalações

neste Ilhéu, como descrito na ação A15.

Esta decisão baseou-se igualmente no facto de que o Ilhéu Chão apresenta um tipo de

vegetação muito diferente de outras áreas intervencionadas recentemente pela equipa do

Serviço do Parque Natural da Madeira (como seja a ilha do Bugio, ilhéus do Porto Santo e

Ilhéu do Desembarcadouro). Aqui, a existência de uma grande e densa mancha de vegetação

(com a presença em grande escala de Sueda vera) poderá vir a constituir um obstáculo maior

à eficácia das medidas de erradicação, pelo que se prevê que os trabalhos de execução da ação

C2 se possam vir a prolongar um pouco mais. Assim, tornar-se-á necessário reforçar a equipa

de erradicação, por um lado, e por outro prolongar as estadias que a mesma efetuará nesta

área, pelo que a existência de condições propícias tornou-se fundamental para a prossecução

dos objetivos.

Consideramos ainda assim que este atraso não colocará em causa os objetivos traçados

inicialmente.

Ação A3 - Determinação da situação de referência relativamente à população de cabras

Responsável: SPNM

Calendarização: Até 3º trimestre de 2014

Estado: Concluída

A ação encontra-se concluída, tendo seguido a calendarização prevista. Foram

estabelecidos, georreferenciados e realizados os transetos para determinação e

acompanhamento dos efetivos populacionais da espécie na Deserta Grande (mapa 1).

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Mapa 1. Transetos para determinação do efetivo populacional de cabras.

Os transetos foram percorridos até ao início do 4º trimestre de 2014 e a população inicial

foi estimada como sendo superior a 500 indivíduos. No entanto, através da utilização de

metodologias específicas (Distance Sampling) será possível determinar com maior exatidão

esta população inicial, estando os dados ainda em fase de tratamento e análise estatística.

Ação A4 - Determinação das densidades e área de distribuição das espécies de plantas

introduzidas com caráter invasivo

Responsável: SPNM

Calendarização: 2º e 3º trimestres de 2014

Estado: Concluída

A ação está concluída. Foram visitadas todas as áreas de intervenção do projeto e

efetuado o reconhecimento da situação atual relativamente à presença de espécies de plantas

invasoras.

Foi efetuado o levantamento cartográfico da distribuição de plantas invasoras em todas as

áreas de projeto, através da observação direta e marcação em GPS.

Na península da Ponta de São Lourenço foram detetados apenas 3 núcleos de Agave

americana que estão já a ser alvo de controlo/erradicação, estando o Ilhéu do

Desembarcadouro e Ilhéu do Farol livres de plantas invasoras.

No que diz respeito às Ilhas Desertas, nomeadamente na Deserta Grande (Vale da

Castanheira), detetou-se um núcleo de Agave americana e uma área de 33, 9 ha de Phalaris

aquatica que já estão a ser alvo de intervenção para controlo/erradicação. O Ilhéu Chão

encontra-se livre de plantas invasoras.

Posteriormente, ao longo do Vale da Castanheira (única área onde se detetaram núcleos

importantes), foram estabelecidos transetos e quadrados de amostragem com o objetivo de

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determinar as densidades de plantas invasoras, nomeadamente Phalaris aquatica. Estes

transetos e quadrados estão a ser utilizados na ação D4, para acompanhar a evolução da

vegetação após a realização da ação C6.

No anexo 7.2.2 são apresentados mais detalhes relativos a esta ação.

Ação A5 - Determinação das densidades e áreas de distribuição das espécies importantes

de plantas (exceto Beta patula)

Responsável: SPNM

Calendarização: 2º e 3º trimestres de 2014

Estado: Em curso (concluídos os trabalhos de terreno)

Os trabalhos de terreno desta ação encontram-se concluídos, o que permitirá não só

elaborar o inventário atualizado das espécies importantes da flora (exceto Beta patula)

presentes nestas áreas, mas também estabelecer a cartografia de algumas espécies relevantes

em termos de conservação e de importância ecológica, determinando as suas densidades,

abundâncias, dominâncias e importâncias relativas.

Foram estabelecidos cinco transetos no Ilhéu do Desembarcadouro (ver mapa 2), dois

transetos (ver mapa 3) e 33 círculos (ver tabela 1) no Ilhéu Chão e ainda cinco transetos (ver

mapa 4) ao longo do Vale da Castanheira, na Deserta Grande.

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Mapa 2. Registo da localização dos transetos de

caracterização e monitorização no Ilhéu do

Desembarcadouro.

Mapa 3. Registo da localização dos transetos de

caracterização e monitorização no Ilhéu Chão

Mapa 4. Registo da localização dos transetos de

caracterização e monitorização no Vale da

Castanheira - Deserta Grande

Tabela 1. Malha de quadrículas de 50x50m

distribuídas sobre o Ilhéu Chão. O centro de cada

quadrícula sombreada corresponde ao centroide de

cada círculo amostrado com raio de 50m.

1 2 3 4 5

6 7 8 9 10 11 12 13 14

15 16 17 18 19 20 21 22 23 24

25 26 27 28 29 30 31 32 33 34

35 36 37 38 39 40 41 42 43 44

45 46 47 48 49 50 51 52 53 54

55 56 57 58 59 60 61 62 63 64

65 66 67 68 69 70 71 72 73 74

75 76 77 78 79 80 81 82 83 84 85

86 87 88 89 90 91 92 93 94 95

96 97 98 99 100 101 102 103

104 105 106 107 108 109 110 111 112

113 114 115 116 117 118 119 120

121 122 123 124 125 126 127 128

129 130 131 132 133 134 135

136 137 138 139 140 141 142

143 144 145 146 147 148 149

150 151 152 153 154 155 156

157 158 159 160 161 162 163

164 165 166 167 168 169 170 171

172 173 174 175 176 177 178

179 180 181 182 183

184 185 186 187 188

189 190 191 192

193 194 195 196

197 198 199 200

201 202 203 204 205

206 207 208 209

210 211 212 213 214

215 216 217

218 219 220

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Os dados estão a ser alvo de tratamento estatístico, apresentando-se seguidamente dados

preliminares (a título exemplificativo) da determinação das frequências e coberturas relativas

específicas encontradas no transeto nº1 do Ilhéu do Desembarcadouro (gráficos 1 e 2) e da

localização cartográfica das espécies com relevância em termos de conservação no Ilhéu Chão

(mapa 5).

Gráfico 1. Frequência relativa específica Gráfico 2. Cobertura relativa específica

Mapa 5. Registo da localização de espécies com relevância em termos de conservação no ilhéu Chão: Ll –

Lotus loweanus, Bp – Beta patula, Scfl – Scrohularia cf. lowei, MG – Marco geodésico, NE – Encosta nordeste (habitat especifico), Vb –

Vicia benghalensis, Ho – Helichrysum obconicum, Ag – Andryala glandulosa, Bm – Beta marítima, Bv – Beta vulgaris, Bcfv – Beta cf.

vulgaris, Sl – Scrophularia lowei, Bb – Bituminaria betuminosa, Pp – Phalaris cf. paradoxa, Tt – Tetragonia tetragonioides.

No anexo 7.2.3 são apresentados mais detalhes relativos às metodologias utilizadas no

decurso desta ação.

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Ação A6 - Determinação das áreas de ocorrência e efetivo populacional de Beta patula

Responsável: SPNM

Calendarização: 2º e 4º trimestres de 2014

Estado: Em curso (concluídos os trabalhos de terreno)

Os trabalhos de terreno encontram-se concluídos. No 1º ano do projeto foram realizadas

as tarefas relacionadas com a avaliação do estado dos vários núcleos populacionais de Beta

patula, tendo-se procedido à confirmação das manchas populacionais da espécie em ambos os

locais de ocorrência e à determinação das suas áreas. Os núcleos, em geral, encontravam-se

em bom estado, tendo sido atualizada a cartografia digital com a área de distribuição das

manchas populacionais (mapa 6).

Mapa 6. Cartografia atualizada da distribuição de Beta patula com a sinalização dos quadrantes

amostrados na ação A6, e que serão monitorizados durante as ações C8 e D11.

Estes resultados serão confirmados e atualizados durante a monitorização da espécie

(ação D11), e utilizados na análise da sua estrutura populacional.

A fase seguinte do trabalho de campo consistiu na georreferenciação e recolha de

amostras de 120 indivíduos para caraterização da diversidade genética da população, a

realizar na ação C8.

Procedeu-se igualmente à demarcação de 15 quadrantes (12 no Ilhéu do

Desembarcadouro e três no Ilhéu Chão) e à realização de censos populacionais nos respetivos

60 quadrados de 1m2 (48+12). Esta metodologia permite monitorizar o estado da população,

bem como efetuar censos populacionais e proceder ao levantamento de espécies

companheiras, avaliando quaisquer variações ocorridas ao longo do projeto. No gráfico 3 são

mostrados os resultados obtidos para os 60 quadrados realizados no decurso desta ação.

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Gráfico 3. Determinação dos índices de biodiversidade, número de espécies, ocorrência e identificação das

espécies nos 60 quadrados de 1m2 nos ilhéus do Desembarcadouro e Chão.

Para além destas tarefas procedeu-se à recolha de amostras do banco de sementes do solo

em 15 quadrados, com a área de 1 m2 cada, ao longo dos 2 primeiros anos de projeto, a fim de

quantificar o número sementes de Beta patula presentes no solo.

Os trabalhos de campo que entretanto decorreram durante o segundo ano do projeto

integram também as tarefas da ação D11 e visam a monitorização da população de Beta

patula, determinando a respetiva dinâmica e flutuação.

Para a conclusão da ação fica apenas a faltar o cálculo do efetivo populacional inicial de

Beta patula, que se encontra atualmente em fase de conclusão.

No anexo 7.2.4 são apresentados mais detalhes relativos às metodologias, trabalhos de

campo e resultados obtidos no decurso desta ação.

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Ação A7 - Estabelecimento de uma linha de monitorização para avaliar a resposta das

espécies de aves marinhas pelágicas cagarra Calonectris diomedia e alma-negra Bulweria

bulwerii às ações implementadas

Responsável: SPNM

Calendarização: 3 primeiros trimestres de 2014, 2015, 2016 e 2017

Estado: Em curso

A ação está a seguir a calendarização prevista, estando inicialmente previstos dois

objetivos principais, que se relatam seguidamente:

i) Estimativa populacional:

Para estimar a população nidificante de almas-negras nas Desertas, foram ensaiadas duas

metodologias em 2014. Tratou-se de usar técnicas de captura-marcação-recaptura, para

estimar a população numa área da Deserta Grande, e depois extrapolar para o conjunto da

Reserva Natural.

Estimou-se a presença de 3188 casais numa área de 3.3 hectares de habitat de excelente

qualidade. Extrapolou-se para a totalidade da Reserva Natural das Ilhas Desertas, obtendo-se

uma estimativa global de 45.000 casais. Estes dados são de grande interesse, pois levaram a

uma reavaliação profunda do estatuto e abundância de almas-negras nas Ilhas Desertas, com

implicações para a estimativa global Europeia e do Atlântico Norte. Com estes resultados, foi

escrito e publicado um artigo científico, na revista portuguesa de ornitologia Airo, com a

seguinte referência (ver anexo7.3.1):

Catry P, Dias M, Catry T, Pedro P, Tenreiro P, Menezes D (2015). Bulwer’s petrels breeding

numbers on the Desertas Islands (Madeira): improved estimates indicate the NE

Atlantic population to be much larger than previously thought. Airo 23: 10-14.

Paralelamente, iniciou-se um plano de monitorização de almas-negras como um esforço

de captura constante. Em 21.06.2015, por exemplo, esta metodologia levou à captura de 68

almas-negras, o que permite ter um índice satisfatório cuja evolução será monitorizada.

No caso das cagarras, a monitorização da população foi feita com duas metodologias

complementares. Por um lado, utilizou-se a contagem de “jangadas” ao final da tarde,

utilizando um telescópio, a partir de um ponto da encosta acima da Doca na Deserta Grande.

Considerando o grau de cobertura da costa, foi possível estimar que estivessem cerca de

20.000 aves presentes no mar em redor das Desertas. No entanto, s contagens de jangadas nas

Desertas apresentam algumas dificuldades, devido ao grande número de aves, à grande

distância da costa a que formam as jangadas, e também ao facto de que nos períodos mais

relevantes para as contagens de jangadas (meados de julho a meados de agosto) o tempo se

apresenta com muita frequência ventoso, e este tipo de contagem só funcionar em boas

condições quando o vento é muito fraco e o mar muito calmo. Assim, a estimativa do

tamanho da população será muito dificilmente conseguida, estando em estudo a

implementação de metodologias alternativas.

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ii) Monitorização ecológica:

Tanto em 2014 como em 2015, mantiveram-se equipas de investigadores na Deserta

Grande entre junho e setembro, permitindo assim monitorizar o sucesso reprodutor das almas-

negras (não existem ninhos acessíveis de cagarra suficientes para fazer uma boa

monitorização da reprodução). Em 2014 marcaram-se 75 ninhos durante a incubação, com

taxas de 79% de sucesso de eclosão e 63% de sucesso reprodutor. Este valor de sucesso

reprodutor pode ser considerado satisfatório, para uma ave como a alma-negra. Em 2015

marcaram-se 103 ninhos durante a incubação, estando os dados de sucesso ainda a ser

analisados.

Os ninhos de cagarras nas Desertas são implantados em fendas e buracos entre as rochas

que na generalidade são muito fundos e inacessíveis/invisíveis. Assim, a contagem de ninhos

numa determinada área pode dar um índice de abundância, mas não valores absolutos. Em

junho de 2015 prospetou-se sistematicamente uma área de 2 hectares em torno da Estação, na

Doca, tendo sido observados 12 ninhos ativos de cagarra (seguramente que o número real será

muito superior a este). Este valor permitirá também aferir tendências, ao repetir-se esta

monitorização a longo prazo.

Está em curso a construção de mais ninhos artificiais de cagarra na área da Doca, de

modo a facilitar os trabalhos de monitorização ecológica. De igual forma, será efetuada uma

tentativa de alargar os trabalhos à área da Ponta de São Lourenço no decurso do ano de 2016,

que permita efetuar uma estimativa das populações nidificantes nesta área protegida. No

anexo 7.2.6 são apresentados mais detalhes relativos às metodologias, trabalhos de campo e

resultados obtidos no decurso desta ação.

Ação A8 - Atualização da informação relativa à densidade da população nidificante de

gaivota-de-patas-amarelas Larus michahellis no ilhéu do Desembarcadouro e ilhéu Chão

Responsável: SPNM

Calendarização: 2º trimestre de 2014

Estado: Concluída

A ação encontra-se concluída.

Foram atualizados os censos da população nidificante no ilhéu do Desembarcadouro e

ilhéu Chão, através de estimativa populacional realizada durante a época de incubação. A

metodologia consistiu na realização de um transeto em linha por uma equipa de dois

elementos, com uma distância previamente estabelecida entre elementos de 10 metros,

definida por um fio de 10 metros. Dentro desta área foram registados todos os ninhos

observados e, com um GPS, foi registado o trajeto percorrido e medido o seu comprimento

(figura 2).

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Figura 2. Transetos lineares realizados no ilhéu do Desembarcadouro e no Ilhéu Chão

Através da multiplicação da largura do transeto com a distância percorrida, foi possível

calcular a área em que foi feita a contagem de ninhos e de ovos. O cálculo da população foi

efetuado através da extrapolação da área percorrida para a área total de cada um dos ilhéus.

Tabela 2. Estimativa da densidade de ninhos e casais reprodutores em cada colónia de estudo

Área de nidificação Densidade ninhos

2014

(ninhos/m2)

Estimativa populacional

2014

(casais reprodutores)

Estimativa

populacional 2010

Ilhéu do

Desembarcadouro 0,004 1854 1513

Ilhéu Chão 0,002 626 348

Na tabela 2 pode observar-se que os resultados do censo de 2014 apontam para uma

subida nos efetivos populacionais relativamente a 2010, quer para o ilhéu do

Desembarcadouro (22%) quer para o Ilhéu Chão (80%).

Ação A9 - Caraterização da ecologia trófica e espacial da gaivota-de-patas-amarelas

Larus michahellis nidificante na área intervencionada para avaliar impactos sobre

outras espécies e melhor gerir a população

Responsável: SPNM

Calendarização: 2º trimestre de 2014 até final do projeto

Estado: Atrasada

Esta ação está atrasada, não tendo ainda tido lugar o seu início. Em 2014 estava

planeado o início parcial desta ação, com anilhagem de juvenis de gaivotas (foram adquiridas

anilhas plásticas com códigos individuais para esse efeito), bem como a obtenção de

regurgitos e tecidos para análise de dieta. Infelizmente, houve uma falta de coordenação entre

equipas que levou a que os ovos da colónia onde o estudo iria ter lugar (no Ilhéu Chão)

fossem todos inviabilizados, não sobrando pois juvenis para anilhar ou amostrar. Em 2015

não houve disponibilidade, por parte dos consultores, que tinham outros compromissos, para

levar a cabo estas ações. Houve um esforço no sentido de se recrutar um investigador

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suplementar que pudesse ser o principal implementador desta ação, mas as duas candidaturas

a uma bolsa de pós-doutoramento dirigidas à FCT nesse contexto não tiveram sucesso.

Entretanto, foram também encetados contactos para estabelecer uma parceria com

fornecedores de aparelhos GPS-GSM, contactos que se mantêm em curso.

Prevê-se pois que estas ações venham a ter lugar na época de reprodução de 2016 (a

partir do mês de abril).

Ação A10 - Identificação da atual distribuição, em terra e no mar, do pintainho Puffinus

assimilis baroli

Responsável: SPEA

Calendarização: 1º trimestre de 2014 até final de 2015

Estado: em curso mas com necessidade de revisão (ação que necessita ser reestruturada,

pelos motivos abaixo referenciados)

A prospeção de ninhos de pintainho no primeiro ano do projeto foi desenvolvida durante

os meses de abril e maio, quer no ilhéu do Farol (Ponta de São Lourenço) como na Deserta

Grande (Ilhas Desertas). Esta situação deveu-se às condições de mar adversas durante os

meses de fevereiro e março (período mais adequado para deteção da espécie e coincidente

com a lua nova), impossibilitando as prospeções.

No ano 2015, as prospeções começaram no mês de janeiro e estenderam-se até abril,

alargando-se para Ilhéu do Farol, Ilhéu Desembarcadouro (Ponta de São Lourenço), Deserta

Grande e Ilhéu Chão (Ilhas Desertas). Foram realizadas quatro estadias de quinze dias nas

ilhas Desertas, prospetando a Deserta Grande e Ilhéu Chão, sendo que em ambos locais foi

detetada a presença da espécie através da escuta de vocalizações de aves em voo. No Ilhéu

Chão foi detetado um ninho, embora de difícil acesso, ao mesmo tempo que foram

encontrados vestígios da espécie em alguns lugares com habitat propício à nidificação da

espécie.

Nos ilhéus da Ponta de São Lourenço foram realizadas duas estadias de cinco dias, tendo

sido detetada a presença da espécie no Ilhéu do Farol, através da escuta de vocalizações de

aves em voo, não sendo, no entanto, foi possível encontrar ninhos ou capturar aves pousadas

no solo. No Ilhéu do Desembarcadouro não foi detetada nenhuma atividade de pintainho

durante as prospeções efetuadas.

Perante esta situação, pretende-se continuar com os trabalhos de prospeção durante o

próximo ano, realizando a prospeção em todos os locais, Ilhéu Desembarcadouro, Ilhéu do

Farol (Ponta de São Lourenço), Ilhéu Chão e Deserta Grande (Ilhas Desertas).

No anexo 7.2.1 são apresentados mais detalhes relativos às metodologias, trabalhos de

campo e resultados obtidos no decurso desta ação.

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Ação A11 - Avaliação do impacto da formiga-argentina nas espécies nativas (predação

de invertebrados e de crias de aves) e nos processos naturais (ex: polinização de

endemismos)

Responsável: SPNM

Calendarização: 3 primeiros trimestres de 2014 e 2015

Estado: Em curso (concluídos os trabalhos de terreno)

Os trabalhos realizados consistiram na identificação dos locais com presença de formiga-

argentina nas áreas de estudo alvo do presente projeto.

Para a identificação das áreas infestadas por formiga-argentina foi utilizada uma

combinação de diferentes técnicas (figura 3), nomeadamente: 1) localização de formigueiros

por prospeção direta; 2) a localização de obreiras por observação ao nível do solo e sobre a

vegetação; 3) batimentos na vegetação; 4) armadilhas iscadas e 5) armadilhas de queda. A

decisão das técnicas a aplicar em cada área de estudo teve em conta as suas características

biofísicas e os constrangimentos existentes.

Figura 3. Amostragem de formiga-argentina através da técnica de batimentos (á esquerda) e com armadilhas de

queda (à direita).

No Ilhéu Chão a formiga-argentina ocupa cerca de 2/3 da área da ilha, estando

praticamente ausente da ponta sul e das áreas de escorrência. A formiga-argentina ocorre com

abundância, mas não foram detetadas quaisquer espécies nativas de formigas.

Na Deserta Grande, a formiga-argentina ocorre, de um modo geral, esporadicamente,

embora tenham sido identificadas áreas com uma maior presença de formigueiros (sobretudo

na área da Doca). No Vale da Castanheira e na zona da Eira a espécie é pouco frequente e

coocorre com as espécies nativas (figura 17).

No Ilhéu do Desembarcadouro a espécie parece ter uma distribuição muito localizada.

Foram identificados dois núcleos onde a espécie é muito abundante, na ponta noroeste e na

zona de topo da metade da ilha.

No Ilhéu do Farol a espécie ocupa uma área considerável e é muito abundante nas

imediações do acesso ao Farol, mas também na encosta entre a casa e o farol e na encosta

leste do topo da ilha.

Foram também realizadas várias observações relacionadas com a biologia da formiga-

argentina. Constatou-se que a espécie ocorre muitas vezes associada a algumas espécies

vegetais através da sua associação mutualística com pulgões (afídeos) e cochonilhas

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(coccídeos). Nestes casos a formiga-argentina protege os pulgões dos seus predadores e

recebe destes nutrientes fundamentais ao desenvolvimento da colónia. Estas associações

potenciam ocasionalmente explosões demográficas de ambas as espécies.

Por outro lado, verificou-se que a presença frequente de obreiras de formiga-argentina

junto dos nectários de algumas espécies de plantas poderá comprometer o sucesso reprodutor

destas, uma vez que poderão impedir a sua polinização efetiva. Assistiu-se também à

predação de diversas espécies nativas de invertebrados por obreiras de formiga-argentina.

Está ainda em curso a análise das recolhas efetuadas com base nas armadilhas de queda.

Paralelamente, tanto na época reprodutora da 2014 como na de 2015, avaliou-se o

impacto da formiga argentina sobre a reprodução das almas-negras, medindo a abundância de

formigas junto dos ninhos, o sucesso reprodutor, e procurando detetar casos de almas-negras

(sobretudo pintos) atacados por formigas.

Simultaneamente, foram feitas medições da abundância relativa da formiga-argentina

através da colocação de 4 iscos de água açucarada junto de cada ninho (isto foi feito pouco

tempo antes da eclosão dos ovos). Estas medições permitem estabelecer se existe uma

correlação entre a abundância de formigas e o sucesso reprodutor das aves, o que a verificar-

se constituiria um indício de um possível impacto desta espécie invasora.

Em 2014 não se comprovou nenhum caso de ataque de formigas às 59 crias eclodidas que

foram monitorizadas. Não houve também qualquer relação entre o número de formigas

observadas na zona do ninho e o sucesso reprodutor dos mesmos ninhos.

Já em 2015 foram detetados 2 casos de crias jovens atacadas e mortas por formigas, de

um total de 81 aves monitorizadas diariamente após a eclosão. A relação entre o índice de

abundância de formigas e o sucesso reprodutor não foi ainda calculada à data da produção

deste relatório (análise em curso).

No anexo 7.2.8 são apresentados mais detalhes relativos às metodologias, trabalhos de

campo e resultados obtidos no decurso desta ação.

Ação A12 - Inventário da distribuição e atualização do estatuto de conservação das

populações das espécies de malacofauna dos habitats alvo do projeto

Responsável: SPNM

Calendarização: último trimestre de 2013 e 3 últimos trimestres de 2014

Estado: Em curso, atrasada

A ação encontra-se atrasada. A equipa viu-se reduzida em dois elementos (Prof. Regina

Cunha e Roberto Resendes – Universidade dos Açores) por motivo de doença prolongada que

os impede de dar o contributo ao projeto conforme previsto. A ausência destes dois elementos

obrigou à redução do número de campanhas anuais de amostragem previstas para as ilhas

Desertas (de 2 para 1), o que condicionou a execução dos trabalhos e impediu a sua conclusão

no período previsto.

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Pelo exposto, a ação em apreço será concluída no período de amostragem compreendido

entre Outubro/15 e Abril/16, sendo essencial o reforço da equipa com dois vigilantes da

Natureza.

Até à data identificaram-se 63 espécies de moluscos terrestres (82% endémicas), 33 (70%

endémicas) na Ponta de São Lourenço (incluindo Ilhéus do Desembarcadouro e do Farol) e 37

(87% endémicas) nas ilhas Desertas (Ilhéu Chão e Deserta Grande). Apesar de se ter avaliado

cerca de 70% da área de projeto, ainda não foram encontrados espécimes vivos de L.

lamellosa e Discula lyelliana (uma das espécies alvo da ação C11).

Relativamente às espécies-alvo, localizou-se uma nova população de A. calathoides, a

Sul da Deserta Grande, aumentando o número de populações conhecidas para duas (o 1º

registo foi efetuado por D. Teixeira & I. Silva em 2008). Estas populações encontram-se em

áreas declivosas, viradas a Oeste, a uma altitude compreendida entre os 330 e 350 metros,

distando entre si sensivelmente 5 km. Este táxon ocorre em áreas com elevada frequência de

feiteira (Pteridium aquilinum), podendo ser encontrado geralmente no caule e/ou junto às

raízes.

Uma estimativa conservadora revela que as duas populações possuem um efetivo

populacional inferior a 50 indivíduos/população, o que torna urgente a aplicação de medidas

de conservação que devem incluir a recuperação do habitat e a mitigação/eliminação do efeito

dos predadores, de forma a viabilizar a sua sobrevivência.

No que a L. lamellosa diz respeito, não foi possível encontrar nenhum espécime do táxon

em apreço até à presente data, nas várias missões efetuadas. Foi efetuado um registo desta

espécie no Ilhéu do Farol (Ponta de São Lourenço) em 2000, tendo sido encontradas 3

conchas frescas. As amostragens efetuadas neste local não permitiram confirmar esse registo.

De acordo com Goodfriend et al. (1994; 1996), esta espécie encontra-se presente nos fósseis

do período Quaternário das Dunas da Piedade. Serão intensificadas as campanhas de

amostragem nas encostas viradas a Sul da península da Ponta de São Lourenço e ampliado o

esforço para aquelas localizadas a nordeste, na tentativa de encontrar a espécie em apreço.

No anexo 7.2.5 são apresentados mais detalhes relativos às metodologias, trabalhos de

campo e resultados obtidos no decurso desta ação.

Ação A13 - Inventário, determinação da distribuição e avaliação da importância dos

habitats das populações de quirópteros

Responsável: SPNM

Calendarização: Até final de 2014

Estado: em curso mas com necessidade de revisão (ação que necessita ser reestruturada,

pelos motivos abaixo referenciados)

A ação está atrasada. Foram estabelecidos, georreferenciados e iniciados os pontos e

transetos para inventariação das espécies presentes e levantamento cartográfico da sua

distribuição (mapa 7).

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Mapa 7. Pontos e transetos marcados na Ponta de São Lourenço e Ilhas Desertas

Os pontos e transetos têm sido repetidos periodicamente nas Ilhas Desertas (pelo menos

uma vez por mês) mas, até à data, apenas foi detetado um indivíduo de Pippistrelus

maderensis na área da Doca, Ilhas Desertas. No Ilhéu Chão, Vale da Castanheira e Planalto

Sul da Deserta Grande não foram detetados quaisquer indivíduos, quer nos pontos e transetos,

quer pelo detetor de gravação não vigiada de longo termo que se encontra colocado no Ilhéu

Chão.

Já na área da Ponta de São Lourenço, têm existido constrangimentos que não têm

permitido uma adequada monitorização. O detetor de gravação não vigiada de longo termo,

colocado na Casa do Sardinha, não detetou qualquer indivíduo, mas os restantes transetos e

pontos de contagem não têm sido efetuados com a periodicidade adequada, dada a

indisponibilidade dos consultores associados para levar a cabo estas tarefas. Deste modo, será

necessário prolongar esta ação durante o ano de 2016, intensificando o esforço de prospeção

na área da Ponta de São Lourenço, que será levado a cabo exclusivamente pelo staff do

Beneficiário Coordenador, alocando horas de pessoal não utilizadas em outras ações já

concluídas, de modo a não ultrapassar os custos totais previstos na candidatura.

Paralelamente tem sido continuada a prospeção para deteção de abrigos existentes na área

de projeto, em estruturas naturais e antropogénicas, mas, até à data, não foram encontrados

quaisquer abrigos presentes ou passados.

Dado o panorama atual de, por um lado não estarem a ser encontrados indivíduos nas

áreas e, por outro, haver uma quase total indisponibilidade por parte dos consultores

associados a este grupo, nomeadamente o Dr. José Jesus e o Dr. Sérgio Teixeira, é necessário

efetuar uma reavaliação da estrutura temporal e objetivos das ações dirigidas a este grupo

(A13, C14 e D9), bem como a forma e necessidade de participação dos consultores associados

radicados em Itália (Dr. Luca Cistrone e Dr. Danilo Russo). Para tal pretende-se levar o

assunto a uma reunião das Comissões Consultiva e Científica, ambas previstas para o 1º

trimestre de 2016.

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Ação A14 - Implementação de um esquema de monitorização dos principais fatores

climáticos, para determinação a longo prazo dos efeitos das alterações climáticas sobre

os habitats e espécies da área de projeto

Responsável: SPNM

Calendarização: 2º trimestre de 2014 até final do projeto

Estado: Em curso

A ação encontra-se em curso. A implementação inicial da ação foi adiada por motivos

que se prenderam com a experiência do Beneficiário Coordenador em projetos LIFE

anteriores, nomeadamente no projeto LIFE Ilhéus do Porto Santo. Neste projeto, a experiência

com as estações meteorológicas adquiridas, semelhantes às previstas para aquisição e

colocação no terreno na candidatura do atual projeto, demonstrou que alguns aspetos do seu

funcionamento poderiam ser melhorados, por forma a resolver algumas deficiências.

Foram adquiridas quatro estações e sete loggers meteorológicos, tendo sido decidido

efetuar a colocação de uma estação e um logger na área da Península da Ponta de São

Lourenço, uma estação e dois loggers no Ilhéu do Desembarcadouro, um logger no Ilhéu do

Farol, uma estação e um logger no Ilhéu Chão e uma estação e dois loggers no Vale da

Castanheira. A colocação destes equipamentos nos locais definidos e a aquisição dos

primeiros dados estará em curso durante o 1º trimestre de 2016.

Ação A15 - Criação de vias de acesso seguras para o Vale da Castanheira (Deserta

Grande) e melhoramento das condições de trabalho, permanência, segurança e

intervenção na área de projeto e deslocações marítimas

Responsável: SPNM

Calendarização: Até final do projeto

Estado: Em curso

A ação está em curso. Foram efetuadas melhorias significativas no acesso norte ao Vale

da Castanheira, com a recuperação de uma antiga vereda aí existente, que implicou a limpeza

da área, colocação de degraus utilizando madeira de pinho e colocação de cabos de segurança

nas áreas mais perigosas.

Figura 4. Recuperação da vereda existente na parte Norte da Deserta Grande.

O trabalho de melhoramento da subida foi essencial para permitir o transporte de todo o

material necessário à melhoria das condições de permanência nesta área remota da Deserta

Grande, com a recuperação total do antigo abrigo aí existente e da cisterna de água adjacente.

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Figura 5. Aspeto do abrigo existe no Vale da Castanheira antes e depois da recuperação efetuada.

Procedeu-se à aquisição de materiais necessários para dotar o abrigo de condições para a

permanência por períodos mais logos, como beliches, colchões, pratos, panelas, copos, fogão

camping-gaz, etc.

Paralelamente foram executados trabalhos de recuperação da subida para o ilhéu Chão,

com a limpeza e recuperação da vereda existente. Dado que em abril de 2014 os trabalhos de

execução das várias ações obrigaram à permanência de 9 pessoas em simultâneo (entre

consultores e vigilantes da natureza), foi necessário adquirir tendas para abrigo temporário.

Foram igualmente adquiridos os materiais de cozinha necessários para permitir trabalhos

prolongados nesta área.

Na candidatura previa-se a instalação de um pequeno abrigo de madeira no Ilhéu Chão

mas, avaliadas as condições necessárias para a prossecução dos objetivos preconizados na

ação de erradicação de murganhos, e a exigência dos mesmos em termos do tamanho e tempo

de permanência das equipas envolvidas nos mesmos, decidiu-se efetuar a recuperação de um

antigo abrigo em pedra existente no topo, bem como de um antigo guincho, o que decorreu

entre novembro de 2014 a novembro de 2015. Esta alteração implicou um aumento dos custos

da ação, quer em termos de horas de pessoal, quer em consumíveis. No entanto, não serão

ultrapassados os limites estabelecidos para estas rubricas.

Figura 6. Aspeto do abrigo existente no Ilhéu Chão antes e depois da recuperação.

Foram também adquiridos materiais e equipamentos para equipar a Casa do Sardinha, na

Ponta de São Lourenço, dotando a área das condições para permanência de equipas maiores (a

área recebia apenas 2 elementos em simultâneo).

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Finalmente, foram colocadas boias de amarração para apoiar os trabalhos, adquirido um

bote e painéis solares para equipar as várias áreas onde decorrem os trabalhos, bem como

adquiridos e colocados ao serviço alguns equipamentos de segurança individual (coletes

salva-vidas e rádios VHF, por exemplo).

Ação A16 - Atualização do conhecimento sobre as espécies de moluscos terrestres e

respetivos habitats da área de projeto

Responsável: SPNM

Calendarização: até 3º trimestre de 2014

Estado: Concluída

A ação encontra-se concluída.

Efetuou-se a consulta bibliográfica e cartográfica com recurso à Base de dados de

Biodiversidade do Arquipélago da Madeira (BIOBASE), bibliotecas e repositórios digitais de

informação científica, o que permitiu elencar os trabalhos científicos efetuados na Ponta de

São Lourenço e Ilhas Desertas, bem como recolher informação cartográfica relativa a 59

espécies catalogadas para estas áreas, com a definição de 500x500 m.

Dos trabalhos consultados, assume especial relevância aquele realizado por Cameron e

colaboradores (2013), que efetua a revisão taxonómica do género Discus, representado no

arquipélago pelas subespécies endémicas D. guerinianus guerinianus (Madeira) e D.

guerinianus calathoides (Deserta Grande). O referido trabalho permitiu a elevação do

subgénero Atlantica a género, o que implicou a mudança da família Discidae para a

Gastrondontidae, culminando com a passagem das subespécies acima mencionadas a

espécies, do género Discus para o género Atlantica, sendo atualmente designadas por A.

guerinianus e A. calathoides.

No anexo 7.2.5 são apresentados mais detalhes relativos aos trabalhos efetuados no

decurso desta ação.

Ação A17 - Criação de um grupo de trabalho para a elaboração de um plano de ação

para a gaivota-de-patas-amarelas Larus michahellis no arquipélago da Madeira

Responsável: SPNM

Calendarização: 2º trimestre de 2014 até final do projeto

Estado: Em curso

A ação está a seguir a calendarização prevista. Foram realizados, logo no início de 2014,

contactos com vários stakeholders com o objetivo de criar um plano de ação para a gaivota-

de-patas-amarelas Larus michahellis atlantis, contribuindo para solucionar ou minimizar os

problemas causados pelas gaivotas no Arquipélago da Madeira.

Foi solicitada a intervenção das seguintes entidades:

Direção Regional de Pescas;

Direção Regional de Florestas e Conservação da Natureza;

Direção Regional do Ordenamento do Território e do Ambiente;

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Direção Regional da Agricultura e Desenvolvimento Rural;

Direção Regional do Turismo;

Direção Regional de Comércio e Indústria e Energia;

Instituto da Administração da Saúde e Assuntos Sociais;

ANAM- Aeroportos da Madeira;

APRAM (Administração dos Portos da Região Autónoma da Madeira);

Valor Ambiente- Gestão e Administração de Resíduos da Madeira S.A.;

Zona Marítima da Madeira;

Guarda Nacional Republicana;

Universidade da Madeira;

Estação de Biologia Marinha do Funchal;

Museu de Historia Natural do Funchal;

Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves;

Autarquias de Machico, Santa Cruz e Funchal;

Coopescamadeira

Durante o ano de 2015 o Serviço do Parque Natural da Madeira reuniu novamente com os

vários stakeholders, convidando-os a participar nas várias reuniões setoriais agendadas para

debater os problemas, soluções e metodologias apresentadas na primeira proposta de plano de

ação, numa ação de maior proximidade entre as mesmas.

O plano de ação para esta espécie será entregue no final do projeto.

No anexo 7.2.7 são apresentados mais detalhes relativos aos trabalhos efetuados no

decurso desta ação.

Ação A18 - Avaliação da possibilidade de eliminar a linha elétrica aérea existente na

ZEC da Ponta de São Lourenço

Responsável: SPEA

Calendarização: Até 3º trimestre de 2014

Estado: Concluída

Após a criação dos documentos, foram entregues, a cada um dos proprietários, as

declarações a serem assinadas. A EEM – Empresa de Eletricidade da Madeira confirmou a

sua disponibilidade e interesse para desenvolver a alteração da linha após a compilação de

todas as autorizações. A finalização desta ação com resultados positivos permitiu o início da

ação C15.

Foi realizado com êxito o contacto com os proprietários dos terrenos onde se encontrava

localizada a linha elétrica. De forma geral, a recetividade foi boa e os sete proprietários, ou

seus respetivos representantes legais, assinaram uma declaração autorizando a realização da

empreitada.

No anexo 7.2.1 são apresentados mais detalhes relativos aos trabalhos efetuados no

decurso desta ação.

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Ação A19 - Preparação de Planos de Ação para as 20 espécies de flora e fauna e dos 2

habitats alvo do projeto, constantes das Diretivas Aves e Habitats

Responsável: SPNM

Calendarização: 1º trimestre de 2017 até final do projeto

Estado: Por iniciar

A ação irá seguir a calendarização prevista.

Ação A20 - Revisão e atualização dos planos de ordenamento e gestão destas áreas em

função das medidas e resultados obtidos

Responsável: SPNM

Calendarização: 1º trimestre de 2017 até final do projeto

Estado: Por iniciar

A ação irá seguir a calendarização prevista.

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Ação C1 - Controlo e erradicação dos coelhos da Ponta de São Lourenço (Península e

ilhéu do Desembarcadouro)

Responsável: SPNM

Calendarização: 3º trimestre de 2014 até final do projeto

Estado: Por iniciar, a necessitar de revisão

Como explicado na ação A1, não foram iniciados quaisquer trabalhos de controlo e

erradicação de coelhos, por não terem sido detetadas populações nas áreas de intervenção do

projeto.

Assim sendo, não foram alocados quaisquer gastos nesta ação, mantendo-se no entanto a

intenção inicial do Beneficiário Coordenador, de avançar com ações concretas de controlo e

erradicação caso venham a ser detetados indícios da presença de coelhos. Desta forma,

pretende-se deixar em aberto a possibilidade de implementação desta ação até final do

projeto.

Ação C2 - Controlo e erradicação dos ratos (Ponta de São Lourenço) e murganhos

(Ponta de São Lourenço e ilhéu Chão)

Responsável: SPNM

Calendarização: 3º trimestre de 2014 até final do projeto

Estado: Em curso

Os primeiros trabalhos com vista ao controlo e erradicação de ratos e murganhos tiveram

lugar entre julho e setembro de 2014 no Ilhéu do Desembarcadouro e Ilhéu do Farol. Nestas

áreas, foi montada uma grelha (figura 7) de estações de isco (tubos de PVC), com a

colocação, verificação e substituição regular de raticida, tendo envolvido uma equipa de 7

elementos do SPNM. A implementação desta metodologia envolveu igualmente a utilização

de técnicas avançadas de montanhismo, de modo a que a grelha atingisse toda a área dos

ilhéus, mesmo os pontos mais remotos de escarpa.

Figura 7. Malha de armadilhas colocada no Ilhéu do Desembarcadouro para controlo e erradicação das

populações de murganhos.

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Uma vez que o Ilhéu do Desembarcadouro tem uma pequena área de praia com utilização

esporádica por parte de populares residentes no Caniçal, nesta área foi criado um cordão

reforçado de estações de isco (figura 8), que visam impedir qualquer reintrodução, visto que

todos os dados das monitorizações posteriormente efetuadas não têm demonstrado quaisquer

indícios da presença de murganhos neste Ilhéu. Ainda assim, consideramos prudente não dar

por adquirida a erradicação sem que esteja cumprida uma janela temporal de monitorização

mais alargada.

Figura 8. Cordão de estações de isco colocadas junto à área de lazer para impedir a reintrodução de murganhos.

Relativamente ao Ilhéu Chão, a ação ainda não foi iniciada, pelos motivos já explicitados

na ação A2, estando o início dos trabalhos previstos para o 2º trimestre de 2016.

Ação C3 - Ensaio e implementação de um regime de quarentena que previna a

reintrodução de espécies de vertebrados introduzidos na Ponta de São Lourenço e ilhéu

Chão

Responsável: SPNM

Calendarização: 1º trimestre de 2015 até final do projeto

Estado: Em curso

A ação encontra-se em curso. Foram adquiridos contentores plásticos de 30 litros, que

estão a ser utilizados apenas pelas equipas de trabalho que se deslocam às áreas já

intervencionadas, uma vez que estas áreas não são, de momento, regularmente visitadas

noutro âmbito.

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Ação C4 - Criação de uma área de exclusão de vertebrados introduzidos na Ponta de

São Lourenço (Península)

Responsável: SPNM

Calendarização: 1º semestre de 2014

Estado: Atrasada

A decisão de construção da estrutura que havia sido pensada para implementação na área

da Ponta de São Lourenço foi inicialmente adiada para 2015 pela equipa interna de gestão do

projeto, tendo contribuído para esta decisão 2 fatores essenciais. Em primeiro lugar, os dados

preliminares recolhidos nas ações A1 e A2, que demonstravam que a densidade de ratos,

murganhos e coelhos era extremamente reduzida. Por outro lado, não existindo urgência na

colocação desta barreira física, e tendo em conta a capacidade instalada ao abrigo desde

projeto, seria possível avaliar a dinâmica das espécies-alvo e a consequente implementação de

outras medidas alternativas, ficando a discussão das diversas soluções e calendário de

implementação das mesmas prevista para as reuniões das Comissões Científica e Consultiva,

que tiveram lugar em outubro de 2014.

Após este período, decidiu-se avançar para a construção de uma estrutura no extremo

norte do Ilhéu do Desembarcadouro, numa zona onde as condições naturais de erosão estão a

contribuir para uma separação física entre este ilhéu e a Península da Ponta de São Lourenço.

Desta forma salvaguardar-se-ia a hipótese de reintrodução de herbívoros no Ilhéu do

Desembarcadouro, sem colocar em causa a utilização esporádica, por moradores do Caniçal,

da pequena área de lazer existente na transição entre as duas áreas, reduzindo igualmente os

impactos visuais e os potenciais problemas relacionados com a atividade turística na área da

Península da Ponta de São Lourenço. No entanto, a realização das eleições para o Governo

Regional da Madeira, com a consequente alteração do titular da pasta da Secretaria Regional

do Ambiente, obrigaram a um adiamento da construção propriamente dita da referida

estrutura.

Assim, deu-se continuidade aos trabalhos de composição das peças que comporão o

caderno de encargos para a empreitada de construção (projeto, caderno de encargos, lista de

preços unitários, etc.), até que fosse politicamente autorizada a sua colocação em prática no

terreno. Deste modo, e uma vez que as condições do mar verificadas na área em questão

durante o Inverno são adversas, prevê-se que os trabalhos estejam concluídos durante o 2º

trimestre de 2016.

Ação C5 - Controlo da população de cabras (Deserta Grande)

Responsável: SPNM

Calendarização: 1º trimestre de 2014 até final do projeto

Estado: Em curso

A ação está a seguir a calendarização prevista. Têm vindo a ser realizadas campanhas

regulares de abate, com periodicidade bimestral e duração de 3 a 5 dias. A periodicidade tem

estado condicionada às condições meteorológicas e a duração das campanhas à

disponibilidade de permanência dos elementos do Corpo da Polícia Florestal da Direção

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Regional de Florestas e Conservação da Natureza, única entidade com competência na

matéria.

Os primeiros trabalhos de erradicação foram iniciados em fevereiro de 2014. No decurso

desse ano, foram abatidos cerca de 120 indivíduos e feridos outros 20. Em 2015 os esforços

foram amplificados, tendo até ao momento sido abatidos cerca de 250 indivíduos, e feridos

cerca de 20.

Estes esforços terão que ser mantidos e previsivelmente incrementados até final projeto,

de modo a que sejam atingidos os objetivos inicialmente propostos de redução das populações

para um número não superior a 50 indivíduos, uma vez que uma avaliação empírica dos dados

da ação D3 têm demonstrado que a dimensão das populações existentes no terreno são

maiores do que era esperado na fase da candidatura.

Ação C6 - Controlo e erradicação de plantas introduzidas com caráter invasivo

Responsável: SPNM

Calendarização: 4º trimestre de 2014 até final do projeto

Estado: Em curso (ação antecipada)

A ação está em curso. Uma vez que o número de espécies de plantas invasoras detetadas

na ação A4, e respetivas densidades, se mostrou ser menor do que o esperado, entendeu-se por

bem antecipar o início da ação e efetuar um primeiro controlo ainda durante o ano de 2014.

Em fevereiro de 2014 realizou-se a primeira fase do controlo dos núcleos de Agave

americana na Ponta de São Lourenço e Deserta Grande, procedendo-se à utilização de um

método que consistiu no corte manual de algumas folhas na zona da base da planta, seguindo-

se a injeção de glifosato a 5%. Este método foi aplicado em todas plantas, estando neste

momento estamos a ser efetuado um controlo de seguimento que consiste na eliminação das

plantas originadas a partir dos propágulos existentes no solo.

Figura 9. Método de controlo químico utilizado na Agave americana (Vale da Castanheira, Deserta Grande).

Aspeto das plantas passados 3 meses.

Relativamente à área de Phalaris aquatica do Vale da Castanheira, foi dado seguimento

ao trabalho que vinha a ser realizado desde 2009. Este trabalho vinha sendo efetuado com

muitas limitações, tendo-se procedido inicialmente à aplicação de um fogo controlado em

toda a área de ocorrência da espécie e posteriormente ao controlo químico de uma pequena

área com cerca de 4 ha. Em janeiro de 2015, deu-se início a uma campanha de controlo da

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espécie em toda a área, tendo sido realizada uma primeira fase de controlo químico em cerca

de 4,5 ha e dado continuidade ao controlo de seguimento da área controlada desde 2009.

Para controlar a Phalaris aquatica, alterou-se a metodologia prevista (que consistia no

arranque manual das plantas), procedendo-se à aplicação de um método de controlo que se

tem mostrado muito eficiente e que consiste na pulverização de todas as plantas com glifosato

a 2%. Para que este método tenha visto aumentadas as suas hipóteses de sucesso, muito

contribuíram as obras de beneficiação da cisterna existente nas instalações de abrigo do Vale

da Castanheira, que permitiu o armazenamento de água, essencial para a preparação das

concentrações de glifosato referidas.

Este trabalho decorreu entre janeiro e março de 2015 e foi efetuado tendo sempre em

atenção as normas de segurança quer para o aplicador quer para o ambiente (figura 10), e será

continuado até final do projeto.

Figura 10. Aplicação de herbicida para controlo químico de Phalaris aquatica no Vale da Castanheira.

No anexo 7.2.2 são apresentados mais detalhes relativos aos trabalhos efetuados no

decurso desta ação.

Ação C7 - Potenciar o estabelecimento e expansão de plantas endémicas e indígenas

Responsável: SPNM

Calendarização: 2º trimestre de 2014 até final do projeto

Estado: Em curso

A ação encontra-se a seguir o curso normal. Durante o ano de 2014 foram recolhidas

sementes de 25 taxa, nas áreas da Península da Ponta de São Lourenço, Ilhéu do

Desembarcadouro e na Deserta Grande. Já em 2015, foram recolhidas sementes de 26 taxa na

Ponta de São Lourenço e no Ilhéu Chão. Assim, até à data foram recolhidas sementes de 38

taxa das diversas áreas de estudo do projeto, que estão a ser tratadas de acordo com as

metodologias de colheita, limpeza e armazenamento já implementadas no Banco de Sementes

do Jardim Botânico da Madeira Engenheiro Rui Viera, que visam garantir a manutenção da

viabilidade a longo prazo, bem como a diversidade genética de cada espécie.

Estão ainda por iniciar os trabalhos de reforço populacional, que seguirão ainda assim os

prazos delineados na candidatura.

No anexo 7.2.3 são apresentados mais detalhes relativos aos trabalhos efetuados no

decurso desta ação.

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Ação C8 - Promoção da conservação in situ e ex situ da endémica e criticamente

ameaçada Beta patula

Responsável: SPNM

Calendarização: 2º, 3º e 4º trimestres de 2014/2015/2016/2017

Estado: Em curso

A ação está a seguir a calendarização prevista. Foram recolhidas amostras (figura 11) de

ambos os núcleos populacionais durante o ano de 2014.

Figura 11. Recolha de sementes de Beta patula presentes no solo com a ajuda de um aspirador.

Os trabalhos de estudo de viabilidade e análise da diversidade genética das populações

iniciaram-se logo após o levantamento inicial do estado dos núcleos populacionais de Beta

patula.

No que diz respeito à constituição de amostras de germoplasma para conservação ex situ,

foram recolhidas 17 amostras e realizados 10 testes de germinação, cujos resultados estão em

análise.

No que diz respeito ao estudo molecular, foi extraído DNA das 102 plantas amostradas,

tendo sido constituído um banco de DNA, que será utilizado na análise da diversidade

genética. Esta análise encontra-se agora na fase de otimização das condições de amplificação

de primers, após algum atraso verificado na aquisição dos reagentes necessários.

No anexo 7.2.4 são apresentados mais detalhes relativos aos trabalhos efetuados no

decurso desta ação.

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Ação C9 - Adoção de medidas a curto e médio prazo de controlo da população

nidificante da gaivota-de-patas-amarelas Larus michahellis no ilhéu do

Desembarcadouro e ilhéu Chão

Responsável: SPNM

Calendarização: 1º semestre de 2014/2015/2016/2017

Estado: Em curso

A ação está a seguir a calendarização prevista. Após atualização dos censos da população

nidificante no ilhéu do Desembarcadouro e ilhéu Chão (ação A8), procedeu-se a um controlo

do tamanho da população de gaivota através da inviabilização de ovos.

Através de uma metodologia muito simples, mas com elevados custos de logística e

pessoal, este procedimento envolve a deslocação às áreas de nidificação inviabilizando todos

os ovos encontrados. Com o auxílio de uma seringa retira-se um pouco do seu conteúdo e

introduz-se um pouco de ar (figura 12).

Figura 12. Inviabilização de ovos de gaivota

Este trabalho foi desenvolvido no Ilhéu do Desembarcadouro, no Ilhéu Chão e no

Planalto Sul da Deserta Grande, as 3 áreas com colónias significativas localizadas na área de

projeto, estando os resultados das épocas de campo de 2014 e 2015 resumidas na tabela 3.

Tabela 3. Número de ovos de gaivota-de-patas-amarelas inviabilizados anualmente por colónia.

Área de nidificação Ovos inviabilizados

2014

Ovos inviabilizados

2015

Ilhéu do

Desembarcadouro 1022 47

Ilhéu Chão 310 65

Planalto Sul 24 54

A redução verificada entre 2014 e 2015 teve que ver com um menor esforço alocado a

esta ação, tendo em vista a potenciação dos resultados da ação de caracterização da ecologia

trófica e espacial desta espécie (ação A9). Por esta razão, no Ilhéu Chão a inviabilização

decorreu apenas durante um dia, enquanto no Ilhéu do Desembarcadouro ocorreu apenas no

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interior de uma pequena área (figura 13), com vista a um estudo de avaliação da eficácia do

método de inviabilização utilizado. Este estudo acabou por não ser conclusivo.

Figura 13. Área de controlo de inviabilização de ovos no Ilhéu do Desembarcadouro

Quanto à colocação de afugentadores sonoros, após um amplo debate em reunião de

Comissão Científica, resultou em um consenso para que não fosse realizada qualquer

intervenção com o objetivo de afugentar estas aves destas áreas, dado que: i) o censo

populacional indica uma tendência de estabilização da população a longo prazo; ii) a

colocação de afugentadores poderia levar a uma dispersão da população para áreas não

controláveis; iii) esta dispersão poderia causar grandes problemas a nível de colisões com

aeronaves dada a proximidade ao aeroporto; e iv) a reavaliação dos impactos, levada a cabo

nas ações A, que esta espécie causa em outras espécies importantes (moluscos terrestres e

plantas endémicas) e habitats (verificada in loco), mostrou que a dimensão do problema será

menor do que anteriormente era julgado.

No anexo 7.2.7 são apresentados mais detalhes relativos aos trabalhos efetuados no

decurso desta ação.

Ação C10 - Controlo populacional da formiga-argentina Linepithema humile em áreas e

períodos críticos

Responsável: SPNM

Calendarização: 2º trimestre de 2015 até final do projeto

Estado: Em curso (ação antecipada)

A ação foi iniciada no 3º trimestre de 2014, tendo sido efetuados testes no Ilhéu Chão.

Neste ilhéu identificaram-se as áreas de distribuição das espécies prioritárias de moluscos

terrestres e procedeu-se à aplicação de formicida. Foram selecionadas duas áreas principais,

uma na zona central do ilhéu e outra a nordeste, na área adjacente ao farol.

Apesar de uma análise inicial ter indiciado que estaríamos na presença de uma

metodologia com grande índice de sucesso, verificado o comportamento que a formiga-

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argentina apresenta (circundando as áreas de aplicação do formicida e impedindo a

aproximação de outras espécies de insetos), acabaram por ser detetados alguns problemas que

levarão a uma alteração metodológica, nomeadamente:

- o formicida utilizado parece não ser o mais indicado para a ação em causa, já que a sua

fórmula granulada é demasiado volumosa para permitir o seu transporte para o ninho/colónia.

Para além disso, por ser granulado, é facilmente transportado pelo vento, sendo dispersado

por áreas que não devem ser intervencionadas e atuando sobre outros elementos da fauna,

nomeadamente invertebrados (carabídeos, coleópteros e outros);

- ao contrário do indicado pela Bayer, as formigas que se alimentam do formicida no local

morrem rapidamente, não fazendo o transporte do formicida para o ninho/colónia conforme

desejado. Estas deixam ainda de efetuar o recrutamento após sensivelmente 2 horas de

exposição ao mesmo, desinteressando-se.

Assim, a solução para os problemas apontados passará pela mudança de formicida

(idealmente em formato de gel), que deverá ser colocado numa caixa/reservatório de forma a

permitir apenas a entrada de formigas.

Durante o ano de 2015 levaram-se a cabo esforços no sentido de questionar a Bayer para

indicação de um produto alternativo ao formicida utilizado (MAXFORCE). Não houve

contudo, até à data, qualquer resposta. Outros contactos realizados com um investigador

especialista da Universidade de Girona – Prof. Crisanto Gómez - que colaborou com a Bayer

no passado, resultaram na informação da existência de um produto alternativo na forma de

gel, que não é contudo comercializado este Portugal.

Tendo por base informação científica publicada, foram contactados autores

da Nova Zelândia, Estados Unidos e Austrália, mas os produtos utilizados, além de não serem

comercializados em Portugal, têm um custo elevado, pelo que a sua utilização está a ser

ponderada pela equipa de gestão, em conjunto com o investigador associado, Dr. Mário

Boieiro.

A decisão quanto à forma de retoma dos trabalhos será tomada nas reuniões de Comissão

Consultiva e Científica, previstas para o 1º trimestre de 2016.

Ação C11 - Potenciar a conservação das espécies de moluscos terrestres endémicas e

exclusivas da área de projeto através de reprodução laboratorial, transferência,

reintrodução, reforço e expansão

Responsável: SPNM

Calendarização: 1º trimestre de 2014 até final do projeto

Estado: Em curso

A ação encontra-se em curso. De acordo com o proposto na candidatura, passam a

descrever-se os principais resultados já obtidos para as 3 fases desta ação:

- 1ª fase: Inventário das espécies de moluscos terrestres alvo das ações de reprodução

laboratorial para reforço/reintrodução de populações e regeneração de comunidades

malacológicas dos habitats alvo.

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Conforme relatado na ação A12, os trabalhos de inventariação da malacofauna terrestre

encontram-se no terreno desde outubro de 2013, devendo estar concluídos em abril de 2016.

Até à data não foram encontrados quaisquer espécimes vivos de D. lyelliana e L. lamellosa,

apesar dos esforços e da área já coberta nos trabalhos já efetuados (cerca de 75% da área de

ocorrência conhecida desta espécie). Será intensificado e diversificado o esforço de

amostragem, com o objetivo de cobrir a maior área/número de micro-habitats possível, na

tentativa de encontrar os taxa acima mencionados.

Com base nos dados já recolhidos e de acordo com o efetivo populacional estimado das

espécies-alvo, não será necessário efetuar um programa de reprodução/reintrodução para os

taxa Amphorella tornatellina minor, Leptaxis nivosa vulcania, Leptaxis undata undata,

Boettgeria deltostoma crebristriata e Discula polymorpha polymorpha, uma vez que as

populações identificadas estão estáveis e em bom estado de conservação, sendo em número

suficiente para garantir a sobrevivência da espécie a médio prazo.

Por razões distintas, não irá ser iniciado o programa de recolha e reprodução laboratorial

das espécies Geomitra watsoni (ilhéu do Desembarcadouro), Geomitra coronula, Geomitra

grabhami, Leiostyla macilenta e Atlantica calathoides (Deserta Grande) durante o ano de

2015. Não obstante a maioria das espécies mencionadas ostentarem um estatuto de

conservação classificado como Criticamente Ameaçado, existe um reduzido número de

populações identificadas (inferior a 3) que possuem um reduzido efetivo populacional

(estimado em menos de 100 indivíduos/população), desaconselhando qualquer subtração de

elementos para o procedimento de reprodução ex-situ. Este procedimento obriga à recolha de

30 indivíduos por população, de forma a tornar o programa inicial viável. Esta situação será

reavaliada em abril de 2016, após a época de reprodução.

Pelo exposto, a ação abrangerá 9 espécies endémicas e exclusivas da área de projeto:

Discula polymorpha poromphala, Discula polymorpha agostinhoensis, Discula polymorpha

nebulata, Discula aff. tetrica, Actinella laciniosa, Actinella anaglyptica, Caseolus abjectus

nesioites, Caseolus micromphalus e Leiostyla macilenta. Recolheu-se, em abril de 2015, 30

exemplares de cada espécie de forma a dar início aos trabalhos e proceder-se-ão a novas

recolhas de material biológico vivo mediante as necessidades.

- 2ª fase: Reprodução laboratorial

Com início previsto para 2014, esta fase sofreu vários atrasos devido a um conjunto de

alterações de pressupostos que haviam sido inicialmente assumidos aquando a candidatura e

que tiveram de ser reestruturados e redefinidos à luz das condições atuais.

A reprodução laboratorial estava prevista realizar-se nas instalações da Universidade da

Madeira mas, por força do impedimento de utilização das mesmas, optou-se por transferir esta

fase para a Universidade dos Açores, sob a tutela da Prof. Regina Cunha, malacóloga,

membro da presente equipa e especialista em ciclos de vida de gastrópodes. Desde 2014 que,

por motivo de doença prolongada, a Prof. Regina tem sido impedida de dar o seu contributo a

este projeto, pelo que a Direção Regional de Florestas e Conservação da Natureza chamou a si

a execução desta ação, que teve início em junho de 2015, com as nove espécies já descritas

anteriormente.

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Os resultados preliminares obtidos podem ser considerados satisfatórios, registando-se

uma baixa mortalidade de indivíduos. No entanto, apenas após a época de reprodução, que

decorrerá entre outubro-dezembro de 2015, é que poerá ser avaliado o sucesso da ação.

Não obstante o exposto, atendendo à inexperiência da equipa atual no que diz respeito a

ciclos de vida e reprodução laboratorial de espécies de moluscos terrestres, é vital contar com

o apoio de uma instituição científica que possua um forte conhecimento nesta área e que

disponibilize o apoio científico necessário para uma ação desta natureza. Todos os esforços

serão por isso desenvolvidos ao longo do ano de 2016 de modo a garantir este apoio, estando

desde já identificado um potencial parceiro, a universidade polaca Wrocław University of

Environmental and Life Sciences.

- 3ª fase: Transferência, reintrodução, reforço e expansão de espécies de moluscos terrestres

criticamente ameaçados e exclusivas da área de projeto

Não iniciada. No caso de se obterem bons resultados, será iniciado o procedimento de

aclimatização dos juvenis nas áreas-alvo, com recurso a terrários, previsivelmente no final do

3º trimestre de 2016.

No anexo 7.2.5 são apresentados mais detalhes relativos aos trabalhos efetuados no

decurso desta ação.

Ação C12 - Criação de proteções físicas e de zonas de exclusão para diminuir a predação

dos moluscos terrestres

Responsável: SPNM

Calendarização: 2º trimestre de 2015 até final do projeto

Estado: Atrasada

A ação não foi ainda iniciada. Aproveitou-se o interregno existente para efetuar uma

reavaliação da metodologia inscrita na candidatura e, tendo por base os resultados obtidos no

projeto LIFE Ilhéus do Porto Santo (LIFE09 NAT/PT/000041), redefinir a configuração e o

tipo de material a utilizar nos abrigos.

Assim, abdicou-se da utilização de abrigos em PVC, estando atualmente a estudar-se os

modelos mais adequados para a área do projeto, prevendo-se que exista uma decisão quanto

aos mesmos durante o 1º trimestre de 2016, com a devida implementação no terreno no

decurso do 2º trimestre do mesmo ano.

No anexo 7.2.5 são apresentados mais detalhes relativos aos trabalhos efetuados no

decurso desta ação.

Ação C13 - Melhorar o atual conhecimento taxonómico da malacofauna terrestre da

área de projeto

Responsável: SPNM

Calendarização: Até final de 2016

Estado: Em curso

A recolha e tratamento das amostras estarão finalizadas até 2015, prevendo-se ter todos

os exemplares destinados a análise molecular tratados (identificados e medidos) até essa data.

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Foram recolhidos 20 exemplares de 10 espécies/subespécies, de várias populações da

área de projeto, tendo por objetivo atualizar o conhecimento relativo à taxonomia do

complexo definido pelo género Discula e Leptaxis bem como clarificar o posicionamento

taxonómico relativo aos taxa Caseolus punctulatus avellanus e Caseolus abjectus nesioites.

Devido ao baixo efetivo populacional, não será efetuada, numa primeira fase, a análise

dos taxa Atlantica calathoides, G. grabhami e G. coronula. Esta situação será reavaliada em

Abril de 2016, após a campanha de amostragem nas ilhas Desertas.

Os procedimentos de aquisição de serviços para a 2ª e 3ª fase da ação (extração de DNA e

posterior análise molecular) serão iniciados no 1º trimestre de 2016, estando a 4ª fase

dependente do sucesso dos resultados da análise molecular.

No anexo 7.2.5 são apresentados mais detalhes relativos aos trabalhos efetuados no

decurso desta ação.

Ação C14 - Potenciar a conservação e expansão das populações de quirópteros

Responsável: SPNM

Calendarização: 1º trimestre de 2015 até final do projeto

Estado: Por iniciar

A ação está por iniciar. Pelos motivos descritos na ação A13, com a não deteção de

quaisquer indivíduos nas áreas de projeto, protelou-se o início desta ação, estando a aquisição

das caixas-abrigo e a consequente colocação no terreno previstos para o decurso do 2º

trimestre de 2016.

Ação C15 - Eliminação da linha elétrica aérea existente na ZEC da Ponta de São

Lourenço

Responsável: SPEA

Calendarização: 3º trimestre de 2014 ao 3º trimestre de 2015

Estado: Concluída

Esta ação teve início no final do mês de outubro de 2014 e decorreu conforme previsto na

candidatura. Reunidas todas as autorizações por parte dos proprietários e entidades

responsáveis, foi efetuada a subcontratação de uma empresa para a abertura da vala na berma

da estrada, assegurando, desta forma, um impacto mínimo no espaço circundante. Os

trabalhos da retirada da linha tiveram início no final do mês de julho de 2015 e prolongaram-

se por dois meses. Todos os trabalhos foram devidamente acompanhados por um técnico da

SPEA assegurando que a empreitada não causasse impactes na avifauna e no habitat

circundante.

No anexo 7.2.1 são apresentados mais detalhes relativos aos trabalhos efetuados no

decurso desta ação.

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Ação C16 - Implementação de medidas de minimização dos efeitos da erosão sobre os

solos

Responsável: SPNM

Calendarização: 4º trimestre de 2014 até final do projeto

Estado: Por iniciar

Ação não iniciada. Apesar de não terem sido detetadas áreas que justificassem a

necessidade de implementação de medidas urgentes para minimização dos efeitos da erosão

sobre os solos, entendemos que esta ação mantém ainda importância significativa até final do

projeto, não só como forma de complementar os trabalhos em curso nas ações de erradicação

de plantas invasoras ou os trabalhos de expansão da flora endémica, mas também para rápida

intervenção caso se venham a verificar eventos de caráter catastrófico (derrocadas,

enxurradas, incêndios) em alguma das áreas do projeto.

Ação C17 - Definição, criação e/ou manutenção de trilhos, áreas de visitação e áreas de

exclusão (se necessário) compatibilizados com os bens a proteger na área de projeto

Responsável: SPNM

Calendarização: Até final de 2014

Estado: Em curso

Ação em curso. Têm sido efetuados trabalhos regulares de manutenção dos trilhos em

áreas de visitação, nomeadamente na Ponta de São Lourenço e na área da Doca, Deserta

Grande. Foi igualmente melhorado o trilho existente no Ilhéu Chão, para compatibilização

dos trabalhos em curso com os valores naturais a proteger.

Relativamente à definição de novos trilhos de visitação foi decido não implementar

qualquer trilho no Ilhéu do Desembarcadouro, tendo em alternativa sido decidido criar um

trilho de visitação no Ilhéu do Farol, Ponta de São Lourenço, por ser uma área com excelente

visibilidade para o Ilhéu do Desembarcadouro, mas com outros polos de atração para os

visitantes e para a exploração turística, dos quais se salienta o Farol.

Prevê-se que este trilho seja implementado no decurso do primeiro semestre de 2016, de

modo a que sejam organizadas visitas durante a época de verão do próximo ano.

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Ação D1 - Estabelecimento de uma linha de monitorização que permita a avaliação do

sucesso das medidas de controlo e erradicação da população de coelho

Responsável: SPNM

Calendarização: 3º trimestre de 2014 até final o projeto

Estado: Por iniciar

Como explicado na ação C1, não foram iniciados quaisquer trabalhos de controlo e

erradicação de coelhos pelo que, assim sendo, nenhuns trabalhos de monitorização foram

implementados.

Ação D2 - Estabelecimento de uma linha de monitorização que permita a avaliação do

sucesso das medidas de controlo e erradicação de ratos e murganhos

Responsável: SPNM

Calendarização: 3º trimestre de 2014 até final do projeto

Estado: Em curso

A ação está a seguir a calendarização prevista com exceção do Ilhéu Chão, pelas razões já

explicitadas nas ações A2 e C2. O início dos trabalhos de monitorização nessa área decorrerá

apenas após o início da ação C2, prevista para o 2º trimestre de 2016.

Tem vindo a ser levada a cabo uma monitorização regular nas áreas já intervencionadas,

com periodicidade mensal, através da colocação de armadilhas trip-trap ao longo de diversas

áreas do Ilhéu do Desembarcadouro (praias, zonas com muros de pedra, áreas com e sem

vegetação abundante, escarpas), não tendo até ao momento sido registados quaisquer indícios

da presença de murganhos. A existência de um cordão de armadilhas reforçado na área mais a

norte, de junção entre este ilhéu e a Península da Ponta de São Lourenço, tem obrigado à

visitação regular para verificação e substituição do raticida colocado, sendo que até à data não

têm sido registados quaisquer indícios da presença de murganhos ou ratos nesta área.

Assim, numa primeira análise, todos os dados apontam para uma grande eficácia das

medidas de controlo e erradicação, sendo no entanto prudente manter a linha de

monitorização por um período de tempo mais alargado para garantir que a erradicação foi

conseguida.

Ação D3 - Estabelecimento de uma linha de monitorização que permita a avaliação do

sucesso das medidas de gestão implementadas para o controlo da população de cabras

Responsável: SPNM

Calendarização: 1º trimestre de 2014 até final do projeto

Estado: Em curso

A ação está em curso. Desde o 4º trimestre de 2014 que têm vindo a ser efetuados, de

forma periódica e regular, os transetos georreferenciados na ação A3, acompanhando a

evolução dos efetivos populacionais da espécie na Deserta Grande.

Os resultados estão ainda a ser analisados, pelo que não é possível nesta fase indicar

valores para o efetivo populacional desta espécie. Ainda assim, pelo registo de observação

dos indivíduos, e pela composição etária dos mesmos, é possível verificar a existência de

grandes grupos, com a presença de crias de várias alturas do ano, o que estará certamente

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ligado à abundância de alimento e de fontes de água que esta espécie encontra ao longo da

Deserta Grande.

De uma forma empírica, pode-se nesta fase afirmar que, apesar dos esforços que têm

vindo a ser realizados na ação C5, não há para já sinais de uma diminuição significativa dos

efetivos populacionais, pelo que terão que ser mantidos, ou até reforçados, os esforços nessa

mesma ação, de modo a que possam ser cumpridos os objetivos estipulados na candidatura.

Ação D4 - Estabelecimento de uma linha de monitorização que permita o seguimento

das espécies de plantas introduzidas com caráter invasivo

Responsável: SPNM

Calendarização: 2º e 3º trimestre de 2015/2016/2017

Estado: Em curso

A ação está a seguir a calendarização prevista. Em maio de 2015, realizou-se a primeira

monitorização de modo acompanhar a evolução da recuperação das áreas que serão alvo de

controlo/erradicação de Phalaris aquatica ao longo do Vale da Castanheira.

Relativamente à situação inicial (obtida em 2014 no decurso da ação A4), verificou-se

uma diminuição da densidade média de Phalaris aquatica (gráfico 4), o que é indicativo do

sucesso da metodologia de controlo aplicada.

Gráfico 4. Densidade de Phalaris aquatica nos transetos de amostragem (Vale da Castanheira).

No que diz respeito à percentagem de cobertura da espécie Phalaris aquatica (gráfico 5),

verificou-se uma grande redução na maioria dos transetos, mesmo na área onde não

ocorreram trabalhos de controlo químico, facto este que pode estar também associado ao ano

pouco chuvoso e desta forma a planta não se ter desenvolvido na sua plenitude.

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Gráfico 5. Percentagem de cobertura de Phalaris aquatica nos transetos de amostragem (Vale da Castanheira)

Um outro dado que se recolheu nesta monitorização foi a diversidade de espécies

presente em cada um dos transetos (ver gráfico 6). Aqui podemos observar que, de uma forma

geral, o número de espécies aumentou na maioria dos transetos.

Gráfico 6. Diversidade específica detetada nos transetos de amostragem (Vale da Castanheira)

Apesar dos dados serem claramente indicativos do sucesso das ações de controlo levadas

a cabo no Vale da Castanheira, com uma melhoria significativa da qualidade do habitat,

decidiu-se alargar o âmbito das monitorizações, através da avaliação do efeito deste controlo

em outro grupos e espécies, nomeadamente na flora e malacofauna endémica (a iniciar em

2016), e também na distribuição e efetivos populacionais de tarântula Hogna ingens

(trabalhos já iniciados no último trimestre de 2015), com a utilização dos mesmos transetos.

Os resultados conjuntos destas monitorizações permitirão uma mais correta avaliação da

implementação das medidas.

No anexo 7.2.2 são apresentados mais detalhes relativos aos trabalhos efetuados no

decurso desta ação.

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Ação D5 - Estabelecimento de uma linha de monitorização que permita avaliar o sucesso

das medidas de controlo da população nidificante de gaivota Larus michahellis no ilhéu

do Desembarcadouro e ilhéu Chão

Responsável: SPNM

Calendarização: 2º trimestre de 2015/2016/2017

Estado: Em curso

A ação está em curso. Foi efetuada a primeira monitorização no 2º trimestre de 2015,

com a repetição das metodologias definidas na ação A8 e estimadas as populações (tabela 4).

Tabela 4. Estimativas populacionais de gaivota-de-patas-amarelas.

Área de nidificação Estimativa populacional 2014

(açãoA8)

Estimativa populacional 2015

(ação D5)

Ilhéu do Desembarcadouro 1854 2085

Ilhéu Chão 626 450

As estimativas para 2015 apontam para um crescimento da população no Ilhéu do

Desembarcadouro, e para uma diminuição no Ilhéu Chão. Apesar destes dados poderem estar

relacionados com, no caso do Ilhéu do Desembarcadouro, o efeito da retirada dos murganhos

e, no caso do Ilhéu Chão, o efeito da presença humana prolongada durante a época de

reprodução (motivada pela recuperação das instalações ao abrigo da ação A15, com a

consequente perturbação da área da colónia), nenhum destes dados foge do padrão de

flutuação populacional que ambas as colónias vêm apresentando na última década. Assim

sendo, consideramos que os dados não são ainda conclusivos quanto ao efeito das medidas já

implementadas, pelo que deverão ser continuadas as monitorizações até final do projeto.

No anexo 7.2.7 são apresentados detalhes relativos aos trabalhos efetuados nesta ação.

Ação D6 - Estabelecimento de uma linha de monitorização para avaliar a resposta das

espécies da malacofauna às ações implementadas

Responsável: SPNM

Calendarização: 2º, 3º e 4º trimestres de 2015/2016/2017

Estado: Em curso

A ação está em curso. Foi estabelecida uma linha de monitorização, iniciada em Abril

de 2015, que abrange todas as áreas do projeto. A linha de monitorização envolve 6 áreas de

amostragem na Ponta de São Lourenço (3 na península, 2 no ilhéu do Desembarcadouro e 1

no ilhéu do Farol), 10 nas ilhas Desertas (3 no ilhéu Chão, 5 no Vale da Castanheira e 2 nas

áreas de distribuição de A. calathoides), num total de 16 estações de monitorização.

A monitorização terá uma periodicidade anual e decorrerá sempre no 2º trimestre de cada

ano, preferencialmente durante o mês de Abril, após a época de reprodução, de forma a poder-

se aferir o sucesso reprodutor das populações, o seu fitness e atual estado de conservação.

Os dados estão ainda em fase de análise, pelo que os resultados não podem ainda ser

apresentados.

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Ação D7 - Monitorização do efeito da eliminação da linha elétrica aérea existente na

ZEC da Ponta de São Lourenço sobre a mortalidade de aves marinhas nidificantes

Responsável: SPEA

Calendarização: 4º trimestre de 2015 até final do projeto

Estado: Em curso

Esta ação teve início após a finalização da ação C15 e decorrerá até ao final do projeto

no sentido de avaliar o sucesso da alteração implementada na eliminação da mortalidade de

aves marinhas.

Toda a informação será compilada de acordo com a mesma metodologia do projeto

“Avaliação do Impacte das Linhas Elétricas de Média Tensão em Algumas Espécies de Aves

Vulneráveis”, de forma a tornar possível a comparação dos dados.

Importa referir que, durante os trabalhos de remoção e monitorização da linha, foram

efetuadas visitas à área circundante. Nestas prospeções foi possível detetar uma recente

estrutura aérea, afeta ao ramo das comunicações., não sendo possível prever o seu impacto

neste local. Nesse sentido, já foram contactadas as entidades responsáveis, estando pendente

uma reunião para apresentação da problemática e avaliação do seu impacto na avifauna.

Durante os trabalhos de monitorização, realizados no âmbito desta ação, serão efetuadas

visitas mensais também a esta estrutura no sentido de avaliar qual o seu real impacte.

No anexo 7.2.1 são apresentados mais detalhes relativos aos trabalhos efetuados no

decurso desta ação.

Ação D8 - Avaliação do impacto socioeconómico das ações do projeto para a economia

local e da população, bem como sobre a restauração das funções do ecossistema

Responsável: SPNM

Calendarização: 3º trimestre 2017

Estado: Por iniciar

A ação irá seguir a calendarização prevista.

Ação D9 - Estabelecimento de uma linha de monitorização para avaliar a resposta das

populações de quirópteros às ações implementadas

Responsável: SPNM

Calendarização: 1º trimestre de 2015 até final do projeto

Estado: Atrasada

A ação está ainda por iniciar, devido aos constrangimentos já referidos nas ações A13 e

C14. De acordo com a nova calendarização proposta, deverá ser iniciada no decurso do 3º

trimestre de 2016.

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Ação D10 - Estabelecimento de uma linha de monitorização para avaliar a resposta das

espécies importantes de plantas (exceto Beta patula) às ações implementadas

Responsável: SPNM

Calendarização: 2º e 3º trimestres de 2015/2016/2017

Estado: Em curso

A ação está em curso. Foi repetida em 2015 a metodologia definida na ação A5, estando

contudo os dados ainda em fase de tratamento e análise estatística.

Ação D11 - Estabelecimento de uma linha de monitorização para avaliar a resposta de

Beta patula às ações implementadas

Responsável: SPNM

Calendarização: 2º e 4º trimestres de 2015/2016/2017

Estado: Em curso

A ação está em curso, seguindo a calendarização prevista. A metodologia a utilizar é

similar à definida para a ação A6 no que diz respeito aos censos da população, amostragem de

indivíduos e recolha de amostras, ou contagem e identificação de espécies companheiras.

Os dados recolhidos em 2015 encontram-se em fase de análise e tratamento, tendo sido

decidido proceder-se à realização de sementeiras em condições naturais, a fim de avaliar a

capacidade de germinação, emergência e estabelecimento em novas áreas. Foram escolhidas 3

áreas no Ilhéu do Desembarcadouro (mapa 8), por ser uma área aparentemente livre de

murganhos e coelhos.

Mapa 8. Locais de sementeira de Beta patula localizados nas zonas limítrofes à área de ocorrência da população

e destinadas a avaliar a capacidade da espécie para ocupar outras áreas.

No anexo 7.2.4 são apresentados mais detalhes relativos aos trabalhos efetuados no

decurso desta ação.

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Ação F1 – Nomeação de um gestor, criação da equipa interna do Beneficiário

Coordenador para monitorização do projeto e da equipa gestora do projeto

Responsável: SPNM

Calendarização: até final do projeto

Estado: Em curso

A ação está a seguir a calendarização prevista. Foi nomeado como gestor de projeto

Pedro Sepúlveda e criada a equipa interna de acompanhamento do projeto, composta por Dília

Menezes (Chefe de Divisão da DCN), Isabel Freitas (Chefe de Divisão da DOPEA), Cristina

Medeiros (Coordenadora da Área Protegida da Ponta de São Lourenço), Carolina Santos

(Coordenadora da Reserva Natural das Ilhas Desertas), além do gestor do projeto. O projeto

tem sido acompanhado de perto pelo gestor e têm existido quer reuniões periódicas da equipa

interna, quer ainda reuniões parcelares, como forma de monitorizar o andamento do projeto.

Foi ainda criada a equipa gestora do projeto, formada inicialmente por Dília Menezes

(coordenadora estratégica), Pedro Sepúlveda (gestor do projeto) e Isabel Fagundes

(representante do parceiro SPEA). Esta equipa não efetuou reuniões formais, existindo no

entanto um contacto permanente sobre o andamento do projeto. Em maio de 2015 Isabel

Fagundes foi substituída como representante do parceiro SPEA por Cátia Gouveia, tendo o

procedimento adotado para monitorização do projeto se mantido.

Ação F2 – Monitorização e acompanhamento geral do projeto por parte de uma

Comissão Consultiva

Responsável: SPNM

Calendarização: até final do projeto

Estado: Em curso

A ação está a seguir a calendarização prevista.

A Comissão Consultiva é composta pelos seguintes elementos: Paulo Oliveira (SPNM:

diretor e coordenador das ações de controlo e erradicação de vertebrados), Dília Menezes

(SPNM: chefe de divisão da DCN, coordenadora estratégica e coordenadora das ações

relacionadas com aves marinhas e formiga-argentina), Isabel Freitas (SPNM: chefe de divisão

da DOPEA), Pedro Sepúlveda (SPNM: gestor), Cristina Medeiros (SPNM: coordenadora da

área protegida da Ponta de São Lourenço e coordenadora das ações de controlo e erradicação

de plantas invasoras), Carolina Santos (SPNM: coordenadora da Reserva Natural das Ilhas

Desertas), Nádia Coelho (SPNM: coordenadora das ações relacionadas com a gaivota-de-

patas-amarelas), Cátia Gouveia (SPEA), Laura Castelló (SPEA), Francisco Fernandes

(DRFCN: participação nas ações relacionadas com flora endémicas e indígena), José Augusto

Carvalho (DRFCN: participação nas ações relacionadas com flora endémicas e indígena),

Marco Mendes (DRFCN: participação nas ações relacionadas com controlo e erradicação de

vertebrados), Dinarte Teixeira (DRFCN: participação nas ações relacionadas com

malacofauna), Cristina Abreu (consultora externa: participação nas ações relacionadas com

malacofauna), Miguel Ângelo Carvalho (consultor externo: participação nas ações

relacionadas com Beta patula), Humberto Nóbrega (consultor externo: participação nas ações

relacionadas com Beta patula), Gregório Freitas (consultor externo: participação nas ações

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relacionadas com Beta patula), José Jesus (consultor externo: participação nas ações

relacionadas com quiropterofauna), Sérgio Teixeira (consultor externo: participação nas ações

relacionadas com quiropterofauna).

A Comissão Consultiva já reuniu por três vezes: a 31-10-2014, a 21-02-2014 e a 22-10-

2014. Por constrangimentos diversos não foram realizadas reuniões da Comissão Consultiva

em 2015, estando a próxima reunião prevista para o 1º trimestre de 2016.

No entanto, têm sido realizadas diversas reuniões parcelares, entre o gestor do projeto e

os diversos grupos de trabalho criados para as várias ações, de modo a ser efetuado um

acompanhamento próximo do andamento dos trabalhos e para definição de estratégias

conjuntas.

Ação F3 – Monitorização e acompanhamento geral do projeto por parte de uma

Comissão Científica

Responsável: SPNM

Calendarização: até final do projeto

Estado: Em curso

A ação está em curso. A Comissão Científica integra, para já, os seguintes elementos:

Paulo Oliveira (diretor do SPNM e especialista em erradicação de vertebrados e restauração

de habitats), Luís Costa (diretor geral SPEA), Dília Menezes (chefe de divisão da DCN,

especialista em aves marinhas), Manuel Nogales (CSIC – especialista em Ecologia Insular),

Pedro Luís Geraldes (especialista em aves marinhas), Paulo Catry, José Pedro Granadeiro,

José Jesus e Miguel Ângelo Carvalho.

A 1ª reunião desta comissão realizou-se em outubro de 2014, estando a próxima reunião

prevista para o 1º trimestre de 2016. Uma vez que existiam questões que a equipa de gestão

de projeto entendia serem importantes colocar no âmbito desta comissão, nomeadamente as

questões do afugentamento das gaivota-de-patas-amarelas das colónias existentes, e da

importância desta medida para a recuperação das áreas em questão, foi tomada a decisão de

fazer deslocar ao terreno os consultores Pedro Geraldes e Manuel Nogales, de modo a que in

loco avaliassem o estado dos habitats. Esta despesa não estava prevista na candidatura,

existindo ainda assim o compromisso de não ultrapassarmos os valores aí definidos para a

rubrica de viagens. As próximas reuniões decorrerão, como previsto, em modo não presencial

(via Skype).

Ação F4 – Gestão (administrativa, logística e corrente) pelo Beneficiário Coordenador

Responsável: SPNM

Calendarização: até final do projeto

Estado: Em curso

A ação está em curso. O acompanhamento administrativo, logístico e corrente do projeto

tem sido garantido pela equipa interna do Beneficiário Coordenador, como previsto na

candidatura, sem quaisquer constrangimentos até à data.

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Foram já adquiridos 3 computadores (1 portátil e 2 de secretária), estando previsto para

2016 a aquisição de mais 2, além dos 3 discos externos e das impressoras multifunções,

concluindo assim a aquisição de equipamento informático de apoio ao projeto.

Foi adquirida a máquina fotográfica digital NIKON D7000, estando em fase de aquisição

as restantes 3 máquinas digitais previstas.

Relativamente à motocicleta, serão novamente efetuados esforços conducentes à sua

aquisição, estando contudo a mesma dependente de autorizações por parte da Secretaria

Regional das Finanças e Administração Pública. Esta situação, em conjunto com a existência

anterior de um Programa de Ajustamento Económico e Financeira para a Região Autónoma

da Madeira, com a imposição de diversas restrições relativamente a aquisição deste tipo,

motivou ao adiamento deste procedimento para o ano de 2016.

Ação F5 – Coordenação entre o atual projeto e outros projetos LIFE em curso que

tenham por objetivo espécies, habitats ou problemáticas semelhantes

Responsável: SPNM

Calendarização: até final do projeto

Estado: Em curso

A ação está em curso. Até ao momento tem sido feito o contacto e troca de experiências

com os projetos LIFE em curso na Região Autónoma da Madeira, mas ainda não foram

efetuados contactos com outros projetos LIFE de outros países da União.

Ação F6 – Assegurar a auditoria do projeto

Responsável: SPNM

Calendarização: 3º trimestre 2017

Estado: Por iniciar

A ação irá seguir a calendarização prevista.

Ação F7 – Elaboração do “After-LIFE Conservation Plan”

Responsável: SPNM

Calendarização: 2º e 3º trimestre 2017

Estado: Por iniciar

A ação irá seguir a calendarização prevista.

Ação F8 – Garantir a continuidade da Comissão Consultiva no after-LIFE

Responsável: SPNM

Calendarização: 3º trimestre 2017

Estado: Por iniciar

A ação irá seguir a calendarização prevista.

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5.2. Ações de divulgação e sensibilização

Ação E1 – Criação de logotipo e mascote

Responsável: SPNM

Calendarização: 4º trimestre de 2013

Estado: Concluída

A ação encontra-se concluída. No anexo 7.3.2 apresenta-se o logotipo e mascote oficiais

do projeto.

Ação E2 – Criação do sítio oficial do projeto na internet

Responsável: SPNM

Calendarização: 1º trimestre de 2014 até final do projeto

Estado: Em curso

A construção do sítio oficial do projeto está concluída. O sítio oficial encontra-se alojado

no domínio do sítio oficial do Serviço do Parque Natural da Madeira, podendo ser consultado

em http://liferecovernatura.pnm.pt/. Conta até ao momento com mais de 26 mil visitas, o que

resulta numa média mensal superior a 1500 visitas.

Têm igualmente sido lançadas campanhas específicas sobre o projeto na rede social

Facebook, no perfil do Serviço do Parque Natural da Madeira (que conta atualmente com

perto de 30000 seguidores), sob a hashtag #liferecovernatura, o que tem possibilitado uma

enorme visibilidade a este projeto.

Consideramos portanto que estão a ser cumpridos todos os objetivos propostos para esta

ação.

Ação E3 – Produção material publicitário do projeto

Responsável: SPNM

Calendarização: 2º trimestre de 2014 até final do projeto

Estado: Em curso

A ação está em curso, com alguns atrasos relativamente ao proposto na candidatura.

Foram inicialmente adquiridos polos e polares para equipar a equipa de projeto, tendo já sido

criada uma linha de produtos promocionais, estando em fase final de produção 1000 t-shirts

(de homem e senhora), 1000 pins e 800 pens de 8Gb alusivas ao projeto RECOVER

NATURA, cujas maquetes podem ser consultadas no anexo 7.3.3.

Estes materiais serão entregues ao Beneficiário Coordenador ainda durante o mês de

dezembro de 2015, estando previsto ser iniciada a sua distribuição logo no 1º trimestre de

2016.

Está igualmente em fase de maquetagem e produção o Boletim Informativo semestral

“Biodiversidade e Natureza” do Serviço do Parque Natural da Madeira, direcionado para este

projeto, que estará em disponível em formato papel (500 exemplares) e em formato digital, no

decurso do 1º trimestre de 2016.

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A produção de blocos de notas (prevista para o final de 2014) e de agendas (prevista para

o final de 2015), foi adiada para 2016, uma vez que materiais semelhantes estão a ser

produzidos e distribuídos ao abrigo de outros projetos em que o SPNM é Beneficiário

Associado (LIFE Fura-bardos e LIFE Maciço Montanhoso). Assim, considerou-se ser mais

benéfico dissociar a sua produção, de modo a potenciar a sua visualização e utilização pelos

diversos agentes a quem serão distribuídos.

Ação E4 – Promover e criar as condições para o aumento de visitas de diferentes

públicos-alvo à área de projeto

Responsável: SPNM

Calendarização: 1º trimestre de 2014 até final do projeto

Estado: Em curso

A ação está em curso, com alguns atrasos relativamente ao proposto na candidatura. O

projeto teve campanhas específicas lançadas na rede social Facebook, e foi igualmente

divulgado através do programa de Educação Ambiental do SPNM.

Encontra-se em fase final de produção os painéis informativos e exposições permanentes

alusivas ao projeto, para colocação nas áreas de projeto no 1º trimestre de 2016. Foram já

colocadas no terreno placas informativas, indicando que se encontra em curso o projeto LIFE

RECOVER NATURA. Estas placas foram colocadas no Ilhéu do Desembarcadouro (figura

14), no início do percurso da Ponta de São Lourenço e na área da Doca (Ilhas Desertas), no

entanto, esta última placa foi vandalizada e não se encontra atualmente no local.

Figura 14. Placa informativa colocada no Ilhéu do Desembarcadouro.

De igual modo, estão em fase de construção os ninhos artificiais que serão utilizados para

esta ação, tendo também já sido adquiridas as microcâmaras que serão colocadas nos ninhos e

que permitirão um acompanhamento in loco da época de reprodução de 2016. A forma de

colocação das imagens on-line está ainda em estudo, dadas as complicações técnicas

relacionadas com o envio do sinal a partir de áreas remotas como são as Ilhas Desertas e a

Ponta de São Lourenço. Caso não seja possível fazer o seguimento continuado e em direto,

estão previstos ser efetuados pequenos clips de vídeo divulgativos, de forma periódica, de

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modo a potenciar o número de visualizações e de seguidores. Estes clips serão lançados via

Facebook, estando igualmente prevista a sua disponibilização no sítio oficial do projeto.

A produção de guias de campo e de inquéritos de satisfação específicos para cada área

não foi ainda iniciada, estando prevista para o 1º semestre de 2016, tendo sido abandonada a

ideia de criação dos jogos de exterior (puzzle fixo em estrutura), uma vez que a empresa

fornecedora deste serviço encerrou, não tendo sido encontrada outra com capacidade de

produção destas estruturas.

Ação E5 – Divulgação sensu lato do projeto, das áreas de intervenção e da

biodiversidade

Responsável: SPNM

Calendarização: 3º trimestre de 2014 até final do projeto

Estado: Em curso (ação antecipada)

A ação irá seguir a calendarização prevista.

Tem sido feita a divulgação do projeto através dos media, com a participação em

programas de rádio (http://www.rtp.pt/play/p1129/e134279/meio-ambiente/324549) e

televisão (http://www.rtp.pt/play/p565/e153221/madeira-viva/350248), tendo existido

contactos preparatórios para produção um programa televisivo, a passar num canal de extenso

âmbito nacional (canal SIC), de promoção deste projeto. A efetiva produção e difusão deverão

ser concluídas durante o 1º semestre de 2016. Além destas, tem sido efetuada divulgação na

imprensa escrita, nas edições online e em papel, e em outros suportes digitais. O clipping do

projeto pode ser consultado no anexo 7.3.4.

O projeto tem igualmente sido divulgado através de palestras temáticas promovidas junto

de escolas (dos diversos níveis de ensino), autarquias, Casas do Povo e outras instituições

públicas, privadas e de solidariedade social. As palestras temáticas e as visitas organizadas às

áreas tiveram início no 4º trimestre de 2014, tendo até à data sido realizadas cerca de 50

eventos deste género, com um total de participantes superior a 1200.

Outro veículo de promoção deste projeto são as visitas de grupos às áreas onde o projeto

decorre (Ponta de São Lourenço e Ilhas Desertas), com o acompanhamento por parte de um

Vigilante da Natureza ou de um Assistente Técnico do Beneficiário Coordenador, organizadas

especificamente no âmbito dos projetos LIFE. Os visitantes que chegam às áreas de projeto

por meios próprios ou através de empresas marítimo-turísticas (mais de 19000 em 2014 e

mais de 22000 em 2015 para a Ponta de São Lourenço, e mais de 300 em 2014 e mais de 5500

em 2015 nas Ilhas Desertas) recebem igualmente informação relativa aos projetos em curso na

área, nomeadamente os principais objetivos, espécies-alvo e ações em curso para a área em

questão.

A exposição itinerante ainda não se encontra produzida, estando prevista a sua conclusão

para o 1º trimestre de 2016. O projeto tem contudo sido promovido em eventos de âmbito

diverso, como foi o caso do evento “À conversa com um profissional”, integrado na semana

da vocação profissional, organizado pela Escola Básica do 2º e 3º Ciclos do Caniço, para uma

plateia de 80 alunos.

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Figura 15. Aspeto da conferência proferida sobre o projeto RECOVER NATURA na Escola do Caniço

Está prevista a participação do projeto, com um poster, no IX Congresso de Ornitologia

SPEA, que decorrerá em Vila Real, entre 23 e 25 de abril de 2016. Foi já lançado um artigo

científico no âmbito dos resultados obtidos por este projeto (ver anexo 7.3.1), estando em

preparação uma série de outros artigos para os diversos grupos-alvo, havendo a expectativa de

que os mesmos possam vir a ser publicados no decurso do ano de 2016.

Para 2016 está igualmente prevista a realização do evento lúdico-desportivo (3º

trimestre), e o lançamento do procedimento para produção dos mini-vídeos divulgativos do

projeto.

Ação E6 – Organização de 2 workshops para (i) apresentação e discussão preparatória

do projeto e (ii) apresentação e discussão dos resultados obtidos

Responsável: SPNM

Calendarização: 2º trimestre de 2014 e 2º trimestre de 2017

Estado: Em curso

A ação está a seguir a calendarização prevista. Em abril de 2014 foi organizado o evento

de apresentação do projeto, que decorreu no Centro Cívico do Caniçal. No evento estiveram

presentes mais de 100 pessoas, tendo igualmente contado com a presença do Exmo. Sr.

Secretário Regional do Ambiente e dos Recursos Naturais, do presidente da Junta de

Freguesia do Caniçal e dos consultores de entidades externas que participarão no projeto.

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Figura 16. Apresentação do projeto LIFE RECOVER NATURA com a presença do Secretário Regional do

Ambiente e outras altas individualidades da Região.

Ação E7 – Produção de um layman’s report

Responsável: SPNM

Calendarização: 3º trimestre de 2017

Estado: Por iniciar

A ação irá seguir a calendarização prevista.

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5.3. Avaliação da implementação do projeto

Iniciado em outubro de 2013, o projeto LIFE RECOVER NATURA procurou desde

início constituir as equipas de trabalho dos diferentes grupos de espécies, bem como constituir

as Comissões Consultivas e Científicas e as equipas internas e de gestão do projeto.

Embora o projeto se mantenha viável e exequível nos prazos estabelecidos, verificaram-

se situações, constrangimentos e oportunidades que produziram alterações ao calendário

apresentado na candidatura, tanto no sentido de adiar a implementação de algumas ações,

como de antecipar outras, e da revisão das metodologias e objetivos propostos noutras ainda,

sempre no sentido de manter ou amplificar a eficácia no cumprimento dos objetivos

preconizados.

Uma das principais alterações prende-se com o controlo e eliminação dos coelhos, que

não teve ainda necessidade de ser iniciado, uma vez que uma doença (mixomatose) eliminou

todos os elementos das populações das áreas de projeto, pelo que se mantém um olhar atento

sobre essas áreas, e toda a logística operacional em prontidão para a necessidade de

intervenção caso se assista a um retorno das populações. Outra alteração importante está

relacionada com as condições de permanência nestas áreas, que justificaram a recuperação de

abrigos no Vale da Castanheira e Ilhéu Chão, o que irá potenciar a capacidade de intervenção

nessas áreas, tanto na dimensão, tempo de permanência e qualidade do trabalho das equipas

respetivas. Para finalizar, as reduzidas populações de espécies de plantas invasoras são

também um fator de regozijo.

Em termos de constrangimentos, os principais a referir terão a ver com a ausência de

quirópteros detetados até à data nas áreas de projeto, que implicarão uma alteração dos

objetivos inicialmente propostos, as dificuldades sentidas na construção da barreira de

exclusão de vertebrados na Ponta de São Lourenço e as alterações na composição da equipa

de trabalho do grupo de moluscos terrestres.

Tabela resumo das ações do projeto

Ação Estado Observações

A1 - Determinação da área de distribuição e

densidade da população de coelho na área de

projeto Em curso

Não existem atualmente populações na área. Mantém-se a necessidade de

acompanhamento e a possibilidade

de intervenção até final do projeto

A2 - Determinação da área de distribuição e

densidade das populações de ratos e

murganhos na área de projeto Em curso

Terminada no I. Desembarcadouro,

em curso para I. Chão

A3 - Determinação da situação de referência

relativamente à população de cabras

Concluída

A4 - Determinação das densidades e área de

distribuição das espécies de plantas

introduzidas com caráter invasivo Concluída

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A5 - Determinação das densidades e áreas de

distribuição das espécies importantes de

plantas (exceto Beta patula)

Em curso

Concluídos os trabalhos de terreno.

Em curso o tratamento estatístico

para determinação de frequências e

coberturas relativas específicas

A6 - Determinação das áreas de ocorrência e

efetivo populacional de Beta patula Em curso

Concluídos os trabalhos de terreno.

Em curso o tratamento estatístico

para cálculo do efetivo populacional

A7 - Estabelecimento de uma linha de

monitorização para avaliar a resposta das

espécies de aves marinhas pelágicas cagarra

Calonectris diomedia e alma-negra Bulweria

bulwerii às ações implementadas

Em curso

População de alma-negra da Reserva

das Ilhas Desertas estimada em mais

de 45000 casais. Monitorização

ecológica em curso

A8 - Atualização da informação relativa à

densidade da população nidificante de gaivota-

de-patas-amarelas Larus michahellis no ilhéu

do Desembarcadouro e ilhéu Chão Concluída

População estimada em 1854 casais

reprodutores no Ilhéu do

Desembarcadouro e 626 casais reprodutores no Ilhéu Chão

A9 - Caraterização da ecologia trófica e

espacial da gaivota-de-patas-amarelas Larus

michahellis nidificante na área intervencionada

para avaliar impactos sobre outras espécies e

melhor gerir a população

Atrasada Por iniciar. Decorrerá em 2016

A10 - Identificação da atual distribuição, em

terra e no mar, do pintainho Puffinus assimilis

baroli Em curso

Espécie detetada mas sem capturas

ou ninhos encontrados. Pretende-se

prosseguir a prospeção por mais um

ano

A11 - Avaliação do impacto da formiga-

argentina nas espécies nativas (predação de

invertebrados e de crias de aves) e nos

processos naturais (ex: polinização de

endemismos)

Em curso

Concluídos os trabalhos de terreno.

Em curso análises sobre recolhas de

armadilhas de queda e relação entre

índice de abundância de formigas e

sucesso reprodutor de almas-negras

A12 - Inventário da distribuição e atualização

do estatuto de conservação das populações das

espécies de malacofauna dos habitats alvo do

projeto Em curso

Identificadas 63 espécies (82%

endémicas), 33 (70% endémicas) na Ponta de São Lourenço (incluindo

Ilhéus do Desembarcadouro e do

Farol) e 37 (87% endémicas) nas

ilhas Desertas (Ilhéu Chão e Deserta

Grande). Ainda não foram

encontrados espécimes vivos de L.

lamellosa e Discula lyelliana

A13 - Inventário, determinação da distribuição

e avaliação da importância dos habitats das

populações de quirópteros Em curso

Não têm sido detetados indivíduos

nas áreas de projeto. Pretende-se continuar com a ação durante o ano

de 2016

A14 - Implementação de um esquema de

monitorização dos principais fatores climáticos,

para determinação a longo prazo dos efeitos

das alterações climáticas sobre os habitats e

espécies da área de projeto

Em curso

A15 - Criação de vias de acesso seguras para o

Vale da Castanheira (Deserta Grande) e

melhoramento das condições de trabalho,

permanência, segurança e intervenção na área

de projeto e deslocações marítimas

Em curso

Instalações e acessos melhorados no

Vale da Castanheira, Ilhéu Chão e

Ponta de São Lourenço

A16 - Atualização do conhecimento sobre as

espécies de moluscos terrestres e respetivos

habitats da área de projeto Concluída

A17 - Criação de um grupo de trabalho para a

elaboração de um plano de ação para a gaivota-

de-patas-amarelas no arquipélago da Madeira Em curso

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A18 - Avaliação da possibilidade de eliminar a

linha elétrica aérea existente na ZEC da Ponta

de São Lourenço Concluída

A19 - Preparação de Planos de Ação para as 20

espécies de flora e fauna e dos 2 habitats alvo

do projeto, constantes das Diretivas Aves e

Habitats Por iniciar

A20 - Revisão e atualização dos planos de

ordenamento e gestão destas áreas em função

das medidas e resultados obtidos Por iniciar

C1 - Controlo e erradicação dos coelhos da

Ponta de São Lourenço (Península e ilhéu do

Desembarcadouro) Atrasada Por iniciar

C2 - Controlo e erradicação dos ratos (Ponta de

São Lourenço) e murganhos (Ponta de São

Lourenço e ilhéu Chão) Em curso

Em curso no Ilhéu do

Desembarcadouro (com taxa de

sucesso elevada). Decorrerá em 2016

no Ilhéu Chão

C3 - Ensaio e implementação de um regime de

quarentena que previna a reintrodução de

espécies de vertebrados introduzidos na Ponta

de São Lourenço e ilhéu Chão

Em curso

C4 - Criação de uma área de exclusão de

vertebrados introduzidos na Ponta de São

Lourenço (Península Atrasada

C5 - Controlo da população de cabras (Deserta

Grande)

Em curso Abatidos mais de 350 indivíduos

C6 - Controlo e erradicação de plantas

introduzidas com caráter invasivo Em curso

C7 - Potenciar o estabelecimento e expansão de

plantas endémicas e indígenas Em curso

C8 - Promoção da conservação in situ e ex situ

da endémica e criticamente ameaçada Beta

patula Em curso

C9 - Adoção de medidas a curto e médio prazo

de controlo da população nidificante da

gaivota-de-patas-amarelas Larus michahellis no

ilhéu do Desembarcadouro e ilhéu Chão Em curso

C10 - Controlo populacional da formiga-

argentina Linepithema humile em áreas e

períodos críticos Em curso

C11 - Potenciar a conservação das espécies de

moluscos terrestres endémicas e exclusivas da

área de projeto através de reprodução

laboratorial, transferência, reintrodução,

reforço e expansão

Em curso

Inventariação e reprodução

laboratorial já em curso

C12 - Criação de proteções físicas e de zonas de

exclusão para diminuir a predação dos

moluscos terrestres Atrasada

A implementar no terreno durante o

2º trimestre de 2016

C13 - Melhorar o atual conhecimento

taxonómico da malacofauna terrestre da área

de projeto Em curso

C14 - Potenciar a conservação e expansão das

populações de quirópteros Atrasada A iniciar no 2º trimestre de 2016

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C15 - Eliminação da linha elétrica aérea

existente na ZEC da Ponta de São Lourenço Concluída Linha elétrica aérea retirada

C16 - Implementação de medidas de

minimização dos efeitos da erosão sobre os

solos

Atrasada

Não houve necessidade de intervenção urgente em nenhuma

área. Mantém-se a necessidade de

apoiar os trabalhos de controlo de

invasoras e de expansão da flora

endémica

C17 - Definição, criação e/ou manutenção de

trilhos, áreas de visitação e áreas de exclusão

(se necessário) compatibilizados com os bens a

proteger na área de projeto Em curso

Será criado em 2016 um trilho de

visitação no Ilhéu do Farol (Ponta de

São Lourenço)

D1 - Estabelecimento de uma linha de

monitorização que permita a avaliação do

sucesso das medidas de controlo e erradicação

da população de coelho Atrasada

Por iniciar

D2 - Estabelecimento de uma linha de

monitorização que permita a avaliação do

sucesso das medidas de controlo e erradicação

de ratos e murganhos Em curso

D3 - Estabelecimento de uma linha de

monitorização que permita a avaliação do

sucesso das medidas de gestão implementadas

para o controlo da população de cabras Em curso

D4 - Estabelecimento de uma linha de

monitorização que permita o seguimento das

espécies de plantas introduzidas com caráter

invasivo Em curso

Redução da densidade média e

percentagem de cobertura de

Phalaris aquatica no Vale da

Castanheira e aumento da

diversidade específica

D5 - Estabelecimento de uma linha de

monitorização que permita avaliar o sucesso

das medidas de controlo da população

nidificante de gaivota Larus michahellis no

ilhéu do Desembarcadouro e ilhéu Chão

Em curso

D6 - Estabelecimento de uma linha de

monitorização para avaliar a resposta das

espécies da malacofauna às ações

implementadas Em curso

D7 - Monitorização do efeito da eliminação da

linha elétrica aérea existente na ZEC da Ponta

de São Lourenço sobre a mortalidade de aves

marinhas nidificantes Em curso

D8 - Avaliação do impacto socioeconómico das

ações do projeto para a economia local e da

população, bem como sobre a restauração das

funções do ecossistema

Por iniciar

D9 - Estabelecimento de uma linha de

monitorização para avaliar a resposta das

populações de quirópteros às ações

implementadas Atrasada

Por iniciar

D10 - Estabelecimento de uma linha de

monitorização para avaliar a resposta das

espécies importantes de plantas (exceto Beta

patula) às ações implementadas Em curso

D11 - Estabelecimento de uma linha de

monitorização para avaliar a resposta de Beta

patula às ações implementadas Em curso

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E1 – Criação de logotipo e mascote Concluída

E2 – Criação do sítio oficial do projeto na

internet Em curso

Média mensal de visitantes superior

a 1500

E3 – Produção material publicitário do projeto

Em curso Produzidas t-shirts, pins e pens

E4 – Promover e criar as condições para o

aumento de visitas de diferentes públicos-alvo à

área de projeto Em curso

E5 – Divulgação sensu lato do projeto, das

áreas de intervenção e da biodiversidade Em curso

Mais de 1200 participantes em

palestras divulgativas, e cerca de

45000 visitantes das áreas de projeto

E6 – Organização de 2 workshops para (i)

apresentação e discussão preparatória do

projeto e (ii) apresentação e discussão dos

resultados obtidos Em curso

E7 – Produção de um layman’s report Por iniciar

F1 – Nomeação de um gestor, criação da

equipa interna do Beneficiário Coordenador

para monitorização do projeto e da equipa

gestora do projeto Em curso

F2 – Monitorização e acompanhamento geral

do projeto por parte de uma Comissão

Consultiva Em curso

F3 – Monitorização e acompanhamento geral

do projeto por parte de uma Comissão

Científica Em curso

F4 – Gestão (administrativa, logística e

corrente) pelo Beneficiário Coordenador Em curso

F5 – Coordenação entre o atual projeto e

outros projetos LIFE em curso que tenham por

objetivo espécies, habitats ou problemáticas

semelhantes Em curso

F6 – Assegurar a auditoria do projeto Por iniciar

F7 – Elaboração do “After-LIFE Conservation

Plan” Por iniciar

F8 – Garantir a continuidade da Comissão

Consultiva no after-LIFE Por iniciar

Tabela resumo dos produtos do projeto

Nome do produto Código da ação

Deadline Situação a 30/11/2015

Mapas cartográficos com áreas de distribuição e densidade da espécie

A1 2014-06-30

Em curso

Relatório Final da Ação

A8 2014-07-31

Concluído

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Mapas cartográficos com áreas de distribuição e densidade da espécie

A2 2014-09-30

Em curso

Plano de atuação com as devidas medidas de minimização

A18 2014-09-30

Concluído

Inventário das espécies de moluscos terrestres alvo das ações de reprodução laboratorial

C11 2014-12-31

Concluído

Mapas cartográficos com áreas de distribuição das espécies indígenas e endémicas presentes, com destaque para as constantes no anexo II da Diretiva Habitats

A5 2014-12-31

Concluído

Mapas cartográficos com percursos e pontos de observação para monitorização georreferenciados, e com áreas de ocorrência e densidades da espécie

A3 2014-12-31

Concluído

Relatório de avaliação da 1ª fase, com estimativa populacional de cagarra e alma-negra na Deserta Grande

A7 2014-12-31

Concluído

Mapas cartográficos com áreas de distribuição, densidade e cobertura das espécies de invasoras presentes

A4 2014-12-31 Concluído

Listagem atualizada de espécies invasoras presentes

A4 2014-12-31 Concluído

Relatório de avaliação preliminar

A13 2014-12-31 Em curso

Relatório de avaliação preliminar

A12 2014-12-31 Em curso

Cartografia digitalizada com a área de distribuição da população

A6 2015-03-31 Concluído

Relatório Final da ação

A11 2015-09-31 Concluído

Mapas de distribuição da espécie no mar

A10 2015-12-31 Em curso

Tabela resumo dos marcos do projeto

Name of the Milestone Código da

ação

Deadline Situação em

30/11/2015 Apresentação de logótipo e mascote do projeto E1 2013-10-31 Concluído

Nomeação pelo beneficiário de um gestor de

projeto e da equipa interna de gestão e execução

F1 2013-11-30 Concluído

1ª Reunião da Comissão Cientifica F3 2013-12-31 Concluído

Percursos e pontos de observação para

monitorização definidos e georreferenciados

A3 2013-12-31 Concluído

Criação da uma equipa de acompanhamento

consultivo

F2 2013-12-31 Concluído

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Levantamento bibliográfico iniciado A16 2014-01-31 Concluído

Percursos lineares (com recurso a câmara térmica

FLIR) e pontos de escuta (com detetores de

ultrassons) iniciados

A13 2014-02-15 Executado

Transetos noturnos e identificação preliminar de

latrinas e zonas potenciais com sinais de atividade

iniciados A1 2014-02-15 Executado

Construção de ninhos artificiais concluída na

Deserta Grande A7 2014-02-28 Em curso

Malha de armadilhas para ratos e murganhos

colocada no terreno A2 2014-03-15 Concluído

Vias de acesso devidamente equipadas

A15 2014-03-31 Concluído Primeira campanha divulgativa lançada

E4 2014-03-31 Executado Colocação dos afugentadores no terreno

C9 2014-04-30 Não iniciado Levantamentos para identificação de espécies

invasoras presentes, sua distribuição e densidade

iniciados A4 2014-04-30 Concluído

Definidos os quadrados e transetos a utilizar no

programa de inventariação dirigido às espécies e habitats A12 2014-04-30 Concluído

Levantamento cartográfico dos limites da área de

ocorrência de Beta patula efetuado A6 2014-05-15 Concluído

Transetos para registo de ninhos e respetivos ovos

existentes em ambas as áreas devidamente

executados A8 2014-05-15 Concluído

Início do controlo e erradicação de cabras

C5 2014-05-31 Executado Primeiros levantamentos com utilização dos

quadrados e transetos de vegetação estabelecidos A5 2014-05-31 Concluído

Lançamento do sítio oficial na internet

E2 2014-05-31 Concluído Delimitação precisa das áreas de nidificação do

pintainho nas áreas de intervenção A10 2014-06-30 Em curso

Contactar todos proprietários e entidades

competentes A18 2014-06-30 Concluído

T-shirts produzidas

E3 2014-06-30 Concluído Calendários de secretária produzidos

E3 2014-06-30 Em curso Organização do 1º workshop

E6 2014-06-30 Concluído Área de exclusão implementada

C4 2014-06-30 Não iniciado Aquisição de embarcações, motores e demais

equipamento de apoio marítimo concluída A15 2014-07-31 Em curso

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Colocação no terreno das 5 estações

meteorológicas A14 2014-08-31 Em curso

Início do controlo e erradicação de ratos e

murganhos C2 2014-09-30 Executado

Início do controlo e erradicação de coelhos

C1 2014-09-30 Não iniciado Percursos e pontos de observação (para

monitorização da população de cabras da Deserta

Grande após a tomada de medidas de gestão)

iniciados

D3 2014-09-30 Executado

1ª reunião do grupo de trabalho

A17 2014-09-30 Executado Pin's produzidos

E3 2014-09-30 Concluído Inquéritos produzidos

E4 2014-09-30 Em curso Aquisição de abrigos de montanha e recuperação

do abrigo existente no Vale da Castanheira

concluída A15 2014-10-31 Concluído

Trilho de visitação no ilhéu do Desembarcadouro

implementado C17 2014-12-31 Não iniciado

Blocos de notas produzidos

E3 2014-12-31 Em curso Aquisição de computadores, impressoras e disco

externo F4 2014-12-31 Executado

Exposição itinerante produzida

E5 2014-12-31 Em curso Início das palestras dirigidas

E5 2014-12-31 Executado Contactos para estabelecimento de parcerias com

outros projetos LIFE iniciados F5 2014-12-31 Executado

Painéis interpretativos colocados nos trilhos

E4 2014-12-31 Em curso Estudos de viabilidade das sementes das várias

áreas de recolha dentro na área de projeto iniciados C8 2014-12-31 Executado

Transetos noturnos (para monitorização da

evolução da área de distribuição e densidades de

coelho após a tomada de medidas de gestão)

iniciados

D1 2015-02-28 Não iniciado

Colocação no terreno dos 12 dataloggers

meteorológicos A14 2015-03-31 Em curso

Guias de campo produzidos

E4 2015-03-31 Não iniciado Início dos trabalhos de reprodução laboratorial

C11 2015-03-31 Executado Pens com informação sobre o projeto produzidas

E3 2015-03-31 Concluído Verificação de armadilhas (para monitorização da

evolução das densidades de ratos e murganhos após D2 2015-03-31 Executado

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tomada de medidas de gestão) iniciada

Conclusão da delimitação de áreas de estudo e

seleção de plantas endémicas e indígenas para

monitorização A11 2015-04-30 Em curso

Implementação do regime de quarentena

C3 2015-04-30 Em curso Percursos lineares e pontos de escuta (para

monitorização das variações anuais e do

comportamento das populações às ações de gestão

implementadas) iniciados

D9 2015-04-30 Não iniciado

Transetos (para monitorização da evolução das

densidades de populações de gaivotas na área de

projeto após a tomada de medidas de gestão)

iniciados

D5 2015-05-15 Executado

Determinação do efetivo populacional (para

monitorização da evolução das densidades

populacionais de Beta patula após a tomada de

medidas de gestão) iniciado

D11 2015-05-31 Executado

Levantamentos cartográficos (para monitorização

da evolução da distribuição e densidades de plantas

invasoras após a tomada de medidas de gestão)

iniciado

D4 2015-05-31 Executado

Quadrados e transetos (para monitorização e

seguimento da evolução anual dos parâmetros

populacionais em avaliação) iniciados D6 2015-05-31 Executado

1º boletim informativo produzido

E3 2015-06-30 Em curso Análise da diversidade genética das populações iniciada

C8 2015-06-30 Executado Aquisição de motocicleta

F4 2015-06-30 Não iniciada Colocação no terreno de caixas abrigo

C14 2015-06-30 Não iniciada Trabalhos de extração e sequenciação de DNA iniciados

C13 2015-06-30 Não iniciada Definição das áreas a intervencionar e das técnicas a utilizar

C16 2015-07-31 Não iniciada Entradas dos formigueiras identificadas

C10 2015-09-30 Concluída Linha elétrica enterrada

C15 2015-09-30 Concluída Rede de abrigos instalada

C12 2015-09-30 Não iniciada Agendas produzidas

E3 2015-12-31 Não iniciada Mini-vídeos produzidos

E4 2015-12-31 Não iniciada Ninhos artificiais com dispositivos sonoros implementados

E4 2015-12-31 Em curso

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Transetos (para monitorização e avaliação do

sucesso da alteração implementada na eliminação

da mortalidade de aves marinhas) iniciados D7 2015-12-31 Executado

5.4. Análise de benefícios a longo prazo

O projeto LIFE RECOVER NATURA pretende, acima de tudo, criar as condições para a

redução de ameaças e melhoria do conhecimento e dos estatutos de conservação das espécies

e habitats dos sítios da Rede Natura 2000 da Ponta de São Lourenço e Ilhas Desertas, de

modo a torna-los estáveis, favoráveis e autossustentáveis. A consecução destes objetivos

beneficiará um sem-número de espécies e habitats, garantindo a preservação de uma

importante parte do capital natural e da biodiversidade do arquipélago da Madeira, da região

biogeográfica da Macaronésia e da própria União Europeia.

Benefícios ambientais

Este projeto, com as suas ações, constitui um valor acrescentado na medida em que:

- é elevado e significativo o valor acrescido que este projeto emprega para a salvaguarda

dos habitats e espécies mais importantes da UE na medida que serão abrangidas diretamente

pelo mesmo: 36 taxa de fauna e flora presentes nos anexos da Rede Natura 2000, dos quais 2

prioritários; 267 taxa endémicos da Madeira ou da Macaronésia, muitos do quais com

ocorrência exclusiva na área de intervenção do projeto; dois tipos de habitat referenciados no

Anexo I da Diretiva habitats: 1250 - Falésias com flora endémica das costas macaronésias

(Flora endémica); 5330 – Matos termomediterrânicos pré-desérticos.

- está diretamente de acordo com as políticas da UE, em particular com a comunicação da

comissão “Our life insurance, our natural capital: an EU biodiversity strategy to 2020”,

demonstrando um alinhamento e consonância com as estratégias seguidas pela UE em matéria

de proteção e conservação da biodiversidade, designadamente através da salvaguarda dos

habitats e espécies mais importantes pela redução do impacto de espécies introduzidas com

carácter invasor;

Benefícios a longo prazo, sustentabilidade, replicabilidade, demonstração,

transferibilidade e cooperação

O projeto apresenta um correto alinhamento e consonância com as metas prioritárias

estabelecidas e suas respetivas diretrizes, através de uma abordagem multissectorial que

pretende melhorar o estatuto de conservação de habitats e espécies prioritárias (incluídos nos

Anexos das Diretivas Aves e Habitats). Além de contribuir para a redução da perda da

biodiversidade, procura criar condições para uma efetiva sustentabilidade da futura gestão e

proteção destas áreas de Rede Natura, aplicando integralmente a legislação comunitária em

vigor sobre a proteção da natureza, manutenção e recuperação dos ecossistemas e dos seus

serviços.

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Este projeto está geograficamente localizado numa das Regiões Ultraperiféricas da União

Europeia, pelo que as contribuições dadas à conservação da natureza, nesta Região, refletem-

se obrigatoriamente na economia e desenvolvimento sustentáveis do turismo de natureza, que

nestas ilhas assume um importante papel socioeconómico. Assim sendo, a recuperação e

proteção da biodiversidade destas áreas, potenciando a sobrevivência de espécies únicas no

mundo, levará à manutenção destes espaços singulares, fomentando um produto turístico

diferenciado. Neste contexto, o projeto contribuirá para o desenvolvimento económico

sustentável e beneficiará os objetivos de coesão da União Europeia.

O projeto envolverá a aplicação de métodos e técnicas de combate às espécies

introduzidas que são suscetíveis de serem replicados noutros locais, nomeadamente espaços

insulares e outros de pequena dimensão, no território da União Europeia, onde o controlo de

espécies com caráter invasivo e a recuperação de habitats naturais degradados seja uma

prioridade.

O projeto apresenta ainda uma boa relação de custos/benefícios, no sentido de que os

fundos do programa LIFE são aplicados num projeto que também utilizará bens adquiridos ao

abrigo de anteriores projetos LIFE, o que representa uma clara demonstração do cumprimento

das disposições comunitárias subjacentes a estes financiamentos.

Boas práticas, inovação e valor demonstrativo

O projeto rege-se por um conjunto de boas práticas ambientais, com expressão ao nível

da EU:

- a erradicação de herbívoros introduzidos sem recorrer ao uso de veneno espalhado a céu

aberto, eliminando os riscos para as espécies não-alvo, obriga ao uso de técnicas ainda pouco

desenvolvidas. Serão utilizadas metodologias que apresentam um caráter de boas práticas, já

experimentadas em projetos anteriores, que envolvem a recolha de animais vivos. Esta

metodologia apresenta ainda a mais-valia de permitir a translocação dos indivíduos para áreas

de repovoamento na Ilha da Madeira;

- as plantas exóticas com caráter invasivo estão tanto quanto possível a ser erradicadas

através de métodos mecânicos, o que minimiza a utilização de produtos químicos com

potenciais riscos e menos-valias ambientais;

- o projeto apresenta um número mínimo de viagens de avião;

- no sentido de diminuir a pegada ecológica, tem sido evitada a produção de relatórios e

demais documentação em formato físico, sendo estes substituídos, sempre que possível, pelo

formato digital e divulgação on-line.

Relativamente ao valor demonstrativo, a Região Autónoma da Madeira tem uma

extenso know-how em termos da erradicação de espécies de vertebrados introduzidos, muitos

dos quais viabilizados com o envolvimento do programa LIFE. Neste projeto específico esta

capacidade de intervenção será alargada para a criação de uma zona livre de espécies de

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vertebrados introduzidos, numa área com caraterísticas peninsulares, recorrendo a uma

infraestrutura de exclusão. A metodologia a usar resulta da conjugação inovadora daquelas

utilizadas no projeto LIFE Corvo Safe Island for Sea Birds e no projeto LIFE Ilhéus do Porto

Santo. A aplicação destas técnicas poderá ser da maior utilidade para aplicação em outras

ilhas e mesmo áreas continentais com as mesmas caraterísticas.

Serão ainda utilizados abrigos anti-predadores (gaivotas, murganhos e ratos) para as

espécies de moluscos terrestres endémicas da área de projeto. Esta técnica poderá ter um valor

de demonstração na medida que poderá ser usada noutras áreas.

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6. Comentários ao relatório financeiro

6.1. Sumário dos custos

Custos do projeto

Rubrica Orçamento inicial Custos entre 01-10-

2012 e 30-11-2015

%

1. Pessoal 661.583 254.952,47 38,54

2. Viagens e

subsistência

11.259 5.594,56 49,69

3. Assistência externa 302.272 34.647,74 11,46

4. Bens duradouros

Infra-estruturas 0 0 0

Equipamentos 164.774 78.542,65 47,67

Protótipos 0 0 0

5. Consumíveis 179.149 100.407,06 56,05

6. Outros custos 1.922 629,75 32,76

7. Overheads 23.085 33.234

TOTAL 1.344.044 508.008,23 37,8

Analisando de forma breve e separadamente cada uma das rubricas, podemos avaliar da

seguinte forma:

Pessoal (38,54% dos custos previstos): encontra-se de acordo com o esperado, dado o

ponto de situação atual das ações. Algumas ações que previsivelmente alocariam uma

verba significativa nesta rubrica sofreram alterações inesperadas que motivaram o seu

não início (grupo de ações relacionadas com o controlo de coelhos), outras acabaram

por verificar-se menos trabalhosas do que inicialmente previsto (ação A4), havendo

ainda ações que se encontram algo atrasadas relativamente à calendarização inicial

(ação C2 e A14, por exemplo). Justifica-se assim a execução até à data, mas julgamos

que durante o ano de 2016 esta rubrica sofrerá um incremento significativo, dado que

serão iniciadas diversas ações C e D, além do natural aumento das horas despendidas

com as ações E nesta 2ª metade do projeto.

Viagens e subsistência (49,69% dos custos previstos): encontra-se de acordo com o

esperado. A maior parte das viagens relacionadas com a vinda de consultores externos

associados realizou-se, como previsto numa fase inicial dos trabalhos, de modo a

capacitar as equipas de trabalho com o conhecimento técnico e científico adequado. A

restante verba será utilizada de acordo com o previsto, sendo expectável uma execução

integral desta rubrica.

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Assistência externa (11,46% dos custos previstos): esta rubrica encontra-se com uma

execução relativamente baixa. Esta situação não tem contudo colocado em causa o

andamento efetivo das ações em que estes elementos têm participado, como se dá conta

na parte técnica do presente relatório. É de referir que a taxa de execução desta rubrica

deverá crescer significativamente aquando da implementação de medidas como a

construção do muro de delimitação da área de exclusão de vertebrados (ação C4),

extração e sequenciação de DNA (ação C13), ou da produção de veículos divulgativos

do projeto previstas nas ações E (ex: materiais publicitários, produção de mini-vídeos,

exposições itinerantes) e F (auditoria externa).

Equipamentos (47,67% dos custos previstos): os custos com esta rubrica, apesar de ser

expectável que nesta altura fossem mais elevados, encontram-se de acordo com o

esperado, dado o ponto de situação e das decisões estratégicas tomadas para cada uma

das ações. Alguns dos equipamentos previstos não justificaram até à data a sua

aquisição (ex: armadilhas para coelho, tags de telemetria, loggers), enquanto outros não

serão adquiridos (abrigos de montanha e afugentadores sonoros) pelas razões

apresentadas na parte técnica. Foram no entanto adquiridos alguns outros equipamentos

não previstos (ex: medidor de pH de solo, gatoeiras, cofre para armazenamento de

munições e equipamentos relacionados com a execução de operações de melhoria de

condições de trabalho e permanência nas áreas de projeto), fundamentais para a boa

execução das ações e devidamente fundamentados na parte técnica do relatório.

Consumíveis (56,05% dos custos previstos): os custos com esta rubrica encontram-se de

acordo com o esperado. Apesar de existirem custos alocados não inicialmente previstos

na candidatura (motivados essencialmente pelas alterações estratégicas relacionados

com a ação A15), os custos finais com esta rubrica não ultrapassarão o orçamento

previsto.

Outros custos (32,76% dos custos previstos): os custos com esta rubrica encontram-se

acima do esperado para esta fase, já que aqui foram colocados custos não previstos com

a importação de bens ao abrigo da ação C2.

6.2. Sistema de contabilidade

O sistema de contabilidade e gestão financeira utilizado no projeto é o sistema oficial do

Governo Regional da Madeira, pelo que segue as regras da administração pública portuguesa.

Existe um centro de custo associado ao projeto, segregado da restante contabilidade do

Serviço do Parque Natural da Madeira. Todos os documentos relativos à contabilidade e

sistema financeiro do projeto são guardados em pastas exclusivas para este fim (incluindo as

timesheets).

O projeto tem uma conta bancária dedicada e exclusiva aberta para o efeito.

O Serviço do Parque Natural da Madeira, por possuir autonomia administrativa e

financeira, apresenta um orçamento anual subdividido em diversos projetos. Neste orçamento,

é possível identificar claramente as verbas afetas a cada projeto e respetivas rubricas de

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despesa. No caso do projeto LIFE RECOVER NATURA, está identificado pelo código

50951, possuindo assim um centro de custos autónomo.

Além disso, o SPNM efetua a sua contabilidade através de um programa informático

específico (SIAG - Sistema Integrado de Apoio à Gestão), que permite de modo rápido e

preciso consultar todos os processos de despesa pelo seu estado (cabimentado, emitida nota de

encomendada, pago), sendo igualmente possível aceder à contabilidade específica de cada

centro de custos, pelo que é extremamente fácil calcular os gastos efetuados ao abrigo de cada

um dos centros de custo individualmente.

Relativamente ao IVA, o Serviço do Parque Natural da Madeira, para efeitos de

programas comunitários, apresenta um sistema de elegibilidade, sendo que a declaração

comprovativa é apresentada no anexo 7.1.3. Já o parceiro SPEA está registada com um

sistema de IVA misto e mensal (anexo 7.1.4), com centros de custo isentos e não isentos de

IVA. Os projetos comunitários enquadram-se na categoria isenta, pelo que os custos são

lançados na totalidade, não havendo liquidação ou dedução do IVA, sendo por isso não

recuperável. Assim sendo, as despesas de ambos os Beneficiários são inseridas como 100%

elegíveis para os custos do projeto.

Informa-se igualmente que a conta afeta ao projeto não aufere juros, como pode ser

constatado na certidão constante no anexo 7.1.5.

Quanto aos procedimentos seguidos pelo Beneficiário Coordenador no que toca à

Contratação Pública, mais detalhes e explicações podem ser consultados no anexo 7.1.8.

Formato dos procedimentos para registo de tempo e sua validação

O tempo despendido pelo staff do Beneficiário Coordenador em cada um dos projetos

LIFE é registado mensalmente no modelo oficial de timesheet eletrónica fornecido no Tool

Kit. Para completar cada uma das folhas (incluindo tempo gasto em Other Activities), cada

gestor de projeto possui diversas fontes de verificação da informação recolhida ao longo do

mês, como sejam os relatórios detalhados de atividades de cada Área Protegida, a escala

mensal dos Vigilantes da Natureza, Marinheiro e Assistentes Operacionais, os livros de ponto,

informações sobre ausências provenientes dos Serviços Administrativos, registos detalhados

da utilização de viaturas e das saídas das embarcações Buteo e Freira-do-Bugio.

Compete ao gestor de projeto efetuar todo o registo de horas, em concertação com os

funcionários envolvidos nas diferentes tarefas. No início do mês seguinte, são elaboradas as

timesheets, verificadas, validadas e assinadas pelo funcionário e pelos gestores dos diferentes

projetos ou, quando destes últimos se tratem, pelo superior hierárquico respetivo.

Existe o objetivo de tentar que as timesheets sejam devidamente validadas e assinadas

durante os primeiros 10 dias úteis do mês seguinte, havendo contudo situações de ausência

dos Vigilantes da Natureza (folgas ou estadias prolongadas em áreas remotas – Ilhas Desertas

ou Ilhas Selvagens) que podem comprometer este objetivo, sendo as folhas no entanto

assinadas no primeiro dia de apresentação ao serviço na sede.

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Referenciação do projeto nos processos de aquisição

Aquando da solicitação de orçamentos, é pedido explicitamente aos fornecedores a

inclusão de uma clara referência ao projeto, sendo solicitada a inclusão do nome e código do

projeto. No entanto, nem todos os fornecedores cumprem com o solicitado, pelo que algumas

faturas não apresentam qualquer referência explícita.

Ainda assim, e uma vez que os procedimentos de aquisição estão sujeitos à aprovação da

direção do SPNM, esta referência ao projeto e à necessidade de aquisição é na maior parte dos

casos colocada no procedimento interno que acompanha o processo de despesa.

Após a conclusão do procedimento de aquisição, todas as faturas e recibos são

devidamente assinaladas com o carimbo oficial do projeto.

Formas de cálculo dos custos com combustíveis

Os custos imputados ao projeto, afetos à rubrica Consumíveis e relacionados com os

consumos de viaturas, motores de botes e embarcações são calculados da seguinte forma:

Viaturas: custo total imputado a partir de um valor de 0,25€ por quilómetro efetuado

(devidamente validados e verificáveis no anexo 7.1.7);

Botes: imputado um valor de 1,75€ por litro consumido à hora (de acordo com o

documento apresentado no anexo 7.1.6), multiplicado pelo número de horas de serviço

(devidamente validadas e verificáveis no anexo 7.1.7);

Embarcações Buteo e Freira-do-Bugio: imputado um valor de 0,8€ por litro

consumido à hora (de acordo com o documento apresentado no anexo 7.1.6),

multiplicado pelo número de horas de serviço (devidamente validadas e verificáveis

no anexo 7.1.7).

6.3. Acordos de parceria

O acordo de parceria, constante no anexo 7.1.2, foi assinado em novembro de 2013, tendo

até agora esta parceria decorrido de forma exemplar.

No que toca ao reporte contabilístico das despesas de projeto, cada um dos Beneficiários

é responsável por assegurar a correta classificação, cópia dos documentos contabilísticos e

respetiva inserção no formulário financeiro oficial. Todas as contas estão classificadas,

carimbadas e atualizadas até novembro de 2015.

6.4. Auditoria

A auditoria decorrerá apenas no final do projeto.

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6.5. Sumário dos custos por ação

Na tabela seguinte são apresentados as despesas por ação no período mediado entre 1 de outubro de 2013 e 30 de novembro de 2015 (valores

em Euros).

Action no. Short name of action 1.

Personnel

2. Travel and

subsistence

3. External

assistance

4.a Infra-

structure

4.b Equip-ment

4.c Prototype

5. Purchase or lease of land

6. Consumables

7. Other costs

TOTAL

A1 Determinação área distribuição e densidades de coelho

5534,91 2100,1 227,35 7862,36

A2 Determinação área distribuição e densidades ratos e murganhos

5864,86 2215,87 8080,73

A3 Determinação situação referência população cabras

7080,78 954,01 8034,79

A4 Determinação densidades e áreas distribuição plantas invasoras

5289,25 300,28 243,85 5833,38

A5 Determinação densidades e áreas distribuição plantas importantes

3416,40 74,22 438,5 3929,12

A6 Determinação áreas ocorrência e efetivo populacional Beta patula

1347,94 33,39 350,51 1731,84

A7 Linha monitorização aves marinhas pelágicas Calonectris e Bulweria

6229,13 728,91 287,29 816,5 8061,83

A8 Atualização informação população nidificante de gaivota-de-patas-amarelas

2650,28 300,28 2950,56

A9 Caracterização ecologia trófica gaivota-de-patas-amarelas

397,80 85 1664,2 2147,00

A10 Identificação da área de distribuição do pintainho Puffinus lherminieri baroli

8749,32 1335,72 83,94 63,03 10232,01

A11 Avaliação impacto formiga-argentina Linepithema humile

2480,63 449,8 369,53 3299,96

A12 Inventário distribuição e atualização estatuto conservação da malacofauna

1942,96 1535,17 761 1873,48 6112,61

A13 Inventário, distribuição e avaliação importância habitats quiropterofauna

3164,60 2351,32 560,54 6076,46

A14 Implementação esquema monitorização dos fatores climáticos

273,18 32966,71 33239,89

A15 Criação de vias de acesso e melhoramento de condições de trabalho, permanência, segurança e intervenção

83856,05 485,56 32981,72 51997,49 169320,82

A16 Atualização do conhecimento sobre as espécies moluscos terrestres e habitats

180,24 180,24

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A17 Criação grupo trabalho para elaboração plano de ação gaivota-de-patas-amarelas

788,13 239,19 1027,32

A18 Avaliação da possibilidade retirada linha elétrica da ZEC Ponta de São Lourenço

2322,17 2,7 194,3 2519,17

A19 Preparação Planos Ação Espécies e Habitats 0,00

A20 Atualização Planos Ordenamento e Gestão 0,00

C1 Controlo e erradicação dos coelhos da Ponta de São Lourenço

0,00

C2 Controlo e erradicação dos ratos e murganhos 14469,34 14180,24 556,72 29206,30

C3 Implementação esquema de quarentena preventivo da reintrodução de vertebrados introduzidos

1189,5 1189,50

C4 Criação de área de exclusão de vertebrados introduzidos na Ponta de São Lourenço

1570,66 100 1670,66

C5 Controlo da população de cabras 6798,38 2182,88 49,9 1758,91 10790,07

C6 Controlo e erradicação plantas introduzidas caráter invasivo

8062,94 695,17 1415,58 10173,69

C7 Potenciar estabelecimento e expansão de plantas endémicas e indígenas

723,06 672,61 1395,67

C8 Promoção e conservação in situ e ex situ de Beta patula

329,88 9146,17 9476,05

C9 Adoção de medidas de controlo da população nidificante de gaivota-de-patas-amarelas

3949,48 3949,48

C10 Controlo populacional de formiga-argentina 1756,48 524,79 183 2464,27

C11 Potenciar a conservação de moluscos terrestres pela reprodução laboratorial, transferência, reintrodução, reforço, expansão

1090,39 154,35 2805,06 4049,80

C12 Criação de proteções físicas e zonas de exclusão para diminuir predação moluscos

0,00

C13 Melhorar o conhecimento taxonómico da malacofauna terrestre

196,66 236,86 433,52

C14 Potenciar a conservação e expansão das populações de quirópteros

0,00

C15 Eliminação da linha elétrica da ZEC Ponta São Lourenço

1982 27331,38 29313,38

C16 Implementação de medidas de minimização da erosão dos solos

0,00

C17 Definição, criação e/ou manutenção de trilhos, áreas de visitação e áreas de exclusão

4252,35 292,8 4545,15

D1 Linha monitorização avaliação sucesso medidas de controlo coelhos

0,00

D2 Linha monitorização avaliação sucesso medidas de controlo ratos e murganhos

4319,83 350,25 4670,08

D3 Linha monitorização avaliação sucesso medidas de controlo cabras

5815,26 5815,26

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D4 Linha monitorização seguimento espécies plantas introduzidas caráter invasivo

3408,81 575,75 3984,56

D5 Linha monitorização avaliação sucesso medidas controlo gaivota-de-patas-amarelas

1221,21 375,2 1596,41

D6 Linha monitorização avaliação resposta das espécies da malacofauna

0,00

D7 Linha monitorização efeito eliminação linha elétrica ZEC Ponta São Lourenço

306,25 1859,5 2165,75

D8 Avaliação impacto socio-económico 0,00

D9 Linha monitorização avaliação resposta populações de quirópteros

0,00

D10 Linha monitorização avaliação resposta espécies importantes de plantas

233,44 84,9 318,34

D11 Linha monitorização avaliação resposta populações de Beta patula

278,17 278,17

E1 Criação de logotipo e mascot 514,74 800 1314,74

E2 Criação sítio oficial internet 6724,15 603,9 5090,45

E3 Produção material publicitário 1571,36 1193,15 2764,51

E4 Promover e criar condições para aumento das visitas às áreas de projeto

1905,47 287,92 694,95 2888,34

E5 Divulgação sensu lato do projeto, áreas de intervenção e biodiversidade

4323,08 100,77 1199,26 495,2 6118,31

E6 Organização de 2 workshops 1152,17 1152,17

E7 Layman’s report 0,00

F1 Nomeação gestor, criação equipa interna Beneficiário Coordenador e equipa gestora

4378,66 4378,66

F2 Comissão Consultiva 2225,86 2225,86

F3 Comissão Científica 2273,52 899,08 3172,60

F4 Gestão pelo Beneficiário Coordenador 27377,33 2723,71 4643,93 10 36992,57

F5 Coordenação com outros projetos LIFE 549,81 549,81

F6 Auditoria 0,00

F7 After-LIFE Conservation Plan 0,00

F8 Garantir a continuidade da Comissão Consultiva no after-LIFE

0,00

Over-heads 33234

TOTAL 254952,47 5594,56 34647,74 0 78542,65 0 0 100407,06 629,75 508008,23

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Em algumas ações as rubricas encontram-se abaixo do esperado, enquanto noutras os

custos acabaram por ser superiores ao previsto na candidatura, cujos motivos são explicitados

na parte técnica do relatório. Estas situações são pontuais, e têm vindo a ser ajustadas de

modo a ser cumprido o orçamento global do projeto, pelo que possíveis ajustes que venham a

surgir entre rubricas não deverão colocar em causa a regra dos 10%/30.000€ conforme

referido no ponto 15.2 das Disposições Comuns.

6.6. Disponibilidade de cofinanciamento

O cofinanciamento tem sido assegurado por fundos próprios dos beneficiários. O

próximo período do projeto não apresenta igualmente quaisquer problemas de

cofinanciamento.

Dados os investimentos já realizados no período inicial do projeto, foi atingido o valor de

192,78% do valor da primeira tranche de financiamento, pelo que, e no sentido de garantir a

estabilidade financeira do projeto a médio prazo, anexamos a este relatório o pedido de

pagamento da 2ª tranche de financiamento do programa LIFE+, no valor de 40% do

financiamento atribuído ao projeto.

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7. Anexos

7.1 Anexos Administrativos

7.1.1 Atas da Comissão Consultiva

7.1.2 Acordo de parceria SPNM-SPEA

7.1.3 Declaração de regime de IVA do SPNM

7.1.4 Declaração de regime de IVA da SPEA

7.1.5 Regime da conta bancária do projeto

7.1.6 Consumos de combustível de motores e embarcações do SPNM

7.1.7 Registos de utilização de viaturas, botes e embarcações

7.1.8 Procedimentos de contratação pública

7.2 Anexos Técnicos

7.2.1 Relatório de ações do grupo de trabalho do parceiro SPEA

7.2.2 Relatório de ações do grupo de trabalho das plantas invasoras

7.2.3 Relatório de ações do grupo de trabalho da flora endémica e indígena

7.2.4 Relatório de ações do grupo de trabalho da Beta patula

7.2.5 Relatório de ações do grupo de trabalho dos moluscos terrestres

7.2.6 Relatório de ações do grupo de trabalho das aves marinhas pelágicas

7.2.7 Relatório de ações do grupo de trabalho da gaivota-de-patas-amarelas

7.2.8 Relatório de ações do grupo de trabalho da formiga-argentina

7.3 Outros Anexos

7.3.1 Artigo científico: Catry et al. 2015

7.3.2 Logotipo e mascote do projeto

7.3.3 Maquetes de material publicitário

7.3.4 Clipping do projeto