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Grupo de Comunicação
CLIPPING 23 de setembro de 2019
INÍCIO DA PRIMAVERA
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Grupo de Comunicação
SUMÁRIO
ENTREVISTAS ............................................................................................................................... 5
Onde São Paulo é mais verde.......................................................................................................... 5
Condemat assina em Salesópolis autorização para estudo de compensação financeira aos municípios afetados pela Lei Estadual de Proteção aos Mananciais ....................................................................... 9
Discurso - Presidente da Sabesp Benedito Braga - Ampliação da coleta de esgoto em São Bernardo do Campo ....................................................................................................................................... 11
SECRETARIA DE INFRAESTRUTURA E ............................................................................................. 12
Estudo definirá compensação ambiental para municípios do Alto Tietê ............................................... 12
Um rio Tietê limpo e navegável ..................................................................................................... 14
Paulistanos navegam no Rio Pinheiros e promovem conscientização .................................................. 15
Frente fria chega ao sudeste, mas temperatura deve continuar alta na região de Ribeirão Preto ............ 17
Semasa participa do Dia Mundial da Limpeza com ação no lago do Pedroso ........................................ 18
Rio Preto mais verde .................................................................................................................... 19
Sistema Cantareira opera com 48,2% da capacidade neste domingo ................................................. 21
Sistema Alto Tietê opera com 88,4% da capacidade ........................................................................ 22
Tietê: lembranças de uma época em que o rio não era poluído ......................................................... 23
Projeto Tietê inclui mais 10 milhões de pessoas nos serviços de saneamento ...................................... 26
Governo inicia no ABC obra que levará tratamento de esgoto a 382 mil pessoas ................................. 27
Cetesb renova por mais cinco anos a licença de operação do Aterro Sanitário São Vicente .................... 28
Dia do Tietê: SP tem desafio para despoluir 15% dos 1.100 km do rio ............................................... 29
Esgoto a céu aberto é tormento para mais da metade dos brasileiros ................................................. 33
Rateio da conta de água deve ser discutido em assembleia ............................................................... 38
Governador de São Paulo autoriza formalização da Sabesp com a Prefeitura de Guarulhos ................... 40
Sabesp assume tratamento de esgoto em Guarulhos ....................................................................... 40
Prefeitura de Guarulhos assina contrato para tratamento de esgoto ................................................... 41
Sabesp inicia obra que ampliará abastecimento ............................................................................... 42
De volta à cadeira, Atila intensifica ações políticas para tentar resgatar apoio ..................................... 43
Preservação do Rio Tietê .............................................................................................................. 44
Cantareira já perdeu 3,2% da água armazenada em três semanas .................................................... 45
Dia da árvore - pouco a comemorar e muito a cobrar ...................................................................... 46
Novas obras reforçam abastecimento de água ................................................................................ 50
Barracos em área de preservação são demolidos ............................................................................. 51
Contrato entre prefeitura e Sabesp para tratamento de esgotos será assinado na 2ª ........................... 52
Moradores jogam cocô no asfalto .................................................................................................. 53
Royalties da água ........................................................................................................................ 54
Prefeito contesta críticas do presidente da Sabesp ........................................................................... 55
SOS Mata Atlântica denuncia: mancha de poluição do Rio Tietê aumenta 41 km em um ano ................. 56
Obras da Sabesp devem por fim à falta de água em Vicente de Carvalho ........................................... 58
Âncora chama Sabesp de empresa irresponsável e diz não ter medo da instituição .............................. 59
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Grupo de Comunicação
Trecho de audiência pública em que foi oferecido ao diretor da Sabesp um pouco da água fornecida pela própria instituição ....................................................................................................................... 59
Trecho de entrevista em que o âncora oferece um pouco da água fornecida pela Sabesp ao diretor da entidade ..................................................................................................................................... 59
Âncora encaminha reclamações de ouvintes quanto a água da Sabesp à assessora de imprensa do Doria ................................................................................................................................................. 59
Âncora enviará ao Procon as reclamações de ouvintes quanto à água fornecida pela Sabesp................. 59
Ouvinte reclama do gosto da água................................................................................................. 59
Registro da Participação de Ouvintes ............................................................................................. 59
Ouvintes reclamam da má condição da água fornecida pela Sabesp; Âncora cobra ação do Governo do Estado ....................................................................................................................................... 59
Âncora diz que fará cobrança ao governador Doria quanto a qualidade da água fornecida pela Sabesp ... 59
Ouvinte reclama da péssima condição da água fornecida pelo Sabesp ................................................ 60
Divisão da Sabesp de Lins tem novo gerente .................................................................................. 61
Prefeitura inicia implantação do projeto floresta urbana ................................................................... 61
Estado inicia obra que levará tratamento de esgoto a Diadema e São Bernardo .................................. 62
Litígio entre empreiteiras e Sabesp para obras de captação de água .................................................. 63
Despoluição do rio em ritmo lento ................................................................................................. 64
ETE de Suzano recebe parte do esgoto de Mogi ............................................................................... 66
Prefeitura disponibiliza área para o descarte de entulhos ? Marília Notícia ........................................... 67
A cidade realizará a 3ª Conferência de Política para Mulheres para debater ‘avanços e desafios’ ............ 69
Prefeitura disponibiliza área para o descarte de entulhos e firma parceria com Amelca ......................... 70
Filho de Sagui em extinção nasce no zoo ........................................................................................ 72
Condição da água do Tietê é cada vez mais preocupante .................................................................. 73
Família Feliciano, por exemplo, já está na quarta geração de pescadores; poluição faz parte do cenário diariamente ................................................................................................................................ 74
Prudente receberá SP+Perto no 2º semestre de 2020 ...................................................................... 76
Dia Mundial Sem Carro: trânsito é o vilão da qualidade do ar ............................................................ 77
Veículos emitem em média 800 toneladas de CO2 por dia em Sorocaba, diz estudo ............................. 78
60,5% do território da região fica em área protegida; algumas cidades lutam para viabilizar projetos e outras dizem não ver problemas ................................................................................................... 80
Índice de rejeitos explode em cooperativa de recicláveis de Santos ................................................... 82
Acordo com MP garantirá obras de despoluição do rio Tietê .............................................................. 84
Desmoronamento de ponte em Mirassol gera reclamação entre os moradores..................................... 85
Prefeitura e CETESB se reúnem para resolver situação do aterro de inertes em Marília ......................... 86
Qualidade do ar de Ribeirão Preto está péssima .............................................................................. 87
Avião do Corpo de Bombeiros ajuda a controlar incêndio em mata na região de Magda ........................ 88
Alunos realizam plantio de mudas na Floresta do Noroeste Paulista ................................................... 89
Novos empreendimentos imobiliários são proibidos .......................................................................... 90
Meio Ambiente indica nova área para descarte ................................................................................ 91
Neste domingo é comemorado o dia do Rio Tietê ............................................................................. 92
Frases do Dia .............................................................................................................................. 94
Pq. das Nascentes recebe imagem de Nossa Senhora ...................................................................... 95
Caminhada terá mutirão de limpeza............................................................................................... 96
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Grupo de Comunicação
DIA DO TIETE: vida na região e morte na maioria de sua extensão ................................................... 97
Semae atualiza dados para levar à Promotoria e Cetesb ................................................................... 99
CPIs se arrastam nas Câmaras ..................................................................................................... 100
Começa obra para tratamento de esgoto a 382 mil pessoas no ABC.................................................. 101
Poluição no rio avança e ameaça região ........................................................................................ 102
VEÍCULOS DIVERSOS ................................................................................................................. 104
Dia Mundial Sem Carro: 64% dos passageiros de plataforma de caronas têm carteira de motorista, mas
escolhem não dirigir ................................................................................................................... 104
Cientistas descobrem primeiro inseto sul-americano que emite luz azul ............................................ 106
64% dos usuários de apps de carona têm carta, mas preferem não dirigir ......................................... 107
Primavera 2019: O que faz do equinócio que marca o início da estação tão especial ........................... 108
Não conter desmatamento na Amazônia é "suicídio", alerta especialista brasileiro na ONU .................. 109
FOLHA DE S. PAULO ................................................................................................................... 111
Painel: Sob impacto do assassinato de Ághata, deputados agem para derrubar excludente de ilicitude . 111
ONU pede a países planos e menos discurso .................................................................................. 113
Agrotóxicos são ameaça a anfíbios no Rio Grande do Sul ................................................................. 115
Forças Armadas do Brasil tentam evitar intervenção na Venezuela ................................................... 117
Desinvestimento em combustível fóssil tem impacto zero no clima, diz Bill Gates ............................... 119
'Imagine Bolsonaro sendo julgado por ecocídio em Haia', sugere NYT ............................................... 121
Uma resposta para Greta ............................................................................................................ 122
O recado de Greta ...................................................................................................................... 124
O QUE A FOLHA PENSA: Sinuca ambiental ..................................................................................... 126
O QUE A FOLHA PENSA: Concreto sem fim .................................................................................... 127
Um Prêmio Nobel para o Brasil ..................................................................................................... 128
ESTADÃO .................................................................................................................................. 129
Mais parques em São Paulo ......................................................................................................... 129
Infraestrutura verde ................................................................................................................... 130
Sinto 'pena' pelo Brasil sob governo Bolsonaro, diz Bachelet a TV ..................................................... 131
Ricardo Salles: 'Brasil fará discurso de esclarecimento e oportunidades' ............................................ 132
Maior rede de produtos naturais da Suécia suspende compra de produtos brasileiros .......................... 134
Empresários lançam em Nova York desafio para desenvolvimento de ‘Amazônia possível’ .................... 136
Mudanças climáticas aceleram e concentração de CO₂ na atmosfera bate recorde, alerta OMM ............ 139
Brasil tenta recompor sua imagem depois de queimadas na Amazônia, diz Financial Times .................. 141
The Economist: A questão climática .............................................................................................. 143
VALOR ECONÔMICO ................................................................................................................... 145
Saneamento já tem avanços e aguarda novas regras no país ........................................................... 145
Investidor vê com ceticismo IPOs de estatais ................................................................................. 147
Iguá avalia postergar abertura de capital ...................................................................................... 148
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Grupo de Comunicação
ENTREVISTAS Veículo: Veja SP
Data: 23/09/2019
Onde São Paulo é mais verde
Com a chegada da primavera, na segunda
(23), e a subida da temperatura, a Vejinha
selecionou oito passeios bacanas para entrar
em contato com a natureza e à distância de no
máximo uma hora e meia do centro da cidade.
São atrações para diversos gostos, que
reúnem desde bons lugares para fazer
piquenique até trilhas radicais que levam a
cachoeiras deslumbrantes.
CIRCUITO DAS CACHOEIRAS
Ao lado da Rodovia Fernão Dias, é possível se
aventurar no Núcleo Engordador do Parque
Estadual da Cantareira. Na região, onde
antigamente funcionava uma fazenda para
engorda de gado, as diversões são variadas.
Mesas para piquenique concentram famílias
em meio à natureza, e elas aproveitam para
conhecer a Casa da Bomba, museu repleto de
equipamentos do século passado, quando a
Represa do Engordador, hoje uma das estrelas
do núcleo, era usada para abastecer a cidade.
As duas principais atrações consistem nas
trilhas. Para aquecer, comece na Trilha do
Macuco, de 746 metros. São quarenta minutos
tranquilos, com sobe e desce, esquivas de
troncos de árvores e pequenas pontes sobre
um cristalino riacho. Mais emocionante, a
Trilha da Cachoeira tem 3 quilômetros e
apresenta três quedas-d’água no percurso.
Sem pressa, o passeio dura uma hora e
cinquenta minutos e é recomendado a todas
as idades. A primeira queda, a Cachoeira do
Tombo, conta com uma lagoa para os
visitantes se refrescarem. Em seguida, surge a
Cachoeira do Engordador, onde é possível
colocar a cabeça no fluxo d’água. A última, a
Cachoeira do Véu, se mostra a mais tranquila
para um banho, com poucos malabarismos
para entrar na água (gelada!). Cautela ao se
refrescar: sem apoio, é fácil escorregar no
musgo. Leve comida e bebida, porque não há
lanchonete no parque e existem poucos
comércios por perto. Não se esqueça do
repelente!
> Quando: Sábado, domingo e feriados, 8h às
17h
> Onde: Estrada Particular da Pedreira, 250.
Estacionamento incluso
> Quanto: Ingresso por 15 reais — pagamento
somente em dinheiro; parque estadual que
ainda desconhece a comodidade das
maquininhas
BOTÂNICO PAULISTANO
Quase tão bonito quanto o do Rio de Janeiro, o
Jardim Botânico de São Paulo, na Zona Sul, é
um espetáculo natural. Fundado em 1938, o
parque tem cerca de 360 000 metros
quadrados e oferece vastos gramados para
descanso, prática de ioga e piquenique, em
um ambiente cercado por uma área
preservada de Mata Atlântica. Não estranhe a
quantidade de visitantes fazendo ensaios
fotográficos por ali. O espaço é repleto de
trilhas pelas quais se pode passear sem a
ajuda de um guia. Uma delas vai até a
nascente do Riacho do Ipiranga, às margens
do qual dom Pedro I proclamou a
independência, em 1822. São 720 metros em
um caminho pavimentado e cercado por
árvores nativas. Com sorte, é possível avistar
algumas espécies da mata, como periquitos e
bugios. As crianças vão à loucura ao deparar
com as construções antigas por lá, nas quais é
permitido entrar para explorar.
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Grupo de Comunicação
> Quando: Terça a domingo, 9h às 17h
> Onde: Entrada pela Avenida Miguel Stéfano,
3031, Água Funda. Estacionamento por 15
reais
> Quanto: Ingresso por 10 reais
NÃO FALTA SOMBRA
Dois belos lagos, a residência de verão do
governador de São Paulo e ar puro. No Parque
Estadual Alberto Löfgren, ou Horto Florestal,
são 350 000 metros quadrados para passar
horas observando esquilos, capivaras, garças
e tartarugas. Mesmo em dias quentes, a
temperatura cai em suas dependências, com
muita sombra das altas copas da vegetação.
Na ponta norte do endereço, partindo da
entrada principal, pode-se encontrar uma
concentração de eucaliptos com mais de 30
metros de altura, estender uma canga e
aproveitar a tarde. Piquenique, corridas ao
redor dos lagos e dança estão entre as
atividades preferidas dos frequentadores, além
das quadras esportivas. Aos interessados em
botânica, na Trilha do Descobrimento, dá para
conhecer 500 árvores. Todas possuem um QR
Code, com acesso a um link que registra ano
de plantio, espécie, crescimento e quanto de
CO2 foi captado pelas folhas.
> Quando: Segunda a domingo, 6h às 18h
> Onde: Rua do Horto, 931, Horto Florestal.
Estacionamento gratuito
> Quanto: Entrada gratuita
FLORESTA SUSPENSA
Uma trilha erguida a 10 metros de altura
proporciona uma experiência diferente a quem
deseja conhecer a Mata Atlântica por outra
perspectiva: do alto, pela copa das árvores. A
passarela é a principal atração do Parque
Ecológico Imigrantes. É um lugar perfeito para
levar crianças e adolescentes curiosos, por
oferecer a eles a chance de participar de uma
verdadeira aula de biologia a céu aberto.
Ao longo do caminho, dois guias do parque
apresentam várias espécies nativas da mata,
sempre convidando os visitantes a interagir.
Além da passarela, o parque conta com 1,5
quilômetro de trilha através da floresta. O
passeio todo dura cerca de duas horas e meia.
A acessibilidade é um ponto forte. Elevadores,
rampas e placas em braile permitem que
pessoas com deficiência aproveitem ao
máximo um contato mais próximo com a
natureza. Importante: leve água e não se
esqueça de passar repelente.
> Quando: Terça a quinta, 9h às 12h
> Onde: Acesso pelo posto de gasolina, no
quilômetro 34 da Rodovia dos Imigrantes
> Quanto: Entrada gratuita, mediante
agendamento pelo site
parqueecologicoimigrantes.org.br
CAMINHO HISTÓRICO
Uma atração voltada aos apaixonados por
história, construída no fim do século XVIII
com pedras do fundo de rio, a Calçada do
Lorena, no Parque Estadual Serra do Mar, foi a
primeira via pavimentada que ligava São Paulo
ao litoral. A trilha é dividida em quatro
trechos, dos quais apenas um, de 200 metros
de extensão, está aberto para visitação (os
demais passarão por revitalização). A graça do
passeio está em respirar o ar puro enquanto
se refaz o caminho feito por dom Pedro I, para
proclamar a independência do Brasil, em
7
Grupo de Comunicação
1822. Outro ponto alto é o visual antes de
chegar à calçada. O visitante percorre um
trecho de 4 quilômetros pela estrada velha de
Santos, passando por monumentos históricos,
como o Rancho da Maioridade, construído
entre 1841 e 1846, onde funcionava um ponto
de reabastecimento para quem viajava para a
cidade litorânea naquela época. Agendamento
pelo telefone 2997-5000 (ramal 365).
> Quando: Terça a domingo, 8h às 17h
> Onde: Acesso pela Estrada Caminho do Mar
(SP-148), no quilômetro 42
> Quanto: 32 reais para adultos; crianças até
12 anos e idosos não pagam
ADRENALINA E REFRESCO
Para quem curte um clima de aventura no
meio do mato, este passeio no Parque
Estadual Serra do Mar é um prato cheio. São
4,5 quilômetros de trilha pesada pelas
entranhas da Mata Atlântica, em que o
visitante tem de superar morros escorregadios
e pontes velhas sobre riachos. Pode parecer
simples, mas não consiste em uma caminhada
fácil — com bom preparo físico, é possível
fazer o percurso em aproximadamente uma
hora. As belezas naturais ajudam a esquecer
um pouco as dificuldades do meio do caminho.
Plantas nativas e animais da floresta, como
antas e esquilos, costumam dar as caras. Ao
chegar ao topo da montanha, o preço de cada
passada vai ter valido a pena. Lá do alto, uma
queda-d’água de 120 metros, chamada de
Cachoeira da Torre, estará à espera de um
visitante cansado, que poderá se refrescar nas
lagoas que se formam entre as pedras antes
da grande queda. Aproveite a vista e a água
gelada para repor as energias para a volta:
mais 4,5 quilômetros de trilha. Não tente ir
nem voltar sozinho. É fundamental a presença
de um guia. Leve água e lanche.
Agendamento pelo telefone 2997-5000 (ramal
365).
> Quando: Terça a domingo, 8h às 17h
> Onde: Acesso pela Estrada Caminho do Mar
(SP-148), no quilômetro 42
> Quanto: 32 reais para adultos; crianças até
12 anos e idosos não pagam
ROLÊ EM FAMÍLIA
Trilhas, espaços para piquenique, academia a
céu aberto, lanchonetes… Esses são apenas
alguns dos atrativos do Parque Estoril, em São
Bernardo do Campo, na região metropolitana,
ótima opção de passeio para levar a criançada.
São 154 000 metros quadrados às margens da
Represa Billings, com muito verde e
infraestrutura, com praça de alimentação,
teleférico e diversas áreas de descanso. Nos
dias quentes, o visitante pode curtir uma parte
da represa reservada para banho e
supervisionada por salva-vidas. Há ainda
opções para andar de caiaque, stand-up
paddle e pedalinhos (25 reais por meia hora).
Diversão garantida para os pequenos, o
zoológico coloca o visitante cara a cara com
cerca de quarenta espécies nativas da Mata
Atlântica, como araras, macacos, onças,
tamanduás e quatis. Aviso: é proibida a
entrada de pets.
> Quando: Quarta a domingo, 9h às 17h
> Onde: Rua Portugal, 1100, São Bernardo do
Campo. Estacionamento por 15 reais
> Quanto: Ingresso por 3 reais
COM TODOS OS SENTIDOS
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Grupo de Comunicação
O Parque Ecológico do Guarapiranga, às
margens da represa de mesmo nome,
concentra um oásis na Zona Sul, no bairro
Riviera Paulista. Os visitantes percorrem
trechos de Mata Atlântica sobre uma
plataforma, que conta com bancos em meio ao
silêncio — ótimo lugar para leituras e
meditação. Um viveiro mantido pelos
funcionários faz doação de mudas de árvores
nativas, como o pau-brasil. Além das quadras
esportivas e espaços para piquenique com
vista para as águas, o parque realiza
atividades educativas. Uma delas é a chamada
Trilha da Vida, que rola nos fins de semana,
mediante agendamento pelo telefone 5517-
6707.
O visitante, vendado, percorre um trajeto de
75 metros em meio à vegetação guiado pelas
mãos por um monitor. Sem sapatos, é
possível fazer um mergulho na mata com os
outros sentidos. São trinta minutos de
reflexão silenciosa, com uma interessante
experiência sensorial.
> Quando: Terça a domingo, 8h às 17h
> Onde: Estrada da Riviera, 3286, Riviera
Paulista. Estacionamento gratuito
> Quanto: Entrada franca
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=31424233&e=577
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9
Grupo de Comunicação
Veículo: Diário do Alto Tietê
Data: 22/09/2019
Condemat assina em Salesópolis
autorização para estudo de compensação financeira aos municípios afetados pela Lei Estadual
de Proteção aos Mananciais
O Consórcio de Desenvolvimento dos
Municípios do Alto Tietê (Condemat) assina
neste domingo (22), Dia do Rio Tietê, a
autorização para o início dos estudos que irão
apontar os mecanismos para a compensação
financeira aos municípios afetados pela Lei
Estadual de Proteção aos Mananciais - os
royalties da água.
De acordo com o Condemat, o evento contará
com a presença do secretário estadual de
Infraestrutura e Meio Ambiente, Marcos
Penido.
A assinatura será em Salesópolis, cidade onde
está a nascente do Rio Tietê, que tem 98% do
seu território com restrições ambientais.
Os estudos para compensação financeira dos
municípios, que têm áreas comprometidas por
reservatórios e possuem restrições do uso e
ocupação do solo, serão realizados pela
Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas
(Fipe).
O investimento será de R$ 980,1 mil, com
recursos obtidos pelo CONDEMAT junto ao
Fundo de Recursos Hídricos do Estado de São
Paulo (Fehidro).
O Condemat informou que a FIPE terá o prazo
de 12 meses para concluir os estudos, os
quais vão apontar os parâmetros de cálculos
para estabelecer os valores de compensação,
assim como as fontes de repasses desses
recursos.
“Esse projeto do CONDEMAT beneficiará não
apenas os municípios que possuem represa,
mas todas as cidades que estão inseridas em
área de proteção de mananciais dentro da
Bacia do Alto Tietê. Estamos falando
diretamente de 25 municípios, sendo 7 deles
na nossa região. Além disso, a nossa
conquista abrirá precedentes também para
outras bacias hidrográficas do Estado”,
ressalta o presidente do CONDEMAT, Rodrigo
Ashiuchi, prefeito de Suzano.
Os municípios a serem beneficiados na região
são Biritiba Mirim, Ferraz de Vasconcelos,
Guarulhos, Mogi das Cruzes, Poá, Salesópolis
e Suzano.
Os demais são Caieiras, Cotia, Diadema,
Embu, Embu-Guaçu, Franco da Rocha,
Itapecerica da Serra, Juquitiba, Mairiporã,
Mauá, Nazaré Paulista, Ribeirão Pires, Rio
Grande da Serra, Santo André, São Bernardo
do Campo, São Caetano do Sul, São Lourenço
da Serra e São Paulo.
Os royalties da água são uma das principais
bandeiras do Conselho de Prefeitos do
CONDEMAT, principalmente porque os
municípios são obrigados a cumprir uma série
de exigências para a preservação ambiental,
10
Grupo de Comunicação
ao mesmo tempo que possuem restrições para
o desenvolvimento de atividades econômicas.
Além disso, o Alto Tietê é responsável pela
produção de 30% da água que abastece a
Região Metropolitana de São Paulo e não
recebe qualquer compensação por abrigar
cinco grandes reservatórios.
“Não se trata de uma coisa simples e rápida.
Foram exatos dois anos desde que o projeto
foi habilitado pelo Fehidro até agora, com a
contratação da FIPE. Mas esse passo agora é
fundamental. Com o estudo em mãos,
faremos a articulação política necessária para
viabilizar o decreto estadual ou projeto de lei
instituindo a compensação. Essa nova fonte de
receitas trará um grande alívio aos
municípios”, adianta o presidente do
CONDEMAT.
O evento é às 9h30, deste domingo na Praça
Padre João Menendes, em frente à Igreja
Matriz de Salesópoli
https://g1.globo.com/sp/mogi-das-cruzes-
suzano/noticia/2019/09/21/condemat-assina-
em-salesopolis-autorizacao-para-estudo-de-
compensacao-financeira-aos-municipios-
afetados-pela-lei-estadual-de-protecao-aos-
mananciais.ghtml
Voltar ao Sumário
11
Grupo de Comunicação
Veículo: Áudios SP
Data: 21/09/2019
Discurso - Presidente da Sabesp Benedito
Braga - Ampliação da coleta de esgoto em
São Bernardo do Campo
ÁUDIOS - SP | ÁUDIOSData Veiculação:
21/09/2019 às 11h12
Duração: 00:02:26
Transcrição
ORADOR NÃO IDENTIFICADO: Bom dia a
todos. Queria aqui cumprimentar o nosso
querido governador em exercício, Rodrigo
Garcia. Cumprimentar o nosso prefeito
Orlando Morando, deputada Carla Morando,
líder do Governo na Assembleia Legislativa,
Sr. Marcelo Lima, vice-prefeito, Márcio
Gonçalves e Carlos Carrela, superintendes da
Sabesp, Srs. Vereadores, secretários
municipais, colaboradores da Sabesp, minhas
senhoras, meus senhores. Estamos hoje aqui
lançando uma obra importantíssima para a
melhoria da qualidade da água dos nossos rios
na região metropolitana de São Paulo, em
particular aqui o Ribeirão dos Couros que
depois se junta ao Tamanduateí que se junta
ao rio Tietê. Uma obra importantíssima para a
despoluição dos rios do estado de São Paulo
que a Sabesp está trabalhando firmemente
sob a orientação do nosso governador Rodrigo
Garcia, do nosso governador João Doria para
que melhoramos a qualidade de vida das
pessoas no estado de São Paulo. Este coletor
tronco é uma obra importantíssima, são 41
quilômetros, Orlando, que vamos aqui investir
R$ 50 milhões gerando aproximadamente 500
empregos, é São Paulo andando pra frente,
criando empregos, limpando os seus rios.
Também este coletor tronco vai possibilitar a
coleta dos esgotos que hoje estão sendo
encaminhados para a represa Billings, é o
projeto pró-Billings que a Sabesp trabalha
juntamente com a [ininteligível], agência
japonesa muito importante, para a
despoluição também da represa Billings.
Porque obras muito importantes para o estado
de São Paulo e a Sabesp aqui cumpre a sua
tarefa. Agradeço a atenção de todos. Muito
obrigado.
http://cloud.boxnet.com.br/y4rj8qxh
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12
Grupo de Comunicação
SECRETARIA DE INFRAESTRUTURA E Veículo: O Diário de Mogi
Data: 20/09/2019
Estudo definirá compensação ambiental para municípios do Alto Tietê
Neste domingo, Dia do Rio Tietê, a direção do
Consórcio de Desenvolvimento dos Municípios
do Alto Tietê (Condemat) assina autorização
para o início dos estudos que irão apontar os
mecanismos da compensação financeira aos
municípios afetados pela Lei Estadual de
Proteção aos Mananciais – os royalties da
água. O ato oficial, com a presença do
secretário de Estado de Infraestrutura e Meio
Ambiente, Marcos Penido, está marcado para
9h30, em Salesópolis, cidade onde está a
nascente do Rio Tietê e que tem 98% do seu
território com restrições ambientais.
Os estudos para compensação financeira dos
municípios, que têm áreas comprometidas por
reservatórios e possuem restrições do uso e
ocupação do solo, serão realizados pela
Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas
(Fipe). O investimento será de R$ 980,1 mil,
com recursos obtidos pelo Condemat junto ao
Fundo de Recursos Hídricos do Estado de São
Paulo (Fehidro).
A Fipe terá o prazo de 12 meses para concluir
os estudos, os quais vão apontar os
parâmetros de cálculos para estabelecer os
valores de compensação, assim como as
fontes de repasses desses recursos.
“Esse projeto do Condemat beneficiará não
apenas os municípios que possuem represa,
mas todas as cidades que estão inseridas em
área de proteção de mananciais dentro da
Bacia do Alto Tietê. Estamos falando
diretamente de 25 municípios, sendo 7 deles
na nossa região. Além disso, a conquista
abrirá precedentes também para outras bacias
hidrográficas do Estado”, ressalta o presidente
do Condemat, Rodrigo Ashiuchi (PL), prefeito
de Suzano.
Os municípios a serem beneficiados na região
são Biritiba Mirim, Ferraz de Vasconcelos,
Guarulhos, Mogi das Cruzes, Poá, Salesópolis
e Suzano. Os demais são Caieiras, Cotia,
Diadema, Embu, Embu-Guaçu, Franco da
Rocha, Itapecerica da Serra, Juquitiba,
Mairiporã, Mauá, Nazaré Paulista, Ribeirão
Pires, Rio Grande da Serra, Santo André, São
Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, São
Lourenço da Serra e São Paulo.
Os royalties da água são uma das principais
bandeiras do Conselho de Prefeitos do
Condemat, principalmente porque os
municípios são obrigados a cumprir uma série
de exigências para a preservação ambiental,
ao mesmo tempo que possuem restrições para
o desenvolvimento de atividades econômicas.
Além disso, o Alto Tietê é responsável pela
produção de 30% da água que abastece a
Região Metropolitana de São Paulo e não
recebe qualquer compensação por abrigar
cinco grandes reservatórios.
“Não se trata de uma coisa simples e rápida.
Foram exatos dois anos desde que o projeto
foi habilitado pelo Fehidro até agora, com a
contratação da Fipe. Mas esse passo agora é
fundamental. Com o estudo em mãos,
faremos a articulação política necessária para
viabilizar o decreto estadual ou projeto de lei
instituindo a compensação. Essa nova fonte de
receitas trará um grande alívio aos
municípios”, adianta o presidente do
Condemat.
O evento neste domingo será na praça Padre
João Menendes, em frente à Igreja Matriz de
Salesópolis.
Projeto Tietê atende a região
Obras de implantação de interceptores e
coletores-tronco que atenderão as regiões de
Itaquaquecetuba, Poá, Suzano, Ferraz de
Vasconcelos e Arujá fazem parte do Projeto
Tietê, que desde o início, em 1992, ampliou a
coleta e tratamento de esgoto a mais 10
milhões de pessoas da Grande São Paulo.
13
Grupo de Comunicação
Programa de saúde pública focado na
ampliação da coleta e do tratamento de
esgoto na Grande São Paulo, o Projeto Tietê
tem investimento total de US$ 3 bilhões. O
principal objetivo é implantar a infraestrutura
de coleta e tratamento de esgoto na bacia
hidrográfica do Alto Tietê, contribuindo para a
revitalização progressiva do Tietê na região e
consequentemente nas áreas para onde o rio
flui.
Desde o início do projeto foram construídos
mais de 4,5 mil quilômetros de interceptores,
coletores-tronco e redes para coletar e
transportar o esgoto às estações de
tratamento, elevando a coleta de esgoto na
Região Metropolitana de São Paulo de 70%
para 87% de 1992 a 2018. Já o tratamento de
esgoto na região passou de 24% para 78%,
ou seja, o índice tratado mais que triplicou,
mesmo com a população da Grande São Paulo
tendo crescido em mais de 6 milhões de
pessoas no período.
https://www.odiariodemogi.net.br/estudo-
definira-compensacao-ambiental-para-
municipios-do-alto-tiete/
MEIO AMBIENTE
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14
Grupo de Comunicação
Veículo: TV Globo
Data: 21/09/2019
Um rio Tietê limpo e navegável
https://globoplay.globo.com/v/7940847/
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15
Grupo de Comunicação
Veículo1: Gazeta de Pinheiros
Veículo2:Morumbi News
Veículo3:Jornal do Butantã
Veículo4: São Paulo News
Data: 20/09/2019
Paulistanos navegam no Rio Pinheiros
e promovem conscientização
Na maior cidade do país, mais uma vez o Rio
Pinheiros recebeu um passeio aberto à
população, para inspirar não apenas os
participantes mas toda a população nacional
sobre a importância da limpeza dos rios. Em
sua 4ª edição, a ação ‘Por uma Cidade
Navegável’, tem como objetivo promover a
conscientização da sociedade e estimulá-la a
contribuir com a despoluição dos rios,
evitando jogar lixo no seu leito e nas ruas da
cidade.
A intenção é a de aproximar as pessoas dos
rios urbanos e inspirá-las, mostrando as
diversas oportunidades e benefícios que a
sociedade teria se eles fossem limpos, com o
lazer e o turismo acontecendo, além de
melhorar o trânsito das metrópoles com mais
uma via de acesso e um tipo de transporte
menos poluente, como é o hidroviário.
“A exemplo das cidades da Europa, São Paulo
pode ser uma cidade navegável. O Rio Tâmisa
era tão poluído quanto o nosso Rio Pinheiros e
hoje recebe circulação de embarcações. Essa é
a nossa primeira ação de conscientização
sobre a despoluição do Rio Pinheiros,
motivados pela promessa do Governador João
Dória. Por isso, trouxemos a população para
navegar e mostrar que é possível, seja para
lazer ou como transporte público. Nós
montamos duas estações em 48 horas, é
possível montar 50 estações em um mês, nós
só precisamos da despoluição. Outro ganho
será com o crescimento da indústria náutica
brasileira, com a possibilidade de
navegabilidade do Rio Pinheiros e Tietê”,
afirma Ernani Paciornik, publisher da revista
Naútica e organizador do São Paulo Boat
Show.
“A meta da EMAE (Empresa Metropolitana
de Águas e Energia) em 12 meses é retirar
500 mil metros cúbicos de lixo. Isto significa
água mais límpida, mais translúcida e uma
maior profundidade, que é muito importante.
Estamos com especialistas da Escola
Politécnica da USP e da Marinha do Brasil nos
assessorando sobre qual navegabilidade é
possível a médio e longo prazo, se é possível
para lazer ou transporte coletivo”, declarou
Ronaldo Souza Camargo, Presidente da EMAE.
Uma iniciativa que tem como objetivo
conscientizar a população e a opinião pública
sobre os benefícios de recuperar os rios
urbanos, esta é a ação ‘Por uma Cidade
Navegável’. Criada em 2011 pelo São Paulo
Boat Show, maior salão náutico indoor da
América Latina, como uma campanha de
conscientização pela despoluição dos rios da
cidade, que inspira a sociedade a contribuir
evitando jogar lixo nas ruas e diretamente nas
águas. Esta é a 4ª edição da ação. Na 1ª e 2ª,
em setembro de 2011 e setembro de 2012
respectivamente, o projeto foi realizado com a
proposta de uma disputa entre uma lancha
que navegou pelo Rio Tietê e um carro pela
Marginal em horário de pico de trânsito na
cidade. Como era esperado, a lancha não
completou o percurso devido à quantidade de
lixo que travou os motores nos primeiros
minutos. Na 3ª edição, realizada em setembro
de 2014, o projeto levou ao Rio Tietê um
ônibus anfíbio com diversos ex-atletas que
haviam participado de competições de remo e
natação que ocorriam na década de 40 no Rio
Tietê, quando a população podia desfrutar do
mesmo com práticas desportivas. Na 4ª
edição, que aconteceu no último dia 12, a
ação convidou a população para uma vivência
de navegação pelo Rio Pinheiros.
Novo Pinheiros
O Governador João Doria e o presidente da
Sabesp, Benedito Braga, apresentaram um
pacote de obras de R$ 1,5 bilhão com o
objetivo de devolver o Rio Pinheiros limpo
para a população até 2022. O projeto Novo
Rio Pinheiros, que é uma das prioridades do
Governo do Estado de São Paulo, prevê
intervenções nas áreas de todas as sub-bacias
dos grandes afluentes do Pinheiros, onde
vivem cerca de 3,3 milhões de pessoas,
16
Grupo de Comunicação
incluindo ainda ações socioambientais para
engajar a população na recuperação dos
cursos d’água da região.
“Essa é uma quantia bastante expressiva para
a contratação de obras para a despoluição do
Pinheiros. Nosso compromisso é entregar o rio
limpo até 2022, em condições adequadas, de
acordo com os padrões internacionais, com
ações que serão feitas também nas sub
bacias. Não tenho medo de colocar esse prazo,
tenho convicção de que vamos chegar a esse
resultado”, comentou Doria.
As ações serão contratadas com base em
performance, uma forma inovadora de
contratação de serviços. A Sabesp define
indicadores e metas a serem atingidas pelas
empresas, com a remuneração variando de
acordo com o cumprimento destes objetivos
propostos. Ou seja, não haverá remuneração
apenas pelas obras físicas, mas também uma
variável pelo resultado final obtido. Para
avaliar a performance, serão consideradas
metas como o total de novos imóveis
conectados à rede e a qualidade da água do
córrego.
Para isso foi feito um completo mapeamento
de toda a área com a localização das ligações
de esgoto que precisam ser feitas. O
mapeamento identificou cerca de 500 mil
imóveis que deverão ter seu esgoto
encaminhado à estação de tratamento, sendo
que 73 mil destes precisam ser conectados às
redes de coleta. Foram lançados 14 editais nas
últimas semanas para a contratação das
empresas interessadas na realização dessas
obras.
“O empreendedor terá que colocar todas essas
casas ligadas ao sistema e vamos monitorar
esses trabalhos. Ele precisa atingir a meta, por
resultado. Ou seja, o próprio empreiteiro vai
estar interessado em realizar as obras com
agilidade”, explicou Braga.
Limpeza e desassoreamento
O Novo Rio Pinheiros é uma ação realizada
pela Sabesp e outros órgãos estaduais
coordenados pela Secretaria de
Infraestrutura e Meio Ambiente.
Paralelamente às ações de saneamento, a
EMAE (Empresa Metropolitana de Águas e
Energia S.A.) vem executando o
desassoreamento e desaterro do rio. Os
trabalhos iniciaram em junho e visam retirar
1,2 milhão de m³ de resíduos. Apenas no
primeiro semestre foram retiradas 2,3 mil
toneladas de lixo do rio. Com os ecobarcos,
que começaram os testes há dois meses, a
empresa já recolheu 200 toneladas de lixo
flutuante.
A Cetesb (Companhia Ambiental do
Estado de São Paulo) vai intensificar os
pontos de monitoramento no rio Pinheiros e
nos principais afluentes para verificar os
sedimentos (carbono orgânico total, nitrogênio
amoniacal e fósforo total) e a qualidade da
água (oxigênio dissolvido, pH, temperatura,
condutividade, DBO, fósforo, turbidez, sólidos
totais e suspensos).
Ao longo do processo, o Daee
(Departamento de Águas e Energia
Elétrica) emitirá outorgas para ampliação de
sistemas de interceptores e emissários de
esgotos para estações de tratamento,
fundamental para a despoluição do rio
Pinheiros. Caberá ao Departamento emitir
também as outorgas necessárias para obras e
serviços que impliquem em interferências no
curso do rio, como a implantação de pontos de
atracagem para barcos e implantação de
novos sistemas de telemetria e vazões
afluentes.
https://www.gazetadepinheiros.com.br/2019/
09/20/paulistanos-navegam-no-rio-pinheiros-
e-promovem-conscientizacao/
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17
Grupo de Comunicação
Veículo: G1
Data: 20/09/2019
Frente fria chega ao sudeste, mas temperatura deve continuar alta na região de Ribeirão Preto
Somar Meteorologia prevê clima quente e seco
no sábado (21) e domingo (22). Fumaça de
queimadas na Amazônia e no cerrado está
sobre a região, e derruba a umidade relativa
do ar.
Apesar da chegada de uma frente fria ao
sudeste do país, a região de Ribeirão Preto
(SP) deve continuar registrando temperaturas
elevadas, sem a possibilidade de chuva, neste
final de semana, segundo a Defesa Civil de
São Paulo, com base em dados da Somar
Meteorologia.
Neste sábado (21) os termômetros devem
oscilar entre 22ºC e 37ºC em Ribeirão,
enquanto em Franca (SP) a temperatura varia
entre 20ºC e 36ºC. No mesmo dia, ainda
segundo a Somar, Sertãozinho (SP) deve
registrar temperatura mínima de 22ºC e
máxima de 36ºC.
A previsão é de que a temperatura chegue aos
36º no domingo (22) em Ribeirão, enquanto
em Franca e Sertãozinho os termômetros não
devem passar dos 34ºC e 35ºC,
respectivamente. Pancadas de chuva isoladas
são esperadas apenas no decorrer próxima
semana.
Fumaça da Amazônia atinge a região de
Ribeirão Preto, diz Inpe
Embora o calor permaneça, a umidade relativa
do ar deve aumentar. Isso porque, a frente
fria que chega a São Paulo afasta a fumaça
que encobre todo o estado, vinda de
queimadas no Cerrado, na Amazônia e em
países vizinhos, como Bolívia, Peru e Paraguai.
Coordenador do Programa de Queimadas do
Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais
(Inpe), Alberto Setzer explica que esse
fenômeno ocorre sempre nos meses de
inverno, quando ventos das regiões noroeste e
norte levam a fumaça em direção ao sul e
sudeste.
“Mas, a concentração não é preocupante a
ponto de interferir ou afetar a saúde humana.
Isso causa o por do sol mais amarelado que a
gente observa. Pelas imagens de satélite você
vê essa nuvem bem tênue cobrindo toda a
região”, afirma.
Ainda de acordo com dados do Inpe, a região
de Ribeirão Preto (SP) registra alto risco de
queimadas, devido ao clima quente e seco. A
medição é realizada sete vezes durante o dia.
Em todo o estado, apenas a região de São
José dos Campos (SP) não é considerada
crítica.
Inpe aponta alto risco de incêndios em
Ribeirão Preto, Franca e Barretos, SP
O tempo seco também prejudica a qualidade
do ar. Nesta sexta-feira (20), o índice é
considerado “muito ruim” pela Companhia
Ambiental do Estado de São Paulo
(Cetesb). A última vez que a cidade registrou
índice “moderado” foi na madrugada de terça-
feira (17).
“Até hoje, só em agosto tivemos uma condição
ruim, mas não chegou à situação que se
encontra hoje”, explica o gerente regional da
Cetesb, Otávio Okano, explicando que Ribeirão
possui uma estação no Parque Maurílio Biagi
que avalia a qualidade do ar.
O equipamento realiza medições de hora em
hora, captando do ar partículas grosseiras e
outras “finamente divididas”, monóxido de
carbono, ozônio e óxido de nitrogênio. Os
dados são enviados a São Paulo e
disponibilizados pela internet.
“Você depende da circulação de veículos, dos
ventos que ocorrem no local. Um dos fatores
que mais contribui hoje para a questão da
poluição do ar são as emissões de veículos
motores”, conclui.
https://g1.globo.com/sp/ribeirao-preto-
franca/noticia/2019/09/20/frente-fria-chega-
ao-sudeste-mas-temperatura-deve-continuar-
alta-na-regiao-de-ribeirao-preto.ghtml
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18
Grupo de Comunicação
Veículo: Diadema Agora
Data: 20/09/2019
Semasa participa do Dia Mundial da
Limpeza com ação no lago do Pedroso
Uma limpeza simbólica do lago do Parque
Natural Municipal do Pedroso vai marcar a
participação do Semasa (Serviço Municipal de
Saneamento Ambiental de Santo André), no
próximo sábado (21), no Dia Mundial da
Limpeza. Com um barco, agentes ambientais
da autarquia vão recolher resíduos
descartados no lago da área verde. A
atividade começa às 9h.
“Neste dia a gente vai melhorar a relação do
cidadão com o meio ambiente ao promover
uma ação que vai repercutir para toda a
comunidade. A gente quer trazer as pessoas
para este evento para que elas tenham a
consciência sobre a questão do lixo na nossa
cidade e nos nossos parques”, afirma o
superintendente do Semasa, Almir Cicote,
destacando que a atividade é mais uma ação
de Educação Ambiental promovida em Santo
André pela autarquia.
Movimento que começou em 2008 na Estônia
e já está em mais de 150 países, o Dia
Mundial da Limpeza reúne voluntários que,
durante 24 horas, se mobilizam
simultaneamente para limpar cidades, praias,
represas, praças e parques.
O objetivo é conscientizar a população sobre
os problemas que o descarte irregular de
resíduos causa ao meio ambiente. De acordo
com os organizadores do evento, a ação deste
ano já pode ser considerada a maior realizada
no Brasil, com mais de 700 cidades
confirmadas.
Em Santo André, a mobilização para este
grande mutirão de limpeza está sendo
realizada pelas organizações Instituto Lixo
Zero Brasil – Santo André e Reciclando
Sonhos.
Além da limpeza do lago, que será realizada
com o apoio do Semasa, os voluntários
pretendem recolher os resíduos de toda área
do Parque do Pedroso. Nacionalmente, os
organizadores são as entidades LimpaBrasil e
Teoria Verde.
Rotina de limpeza – Em Santo André, são
diversas as ações rotineiras de combate ao
descarte irregular, incluindo programas como
o Moeda Verde, que atua em núcleos
habitacionais trocando recicláveis por
hortifrútis, e cursos de Educação Ambiental
voltados para toda a população. Pontos de
descarte irregular são monitorados pelo
Semasa, que atua constantemente para
reduzir o número de locais deste tipo na
cidade.
Na região do ABC, Santo André é a única
cidade que possui um Aterro Sanitário próprio.
Gerenciado pelo Semasa, ele é um dos mais
bem avaliados da Grande São Paulo, segundo
a Cetesb. Além disso, a cidade tem coleta
seletiva porta a porta desde 2000, e o
material reciclável é reaproveitado por duas
cooperativas de reciclagem, que empregam
cerca de 150 pessoas.
Serviço
Dia Mundial da Limpeza
Data: 21/09/19 (sábado)
Horário: a partir das 9h
Local: Parque Natural Municipal do Pedroso
Endereço: Estrada do Pedroso, 3000 – Parque
Miami
http://www.diademajornal.com.br/2019/09/20
/regional/semasa-participa-do-dia-mundial-
da-limpeza-com-acao-no-lago-do-pedroso/
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19
Grupo de Comunicação
Veículo: DLNews
Data: 20/09/2019
Rio Preto mais verde
Garota plantando muda de árvore na Floresta
Estadual Noroeste Paulista na quinta-feira (19)
Os organizadores do grupo Corredor Ecológico
vão realizar um evento em comemoração à
semana da árvore, no domingo (22), das 9h
às 10h30, para um plantio de 200 mudas de
arvores, criando assim um corredor de arvores
na avenida entre os Damhas 1 e 2. A Escola
Municipal Oscar Pires e o Serviço Municipal
Autonômo de Água e Esgoto também
comemoram esse dia plantando mudas de
árvores.
O Corredor Ecológico é um projeto da
sociedade civil organizado em prol da
natureza.
Alex Angelino, integrante do grupo, afirmou
que o intuito do evento é melhorar a
arborização e consequentemente a qualidade
de vida da população rio-pretense. "Também
criar uma área de trânsito de animais, abelhas
e pólen. As pessoas vão ter uma região fresca
para caminhar pela sombra', disse.
Alex conta que o grupo já plantou e cuida de
mais de 3.000 árvores, espalhadas pelos
Damhas 1, 2, 3, 4, 5 e 6, Gaivota 1 e 2,
Figueira 1 e marginal da rodovia Assis
Chateaubriand, em calçadas e canteiros
centrais das avenidas. "Pretendemos atuar
com o corredor ecológico em toda região de
Rio Preto. Começamos no Damhas, mas
finalizando lá, vamos pular para outra região',
explicou.
O grupo vai realizar um projeto de plantio
formando o corredor ecológico em
comemoração à semana da árvore, que será
dividido em duas etapas. No domingo (22)
será a primeira etapa, com um plantio de 200
mudas na avenida entre os Damhas 1 e 2. A
segunda etapa acontecerá a um mês com
mais 200 mudas.
"Geralmente plantamos arvores em época de
chuva, mas por causa da semana da árvore,
vamos realizar esse evento. Pedimos aos pais
para levar as crianças para criar um vínculo
com a natureza e aprender sobre plantio',
disse Alex.
A Prefeitura de Rio Preto vai colaborar com o
grupo doando as mudas do Viveiro Municipal,
cedendo um trator para fazer o preparo do
plantio e um caminhão pipa através do Semae
(Serviço Municipal Autonômo de Água e
Esgoto) para auxiliar com o aguamento no pré
e pós plantio.
Semae planta 2.000 mudas de árvores na ETE
O Semae (Serviço Municipal Autonômo de
Água e Esgoto) junto à Secretaria Municipal de
Meio Ambiente, comemorou a semana da
árvore plantando mudas. Nesta sexta-feira
(20), 2.000 mudas nativas foram plantadas na
APP (área de Preservação Permanente de Rio
Preto), localizada na ETE (Estação de
Tratamento de Esgoto de Rio Preto).
Com esse plantio, o Semae totaliza 11.000
árvores plantadas, nos últimos quatro anos,
nas áreas verdes da ETE, principalmente
próximas do córrego São Pedro e do Rio Preto.
O evento contou com a presença de 60
crianças da rede pública municipal de
educação, além da presença do prefeito
Edinho Araújo, o superintendente do Semae,
Nicanor Batista Jr, a secretária municipal do
meio ambiente, Kátia Penteado, secretários,
vereadores, servidores da autarquia e
lideranças ambientais.
20
Grupo de Comunicação
Alunos da Escola Municipal Oscar Pires
plantaram mudas na Floresta do Noroeste
Paulista
Também em comemoração à semana da
árvore, 300 alunos da Escola Municipal Oscar
Pires, realizaram na manhã desta quinta-feira
(19), o plantio de mudas na Floresta do
Noroeste Paulista, região do antigo IPA.
O plantio na área é simbólico, já que a região
representa o que restou da Mata Atlântica
original que cobria grande parte do território
do Estado de São Paulo. Desde maio empresa
contratada pela Prefeitura, a Sartori Comércio
e Paisagismo Ltda, de Presidente Prudente,
realiza o plantio, preservação e manutenção
de 106.408 árvores de diversas espécies no
local. Até o momento já foram plantadas 65
mil espécies.
A área, que possui 63,844 hectares, receberá
um investimento de R$ 1,8 milhões. Além do
plantio, a empresa contratada, também realiza
a manutenção do espaço até final da vigência
do contrato.
A ação atende o cumprimento do Termo de
Compromisso de Recuperação Ambiental -
TCRA nº 98.515/2016, firmado com a
CETESB, referente a diversas obras realizadas
em Rio Preto nas gestões anteriores, dos anos
de 1998 até 2016.
A secretaria de Meio-Ambiente, Kátia
Penteado, destaca a importância do plantio de
novas árvores, em especial, por parte das
crianças. "A semana da árvore serve como um
momento de reflexão. Não poderia de chamar
de comemoração, mas de persistência, de
reflexão. Com esse calor, temperaturas altas,
demonstra o quanto precisamos de árvores'.
O prefeito Edinho ajudou as crianças a plantar
algumas mudas e também reforçou a
importância do verde no ambiente urbano das
cidades. "Trabalho pedagógico de
envolvimento da sociedade, de formação de
nossas crianças para que elas possam ser
amigas da natureza. Não é um trabalho de um
poder, de uma autoridade. Esse trabalho de
plantio conservação é de toda uma cidade',
disse.
Compensação ambiental
Uma grande dúvida da população de Rio Preto
é sobre o que é feito quando são retiradas
árvores da cidade para realização de obras
públicas que foram suprimidas 125 árvores.
Em compensação foram plantadas quase 13
mil por toda a cidade, um investimento de R$
183 mil.
Somente como compensação ambiental para a
construção do complexo de viadutos das
avenidas Mirassolândia e Falavina já foram
plantadas 2040 mudas no local da obra. Ao
longo dos 33 quilômetros de corredores de
ônibus foram plantadas 795 novas árvores,
média de 24 mudas por quilometro.
https://riopreto.dlnews.com.br/noticias?id=44
32/rio-preto-mais-verde
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21
Grupo de Comunicação
Veículo: G1 São Paulo
Data: 22/09/2019
Sistema Cantareira opera com 48,2% da
capacidade neste domingo
Após seis meses operando com volume igual
ou abaixo de 40%, sistema opera fora do nível
de alerta desde janeiro.
Por G1 SP
Sistema Cantareira — Foto: Reprodução /
EPTVSistema Cantareira
O Sistema Cantareira opera com 48,2% de
sua capacidade neste domingo (22), de acordo
com a Companhia de Saneamento Básico
do Estado de São Paulo (Sabesp).
O reservatório apresentou queda de 0,1% na
capacidade se comparado com o nível deste
sábado (21).
O Cantareira abastece cerca de 7,5 milhões de
pessoas por dia, 46% da população da Região
Metropolitana de São Paulo, segundo a
Agência Nacional de Águas (ANA), órgão que
regulamenta o setor.
Após seis meses operando com volume igual
ou abaixo de 40%, o sistema opera fora do
nível de alerta desde janeiro.
Os outros reservatórios também registraram
queda, com exceção de Guarapiranga e Rio
Claro, que operam estáveis.
Confira os índices dos outros reservatórios:
Alto Tietê - 88%
Guarapiranga - 82,1%
Cotia - 92,7%
Rio Grande - 98,3%
Rio Claro - 101,9%
https://g1.globo.com/sp/sao-
paulo/noticia/2019/09/22/sistema-cantareira-
opera-com-482percent-da-capacidade-neste-
domingo.ghtml
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22
Grupo de Comunicação
Veículo: Diário de Suzano
Data: 22/09/2019
Sistema Alto Tietê opera com 88,4% da
capacidade
Dados são da Companhia de Saneamento
Basico de São Paulo (Sabesp)
Todas as cinco represas que compõe o
Sistema Alto Tietê operam com a capacidade
normal. Todo o sistema Alto Tietê, que atende
cerca de 1,6 milhão de pessoas nas dez
cidades da região, opera no momento com
88,4% da capacidade. Os dados são da
Companhia de Saneamento Básico do
Estado de São Paulo (Sabesp). A represa
Ponte Nova, situada em Salesópolis, registra a
maior operação do Sistema, com 97,49%. A
barragem recebeu 0,60 milímetros de água
nos últimos dois dias.
Na segunda posição, o manancial de
Paraitinga, localizado também em Salesópolis,
computa 92,57%. A represa registrou 0,80
milímetros de água nos últimos dois dias.
Fecha o pódio, na terceira colocação, a
represa Jundiaí, situada em Mogi das Cruzes.
O reservatório da cidade mogiana opera com
81,29% da capacidade total. A barragem
registrou 4,20 milímetros de água nos últimos
dois dias. A represa Taiaçupeba, localizada em
Suzano, está na quarta posição e opera com
78,28% da capacidade. O manancial
contabilizou 3,60 milímetros de água no
período mencionado. Por fim, na quinta
colocação, a represa Biritiba, situada em
Biritiba Mirim, registra a menor operação de
todo o Sistema Alto Tietê, com 36,97%.
A barragem computou 3,20 milímetros de
água nos últimos dois dias. Dados do portal
Climatempo apontam que a região do Alto
Tietê pode registrar queda de temperatura
neste final de semana.
http://cloud.boxnet.com.br/yyxvmhhd
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23
Grupo de Comunicação
Veículo1: Agência Brasil
Veículo2: UOL Notícias
Veículo3: Isto É online
Veículo4: Jornal de Piracicaba
Data: 22/09/2019
Tietê: lembranças de uma época em que o
rio não era poluído
Por Camila Boehm – Repórter da Agência
Brasil* São Paulo
Hoje é celebrado o Dia do Rio Tietê, curso
d’agua que atravessa praticamente todo o
estado de São Paulo, de leste a oeste. A data,
no entanto, não é de comemoração em todo o
curso do rio, uma vez que trechos dele estão
poluídos, principalmente na região
metropolitana da capital paulista, onde a
qualidade da água apresenta-se ruim ou
péssima.
Mas esses trechos não foram sempre assim.
Boas lembranças de uma época em que a
água era limpa sobrevivem na memória da
nadadora Idamys Busin Veneziani, de 88 anos.
Ela conta que começou a nadar no Tietê
quando criança (tinha oito anos), desde a
década de 1930. “Coisa deliciosa era nadar no
rio Tietê. A gente gostava, era uma aventura.
Até 1955, a gente atravessava o rio nadando”.
Ela lembra que treinava na piscina do Clube
Esperia, localizado nas margens do Tietê até
hoje, e escapava com os colegas para nadar
no rio.
Idamys diz ter saudade da época em que o rio
era vivo na cidade de São Paulo. “Era largo, a
piscina perto dele parecia uma xícara. Era um
rio bem largo, muita correnteza, e tinha uma
planta que chamavam de aguapé e ela vinha
boiando cheia de flores. Para continuar
nadando, você tinha que dar uma batidinha
para ela sair da sua frente”, conta.
O Tietê era um rio lindo, recorda Idamys.
“Tinha uma correnteza tão bonita, eu fecho os
olhos, eu vejo aquela correnteza gostosa.
Tinha sempre uma flor, alguma coisa
boiando”, disse. Ele lembra, ainda, episódios
que deixavam todos apreensivos. “Às vezes
aparecia um corpo boiando. Eu não sei se a
pessoa ia se aventurar e morria ou se era
algum crime. Na realidade, como nós éramos
crianças, eles não deixavam a gente chegar
perto”.
De volta a 2019 e de cara com a crua
realidade, hoje o Tietê apresenta uma mancha
de poluição que chega a 163 quilômetros,
atravessando a capital paulista e a região
metropolitana de São Paulo, o que torna o rio
impróprio para uso neste trecho. A qualidade
da água nessa extensão, que varia de ruim a
péssima, inviabiliza o uso para abastecimento
público, irrigação para produção de alimentos,
pesca, atividades de lazer, turismo, navegação
e geração de energia. Este é o maior rio
paulista, cortando o estado por 1.100 km,
desde sua nascente no município de
Salesópolis até a foz no rio Paraná, no
município de Itapura.
Despoluição
Apesar dos investimentos na despoluição do
rio por meio do Projeto Tietê, desde a década
de 1990, não há expectativa de que o trecho
que passa pela Grande São Paulo e que sofreu
um intenso processo de urbanização volte a
ter vida aquática nem tenha qualidade para
que as pessoas possam nadar.
“Não temos no horizonte que alguém venha
nadar no rio Tietê na região metropolitana de
São Paulo. Assim como, mesmo em rios que
têm uma vazão muito maior como é o caso do
Tâmisa, em Londres, ou do Sena, em Paris,
também não é permitida a natação”, disse o
diretor de Tecnologia, Empreendimentos e
Meio Ambiente da Companhia de Saneamento
Básico de São Paulo (Sabesp), Edison Airoldi.
Ele explicou que a baixa vazão do rio na
região metropolitana junto ao fato de uma
população muito maior do que nos casos dos
rios de Londres e Paris dificultam uma
despoluição ao ponto de retomar vida neste
trecho do Tietê. “População muito maior
significa que nós geramos, adicionalmente ao
esgoto, uma carga difusa que é o seguinte: o
lixo, as fezes do animal que ficam na rua, a
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Grupo de Comunicação
bituca de cigarros, quando o carro freia fica
aquele pó no asfalto, o óleo que cai. E quando
vem a chuva, lava a cidade e leva tudo isso
para dentro dos córregos e do rio Tietê”,
disse.
Acúmulo de lixo no rio Tietê, após chuva durante a manhã. - Rovena Rosa/Agência Brasil
A especialista em Água da Fundação SOS Mata
Atlântica Malu Ribeiro disse que, mesmo com
as ações de despoluição, o trecho do rio que
vai da barragem da Penha até o Cebolão – no
encontro com o rio Pinheiros – não terá
condição adequada para banho nem para
pesca. “A gente não pode ter essa falsa
expectativa porque existe toda essa alteração
de canalização, de retificação do rio, que
transformou o Tietê, nesse trecho, em um
canal artificial. Nesses canais artificiais, é
muito difícil e muito pouco provável que isso
aconteça”, avaliou.
No entanto, ela afirmou que há outras
possibilidades de uso do rio conforme as ações
de despoluição evoluam. “A gente pode ter
expectativa de um transporte coletivo, de uma
paisagem mais harmônica, de um entorno
recuperado com parques lineares, onde seja
possível atividades de lazer”, disse.
Há a possibilidade de vida no rio Tietê,
segundo Malu, nas áreas onde ele tem o perfil
natural do rio, ou seja, nos trechos em que ele
não sofreu com a urbanização, não foi
canalizado nem retificado. “No trecho em que
ele tem áreas protegidas, como no Parque
Ecológico do Tietê em São Paulo, acima da
barragem da Penha e em todos os municípios
ribeirinhos por onde ele passa, ele tem
condições de voltar a ter vida, sim”.
Ela ressalta que vários outros países
conseguiram melhorar as condições de rios
muito poluídos, mas precisaram de políticas
públicas integradas. “A gente precisa partir de
um sonho ou uma causa de ambientalistas
para um compromisso de governo. Precisa ser
um programa de Estado, não um programa de
governo, é essa a diferença dos países que
conseguiram fazer isso, como França,
Espanha, Portugal, Coreia do Sul, Alemanha.
Foram pactos associados ao controle rigoroso
de normas, de legislação para redução de
poluentes”, disse.
Segundo ela, muito do que se vê refletido no
rio hoje em relação à perda de qualidade da
água tem a ver com o mau uso do solo,
ocupação irregular, desmatamento, falta de
coleta seletiva de lixo, além de ausência de
uma legislação ambiental mais restritiva em
relação a poluentes. “Só que a gente está
fazendo o contrário, o Brasil vem liberando
poluentes, vem diminuindo o controle de
produtos [agrotóxicos, fertilizantes, óleos e
graxas à base de combustível fóssil], mesmo
de produtos de uso cotidiano, como por
exemplo sacolas plásticas. Então a gente
precisa olhar para esses resultados agora e
combater a poluição na origem, como se faz
isso? Com legislação”, finalizou.
Projeto Tietê
Desde o início do Projeto Tietê, em 1992,
mais 10 milhões de pessoas foram
beneficiadas pela coleta e tratamento de
esgoto na região e houve investimentos de
quase US$ 3 bilhões em obras do projeto.
Atualmente, a Sabesp opera coleta e
tratamento de esgoto em 32 municípios da
Grande SP, de um total de 39, sendo que
apenas 36 fazem parte da Bacia do Alto Tietê.
As ações aumentaram a coleta de esgoto na
região metropolitana de São Paulo de 70%
para 87%, de 1992 a 2018. Do total coletado,
o índice de tratamento de esgoto na região
passou de 24% para 78% no mesmo período.
A expectativa da Sabesp é chegar em 2025
com 92% de coleta, considerando os
municípios atendidos, e 91% de tratamento do
total de esgoto coletado, de modo a ampliar
os serviços de tratamento de esgotos para
mais 7 milhões de pessoas.
Para o diretor da Sabesp, Edison Airoldi,
além de chegar na casa dos 90% de coleta e
tratamento de esgoto, o objetivo do projeto
inclui uma melhoria estética do rio Tietê e a
diminuição do mal cheiro. A despoluição do rio
Pinheiros, localizado na cidade de São Paulo e
25
Grupo de Comunicação
que deságua no rio Tietê, é parte importante
do projeto, segundo Airoldi.
“O rio Pinheiros vai ser a nossa grande
experiência e, a partir do conhecimento do
Pinheiros, vamos procurar projetar também
para o Tietê no futuro”. O objetivo, para o rio
Pinheiros, é eliminação do mal cheiro, alcançar
o nível de oxigênio dissolvido na água de 2
miligramas por litro e uma melhora estética.
*Colaborou Eliane Gonçalves, repórter da
Rádio Nacional
http://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/
2019-09/tiete-lembrancas-de-uma-epoca-em-
que-o-rio-nao-era-poluido
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Veículo: Jornal Estação / Free São Paulo
Data: 23/09/2019
Projeto Tietê inclui mais 10 milhões de
pessoas nos serviços de saneamento
http://cloud.boxnet.com.br/y3ywqm6b
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Grupo de Comunicação
Veículo: Jornal Estação / Free São Paulo
Data: 23/09/2019
Governo inicia no ABC obra que levará
tratamento de esgoto a 382 mil pessoas
http://cloud.boxnet.com.br/y6ldbyju
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Grupo de Comunicação
Veículo: Jornal do Porto
Data: 20/09/2019
Cetesb renova por mais cinco anos a
licença de operação do Aterro Sanitário São Vicente
A Prefeitura de Porto Ferreira obteve na
segunda-feira (16/09) a renovação da Licença
de Operação para o Aterro Sanitário São
Vicente, emitida pela Cetesb (Companhia
Ambiental do Estado de São Paulo) até
setembro de 2024.
A licença refere-se aos locais, equipamentos e
processos produtivos do aterro sanitário, que
ocupa uma área total de 121 mil metros
quadrados.
Entre as exigências técnicas emitidas na
licença está a compactação e cobertura com
camada de terra, diariamente, dos resíduos
sólidos domiciliares. Também manter a cortina
vegetal existente com a finalidade de
favorecer o isolamento visual do local.
No aterro são vedadas a disposição de poda
de árvores, entulhos, resíduos de serviço de
saúde e/ou industriais e ainda a queima de
resíduos a céu aberto de qualquer natureza.
Para a emissão da licença foram analisados
aspectos exclusivamente ambientais
relacionados às legislações estaduais e
federais pertinentes.
Fonte: Prefeitura de Porto Ferreira -
Assessoria de Comunicação, Cerimonial e
Eventos
http://www.jornaldoporto.inf.br/index.php/23-
menuprincipal/noticias/6036-cetesb-renova-
por-mais-cinco-anos-a-licenca-de-operacao-
do-aterro-sanitario-sao-vicente
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Veículo: R7 Notícias
Data: 22/09/2019
Dia do Tietê: SP tem desafio para
despoluir 15% dos 1.100 km do rio
Aumento da poluição no rio é tema de
primeira reportagem de série sobre
saneamento. Conheça também Vital da Costa,
que por anos remou no Tietê
SÃO PAULO
Eugenio Goussinsky, do R7
Rio Tietê continua sendo depósito de esgoto na
capital paulista. Edu Garcia/R7
Um dia, no passado, o Rio Tietê já foi um
cenário de beleza e lazer na capital paulista.
Desde sua nascente, em Salesópolis, até onde
deságua, no rio Itapura, divisa com o Mato
Grosso do Sul, o rio ainda resiste em seus
cerca de 1.100 km, apesar de ter 163 km
(15%) como um dos mais poluídos do mundo.
Rio já foi cenário de regatas históricas que
mobilizavam a cidade. Divulgação/Arquivo Histórico
Clube Esperia
A história dos rios se misturam com a das
pessoas. Como elas, há que se fazer
diferenciação entre um e outro. Há os mais
resistentes. Há os que necessitam atenção
especial, por serem diferentes. Únicos,
correndo em direção a um destino.
É o caso do Tietê, especial por correr em
direção ao interior e não ao oceano, como a
grande maioria. Mas, como um velho senhor,
desgastado, introspectivo, abatido, só os que
o conheceram na plenitude o compreendem. O
dia 22 de setembro é considerado o
aniversário do rio, quando se comemora o Dia
do Rio Tietê, sem se referir a uma idade
específica.
Vital da Costa (centro) disputava competições no
rio. Divulgação/Arquivo Histórico Clube
Esperia/Vital da Costa
Nadar ou remar em suas águas era uma das
rotinas mais saudáveis até os anos 50, na
capital paulista, para o sr. Vital da Costa, de
81 anos, nascido em Caicó, sertão do Rio
Grande do Norte.
Tendo chegado a São Paulo aos 18 anos para
trabalhar, ele encontrou no esporte uma
maneira de se relacionar com a cidade. Já
jogava basquete desde os 12 e se apegou ao
remo nas águas paulistas.
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Grupo de Comunicação
Poluição do rio registrou um aumento após três
anos de queda. Willian Moreira/Agência Estado/19-
09-19
“Treinávamos de terça a domingo das 5h45 às
7h20 da manhã, com o barco n’água. Eram
treinos puxados porque havia muitas
competições durante o ano. Tudo culminava
no final de novembro com o Campeonato
Paulista, que era o grande acontecimento do
ano. Nossa rotina era essa, convivendo
diariamente com o nosso Rio Tietê lindo,
arborizado e limpo. Era muito prazeroso na
madrugada sentir o cheiro da natureza”,
lembra.
Tristeza com o rio
O sr. Vital se enraizou em São Paulo.
Conseguiu abrir a própria empresa de cartões
para embalagem e papéis, que tem até hoje,
no Bom Retiro, após trabalhar por 10 anos na
Heidelberg, com máquinas gráficas.
Conheceu sua esposa no clube Esperia, às
margens do rio. Casou-se há 55 anos, teve
três filhas e dois netos. Mas, até hoje, com
todas as conquistas, sente falta daquele rio
que na verdade foi quem melhor ouviu seus
anseios diante da então desconhecida cidade
grande. Agora, Vital se lamenta pelo fato de
ser um dos poucos que ouvem os apelos do rio
doente, sem poder fazer muita coisa além de
torcer pela recuperação do amigo "das
antigas".
“Eu sinto muita tristeza pelo pouco caso
desses governos anteriores, que contribuíram
para deixar este rio maravilhoso nessas
condições, é muito triste.”
Trecho de 163 km do rio está poluído, mantendo
oxigenação em praticamente 0%. Willian
Moreira/Agência Estado/19-09-19
A urbanização e a industrialização ocorreram
de modo caótico, provocando, a partir dos
anos 40, uma degradação que foi afastando
turistas e frequentadores do local. O lixo foi se
acumulando ao longo da margem e as águas
passaram a ser depósito de resíduos e esgoto.
Os mais jovens, hoje, associam o rio à sujeira.
Desde os anos 80, o processo de despoluição
do rio passou a ser um desafio para os
governos. Mas que ainda não foi superado. Em
1993, por exemplo, foi lançado o Projeto
Tietê, financiado pelo BID (Banco
Interamericano de Desenvolvimento) e pelo
BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social), com a promessa de que
o Tietê estaria limpo em 2005.
Em quase 30 anos, foram gastos US$ 2,8
bilhões para ampliação e melhorias do sistema
de esgotamento sanitário de São Paulo, no
projeto de despoluição do rio. Mas ainda este
trecho de 163 km do rio está poluído,
mantendo a oxigenação em praticamente 0%
(o mínimo para a existência de peixes é de
5%), segundo a ONG SOS Mata Atlântica.
Segundo a engenheira ambiental Amanda
Rodrigues Inácio, pesquisadora da Unicamp,
mestre em Engenharia Civil - Saneamento e
Ambiente e coordenadora do Sistema de
Gestão Ambiental do Senac Campinas, o
tratamento de esgoto ainda não é efetivo em
todo o Estado de São Paulo. E todo esgoto,
tratado ou não, tem como disposição final os
rios, conforme ela afirma.
"Primeiramente, precisamos parar de poluir,
ou seja, parar de lançar esgoto neste rio. E
31
Grupo de Comunicação
também é necessário lembrar da importância
de se preservar as áreas de mananciais. Com
o aumento dos aglomerados urbanos, tais
áreas vão sendo ocupadas de forma irregular
e causando danos ao rio também", ressalta.
Investimentos ainda não conseguiram deixar o rio
despoluído. Edu Garcia/R7
A professora Amanda considera o rio Tietê e,
consequentemente, o Pinheiros, exemplos que
ilustram esse problema. Ambos estão
inseridos na Bacia do Rio da Prata.
"A situação em que o rio Tietê se encontra é
resultado de uma série de problemas, que vão
desde a falta de tratamento de esgoto até a
expansão urbana e ocupação de áreas
irregulares."
Tal situação, segundo ela, tem trazido
prejuízos não só para a cidade de São Paulo,
mas para uma região muito mais ampla.
"A poluição do Rio Tietê traz prejuízos sociais,
econômicos e ambientais em âmbito local e
regional, principalmente, considerando que o
rio abrange mais de um município. Tais
prejuízos vão desde a contaminação da água
e, consequentemente, o impedimento de usá-
la para abastecimento público, até mesmo à
impossibilidade de práticas de esporte e lazer,
como era costume há algumas décadas."
Tietê: água verdadeira
Para a Sabesp, a poluição do rio Tietê tem
total relação com a urbanização desordenada
da região metropolitana de São Paulo.
“Ocupações irregulares, sobretudo em áreas
de preservação ambiental, e descarga
clandestina de esgotos residenciais e
industriais, tornam ainda mais desafiadora a
expansão do atendimento sanitário em um dos
maiores aglomerados urbanos do mundo.
Atualmente, de acordo com avaliações do
IBGE, a região metropolitana de São Paulo
possui aproximadamente 19% de sua
população em áreas irregulares”, diz a
empresa em nota, antes da divulgação de
novos números, pela ONG SOS Mata Atlântica.
Mas a empresa argumenta que a situação do
rio já foi muito pior, já que, dentro do Plano
Diretor de Esgotos da região, citado pela
instituição, houve a execução de ligações
domiciliares de esgoto (1,77 milhão) e
instalação de interceptores, coletores-tronco e
redes coletoras de esgoto (4,4 mil km).
“Pode parecer pouco perceptível visualmente,
mas como resultado desse trabalho, a vazão
de esgoto tratado nas estações metropolitanas
saltou de 4 para os atuais 18,7 mil litros por
segundo. Esta diferença de 14,7 mil litros por
segundo equivale ao esgoto gerado por
aproximadamente dez milhões de pessoas –
contingente semelhante à soma da população
do Rio de Janeiro e do Distrito Federal. A
coleta de esgoto que atendia 70% da área
urbanizada da região metropolitana de São
Paulo em 1992 saltou para 87% no final de
2018. E o tratamento dos esgotos ampliou de
24% para 70% do volume coletado”,
completa a Sabesp.
Pelo estudo da SOS Mata Atlântica, divulgado
no dia 18 de setembro último, a mancha de
poluição no Tietê aumentou 34% em 2019 em
relação ao ano anterior. O novo resultado
reverte três anos de melhora da qualidade do
rio. O trecho poluído passou a ser de 163 km,
entre as cidades de Mogi das Cruzes e
Cabreúva, passando pela cidade de São Paulo.
O desafio, portanto, ainda não foi alcançado.
Ainda há muito a ser feito para se conseguir o
que governantes já prometeram: fazer as
pessoas voltarem a nadar no rio, o que
aumentará a qualidade de vida e as receitas
com Turismo na capital. Tietê, em tupi,
significa água verdadeira.
32
Grupo de Comunicação
É com isso que o sr. Vital sonha. Fazer seus
netos desfrutarem do rio como ele um dia
conseguiu fazer. E não se ver como o único
privilegiado em sua família e na cidade que
adotou. Até hoje, quando joga basquete com
os veteranos no Esperia, ouve um murmúrio
vindo lá do rio, como se fosse um morador de
rua pedindo um pouco de atenção.
“Temos que pensar nos nossos jovens, para
que eles desfrutem em breve dessa riqueza
que é o nosso Rio Tietê e que nossa São Paulo
também merece. Como eu sou um caboclo
sonhador nascido no sertão, a despoluição do
rio está caminhando a passos largos e em
uma década nós teremos o nosso rio
maravilhoso, não tem mais saída para
postergar. A população quer”, diz.
O sr. Vital tem fé em que as coisas melhorem
para o velho companheiro. E ele até já sabe o
que faria para comemorar o reencontro.
Entraria com um barco e, suavemente, daria
algumas remadas pelas águas. Seria uma
carícia de agradecimento, por tudo o que o
velho rio um dia deu a este caboclo, que
chegou com tão pouco a São Paulo. E nele
aprendeu a remar o curso da sua própria vida.
A ideia o emociona.
“Seria um grande prazer, se eu ainda estiver
por aqui.”
https://noticias.r7.com/sao-paulo/dia-do-
tiete-sp-tem-desafio-para-despoluir-15-dos-
1100-km-do-rio-22092019
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Arte/R7
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Grupo de Comunicação
Veículo: R7 Notícias
Data: 23/09/2019
Esgoto a céu aberto é tormento para mais
da metade dos brasileiros
"O Brasil é aqui", diz morador da comunidade
Vietnã, onde famílias vivem expostas aos
ratos. Veja na 2ª reportagem da série "O
drama do saneamento"
BRASIL
Eugenio Goussinsky, do R7
Cícera (à direita), ao lado de Kathlin, segura a mão
do neto José Miguel. Edu Garcia/R7/04-09-19
Os 20 anos da paraibana Cícera de Souza, de
51 anos, na cidade de São Paulo, passaram
muito mais rápido do que as águas do córrego
à beira de sua palafita. Em pleno século 21, na
maior metrópole do Brasil, elas continuam as
mesmas: sujas de esgoto, que é jogado das
casas por tubos de PVC improvisados, e se
mistura às sacolas plásticas, pneus, lâminas
de raio-X e até sofás que são jogados no leito.
Tubos de PVC levam todo o esgoto para o rio em
plena capital paulista. Edu Garcia/R7/04-09-19
Cícera veio para a capital paulista em busca
de uma vida melhor. Mas, ao se entrar na
comunidade Vietnã, escondida no bairro do
Jabaquara, onde ela mora, vai se
mergulhando em uma realidade sombria, em
meio a ruelas de pedra, casas apertadas,
sujeira e semblantes que misturam
inconformismo e tristeza. O cenário lembra o
das cidades mais pobres e apertadas, na
África ou no Oriente Médio.
Prefeitura não considera região prioritária,
afirmando se tratar de reocupação. Edu
Garcia/R7/04-09-19
"De que adianta limpar a casa se os vizinhos
não limpam?", diz Cícera, ainda reticente ao
entrar em contato com um estranho.
Ela não conhece outra forma de viver, aqui em
São Paulo, que não seja jogando no rio, um
prolongamento da Avenida Água Espraiada,
todo o esgoto produzido em casa.
"Sempre foi assim, a gente joga, não tem
jeito", diz. No local, assim como em boa parte
do País, não há nenhum sistema de coleta. A
água potável só chegou há sete anos, com
tubos ligados às palafitas, que são casas
construídas em terreno invadido.
34
Grupo de Comunicação
Arte/R7
É uma forma irônica de o governo admitir a
precariedade da região. Libera água para
locais irregulares, mas, no momento de
saneá-los, destaca a impossibilidade com o
argumento de há que dificuldades porque são
irregulares. Enquanto isso, os moradores
praticamente dormem, brincam, choram e
sonham sobre as fezes.
Há uma casa na região, mais afastada do rio,
em que, após as águas transbordarem com a
chuva, há alguns dias, ficou até hoje rodeada
de esgoto, a alguns centímetros de onde
moram um bebê com sua mãe. Já nos tempos
da Grécia antiga eram construídos locais para
depósitos de fezes longe das casas.
No Império Romano, a água também começou
a ser separada do esgoto, com ruas dotadas
de encanamentos e a construção de
aquedutos e de fontes, no intuito de prevenir
doenças.
Dormindo com os ratos
Eis que, mais de 2 mil anos depois, a nora de
Cícera, Kathlin de Oliveira, 21 anos, então, se
aproxima. Desce de seu barraco, pisando com
segurança na madeira bamba, trazendo o
pequeno José Miguel, seu filho, de quase dois
anos, no colo.
O menino, com um blusão, jeans e tênis
simples, tem os olhos atentos e o semblante
sério. A fisionomia dos três revela algum tipo
de abatimento. É como se eles se
envergonhassem de estarem lá.
"A gente coloca repelente no menino, há
muito inseto. À noite os ratos sobem. A gente
limpa, não adianta. O rato sobe na minha
cama, afasto, ele volta. Não consigo dormir,
fico acordada por causa disso", conta Cícera.
Quando chove, a água sobe quase até a porta.
Isso em toda a região, inclusive no asfalto. E
as pessoas ficam confinadas, abafadas em
seus barracos. Na parte de fora, um silêncio
aterrador cai com a noite, cortada por
algumas luzes tímidas, que dão um sinal de
vida nas moradias. O rio continua correndo,
mas mantendo tudo na mesma. O medo e a
vergonha continuam emanando de seu ritmo
monocórdio e insalubre. Os ratos correm pelos
matagais.
As crianças dormem, inocentes. Os adultos,
enquanto tentam descansar, se remexem no
colchão duro, acuados pelo peso do cenário
que os rodeia, tentando se defender da
poluição, não só do rio, mas humana. Eles
dormem esquecidos, marginalizados nas 57
comunidades do Jabaquara, mais voltado para
suas ruas ajardinadas e prédios de arquitetura
moderna.
"Eu sei que a solução é muito difícil. Mas é
preciso união maior do poder público, da
iniciativa privada, da sociedade e da
conscientização de parte da comunidade, para
deixar de jogar sujeira nas ruas e nos rios.
Mas, de uma maneira geral, falta essa união e
um olhar mais humano para a nossa região",
diz o líder comunitário Jhones Rodrigues, 37
anos, que nasceu no bairro.
Sem prioridade
No Brasil, 46% das pessoas estão na mesma
situação de Cícera e seus familiares. Não
contam com nenhum tipo de coleta de esgoto.
O que faz Jhones completar:
“Isso ocorre em São Paulo, em Goiás, em
qualquer Estado. Não tem como fugir, é uma
realidade do nosso País. O Brasil é aqui. E o
pior, em vez de se solidarizar, muita gente de
fora olha para cá com preconceito.”
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Grupo de Comunicação
Casas se sustentam em cima de suportes de
madeira. Edu Garcia/R7/04/09/19
Somente em 2007 foi criada a Lei Nacional do
Saneamento, que já foi modificada, se tornou
um outro projeto de Lei em 2018, que deverá
ser base para um novo marco regulatório para
o setor, a ser aprovado pelos deputados
federais provavelmente ainda neste ano.
Uma das metas de um plano criado a partir da
lei, o Plansab (Plano Nacional do Saneamento
Básico), é universalizar o saneamento para a
população até 2033, algo considerado
impossível pela maioria dos especialistas,
devido ao baixo ritmo dos investimentos.
Esgoto com fezes subiu após cheia e está ao lado
das casas, onde mora um bebê. Edu Garcia/R7/04-
09-19
A Sabesp, em nota, analisa o problema sob
um prisma social.
“A maior complexidade e dificuldade estão
relacionadas às áreas de ocupação irregular
(como a da comunidade Vietnã),
principalmente pela impossibilidade de
atuação da Sabesp nessas regiões. Via de
regra, são ocupações em áreas de risco não
urbanizadas, com dependência das prefeituras
para ações de desocupação e de programas
sociais habitacionais, necessitando de
liberação do poder público para implantação
de infraestruturas de saneamento. Como já
dito, a dinâmica dessas ocupações tem se
acelerado, impactando as propostas de
solução.”
Já a Prefeitura de São Paulo considera que
houve uma reocupação e por isso não vê
prioridade em atuar na área.
"Trata-se de uma reocupação irregular. Em
2011, a Prefeitura realizou remoções no local
devido à Operação Urbana Água Espraiada e
também por determinação judicial, que
sinalizou a área como sendo de risco. Na
época, 192 famílias da Comunidade Vietnã
foram cadastradas pela Secretaria Municipal
de Habitação. Destas, 176 já foram
contempladas com unidades habitacionais. As
famílias que não foram atendidas de forma
definitiva com moradia ainda recebem o
benefício do auxílio-aluguel. A reocupação da
área começou em 2014, se agravando em
2018. Por se tratar de uma área reocupada,
não há prioridade no atendimento das famílias
que vivem hoje na Comunidade do Vietnã,
mas as mesmas podem realizar o cadastro
habitacional da Cohab e aguardar a demanda
de espera por habitação", diz a prefeitura, em
nota.
Sonho com apartamento
Voltemos a Kathlin, parada em frente à sua
casa, tentando descrever como é sua vida.
Observa os arredores, voltada para a parte
baixa da casa, entremeada de madeira e
barro, no barranco do rio. Parece que não tem
para onde olhar, apenas para um ponto no
infinito, que se torna uma tela da imaginação,
o único lugar de onde ela pode vislumbrar o
mundo, sem sair de onde está.
“Agradeço por ter conseguido terminar o
primeiro grau. Mas agora não sei o que quero
fazer. Tenho que cuidar do meu filho. Fico
triste com a situação em que vivemos. Penso
nisso o tempo inteiro. Ôxa, sonhamos muito!
Sonho com uma casa melhor. Vou me sentir
36
Grupo de Comunicação
realizada quando eu morar em um
apartamento”, revela.
O marido dela, José Marcos, filho de Cícera,
sai cedo para atuar como ajudante de
pedreiro, recebendo em torno de R$ 1 mil por
mês e trabalhando 12 horas por dia. Cícera só
deixou de trabalhar como auxiliar de limpeza
por causa de um problema de audição.
“Procuro emprego, mas hoje ninguém me
chama por causa do meu problema”, lamenta.
Na parte asfaltada da região, a palavra
comunidade ganha todo sentido. No comércio
que ainda existe, os moradores se
cumprimentam quando se cruzam.
O sr. João busca solução para o desabamento de
sua casa. Edu Garcia/R7/04-09-19
João Vieira dos Santos, de 60 anos, é outro
líder comunitário. Comunicativo, olhar
vigoroso, vai contando um pouco da história
do local. Há poucos meses, perdeu sua casa
por causa de um desabamento, causado por
um vazamento que não foi consertado da
forma correta, segundo conta.
O senhor mostra o local, no meio da Rua José
Marun Atalla. Ao fundo, um horizonte de casas
dá um toque acinzentado à paisagem com
poucas árvores. Ele diz que recebeu
indenização da Sabesp, de pouco mais de R$
40 mil, para reconstruir o muro, mas, poucos
meses depois, toda a frente desabou, o muro,
a calçada e inclusive a parede da cozinha.
“Quase perdi minha irmã e meu sobrinho.
Nestes anos todos, sempre ajudei a todos.
Agora, pela primeira vez, estou precisando de
ajuda. Perdi minha casa, estão me pagando
um aluguel que está para vencer. Não vou ter
onde morar. Nem tenho como reconstruir a
casa. Sempre trabalhei para políticos, com
carro de som e tudo. Na época de eleição,
todos vêm me procurar, mas agora ninguém
me dá ouvidos. Estou desamparado nesta
situação”, desabafa.
Origem do nome
João, porém, vai apontando outras
dificuldades da região.
“Nas casas altas, o esgoto tem coleta. Nas
baixas, aqui no asfalto, vai tudo para aquele
rio (o mesmo onde existem os barracos). Na
parte com asfalto também temos problemas
com saneamento. E olha esses fios, todos
enrolados naquele poste que está para cair. Já
chamei as autoridades, falaram que não
podem fazer nada agora. Já aconteceram
incêndios graves aqui”, reclama.
Já na rua Atos Damasceno, o Bar do Paraíba é
uma das atrações. Outras são algumas vendas
que oferecem belas frutas da estação. São
como consolos para a dura vida da região.
Outro consolo é o vínculo afetivo entre os
moradores.
Existente até para os que entraram na
criminalidade, que, nesta região são minoria,
mas ainda existem, segundo Jhones.
Hoje a situação está mais tranquila, mas o
nome Vietnã veio nos anos 70, em alusão à
Guerra do Vietnã e para descrever o grau de
violência desta região, já considerada uma das
mais perigosas de São Paulo.
Jhones é um líder dentro da comunidade Vietnã.
Edu Garcia/R7/04-09-19
37
Grupo de Comunicação
Em meio à rotina que não tem como parar, os
moradores da beira do córrego se viram da
maneira que podem. O garoto Marcelo, de
chinelo e bermuda, encontrou um espaço para
coletar o lixo e vendê-lo para reciclagem. É a
maneira de ajudar a família, conta, sem
querer falar mais nada.
Já Cícera se sente aliviada com o fato de
poder falar. Se sente acanhada, não quer tirar
foto, acha que está feia, diz. A conversa
funciona como terapia e faz brotar um sorriso
de seu rosto.
“Pode tirar uma foto, vocês são bonitas,
acreditem”, ouve de seu interlocutor.
Cícera e Kathlin, então, sorriem ainda mais. E
continuam falando, posando, ousando fazer
um pouco do que sempre sonharam. Até o
pequeno João Miguel, enfim, deixa de lado as
desconfianças e dá uma risada.
Naquele momento, eles se esqueceram do que
os cerca. Veem além do que suas vistas
podem alcançar. É como se os pensamentos
deles corressem com o rio até uma nascente
pura. Cícera e sua família saem por instantes
da caverna em que se acostumaram a morar.
O sonho dos moradores é um dia poderem viver
longe da sujeira. Edu Garcia/R7/04-09-19
E se sentem iguais a qualquer um. Com os
mesmos direitos. Direitos humanos. A poluição
daquele rio deixa de ser só delas. Com justiça,
ganha um formato novo, sendo compartilhada
com todos os seres humanos, os que também
poluem com ganância e indiferença.
Então a pureza emerge, acima de tudo,
naqueles sorrisos, com um brilho que torna
aquelas águas tão plácidas e límpidas como no
bosque de uma fábula. Cícera, Kathlin e o
menino José Miguel revelam de súbito a
própria nobreza.
Tão real quanto a dos príncipes e princesas na
Bela Adormecida ou na Branca de Neve. É
como se eles acordassem de um sono
profundo e vissem beleza na luz indiferente do
céu. Refletindo neles mesmos um sopro de
esperança.
“Não posso e não vou ver meu filho crescer
brincando nas margens sujas deste rio”,
promete Kathlin.
Os três sorriem porque, por instantes,
perceberam que a poluição não é um fardo
pertencente apenas a eles. Deve ser dividida
entre todos os humanos. E não somente entre
os fragilizados, como Cícera e tantos
brasileiros, que acabam sufocando a própria
pureza. E se sentindo tão distantes dos outros,
cuja única diferença é simplesmente poderem
dar a descarga.
Fonte: Abcon e Sindcon
Arte/R7
https://noticias.r7.com/brasil/esgoto-a-ceu-
aberto-e-tormento-para-mais-da-metade-dos-
brasileiros-23092019
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38
Grupo de Comunicação
Veículo: Agora São Paulo
Data: 23/09/2019
Rateio da conta de água deve ser
discutido em assembleia
39
Grupo de Comunicação
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40
Grupo de Comunicação
Veículo: Rádio Jovem Pan
Data: 23/09/2019
Governador de São Paulo autoriza
formalização da Sabesp com a Prefeitura
de Guarulhos
RÁDIO JOVEM PAN 620 AM/SÃO PAULO |
Jornal da ManhãData Veiculação: 23/09/2019
às 05h34
Duração: 00:01:34
Sinopse:
O governador João Doria autoriza hoje a
formalização de contrato da Sabesp com a
prefeitura de Guarulhos. Com mais de 1,3
milhão de habitantes, Guarulhos trata apenas
12% do esgoto – situação que acaba
contribuindo para a poluição dos recursos
hídricos de todo o Estado. Na última semana,
o presidente da Sabesp, Benedito Braga,
declarou que grande parte da mancha de
poluição do rio Tietê, que aumentou neste
ano, é ocasionada pelo esgoto de cidade como
Guarulhos. A Sabesp já havia assumido o
fornecimento de água na Sabesp no ano
passado. A assinatura do contrato para tratar
o esgoto ocorre nesta segunda-feira, no
Palácio dos Bandeirantes. Dorai também vai
firmar contrato com municípios por meio do
Fundo Estadual de Recursos Hídricos. E
deve anunciar, ainda, a criação de um comitê
para apoio à gestão ambiental do Estado.
Transcrição
http://cloud.boxnet.com.br/yyreh3pe
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Veículo: Rádio Jovem Pan
Data: 23/09/2019
Sabesp assume tratamento de esgoto em
Guarulhos
Agência Brasil
Com mais de um 1,3 milhão de habitantes,
Guarulhos trata apenas 12% do esgoto
O governador de São Paulo, João Doria,
autoriza nesta segunda-feira (24) a
formalização de contrato da Sabesp com a
prefeitura de Guarulhos. A Companhia vai
assumir o saneamento na maior cidade da
região metropolitana.
Com mais de um 1,3 milhão de habitantes,
Guarulhos trata apenas 12% do esgoto. A
situação acaba contribuindo para a poluição
dos recursos hídricos de todo o Estado.
Na última semana, o presidente da Sabesp,
Benedito Braga, declarou que grande parte
da mancha de poluição do rio Tietê, que
aumentou neste ano, é ocasionada pelo
esgoto de cidades como Guarulhos. “Nós
estamos observando um aumento do consumo
de água. Essa produção vai implicar em um
volume maior de esgoto que será lançado no
rio. Nesses municípios, nós, Sabesp, ainda não
temos estações de tratamento.”
A Sabesp já havia assumido o fornecimento
de água em Guarulhos no ano passado. A
assinatura do contrato para tratar o esgoto
ocorre nesta segunda-feira, no Palácio dos
Bandeirantes.
João Doria também vai firmar compromissos
com municípios por meio do Fundo Estadual
de Recursos Hídricos e deve anunciar ainda a
criação de um comitê para apoio à Gestão
Ambiental do Estado.
*Com informações da repórter Marcella
Lourenzetto
http://cloud.boxnet.com.br/y3zqgpyc
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41
Grupo de Comunicação
Veículo: SP no AR / Rede Record
Data: 23/09/2019
Prefeitura de Guarulhos assina contrato
para tratamento de esgoto
SP NO AR/RECORDTV/SÃO PAULOData
Veiculação: 23/09/2019 às 08h10
Duração: 00:01:43
Transcrição
Guarulhos é a segunda maior cidade paulista
com quase um milhão e meio de habitantes
más por lá só catorze por cento do esgoto é
tratado. Guarulhos tem três estações de
tratamento de esgoto todas funcionam abaixo
da capacidade e que os resíduos que saem das
casas não chegam até lá por falta de
estrutura, nós temos lá de estações de
tratamento de esgoto prontas para operar,
mas a gente não tem a ligação cento colação
milhares de litros de esgoto são despejados o
segundo diretamente no Rio, Guarulhos ainda
é a cidade que mais poluem o Tietê, apesar
dos avanços até o começo de dois mil e
dezessete, apenas dois por cento do esgoto da
cidade era tratado em menos de dois anos
esse volume saltou para cerca de catorze por
cento a Sabesp vai pagar quarenta
milhões de reais à prefeitura de Guarulhos,
pela concessão, o direito a tratar o esgoto da
cidade pelos próximos quarenta anos, a
empresa também vai ficar responsável por
investimentos na rede de saneamento e tem
prazos a cumprir, temos uma meta que até o
final de dois mil e vinte, a gente passa de
catorze por cento de do de do tratado para
quarenta por cento, o Termo de Ajuste de
Conduta com o Ministério Público de São Paulo
prevê que todo o esgoto de Guarulhos seja
tratado até dois mil e vinte seis a um ano a
Sabesp faz o tratamento da água do
município segundo o prefeito, o novo acordo
com a empresa não deve mexer com as taxas
de saneamento pagas pelos consumidores.
Mas isso não será repassado para a conta do
consumidor vai acompanhar sempre os índices
da região metropolitana.
http://cloud.boxnet.com.br/yy3jadup
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42
Grupo de Comunicação
Veículo: ABC Repórter São Caetano do Sul
Data: 21/09/2019
Sabesp inicia obra que ampliará
abastecimento
http://cloud.boxnet.com.br/y45taeof
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43
Grupo de Comunicação
Veículo: Diário do Grande ABC
Data: 21/09/2019
De volta à cadeira, Atila intensifica ações
políticas para tentar resgatar apoio
http://cloud.boxnet.com.br/y3fm5zfn
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44
Grupo de Comunicação
Veículo: Diário de Suzano
Data: 21/09/2019
Preservação do Rio Tietê
http://cloud.boxnet.com.br/yyj5ekcu
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45
Grupo de Comunicação
Veículo: Gazeta Bragantina
Data: 21/09/2019
Cantareira já perdeu 3,2% da água
armazenada em três semanas
http://cloud.boxnet.com.br/y3rve6c8
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46
Grupo de Comunicação
Veículo: Gazeta Bragantina
Data: 21/09/2019
Dia da árvore - pouco a comemorar e
muito a cobrar
Hoje se comemora o Dia da Árvore com o
objetivo principal a conscientização da
preservação desse bem tão valioso. A data,
que é diferente em outras partes do mundo,
em nosso país foi escolhida em razão do início
da primavera, que começa segunda-feira, 23,
no hemisfério Sul.
A árvore tem sido utilizada como símbolo da
natureza e é uma das maiores riquezas
naturais que possuímos. Elas aumentam a
umidade do ar, as matas protegem o solo e
evitam a erosão, reduzem a temperatura
ambiente e produzem sombra e abrigo para
muitos animais.
As árvores plantadas nas cidades, as
denominadas plantas da arborização urbana,
ainda exercem o papel de melhorar o
microclima urbano, evitando as conhecidas
ilhas de calor, além de embelezar o ambiente
cinza dos grandes centros.
Elas são tão importantes que a Lei de Crimes
Ambientais tipificou que maltratar, danificar ou
cortar árvores de logradouros públicos é crime
ambiental, passível de multa e prisão do
agente agressor.
Nesse dia de início da primavera e em
comemoração ao Dia da Árvore é possível ver
muitas escolas organizando plantio simbólico
de espécies nativas do Brasil, da prefeitura
realizar grandes eventos com plantio de
milhares de árvores, no entanto, velhos
problemas de criminosos ambientais
contumazes continuam a assolar nossa terra e
a destruir boa parte do patrimônio arbóreo da
cidade. São inúmeras as árvores das calçadas
que sofrem com a tortura do corte absoluto,
da poda drástica e da falta de manejo e
controle de podas que leva ao gigantismo e
assim condenando-a ao corte.
Como pode-se observar na Rua José
Guilherme, bem abaixo de uma escola, a
esplendorosa árvore devia estar “sujando”
alguma casa e realizaram uma verdadeira
barbaridade, destruindo totalmente essa rica
espécime pela poda drástica.
Outro local onde as árvores foram vítimas da
voracidade desenfreada, foi o Vem Viver.
Nesse loteamento os empreendedores
devastaram um remanescente de cerrado e
para compensar firmaram um TAC (Termo de
Ajuste de Conduta) para plantar um miserável
número de árvores. Se não bastasse isso, as
áreas verdes do loteamento estão minguando,
vítimas do projeto mixuruca de
reflorestamento e também do descaso para
com essas áreas públicas. São depredações,
incêndios e tudo mais com essa pobre área
verde. Ou seja, mais uma vez o crime
ambiental compensa. Você destrói um
remanescente de cerrado, faz um TAC, planta
um punhado de árvores, mantém por um
tempo e depois, vai devastar a natureza em
outras bandas.
Agora, nem de longe os crimes ambientais
ocorrem com tanta frequência quanto na
gestão atabalhoada da Associação de
Proprietários do EUROVILLE I. Essa
Associação, que deveria zelar pelo bem
comum dos seus associados, mais parece um
trator desenfreado ladeira abaixo. Acaba com
tudo pela frente. Já no ano de 2013 (seis anos
atrás) sob a batuta enlouquecida do seu
presidente Tarcisio da Fonseca, a Associação
podou mais de 70 árvores plantadas
exatamente para dar beleza, conforto térmico,
servir de abrigo aos pássaros, entre outras
funções ambientais. Mas não se enganem
47
Grupo de Comunicação
aqueles que pensam, ora foi só uma poda de
manutenção, própria para aquele tipo de
árvore. Que nada. Eles “mutilaram” dezenas
de árvores frondosas, levando quase sua
totalidade a morte. Um crime ambiental de
fazer inveja aos madeireiros ilegais da
Amazônia.
Não bastasse a avassaladora onda de
destruição ambiental das árvores que a essa
Associação provocou no interior do
EUROVILLE, mais atrocidades foram realizadas
pelos seus “entendidos” diretores, beirando o
absurdo. Instalaram um Container para
transbordo de lixo ao lado da estação
elevatória de água potável, numa área de
propriedade da SABESP sem que a mesma
autorizasse. Colocaram em risco centenas de
famílias que poderiam ter sua água tratada de
torneira contaminada com chorume vindo do
lixo inadequadamente instalado. Uma
imbecilidade desse tamanho parece difícil de
acreditar, mas os “doutores de toga”
conseguiram essa façanha. Lógico que a
SABESP tomou conhecimento, de imediato
mandou a Associação retirar o lixo da sua
propriedade. Para finalizar a história,
colocaram todo lixo coletado no EUROVILLE na
área esportiva, do lado da administração da
Associação. Brilhante desfecho, não fosse uma
ação na justiça imposta pela Prefeitura contra
os diretores pela fato, não só da Associação
fazer transbordo de lixo sem licença
ambiental, mas por manter teimosamente em
APP (Área de Preservação Permanente)
do ribeirão do Grimello. Isso mesmo, manter
na sagrada ÁPP um depósito de lixo e entulho.
Mais uma ordem dada pelos “doutores de
plantão”e obedecida a risca pela competente
diretoria da Associação DO EUROVILLE.
Poderia até ser uma nova forma de adubar as
árvores da APP, enriquecer seu solo e o
ribeirão com chorume, NÃO FOSSE TÓXICO E
CRIME AMBIENTAL.
Ainda insatisfeita com sua performance em
degradar o meio ambiente, a entidade
concretou parte da APP de uma nascente,
alegando acessibilidade. Também rendeu
processo na justiça por crime ambiental. O
concreto na APP continua lá, firme e forte,
como se o crime compensasse. A proposta de
piso drenante jamais foi considerada pela
irreverente diretoria.
A Prefeitura tentou por um fim na voracidade
da Associação em degradar o meio ambiente,
firmando alguns TACs com a Secretaria do
Meio Ambiente. Mas pelo jeito nem os TACs
resolveram alguma coisa, quanto a vontade da
Associação em destruir o meio ambiente
cessou, deixando claro sua intenção de cortar
todas as árvores do loteamento. Os famosos
TACs da antiga Secretaria do Meio Ambiente
na gestão do PT parece que não exigiram dos
criminosos os devidos reparos aos danos
perpetrados. As placas indicativas da
reparação dos danos causados pelos
criminosos ambientais, registram em locais
distantes de onde ocorrera a barbárie
ambiental, uma recuperação como se fosse
uma quase atitude benemérita. As placas
falam que naquela área estaria sendo feita
uma obra de recuperação ambiental não
informando ao cidadão,do verdadeiro sentido
punitivo daquele ato. Ou seja, que o criminoso
naquele ato de plantio de árvores estaria
sendo punido, obrigado a fazer o TAC, coisa
que talvez propositalmente não se vê,
ocultando por trás dessas placas, crimes
ambientais hediondos e transformando, de
forma irônica, criminosos em benfeitores
ambientais.
O histórico das manobras da Associação do
EUROVILLE é trágico e aponta inegável dolo,
no sentido de eliminar totalmente a
arborização do loteamento, fazendo TACs e
plantando árvores em outros locais, o que fere
a lei de arborização urbana de loteamento.
Começaram cortando árvores alegando
falsamente que se tratavam de árvores
particulares, o que não é verdade, pois as
árvores pertencem ao sistema municipal de
arborização urbana, plantadas pelo loteador,
por força de lei municipal.
Impedidos de cortar as árvores, os criminosos
ambientais passaram executar “poda drástica”
que é outra forma de destruira arborização
urbana.
Posteriormente, impedidos de praticar a “poda
drástica” passaram a abandonar a
manutenção das árvores, deixando de podar
suas copas, levando ao gigantismo que, por
incomodar casas e fiação elétrica são cortadas
por incompatibilidade com casas existentes.
Enfim uma triste novela, desencadeada em
2011 e maliciosamente praticada, com a
finalidade de eliminar a arborização do
loteamento, que vem tendo sucesso sob a
complacência, que beira a prevaricação, dos
órgãos ambientais municipais.
48
Grupo de Comunicação
E a Prefeitura, que deveria agir com rigor,
diante do fato de que a manutenção da
arborização ser obrigação da Associação pelo
decreto de fechamento, se comporta
condescendentemente com os crimes
ambientais, fazendo TACs inescrupulosos e
deixando de punir os agentes criminosos.
Árvore vítima de poda drástica na rua José
Guilherme
Árvores destruídas pela motosserra
descontrolada da ASSOCIAÇÃO DO EUROVILLE
Placas Ardilosas escondem a verdade sobre os danos ambientais realizados pela ASSOCIAÇÃO DO EUROVILLE, hipocritamente dada como “benfeitora do Meio Ambiente”.
49
Grupo de Comunicação
Areas Verdes/Sistema de Lazer do Loteamento Vem Viver- Local onde existia um remanescente de cerrado e onde se deveria encontrar equipamentos de lazer e árvores frondosas, só se vê lixo, entulho
e um plantio abandonado. Mais um TAC feito para ‘‘inglês ver”. | Arquivo/GB
http://cloud.boxnet.com.br/y4e425qe
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50
Grupo de Comunicação
Veículo: Costa Norte / Bertioga
Data: 21/09/2019
Novas obras reforçam abastecimento de
água
http://cloud.boxnet.com.br/y3fnohjw
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51
Grupo de Comunicação
Veículo: Costa Norte / Bertioga
Data: 21/09/2019
Barracos em área de preservação são
demolidos
http://cloud.boxnet.com.br/y622htkp
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52
Grupo de Comunicação
Veículo: Folha Metropolitana
Data: 22/09/2019
Contrato entre prefeitura e Sabesp para
tratamento de esgotos será assinado na
2ª
http://cloud.boxnet.com.br/y4usx6dk
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53
Grupo de Comunicação
Veículo: O Ouvidor Santa Isabel
Data: 21/09/2019
Moradores jogam cocô no asfalto
http://cloud.boxnet.com.br/y3q3sy26
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54
Grupo de Comunicação
Veículo: O Diário de Mogi
Data: 21/09/2019
Royalties da água
http://cloud.boxnet.com.br/y3f8fot7
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55
Grupo de Comunicação
Veículo: O Diário de Mogi
Data: 21/09/2019
Prefeito contesta críticas do presidente
da Sabesp
http://cloud.boxnet.com.br/y3f8fot7
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56
Grupo de Comunicação
Veículo: Jornal Taperá
Data: 21/09/2019
SOS Mata Atlântica denuncia: mancha de
poluição do Rio Tietê aumenta 41 km em
um ano
57
Grupo de Comunicação
http://cloud.boxnet.com.br/y4b2b4od
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58
Grupo de Comunicação
Veículo: Jornal do Guarujá
Data: 21/09/2019
Obras da Sabesp devem por fim à falta de
água em Vicente de Carvalho
http://cloud.boxnet.com.br/y4djb82c
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59
Grupo de Comunicação
Veículo: Rádio Metropolitana
Data: 21/09/2019
Âncora chama Sabesp de empresa
irresponsável e diz não ter medo da
instituição
RÁDIO METROPOLITANA 101,9 FM/TAUBATÉ |
Radar NoticiosoData Veiculação: 21/09/2019
às 07h44
Duração: 00:01:56
Transcrição
Sabesp, reclamação, água, TV Câmara, diretor
da Sabesp, Procon, filtro, água suja, Governo
do Estado http://cloud.boxnet.com.br/y3bfh9ex
Trecho de audiência pública em que foi
oferecido ao diretor da Sabesp um pouco
da água fornecida pela própria instituição
RÁDIO METROPOLITANA 101,9 FM/TAUBATÉ |
Radar NoticiosoData Veiculação: 21/09/2019
às 08h39
Duração: 00:02:16
Transcrição
Diretor da Sabesp(fala), Governo do Estado de
SP http://cloud.boxnet.com.br/y63k7d6e
Trecho de entrevista em que o âncora
oferece um pouco da água fornecida pela
Sabesp ao diretor da entidade
RÁDIO METROPOLITANA 101,9 FM/TAUBATÉ |
Radar NoticiosoData Veiculação: 21/09/2019
às 08h15
Duração: 00:02:19
Transcrição
População de Taubaté, Sabesp, http://cloud.boxnet.com.br/y5y4qn9y
Âncora encaminha reclamações de
ouvintes quanto a água da Sabesp à
assessora de imprensa do Doria
RÁDIO METROPOLITANA 101,9 FM/TAUBATÉ |
Radar NoticiosoData Veiculação: 21/09/2019
às 08h05
Duração: 00:02:19
Transcrição
http://cloud.boxnet.com.br/yxhzwoax
Âncora enviará ao Procon as reclamações
de ouvintes quanto à água fornecida pela
Sabesp
RÁDIO METROPOLITANA 101,9 FM/TAUBATÉ |
Radar NoticiosoData Veiculação: 21/09/2019
às 07h46
Duração: 00:00:52
Transcrição
Sabesp, água suja, Procon, http://cloud.boxnet.com.br/y5sgd4u5
Ouvinte reclama do gosto da água RÁDIO METROPOLITANA 101,9 FM/TAUBATÉ |
Radar NoticiosoData Veiculação: 21/09/2019
às 07h45
Duração: 00:00:11
Transcrição
Ouvinte Iara, água, gosto ruim http://cloud.boxnet.com.br/y3hu99bm
Registro da Participação de Ouvintes
RÁDIO METROPOLITANA 101,9 FM/TAUBATÉ |
Radar NoticiosoData Veiculação: 21/09/2019
às 07h42
Duração: 00:01:03
Transcrição
Água, Cidade de Deus, filtro do aparelho,
Sabesp, prejuízo, conta de água http://cloud.boxnet.com.br/yxhly6vp
Ouvintes reclamam da má condição da
água fornecida pela Sabesp; Âncora cobra
ação do Governo do Estado
RÁDIO METROPOLITANA 101,9 FM/TAUBATÉ |
Radar NoticiosoData Veiculação: 21/09/2019
às 07h41
Duração: 00:02:55
Transcrição
Ouvinte Elvira(sonora), água suja, mau cheiro,
Sabesp, Governo do Estado, Doria,
governador, Secretaria, Procon http://cloud.boxnet.com.br/y532lx5y
Âncora diz que fará cobrança ao
governador Doria quanto a qualidade da
água fornecida pela Sabesp
RÁDIO METROPOLITANA 101,9 FM/TAUBATÉ |
Radar NoticiosoData Veiculação: 21/09/2019
às 07h35
Duração: 00:01:15
Transcrição
60
Grupo de Comunicação
Água, bairro do São Gonçalo, Sabesp,
governador do Estado, Doria, secretaria do
Doria, Governo de SP http://cloud.boxnet.com.br/y26ea7ak
Ouvinte reclama da péssima condição da
água fornecida pelo Sabesp
RÁDIO METROPOLITANA 101,9 FM/TAUBATÉ |
Radar NoticiosoData Veiculação: 21/09/2019
às 07h33
Duração: 00:02:56
Transcrição
Sabesp, Jardim Continental, água, técnico da
Sabesp http://cloud.boxnet.com.br/y58kt5w2
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61
Grupo de Comunicação
Veículo: Jornal Debates / Lins
Data: 21/09/2019
Divisão da Sabesp de Lins tem novo
gerente
http://cloud.boxnet.com.br/y358zdsq
Prefeitura inicia implantação do projeto
floresta urbana
http://cloud.boxnet.com.br/y4hyfo9v
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62
Grupo de Comunicação
Veículo: RD Repórter
Data: 21/09/2019
Estado inicia obra que levará tratamento
de esgoto a Diadema e São Bernardo
O governador em exercício Rodrigo Garcia
lançou, na manhã deste sábado (21/9), obra
que vai ampliar a coleta e tratamento de
esgoto em São Bernardo e região, para
contribuir diretamente a despoluição da
represa Billings e melhoria da qualidade de
vida da população.
O trabalho consiste na implantação do
Coletor-Tronco Couros, tubulação de grande
porte que vai receber o esgoto gerado por
cerca de 250 mil moradores de São Bernardo
e levá-lo para a estação de tratamento da
região. A obra também encaminhará para a
estação de tratamento os esgotos de 132 mil
moradores de Diadema, totalizando 382 mil
pessoas atendidas.
“A obra vai beneficiar São Bernardo e
Diadema e, principalmente, vai melhorar a
condição da represa Billings”, disse Garcia. O
empreendimento faz parte da terceira fase do
Pró-Billings, o programa da Sabesp que
executa obras para coleta, afastamento e
tratamento de esgoto na região da Billings.
Com a conclusão das três fases do programa,
o índice de tratamento de esgoto de São
Bernardo vai mais que duplicar, passando de
27% para 60%. O CT Couros levará para
tratar o esgoto gerado na própria bacia do
ribeirão dos Couros e também aquele
bombeado da bacia da Billings por meio do
Pró-Billings, além de parte do esgoto
produzido em Diadema.
Os bairros da bacia do ribeirão dos Couros
diretamente beneficiados são Planalto, Jardim
Calux, Parque dos Pássaros, Cooperativa, Vila
Nova Antunes, Jardim Santa Maria, Vila
Soares, Jardim Uenoyama, Loteamento Vila
Santa, Bairro Batistini, Jardim Belas Artes,
Jardim Satélite, Jardim São Jorge, CAISB I,
Comunidade Nova Assunção, Granja Ito,
Jardim Esmeralda, Belita e Nazareth. Além
deles, todos os outros bairros localizados na
bacia Billings em São Bernardo são
beneficiados.
Financiado pela JICA (agência de cooperação
internacional do Japão) e pelo BNDES (Banco
Nacional de Desenvolvimento Econômico e
Social), o CT Couros terá 14 km de extensão,
tendo a maior parte das obras construídas por
Método Não Destrutivo (MND), para causar o
mínimo impacto possível. O investimento na
obra é de R$ 48,5 milhões.
O empreendimento, assim como todo o Pró-
Billings, é fundamental para dar mais
qualidade de vida aos moradores da região. A
melhoria das condições de saneamento
impacta positivamente na prevenção de
doenças de veiculação hídrica, elevando o
Índice de Desenvolvimento Humano (IDH)
local. A conclusão da obra está prevista para
julho de 2021.
http://cloud.boxnet.com.br/y26j2vtc
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63
Grupo de Comunicação
Veículo: Comércio de Franca
Data: 22/09/2019
Litígio entre empreiteiras e Sabesp para
obras de captação de água
http://cloud.boxnet.com.br/y6jwsxvh
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64
Grupo de Comunicação
Veículo: Diário de Mogi
Data: 22/09/2019
Despoluição do rio em ritmo lento
O Rio Tietê recebe cerca de 1,3 bilhão de litros
de esgoto em Mogi das Cruzes por mês. Num
exercício matemático e surreal, a título de
comparação, imagine uma cena proposta por
alguém como o cineasta espanhol Luis Bunuel
(19001983), onde um sujeito abrisse os
registros para drenar a água de 520 piscinas
olímpicas e despejasse os 2,5 milhões de litros
de cada uma delas no manancial que percorre
43 quilômetros do território mogiano. Mas,
coloque freio na imaginação, dentro destas
piscinas não há aquela água azul inspiradora e
refrescante aos olhos de quem acompanha as
competições esportivas, saudáveis. As 520
piscinas reservam dejetos de vasos sanitários,
pias de cozinha e tanques, ralos dos banheiros
e quintais de casas e estabelecimentos
comerciais.
No passado, essa sujeira toda jogada
diariamente no rio já foi bem mais agressiva
no ecossistema vulnerável que passa por Mogi
das Cruzes respirando muito mal, com índices
sofríveis de oxigênio e poucos peixes, o que
lhe confere a qualidade mim de vida, segundo
análises tantos governamentais como não
governamentais, feitas por entidades
ambientalistas. A notícia neste dia do Rio
Tietê: essa poluição está longe de ser
estancada.
O Plano Municipal de Esgotos estima que a
despoluição plena para o aso das águas em
atividades como o abastecimento para o
consumo humano, pesca e recreação, etc,
acontecerá até 2048.
Hoje é um dia dedicado ao principal manancial
paulista, que dá nome ao território geográfico
formado pelo encadeamento das cidades
banhadas a partir dos primeiros filetes
límpidos de água surgidos em Salesópolls.
Pouco mudou no teor das notícias sobre o
futuro doRio Tietê divulgadoumano atrás.
A principal obra em andamento para o avanço
do tratamento de esgoto está atrasada quatro
anos. Trata-se do esgotamentosanitáriodo
Botujuru, que deveria ter sido entregue em
2016 e agora tem previsão final para em
2020. A coleta e 0 tratamento de dejetos do
Botujuru e outros projetos em fase de licitação
ou de aprovação para o financiamento, com
prazos de execução para 24 meses ou mais,
são apostas para se reduzir a quantidade de
esgoto in natura jogado no Rio Tietê e seus
córregos e ribeirões todos os dias.
Com o conjunto de obras, que inclui
0sistemado Ribeirão Ipiranga,e parteda Bacia
doRio Jundiaí, em Jundiapeba, o Serviço
Municipal de Águas e Esgotos pretende
alcançar 67,9% do tratamento e 96% da
coleta dos dejetos domiciliares até 2020. Hoje,
esses índices oficiais são 61% e 95%,
respectivamente (veja quadro e matéria nesta
página).
Há um gargalo na ofensiva governamental
para melhorar a vida do Rio Tietê: desde
1982, quando o Governo do Estado construiu
0 Interceptor Tietê (ITi-10) para levar os
dejetos de grande parte da região central para
a Estação de Tratamento de Suzano, as
interligações entre a rede de esgoto municipal
e 0 canal, obras de responsabilidade da
autarquia municipal, permaneceram
praticamente paradas.
Mesmo assim é 11a ETE de Suzano que são
tratados 236 litros/segundo do esgoto de
Jundiapeba e outras partes menores da região
oeste da cidade, ao custo médio de R$ 900 mil
por mês, pagos pelo Semae à Sabesp
(Companhia de Saneamento Básico do Estado
de São Paulo). A capacidade do tratamento da
unidade de Suzano é de 1,5 mil l/s. Nem todo
0 esgoto de Jundiapeba, que está mais
próxima de Suzano, é tratado hoje.
65
Grupo de Comunicação
Prazo A Prefeitura terá prazo a cumprir para 0
tratamento do esgoto de córregos e ribeirões
que descem para 0 Rio Tietê. Os parâmetros
de um novo acordo a ser firmado entre
aPrefeitura, o Governo do Estado eo Ministério
Público, resultante de uma denúncia aberta
em 2013 pelo Grupo deAção EspecialdoMeio
Ambiente(Gaema) estáemprocesso de revisão
(veja matéria à página3).
Em 2013, sobreessadenúncia de prática
danosa ao meio ambiente, em uma
reportagem publicada por O Diário, o Semae,
então conduzido por Marcus Melo, agora
prefeito, previa tratar plenamente o esgotoaté
2035, e até 2021, alcançar a ousada meta de
chegar aos 83,69%. Nesta semana, a
Prefeitura voltou a afirmar que espera atingir
essa marca daqui a dois anos.
Terá de correr para isso. Eo que demonstra o
recorte dado por obras em andamento como a
do esgotamento do Botujuru, que está com
atraso de quatro anos.
O primeiro Plano Municipal de Esgotos foi
revisado e alterou a meta de tratamento pleno
para 2048.
Hoje, para atingir os 6,9% a mais da
despoluição, o Semae espera a conclusão de
processos de financiamento junto ao governo
federal. Alguns em andamento há seis anos.
Essa demora trai as expectativas lançadas e
mantém o Rio Tietê em estado de quase
morte, como demonstrou nesta semana, a
maisnovapesquisa Observando o Tietê 2019,
da Fundação SOS Mata AÜântica. A pesquisa
se mantém inalterada, com a classificação
ruim das águas do manancial em Mogi das
Cruzes, e regular nas cidades de Biritiba Mirim
e Salesópolis.
Apesar disso, poderia ser ainda pior. Em
especial, quando se nota quanto a cidade
cresceu nos últimos 10 anos. O Semae conta
com a modernização da legislação, que
impede a expansão imobiliária sem 0
tratamento da rede de esgoto. Todo novo
empreendimento nasce com 0 sistema de
tratamento próprio. Esse fato, e a ampliação
da coleta e o tratamento, com 0 aumento do
conjunto de estações elevatórias para o
bombeamento do esgoto para o tratamento de
9 para 35 e outras obras são destacados pelo
diretor do Semae, Glauco Luiz Silva. “Houve
uma melhora grande desde 2000, quando
apenas 0,5% do tratamento acontecia”, diz,
elegendo as duas principais dificuldades
existentes para se atingir 0 tratamento pleno:
a falta de recursos financeiros eo tempo para
a elaboração, aprovação e execução dos
projetos.
ESFORÇO Mogi tem projetos para reduzir o
volume de esgoto in natura jogado no Rio
Tietê e em seus córregos e ribeirões todos os
dias, mas faltam recursos e tempo
ELIANE JOSÉ
http://cloud.boxnet.com.br/y6oqb74n
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66
Grupo de Comunicação
Veículo: Diário de Mogi
Data: 22/09/2019
ETE de Suzano recebe parte do esgoto
de Mogi
http://cloud.boxnet.com.br/y6oqb74n
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67
Grupo de Comunicação
Veículo: Marília Notícias
Data: 20/09/2019
Prefeitura disponibiliza área para o descarte de entulhos ? Marília Notícia
O Prefeito Daniel Alonso, por meio da
Secretaria Municipal do Meio Ambiente e de
Limpeza Pública, disponibilizou uma área na
estrada vicinal de Avencas, próxima ao antigo
aterro sanitário, para que os caçambeiros
possam fazer o descarte de entulhos. Durante
muitos anos esse foi um grande problema
para a cidade de Marília e agora parte para
uma solução.
O chefe do Executivo recebeu na manhã desta
sexta-feira, dia 20, no auditório da Prefeitura
(2º andar do Paço Municipal), a diretoria da
Amelca (Associação Mariliense das Empresas
de Locação de Caçambas) e também os
representantes da Cetesb (Companhia
Ambiental do Estado de São Paulo), Rafael
Carrion Montero (gerente interino) e
Massanori Tsujiguchi (gestor ambiental).
O encontro contou também com as presenças
dos vereadores Marcos Rezende (presidente
da Câmara), Cícero do Ceasa, Evandro Galete,
Professora Daniela e João do Bar; além dos
secretários municipais Vanderlei Dolce (Meio
Ambiente e Limpeza Pública), Márcio Augusto
Spósito (Chefe de Gabinete), Dr. Alysson Alex
Souza e Silva (Assessor Especial de Governo)
e Cássio Luiz Pinto Júnior (Administração).
Durante a reunião, que contou com 27
empresas de caçambas, foi firmada uma
parceria entre a Prefeitura, a Amelca e Cetesb.
Além da cessão da área para o descarte de
entulhos por até 1 ano, a Prefeitura irá
disponibilizar dez funcionários a partir de
terça-feira (24) e durante 30 dias para dar
início e auxiliar a Amelca na triagem desse
material.
Depois desse período de 30 dias de ajuda da
Prefeitura até o final do ano, a Amelca
unicamente ficará responsável por esse
trabalho de separação do lixo. Ficou decidido
que paralelamente a esses processos, será
aberto um processo licitatório para que uma
empresa compre um novo terreno e possa
fazer a gestão desses resíduos, já que o local
que serão acomodados os entulhos tem vida
útil de até 1 ano.
A Prefeitura também se comprometeu e ficou
responsável pela fiscalização do local,
destinação final do lixo separado, mantendo
uma máquina para realizar o trabalho. Todos
os caçambeiros presentes aceitaram a
proposta.
O prefeito Daniel Alonso disse que o encontro
foi bastante positivo. 'Certamente que sim.
Fizemos uma proposta à Amelca,
disponibilizando a área, a máquina e dez
funcionários para ajudar na separação desse
material. Eles terão um prazo para atender às
exigências da Cetesb no que diz respeito a
triagem do material. Se não conseguirem, a
Prefeitura propõe fazer esse serviço com a
cobrança de uma taxa, mas tenho certeza que
eles conseguirão executar o trabalho. É um
problema que acontece há muitos anos em
Marília e que agora estamos solucionando em
parceria com a associação.'
O presidente da Câmara, Marcos Rezende,
parabenizou a gestão do prefeito Daniel
Alonso, em resolver um problema antigo na
cidade. 'Só tenho que parabenizar o prefeito
Daniel e o secretário Vanderlei pelo
pragmatismo e celeridade para equacionar um
problema que se alastrava há muito tempo,
dialogando com a Cetesb e com os
caçambeiros. A Câmara esteve presente e deu
todo apoio às resoluções. Tão logo o projeto
chegue ao Legislativo, vamos procurar ser o
mais breve possível na tramitação para que
possamos resolver definitivamente essa
questão. Por isso, parabenizo a administração
do prefeito Daniel, que resolveu com
competência um problema que vinha
acontecendo há muito tempo.'
68
Grupo de Comunicação
Já o presidente da Amelca, Gustavo Abólis,
saiu satisfeito da reunião. 'Ficamos satisfeitos
com a decisão da Prefeitura. Somos gratos
pelo diálogo e pela abertura dados pela
administração junto com a Cetesb, pois
sabemos quais são as responsabilidades de
todos na questão do descarte do entulho.
Temos que manter essa parceria para
buscarmos uma solução também a longo
prazo.'
https://marilianoticia.com.br/prefeitura-
disponibiliza-area-para-o-descarte-de-
entulhos/
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69
Grupo de Comunicação
Veículo: Rádio SAT FM
Data: 20/09/2019
A cidade realizará a 3ª Conferência de Política para Mulheres para debater
‘avanços e desafios’
A Secretaria de Políticas para Mulheres realiza
a 3ª Conferência Municipal que irá debater
ações, projetos e normativas para o setor. O
evento será no dia 28 de setembro, aberto ao
público e a partir das 9h no Instituto Federal
de São Paulo – campus Itaquá, localizado na
Rua Primeiro de Maio, 500, bairro Estação.
Além disso, também vão empossar os novos
integrantes do Conselho Municipal de Políticas
para Mulheres.
O tema da conferência é “Garantia e Avanços
dos Direitos das Mulheres: Democracia,
Respeito, Diversidade e Democracia”. No
mesmo dia serão empossados os conselheiros
municipais. A palestrante convidada é Soninha
Francine. Professora, jornalista, escritora e
palestrante. Em 2008 e 2012 disputou a
prefeitura de São Paulo. Foi Subprefeita da
Lapa, membro do Conselho de Administração
da Cetesb – Companhia Ambiental do
Estado de São Paulo e Secretária Municipal
de Assistência e Desenvolvimento Social, entre
outras funções públicas. Atualmente exerce
seu segundo mandato como vereadora. É
integrante da Comissão Extraordinária do Meio
Ambiente, da Comissão Extraordinária de
Turismo, da Comissão de Orçamento e
Finanças e da Mesa Diretora da Câmara
Municipal de São Paulo.
Na sequência os participantes irão se reunir
em grupos para discutir, separadamente, os
seguintes temas: “Avanços e Desafios do
Papel do Estado na gestão das Políticas para
Mulheres”; “Propostas de estrutura,
interrelações, instrumentos de gestão,
recursos, política nacional de formação,
estratégias de institucionalização,
regulamentação e implementação do sistema”
e “Avanços e desafios e enfrentamento às
violências, saúde integral, trabalho, autonomia
econômica, participação nos espaços de poder
e decisão, educação para igualdade e
diversidade”.
A primeira dama e secretária de Política para
Mulheres, Joerly Nakashima, a dona Jô,
enfatiza a importância da participação da
população em compor as propostas e auxiliar
na construção de projetos e sugestões para
aprimorar as ações. “Queremos que toda a
população se aproprie dessa causa e seja
protagonista das políticas em prol das
mulheres”.
Com informações: Prefeitura de
Itaquaquecetuba
http://www.radiosatfm.com.br/blogue/itaqua-
a-cidade-realizara-a-3a-conferencia-de-
politica-para-mulheres-para-debater-avancos-
e-desafios/
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70
Grupo de Comunicação
Veículo1: Portal Mariliense
Veículo2:Prefeitura de Marília
Data: 20/09/2019
Prefeitura disponibiliza área para o descarte de entulhos e firma parceria
com Amelca
Encontro no auditório da Prefeitura contou
com presenças de vereadores e
representantes da Cetesb
O Prefeito Daniel Alonso, por meio da
Secretaria Municipal do Meio Ambiente e de
Limpeza Pública, disponibilizou uma área na
estrada vicinal de Avencas, próxima ao antigo
aterro sanitário, para que os caçambeiros
possam fazer o descarte de entulhos. Durante
muitos anos esse foi um grande problema
para a cidade de Marília e agora parte para
uma solução.
O chefe do Executivo recebeu na manhã desta
sexta-feira, dia 20, no auditório da Prefeitura
(2º andar do Paço Municipal), a diretoria da
Amelca (Associação Mariliense das Empresas
de Locação de Caçambas) e também os
representantes da Cetesb (Companhia
Ambiental do Estado de São Paulo), Rafael
Carrion Montero (gerente interino) e
Massanori Tsujiguchi (gestor
ambiental).caçambeiros3
O encontro contou também com as presenças
dos vereadores Marcos Rezende (presidente
da Câmara), Cícero do Ceasa, Evandro Galete,
Professora Daniela e João do Bar; além dos
secretários municipais Vanderlei Dolce (Meio
Ambiente e Limpeza Pública), Márcio Augusto
Spósito (Chefe de Gabinete), Dr. Alysson Alex
Souza e Silva (Assessor Especial de Governo)
e Cássio Luiz Pinto Júnior (Administração).
Durante a reunião, que contou com 27
empresas de caçambas, foi firmada uma
parceria entre a Prefeitura, a Amelca e Cetesb.
Além da cessão da área para o descarte de
entulhos por até 1 ano, a Prefeitura irá
disponibilizar dez funcionários a partir de
terça-feira (24) e durante 30 dias para dar
início e auxiliar a Amelca na triagem desse
material.
Depois desse período de 30 dias de ajuda da
Prefeitura até o final do ano, a Amelca
unicamente ficará responsável por esse
trabalho de separação do lixo. Ficou decidido
que paralelamente a esses processos, será
aberto um processo licitatório para que uma
empresa compre um novo terreno e possa
fazer a gestão desses resíduos, já que o local
que serão acomodados os entulhos tem vida
útil de até 1 ano.
A Prefeitura também se comprometeu e ficou
responsável pela fiscalização do local,
destinação final do lixo separado, mantendo
uma máquina para realizar o trabalho. Todos
os caçambeiros presentes aceitaram a
proposta.
caçambeiros2O prefeito Daniel Alonso disse
que o encontro foi bastante positivo.
“Certamente que sim. Fizemos uma proposta à
Amelca, disponibilizando a área, a máquina e
dez funcionários para ajudar na separação
desse material. Eles terão um prazo para
atender às exigências da Cetesb no que diz
respeito a triagem do material. Se não
conseguirem, a Prefeitura propõe fazer esse
serviço com a cobrança de uma taxa, mas
tenho certeza que eles conseguirão executar o
trabalho. É um problema que acontece há
muitos anos em Marília e que agora estamos
solucionando em parceria com a associação.”
O presidente da Câmara, Marcos Rezende,
parabenizou a gestão do prefeito Daniel
71
Grupo de Comunicação
Alonso, em resolver um problema antigo na
cidade. “Só tenho que parabenizar o prefeito
Daniel e o secretário Vanderlei pelo
pragmatismo e celeridade para equacionar um
problema que se alastrava há muito tempo,
dialogando com a Cetesb e com os
caçambeiros. A Câmara esteve presente e deu
todo apoio às resoluções. Tão logo o projeto
chegue ao Legislativo, vamos procurar ser o
mais breve possível na tramitação para que
possamos resolver definitivamente essa
questão. Por isso, parabenizo a administração
do prefeito Daniel, que resolveu com
competência um problema que vinha
acontecendo há muito tempo.”
Já o presidente da Amelca, Gustavo Abólis,
saiu satisfeito da reunião. “Ficamos satisfeitos
com a decisão da Prefeitura. Somos gratos
pelo diálogo e pela abertura dados pela
administração junto com a Cetesb, pois
sabemos quais são as responsabilidades de
todos na questão do descarte do entulho.
Temos que manter essa parceria para
buscarmos uma solução também a longo
prazo.”
marilia.sp.gov.br/prefeitura/prefeitura-
disponibiliza-area-para-o-descarte-de-
entulhos-e-firma-parceria-com-amelca/
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72
Grupo de Comunicação
Veículo: Diário do Grande ABC
Data: 20/09/2019
Filho de Sagui em extinção nasce no
zoo
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=31466122&e=577
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73
Grupo de Comunicação
Veículo: Diário do Alto Tietê/Mogi News
Data: 22/09/2019
Condição da água do Tietê é cada vez
mais preocupante
No dia reservado para celebrar a sua
existência, especialistas alertam para o
estágio avançado da poluição do rio
Lilian Pereira
Ao trafegar pela Marginal do Tietê, na capital,
é inevitável não refletir sobre um dos rios
mais importantes do Estado de São Paulo: o
Tietê. O cheiro forte da poluição e diversos
resíduos descartados diretamente no rio o
tornam completamente impróprio para o uso,
no entanto, esse cenário, que parece ter início
apenas no trecho da capital, está longe de ser
verdade. Da área urbanizada em Biritiba
Mirim, cidade vizinha de Salesópolis, onde
está localizada a nascente do rio, até chegar
em Itaquaquecetuba, o Tietê vai perdendo
oxigênio e acaba 'morrendo'. É dessa maneira
que define o biólogo e educador ambiental da
Fundação SOS Mata Atlântica, Cesar Pegoraro.
Apesar de não ser classificado como um dos
rios mais bonitos do Estado, hoje, o dia é
voltado especialmente a ele, para a realização
de ações educativas e sociais sobre sua
importância para a sociedade. 'Vemos várias
práticas acontecendo próximas ao rio Tietê,
desde pesca, água para irrigação e
encontramos uma relação amistosa de barcos,
pessoas à margem do rio, mostrando que ele
tem ainda uma saúde que permite esses usos
múltiplos. Mas quando chegamos no centro
urbano de Biritiba, vemos impactos maiores e,
já em Mogi, o impacto é relativamente grande.
Então, pouco a pouco, ele vai perdendo essa
característica e quando chega em Itaquá é um
rio comprometido', explicou Pegoraro. Se
comparado com outros rios brasileiros, o Tietê
termina no interior do Estado, e não no
oceano, como normalmente ocorre com outros
cursos de água. Para se ter uma ideia, a
nascente, em Salesópolis, está a 1.120 metros
de altitude da Serra do Mar e pela localização
do rio, ele foi utilizado pelos índios e
bandeirantes para acessarem os diversos
caminhos ao longo do percurso.
'É uma questão cultural não só da população,
mas do Poder Público também. Achamos
muitas vezes que a água está ali para nos
atender, mas se não tivermos uma estrutura
que cuide dos nossos resíduos, não vamos
conseguir sair dessa situação', afirmou o
biólogo. De acordo com o levantamento
divulgado pela SOS Mata Atlântica nesta
semana, por meio do relatório Observando o
Tietê - 2019, das cidades do Alto Tietê por
onde o rio passa, em nenhuma delas a
qualidade da água é considerada boa. Em
Arujá, Biritiba Mirim, Ferraz de Vasconcelos,
Mogi das Cruzes e Suzano há pontos que
estão em situação regular.
O que mais preocupa é que nestas mesmas
cidades há cinco pontos de medição onde foi
constatada a qualidade ruim. A SOS Mata
Atlântica também alerta que o trecho morto
do rio alcançou a marca de 163 quilômetros
este ano, um aumento de 33,6% em relação
ao ano passado, quando o trecho era de 122
quilômetros. Ainda hoje, o secretário de
Estado do Meio Ambiente, Marcos Penido,
estará em Salesópolis para assinar a
autorização para o início dos estudos que irão
apontar as possibilidades de compensação
financeira aos municípios produtores de água.
O assunto é debatido pelo Consórcio de
Desenvolvimento dos Municípios do Alto Tietê
(Condemat) há alguns meses, já que o Alto
Tietê se encaixa nessa situação.
Estudo da SOS Mata Atlântica aponta que
mancha de poluição do Tietê já alcançou 163
quilômetros de extensão
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=31471547&e=577
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74
Grupo de Comunicação
Veículo: Diário do Grande ABC
Data: 22/09/2019
Família Feliciano, por exemplo, já
está na quarta geração de pescadores; poluição faz parte do cenário diariamente
YASMIN ASSAGRA
'Quando meus pais saíam para pescar, eu ia
dormindo dentro de uma caixa usada para
colocar peixes'. Assim o pescador Ednilson
Feliciano Hessel, 47 anos, lembra histórias
contadas pela família nos dias de pesca às
margens da Represa Billings. Em pleno século
21, um dos mais antigos trabalhos do mundo,
a pesca artesanal sobrevive e é realidade para
pelo menos 400 famílias que retiram do
manancial, responsável pelo abastecimento de
1,2 milhão de pessoas no Grande ABC, seu
sustento diariamente. Morador do bairro
Chácara Capivari, em São Bernardo, Ednilson
é um dos muitos casos de pescador que
herdou do pai a profissão de maneira natural.
Atualmente, também trabalha na Balsa João
Basso, que faz a ligação da região do Riacho
Grande com bairros do pós-balsa. Porém, sua
paixão é a pesca. 'Desde pequeno já sabia que
não iria fazer outra coisa que não fosse ligada
à pesca. Esse silêncio da represa, o trabalho
em si, fazem parte da minha vida e de toda
geração da família, inclusive dos meus dois
filhos, que já estão seguindo essa profissão.'
A paixão pelo ofício começou aos 9 anos e até
hoje a rotina permanece: armar as 30 redes
de pesca entre 14h e 18h, para recolher no dia
seguinte, a partir das 5h. 'Já conhecemos os
lugares certos para colocar as redes e buscar
no outro dia. Todo esse trabalho nos motiva e
nos enche de orgulho'. Os pescador ainda
conta que as espécies mais comuns pescadas
no local são traíras, tilápias, lambaris e
acarás. 'Quando temos sorte, as carpas
pescadas alegram nosso dia.' Hoje em dia, a
companheira de pesca de Ednilson é sua mãe,
Yolanda Feliciano, 62, pois sua mulher,
Elisângela Roberta da Costa, 41, precisou se
afastar devido a uma hérnia de disco e
recentemente passou pela quarta cirurgia. 'Ela
(mulher) sempre ia comigo, mas a pesca
também tem seus problemas. Por exemplo,
dores na coluna e nos ombros são os
principais, pois o trabalho exige muita força',
explicou o pescador.
A pescadora Yolanda disse que, além das
dores na coluna geradas pela pesca, outro
problema é frequente na Billings: a pesca
irregular. Muitas vezes, os turistas que
percorrem as áreas de pesca utilizadas pelos
profissionais do local, causam tumultos com a
vigilância da região e até mesmo roubam
redes. 'Ainda existe certo preconceito para
quem não conhece nossa história. Não sabem
que vivemos disso e é nosso trabalho diário.
Por isso, as redes que estão na represa
possuem uma identificação, o que significa
que a pessoa que a colocou lá tem autorização
para usar o equipamento na pesca. Se não
tiver, não pode pescar', explicou. O pai de
Ednilson, Benedito Bueno, 67, já se aposentou
da pescaria, justamente por causa de
problemas na coluna. No entanto, afirmou que
o amor pelo que fazia não morre, e que sente
saudade de exercer a profissão. 'Sei que meus
dois filhos e cinco netos vão seguir essa linda
profissão. Quando tinha 7 anos, lembro que
fugia de casa, a qualquer hora do dia, para
acompanhar meu pai e meu avô nas viagens
pela represa', lembrou o pescador. Benedito
disse ainda que antigamente não teve
oportunidade de ir à escola e, por isso,
dedicou mais tempo à profissão. 'Parei de
estudar porque tinha de caminhar pelo menos
12 quilômetros por dia. Desde então me
empenhei na pesca e construí minha história.'
Em março, o Diário publicou sobre a morte de
milhares de peixes, de diversos tamanhos e
espécies, na Represa Billings. O incidente, na
altura do km 28 da Rodovia dos Imigrantes,
em São Bernardo, chamou a atenção de
pescadores, ambientalistas e da Cetesb
(Companhia Ambiental do Estado de São
Paulo), que detectou que o problema foi
causado pela presença de substância marrom,
não identificada, mas que pode ter causado a
75
Grupo de Comunicação
mortandade. Para a família Feliciano, apesar
de notarem a diminuição nas regiões de pesca
da represa, a poluição ainda está entre os
problemas listados por eles. Vasos quebrados,
pedaços de madeira, copos plásticos e outros
objetos amanhecem grudados à redes de
pesca dos profissionais, dificultando o ofício
diariamente. 'Precisamos sempre tomar
cuidado para colocar as redes da água, assim
como na hora de retirar, pois quase sempre
galhos e outros objetos ficam presos na
malha. E não é só na água, pois nas margens
da represa também presenciamos muita
sujeira. De uns tempos para cá percebemos
que deu uma boa melhorada, mas sabemos
que a poluição ainda é uma realidade, não só
aqui, mas também em muitos outros lugares
onde a pesca ainda está presente', comentou
Ednilson.
ATO INFRACIONAL
ROTINA. Ednilson já tem 38 anos dedicados à
pesca na Represa Billings; aprendizados que
teve com pai e avô hoje servem para que ele
tire o sustento para a família e passe aos dois
filhos
Nem tudo que cai na rede é peixe, comenta
pescador sobre poluição
A prática de atos discriminatórios por motivo
religioso é, a partir de agora, passível de
punição no Estado de São Paulo. As penas
variam de advertência a multa. O texto foi
publicado anteontem no Diário Oficial do
Estado.
A Secretaria da Justiça e Cidadania, por meio
do Fórum Inter-Religioso para uma Cultura de
Paz e Liberdade Crença, acolherá as denúncias
por meio da sua Ouvidoria. Os conflitos
poderão ser resolvidos via mediação. Nos
casos em que não há conciliação, será
instaurado processo administrativo, informou
a Assessoria de Comunicação da Secretaria da
Justiça. A campanha é permanente, e as
denúncias podem ser feitas no e-mail de-
religiosa@ justica.sp.gov.br ou no tele-
Polícia apreende grande quantidade de droga
em Santo André
A Polícia Militar apreendeu na manhã de
ontem, grande quantidade de drogas, entre
maconha e cocaína, na Rua Antônio Fagundes,
no Sítio dos Vianas, em Santo André. Os
agentes receberam informação sobre suposto
tráfico de drogas na região e, no local,
avistaram um indivíduo com as características
relatadas. O suspeito, um adolescente, tentou
fugir pela mata, mas foi capturado,
carregando na bolsa 88 embrulhos de plástico
contendo maconha, 45 contendo cocaína, 59
com cocaína sólida e cinco frascos de vidro
contendo - possivelmente - lança-perfume. O
indivíduo foi encaminhado ao 6º DP (Distrito
Policial) da cidade. da Redação
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=31466289&e=577
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76
Grupo de Comunicação
Veículo: O Imparcial
Data: 22/09/2019
Prudente receberá SP+Perto no 2º
semestre de 2020
Secretário estadual de Desenvolvimento
Regional, Marco Vinholi, esteve ontem na
cidade para apresentar a iniciativa
No fim do mês passado, durante uma reunião
em Presidente Prudente, o secretário estadual
de Desenvolvimento Regional, Marco Vinholi,
informou que o município seria uma das 15
cidades paulistas a receber uma unidade
integrada do SP+Perto. Na manhã de ontem, o
chefe da pasta voltou ao município para
anunciar o efetivo. O programa, que
funcionará no prédio do DER (Departamento
de Estradas de Rodagem), na Rodovia Raposo
Tavares (SP-270), tem previsão para ser
iniciado no segundo semestre de 2020.
A iniciativa funcionará no “padrão
Poupatempo” na prestação de serviços de
diversos órgãos públicos que serão utilizados
por autoridades municipais, empreendedores e
população em geral. E o objetivo do SP+Perto
é propiciar maior rapidez e eficiência para as
prefeituras das cidades da região em seus
trâmites com a gestão estadual. “O objetivo
central do programa será propiciar maior
rapidez e eficiência para as prefeituras da
região administrativa de Prudente, em seus
trâmites e tratativas com a gestão estadual”,
afirma o secretário.
A unidade é a quarta de uma série em todo o
Estado. Nela, os órgãos públicos que terão os
serviços no local serão: Agricultura e
Abastecimento; Desenvolvimento Econômico;
Desenvolvimento Regional; Desenvolvimento
Social; Esportes; Fazenda; Habitação e CDHU
(Companhia de Desenvolvimento Habitacional
e Urbano); Infraestrutura e Meio
Ambiente; Cetesb (Companhia Ambiental
do Estado de São Paulo), DAEE
(Departamento de Águas e Energia
Elétrica); Justiça: Fundação Itesp (Instituto
de Terras de São Paulo); Ipem (Instituto de
Pesos e Medidas) e Procon (Proteção e Defesa
do Consumidor); e Sucen (Superintendência
de Controle de Edemias). O prédio, no
entanto, continuará a abrigar o DER.
http://www.imparcial.com.br/noticias/-
prudente-recebera-sp-perto-no-2-semestre-
de-2020,29512
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77
Grupo de Comunicação
Veículo1: R7
Veículo2: Você gosta de resenha
Data: 22/09/2019
Dia Mundial Sem Carro: trânsito é o vilão da qualidade do ar
Aumento da frota e ruas cada vez mais
lotadas fazem dos escapamentos um problema
maior do que as chaminés de fábricas
O Dia Mundial Sem Carro acontece neste
domingo (22) e tem como objetivo
conscientizar sobre a relação do uso de veículo
com a má qualidade do ar. A data foi criada
em 1997 na França e é celebrada em diversos
países, inclusive no Brasil.
Os meios urbanos são responsáveis por cerca
de 70% das emissões globais de CO2,
segundo dados da ONU Habitat. De acordo
com dados do Detran de São Paulo, em abril
deste ano a capital paulista tem
aproximadamente 9 milhões de veículos
automotores, sendo 6,2 milhões automóveis.
Apesar da imagem de uma chaminé de uma
fábrica lançado fumaça na atmosfera ser algo
mais impactante do que ver o escapamento de
um motor em funcionamento, os carros
contribuem muito para uma qualidade do ar
ruim.
"Os carros são os principais responsáveis pela
poluição nas grandes cidades, devido ao
aumento da frota e a piora no trânsito",
explica o gerente do departamento de apoio
operacional da CETESB (Companhia
Ambiental do Estado de São Paulo), Carlos
Lacava.
Chaminés de fábricas parecem poluir mais,
mas perdem a disputa para os escapamentos
Chaminés de fábricas parecem poluir mais,
mas perdem a disputa para os escapamentos
Pixabay
Os dados divulgado em 2017 pela SEEG
(Sistema de Estimativas de Emissões de Gases
de Efeito Estufa), que calcula as emissões
brasileiras de gases causadores do
aquecimento global, apontam que o transporte
foi o principal emissor de poluentes do setor
de energia (48%), seguido pelo consumo
energético na indústria (15%) e pela geração
de eletricidade (14%).
"O atual padrão de mobilidade vigente nas
cidades, centrado no uso do automóvel,
produz efeitos negativos para sociedade,
como: violência no trânsito, poluição do ar,
elevados níveis de ruído, pressão sobre o uso
do espaço urbano escasso e construção de
espaços públicos hostis", afirma o coordenador
da área de emissões do IEMA (Instituto de
Energia e Meio Ambiente), David Tsai.
Para a professora do Instituto de Geociências
da Unicamp e Coordenadora do LEVE
(Laboratório de Estudos do Veículo Elétrico)
Flávia Consoni, o Dia Mundial Sem Carro tem
sua importância na conscientização da
população. " Este é um momento para que as
pessoas vivenciem mais a cidade, a paisagem
urbana e possam fazer uso de outros meios de
mobilidade, como andar a pé, de bicicleta, de
patinete e de transporte público".
Quando se analisa a intensidade de emissões
de gases do efeito estufa por passageiro e
quilômetros percorrido, automóveis continuam
com a maior parcela das emissões (65,8%),
motocicletas com 35,6% e ônibus urbano, com
17%. Isso ocorre porque os ônibus
transportam um maior número de pessoas e
suas emissões totais são divididas entre todos
os ocupantes.
"O Dia Mundial Sem Carro é um ótimo
laboratório, adequado para fazer experiência
de um dia sem carro, medir emissões e trazer
novas impressões e vivencias para as
pessoas", diz professora da Unicamp.
https://noticias.r7.com/tecnologia-e-
ciencia/dia-mundial-sem-carro-transito-e-o-
vilao-da-qualidade-do-ar-22092019
https://vocegostadaresenha.blogspot.com/201
9/09/dia-mundial-sem-carro-transito-e-o.html
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78
Grupo de Comunicação
Veículo1: G1Sorocaba
Veículo2: Rádio Peão Blog
Veículo3: Portal Agro
Data: 22/09/2019
Veículos emitem em média 800 toneladas de CO2 por dia em
Sorocaba, diz estudo
Dia Mundial Sem Carro é comemorado neste
domingo (22). Todo o transporte da cidade é
responsável por cerca de 24% da emissão de
carbono no município, segundo o Instituto de
Energia e Meio Ambiente.
E se a frota de veículos de Sorocaba (SP)
ficasse nas garagens por um dia? Segundo o
último levantamento municipal do Sistema de
Estimativas de Emissões de Gases de Efeito
Estufa (SEEG), mantido pelo coletivo de
entidades do Observatório do Clima, ao menos
820 toneladas de CO2 deixariam de ser
emitidas.
A ideia é refletida neste domingo (22), no Dia
Mundial Sem Carro. A meta de quem promove
eventos em todo o mundo é estimular o uso
de transportes alternativos e desenvolver um
senso crítico sobre a poluição gerada pelos
veículos e os riscos ao meio ambiente e à
saúde da população.
De acordo com o Departamento Nacional de
Trânsito (Denatran), em agosto de 2019
Sorocaba apresentou 312.281 automóveis,
sendo 8.089 carros a mais em relação ao
mesmo período de 2018.
Se colocar também as motos e motonetas no
recorte, o número de veículos no município
sobe para 480.379 em agosto deste ano,
sendo 14.095 a mais nas ruas do que em
2018.
Todo o transporte de Sorocaba é responsável
por cerca de 24% da emissão de carbono na
cidade, conforme o Instituto de Energia e Meio
Ambiente (IEMA).
Além de carbono, segundo a Cetesb, os
poluentes previstos pela legislação são
hidrocarbonetos, óxido de nitrogênio, aldeídos
e material particulado.
Se tudo isso fosse “economizado” por um dia
apenas por uma cidade como Sorocaba, os
resultados são relevantes, afirma a professora
Simone Miraglia, pesquisadora do Instituto de
Ciências Ambientais, Químicas e
Farmacêuticas da Unifesp.
“O número de poluentes seria reduzido
consideravelmente, contribuindo assim para a
melhoria da qualidade do ar, temperaturas
mais amenas, menor nível de poluição inalado
pelos seus habitantes e, por conseguinte, uma
melhoria imediata na saúde, principalmente no
que tange ao bem-estar e no nosso fluxo
respiratório”, diz.
Impactos
Segundo a pesquisadora Simone, cada
substância emitida pelos automóveis e
mocicletas traz impactos consideráveis aos
meio ambiente, sendo:
Dióxido de enxofre: pode reagir com a água
presente na atmosfera, formando a chuva
ácida, o que contribui com o desmatamento,
acidez dos solos, favorecimento do surgimento
de clareiras, extinção da fauna e flora.
Material particulado: oriundo da queima
incompleta de combustíveis e incêndios,
contribui com o aumento do aquecimento
global.
Dióxido de nitrogênio: tem alto fator oxidante,
contribuindo com a formação do ozônio
troposférico. Além disso, pode causar chuvas
ácidas, alteração química do solo e das águas
e mortandade da fauna e flora.
CO2: contribui com o aumento do efeito
estufa, tornando mais difícil com que o calor
se dissipe.
Risco à saúde
Conforme Simone Miraglia, os gases emitidos
pelos veículos afetam diretamente a
população. O Instituto Brasileiro de Geografia
e Estatística (IBGE) aponta que Sorocaba tem
uma população de 679.378, número maior
que de capitais como Cuiabá, Porto Velho ou
Vitória.
Com a grande circulação de veículos e o
aumento da emissão, a população pode
desenvolver doenças respiratórias, como asma
e pneumonia. Além destas, problemas
cardiovasculares, oftálmicos, cognitivos em
casos severos podem causar a morte.
“Uma em cada 10 mortes no mundo é
atribuída à poluição do ar. O custo global das
79
Grupo de Comunicação
mortes por poluição do ar é estimado em US$
225 bilhões por ano”, afirma a pesquisadora.
Pedala, pedala...
Se você não tem uma bike, a prefeitura
oferece, para quem tem cadastro, 200
bicicletas gratuitas espalhadas pela cidade.
Segundo os dados da Urbes, empresa que
gerencia o trânsito no município, atualmente
são 118.762 usuários.
Desde que o programa foi iniciado, já foram
345.186 empréstimos. Em 2019, a média
mensal é de 7 mil viagens. A cidade também
possui 130 quilômetros de ciclovias, com 90%
de conectividade.
Atualmente, as ciclovias do primeiro trecho da
avenida Itavuvu, na zona norte, estão
desativadas, mas serão refeitas pela
concessionária responsável pelas obras do
BRT.
Para entender como o sorocabano utiliza a
bicicleta no dia a dia, o G1 abriu uma enquete
com quatro perguntas. O resultado, contudo,
foi equilibrado.
27,85% responderam que não usam o
transporte, mas pretendem começar a usá-lo.
25,32% afirmaram que usam para ir ao
trabalho; 24,68% utilizam para o lazer e
22,15% disseram que não andam de bicicleta.
'Vem de berço'
O animador cultural Bruno Melnic Incao aderiu
ao pedal desde criança e o hábito seguiu
durante a adolescência. A primeira bicicleta foi
dada pelos pais quando tinha 6 anos e a
prática da atividade fluiu naturalmente.
“Com a bicicleta é bem prático, fácil de
estacionar e achar vagas. Faço pequenas
compras com ela, levo minha bebê de 2 anos
na pré-escola uma vez por semana na bicicleta
e aos parques próximos. Vou ao trabalho
diariamente”, diz.
A ideia do pai é familiarizar a bebê com a bike
desde cedo e, de certa forma, repassar o que
os pais dele fizeram quando ele era criança.
“A bicicleta muda nossa relação com a cidade
e com as outras pessoas, permite uma rotina
saudável e é um veículo limpo. É mais fácil dar
‘bom dia’ em cima de uma bicicleta do que de
dentro de um carro.”
43 anos pedalando
A ciclista Ester Patriarca começou a pedalar
aos 19 anos. Atualmente aos 62, ela lembra
que optou pelo transporte pela agilidade e
nunca mais parou. A relação com o pedal é
diária, com compras feitas aos poucos e para
ir ao trabalho.
Segundo ela, em duas situações teve a bike
furtada. Contudo, os amigos ajudaram e
emprestaram outras até comprar uma nova.
“Não troco por nada e peguei gosto. Às vezes
temos que passar por algumas calçadas
porque muitos motoristas não respeitam, mas
mesmo assim vale a pena.”
https://g1.globo.com/sp/sorocaba-
jundiai/noticia/2019/09/22/veiculos-emitem-
toneladas-de-co2-por-dia-em-sorocaba-diz-
estudo.ghtml
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80
Grupo de Comunicação
Veículo: A Tribuna
Data: 23/09/2019
60,5% do território da região fica em
área protegida; algumas cidades lutam para viabilizar projetos e outras dizem não ver problemas
Mais da metade de todo o território d a
Baixada Santista fica em áreas de preservação
ambiental: 60,5%, o que restringe o uso de
terrenos para empreendimentos. A situação
fez o prefeito de Bertioga, Caio Matheus (
PSDB ), pedir socorro ao Estado para
destravar investimentos, conforme noticiado
por A Tribuna na semana passada.
Mas a situação rende polêmica: nem todos os
gestores municipais consideram a situação um
entraveao desenvolvimento. O secretário de
Meio Ambiente de Bertioga, Fernando Poyatos,
explica que a Cidade tem 1,5% de vazio na
área urbana consolidada, o equivalente a sete
quilômetros quadrados. 'São
aproximadamente 27 anos sem aprovações de
novos loteamentos. Bertioga precisa de
desenvolvimento econômico, atendendo todas
as classes sociais, inclusive áreas de interesse
social, sempre respeitando e preservando o
Meio Ambiente'.
Praia Grande também diz enfrentar problemas
com processos de licenciamento ambiental
demorados, como destaca o prefeito Alberto
Mourão(P SDB). '
O projeto do Complexo And araguá segue com
tratativas de licenciamento ambiental e está
parado. O empreendimentoé fundamental para
a retomada do crescimento da Baixada
Santista. Além dele, Praia Grande trabalha
também com a liberação de projetos voltados
a transmissão de energia elétrica e
abastecimento de ferrovias'. Mongaguá
garante ter projetos estagnados de obras
particulares e habitação porque trechos de
balneários estão embargados por processos
ambientais. 'A Cidade é afetada. O Estado
pode e deve prestar auxílio, assim como já
dialoga. Esperamos a desburocratização e
dinamismo nas ações ambientais', ressalta o
diretor de Meio Ambiente do Município,
Alexandre Barril Dalla Pria. Itanhaém diz que
enfrenta dificuldades devido à centralização do
Estado nos procedimentos de licenciamento. 'A
lei estadual exige formas de preservação e
compensação que não se aplicam à realidade
dos lotes urbanos existentes', explica a
Prefeitura, em nota.
Contudo, as demais cidades não enxergam
problemas no setor. O secretário de Meio
Ambiente de Guarujá, Sidnei Aranha, diz que a
Cidade resolve essas questões com diálogo e
que o Município ainda quer aumentar sua área
de preservação de 44% para 52%, com a
criação de mais uma unidade de conservação.
Cubatão alega que entraves acontecem por
falta de informações, por isso a Prefeitura atua
na parte técnica. Já São Vicente afirma que as
relações com os empreendedores e a Cetesb
têm sido 'harmoniosas' e que tem sentido
maior celeridade nos processos de
licenciamento. Santos informa não haver
projetos travados. A Administração destaca
que a Lei de Uso e Ocupação de Solo (Luos)
da Área Continental será revisada até 2020,
com objetivo de atrair empreendimentos,
principalmente do setor portuário, que
estejamde acordo com a legislação e não
degradem a Área de Proteção Ambiental. 'O
Porto continua sendo o principal caminho para
o crescimento de Santos. E a via de expansão
portuária aponta para a Área Continental', diz
o prefeito santista Paulo Alexandre Barbosa
(PSDB). A secretária de Meio Ambiente de
Peruíbe, Rosangela Barbosa, afirma que não
há dificuldades em projetos. 'É necessário
desenvolver um modelo de turismo atrativo
que aproveite nosso patrimônio natural'.
Desenvolvimento urbano e preservação,
especialmente nas regiões costeiras, são
absolutamente compatíveis e
interdependentes, opina o consultor ambiental
e engenheiro agrônomo Sérgio Pompeia. Para
ele, a burocracia nos licenciamentos se dá pela
ausência de regras claras a serem aplicadas
pelos órgãos ambientais. 'A zona cinzenta das
interpretações técnicas dos diversos entes
envolvidos resultam em conflitos intermináveis
e na paralisia do licenciamento ambiental.
Acabam por impedir o desenvolvimento
urbano equilibrado'. Para Pompeia, numa
cidade como Bertioga, por exemplo, deve-se
incentivar a concentração dos investimentos
imobiliários em áreas com infraestrutura
existente ou estimular empreendimentoscom
baixas taxas de ocupação do solo, associados
à preservação de vegetação nativa.
Também consultor ambiental e engenheiro
agrônomo, Warwick Manfrinato diz que não é
verdade que o Brasil tem leis muito restritivas.
81
Grupo de Comunicação
'O problema é a eficiência do sistema, a
morosidade. Os órgãos federais e estaduais
são mal dimensionados e mal financiados,
faltam estrutura e qualificação para dar vazão
à demanda'. Ele diz que os setores público e
privado precisam buscar pesquisas, que são
avançadas no País e podem ditar soluções
para muitos entraves. Porém, destaca que os
prefeitos também precisam de conhecimento.
'Muitas vezes o prefeito não sabe o que é o
ICMS ecológico (municípios com preservação
têm parcelas maiores dos recursos estaduais
do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e
Serviços). Os prefeitos, às vezes, se
acomodam no muro das lamentações'.
Hoje parado, o Complexo Andaraguá é uma
aposta da Prefeitura de Praia Grande para o
desenvolvimento
OPINIÕES
'O problema é a eficiência do sistema, a
morosidade. Os órgãos federais e estaduais
são mal dimensionados, faltam estrutura e
qualificação para dar vazão à demanda'
Warwick Manfrinato
Consultor ambiental e engenheiro agrônomo
'A zona cinzenta das interpretações técnicas
dos diversos entes envolvidos resultam em
conflitos intermináveis e paralisia do
licenciamento ambiental'
Sérgio Pompeia
Consultor ambiental e engenheiro agrônomo
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=31484805&e=577
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82
Grupo de Comunicação
Veículo: Diário do Litoral
Data: 23/09/2019
Índice de rejeitos explode em cooperativa de recicláveis de Santos
Pouco mais de dois anos de implantação da
lei, a Comares tem recebido materiais que não
são recicláveis
Pouco mais de dois anos de implantação da Lei
Recicla Santos, a Usina de Triagem de Lixo
Reciclável, administrada pela Cooperativa de
Materiais Recicláveis Santista (Comares), na
Alemoa, tem registrado aumentos
consecutivos no índice de rejeitos, ou seja, o
que não pode ser reciclado.
Só em junho deste ano, 63% de tudo que foi
recolhido pela coleta seletiva, depois de triado,
eram, na verdade, não recicláveis - sendo
destinado ao aterro Sítio das Neves.
A situação tem sido acompanhada pelo
vereador Sadao Nakai (PSDB), que no início
deste mês protocolou um requerimento na
Câmara questionando a explosão no índice de
rejeitos do que é enviado à Comares.
Em outro questionamento, feito no semestre
passado, o vereador quis saber os volumes
recolhidos de recicláveis e de rejeitos em
2016, 2017 e 2018. Em resposta, obteve um
relatório da secretaria de Meio Ambiente
confirmando que, desde 2016, o rejeito vem
aumentando ano após ano.
Antes da lei, em 2016, das mais de 3 mil
toneladas coletadas no ano pela coleta
seletiva, quase duas (1.940,62 toneladas)
eram rejeito.
Com a sanção, em 2017, as toneladas
coletadas pelo serviço chegaram a 4.562,58 T,
mas junto com elas aumentaram os rejeitos,
que contabilizaram mais de 2 mil toneladas.
No ano passado, a montanha de rejeito
chegou a 2,8 toneladas até novembro, antes
da temporada, época que a cidade aumenta a
produção de lixo.
"Ano após ano, praticamente metade do que
se coleta no programa municipal acaba sendo
destinado ao aterro sanitário", alertou o
vereador, que se diz preocupado também com
a situação do Sítio das Neves.
O aterro está próximo do fim de sua vida útil,
que chegou a ser cogitada para este ano. Mas,
após a Companhia Ambiental do Estado de
São Paulo (Cetesb) consentir uma área a
mais de 40 mil metros quadrados, a
capacidade de receber resíduos foi estendida
até 2021.
"Fui visitar a cooperativa e percebi que os
rejeitos aumentaram porque tem muita coisa
que as pessoas acham que é reciclável, mas
não é. Essa confusão acontece também
porque as empresas responsáveis pela
produção dessas embalagens ainda não se
adequaram à logística reversa", diz Sadao.
Desde que a Política Nacional de Resíduos
Sólidos (PNRS)- Lei 12.305/10 - foi
sancionada, passou a ser obrigação da
indústria recolher o que coloca no mercado. É
a chamada logística reversa.
Neste processo, os produtores de embalagens
e produtos que não encontram compradores
no mercado da reciclagem ou não podem ser
reciclados, são obrigados a oferecer postos de
devolução para destinação correta, mas até o
momento grande parte da indústria ainda não
se adequou.
Segundo o vereador, o poder público tem feito
a sua parte pressionando as empresas através
de acordos setoriais - contrato firmado entre
as partes com objetivo de implantar a
responsabilidade compartilhada pelo ciclo de
vida do produto.
POPULAÇÃO X INDÚSTRIA.
Sérgio Gomes, diretor administrativo da
Comares, explicou que a parcela de culpa da
83
Grupo de Comunicação
população vem do descarte irregular de
produtos não recicláveis, como roupas e
colchões.
Já a indústria continua colocando no mercado
embalagens descritas como recicláveis no
rótulo, mas que na prática não têm destinação
por meio da reciclagem.
"Por exemplo, garrafas de leite com a parte
interna escura não têm mercado, mas a
empresa fabricante informa no rótulo que elas
são recicláveis, isso confunde as pessoas", diz.
Em uma reportagem do Diário, em 2017, o
problema já tinha sido denunciado por
cooperados da região.
Na época, fardos de embalagens de
salgadinhos, café e garrafas plásticas de leite
estavam paradas nas cooperativas porque não
havia compradores devido ao tipo de plástico
que as compõe.
No caso dos pacotes, separar a parte
metalizada interna do plástico externo
encarece o processo de limpeza pós descarte e
afasta os compradores.
Quanto às garrafas de leite, a película escura
interna ajuda a conservar o leite, mas
prejudica o processo de reciclagem.
"Enquanto as empresas não se
responsabilizarem por um processo cíclico
para o que produzem, os aterros vão
continuar sobrecarregados, e a população
pagando imposto por um serviço de coleta
que, na verdade, quem deveria arcar é a
indústria", diz Sérgio.
VETO.
Há cerca de quatro meses, a Comares não tem
mais acesso ao ticket de pesagem dos
caminhões da Terracom que levam para o
aterro os rejeitos da coleta seletiva.
Questionado sobre o veto, o secretário de
Meio Ambiente de Santos Marcos Libório,
informou que não há, por contrato, obrigação
de passar esses dados para a cooperativa e
que a mudança foi uma medida de gestão.
Ressaltou, porém, que essas informações são
públicas e podem ser consultadas com a
Terracom e com a própria prefeitura.
Quanto aos altos índices de rejeitos
registrados na cidade, e que até então eram
divulgados pela cooperativa, Libório explicou
que a Lei Recicla Santos ainda é nova e a
população está se adaptando.
https://www.diariodolitoral.com.br/santos/indi
ce-de-rejeitos-explode-em-cooperativa-de-
reciclaveis-de-santos/129031/
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84
Grupo de Comunicação
Veículo: O Diário de Mogi
Data: 22/09/2019
Acordo com MP garantirá obras de despoluição do rio Tietê
EM ATIVIDADE
Até o início do próximo ano, o Ministério
Público de Mogi das Cruzes pretende firmar
um acordo com o governo do Estado e a
Prefeitura estabelecendo um cronograma de
obras para a despoluição da bacia de córregos
e ribeirões do Rio Tietê com a estipulação de
penalidades, como multas, caso os prazos
sejam descumpridos. A medida pode vincular
o poder público, independentemente de quem
seja o prefeito da vez, a cumprir as exigências
postergadas desde 2013. É crime poluir o Rio
Tietê. Naquele ano, o Grupo de Atuação
Especial do Meio Ambiente (Gaema) do MP
denunciou o despejo irregular do esgoto
residencial nos corpos d’água da cidade. Seis
anos atrás, o índice de tratamento informado
oficialmente pelo Serviço Municipal de Águas e
Esgotos (Semae) era de 53% e a autarquia
previa ampliar o atendimento em até 85,69%
até 2021, com a realização de investimentos
na ordem de R$ 200 milhões.
O prazo estava estabelecido no Plano Diretor
do Esgotamento Sanitário. Durante quatro
anos, a ação civil pública pouco avançou. Em
2017, quando o promotor mogiano Leandro
Lippi Guimarães assumiu a defesa do Meio
Ambiente e do Patrimônio Cultural, esse
processo ganhou fôlego com o atendimento a
um pedido de liminar para o cumprimento
provisório de decisão judicial dentro de um
ano. Com a determinação de execução de
sentença em liminar concedida pelo juiz Bruno
Miano, da Vara da Fazenda Pública, o
promotor passou a projetar como a
despoluição deverá ser realizada, a partir de
um acordo firmado com representantes do
Semae e da Cetesb (Companhia Ambiental
do Estado de São Paulo). O objetivo, conta
ele, é estabelecer bases de um compromisso
exequível.
O próximo encontro será no dia 11 de
outubro, quando técnicos dos dois órgãos
deverão apresentar o mapeamento dos
córregos e ribeirões e dados como o total do
esgoto ainda lançado nesses pontos. Em uma
entrevista nesta semana a O Diário, o
promotor contou que espera o
estabelecimento de prioridades e de etapas
viáveis para o combate do que considerou
uma “omissão de anos” do poder público. “A
despoluição do rio Tietê é de interesse social e
uma obrigação da Prefeitura”, resumiu.
Os índices atualizados no processo pela
Prefeitura e o Governo do Estado em Mogi das
Cruzes são de 95% da coleta do esgoto, e de
61% de tratamento, em 2018. Até 2020, a
meta é chegar é avançar apenas 1% na
coleta, e 6,9% na despoluição. Entre as obras
previstas para os próximos dois anos estão o
início da construção do coletor-tronco da
Ribeirão Ipiranga, uma obra esperada há seis
anos e que possibilitará o amento do
tratamento com a interligação da rede ao
interceptor da ETE de Suzano e conclusão do
esgotamento sanitário do Botujuru e de parte
de César de Souza. Mogiano que da infância
se lembra de pescar com o pai no trecho do
Rio Tietê com acesso pelo conhecido bar do
Menegas, à frente da ponte da Avenida João
XXIII, Leandro Lippi admite a dificuldade em
livrar o manancial das descargas diárias de
esgoto. “Não adianta estabelecer algo que o
governo municipal não terá recursos
financeiros e tempo para cumprir. Se o MP
estabelecer um vínculo que obrigue os
próximos prefeitos a executar as obras, a
situação será outra no futuro”, indica.
Na decisão dada pelo juiz Bruno Miano, ele
estabeleceu um prazo de um ano para a
adoção das medidas necessárias para
despoluir os córregos da cidade e multa de R$
100 milhões, caso o período não fosse
atendido. A data venceria em junho passado.
Mas, antes disso, as partes e decisões judiciais
apontaram para a elaboração de um acordo,
que irá extinguir a ação civil pública (que
obteve a tutela para execução da decisão
judicial). Mas, o MP também irá propor
penalidades e multas para garantir o
cumprimento das decisões sobre o futuro do
Rio Tietê.
https://www.odiariodemogi.net.br/acordo-
com-mp-garantira-obras-de-despoluicao-do-
rio-tiete/
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85
Grupo de Comunicação
Veículo: SBT Interior Araçatuba
Data: 20/09/2019
Desmoronamento de ponte em Mirassol gera reclamação entre os
moradores
http://cloud.boxnet.com.br/y2jnwuj8
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86
Grupo de Comunicação
Veículo: TEM Notícias Bauru
Data: 20/09/2019
Prefeitura e CETESB se reúnem para resolver situação do aterro de inertes
em Marília
http://cloud.boxnet.com.br/y4u4y6bd
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87
Grupo de Comunicação
Veículo: TV Record Ribeirão Preto
Data: 20/09/2019
Qualidade do ar de Ribeirão Preto está péssima
http://cloud.boxnet.com.br/y29ddsbp
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88
Grupo de Comunicação
Veículo: TEM Notícias SJRP
Data: 22/09/2019
Avião do Corpo de Bombeiros ajuda a
controlar incêndio em mata na região de Magda
http://cloud.boxnet.com.br/y568ndsz
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89
Grupo de Comunicação
Veículo: Diário de Votuporanga
Data: 21/09/2019
Alunos realizam plantio de mudas na Floresta do Noroeste Paulista
http://cloud.boxnet.com.br/y4nvoy6c
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90
Grupo de Comunicação
Veículo: Todo Dia de Americana
Data: 21/09/2019
Novos empreendimentos imobiliários são proibidos
http://cloud.boxnet.com.br/y22a5xc6
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91
Grupo de Comunicação
Veículo1: O Dia de Marília
Veículo2: Jornal da Manhã
Data: 21/09/2019
Meio Ambiente indica nova área para descarte
http://cloud.boxnet.com.br/y23omb52
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92
Grupo de Comunicação
Veículo: TV Diário
Data: 21/09/2019
Neste domingo é comemorado o dia do Rio Tietê
http://cloud.boxnet.com.br/y62l6rdq
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93
Grupo de Comunicação
Veículo: Rádio Cruzeiro FM
Data: 20/09/2019
Entrevista com o diretor de Obras do
Departamento Estadual de Água e Energia
Elétrica de São Paulo, Ronald Pereira da Silva
http://cloud.boxnet.com.br/y2pwztsv
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94
Grupo de Comunicação
Veículo: Jornal Cruzeiro do Sul
Data: 21/09/2019
Frases do Dia
http://cloud.boxnet.com.br/y3okboc7
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95
Grupo de Comunicação
Veículo: Diário do Alto Tietê
Data: 21/09/2019
Pq. das Nascentes recebe imagem de Nossa Senhora
http://cloud.boxnet.com.br/y6n7pp78
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96
Grupo de Comunicação
Veículo: O Diário de Mogi
Data: 21/09/2019
Caminhada terá mutirão de limpeza
http://cloud.boxnet.com.br/y4n4ykhw
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97
Grupo de Comunicação
Veículo: Folha da Região Araçatuba
Data: 22/09/2019
DIA DO TIETE: vida na região e morte na maioria de sua extensão
Hoje é comemorado 0 dia do rio mais
importante que cruza a região de Araçatuba.
Reportagem especial da Folha da Região
mostra os desafios de preservação e as
potencialidades que ele representa.
Neste domingo, dia 22, é comemorado o dia
deste rio tão importante para a região e para
o Estado de São Paulo .Com captação
contínua, Araçatuba éa única cidade não
ribeirinha que tem parte da população
abastecida pela água do Tietê. E também a
única cidade do noroeste paulista a ter parte
da população abastecida pelo rio. Além de
Araçatuba, algumas cidades da reeste
domingo (22) cele-Nbra-se o Dia do Rio Tietê,
um dos mais importantes rios do Estado,
gitãaontdoo Alto Tietê são abastecidas
economicamente como culturalmente. São
1.100 quilômetros de história que colaboraram
para a construção de Araçatuba e região.
Diferentemente da paisagem local, as águas
do rio Tietê, quando se aproximam da capital
paulista, começam a perder a cor ea vida.
O rio, que passa por 62 cidades, cortando todo
o interior paulista, nasce em Salesópolis,
passando pela região metropolitana de São
Paulo até chegar na região Noroeste. Em
Araçatuba, o rio é utilizado para
abastecimento de água em mais de 30 bairros,
com aproximadamente 55 mil moradores que
usufruem de seus recursos por ele.
Já em várias cidades do Estado de São Paulo,
como Conchas e Barra Bonita, ainda existe
navegação fluvial, e em Bariri, Ibitinga,
Promissão e Nova Avanhandava, há
hidrelétricas responsáveis pela produção de
energia para os municípios.
Segundo dados da Cetesb (Companhia de
Tecnologia de Saneamento Ambiental) do
Estado de São Paulo, a água do Tietê que
banha a região de Araçatuba é a mais limpa
de todo o rio, que praticamente corta o Estado
de São Paulo e não possui restrições de
qualidade que justifiquem qualquer
preocupação quanto a sua utilização como
manancial de abastecimento público, após o
tratamento convencional. Isso ocorre pela
autodepuração do rio num trecho com mais de
500 km de extensão e, principalmente, às
significativas diluições após o recebimento de
vários efluentes ao longo desse trecho.
Análises laboratoriais evidenciam a excelente
qualidade da água utilizada para o
abastecimento de Araçatuba.
HISTÓRIA
A data escolhida é referente a inauguração do
Museu do Tietê nesse mesmo dia em 1999, ou
seja, são 20 anos do local que conta a história
do rio e suas margens por meio de
documentos, fotos e objetos da cultura
indígena da região. O museu é localizado no
Parque Ecológico Tietê, na capital. Lá,
encontram-se cerâmicas resgatadas no trecho
que passa por Araçatuba, produzidas pelos
primeiros habitantes do município, os índios
caigãngs.
Por ser caracterizado com um rio com
drenagem endorreica, que se volta para o
interior ao invés do oceano, foi importante no
processo de colonização do Brasil, utilizado
pelos acessar vilas ao gens. Também soas por
conta de seu solo rico e fértil.
bandeirantes para longo de suas maratraiu
muitas pes-
POLUIÇÃO E CONTAMINAÇÃO
Devido a exploração do ouro e do ferro, em
algumas regiões ao longo do rio no século
XVII, já podiam ser notadas alterações na
água quanto a qualidade, cor e turbidez,
devido aos metais pesados despejados.
Porém, naquela época as consequências eram
desconhecidas.
98
Grupo de Comunicação
Em meados de 1901 já se falava que as águas
do rio eram poluídas em função da criação de
suínos na região de Mogi das Cruzes e
Guarulhos. Além disso, havia ainda o despejo
de esgoto sem tratamento das moradias em
torno do rio. A implementação de indústrias eo
despejo de resíduos industriais também
colaborou significativamente para a poluição
do rio ao longo do tempo.
Na década de 1940, a água do Tietê começou
a queimar as plantas quando utilizada para
irrigação. Para piorar a situação, durante as
décadas de 40 e 50, o prefeito da época,
Adhemar de Barros, resolveu interligar as
redes de esgoto da cidade, fazendo com que
eles desembocassem no rio. Essa situação foi
se agravando com o crescimento populacional
de forma desorganizada, e como esgoto das
casas continuava sendo despejado no rio sem
nenhum tipo de tratamento, a qualidade da
água foi piorando.
Em 1968, devido a crescente preocupação
com a qualidade das águas e do ar do estado
de São Paulo, a Cetesb foi criada com a
finalidade de levantar dados, diagnosticar e
propor medidas que controlassem a poluição.
A falta de consciência ambiental por parte da
população, ea falta de ação dos governantes
que não faziam planos para a recuperação das
águas do Tietê eram agravados pela Ditadura
Militar, já que a despoluição do rio não era a
prioridade na época. Porém o rio não é poluído
em toda sua extensão, a água sai limpa da
sua nascente, em Salesópolis. Segundo a
Cetesb, o esgoto ainda é o grande vilão do rio.
GOVERNO DE SP
Em um ano, o trecho considerado "morto" do
Rio Tietê, o maior e mais importante do
Estado de São Paulo, cresceu 33,6%,
alcançando a marca de 163 km de poluição, a
maior dos últimos seis anos. Os dados são do
relatório Observando o Tietê, divulgado
anualmente pela Fundação SOS Mata
Atlântica. O levantamento também indicou
que a condição ambiental do rio está
imprópria para o uso, com qualidade da água
ruim ou péssima, em 28,3% de sua extensão -
que totaliza 576 quilômetros.
O governador João Doria (PSDB) promete
despoluir o Rio Tietê até 2027 eo Rio
Pinheiros, até 2021. Entre as ações já
adotadas este ano pela pasta para despoluir
Tietê e Pinheiros estão o uso de ecobarcos
coletores de lixo ea retirada de resíduos.
"Apesar das promessas, que não são só de
agora, nós estamos caminhando na
contramão. Mais venenos estão sendo
liberados, houve diminuição da fiscalização de
desmatamento e aumento de famílias em
áreas irregulares e sem acesso a saneamento
ambiental com a crise financeira que
vivemos", disse Malu Ribeiro, especialista em
água da SOS Mata Atlântica.
Com informações Folhapress
HOMENAGEADO O rio, que passa por 62
cidades, cortando todo o interior paulista,
nasce em Salesópolis, passando pela região
metropolitana de São Paulo até chegar na
região Noroeste do Estado
99
Grupo de Comunicação
Veículo: O Diário de Mogi
Data: 22/09/2019
Semae atualiza dados para levar à Promotoria e Cetesb
http://cloud.boxnet.com.br/y3tydrj9
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100
Grupo de Comunicação
Veículo: Diário do Grande ABC
Data: 22/09/2019
CPIs se arrastam nas Câmaras
http://cloud.boxnet.com.br/y4nhn2xx
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101
Grupo de Comunicação
Veículo: Destak ABC
Data: 21/09/2019
Começa obra para tratamento de
esgoto a 382 mil pessoas no ABC
Implantação de coletor-tronco deverá
contribuir para preservação da Billings ao
evitar que efluentes gerados na região caiam
na represa
O Governador em exercício Rodrigo Garcia
assinou neste sábado (21) a autorização para
início da obra que vai ampliar a coleta e o
tratamento de esgoto em São Bernardo e
outras cidades da região. A medida deverá
contribuir para a despoluição da represa
Billings, que hoje recebe os dejetos dos
municípios.
De acordo com a Sabesp, o trabalho consiste
na implantação do Coletor-Tronco Couros,
tubulação de grande porte que vai receber o
esgoto gerado por cerca de 250 mil moradores
de São Bernardo e levá-lo para a estação de
tratamento do ABC, localizada na divisa de
São Paulo e São Caetano.
A obra também encaminhará para a estação
de tratamento os esgotos de 132 mil
moradores de Diadema, totalizando 382 mil
pessoas atendidas. O empreendimento faz
parte da terceira fase do Pró-Billings, o
programa da Sabesp que executa obras para
coleta, afastamento e tratamento de esgoto
na região da represa.
Com a conclusão das três fases do programa,
o índice de tratamento de esgoto de São
Bernardo vai passar de 27% para 60%. O CT
Couros levará para tratar o esgoto gerado na
própria bacia do ribeirão dos Couros e também
aquele bombeado da bacia da Billings por
meio do Pró-Billings, além de parte do esgoto
produzido em Diadema.
Os bairros da bacia do ribeirão dos Couros
diretamente atingidos são Planalto, Jardim
Calux, Parque dos Pássaros, Cooperativa, Vila
Nova Antunes, Jardim Santa Maria, Vila
Soares, Jardim Uenoyama, Loteamento Vila
Santa, Bairro Batistini, Jardim Belas Artes,
Jardim Satélite, Jardim São Jorge, CAISB I,
Comunidade Nova Assunção, Granja Ito,
Jardim Esmeralda, Belita e Nazareth.
Financiado pela JICA (agência de cooperação
internacional do Japão) e pelo BNDES (Banco
Nacional de Desenvolvimento Econômico e
Social), o CT Couros terá 14 km de extensão.
O custo da obra está estimado em R$ 48,5
milhões.
https://www.destakjornal.com.br/cidades/abc/
detalhe/comeca-obra-para-tratamento-de-
esgoto-a-382-mil-pessoas-no-abc
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102
Grupo de Comunicação
Veículo: Jornal Cidade de Bauru
Data: 22/09/2019
Poluição no rio avança e ameaça região
Trecho morto do manancial cresceu 33,6% e
chegou a 163 quilômetros, com risco de
impacto em toda sua extensão
Rio Tietê, na região de Barra Bonita, conta
com importante biodiversidade
Maior e mais importante rio do Estado de São
Paulo, o Tietê está cada vez mais ameaçado e
acende alerta na região. Estudo divulgado na
última semana pela Fundação SOS Mata
Atlântica revelou que o trecho morto alcançou
a marca de 163 quilômetros em 2019, um
aumento de 33,6% em relação ao ano
passado, quando a poluição se estendia por
122 quilômetros. O JC visitou o manancial, em
Barra Bonita, onde a qualidade da água já
passou a ser considerada regular.
Os dados preocupantes, que constam no
relatório Observando o Tietê, vão na
contramão dos esforços para conseguir trazer
o rio de volta à vida (leia mais na página ao
lado). Em 2010, por exemplo, a mancha de
poluição era de 243 quilômetros e, em 2014,
havia baixado para 71 quilômetros, o menor
índice da série histórica do levantamento.
O retrocesso deste ano merece um alerta a
mais neste domingo (22), quando se
comemora o Dia do Tietê, já que, além de ser
fundamental para a economia e abastecimento
de dezenas de cidades paulistas, o manancial
também abriga importante biodiversidade em
seus 1.100 quilômetros de extensão.
"A região metropolitana de São Paulo, desde
sempre, foi o grande problema, dado o
crescimento industrial e populacional. É uma
região que está próxima à nascente e que
gera impacto até onde estamos. Em Barra
Bonita, por exemplo, a qualidade da água já é
considerada regular e não boa (confira no
quadro abaixo)", pontua Hélio Palmesan,
presidente-executivo da ONG Mãe Natureza,
sediada em Barra Bonita.
É considerada trecho morto a parte do rio que
apresenta Índice de Qualidade da Água (IQA)
classificado como ruim ou péssimo. O
indicador é obtido por meio da soma de
parâmetros físicos, químicos e biológicos
encontrados em amostras de água.
SEM VIDA
No trecho morto, concentrado na região
metropolitana, não há condição de vida para
peixes e a água não pode ser usada para
lazer, irrigação ou consumo. Já na faixa
considerada regular, é permitido o uso da
água para abastecimento público, irrigação
para produção de alimentos, pesca, atividades
de lazer, turismo, navegação e geração de
energia.
"Normalmente, aqui na nossa região, o nível
de oxigênio do Tietê é de 4mg/l ou 6mg/l,
bom ou excelente. Mas, quando chove forte
em São Paulo, 72 horas depois, os níveis caem
para 1 mg/l ou menos de 1mg/l. É algo
grave", observa Palmesan, que acompanhou o
JC por um passeio no trecho do rio nesta
sexta-feira (20).
O levantamento indicou que a condição
ambiental do Tietê está imprópria ao uso, com
qualidade da água ruim ou péssima, em
28,3% dos 576 quilômetros de extensão
monitorada - que vai da nascente em
Salesópolis, na Serra do Mar (a 22 quilômetros
de distância do oceano Atlântico) até Barra
Bonita.
O avanço da mancha, segundo o relatório,
reflete os impactos da urbanização intensa, da
falta de saneamento ambiental, da perda de
cobertura florestal, da insuficiência de áreas
protegidas e do baixo registro de chuvas neste
ano, que fez com que o rio diminuísse a
capacidade de diluir poluentes e se recompor.
No outro extremo, temporais atípicos em
fevereiro e julho também causaram prejuízos,
resultando na necessidade de abertura de
barragens, com exportação de enorme carga
de poluição, sedimentos e resíduos sólidos
para toda a extensão do manancial.
'Esse rio é a minha vida', diz Irene
Malavolta Jr.
Irene Pereira de Miranda relata que número de
peixes já caiu
Desde sua nascente, em Salesópolis, até a
cidade de Itapura, onde deságua no Rio
Paraná, o Tietê passa por 70 municípios
103
Grupo de Comunicação
paulistas. Em sua maioria, são cidades cujas
economias dependem em grande proporção
das oportunidades que vêm do rio.
É o caso da pescadora Irene Pereira de
Miranda, 51 anos, há 25 tirando seu sustento
do manancial. Moradora de Barra Bonita, ela
conta que, num passado recente, costumava
pescar 500 quilos diários de peixe. Hoje, com
a ajuda do filho Bruno Miranda, 28 anos, não
retira da água mais de 50 quilos por dia.
"Há 15 anos, a gente atingia essa cota
máxima, de 500 quilos, muito rapidamente,
em três, quatro horas. E, se o peixeiro
deixasse, chegávamos a 900 quilos. Agora,
para pegar 50 quilos, tem que trabalhar muito
mais. A gente começa às 4h e só para ao
meio-dia", revela.
Apesar das dificuldades trazidas pelo processo
de poluição do Tietê, Irene diz que nunca
pensou em buscar outra fonte de renda. "Se
me dessem uma quantia milionária para eu
parar de pescar, eu não aceitaria. Esse rio é
minha vida", completa.
Tietê como o Rio Tâmisa
Não faz tanto tempo, historicamente falando,
que o Tietê se transformou em um "rio sólido"
na Grande São Paulo. Embora já houvesse
indústrias despejando rejeitos no manancial
nas décadas de 1920 e 1930, o Tietê ainda era
utilizado para pesca e atividades esportivas
pelos paulistanos. Nesta época, inclusive,
clubes de regatas e natação foram criados ao
longo do manancial.
A degradação por poluição industrial e
descarte de esgoto doméstico só veio a se
intensificar durante o processo de
industrialização e expansão urbana
desordenada, ocorrido nas décadas de 1940 a
1970. "Hoje, nosso desejo é de que o Tietê
volte a ser um rio com padrão único, com
qualidade boa a ótima em toda sua extensão.
Meu sonho é que ele ficasse parecido com o
Tâmisa, que é cartão-postal de Londres",
projeta Hélio Palmesan, citando o rio inglês,
que demandou quase 120 anos de
investimento para a despoluição de suas
águas.
https://www.jcnet.com.br/noticias/geral/2019
/09/697001-poluicao-no-rio-avanca-e-
ameaca-regiao.html
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104
Grupo de Comunicação
VEÍCULOS DIVERSOS
Veículo: MG Turismo
Data: 20/09/2019
Dia Mundial Sem Carro: 64% dos passageiros de plataforma de caronas
têm carteira de motorista, mas escolhem não dirigir
Dado é da BlaBlaCar, plataforma francesa de
caronas. Ainda segundo a empresa, 33% dos
motoristas cadastrados também pegam carona
de vez em quando e 60% dos passageiros não
possuem veículos
No próximo domingo (22) comemora-se o Dia
Mundial Sem Carro, uma data internacional
que tem o objetivo de conscientizar as
pessoas sobre o uso excessivo de automóveis.
Poluição, congestionamento e bem-estar da
sociedade são alguns dos pontos destacados
quando se debate sobre as consequências
negativas dos carros. Para se ter uma ideia,
dados da CETESB mostram que 90% da
poluição da cidade de São Paulo é produzida
pelos veículos.
E o que pode ser feito para ajudar nessa
causa? Muitos defendem a substituição,
mesmo que somente por alguns dias da
semana, do carro pelo transporte público ou
bicicleta. Mas para quem trabalha e estuda em
outra cidade ou costuma viajar por longas
distâncias, a carona pode ser uma alternativa.
“É uma questão lógica: quanto mais pessoas
viajam no mesmo carro, menor a frota nas
ruas. A média global de pessoas por carro é de
1.9; com a nossa plataforma, esse número
salta para 3.9”, afirma Ricardo Leite, diretor
da BlaBlaCar, maior plataforma de caronas e
cujo objetivo é diminuir os assentos vazios nos
carros. “Nosso propósito é justamente esse:
otimizar as viagens e a mobilidade urbana”.
Segundo estudo global realizado pela empresa
em parceria com o instituto francês Le BIPE
com quase sete mil pessoas em oito países,
incluindo o Brasil, 64% dos usuários do
aplicativo possuem carteira de motorista, mas
preferem não dirigir. Ainda segundo a
empresa, 33% dos motoristas cadastrados
também pegam carona de vez em quando e
60% dos passageiros possuem veículos. O
levantamento também destaca que 28% dos
usuários da plataforma que não possuem
carteira de motorista resolvem adiar a
documentação por falta de necessidade. O
aplicativo conta com mais de 70 milhões de
usuários no mundo, sendo 5 milhões no Brasil.
A relações públicas carioca Vanessa Rocha é
um exemplo de quem largou o carro por conta
própria. “Deixei de usar o meu carro por achar
que já havia muitos na rua. Então comecei a
usar transporte público e bicicleta no dia a dia.
Para viajar a BlaBlaCar me ajudou bastante,
pois existem lugares aqui no Rio de Janeiro
que são bem inacessíveis de ônibus, então a
carona foi uma solução muito boa.”
O efeito positivo proporcionado pelas viagens
compartilhadas é grande: segundo o mesmo
estudo, 1,6 milhão de toneladas de CO2
deixaram de ser lançados na atmosfera em
2018, quantidade equivalente ao volume de
CO2 absorvido em um ano por uma floresta do
tamanho de 730.000 campos de futebol. De
acordo com o relatório, o Brasil é destaque
positivo em economia de dióxido de carbono,
as caronas aqui lançam 33% menos gás
carbônico na atmosfera em comparação com
outros meios de transporte.
Um outro caso de usuário que resolveu
abandonar o carro é a paulista Vivian
Keciores. Mas diferentemente de Vanessa, ela
não deixou de usar o veículo por escolha. “Em
2015 tive algumas complicações de saúde e o
remédio que eu tomava me dava muito sono”,
explica. “Então decidi vender o meu carro e
comecei a usar ônibus, metrô, bicicleta e
pegar carona. Conheci a BlaBlaCar com a
indicação de um amigo para ir em um
casamento, depois disso eu adotei o aplicativo
para qualquer viagem longa. A vida
compartilhada é mais lógica nos dias atuais,
compartilhar é otimizar. Larguei o carro por
uma questão de saúde e hoje consigo ver
como isso foi benéfico pra mim, comecei a
economizar dinheiro, tempo, não preciso mais
me preocupar com as manutenções do carro.
Muito melhor.”
105
Grupo de Comunicação
Sobre a BlaBlaCar
A BlaBlaCar reúne a maior comunidade de
caronas de longa distância do mundo. A
plataforma conecta os condutores que viajam
com assentos vazios em seu veículo com
passageiros viajando na mesma direção.
Juntos, eles compartilham a viagem e os
custos. Com a recente integração de uma rede
de ônibus na França, a BlaBlaCar pretende
tornar-se a principal referência em viagens
rodoviárias compartilhadas. A BlaBlaCar cria
uma solução de mobilidade acessível,
conveniente e fácil de usar. Onde houver uma
estrada, sempre existirá um BlaBlaCar para
você. Para saber mais, acesse
https://www.blablacar.com.br.
http://mgturismo.com.br/2019/09/20/dia-
mundial-sem-carro-64-dos-passageiros-de-
plataforma-de-caronas-tem-carteira-de-
motorista-mas-escolhem-nao-dirigir/
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106
Grupo de Comunicação
Veículo: O Dia Rio de Janeiro
Data: 21/09/2019
Cientistas descobrem primeiro inseto sul-americano que emite luz azul
Espécies emissoras de luz azul só haviam sido
identificadas na América do Norte, Nova
Zelândia e Ásia
Pesquisadores brasileiros descobriram em uma
reserva da Mata Atlântica uma larva de
mosquito capaz de emitir luz azul – algo
inédito na América do Sul. Embora diferentes
insetos e fungos bioluminescentes sejam
conhecidos no continente, todos emitem luz
nas cores verde, amarelo ou vermelho. A nova
espécie, nomeada Neoceroplatus betaryiensis,
foi descrita na revista “Scientific Reports”.
“Essa larva foi encontrada durante uma coleta
de cogumelos bioluminescentes e chamou a
atenção por emitir luz azul. Fungos e
vagalumes não emitem essa cor de luz, então
só podia ser um novo organismo”, disse à
Agência Fapesp Cassius Stevani, professor do
Instituto de Química da Universidade de São
Paulo (IQ-USP) e coordenador do trabalho.
Segundo Stevani, espécies emissoras de luz
azul só haviam sido identificadas na América
do Norte, Nova Zelândia e Ásia. A larva
bioluminescente foi encontrada na Reserva
Betary, área particular de Mata Atlântica
localizada no município de Iporanga e vizinha
ao Parque Estadual Turístico do Alto
Ribeira (Petar), no sul do Estado de São
Paulo.
Participaram da expedição de coleta o biólogo
Isaias Santos e o norte-americano Grant
Johnson, bolsista de treinamento técnico da
Fapesp. Ambos trabalham no Instituto de
Pesquisas da Biodiversidade (IPBio),
organização que administra a Reserva Betary
e realiza atividades de turismo, educação
ambiental e pesquisa na propriedade, que
abriga boa parte das espécies de cogumelos
bioluminescentes do mundo.
https://odia.ig.com.br/mundo-e-
ciencia/2019/09/5682208-cientistas-
descobrem-primeiro-inseto-sul-americano-
que-emite-luz-azul.html
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107
Grupo de Comunicação
Veículo1: Goiabatech
Veículo2: Nitro News
Data: 22/09/2019
64% dos usuários de apps de carona têm carta, mas preferem não dirigir
Tudo bem que tem muita gente que tem lá
sua paixão pela direção, mas no trânsito do
dia-a-dia a grande maioria dos usuários de
apps de carona tem carteira de habilitação,
mas prefere ficar no banco dos passageiros.
É isso que concluiu um estudo global feito pelo
app de caronas BlaBlaCar, em parceria com o
instituto francês Le BIPE. A pesquisa incluiu
quase 7 mil pessoas em oito países, incluindo
o Brasil, e concluiu que 64% dos usuários do
aplicativo possuem carteira de motorista, mas
não querem dirigir. O mesmo levantamento
aponta que 33% dos motoristas cadastrados
também pegam carona de vez em quando e
60% dos passageiros possuem veículos.
Outro ponto de destaque é que 28% dos
usuários que não possuem carteira de
motorista resolvem adiar a posse de uma, por
falta de necessidade. Atualmente, o BlaBlaCar
conta com mais de 70 milhões de clientes no
mundo, sendo 5 milhões no Brasil.
–
Siga no Instagram: acompanhe nossos
bastidores, converse com nossa equipe, tire
suas dúvidas e saiba em primeira mão as
novidades que estão por vir no Canaltech.
–
E a preferência por meio de transportes
compartilhados também, pode, a curto e
médio prazo, colaborar para tornar o ar das
grandes cidades mais respirável. Uma prova
disso está em São Paulo, uma das maiores
cidades do mundo e cujo nível de
engarrafamentoss é mundialmente conhecido.
De acordo com dados da Companhia
Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB)
mostram que 90% da poluição da capital
paulista é produzida por veículos. Quem não
pode substituir o carro pelo transporte público
ou meios alternativos, tem optado por
compartilhar automóveis — especialmente
para trabalhar e estudar.
Compartilhamento de carona ajuda a baixar
emissão de CO2
O efeito positivo proporcionado pelas viagens
compartilhadas é grande: segundo a mesma
pesquisa da BlaBlaCar / Le BIPE, 1,6 milhão
de toneladas de CO2 deixaram de ser lançados
na atmosfera em 2018 — o equivalente ao
volume de CO2 absorvido em um ano por uma
floresta do tamanho de 730 mil campos de
futebol.
Ainda de acordo com o estudo, o Brasil é
destaque positivo em economia de dióxido de
carbono As caronas aqui lançam 33% menos
gás carbônico na atmosfera em comparação
com outros meios de transporte.
A paulista Vivian Keciores é uma das milhares
de pessoas que resolveram abandonar o carro.
“Em 2015 tive algumas complicações de saúde
e o remédio que eu tomava me dava muito
sono. Então decidi vender o meu carro e
comecei a usar ônibus, metrô, bicicleta e
pegar carona., afirma ela. “A vida
compartilhada é mais lógica nos dias atuais,
compartilhar é otimizar. Larguei o carro por
uma questão de saúde e hoje, consigo ver
como isso foi benéfico pra mim. Comecei a
economizar dinheiro, tempo, não preciso mais
me preocupar com as manutenções do carro.
Muito melhor”.
E nesse domingo (22), quando celebramos o
Dia Mundial Sem Carro, que tal fazer a sua
parte, deixando o carro na garagem e utilizar
meios de transportes públicos ou alternativos?
Opções para isso não faltam!
http://goiabatech.com.br/tecnologia/64-dos-
usuarios-de-apps-de-carona-tem-carta-mas-
preferem-nao-dirigir/
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108
Grupo de Comunicação
Veículo: G1 Natureza
Data: 23/09/2019
Primavera 2019: O que faz do equinócio
que marca o início da estação tão especial
Estação de transição entre o inverno e o verão
começa oficialmente nesta segunda-feira e vai
até o dia 22 de dezembro.
Por BBC
Início da primavera é marcado pelo fenômeno astronômico chamado equinócio — Foto: Globo Repórter
Já é primavera no hemisfério sul. A estação de
transição entre o inverno e o verão começa
oficialmente nesta segunda-feira (23) e vai até
o dia 22 de dezembro.
A sua chegada se deve a um fenômeno
astronômico chamado Equinócio - quando a
luz solar incide da mesma forma sobre os dois
hemisférios, fazendo com que os dias e as
noites tenham a mesma duração (12 horas
cada).
Esse evento acontece duas vezes por ano - e
dá início à primavera e ao outono.
A origem das estações do ano
Leva um ano para a Terra orbitar ao redor do
sol e, ao fazer isso, nosso planeta também
gira em tono do seu próprio eixo, movimento
que leva 24 horas.
Se o eixo da Terra estivesse a 90° ou
perpendicular ao plano de sua órbita, nosso
planeta seria muito diferente.
O nascer e o pôr do sol aconteceriam na
mesma hora todos os dias.
Também não teríamos estações do ano e
haveria um grande impacto nos padrões
climáticos em todo o mundo.
A razão pela qual isso não acontece é porque
a Terra está inclinada a 23,5 graus em relação
ao seu plano de órbita.
E é justamente essa inclinação que dá origem
às estações do ano.
No verão, o planeta está mais inclinado em
direção o sol e no inverno, mais afastado dele.
O que acontece no Equinócio?
Durante um equinócio, nenhum dos polos da
Terra está inclinado em relação ao Sol - com
isso, os raios solares incidem sobre a Linha do
Equador, iluminando com a mesma
intensidade ambos os hemisférios.
É por isso que a duração da luz do dia é
teoricamente a mesma em todos os pontos da
superfície da Terra.
Daí o nome equinócio, palavra derivada do
latim, que significa "noites iguais".
https://g1.globo.com/natureza/noticia/2019/0
9/23/primavera-2019-o-que-faz-do-equinocio-
que-marca-o-inicio-da-estacao-tao-
especial.ghtml
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109
Grupo de Comunicação
Veículo: G1 Natureza
Data: 22/09/2019
Não conter desmatamento na Amazônia é
"suicídio", alerta especialista brasileiro
na ONU
O cientista Carlos Nobre está na sede das
Nações Unidas, onde participa de um dos
encontros da Cúpula do Clima
Por France Presse
A Amazônia está se tornando uma savana e
não combater completamente o
desmatamento "será um suicídio", alertou o
cientista brasileiro Carlos Nobre no domingo
(22) na ONU, um dos especialistas em
florestas tropicais mais respeitados do mundo.
"Há indícios de que o processo de savanização
começou" em mais da metade da floresta,
disse Nobre, pesquisador do Instituto de
Estudos Avançados da Universidade Federal de
São Paulo, em entrevista à AFP na véspera da
cúpula climática na ONU.
"Dá para reverter? Acho que dá. Mas se o
desmatamento continuar, se não tiver
controle, temos um enorme risco de perder
boa parte da Amazônia. Seria suicídio",
afirmou.
Nobre, 68 anos, disse que a capacidade da
Amazônia de absorver carbono ainda é
positiva "mas está em declínio".
Ele também disse que a estação seca está
ficando mais longa em 60% da Amazônia e
que há uma tendência maior na mortalidade
de árvores que precisam de mais umidade.
Potência da biodiversidade
"Todos esses fatores são sinais precursores de
um ponto de ruptura, por isso é importante
alcançar o desmatamento zero. Não vale mais
a pena falar sobre desmatamento legal ou
ilegal, deve ser zero e uma grande área de
floresta deve ser restaurada", opinou.
Segundo dados oficiais, o desmatamento da
Amazônia brasileira praticamente dobrou entre
janeiro e agosto, passando de 3.336,7 km2 no
período de 2018 para 6.404,4 km2 neste ano,
o equivalente a 640.000 campos de futebol.
Se a savana chegar a ocupar de 50% a 60%
do Brasil, o processo será "irreversível",
alertou Nobre no evento "Amazônia Possível",
celebrado na ONU a fim de promover um novo
modelo de desenvolvimento empresarial que
respeite a biodiversidade. Recuperar a floresta
levaria séculos ou um milênio.
"É agora que nós precisamos mudar. Não
temos mais tempo a perder", advertiu.
Nobre lembrou que dois hectares da Amazônia
contêm mais espécies do que em toda a
Europa, e que somente uma árvore amazônica
tem mais espécies de formigas do que vários
países europeus.
"Queremos nos tornar uma potência militar,
mas o maior potencial do Brasil é ser uma
potência ambiental, da biodiversidade",
afirmou.
O Brasil, com 60% da Amazônia, se
comprometeu no Acordo de Paris, assinado em
2015, a restaurar 12 milhões de hectares de
floresta.
Ecosuicida
Durante o diálogo "Amazônia Possível", dois
jovens protestaram quando o ministro do Meio
Ambiente, Ricardo Salles, discursou.
Os jovens, que usavam lenços no rosto, nos
quais se liam as palavras "Eco" e "Suicídio", e
acenaram uma placa com a inscrição "Salles",
protestaram silenciosamente contra a política
ambiental do governo brasileiro, cético em
relação às mudanças climáticas e que reverteu
várias medidas de proteção. ambiental.
O Brasil tenta convencer o mundo de que a
situação na Amazônia está sob controle, mas o
110
Grupo de Comunicação
desmatamento disparou, assim como os
incêndios florestais, gerando a uma crise
internacional em agosto.
O secretário-geral da ONU e líderes de países
como França, Alemanha, Colômbia, Chile,
realizarão uma reunião para discutir a situação
na Amazônia na segunda-feira (23), antes do
início da cúpula climática da ONU. O
presidente Jair Bolsonaro não comparecerá.
O chanceler Ernesto Araújo negou
recentemente em Washington a existência de
uma emergência climática e disse que alguns
países procuram restringir a soberania do
Brasil promovendo o "climatismo".
Para Nobre, "a pressão internacional é
essencial" para conter o desmatamento.
"Rigor com produtos que vêm da Amazônia,
não comprar nada que não tenha certificado,
tudo isso é importante", frisou.
Nobre ressalta que o governo precisa ter
tolerância zero com o desmatamento - que é
90% ilegal-, e que a indústria do agronegócio
– também em grande parte responsável ao
desmatar para vender madeira, para plantar
cultivos ou para o pasto de gado - deve mudar
seu modelo econômico.
Nobre ilustra seu argumento com valores. Ele
afirma que o cultivo de cacau, açaí e castanha
na Amazônia ocupa somente 4.000 km2 e
gera 7 bilhões de reais, enquanto a atividade
pecuária e o cultivo de soja em cinco estados
amazônicos brasileiros ocupa 240.000 km2 e
gera 14 bilhões de reais. "Esses números são
muito importantes. Esse potencial existe".
"Falta valor agregado, desenvolver,
reindustrializar o país", aponta. Para o
especialista, as bioindústrias têm o potencial
de gerar desenvolvimento econômico
respeitando o meio ambiente e tirando
milhões de habitantes da Amazônia da
pobreza.
https://g1.globo.com/natureza/noticia/2019/0
9/22/nao-conter-desmatamento-na-amazonia-
e-suicidio-alerta-especialista-brasileiro-na-
onu.ghtml
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Data: 23/09/2019
111
Grupo de Comunicação
FOLHA DE S. PAULO Painel: Sob impacto do assassinato de
Ághata, deputados agem para derrubar
excludente de ilicitude
A menina e o Golias
Em meio à comoção com a morte de Ágatha
Félix, 8, o grupo de trabalho da Câmara que
analisa o pacote anticrime de Sergio Moro
(Justiça) deve derrubar do texto o excludente de
ilicitude, nesta terça (24). Hoje, há maioria
contra o abrandamento da punição a policiais e
militares que cometam excessos –como prevê a
proposta do ministro. Essa ala entende que o
Código Penal já assegura respaldo à atuação dos
agentes e que não há justificativa para flexibilizar
a legislação atual.
Letra da lei
Deputados que integram o colegiado dizem que a
aprovação do trecho sugerido por Moro soaria
como aval do Congresso a ações policiais
agressivas. Uma punição no caso de Ágatha, por
exemplo, seria difícil.
Letra da lei 2
Na proposta de Moro, o juiz pode reduzir a pena
à metade ou deixar de aplicá-la se o excesso do
agente ocorrer por “escusável medo, surpresa ou
violenta emoção”. O trecho deve ser suprimido.
Estímulo
“Não podemos permitir que uma mudança na lei
ultrapasse os limites da proteção policial para se
tornar uma ameaça à sociedade. Em nome da
legítima defesa, abre-se caminho para a
execução sumária”, afirma o deputado Marcelo
Freixo (PSOL-RJ), que faz parte do grupo.
Nem lá nem cá
Coordenadora do colegiado, Margarete Coelho
(PP-PI) diz que “não se pode falar em excludente
de ilicitude tão amplo e irrestrito”. Ela defende a
adoção de um meio termo entre o que diz a
proposta de Moro e a derrubada integral do
trecho que trata do excludente de ilicitude.
Trem de pouso
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ),
quer construir um acordo para manter o veto de
Jair Bolsonaro ao projeto que determinou que
empresas aéreas não cobrem por bagagens
acima de 10 kg. Parlamentares, porém, ainda
resistem.
Tráfego aéreo
A ideia é esperar para ver se a chegada de
companhias de baixo custo estrangeiras, cuja
entrada no mercado brasileiro foi autorizada pelo
mesmo projeto, vai surtir efeito na redução do
preço das passagens. O veto está trancando a
pauta de votações do Congresso.
Falo e faço?
O MBL vai usar seu congresso, em novembro,
para tentar espelhar a mudança que seus líderes
têm pregado. O encontro prevê mesa sobre
reforma política com nomes de diversos partidos,
inclusive de esquerda.
Ocupar e…
Um grupo recém-criado pelo TSE para combater
fake news na eleição de 2020 terá como uma
prioridade a defesa da urna eletrônica, alvo de
ataques do presidente Jair Bolsonaro.
…resistir
Haverá uma campanha sobre o aparelho, além
de novos testes. “Vamos ampliar a transparência
do processo e de educação sobre a urna”, diz o
juiz Ricardo Fioreze, coordenador dos trabalhos.
Cacofonia
Criado em 30 de agosto, o grupo tem sete
integrantes, entre os quais o ex-diretor-geral da
PF Rogério Galloro. É a primeira vez que há uma
estrutura formal como essa na Justiça Eleitoral
contra fake news. “Na eleição municipal, com
milhares de candidatos, o trabalho do TSE será
ainda mais difícil do que no ano passado”, prevê
Fioreze.
Réplica
A defesa do ex-presidente Lula apresentou
manifestação ao STF para rebater os argumentos
do juiz da Lava Jato em Curitiba, Luiz Antonio
Bonat, sobre conversas do petista com
autoridades que foram interceptadas pela PF mas
ficaram de fora do processo. Bonat disse, entre
outros pontos, que o material era irrelevante
para a investigação.
A quem de direito
Na petição ao Supremo, os advogados do petista
dizem que a análise da relevância cabia à própria
corte, porque antes da conversa com a então
presidente Dilma Rousseff, Lula havia falado com
o então vice-presidente Michel Temer, com
deputados e senadores –todos com prerrogativas
de foro.
Narrativa
Data: 23/09/2019
112
Grupo de Comunicação
“Diálogos foram omitidos porque mostravam um
cenário totalmente diferente daquele que as
autoridades de Curitiba sustentaram”, diz a
defesa do petista.
Marcha lenta
Os processos contra oito deputados do PDT que
votaram a favor da reforma da Previdência
contrariando orientação da direção do partido só
devem andar a partir de outubro.
TIROTEIO
A decisão do Barroso foi espetacular e o trabalho
da PF, brilhante. Quem tem telhado de vidro sabe
que a casa pode cair
Do líder do PSL, deputado Delegado Waldir (GO),
sobre a operação que mirou o líder do governo
no Senado, Fernando Bezerra (MDB-PE)
https://painel.blogfolha.uol.com.br/2019/09/23/s
ob-impacto-do-assassinato-de-aghata-
deputados-agem-para-derrubar-excludente-de-
ilicitude/
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Data: 23/09/2019
113
Grupo de Comunicação
ONU pede a países planos e menos discurso
Cúpula do clima da ONU quer aumentar ambição
das metas nacionais já firmadas no Acordo de
Paris, em 2015
Ana Carolina Amaral
NOVA YORK
O secretário-geral da ONU, Antonio Guterres,
recebe nesta segunda-feira (23) chefes de
Estados de cerca de cem países para a cúpula do
clima, que deve contar com discursos de 63
deles.
O evento acontece na sede da ONU em Nova
York e aproveita a chegada dos líderes na
véspera da Assembleia-Geral da ONU, que será
aberta na terça (24).
O secretário-geral decidiu não oferecer espaço no
palco para países que não tenham anunciado de
antemão planos para aumentar suas metas
climáticas. O critério veta discursos de países
como o Brasil, Estados Unidos, Austrália e Japão.
Segundo o porta-voz da secretaria-geral da ONU,
Stephane Dujarric, os países haviam recebido
uma carta em que Guterres pedia que chegassem
à cúpula do clima “com planos, não com
discursos”.
À imprensa, o secretário-geral enfatizou que não
está bloqueando nenhum país de participar do
evento, mas que apenas “aqueles com as
propostas mais corajosas ganharão o palco”.
Apesar da ausência do governo do país no palco,
uma jovem brasileira deve discursar na abertura
da cúpula. Paloma Costa Oliveira é coordenadora
de clima da ONG Engajamundo, formada
exclusivamente por jovens de até 29 anos e
voltada à capacitação para o ativismo climático.
Ela foi convidada pela ONU para compor a mesa
de abertura junto a Guterres e à adolescente
sueca Greta Thunberg, que criou as greves
estudantis pedindo ação dos líderes mundiais
para conter as mudanças climáticas.
As metas apresentadas pelos países na
assinatura do Acordo de Paris, em 2015, não são
suficientes para conter os cenários mais
desastrosos do aquecimento global. Segundo
relatório divulgado neste domingo (22) pela
agência de meteorologia da ONU, a temperatura
média mundial entre 2015 a 2019 deve ser a
mais alta da história, em comparação com
qualquer período de cinco anos já registrado.
O Itamaraty havia afirmado em nota que
entregou à ONU um plano para cumprir as metas
atuais, que já seriam muito ambiciosas.
Uma das razões apresentadas pelo governo para
explicar a ausência na lista de oradores foi o fato
de o país não estar representado por um chefe
de Estado na cúpula do clima. O ministro do Meio
Ambiente, Ricardo Salles, representará o governo
brasileiro no evento. “Se me deixarem, eu falo”,
afirmou.
No entanto, o porta-voz da secretaria-geral
confirmou à Folha que a decisão da ONU foi
baseada no comprometimento demonstrado
pelos países em aumentar suas metas climáticas.
“A decisão não é sobre quem entrega o discurso,
mas sobre qual o conteúdo dele”. afirmou
Dujarric.
Pelo calendário das negociações das COPs do
Clima, as das metas devem acontecer entre 2020
e 2023. Entre diplomatas do Itamaraty, a
avaliação é de que a ação do secretário-geral
atropela as negociações que acontecem na
agência de mudanças climáticas.
No entanto, entre diretores da agência de
mudanças climáticas da ONU (UNFCCC) a decisão
de Guterres de vetar do palco países que não
anunciaram compromissos mais ambiciosos foi
bem recebida.
Três oficiais ouvidos pela Folha afirmaram que o
secretário toma uma atitude ousada e eleva o
nível de exigência ao impor condições para que
os países discursem na cúpula do clima. Segundo
eles, a decisão é possível por se tratar de um
evento organizado pelo secretário-geral, que não
segue, portanto, o protocolo da Assembleia-Geral
(onde todos os países devem discursar).
O espaço de fala do governo brasileiro também
está reduzido do lado de fora do plenário da
ONU. Em um fim de semana preenchido por
eventos que debatem a situação da Amazônia —
voltadas a setores brasileiros e também ao
público internacional— as discussões não se
dedicaram ao papel do poder público.
Neste domingo, Salles pediu para participar de
um evento convocado pelo cofundador da Natura,
Guilherme Leal, para discutir compromissos que
Data: 23/09/2019
114
Grupo de Comunicação
o setor privado brasileiro poderia assumir para a
conservação da Amazônia.
O ministro ficou na plateia e tomou notas durante
o evento, que teve o palco dividido por
representantes do agronegócio, da academia, da
sociedade civil, e de empresas do Sistema B,
rede internacional de negócios com compromisso
socioambiental.
Convidado a falar ao final do evento, o ministro
subiu à beirada do palco e se limitou a fazer
referência às falas dos participantes, sem
anunciar compromissos do ministério.
Sob o título “Amazônia possível”, Guilherme Leal
busca reunir o setor privado em torno de
compromissos que possam ser apresentados na
COP-25 do Clima, que acontece no Chile em
dezembro. O momento foi escolhido, segundo
ele, por chamar a atenção da comunidade
internacional para o compromisso brasileiro com
a Amazônia.
A jornalista viajou a convite da Anistia
Internacional e do Instituto Clima e Sociedade
(ICS)
https://www1.folha.uol.com.br/ambiente/2019/0
9/onu-pede-a-paises-planos-e-menos-
discurso.shtml
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Data: 23/09/2019
115
Grupo de Comunicação
Agrotóxicos são ameaça a anfíbios no Rio
Grande do Sul
Estudo da Universidade de Passo Fundo apontou
taxa de deformações acima do normal em sapos
e rãs
Paula Sperb
PORTO ALEGRE
Sapo com três pernas traseiras, rã sem os dedos
e perereca com membros encurtados. Uma
pesquisa mostrou que deformações em anuros —
os anfíbios citados acima— podem estar
relacionadas à presença de agrotóxicos no
ambiente natural dessas espécies.
O estudo realizado pela UPF (Universidade de
Passo Fundo) indica também que as
malformações são um risco para a preservação
desses animais a longo prazo. O grupo já sofre
com um decréscimo na sua população mundial.
Em março, a revista Science publicou artigo
chamando a queda no número de anfíbios em
escala global de catastrófica. São 501 espécies
em declínio por causa de um fungo. Outras
pesquisas estrangeiras também dão conta da
contaminação do ambiente como causa dos
problemas.
Pesquisadores da UPF estudaram 1.674 indivíduos de
31 espécies de anuros coletados entre 2001 e 2017 -
Universidade de Passo Fundo/Divulgação
O trabalho da UPF estudou 1.674 indivíduos de
31 espécies de áreas de floresta, periurbana e
rural, com plantação especialmente de soja e
trigo, do norte do Rio Grande do Sul. As duas
culturas, quando cultivadas de forma não
orgânica como nesse caso, levam agrotóxicos,
especialmente o glifosato. Diversos estudos feitos
fora do Brasil já apontavam a toxicidade por
glifosato para os anfíbios.
Segundo Noeli Zanella, uma das pesquisadoras e
professora do Programa de Pós-Graduação de
Ciências Ambientais da UPF, as deformações em
até 5% das amostras podem ser consideradas
normais. Porém, o estudo mostrou um resultado
superior a 5% na área, o que é entendido um
"hotspot", ou seja, um ponto crítico para a
incidência dos problemas físicos.
Os humanos têm um bom motivo para se
preocupar com o que acontece com os sapos.
Esses bichos são indicadores ambientais, uma
medida para saber se há equilíbrio ou
desequilíbrio ecológico. "Os anfíbios são muito
importantes porque atestam a saúde do
ambiente. Se está bem preservado, tem
anfíbios", explica Carlos Jared, pesquisador do
Instituto Butantã e diretor do Laboratório de
Biologia Celular.
Eles funcionam como um termômetro ambiental
por causa da pele, que é altamente permeável.
"Os anfíbios não têm essa capa de proteção de
queratina ou quitina que nós temos e que outros
animais possuem. Além disso, são dependentes
da água. Se você colocar o anfíbio em ambiente
sem água ele seca e morre", explica Jared.
É justamente a pele permeável e a dependência
dos anfíbios da água a principal evidência da
relação entre os agrotóxicos e suas deformações
encontradas.
"Essa falta de proteção cutânea é grande.
Qualquer medicamento entra. Por isso [o
agrotóxico] é potencialmente um causador de
problemas, sem dúvida. Pode ter acontecido",
afirma o pesquisador do Butantã.
Segundo o estudo da UPF, três espécies do
levantamento têm maior frequência de
malformações. Mesmo com diferenças de habitat
e características físicas, as espécies
compartilham a necessidade da água para o
desenvolvimento dos girinos.
As espécies Odontophrynus americanus e O.
aromothyella deixam seus ovos diretamente na
água parada para o crescimento. Por sua vez,
Leptodactylus mystacinus faz a desova nos
ninhos de espuma, também na água.
Zanella explica que se sabe que a água onde
vivem os animais na região é afetada pelos
Data: 23/09/2019
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Grupo de Comunicação
agrotóxicos. Porém, uma nova fase do estudo vai
testar amostras para identificar exatamente
quais produtos estão presentes também no
sangue dos anfíbios.
O grupo responsável pela pesquisa espera que
esse e os demais resultados colaborem para um
planejamento efetivo de conservação dessas
espécies.
https://www1.folha.uol.com.br/ambiente/2019/0
9/agrotoxicos-sao-ameaca-a-anfibios-no-rio-
grande-do-sul.shtml
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Data: 23/09/2019
117
Grupo de Comunicação
Forças Armadas do Brasil tentam evitar
intervenção na Venezuela
Países da Organização dos Estados Americanos
ameaçam reativar tratado que pode resultar em
intervenção militar no país
O cerco de países da OEA (Organização dos
Estados Americanos) à Venezuela, com a ameaça
de reativar um tratado que pode resultar em uma
intervenção militar no país, não altera a
disposição das Forças Armadas do Brasil de ficar
longe de qualquer conflito com a nação vizinha.
DE LONGE
O Brasil votou a favor da convocação de uma
reunião para reativar o Tiar (Tratado
Interamericano de Assistência Recíproca). Um
dos militares do núcleo do governo, no entanto,
disse à coluna que o país seguirá trabalhando
para evitar a intervenção.
TUDO IGUAL
“Nada muda”, afirmou o militar à coluna quando
questionado sobre a possibilidade de uma
escalada na crise com a Venezuela.
DATA
A reunião da OEA deve ocorrer paralelamente à
da ONU, nesta semana.
MARÉ
Bolsonaro viajará a Nova York em um momento
de baixa de Donald Trump, seu principal aliado
no cenário internacional.
MARÉ 2
De acordo com pesquisa da Fox News do dia 19,
Trump perderia as eleições para o democrata Joe
Biden por 52% a 38%; de Bernie Sanders, por
48% a 40%. E de Elizabeth Warren, por 46% a
40%.
SUOR
Outros aliados de Bolsonaro pelo mundo também
sofrem: Maurício Macri está atrás do peronista
Alberto Fernández na eleição presidencial da
Argentina e Binyamin Netanyahu passa por
sufoco nas urnas de Israel.
PONTO
A Justiça Federal de SP determinou que delatores
da Odebrecht no estado e outros, como Adir
Assad, realizem trabalhos burocráticos, longe do
público.
PONTO 2
Eles vão dar expediente uma vez por semana na
sede administrativa da Justiça Federal. Os
serviços fazem parte da pena acertada com o
MPF (Ministério Público Federal). A ideia é evitar
exposição e assédio da imprensa.
BATE-PAPO
O ex-presidenciável Guilherme Boulos, do PSOL,
lança um podcast nesta semana. Ele pretende
fazer uma análise semanal da política “do ponto
de vista da esquerda”. E também realizar
entrevistas.
SOU TODO SEU
A atriz Denise Fraga recebeu o carinho da
também atriz Glória Menezes após se apresentar
na estreia do monólogo “Eu de Você”, no Teatro
Vivo, em São Paulo, na quinta-feira (19). Os
atores Ilana Kaplan e André Acioli foram
prestigiar a peça. Assim como o crítico de arte
Evaristo Martins de Azevedo e o jornalista Celso
Curi.
MARTELO
O processo sobre o sítio de Atibaia, que
condenou o ex-presidente Lula a 12 anos e 11
meses de prisão na primeira instância, começou
a andar no TRF-4 (Tribunal Regional Federal da
4ª Região), que julga os processos na segunda
instância. Audiências já foram marcadas para
esta semana.
DANÇA DAS CADEIRAS
O Ministério da Cidadania trocou, só na semana
passada, os superintendentes do Iphan no
Distrito Federal e nos estados de Goiás e Paraná.
O presidente nacional do IAB (Instituto de
Arquitetos do Brasil), Nivaldo Andrade, diz estar
preocupado com indicações de nomes sem
experiência na área.
OFÍCIO
Em junho, Andrade encaminhou uma carta ao
ministro da Cidadania, Osmar Terra,
questionando-o sobre informações de que
indicações a cargos do Iphan seriam objeto de
negociações politico-partidárias. A pasta não
comenta.
TRABALHO
Uma prisão em São Luís, no Maranhão, vai
implantar um projeto de cooperativa entre as
detentas para a produção de artesanato e artigos
têxteis. A proposta tem como objetivo capacitar
as prisioneiras para que elas administrem o seu
próprio negócio.
Data: 23/09/2019
118
Grupo de Comunicação
MANUAL
O projeto é fruto de uma parceria do governo
com o Instituto Humanitas 360 e o Conselho
Nacional de Justiça. A iniciativa replica uma
experiência executada na Penitenciária Feminina
de Tremembé, em SP, e que deu origem à marca
Tereza, de artigos produzidos por detentas.
DAMA
A atriz Alessandra Maestrini será um dos artistas
que interpretará papéis icônicos vividos por Bibi
Ferreira em sua carreira. As performances serão
realizadas na entrega do Prêmio Bibi Ferreira,
que ocorre na terça (24), no Teatro Renault.
BLOQUINHOS
O ator e apresentador Tiago Abravanel foi
conferir a abertura da mostra “DC Super Hereos -
The Art Of The Brick“, na Oca do Ibirapuera, em
SP, na quinta-feira (19). A promoter Carol
Sampaio, o produtor
cultural João Paulo Affonseca e a atriz Carolina
Holanda também passaram por lá.
CURTO-CIRCUITO
O Memorial da Imigração Judaica e do
Holocausto promove palestra sobre os efeitos da
propaganda nazista. Nesta segunda (23), às 19h.
O documentário “Ruivaldo, o Homem que Salvou
a Terra”, dirigido por Jorge Bodanzky, estreia
nesta segunda (23) em Bruxelas, na Bélgica.
Mário Alves Reberhy ‘Ribahi’ inaugura a
exposição “Encanto”, com parte da renda
revertida para ONGs que cuidam de crianças
refugiadas. Na terça (24), na rua Haddock Lobo,
1.151.
com BRUNA NARCIZO, BRUNO B. SORAGGI,
GABRIEL RIGONI e VICTORIA AZEVEDO
https://www1.folha.uol.com.br/colunas/monicabe
rgamo/2019/09/forcas-armadas-do-brasil-
tentam-evitar-intervencao-na-venezuela.shtml
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Data: 23/09/2019
119
Grupo de Comunicação
Desinvestimento em combustível fóssil tem
impacto zero no clima, diz Bill Gates
Para o bilionário filantropo, seria melhor investir
em tecnologias inovadoras de energia para
mudar o mundo
Andrew Edgecliffe-Johnson
Billy Nauman
NOVA YORK | FINANCIAL TIMES
Os ativistas do clima estão desperdiçando seu
tempo ao pressionar investidores para que
vendam suas ações em companhias do ramo de
combustíveis fósseis, de acordo com Bill Gates, o
bilionário cofundador da Microsoft que é um dos
mais proeminentes filantropos do planeta.
Aqueles que desejam mudar o mundo fariam
melhor em colocar seu dinheiro e energia no
desenvolvimento de tecnologias desordenadoras
que desacelerem as emissões de carbono e
ajudem as pessoas a se adaptar a um planeta
mais quente, disse Gates ao Financial Times.
"O desinvestimento, até agora, provavelmente
reduziu as emissões em zero tonelada. Não é
como se as pessoas que produzem aço e gasolina
ficassem privadas de capital", ele disse. "Não
vejo um mecanismo de ação sob o qual o
desinvestimento [impediria] as emissões [de]
crescer a cada ano. Sou numérico demais".
Fundos de pensão, a Igreja Anglicana e até
mesmo um veiculo de investimento que
administra a fortuna petroleira da família
Rockefeller são parte do crescente grupo de
investidores que abandonaram total ou
parcialmente suas posições acionárias em
empresas de combustível fóssil, nos últimos
anos, conduzidos pela convicção de que as
finanças podem ser uma ferramenta para
combater a mudança no clima.
Mas Gates questionou a "teoria de mudança" do
desinvestimento, argumentando que investidores
que desejam usar seu dinheiro para promover
progresso encontrariam resultados melhores
bancando negócios inovadores como a Beyond
Meat e a Impossible Foods, duas companhias que
desenvolvem formas alternativas de proteína nas
quais ele investiu.
"Quando houver bilhões de dólares apoiando a
criação de empreendimentos inovadores de
energia, bancando apenas companhias que, caso
encontrem sucesso, reduzirão as emissões de
gases causadores do efeito estufa em 0,5%,
nesse caso poderei ver uma relação de causa e
efeito", ele disse.
Os ativistas dizem que os argumentos contrários
ao desinvestimento no setor de combustível fóssil
ignoram um aspecto mais importante. A ideia
não é privar as companhias de capital, mas
remover sua licença social de operação, tornando
mais fácil para os governos agir quanto a
questões climáticas ao quebrar o domínio das
companhias de combustível fóssil sobre os
políticos, de acordo com a 350.org, uma
organização ativista americana na área do clima,
que obteve o compromisso de 1.100 mil
investidores de que reduzirão ou eliminarão seus
investimentos em combustível fóssil.
A teoria se baseia no movimento que promoveu o
desinvestimento na África do Sul na década de
1980, de acordo com Richard Brooks,
coordenador de campanhas de desinvestimento
na 350.org. "Estudamos campanhas que criaram
mudança real", ele disse. "A derrubada do
sistema do apartheid estava ligada ao movimento
de desinvestimento. Ele não foi o único fator,
mas certamente contribuiu".
A Fundação Bill & Melinda Gates na terça-feira
divulgou o relatório "Goalkeepers", que
acompanha o progresso do planeta rumo ao
cumprimento das Metas de Desenvolvimento
Sustentável da ONU. Na reunião da Assembleia
Geral das Nações Unidas na semana que vem, os
líderes mundiais prometerão atingir essas metas
até 2030.
No entanto, Gates disse que "não estamos nem
perto de melhorar com rapidez suficiente para
atingir essas metas... É uma terrível injustiça que
as pessoas que mais sofrem sejam os
agricultores mais pobres do planeta. Eles nada
fizeram para causar a mudança do clima, mas,
porque dependem da chuva para ganhar a vida,
estão na linha de frente do combate contra ela".
Data: 23/09/2019
120
Grupo de Comunicação
Depois de falar ao Financial Times, a revista The
New Yorker reportou que ele fez uma doação de
US$ 2 milhões ao Media Lab do Instituto de
Tecnologia de Massachusetts (MIT) a pedido do
pedófilo condenado Jeffrey Epstein.
Gates recusou diversos pedidos de uma
entrevista para esclarecimento. Um porta-voz
disse que "Epstein foi apresentado a Bill Gates
como uma pessoa interessada em ajudar a
promover a filantropia. Ainda que Epstein tenha
buscado contatos agressivamente, qualquer
relato de uma parceria de negócios ou
relacionamento pessoal entre os dois
simplesmente não é verdade. E qualquer
afirmação de que Epstein controlasse qualquer
doação programática ou pessoal de Bill Gates é
completamente falsa".
Tradução de Paulo Migliacci
https://www1.folha.uol.com.br/ambiente/2019/0
9/desinvestimento-em-combustivel-fossil-tem-
impacto-zero-no-clima-diz-bill-gates.shtml
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Data: 23/09/2019
121
Grupo de Comunicação
'Imagine Bolsonaro sendo julgado por
ecocídio em Haia', sugere NYT
'Mini-Trump', brasileiro se tornou 'garoto-
propaganda' da necessidade de criminalizar a
destruição do meio ambiente
Nélson de Sá
Jair Bolsonaro chega a Nova York com o New
York Times publicando “O que esperar da
Assembleia Geral da ONU” na cidade, em “cinco
dias de discursos, centenas de reuniões —e
confrontos sobre mudança do clima”. Para
começar, na terça, “Líderes com mesma cabeça:
Bolsonaro, Trump, Sisi”.
O americano fala após o brasileiro, “chamado de
mini-Trump, uma figura polarizadora que, como
Trump, nega a mudança no clima e ridiculariza
críticos no Twitter”. Em seguida fala o ditador
egípcio, “ex-general que virou símbolo da
repressão da Primavera Árabe”.
Também na edição de segunda do jornal,
“Bachelet, chefe de direitos humanos da ONU, diz
sentir pena pelo Brasil” sob Bolsonaro. É
referência ao relato publicado pelo chileno La
Tercera, com a entrevista dada pela ex-
presidente à principal TV de seu país.
E a edição de domingo do NYT trouxe artigo
assinado pelo chefe do escritório no Rio, o ex-
editorialista Ernesto Londoño, com a chamada
“Podemos tornar a destruição da Amazônia um
crime contra a humanidade?”, alterada depois
para "Imagine Bolsonaro sendo julgado por
ecocídio em Haia".
Aprofundando questão levantada no site
acadêmico The Conversation, ele ouve
defensores da criminalização da destruição do
meio ambiente. Diz um deles: “Bolsonaro se
tornou o garoto-propaganda da necessidade de
estabelecer o crime de ecocídio”.
MACRON, PIÑERA & DUQUE
Na França, sob o título “ONU se reúne, Amazônia
ainda queima”, a revista Le Point destaca que
nesta segunda o presidente Emmanuel Macron
lança em Nova York “um chamado para a
mobilização” pela Amazônia, com Sebastian
Piñera, do Chile, e Ivan Duque, da Colômbia, “e
sem o Brasil”.
PROPAGANDA E MARKETING
O Financial Times noticia o esforço publicitário de
Bolsonaro para relançar “sua imagem depois das
queimadas”. Detalha a campanha mundial “em
televisão e jornais” produzida “pela agência Calia
Y2 Propaganda e Marketing e lançada com o
início da Assembleia Geral da ONU em Nova
York”.
Ouve de “uma autoridade sênior” do governo que
“a retórica de Bolsonaro não ajuda nada” —e
conclui que a campanha toda poderá ser “minada
por seus confrontos com a Europa”.
ÁGATHA, 8
No alto da home da BBC (acima), por Le Figaro e
The Guardian e em despacho da americana
Associated Press, entre outros, "Clamor no Rio,
polícia é acusada de matar menina". A maioria
dos relatos citados dá o governador Wilson Witzel
como "aliado de extrema direita de Bolsonaro".
Nelson de Sá
Jornalista, foi editor da Ilustrada.
https://www1.folha.uol.com.br/colunas/nelsonde
sa/2019/09/imagine-bolsonaro-sendo-julgado-
por-ecocidio-em-haia-sugere-nyt.shtml
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Data: 23/09/2019
122
Grupo de Comunicação
Uma resposta para Greta
Entramos nessa semana do clima pela porta dos
fundos
Tabata Amaral
Participo nesta segunda (23), em Nova York, de
uma mesa de debates sobre o meio ambiente,
em um evento paralelo à Cúpula do Clima da
ONU, que busca acelerar de forma ambiciosa os
compromissos do Acordo de Paris para a
contenção do aumento da temperatura do
planeta.
Preparei-me para a discussão organizada pelos
Movimentos Acredito, Agora e Livres sob o peso
das notícias recentes, como o veto da União
Europeia a 28 ativos de agrotóxicos liberados no
Brasil e a cobrança por maior proteção da
Amazônia feita por fundos de investimento de 30
países, que sozinhos somam R$ 65 trilhões.
Depois de o governo Bolsonaro observar nossa
floresta queimar por dias a fio antes de esboçar
uma ação e a ONU ter vetado o discurso que o
Brasil faria hoje, por não termos apresentado
novos compromissos contra as mudanças
climáticas, reconheço, envergonhada, que
entramos nessa semana do clima pela porta dos
fundos.
Diante dos acontecimentos mais recentes,
acompanhei com muita esperança a viagem de
Greta Thunberg, a ativista sueca de apenas 16
anos que atravessou o Atlântico rumo à mesma
NY em um veleiro movido a energia solar com
zero emissão de gás, em protesto contra a
indústria da aviação.
Diante de um compromisso tão genuíno com a
causa ambiental, pergunto-me qual resposta
podemos dar ao Brasil e ao mundo, em
contraponto às teorias conspiratórias e respostas
improvisadas do governo Bolsonaro.
Afinal de contas, a visão distorcida e simplista do
presidente não faz jus ao respeito que já
conquistáramos no nível global por políticas
voltadas ao desenvolvimento sustentável e nem
ao comprometimento de uma parte importante
de nossa sociedade com a questão ambiental.
Há, sim, brasileiros engajados na causa e
parlamentares dispostos a enfrentar com
coragem a insanidade que tomou conta de
diferentes áreas do governo, não se restringindo
apenas às políticas ambientais.
A Comissão Especial do Meio Ambiente da qual
assumi a relatoria é a segunda com foco no
acompanhamento de ministérios (a outra é a de
Educação) e tem o compromisso de fazer um
balanço da gestão ambiental, por meio de um
diagnóstico das políticas da área e suas
consequências socioeconômicas, assim como
emitir recomendações normativas e
administrativas.
Volto-me para essa agenda com o empenho com
que atuo na educação e em outras bandeiras de
meu mandato, como as políticas voltadas às
mulheres e jovens.
Para além da defesa das conquistas já obtidas,
acreditamos que é possível avançar a partir de
plataformas inovadoras, como a bioeconomia.
Segundo um estudo da OCDE (Organização para
a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), a
biotecnologia movimenta 2 trilhões de euros
globalmente em biocombustíveis, bioplásticos e
um conjunto ilimitado de produtos e serviços
sustentáveis que estão surgindo, fruto da
convergência entre as ciências biológicas e físicas
e as engenharias.
Podemos liderar essa agenda, especialmente no
âmbito do agronegócio, regulamentando os
processos e gerando incentivos. Um outro
caminho é o desincentivo à emissão de gases
Data: 23/09/2019
123
Grupo de Comunicação
estufa, via tributação sobre a pegada de carbono
ou o estímulo ao mercado de compensação de
carbono.
Não temos o direito de ficar indiferentes às
mudanças climáticas. À ciência não importam
nossas opiniões pessoais e, enquanto
alimentamos uma guerra ideológica sem fim, o
que está em jogo é a vida de 43,7 milhões de
jovens brasileiros que, assim como a Greta, têm
hoje seu futuro ameaçado.
Tabata Amaral
Cientista política, astrofísica e deputada federal
pelo PDT-SP. Formada em Harvard, criou o Mapa
educação e é cofundadora do Movimento
Acredito.
https://www1.folha.uol.com.br/colunas/nelsonde
sa/2019/09/imagine-bolsonaro-sendo-julgado-
por-ecocidio-em-haia-sugere-nyt.shtml
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Data: 23/09/2019
124
Grupo de Comunicação
O recado de Greta
Greve pelo clima nas cidades exige menos
discurso e mais ações efetivas
Nabil Bonduki
Vamos deixar de lado, por ora, os malucos
negacionistas do governo Bolsonaro, pois deles
nada pode se esperar. Vamos deixar de pensar,
por alguns minutos, na Amazônia, apesar do
enorme impacto ambiental causado pelos
desmatamentos e queimadas.
Enfrentar a questão ambiental urbana é tão
importante quanto manter as florestas em pé. No
entanto, o tema não tem merecido atenção da
sociedade nem ações efetivas do poder público.
As cidades consumem dois terços da energia
mundial e respondem por mais de 70% das
emissões de gases do efeito estufa, apesar de
abrigar cerca de 55% da população mundial. Em
1950, cerca de 700 milhões de pessoas viviam
em cidades, 25% da população mundial. Em
2010, o número alcançou 3,5 bilhões de
habitantes e estima-se que, em 2030, a
população urbana chegue a quase 5 bilhões de
pessoas.
Esse crescimento assustador está fortemente
relacionado com as mudanças climáticas, sendo
tão ou mais grave que o desmatamento, pois
existe forte correlação entre urbanização e
emissão de CO2.
Cumprir as metas do Acordo de Paris (no caso do
Brasil, reduzir as emissões de gases de efeito
estufa em 37% abaixo dos níveis, de 2005 até
2025), requer políticas que revertam o
equivocado modelo de desenvolvimento urbano
do século 20, assim como alterar o modo de vida
insustentável adotado nas cidades. E estamos
longe de fazer isso.
São Paulo é exemplar da distância entre o
discurso e a prática. O prefeito Bruno Covas
busca protagonismo no tema, tanto para se
diferenciar de Bolsonaro como para ganhar
prestígio no eleitorado sensível à questão
ambiental.
Em fóruns internacionais do C40 (grupo das 40
maiores cidades do mundo) ou em eventos de
gestores municipais, como a conferência
Catalisando Futuros Urbanos Sustentáveis,
(promovido pela Rede de Cidades Sustentáveis),
que ocorreu semana passada em São Paulo, o
prefeito tem assumido o compromisso de
enfrentar as mudanças climáticas. Isso é ótimo,
sobretudo em um país onde o presidente nega o
óbvio.
Mas como afirmou a jovem ativista sueca Greta
Thunberg, que protagonizou a Greve pelo Clima,
que reuniu milhões de pessoas em 130 países no
dia 20/9, “é necessário superar as eternas
discussões que não resultam em soluções
objetivas”.São Paulo dispõe de instrumentos
adequados, como o Plano Diretor (2014) e a Lei
Municipal de Mudanças Climáticas (2009), que
apontam diretrizes corretas e propõe ações
eficazes nas áreas como energia, mobilidade,
edificações e resíduos sólidos, principais fontes
de emissões. No entanto, essas ações não tem
sido implementadas com a urgência requerida.
Relatório apresentado na 73ª Reunião do Comitê
de Mudança do Clima do Município de São Paulo
mostra que emissões de gases de efeito estufa,
ao invés de caírem, cresceram 17% entre 2010 a
2017. A fonte que mais contribui para as
emissões, com 60%, é o transporte motorizado.
E, nesse aspecto, o retrocesso é assustador.
A Lei de Mudanças Climáticas determinava que
até 2018 todos os ônibus do sistema adotassem
combustível renovável não fóssil. A meta não foi
levada a sério pelos empresários e pelos quatro
prefeitos do período e apenas 1,4% dos veículos
Data: 23/09/2019
125
Grupo de Comunicação
cumpriam a exigência. A Câmara, com o aval da
prefeitura, alterou a lei em 2018 e deu 20 anos
para se proceder a troca, ou seja, até 2038. A
regra foi utilizada na licitação da concessão do
serviço, vencida pelo cartel que domina o setor.
Ações para estimular a mobilidade ativa estão
paralisadas desde 2016. Nenhuma nova ciclovia
nem faixa exclusiva de ônibus foi implantada. O
anunciado Plano Cicloviário se arrasta, enquanto
vereadores pressionam pela remoção de ciclovias
existentes, muitas já apagadas pelo uso. E agora
se pretende regulamentar os mototáxis que,
além de perigosos, estimulam o uso de um modal
poluidor. Nenhuma medida de restrição ao
automóvel foi tomada.
A coleta seletiva de resíduos, que contribui para
a redução das emissões, caiu 13% em 2018,
segundo a Associação de Empresa de Limpeza
Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe). Sem um
programa de educação ambiental, a queda não
surpreende. Resta ao prefeito, comemorar a
implantação de cinco pátios de compostagem
para receber os resíduos das feiras livres e das
podas.
Boas intenções e discursos corretos são bem-
vindos. Mas até as jovens da Greve do Clima
sabem que são necessária ações efetivas para
evitar o desastre ambiental.
Nabil Bonduki
Professor da Faculdade de Arquitetura e
Urbanismo da USP, foi relator do Plano Diretor e
Secretário de Cultura de São Paulo.
https://www1.folha.uol.com.br/colunas/nabil-
bonduki/2019/09/o-recado-de-greta.shtml
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Data: 23/09/2019
126
Grupo de Comunicação
O QUE A FOLHA PENSA: Sinuca ambiental
Atos minam credibilidade de eventual mostra de
sensatez de Bolsonaro na ONU
O presidente Jair Bolsonaro (PSL) e o ministro do
Meio Ambiente, Ricardo Salles (Novo), precisam
atentar para o que se passou na sexta-feira (20).
Centenas de milhares, talvez milhões de pessoas
foram às ruas no mundo todo para protestar
contra a crise do clima.
O movimento inspirado pela adolescente sueca
Greta Thunberg se espalhou. Estudantes faltam
às aulas às sextas para demandar que adultos,
em especial governantes e empresários, ouçam
cientistas sobre impactos do aquecimento global
que serão sofridos por eles, jovens, não tanto
pelos mais velhos.
O governo brasileiro flerta com teses pueris de
céticos do clima e de militares que enxergam aí
uma conspiração globalista contra a soberania
nacional. Aumenta seu descrédito ao negar o
óbvio —seja que a atmosfera se aquece com a
queima de combustíveis fósseis e florestas, seja
que a destruição da Amazônia recrudesceu.
Não haveria grande prejuízo se a querela ficasse
restrita às guerras culturais e ideológicas. Mas,
não, essa miopia ambiental tem consequências
concretas: físicas, para o clima do planeta, além
de econômicas e diplomáticas, para o país em
isolamento crescente.
Neste fim de semana, a ONU realiza em Nova
York reunião de alto nível sobre a questão
climática. Salles está na cidade, mas não para
reeditar nesse foro o papel de liderança que o
Brasil sempre teve, pois a administração que
integra foi excluída do rol de discursos por não
apresentar propostas para expandir as metas do
Acordo de Paris.
O ministro tenta alinhavar nos EUA, por um lado,
nebuloso esquema financeiro para fomentar a
exploração privada de nossa floresta equatorial.
De outro, em seu país, desvirtua e ameaça de
morte um recurso que já existe há uma década
—o bilionário Fundo Amazônia liderado pela
Noruega.
Bolsonaro deve cumprir na terça-feira (24) a
praxe de presidentes brasileiros abrirem os
discursos de chefes de Estado na Assembleia
Geral das Nações Unidas. Desta vez, haverá
interesse atípico no pronunciamento —mas nem
de longe no bom sentido.
Pouco se sabe sobre que tom adotará o
presidente no evento. “Ninguém vai brigar com
ninguém lá”, foi o máximo que adiantou. Apesar
da previsão, ele retomou o argumento segundo o
qual estrangeiros fazem da questão ambiental
um pretexto para desgastar a imagem do Brasil e
obter vantagens no comércio agrícola.
Mesmo que deixe de lado as paranoias e
conspirações, Bolsonaro tem escassas chances de
reverter o desgaste de sua imagem em boa parte
do mundo. Suas declarações e atos pregressos
minam a credibilidade de uma eventual
demonstração de sensatez.
https://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2019/09/
sinuca-ambiental.shtml
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Data: 23/09/2019
127
Grupo de Comunicação
O QUE A FOLHA PENSA: Concreto sem fim
Com pagamento, empresas constroem mais
prédios altos e comprometem bairros de SP
Nos bairros nobres de São Paulo, casas e vilas
vêm abaixo e dão lugar a prédios e mais prédios.
Na periferia, construções se multiplicam e
também surgem edifícios cada vez mais altos,
com a adição desregulada de lajes pelos
moradores.
As décadas passam e o proverbial crescimento
desordenado prossegue na maior cidade do
Brasil. Em 25 anos, a área construída na
metrópole aumentou 60%, como mostrou a série
de reportagens Concreto Sem Fim, nesta Folha.
Um instrumento criado em 2001 contribuiu para
a explosão de adensamento vertical nas regiões
valorizadas da cidade: a chamada outorga
onerosa, por meio da qual construtoras pagam
para construir além do limite básico estabelecido
para uma zona.
A modalidade transformou-se em excelente
negócio para as construtoras, que encheram
bairros como o Itaim Bibi de altas torres
comerciais e residenciais.
Apesar de a outorga onerosa ter se convertido
em importante fonte de arrecadação para a
prefeitura —que estima obter mais R$ 11 bilhões
com a operação nas próximas décadas—, é de
imaginar que a metrópole não esteja cobrando o
suficiente pelas autorizações, dada a expansão
verificada.
Ainda que os valores amealhados sejam usados
na infraestrutura urbana, são frequentes entre
urbanistas as críticas de que o ganho se traduz
quase somente em obras viárias. Não se vê nos
bairros fortemente adensados o uso dos recursos
em intervenções como reforma de calçadas e
criação de parques e praças.
Houve mudanças na lei, ao menos, para
direcionar um percentual dos recursos para obras
de habitação social e mobilidade. Resta, porém, o
desafio de requalificar regiões menos atrativas ao
mercado imobiliário, como o centro —onde faria
sentido o adensamento diante da estrutura de
transporte.
Em uma cidade com déficit de 474 mil moradias,
como mostrou a Fundação Getulio Vargas, a
verticalização é praticamente inevitável.
Parte das críticas a esse processo são do tipo
NIMBY —na sigla em inglês para “não no meu
quintal”, referente a grupos que buscam
preservar seu quarteirão sem enxergar o quadro
maior das necessidades de 12 milhões de
habitantes.
No entanto não podem ser as outorgas onerosas
o principal caminho para ordenar a cidade, sob
pena de multiplicar prédios em bairros de ruas
estreitas lotadas, num verdadeiro pesadelo
urbanístico.
https://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2019/09/
concreto-sem-fim.shtml
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Data: 23/09/2019
128
Grupo de Comunicação
Um Prêmio Nobel para o Brasil
Nome do cacique Raoni ganha força na Noruega
Arnaldo Niskier
Gostamos de competir sempre com a Argentina.
Há um setor em que sofremos há muito tempo: o
da ciência. O país vizinho tem a honra de contar
com o Prêmio Nobel de Bernardo Houssay
(Medicina, em 1947), o que jamais ocorreu ao
Brasil.
Como se diz no esporte, batemos na trave
algumas vezes, com Josué de Castro, o grande
autor de “Geografia da Fome”, Jorge Amado e
dom Hélder Câmara. Não contaram com a
simpatia do governo brasileiro.
Agora, o assunto volta à tona, com os desastres
ambientais da Amazônia. Fala-se no nome do
cacique Raoni, lembrado para o Nobel da Paz,
que é dado na Noruega. É claro que as caneladas
nesse país escandinavo estão longe de ajudar
nessa conquista desejada, o mesmo podendo ser
dito em relação à redução das verbas para os
projetos de iniciação científica.
Há uma clareira aberta recentemente pelo
intercâmbio Brasil-Israel. Lideranças
empresariais e políticas de Santa Catarina, como
lembrou o jornalista Henrique Bernardo Veltman,
visitaram a jovem nação, deixando fincadas as
bases de um sólido intercâmbio, a partir da
Universidade de Tel Aviv, hoje a maior instituição
de ensino superior de Israel, com mais de 30 mil
alunos, além de um quadro altamente qualificado
de cientistas.
Foi uma iniciativa da Conib (Confederação
Israelita do Brasil). O mesmo fez a ABMES
(Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino
Superior), sob a liderança do reitor Celso Niskier
(UniCarioca). Foram 30 reitores brasileiros para
Israel, em busca do necessário intercâmbio.
Deixaram assinados oito convênios com esse fim,
de olho, inclusive, nas conquistas do “Vale do
Silício” israelense.
Temos outro dado positivo, que é a existência, há
três anos, do projeto Edupark, do qual fazem
parte a Secretaria Municipal de Educação do Rio
de Janeiro e a Fundação Cesgranrio. Já foram
exibidos nas escolas cariocas vários filmes
israelenses (“Planeta Casa”, “Dependentes da
Vida” e “Livre para Ser”), todos em terceira
dimensão, já assistidos com entusiasmo por 42
mil alunos. Iniciativas assim fazem a diferença.
Já imaginaram se dessa parceria, que envolve os
afamados Instituto Weizmann de Ciências e o
Technion, de Haifa, surgisse a conquista de um
Prêmio Nobel? A ideia é perfeitamente possível,
no quadro dos entendimentos internacionais que
envolvem Brasil e Israel, inclusive se pensarmos
nos 4 milhões de km² da região amazônica, com
seus problemas e desafios, como a existência de
queimadas que cresceram mais de 111% no
período de 2013 a 2019. É um fato que merece a
ação prioritária dos cientistas.
Querem o exemplo de um nicho promissor? É o
caso da venda consumada de 36 caças da sueca
Grippen ao governo brasileiro. Prevê-se, a partir
do ano próximo, uma intensa troca de tecnologia
aeronáutica —e isso pode envolver a nossa
Embraer e a Aeronautics Ltd. ou a Israel
Aerospace Industries. Dará um Nobel?
Arnaldo Niskier
Professor, jornalista, membro da Academia
Brasileira de Letras (ABL) e presidente do
Conselho de Integração Empresa-Escola Rio
(CIEE-RJ)
https://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2019/09/
um-premio-nobel-para-o-brasil.shtml
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Data: 23/09/2019
129
Grupo de Comunicação
ESTADÃO Mais parques em São Paulo
Dentre os dez anunciados pela Prefeitura, três
estão encaminhados
Notas & Informações, O Estado de S.Paulo
A Prefeitura de São Paulo se comprometeu a criar
dez novos parques até o fim de 2020. Em relação
às metas estabelecidas no Plano Diretor
Estratégico de 2014 é um passo relativamente
modesto, mas importante. Entre parques
urbanos (áreas públicas voltadas para o lazer e a
preservação da biodiversidade) e parques
lineares (intervenções associadas a cursos
d’água), a cidade conta com 107 espaços. O
Plano previu a criação de 120 novos parques até
2030, mas até o momento só 3 foram
inaugurados.
A Organização Mundial da Saúde recomenda o
mínimo de 12 metros quadrados de áreas verdes
por habitante. Em 2008, a média de São Paulo
estava um pouco abaixo disso, com 11 metros
quadrados por habitante, mas já em 2016 passou
de 16 metros quadrados. Apesar disso, a
distribuição está longe de ser equitativa. Em dois
terços das subprefeituras a área verde por
habitante não chega a 10 metros quadrados, e
em várias delas, como Cidade Ademar,
Guaianases ou Vila Prudente, é menor que 2
metros quadrados.
Dentre os dez parques anunciados pela
Prefeitura, três estão encaminhados: um, em
Parelheiros, está quase pronto; outro, no Jardim
Santa Teresinha, está em fase de execução; e o
terceiro, no Morumbi, aguarda a licitação. Os
demais estão em planejamento. A maioria
atenderá zonas periféricas. Por mais que essa
decisão tenha motivações pragmáticas – mais
terrenos disponíveis a custos mais baixos –, não
deixa de ser meritório o foco em bairros de
classe baixa e em áreas com necessidades de
recuperação ambiental. Campo Limpo, por
exemplo, que tem 1,9 metro quadrado de área
verde por habitante e nenhum parque, receberá
dois.
Segundo a professora de Urbanismo da USP
Marta Grostein, “em regiões de alta densidade e
ocupação precária, esses parques podem
funcionar quase como salas de visitas, como
espaços de convívio integrados a atividades
cotidianas”. Nesse sentido, o mais aguardado dos
novos projetos talvez seja o parque Augusta,
com 24 mil metros quadrados numa zona central
densa em edificações, cuja entrega está prevista
para o fim de 2020 – depois de uma novela de
disputas judiciais que se arrasta desde a década
de 70. Trata-se de modelo para a solução de
casos similares em tantas outras áreas
designadas no Plano Diretor para se tornarem
parques.
A meta de dez parques em 2020 é passo
importante, mas, se quiser continuar na direção
certa, o Município precisará organizar suas
prioridades e modernizar seus instrumentos
urbanísticos. A morosidade na criação de novos
parques manifesta a necessidade de novos
modelos de viabilização. O Plano Diretor prevê,
por exemplo, o uso de áreas ociosas de até 12
mil metros quadrados para a instalação dos
chamados pocket parks, pequenos recantos
verdes para uso local. O Plano também criou o
Fundo Municipal de Parques com o objetivo de
viabilizar a aquisição de áreas necessárias para
instaurar os parques. Esse importante
instrumento, contudo, ainda não saiu do papel.
O Plano Municipal de Desestatização prevê
concessões e Parcerias Público-Privadas para o
financiamento e gestão dos parques. Um bom
exemplo, ainda que raro, é o Parque Burle Marx,
administrado há 20 anos por uma Organização
da Sociedade Civil de Interesse Público. A gestão
Bruno Covas preparou um pacote de concessões
para três parques da área central (Trianon, Mário
Covas e Jardim da Luz). O experimento é
positivo, porque são parques com alta densidade
e potencial de turismo e receita, o que viabiliza a
gestão privada. Com isso, gastos que se
destinariam a parques poderiam ser aplicados em
outras atividades vitais para a cidade.
A diversificação dos modelos de gestão também
pode potencializar a participação da sociedade
civil na governança dos parques. Incentivar a
colaboração de usuários e vizinhos na gestão dos
parques por meio dos conselhos e outros
institutos participativos previstos no Plano Diretor
é essencial para que a manutenção das áreas
verdes na cidade seja empreendida de maneira
orgânica e atinente ao interesse público.
https://opiniao.estadao.com.br/noticias/notas-e-
informacoes,mais-parques-em-sao-
paulo,70003020735
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Data: 23/09/2019
130
Grupo de Comunicação
Infraestrutura verde
Inaugurado em 2007, o mercado de títulos
verdes está em franca expansão
Notas & Informações, O Estado de S.Paulo
O Ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas,
assinou em Nova York um acordo com a Climate
Bonds Initiative (CBI), uma organização não
governamental internacional sem fins lucrativos,
responsável pela certificação de projetos
sustentáveis. Assim, os interessados em projetos
de concessão de ativos de infraestrutura poderão
buscar financiamento no mercado de green
bonds (títulos verdes).
A iniciativa é promissora, não só pelos potenciais
benefícios diretos para a infraestrutura, os
negócios e o meio ambiente brasileiros, mas por
mostrar que, em meio a uma tão
contraproducente vociferação ideológica sobre
questões ambientais, há quadros no governo
empenhados em “harmonizar”, nas palavras do
ministro, “a provisão da infraestrutura com a
preservação e a sustentabilidade”.
Segundo a ONU, as “finanças verdes”
compreendem o conjunto de “financiamentos
locais, nacionais ou transnacionais – de origem
pública, privada ou de fontes alternativas – que
visam a apoiar ações de mitigação e adaptação
que enfrentem a mudança climática”. Isso atende
ao propósito do Acordo do Clima de Paris de
compatibilizar a redução dos gases de efeito
estufa com o desenvolvimento econômico. Um
instrumento crucial para tanto são os títulos
verdes, ou seja, instrumentos de dívida emitidos
e negociados no mercado de capitais por
empresas, governos e entidades multilaterais,
cujas receitas servem ao financiamento de
empreendimentos com impactos socioambientais
positivos.
Inaugurado em 2007, o mercado de títulos
verdes está em franca expansão. De acordo com
a CBI, em 2013 foram emitidos cerca de US$ 11
bilhões em green bonds. Em 2018 o volume
saltou para US$ 167 bilhões e estima-se que
neste ano serão US$ 250 bilhões. Tudo somado,
o estoque desses títulos forma hoje um mercado
de quase US$ 700 bilhões. Dos investimentos
feitos até agora, cerca de 33% foram em
energias renováveis; 29%, em “edifícios verdes”
e eficiência energética; 15%, em transporte
limpo; e 13%, em gestão sustentável de recursos
hídricos.
No Brasil, os primeiros títulos verdes foram
emitidos em 2015 por algumas empresas e
também pelo BNDES, totalizando em 2017 cerca
de US$ 2,45 bilhões distribuídos em projetos de
energia limpa (42%), agricultura e setor florestal
(24%) e águas (13%). Atualmente, os
financiamentos verdes no País somam US$ 5,6
bilhões. “A demanda por esse tipo de
investimento é hoje muito maior do que a
oferta”, disse a diretora da CBI Thatyanne
Gasparotto.
O Brasil tem hoje um grande programa de
concessões de ativos de infraestrutura, com uma
carteira de projetos do Programa de Parcerias de
Investimentos (PPI) que prevê ao menos R$ 217
bilhões em investimentos nas próximas décadas.
Segundo a secretária de Fomento, Planejamento
e Parcerias do Ministério da Infraestrutura,
Natália Marcassa de Souza, esses projetos já
cumprem a maioria dos quesitos para receber o
selo verde. O relacionamento com a CBI deve
aprimorar as ações de responsabilidade
ambiental dos projetos, tornando-os ainda mais
atraentes. O governo pretende iniciar o programa
pela carteira de ferrovias. Espera-se que o leilão,
previsto para 2020, desperte o apetite dos
investidores para os leilões de rodovias, portos e
aeroportos, que devem ser realizados até 2022.
O Ministério programou para este ano rodadas de
apresentação dos projetos no Canadá, Espanha,
China e Oriente Médio.
“Além de atrair capital mais barato”, disse o
ministro Tarcísio de Freitas, o acordo “também
ajuda a deixar claro o compromisso do governo
Jair Bolsonaro com um desenvolvimento
sustentável.” Iniciativas como essa são
especialmente importantes em um momento em
que, mais do que nunca, é preciso atrair
investimentos e harmonizar a responsabilidade
ambiental com o desenvolvimento econômico. O
País tem, com o agronegócio, um exemplo de
sucesso em integrar aumento de produtividade e
sustentabilidade ambiental. A infraestrutura tem
tudo para ser o próximo.
https://opiniao.estadao.com.br/noticias/notas-e-
informacoes,infraestrutura-verde,70003019562
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Data: 23/09/2019
131
Grupo de Comunicação
Sinto 'pena' pelo Brasil sob governo
Bolsonaro, diz Bachelet a TV
Declaração da comissária para Direitos Humanos
da ONU é resposta a ataque do presidente
brasileiro contra Alberto Bachelet, torturado e
morto durante ditadura chilena
Redação, O Estado de S.Paulo
A comissária para Direitos Humanos da
Organização das Nações Unidas (ONU), Michelle
Bachelet, ex-presidente do Chile, disse sentir
"pena pelo Brasil". A declaração foi feita em uma
entrevista para uma TV local, conforme reportou
a agência de notícias Reuters. A fala remete ao
ataque feito pelo presidente Jair Bolsonaro contra
Bachelet e seu pai, Alberto, torturado e morto
durante a ditadura de Augusto Pinochet.
"Então se alguém diz que em seu país nunca
houve ditadura, que lá nunca houve
tortura...bem, então deixe ele dizer que a morte
do meu pai por tortura garantiu que o Chile não
se transformasse em uma Cuba. A verdade é que
eu sinto pena pelo Brasil", afirmou a ex-
presidente do Chile em entrevista a TVN, que
será transmitida mais tarde.
No início do mês, Bolsonaro acusou Bachelet de
se "intrometer" em assuntos do Brasil, após ela
levantar preocupações sobre o salto no número
de mortes provocadas pela polícia do Rio de
Janeiro. Nas redes sociais, o presidente brasileiro
afirmou que o golpe militar que derrubou o
presidente chileno Salvador Allende em 1973
"deu um basta" à esquerda no país, "entre esses
comunistas o seu pai (Alberto Bachelet),
brigadeiro à época”.
Bachelet também disse ter observado (no Brasil)
"uma redução do espaço cívico e democrático,
caracterizado por ataques contra defensores dos
direitos humanos, restrições impostas ao
trabalho da sociedade civil".
https://politica.estadao.com.br/noticias/geral,sint
o-pena-pelo-brasil-sob-governo-bolsonaro-diz-
bachelet-a-tv,70003020505
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Data: 23/09/2019
132
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Ricardo Salles: 'Brasil fará discurso de
esclarecimento e oportunidades'
Às vésperas da Assembleia-Geral da ONU,
ministro do Meio Ambiente diz que há
desinformações sendo repetidas e que é preciso
destacar oportunidades de investimento no Brasil
Paulo Beraldo*, O Estado de S.Paulo
NOVA YORK - O ministro do Meio Ambiente,
Ricardo Salles, afirmou que o Brasil quer
transmitir para a comunidade internacional um
esclarecimento sobre o que de fato está
acontecendo no território brasileiro na questão
ambiental - em especial na Amazônia - e exaltar
as oportunidades de investimento no País.
Ele está nos Estados Unidos desde quinta-feira,
onde tem se reunido com investidores e
autoridades locais, e recebeu o Estado para um
café no hotel em que está hospedado no sábado,
21, em Nova York.
A presença do ministro coincide com a greve do
clima, que mobilizou milhões de jovens em 130
países na sexta, e permeia o período da cúpula
global de mudanças climáticas, na segunda, e da
Assembleia-Geral das Nações Unidas, onde o
presidente Jair Bolsonaro discursará na terça, 24.
Em ambas as ocasiões, o governo brasileiro vai
procurar rebater as críticas que têm recebido.
Durante a semana, diplomatas ouvidos
reservadamente pela reportagem na ONU
demonstraram preocupação com o que
consideram um possível retrocesso na política
ambiental brasileira.
"(Queremos) Desmistificar essa falsa ideia de que
houve um desmonte do sistema ambiental, de
que houve flexibilização da legislação ou da
fiscalização, de que o Brasil não se importa com
meio ambiente. Não é verdade. Temos que
esclarecer tudo isso para que essas mentiras ou
desinformações não continuem a ser repetidas",
afirmou.
O ministro disse ainda que é preciso mostrar o
potencial de investimentos ambientais no País,
em áreas como créditos de carbono e
pagamentos por serviços ambientais. "Há uma
gama enorme de oportunidades e o Brasil é o
principal canal privilegiado para receber esses
recursos", afirmou o ministro, que também já foi
secretário do Meio Ambiente do Estado de São
Paulo no governo Geraldo Alckmin (PSDB).
Em reportagem recente, o jornal britânico de
economia Financial Times afirmou que o Brasil
ficou de fora da cúpula do clima por não ter
mostrado interesse, assim como Austrália, Arábia
Saudita e Estados Unidos. Antônio Guterres,
secretário-geral da ONU, tem defendido que os
países deveriam apresentar, nesta cúpula, ações
e não discursos. Sobre a questão, Salles disse
que, se abrirem uma oportunidade para o Brasil
falar, está pronto para apresentar suas
colocações.
“Os países que estão dizendo que vão aumentar
suas ambições na verdade não vão fazer mais do
que o Brasil já fez. Portanto, não precisamos
aumentar uma ambição, que já é a NDC
(contribuição nacionalmente determinada) mais
ambiciosa do mundo. Os outros países é que têm
de vir atrás e tentar igualar o Brasil nas suas
NDCs”
Líder ambiental
Questionado sobre a avaliação de que o Brasil
teria perdido seu papel de líder na defesa do
desenvolvimento sustentável e do meio ambiente
com o novo governo - especialmente após o
aumento dos incêndios na Amazônia -, o ministro
negou e lembrou que o Brasil tem um Código
Florestal restritivo e um "volume enorme" de
recursos sendo utilizados para a manutenção das
reservas legais e das áreas de proteção
permanente "sem nenhum tipo de apoio de
compensação pública".
Destacou, em ambos os casos, que outros países
não fazem isso. Salles também citou os números
da preservação da Amazônia e da mata nativa
ao redor do Brasil. "Dizer que perdermos uma
liderança em desenvolvimento sustentável é
simplesmente ignorar que as coisas continuam.
São coisas que o brasileiro faz".
Ele disse ainda que houve uma alteração de
paradigma na política ambiental. "Colocamos a
defesa do desenvolvimento econômico
sustentável, a harmonização entre a parte
econômica e ambiental como prioridade", disse,
afirmando que governos anteriores pensavam o
tema ambiental de forma isolada, sem a
preocupação econômica. "Nós deixamos 20
milhões de brasileiros para trás na Amazônia,
que é a região mais rica do Brasil em termos de
recursos naturais, mas com o pior índice de
Data: 23/09/2019
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econômico. Entendemos que essa não é a
maneira adequada".
Cooperação internacional
Nesta semana, o enviado especial sobre
mudanças climáticas na 74ª Assembleia-Geral da
ONU, Luís Alfonso de Alba, disse ao Estado que a
instituição está destacando a importância de uma
ação coordenada dos países afetados pelos
incêndios na Amazônia. Perguntado sobre se o
País aceitaria recursos externos ou uma
cooperação internacional, Salles afirmou que sim
e que tratou do tema em reunião com o Banco
Interamericano de Desenvolvimento.
"Mas tem um ponto: o Brasil não abre mão de
escolher como usar os recursos recebidos de
qualquer forma - fundo perdido, cooperação,
financiamento, empréstimo. Nenhum estrangeiro
vai dizer qual política pública nós temos que
adotar", afirmou, destacando que a destinação
dos recursos vai ter "viés de preservação" e
prestigiar a visão de desenvolvimento econômico
sustentável.
*O repórter viajou a convite da Organização das
Nações Unidas
https://politica.estadao.com.br/noticias/geral,rica
rdo-salles-brasil-fara-discurso-de-
esclarecimento-e-oportunidades,70003020221
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Data: 23/09/2019
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Maior rede de produtos naturais da Suécia
suspende compra de produtos brasileiros
Em entrevista ao Estado, Johannes Cullberg diz
que medida foi tomada após notícias sobre
queimadas na Amazônia e liberação de
agrotóxicos
Douglas Gavras, O Estado de S.Paulo
ESTOCOLMO - Há cerca de três meses, após
tomar conhecimento da liberação de 197
agrotóxicos pelo governo Bolsonaro, o
empresário sueco Johannes Cullberg decidiu
banir produtos agrícolas do Brasil das prateleiras
dos seus supermercados. Mais tarde, quando os
anúncios de queimadas na Amazônia ganharam o
noticiário internacional, o boicote ganhou ainda
mais força.
Fundador da Paradiset, maior rede de produtos
naturais da Suécia, ele vendia itens como manga,
castanhas, cacau, limão e água de coco de
origem brasileira. Mas decidiu parar de vender os
produtos para não expor os clientes dos seus
supermercados a mercadorias cuja produção
usou defensivos agrícolas que são proibidos pelas
leis suecas ou que pudessem ter colaborado com
o desmatamento.
O empresário lançou até uma hashtag de boicote
aos alimentos brasileiros. No Instagram, há
quase 200 publicações com a inscrição
#BoycottBrazilianFood. Ele diz que os
consumidores e outros empresários locais
também têm se sensibilizado com o tema. A
seguir, trechos de sua entrevista ao Estado.
Fundador da Paradiset, maior rede de produtos naturais da Suécia, Johannes Cullberg suspendeu a
compra de produtos brasileiros Foto: Paradiset/Divulgação
Por que a rede decidiu banir os produtos
agrícolas do Brasil?
Nosso protesto começou com a liberação de mais
agrotóxicos, pelo governo Bolsonaro, há cerca de
três meses. Muitos deles foram banidos aqui na
Suécia, não poderíamos expor nossos clientes a
esse tipo de produto. E o protesto ganhou força
quando vimos as imagens de queimadas na
Amazônia. O nosso boicote se restringe a
produtos que não são orgânicos e podem
contribuir para a venda de pesticidas e para o
desmatamento.
Qual é o peso da questão ambiental para os
suecos?
A sustentabilidade deixou de ser um assunto
distante. O consumidor de hoje não quer saber
apenas quanto um produto custa, ele também se
preocupa com a sua origem e a forma como foi
produzido. Essa é uma tendência na Suécia,
percebemos essa preocupação todos os dias em
nossas lojas. A preservação ambiental não é uma
questão de viés ideológico, ultrapassa partidos.
As crianças daqui aprendem desde muito cedo a
importância de se preservar o meio ambiente, é
um valor intrínseco para nós.
No início do mês, a marca sueca H&M se juntou
às concorrentes internacionais que suspenderam
a compra de couro de origem brasileira, em
retaliação às queimadas na Amazônia. O boicote
aos produtos brasileiros pode se espalhar ainda
mais?
Pode, sim. Os empresários estão cada vez mais
sensíveis aos problemas ambientais.
A imagem do presidente Bolsonaro ficou
chamuscada internacionalmente após esses
episódios?
Sem dúvida. Após o aumento das queimadas e
os embates com os governos da Alemanha e da
Noruega (que bloquearam repasses para a
preservação da Amazônia) e com (o presidente
francês) Emmanuel Macron, a imagem de
Bolsonaro no restante do mundo ficou bem
danificada. Ele é visto como uma versão piorada
do presidente dos Estados Unidos, Donald
Trump. Se é que isso é possível, já Trump é um
dos políticos menos admirados do mundo.
Data: 23/09/2019
135
Grupo de Comunicação
Vocês voltariam a vender produtos brasileiros?
Claro. Superadas essas questões, a gente
adoraria voltar a vender produtos brasileiros e
apoiar os agricultores locais.
*o repórter viajou convidado pela Svenska
Aeroplan AB (Saab)
https://sustentabilidade.estadao.com.br/noticias/
geral,maior-rede-de-produtos-naturais-da-
suecia-suspende-compra-de-produtos-
brasileiros,70003021263
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Data: 23/09/2019
136
Grupo de Comunicação
Empresários lançam em Nova York desafio
para desenvolvimento de ‘Amazônia
possível’
O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles,
pedu para participar do evento e tomou notas
sobre as sugestões; em sua manifestação,
apenas citou o que considerou os destaques das
falas, mas sem apresentar propostas do
ministério
Giovana Girardi
NOVA YORK – Um grupo de empresários
brasileiros e organizações não governamentais
lançou neste domingo, 22, em Nova York, na
véspera da Cúpula do Clima da ONU, um desafio
para construir o que chamam de “Amazônia
Possível”. O evento, voltado para pedir que o
setor empresarial se comprometa a combater a
ilegalidade em suas cadeias – a fim de conter o
desmatamento na Amazônia – e ajude a
concretizar caminhos para o desenvolvimento
sustentável da região, acabou contando, de
última hora, com a presença do ministro do Meio
Ambiente, Ricardo Salles.
Segundo apurou o Estado, Salles pediu para
participar do evento – informação que ele mesmo
confirmou depois. A agenda ambiental do
governo Bolsonaro vem sendo criticada
especialmente por ambientalistas, mas mesmo
alguns setores do agronegócio têm visto com
preocupação mensagens de animosidade do
governo, como, por exemplo, quando houve
negação dos dados que indicam alta do
desmatamento.
Membros do grupo Engajamundo protestam contra
Salles no evento ‘Amazônia Possével’. Crédito: Camila
Oliveira / Engajamundo
Nos últimos dias, Salles, que chegou a dizer que
a crise da Amazônia foi um “falha de
comunicação”, tem feito esforços para falar com
imprensa mundial e nacional, mas também com
investidores e até mesmo com ambientalistas –
algo que não tinha sido praxe na sua gestão. A
intenção, como ele explicou, é esclarecer o que
“de fato” tem ocorrido na região.
O aumento das queimadas na Amazônia em
agosto colocou o Brasil no centro das atenções, e
preocupações, mundiais. Os organizadores do
evento deste domingo aproveitaram a comoção
do momento para convocar, na sede da ONU,
empresários a se mobilizarem e investirem em
iniciativas que ajudem a desenvolver a região.
Conforme o Estado apurou, a presença do
governo federal não estava prevista, mas Salles
pediu para ouvir as propostas e foi recebido. Por
uma hora e meia escutou e tomou notas do que
disseram pessoas como o empresário Guilherme
Leal, co-fundador da Natura e integrante do
Conselho do Pacto Global da ONU, Marcello Brito,
presidente da Associação Brasileira do
Agronegócio (Abag), e o cientista Carlos Nobre,
pesquisador do Instituto de Estudos Avançados
da USP.
Data: 23/09/2019
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Grupo de Comunicação
Ao final do evento, Salles foi convidado a se
pronunciar por André Guimarães, do Instituto de
Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam) e
facilitador da Coalizão Brasil Clima Florestas e
Agricultura, que mediou o diálogo e pediu
mensagens “inspiradoras” do ministro. Salles
lembrou declarações dos participantes, mas não
chegou a dizer como o governo poderia ajudar na
proposta.
“Vamos salvar a Monalisa como fazer mais,
melhor”, disse em referência a uma fala de
Denise Hills, diretora de Sustentabilidade da
Natura, que afirmou estarmos “queimando nossa
Monalisa”, ao dizer que a Amazônia é o tesouro
do Brasil. O ministro também disse que a chave é
conseguir ambas as coisas: proteção do
ambiente com desenvolvimento.
Durante sua manifestação, alguns participantes
chegaram a sair da sala em protesto e dois
jovens da organização Engajamundo fizeram uma
manifestação silenciosa com máscaras no rosto
que diziam: “Salles, ecocida”.
O ministro disse depois que pediu para estar no
evento porque ele tem a ver com a política do
governo de buscar o desenvolvimento da região e
afirmou que vai realizar em novembro, em
Belém, no Pará, um evento para discutir a
bioeconomia, conceito destacado no encontro
deste domingo.
Chamado das ruas
“As ruas estão mostrando pra gente que a crise
climática é gravíssima e o trato dela, inadiável. O
que nos traz aqui é a gravidade do presente, não
só da Amazônia, mas do globo como um todo.
Sabemos quão importante é a Amazônia para o
Brasil, para a América do Sul e para o globo de
maneira mais ampla. Sabemos da influência que
uma degradação pode criar seja para o
agronegócio, para geração de emprego e renda,
seja para as condições climáticas da região”,
afirmou Leal.
“Temos um problema, e a primeira coisa para
resolvê-lo é reconhecer que ele existe”,
complementou, antes de convocar os presentes a
se engajarem para desenharem o futuro da
“Amazônia Possível” que una a proteção da
floresta com o desenvolvimento. “O setor privado
tem papel fundamental de investir, gerenciar
iniciativas, de criar prosperidade compartilhada
na Amazônia – onde vivem 20 milhões de
habitantes, onde muitos precisam sair da miséria
– e ser cúmplices da conservação de uma
Amazônia produtiva.”
Brito reconheceu que a partir das queimadas de
agosto e da repercussão mundial, o cenário
mudou. “No futuro vamos olhar para esse mês e
ver que foi ali que a sociedade brasileira se
reconstruiu e a partir dali surgiu um novo Brasil”,
afirmou.
“O modelo do agronegócio na década de 70 era o
de: vem, desmata 50% que terá o título da sua
terra. O problema é que poucos desmataram
50%, muitos desmataram tudo e hoje alguns
continuam fazendo isso. E poderia ter sido
desmatamento trazendo melhoria da qualidade
de vida de quem está lá, mas não foi isso que
aconteceu. Acabou perpetuando a pobreza. Hoje
há 1 milhão de pessoas na linha de miséria no
Pará. É o caso crônico de política pública que não
funcionou”, disse.
“Vamos aceitar que há 50 anos não tinhamos
conhecimento para aplicar um desenvolvimento
mais correto, mas hoje a gente sabe para onde
temos de ir”, complementou.
Nobre, que neste sábado lançou um painel
científico para organizar estudos que mostram o
risco de perda da floresta e apontar soluções
para sua economia, foi taxativo: “O maior
Data: 23/09/2019
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Grupo de Comunicação
potencial brasileiro é ser uma potência ambiental
da biodiversidade”, referindo-se aos ganhos
possíveis com o incremento tecnológico de
produtos da floresta.
Halla Tómasdóttir, CEO do The B Team, coalizão
de empresas comprometidas em desenvolver
negócios mais sustentáveis, declarou que o
modelo de business-as-usual, de dualidade entre
produção e proteção, precisa ser redefinido.
“Fazer negocio como se fazia antes nos levou
para glaciares derretendo, florestas queimando,
um nível inacreditável de desigualdade”, disse. “E
ainda não temos nenhuma tecnologia melhor que
a árvore para sequestrar carbono.
O cineasta Fernando Meirelles, que também
participou do encontro, divulgou um pequeno
vídeo que sintetiza o que é a ideia da Amazônia
Possível. Confira abaixo.
https://www.youtube.com/watch?v=fHaE1g3XK6
U
https://sustentabilidade.estadao.com.br/blogs/a
mbiente-se/empresarios-lancam-em-nova-york-
desafio-para-desenvolvimento-de-amazonia-
possivel/
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Data: 23/09/2019
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Grupo de Comunicação
Mudanças climáticas aceleram e
concentração de CO₂ na atmosfera bate
recorde, alerta OMM
Situação do clima do planeta entre 2015 e 2019
ficou pior do que nos cinco anos anteriores,
mostrando que o aquecimento global está ficando
mais intenso, aponta Organização Meteorológica
Mundial na véspera da Cúpula do Clima da ONU
Giovana Girardi
NOVA YORK – Na véspera da Cúpula do Clima da
ONU, convocada pelo secretário-geral da
organização, António Guterrres, para esta
segunda-feira, 23, para clamar aos líderes
mundiais para aumentarem sua ambição no
combate ao aquecimento global, a Organização
Meteorológica Mundial (OMM) traz um alerta: a
mudança do clima está se acelerando e a
concentração recorde de gases de efeito estufa
na atmosfera mostra que o planeta vai aquecer
ainda mais.
Relatório lançado pela OMM neste domingo faz
uma análise da situação climática global no
período entre 2015 e 2019, que deve fechar
como o período de cinco anos mais quente do
registro histórico da OMM. A temperatura global
já subiu 1,1ºC desde o período pré-industrial,
mas considerando somente esse cinco anos
(dados até julho deste ano), o aumento foi de
0,2ºC em relação ao intervalo entre 2011 e
2015.
Na sexta-feira, milhares de manifestantes tomaram as
ruas em todo o mundo pedindo por ações urgentes
contra as mudanças do clima. Na foto, protesto em
Nova York. Crédito: Giovana Girardi / Estadão
A taxa de crescimento da concentração de gás
carbônico (CO₂) na atmosfera é cerca de 20%
mais alta que nos cinco anos anteriores, devendo
chegar a cerca de 410 ppm (partes por milhão)
até o final do ano, de acordo com dados
preliminares.
“As causas e os impactos das mudanças
climáticas estão aumentando em vez de
diminuir”, disse o secretário-geral da OMM,
Petteri Taalas, co-presidente do Grupo Consultivo
de Ciência da Cúpula do Clima da ONU, em
comunicado à imprensa.
“O aumento do nível do mar acelerou e estamos
preocupados com o declínio abrupto das camadas
de gelo da Antártida e da Groenlândia, o que
agravará a elevação futura do níve do mar. Como
vimos este ano com efeitos trágicos nas Bahamas
e em Moçambique, o aumento do nível do mar e
intensas tempestades tropicais levaram a
catástrofes humanitárias e econômicas ”,
afirmou.
De acordo com o relatório, de maio de 2014 a
julho de 2019, a taxa de aumento médio global
do nível do mar foi de 5 mm por ano, em
comparação com 4 mm por ano no período de
dez anos de 2007-2016. Isso é substancialmente
mais rápido que a taxa média desde 1993, que
foi de 3,2 mm/ano.
O estudo mostra que mais de 90% dos desastres
naturais que ocorreram nos últimos anos
estiveram relacionados ao clima, como
tempestades e inundações, que também levaram
a maiores perdas econômicas. Ondas de calor e
secas levaram a perdas humanas, intensificação
de incêndios florestais e perda de colheita.
Segundo a OMM, ondas de calor foram o risco
meteorológico mais mortal no período de 2015 a
2019, afetando todos os continentes e resultando
em vários novos registros de temperatura. Quase
todos os estudos sobre as ondas de calor
significativas que ocorreram desde 2015
encontraram a marca da mudança climática.
Data: 23/09/2019
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Grupo de Comunicação
As maiores perdas econômicas foram associadas
aos ciclones tropicais. A temporada de furacões
no Atlântico de 2017 foi uma das mais
devastadoras já registradas, com mais de US$
125 bilhões em perdas associadas apenas ao
furacão Harvey. No Oceano Índico, em março e
abril de 2019, ciclones tropicais consecutivos sem
precedentes e devastadores atingiram
Moçambique.
https://sustentabilidade.estadao.com.br/blogs/a
mbiente-se/mudancas-climaticas-aceleram-e-
concetracao-de-co%e2%82%82-na-atmosfera-
bate-recorde-alerta-omm/
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Data: 23/09/2019
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Grupo de Comunicação
Brasil tenta recompor sua imagem depois de
queimadas na Amazônia, diz Financial Times
Reportagem ressalta campanha Brazil by Brazil
que, segundo a publicação, 'tem ecos
nacionalistas e como alvo o público americano e
europeu'
Célia Froufe, O Estado de S.Paulo
LONDRES - Após um mês de controvérsia sobre o
manejo de incêndios que devastaram a floresta
amazônica, o governo de direita do Brasil está
tentando dar um novo impulso à sua imagem
internacional antes da Assembleia Geral da
Organização das Nações Unidas (ONU) na
próxima semana. O texto sobre o País foi
publicado neste domingo na versão online do
jornal britânico de economia Financial Times.
A publicação ressalta que a campanha de
marketing "Brazil by Brazil" foi lançada na sexta-
feira, quando começou a assembleia em Nova
York. "Ela tem ecos nacionalistas e como alvo o
público americano e europeu com mensagens na
televisão e nos jornais, divulgando as
regulamentações ambientais do Brasil e o papel
do agronegócio na alimentação de uma grande
fatia da população global", avaliou o FT.
O diário lembrou que o Brasil tem algumas das
regulamentações ambientais mais rigorosas do
mundo há décadas e muitos grandes agricultores
estão envolvidos em práticas sustentáveis para
reduzir a degradação ambiental. No entanto,
grande parte da controvérsia sobre a Amazônia
foi desencadeada pelo "estilo pugnaz" do líder de
extrema direita Jair Bolsonaro, que desenvolveu
um relacionamento amargo com alguns líderes
europeus e que foi exacerbada por protestos
contra os incêndios na floresta e o crescente
desmatamento.
O FT destacou que Bolsonaro, que abrirá a
Assembleia Geral da ONU na próxima semana,
disse à Record TV do Brasil que seu discurso em
Nova York "reafirma a questão de nossa
soberania". Otávio Rêgo Barros, seu porta-voz,
disse que seu chefe fará um "discurso sincero" no
qual rejeitará a noção "de que o Brasil não cuida
da Amazônia, não cuida do meio ambiente".
O periódico ressaltou também que o importante
setor agrícola do Brasil está ficando cada vez
mais temeroso com os boicotes à produção
brasileira de produtores ocidentais preocupados
com a destruição da maior floresta tropical do
mundo. No início deste mês, a H&M, a segunda
maior varejista de moda do mundo, parou de
comprar couro do país latino-americano, citando
preocupações ambientais. A decisão segue
movimentos semelhantes das marcas de calçados
Vans e Timberland, bem como do grupo de
roupas para o ar livre The North Face.
"Estamos perdendo a guerra de informação para
movimentos que estão interessados em nos
prejudicar", disse Soraya Thronicke, senadora do
partido conservador PSL, o mesmo de Bolsonaro.
Após inicialmente parecer culpar os incêndios
contra grupos sem fins lucrativos, o FT recordou
que Bolsonaro acusou as nações europeias de
violar a soberania do Brasil questionando sua
tutela na Amazônia. "A retórica do presidente
não ajuda em nada. De fato, isso atrapalha, mas
os líderes europeus estão usando o Brasil para
obter seus próprios ganhos políticos em casa”,
disse um alto funcionário do governo Bolsonaro
ao jornal.
O embate mais destacado do presidente
brasileiro sobre o assunto ocorreu com seu
colega francês, Emmanuel Macron. Na reunião do
grupo dos sete países mais ricos do mundo (G-7)
no mês passado, Macron ofereceu um pacote de
ajuda de US$ 20 milhões das nações do G-7 para
extinguir os incêndios e depois reflorestar e
proteger a floresta tropical. Bolsonaro criticou a
oferta por tratar o Brasil como uma "colônia". As
coisas ficaram pessoais depois que Bolsonaro
ecoou insultos direcionados à esposa de Macron
Data: 23/09/2019
142
Grupo de Comunicação
no Facebook. "Este não é o comportamento de
um presidente", retrucou Mácron.
Macron também ameaçou não ratificar um dos
maiores acordos comerciais do mundo
recentemente acordados entre países europeus e
um bloco de países da América do Sul
(Mercosul), cujo membro mais importante é o
Brasil. Na quarta-feira, um comitê no parlamento
da Áustria rejeitou o acordo devido a
preocupações com incêndios na Amazônia, em
uma decisão vinculativa para o governo. "A
floresta tropical é incendiada na América do Sul
para criar pastagens e exportar carne com
desconto para a Europa", disse Elisabeth
Koestinger, ex-ministra da Agricultura do
conservador Partido Popular. "A UE não deve
recompensar isso com um acordo comercial."
"O Mercosul definitivamente não era popular e o
fato de ser encarnado por Bolsonaro tornou-o
ainda mais impopular", explicou François
Heisbourg, da Fondation pour la Récherche
Stratégique (Fundação pela Pesquisa
Estratégica), um "think tank" de Paris.
https://sustentabilidade.estadao.com.br/noticias/
geral,brasil-tenta-recompor-sua-imagem-depois-
de-queimadas-na-amazonia-diz-financial-
times,70003020192
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Data: 23/09/2019
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Grupo de Comunicação
The Economist: A questão climática
A mudança climática afeta tudo o que essa
publicação noticia. Deve ser abordada com
urgência
The Economist, O Estado de S.Paulo
De um ano para o outro, você não consegue
sentir a diferença. À medida que as décadas se
acumulam, a história se torna clara. As faixas em
nossa capa representam a temperatura média do
mundo todos os anos desde meados do século
19. Os anos azul-escuro são mais frios e os
vermelhos, mais quentes que a média em 1971-
2000. A mudança cumulativa dá um salto. O
mundo está cerca de 1ºC mais quente do que
quando esta publicação era jovem.
Representar esse período como um conjunto de
faixas pode parecer reducionista. Foram anos
com guerras mundiais, inovação tecnológica,
comércio em escala sem precedentes e uma
criação surpreendente de riqueza. Mas essas
histórias complexas e as faixas simplificadoras
compartilham uma causa comum. A mudança
climática e o notável crescimento dos números e
riquezas humanas surgem a partir da combustão
de bilhões de toneladas de combustível fóssil
para produzir energia industrial, eletricidade,
transporte, aquecimento e, mais recentemente,
computação.
Que a mudança climática afeta tudo e todos deve
ser óbvio – e os pobres têm mais a perder.
Menos óbvio, mas de importância igual, é que,
porque os processos que forçam as mudanças
climáticas estão incorporados nos fundamentos
da economia mundial e da geopolítica, as
medidas devem ser igualmente abrangentes e
inclusivas. Cortar emissões não é simples; requer
revisão quase completa. Para alguns, incluindo
muitos dos milhões de jovens que fizeram greve
climática global, a reforma exige nada menos
que castrar ou extirpar o capitalismo. O sistema
cresceu com uso crescente de combustível fóssil.
E a economia de mercado fez pouco para ajudar.
Quase metade do CO2 extra foi lançada na
atmosfera após a virada dos anos 1990, quando
cientistas alertaram e governos prometeram agir.
Concluir que a mudança climática significa
agrilhoar o capitalismo é prejudicial. Economias
de mercado criam a resposta necessária.
Mercados competitivos adequadamente
incentivados e políticos que atendam à sede
popular por ação podem fazer mais do que
qualquer outro sistema para limitar o
aquecimento evitável e lidar com o que não se
pode evitar.
É importante entender tudo o que a mudança
climática não é. Não é o fim do mundo. A
humanidade não está à beira da extinção. O
planeta não está em perigo. É antigo, resistente
e sobreviverá. E, embora muito possa se perder,
a maior parte da vida que torna a Terra única,
até onde astrônomos podem dizer, persistirá. É
uma ameaça terrível para inúmeras pessoas, de
alcance planetário. Deslocará dezenas de
milhões, no mínimo; perturbará fazendas das
quais bilhões dependem; secará poços e
tubulações; inundará áreas baixas – e, depois, as
mais altas. É verdade que criará algumas
oportunidades, ao menos no curto prazo. Mas
quanto mais a humanidade demora para cortar
emissões, maiores os perigos e mais escassos os
benefícios – e mais risco de surpresas
catastróficas.
Não é só um problema ambiental ao lado de
todos os outros – e absolutamente não pode ser
resolvido pelo autoflagelação. A mudança por
parte dos mais alarmados não é suficiente. É
uma questão para todo o governo. Não pode ser
desviado para o ministro que ninguém conhece.
Não pode ser adiado por algumas décadas. Está
aqui e agora. Já torna eventos extremos, como o
furacão Dorian, mais prováveis. Suas perdas já
estão presentes – em paisagens monótonas onde
geleiras morrem e em recifes desbotados. Um
atraso significa que a humanidade sofrerá mais
danos e enfrentará luta bem mais cara para
compensar o tempo perdido.
Juntos. O que se deve fazer já está entendido. E
uma tarefa vital é a especialidade do capitalismo:
melhorar a vida das pessoas. A adaptação,
incluindo defesas marítimas, usinas de
dessalinização e culturas resistentes à seca,
custa caro. Um problema em particular para
países pobres, sob risco de ciclo vicioso em que
impactos climáticos roubam a esperança de
desenvolvimento. Acordos internacionais
enfatizam a necessidade de apoio a países mais
pobres nos esforços para se adaptar à mudança
climática e enriquecer o suficiente para precisar
de menos ajuda. Aqui o mundo rico se esquiva
de deveres.
Mesmo se os cumprisse, de modo algum todos os
impactos serão resolvidos. Quanto mais a
mudança climática avança, menos a adaptação é
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Grupo de Comunicação
capaz de compensá-la. Isso leva à necessidade
de cortar emissões. Com melhorias tecnológicas
plausíveis e investimento, é possível criar redes
de eletricidade sem centrais emissoras de CO2. O
transporte rodoviário pode ser eletrificado,
embora seja mais difícil para viagens longas e
aéreas. Processos industriais podem ser
reequipados. Os esforços hoje, frouxos demais
para evitar que o mundo esquente de 2°C ou até
3°C, podem ser aprimorados. Forçar empresas a
revelar vulnerabilidades na questão climática
ajudará investidores a alocar capital. Um preço
robusto para o carbono poderia incentivar
inovações. Mas, por mais poderosa que seja essa
ferramenta, o corte em emissões que ela traz
precisará ser acelerada por regulamentos bem
direcionados. O problema com essas políticas é
que o clima responde ao nível geral de CO2 na
atmosfera, e não à contribuição de um país. Se
um governo reduz drasticamente suas emissões,
sem que os outros o façam, não verá danos
diminuídos.
O dano depende da resposta humana nas
próximas décadas. Se o espírito empresarial que
primeiro usou o poder de combustíveis fósseis na
Revolução Industrial sobreviver, os países onde
ele mais prosperou devem estar dispostos a
transformar o maquinário da economia sem
renunciar aos valores a partir dos quais a
economia nasceu. Alguns dizem que o amor do
capitalismo pelo crescimento inevitavelmente o
põe contra um clima estável. Esta publicação
acredita que estão errados. Mas a mudança
climática pode, apesar de tudo, ser a sentença de
morte para a liberdade econômica. Se o
capitalismo quiser manter seu lugar, deve estar
preparado para isso. / TRADUÇÃO DE CLAUDIA
BOZZO
https://sustentabilidade.estadao.com.br/noticias/
geral,the-economist-a-questao-
climatica,70003019838
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Data: 23/09/2019
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VALOR ECONÔMICO Saneamento já tem avanços e aguarda
novas regras no país
Parcerias nos Estados, privatizações e IPOs
agitam o setor
Taís Hirata e Gabriel Baldocchi
Único setor da infraestrutura ainda dominado por
estatais, o saneamento básico já começa a se
preparar para uma nova etapa de privatizações e
investimentos, apontam executivos, analistas e
membros do governo ouvidos pelo Valor. Mesmo
sem uma definição sobre o novo marco legal do
segmento, ainda em tramitação no Congresso
Nacional, já há uma movimentação no mercado,
tando na esfera pública, com a estruturação de
novos projetos, quanto no setor privado, que tem
buscado novas formas de capitalização.
Esse movimento começou a ser traçado há cerca
de três anos, impulsionado pela crise fiscal nos
Estados e municípios, pela intensificação do lobby
das companhias privadas e pela forte articulação
do governo federal, parlamentares e BNDES. Nos
últimos meses, os frutos desse processo
começaram a surgir de forma mais concreta.
Do lado público, as próprias companhias
estaduais de saneamento, que têm sido
resistentes ao novo marco do setor, reconhecem
que há uma pressão maior da sociedade pela
universalização e que, por isso, têm buscado
parcerias com o setor privado.
“Hoje, praticamente todas as empresas públicas
estão buscando parcerias com o setor privado,
seja por meio de abertura de capital, seja por
concessões”, afirma Marcus Vinícius Neves,
presidente da Associação Brasileira das Empresas
Estaduais de Saneamento (Aesbe), que
representa as estatais.
Nos últimos meses, avançaram diversas
iniciativas nesse sentido: a proposta de oferta
pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês)
da Saneago (estatal de Goiás), o edital da PPP da
região metropolitana de Porto Alegre e estudos
para outras concessões no Rio Grande do Sul.
O apoio de órgãos federais na estruturação de
projetos também é apontado como uma alavanca
essencial, porque nem sempre Estados e
municípios têm estrutura para realizar os estudos
de modelagem.
É o caso do programa de desestatização lançado
pelo BNDES no fim de 2016. De um total de sete
estudos conduzidos desde então, estão sendo
encaminhadas ao menos três concessões neste
momento: a da região metropolitana de Maceió,
em Alagoas; a da companhia do Amapá; e a de
distribuição de água no Rio de Janeiro — projeto
que poderá ser fatiado em mais de um leilão. Nas
últimas semanas, o banco de fomento tem
convocado grupos privados para apresentar os
projetos e colher sugestões.
Para o diretor de Infraestrutura do BNDES, Fábio
Almeida Abrahão, a aprovação do novo marco
regulatório — que busca facilitar a privatização
do setor e a atração de investidores — deverá
impulsionar mais desestatizações. Só no
programa do banco de fomento, há outras quatro
companhias com projetos engatilhados, nos
Estados do Acre, Pará, Ceará e Pernambuco.
Do lado do setor privado, há também uma
movimentação das companhias, que hoje
ocupam apenas 6% do mercado de saneamento
no país. Essas empresas passaram por um
período de reestruturação nos últimos anos, com
a saída de empreiteiras envolvidas na Lava Jato e
a entrada de fundos de investimento. Agora, os
grupos se preparam para ampliar sua capacidade
de investimentos, já contando com a aprovação
das novas regras do mercado.
A Iguá (ex-CAB Ambiental), controlada pela
gestora IG4, protocolou no fim de agosto um
pedido de IPO (ver página B3). Ainda há
incerteza se o mercado aceitará pagar o preço
proposto pela companhia, mas, se concretizada a
operação, será a primeira abertura de capital de
uma empresa privada do setor — hoje, apenas as
estatais Sabesp (São Paulo), Sanepar (Paraná) e
Copasa (Minas Gerais) têm ações negociadas na
Bolsa.
Outras grandes companhias privadas do setor,
como BRK Ambiental, Aegea, Águas do Brasil e
GS Inima, não têm planos de fazer um IPO neste
momento — ao menos enquanto o novo marco
legal não for aprovado, segundo fontes próximas
às empresas. No entanto, as companhias têm se
estruturado para atrair recursos, seja com a
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Grupo de Comunicação
emissão debêntures, seja via aportes de capital
de acionistas.
A BRK Ambiental (ex-Odebrecht Ambiental),
maior companhia privada do segmento,
protocolou em agosto um pedido de registro
inicial de companhia aberta na Comissão de
Valores Mobiliários (CVM). A ideia, por enquanto,
é apenas emitir títulos de dívida. A possibilidade
de uma abertura de capital no futuro dependerá
da consolidação de um novo cenário regulatório
no país, segundo fontes próximas à empresa.
Outra grande do setor, a Aegea Saneamento,
que atende 49 municípios, poderá fazer um IPO
ou atrair um novo sócio no futuro, mas apenas
caso a empresa consiga algum projeto de maior
porte, que exija um grande desembolso de
capital, segundo o diretor financeiro e de
relações com investidores, Flávio Crivellari. Hoje,
a empresa não vê essa necessidade, diz.
“A companhia tem diversas concessões já
maduras, com geração de caixa, uma dívida
confortável e acesso a crédito no mercado para
os próximos projetos que deverão vir. O quadro
de acionistas também tem capacidade para
cumprir os aportes de equity necessários”, afirma
o executivo. A empresa é controlada pelo grupo
Equipav e tem como sócios o fundo GIC, de
Cingapura, e o IFC, ligado ao Banco Mundial.
O grupo Águas do Brasil, que atende 14
municípios, tem negociado com possíveis
investidores a entrada de um novo sócio no
capital da companhia no futuro, segundo Carlos
Henrique da Cruz Lima, presidente do conselho
de administração. “O interesse aumentou
fortemente por causa da possibilidade do marco
regulatório. A expectativa é que algo vai
acontecer”, afirma o executivo.
A GS Inima Brasil é outra que ainda não vê
necessidade de uma capitalização de terceiros.
No entanto, seu controlador, o grupo coreano
GS, tem mostrado disposição em injetar capital
na operação casa haja oportunidades, afirmam
pessoas ligadas à companhia.
Há ainda uma forte expectativa de novos
entrantes no mercado, como fundos de private
equity, operadores internacionais e até mesmo
empresas já atuam no Brasil em outros
segmentos, como o elétrico, e que poderão
migrar para o mercado de água e esgoto, avalia
Carolina Carneiro, analista de saneamento do
banco Credit Suisse.
A avaliação do setor hoje é que dificilmente o
projeto de lei que altera a regulação do setor não
será aprovado. Ainda que parte dos pleitos do
setor privado fiquem de fora, já há consenso em
grande parte das mudanças propostas — por
exemplo, a definição da Agência Nacional de
Águas (ANA) como órgão regulador federal e a
regulamentação da formação de blocos regionais
para a prestação de serviço. “Pela primeira vez,
há uma chance concreta de mudar a regra. A
ideia amadureceu e ganhou apoiadores”, diz
Carneiro.
A discussão em torno do novo marco começou a
tramitar no Congresso em meados de 2018.
Desde então, duas medidas provisórias sobre o
tema chegaram perto de serem aprovadas, mas
perderam a validade, devido a controvérsias
entre públicas e privadas. Agora, o assunto tem
sido conduzido por meio de um projeto de lei. O
texto já foi aprovado no Senado Federal e deverá
ser votado pela Câmara dos Deputados até o fim
de outubro — como haverá alterações, deverá
ser novamente analisado pelo Senado.
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?c=
0&n=31486880&e=577
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Data: 23/09/2019
147
Grupo de Comunicação
Investidor vê com ceticismo IPOs de
estatais
As propostas de abertura de capital de estatais
de saneamento têm sido vistas com ceticismo
pelo mercado. Ao menos duas companhias já
anunciaram a intenção de fazer uma oferta
pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês):
a Saneamento de Goiás (Saneago) e a
Companhia Riograndense de Saneamento
(Corsan).
Segundo representantes do setor, há outras
empresas que também avaliam essa opção — a
Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio
de Janeiro (Cedae) é uma das que tem feito
estudos para calcular seu valor de mercado, mas
que dificilmente seguirá com a ideia.
Atualmente, o processo mais adiantado é o da
Saneago, que ainda não protocolou um pedido
oficinal na Comissão de Valores Mobiliários
(CVM), mas já contratou três bancos para liderar
a oferta — Itaú BBA, Bank of America Merrill
Lynch e Citi.
A Corsan tem meta de fazer sua oferta até o fim
de 2020 — antes, a ideia é firmar Parcerias
PúblicoPrivadas (PPPs) de parte de sua operação
e melhorar indicadores financeiros e
operacionais.
As propostas não animam analistas e executivos
do setor ouvidos pelo Valor, que preferiram
manter anonimato. Para um deles, dificilmente
um investidor privado vai aceitar colocar seus
recursos em uma empresa que continuará sob
controle estatal. Além da possibilidade de
ingerência política, ficam mantidas todas
restrições de uma empresa pública, para fazer
demissões e contratar serviços, por exemplo.
O principal problema, na visão de outro analista,
é que a remuneração dessas companhias,
definida pela tarifa cobrada do usuário, é definida
pelas agências reguladoras locais. Apesar de, em
tese, os reajustes seguirem critérios definidos, os
órgãos estaduais têm um histórico de decisões
controversas e pouco previsíveis — se no caso
das agências de São Paulo, Paraná e Minas
Gerais já há problemas, em outros Estados a
chance de arbitrariedade é maior ainda, diz ele.
Para Marcus Vinicius Neves, presidente da
Associação Brasileira das Empresas Estaduais de
Saneamento (Aesbe), o modelo de
desestatização dependerá da realidade de cada
empresa, mas ele argumenta que o avanço da
governança nas companhias públicas após a lei
das estatais, em 2013, deverá ajudar a diminuir
a desconfiança dos investidores. “As companhias
estão fazendo o processo de forma séria e
transparente, tenho certeza que o mercado vai
entender.”
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?c=
0&n=31486881&e=577
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Data: 23/09/2019
148
Grupo de Comunicação
Iguá avalia postergar abertura de capital
Grupo tenta convencer investidores de que vale
R$ 4 bi, R$ 1 bi a mais do que eles se dispõem a
pagar
Maria Luíza Filgueiras e Taís Hirata
A Iguá Saneamento planeja postergar sua oferta
pública inicial de ações (IPO), conforme duas
fontes ligadas à operação. A decisão final será
tomada na primeira semana de outubro, se a
companhia não conseguir convencer investidores
de que vale R$ 4 bilhões — e não R$ 3 bilhões,
como estão dispostos a pagar.
Protocolado no fim de agosto, o pedido foi
recebido com forte expectativa no setor, já que
seria a primeira abertura de capital de uma
companhia privada no país. Hoje, apenas três
estatais — Sabesp (SP), Copasa (MG) e Sanepar
(PR) — têm ações negociadas na Bolsa.
A Iguá é controlada pela gestora brasileira IG4,
que comprou a companhia em meados de 2017,
do grupo Galvão. Hoje, um dos principais
investidores da empresa é o fundo canadense
Alberta Investment Management Corporation
(AIMCo).
A companhia está em fase de educação de
investidores, como é chamado o processo de
reuniões com analistas para tentar indicar os
parâmetros de avaliação da empresa, e de “pilot
fishing”, em que conversa com os investidores
diretamente sobre potencial interesse.
A empresa e os bancos coordenadores tentam
mostrar a investidores que a companhia é
comparável a empresas de concessão de
rodovias e transmissoras de energia — e não a
outras empresas de saneamento de controle
estatal.
A grande vantagem das empresas privadas de
saneamento em relação às públicas é a maior
segurança em relação à tarifa, que é definida em
contrato e indexada pela inflação. Já no caso das
estatais, a remuneração depende de reajustes
periódicos, definidos pelas agências reguladoras
locais — que, em sua maioria, têm baixo nível
técnico e de governança, na visão de analistas de
mercado.
A avaliação, porém, é que as empresas ainda
sofrem com um risco regulatório considerável,
porque dependem da negociação com municípios
para conseguir reequilíbrios dos contratos.
Um investidor que participou das apresentações
conta que a Iguá considera uma taxa interna de
retorno (TIR) de seus projetos entre 12% e
12,5%, em comparação à faixa de 7% a 8% de
empresas estaduais de saneamento.
No entanto, isso ainda é projeção. A empresa
pede uma avaliação de mercado que indica um
múltiplo de cerca de 11 vezes o lucro antes de
juros, impostos, depreciação e amortização
(Ebitda, na sigla em inglês), mas os investidores
se mostram dispostos a um múltiplo de cerca de
8 vezes.
Para uma fonte envolvida no processo, duas
semanas é pouco tempo para fazer os gestores
nacionais e estrangeiros mudarem de ideia. Os
investidores têm interesse no negócio, mas
querem flexibilidade de preço. “Já a companhia
confia nas projeções e prefere postergar a oferta
e voltar a mercado com ela concretizada do que
alterar a precificação agora”, diz uma fonte.
Outro fator importante é a tramitação do projeto
de lei que altera o marco legal do setor, que
deverá ser votado pela Câmara no fim de
outubro e depois seguirá para o Senado. Hoje, a
perspectiva de aprovação é otimista, e a
companhia tem usado isso a seu favor, afirma
um analista. A avaliação é que, a depender da
votação, o interesse poderá variar
consideravelmente, afirma.
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?c=
0&n=31486923&e=577
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Data: 23/09/2019
149
Grupo de Comunicação