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Diagnóstico Diferencial das Massas Cervicais Liga Acadêmica de Cirurgia Geral Alunos: Bernardo Welkovic e Esaú Silva

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Diagnóstico Diferencial das Massas Cervicais

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Introdução

Tumor: Aumento localizado de volume e consistência dos

tecidos, provocado por doença benigna, maligna, inflamatória ou mesmo decorrente de traumatismo.

Nódulos e Massas: Na prática clínica, os tumores que acometem a

região do pescoço são chamados de nódulos ou massas e não há definição clara que os diferencie. Geralmente, costuma-se nomear nódulo o tumor bem delimitado, com maior diâmetro de aproximadamente 3 cm ou menos.

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Introdução

Avaliação: Complexa Baseia-se na história da doença atual e

no exame clínico detalhados. O exame físico é de extrema

importância, uma vez que permite localizar o tumor no pescoço.

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Anamnese

Ao ser feita a anamnese do paciente com massa cervical, devem ser considerados os seguintes tópicos: Tempo de evolução Localização (precisa, se possível) Idade Sinais e Sintomas associados Hábitos de vida do paciente História de trauma Irradiação ou Cirurgia prévia Exposição a Fatores Ambientais

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Localização

O raciocínio para estabelecimento do diagnóstico diferencial de determinado tumor cervical parte do conhecimento da anatomia topográfica da região, pela qual são definidos os chamados triângulos ou regiões cervicais. Ao conhecer as estruturas profundas correspondentes aos triângulos, bem como as principais doenças que podem acometê-las, torna-se possível formular hipóteses diagnósticas, que variam em ordem de importância de acordo com a idade e os demais dados da avaliação clínica do doente.

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Idade

A faixa etária determina: Natureza da massa (neoplásica,

infecciosa, traumática ou congênita) A malignidade dos tumores: nos

indivíduos até 40 anos, a maioria das massas têm caráter benigno, em grande parte, congênitas ou infecciosas. A partir dessa idade, as lesões malignas são mais comuns.

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Exame Físico

Sistematizado: Inspeção estática: localização, presença

de fístulas e outros nódulos aparentes Inspeção dinâmica: movimentação à

deglutição, à protrusão da língua e à manobra de Valsalva

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Exame Físico

Sistematizado Palpação estática: ▪ Número de lesões;▪ Tamanho▪ Consistência▪ Mobilidade▪ Limites com as estruturas vizinhas▪ Presença de sinais flogísticos▪ Frêmito▪ Pulso▪ Sopro

Palpação dinâmica: movimentação à deglutição, à protrusão da língua e à manobra de Valsalva

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Exames Complementares Exames de imagem:

Permitem identificar o órgão cervical acometido, dimensionar a lesão e estudar suas relações com as estruturas vizinhas.

Exames hematológicos: Também são importantes na avaliação de

discrasias ou na identificação sorológica de agentes infecciosos.

Biópsia: Caracterizar a lesão para planejar o

tratamento.

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Exames de Imagem

Ultrassonografia Útil em diferenciar massas sólidas de císticas Principalmente para diferenciar massas que ocorrem em

mesma topografia Tomografia Computadorizada

Diferencia tumores sólidos de císticos Estabelece a localização precisa da tumoração Quando usada com contraste, fornece informações sobre a

vascularização da massa Fornecem sinais de nódulos metastáticos: permitem

caracterizar a lesão Ressonância Nuclear Magnética:

Fornece praticamente as mesmas informações que a TC Tumores vasculares são melhor delimitados na ressonância e

esta técnica pode até substituir a angiografia. É o melhor exame diagnóstico para massas na base do crânio e

massas cervicais altas devido a artefatos causados pela respiração, deglutição e pulsação arterial que distorcem a imagem na TC.

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Biópsia

Punção Aspirativa por Agulha Fina (PAAF) Importante no diagnóstico diferencial dos nódulos da

tireóide Confirmação de metástase.

Endoscopia e biópsia guiada Especial foco para as áreas de drenagem linfática Se encontrada lesão suspeita: biópsia Se não encontrada lesão suspeita: “biópsia às cegas”

baseada no padrão de drenagem linfática. Biópsia aberta

Contra-indicada devido à possibilidade de alterar a disseminação de um eventual tumor maligno

Necessária em apenas 5% das massas cervicais.

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Doenças que cursam com massas cervicais

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Doenças dos linfonodos cervicais

Linfadenopatias inflamatórias e infecciosas; Paciente pediátrico; Infecções da cabeça e pescoço; Angina de Ludwig Doença de Kikuchi-Fujimoto

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Doenças dos linfonodos cervicais

Infecções agudas que se manifestam com reação linfonodal

Toxoplasmose

Rubéola

Mononucleose

Citomegalovirose

Síndrome da imunodeficiência adquirida (aids)

Doença da arranhadura do gato

Estreptococcia

Micobacteriose

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Doenças dos linfonodos cervicais

Doenças malignas Linfoproliferativas▪ Sinais sistêmicos ▪ Aspecto dos linfonodos

Outras neoplasias▪ Carcinoma epidermóide▪ Tumores da glândula tireóide

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Doenças dos linfonodos cervicais

Localização das cadeias linfonodais do pescoço

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Doenças dos linfonodos cervicais

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Neoplasias do tecido adiposo

Lipomas Lipoblastomas Lipossarcomas

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Neoplasias dos nervos periféricos

Sinais de alerta Dor Sinal de Tinel Fraqueza Parestesias História familiar

Schwanomas Neurofibromas Doença de Von Recklinghausen

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Tumores do tecido muscular

Rabdomioma Forma extracardíaca (adulta e fetal)

Rabdomiossarcoma Forma não parameníngea

Leiomioma Leiomioma de origem vascular Leiomioma cútis

Torcicolo congênito

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Tumores derivados do tecido fibroso

Fibroma Fibrossarcoma Dermatofibrossarcoma protuberans

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Doenças das glândulas submandibulares

Sialadenite Infeciosa Não Infecciosa Aguda Crônica

Sialolitíase Palpação do cálculo

Neoplasias malignas

Tumor de glândula submandibular esquerda

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Nódulos tireoidianos

Bócio Tireoidites Basedow-Graves Neoplasias

Bócio com compressão de via aérea.

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Nódulos tireoidianos

Bócio Tireoidites Basedow-Graves Neoplasias

Bócio mergulhante ao raio-x que ainda mostra desvio de traquéia.

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Nódulos tireoidianos

Bócio Tireoidites Basedow-Graves Neoplasias

Bócio mergulhante ao raio-x que ainda mostra desvio de traquéia.

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Cisto tireoglosso outras massas de origem embrionária

Cisto do ducto tireoglosso Idade de aparecimento Sinais e sintomas

Distopia tireoidiana Cisto tímico Laringocele Divertículos faringoesofágicos Teratomas Cistos dermóides

Divertículo faringoesofágico (de Zenker)

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Outros tumores cervicais

Linfangioma Hemangioma Massas traumáticas Tumores cutâneos

Cisto sebáceo Pilomatrixoma

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Referências

Stabenow E, Michaluart Junior P. Diagnóstico diferencial dos tumores cervicais. Disponível em: http://www.medicinanet.com.br/conteudos/revisoes/1916/diagnostico_diferencial_dos_tumores_cervicais.htm

http://www.forl.org.br/pdf/seminarios/seminario_14.pdf

http://lapac-pi.com.br/caso-do-mes,paciente-70-anos-com-massa-em-regiao-cervical,28.html

http://www.fcm.unicamp.br/diretrizes/d_n_c/massa_%20cervical/massa_cervical_pag1.html

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