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FUNDAÇÃO DE ENSINO SUPERIOR DE OLINDA – FUNESO UNIÃO DE ESCOLAS SUPERIORES DA FUNESO – UNESF CENTRO DAS LICENCIATURAS Resumo para ser entregue a Maria Stela Mulatinho professora da disciplina Historia

Literatura Grega

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Page 1: Literatura Grega

FUNDAÇÃO DE ENSINO SUPERIOR DE OLINDA – FUNESO

UNIÃO DE ESCOLAS SUPERIORES DA FUNESO – UNESF

CENTRO DAS LICENCIATURAS

OLINDA2010

Resumo para ser

entregue a Maria Stela

Mulatinho professora da

disciplina Historia Antiga III,

do curso de História 3º

período manhã.

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FUNDAÇÃO DE ENSINO SUPERIOR DE OLINDA – FUNESO

UNIÃO DE ESCOLAS SUPERIORES DA FUNESO – UNESF

CENTRO DAS LICENCIATURAS

Literatura Grega

OLINDA

Dayvson Ramos Figueiredo

Eli Gonçalves Santana

Eliane Lopes Silva

Iliana Andréia

Jefferson Moura de Lemos

Joana Moura

Manoel Marcio

Ruth Pereira da Silva

Page 3: Literatura Grega

2010Introdução

A literatura Grega alcançou desenvolvimento desde que começou a difundir-se

com o emprego da escrita, por volta do século VIII a.C. os gregos conceberam e

desenvolveram grande parte das formas literárias ocidentais. A literatura Grega

Antiga divide-se em quatro períodos:

Período Arcaico - vai até o final do século VI a.C.

Período Clássico – séculos V e IV a.C.

Período helenístico -

Período Greco-Romano

Período Arcaico

Era o estagio inicial da literatura grega. Antes do surgimento da escrita os

gregos já faziam poesias, que foram a base da literatura primitiva, para serem

cantadas ou recitadas. Os temas geralmente eram os mitos, lendas e folclores.

Os gregos perceberam que as palavras ritmicamente organizadas e com muita

sonoridade encantava os ouvintes. Ainda que o poeta estivesse recitando uma

historia, ele tinha que ter uma desempenho excelente para garantir esse

encantamento.

A poesia grega era considerada como uma inspiração dos deuses. Essa

poesia antiga não tinha por base a rima, mas, a métrica que era construída por

silabas longas ou breves, o tempo necessário para a pronuncia um som determinava

o seu comprimento.

A esse período pertencem. A poesia de Hesíodo (700 a.C) provavelmente

posterior a Homero deu continuidade à tradição épica, embora, tratando de temas

diferentes. Na antiguidade Hesíodo era tão considerado quanto Homero. Entre seus

poemas está “O Escudo de Hércules” e a “Teogonia” que conta a formação do

mundo e a origem dos deuses. A poesia lírica tambem surgiu nesse período

Período Clássico

Tradicionalmente o período se inicia em 480 a.C., com a vitória dos gregos

sobre os persas. E finaliza em 338 a.C., com Filipe da Macedônia, o pai de

Alexandre, conquistando Atenas.

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Período helenístico

Inicia-se com a supremacia macedônica sobre a Grécia, com as conquistas de

Alexandre, o Grande. Outros centros de atividade, como Alexandria e Pérgamo,

substituem Atenas. Novos gêneros são criados, como a novela.

Na poesia, destacaram-se dois nomes: Calímaco (c.305-c.240 a.C.), autor de

hinos, epigramas e de dois poemas épicos (Hécale e Aitia), e Teócrito (c.300-206

a.C.), criador do gênero pastoril (idílios).

No teatro, surgiu a Comédia Nova, que retratava as paixões dos cidadãos

comuns, fazendo uma crítica aos costumes. O principal representante desta nova

tendência da comédia grega foi Menandro.

Período Greco-Romano

Os gregos e romanos criaram e aperfeiçoaram os maiores gêneros da

literatura ocidental e influenciaram fortemente muitas literaturas posteriores,

especialmente a partir do Renascimento;

Roma conquista a Grécia e recebe sua influência e retransmite para o mundo.

Autores como Apolodoro (mitógrafo), Menandro (comediógrafo), Calímaco (poeta

lírico), são representativos dessa época. A épica ressurge com Apolônio de Rodes,

autor da Argonautica.

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Poesia épica

Na poesia épica os poemas eram longos textos baseados de forma métrica. O

termo Épico vem do grego Epos, narrativa ou recitação. Esses poemas exprimiram

as lendas tradicionais denominados ciclos ou epopéias. Os épicos a Ilíada e a

Odisséia, atribuídos a Homero, fazem parte do ciclo troiano, que recontam historias

intercaladas com mitos da época micênica. São essas epopéias que dão inicio a

literatura grega, inicialmente foram passadas da tradição oral para a escrita em 750

a.C., para se compreender toda a cultura grega torna-se necessário ler essas duas

obras.

As epopéias clássicas contavam a historia de heróis, seus atos e exemplos

serviam de modelo e referencia cultural. Os ciclos épicos abarcam toda a história

mitológica das cidades gregas, heróis como Teceu, Hercules, Perceu ou Jasão são

reverenciados.

A Ilíada é composta por 15.693 versos divididos em 24 cantos e passa-se no

nono ano da Guerra de tróia. O tema central da Ilíada e a ira de Aquiles, pela morte

de Pátroclo seu amigo, e o duelo com Heitor, que era um príncipe de Troia, filho do

rei Príamo e irmão de Páris. O duelo terminando com a morte de Heitor.

A odisséia é um poema de regresso. Tem como ator principal um herói da

guerra de Tróia Ulisses ou Odisseu. No retorno a sua pátria o herói passa por

diversas aventuras e perigos. Acreditando na morte de Ulisses rei de Ítaca, vários

candidatos pretendem disputar a mão da rainha viúva Penélope, Telêmaco seu filho

procura pelo pai desaparecido. Finalmente Ulisses retorna e mata todos os

pretendentes.

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Poesia Lírica

originalmente, era feita para ser cantada ou acompanhada de flauta e lira. Na

poesia Lirica o autor fala diretamente ao leitor, sobre sentimentos, estados de

espirito e persepções. Expresando a subjetividade sentimental do artista. A poesia

lírica grega influenciou a lírica Romana.

Vários tipos de poesia lírica grega surgiram no período arcaico, entre os poetas

das ilhas do mar Egeu e da Jônia, no litoral da Anatólia. Safo, da ilha de lesbos,

viveu provavelmente em meados do séc. VII a.C. Foi provavelmente a primeira

mulher a fazer poesia no mundo ocidental. É considerada a mais importante poetisa

lírica da Antiguidade

A elegia é uma composição lírica inspirada em acontecimento triste como a

morte ou uma despedida. Era composta dísticos (estrofe de dois versos).

surgiu com Calino de Éfeso (século VII a.C.), Tirteu e Mimnermo. Arquíloco de

Paros foi o primeiro a usar a elegia de uma forma pessoal. Calímaco, importante

poeta alexandrino do século III a.C., foi um dos primeiros a escrever elegias no

sentido do moderno termo, ou seja, como poemas líricos e tristes. Sua elegia Os

cabelos de Berenice, da qual só restaram fragmentos, constituiu o primeiro modelo

do gênero.

A Lírica coral refere-se à poesia grega, que foi realizada em coros, inicialmente

para o acompanhamento de uma lira. Pertencia à tradição Dórica. A poesia lírica

coral era realizada por coros de ambos os sexos em festas religiosas públicas ou

eventos de famílias importantes. Um subgênero da Lirica coral é a música de

casamento.

Outros exemplos de poesia Lírica são:

Acalanto - uma cantiga para embalar crianças;

Décima - improviso com canto lento, próximo a uma declamação, com

estrofes de dez versos;

Epigrama – dito espirituoso breve e incisivo, que pode ter forma poética.

Epitáfio – geralmente são versos escritos em túmulos, para homenagear

pessoas;

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Hino – poema ou cântico composto para homenagear heróis, deuses, ou para

homenagear a pátria;

Ode – no sentido grego é canto, exprime alegria e entusiasmo;

Quadra – forma poética composta de quatro versos.

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Poesia dramática

Eram Formas muito célebres do teatro grego, a tragédia e a comédia que

formam a poesia dramática, evoluíram da poesia coral que era cantada e dançada

nas festas agrícolas. Provavelmente em homenagem a Dionísio. Mais tarde, os

poetas desenvolveram diálogos para contar histórias em sincronia com os cânticos e

as danças.

A poesia dramática expõe o conflito dos homens e seu mundo e a miséria

humana. No drama grego existia a tragédia (utilizando como tema as paixões e os

vícios humanos) e a comédia (fatos comuns, critica aos costumes por meio do riso).

Aristóteles, em sua Arte Poética, para diferenciar comédia de tragédia diz que

enquanto esta última trata essencialmente de homens superiores (heróis), a

comédia fala sobre os homens inferiores (pessoas comuns da pólis). Durante os

antigos festivais de Teatro, na Grécia ser escolhido como jurado de tragédia era a

comprovação de nobreza e de representatividade na sociedade. Já o júri da comédia

era formado por cinco pessoas sorteadas da platéia.

Sófocles, juntamente com Ésquilo e Eurípes, foi um dos maiores poeta

dramáticos da Grécia antiga. Sua obra-prima “Édipo Rei”, o consagrou como o maior

trágico da antiguidade grega. A peça narra a tragédia do homem que, perseguido

pelo destino traçado pelos deuses, mata o pai e casa-se com a mãe.

Uma das principais características da comédia é o engano. Frequentemente, o

cômico está baseado no fato de uma ou mais personagens serem enganadas ao

longo de toda a peça.

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A prosa

Prosa é o nome que se dá à forma de um texto escrito em parágrafos.

Enquanto a poesia era inspirada pelas divindades, a prosa era utilizada para as

questões mais triviais e corriqueiras. Atualmente dividir-se a prosa em três

subgêneros especificadores: o romance, o conto e a novela.

O romance é uma história onde há um conflito principal, prolongado com

conflitos menores, vindos dos painéis de época, das divagações filosóficas,

da observação dos costumes, etc. Essa manifestação literaria surgiu no

seculo XVII.

O conto A palavra "conto" veio do grego Kontos; e do latim contu. é uma

história mais curta, geralmente com um único conflito e com poucas

personagens.

A novela também é um tipo de história curta, que pode apresentar um ou

varios conflitos. A novela tem a particularidade de ter um andamento em

episódios, dando a impressão de capítulos separados.

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Diálogos filosóficos

Eram exercícios intelectuais na procura pela verdade, uma das figuras

principais da filosofia grega foi Sócrates (cerca de 469 - 399 a.C). embora não tenha

deixado nenhum texto escrito, o seu discípulo Platão (428-348 a.C), referenciou a

sua filosofia nos seus diálogos.

As suas obras mais conhecidas são Euthyphron, Apologia de Sócrates, Fédon

(onde nesta se trata o processo de condenação à morte de Sócrates), Banquete

(onde Sócrates discute a natureza da beleza e do amor com o poeta Aristófanes e o

aristocrata renegado Alcibíades) e a República (onde Sócrates discute a natureza da

justiça e a sua influencia sobre os seres humanos e a cidade ideal).

Sua filosofia era desenvolvida mediante diálogos críticos com seus interlocutores.

Esses diálogos podem ser divididos em dois momentos básicos: a ironia e a

maiêutica.

A ironia, não tinha o significado depreciativo. No grego, ironia quer dizer

interrogação. Sócrates interrogava seus interlocutores sobre aquilo que pensavam

saber. No decorrer do dialogo atacava de modo implacável as respostas de seus

interlocutores. Com habilidade de raciocínio, procurava evidenciar as contradições

afirmadas e os novos problemas que surgiam a cada resposta.

A Maiêutica, Libertos do orgulho e do preconceito de que tudo sabiam, os

discípulos podiam então iniciar o caminho da reconstrução de suas próprias idéias.

Novamente Sócrates lhes propunha uma série de questões habilmente colocadas. O

objetivo de Sócrates era ajudá-los a conceberem suas próprias idéias.

Platão é também célebre pela criação e utilização de mitos (Atlântida) e

metáforas (alegoria da caverna) na filosofia.

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Retórica

O termo grego retoriké significa tanto a arte oratória como a disciplina que

versa essa arte. Retórica não pode ser confundida com outras formas de linguagem,

principalmente a conversa. O que caracteriza a retórica nos gregos é ela pertencer à

esfera política da vida de um cidadão, e não à sua vida privada. A distinção entre o

político ou público e o privado é assim imprescindível para uma compreensão cabal

da especificidade da retórica. A Retórica era antes de tudo o discurso do Poder ou

dos que aspiravam a exercê-lo. No entanto, a vida pública ou política era de certo

modo um luxo que estava, portanto, reservado aos que podiam gozar de uma

subsistência garantida. Mulheres e escravos não tinham uma vida política.

É provável que em 430 a.C., apenas 10% da população eram cidadãos,

demonstrando que a democracia ateniense era de certa forma uma aristocracia

alargada.

O talento cultivado da eloquência era admirado desde a Ilíada. Com o

desenvolvimento dos tribunais e assembléias democráticas no século V a.C, a

comunicação eficaz foi condição imprescindível para se ter sucesso nos negócios

públicos. Os professores começaram a ensinar a arte da persuasão e da eloquência.

O estudo da teoria e prática da comunicação (oral e escrita) é conhecido por

retórica. Esta arte perpetuou-se com os romanos e foi depois recuperada na Idade

Média onde já entrava novamente no ensino das escolas monásticas.

Os discursos retóricos eram igualmente pronunciados durante cerimônias públicas

como espetáculos ou demonstrações do gênio retórico.

Os sofistas adquiriram durante o século V a.C., grande prestígio como

professores de Retórica, viajavam de cidade em cidade realizando aparições

públicas (discursos, etc) para atrair estudantes, de quem cobravam taxas para

oferecer-lhes educação. O discurso retórico visava a ação, se propõe persuadir, a

convencer os que escutam da justiça das posições do orador. Este primado da ação

leva a maioria dos sofistas,  a desprezarem  o conhecimento daquilo que discutiam,

contentando-se com simples opiniões, concentrado  a sua atenção nas técnicas de

persuasão.  

Foi contra este ensino que Sócrates e Platão se opuseram. Ambos

sustentaram que a Retórica era a negação da própria Filosofia. Platão, estabelece

uma distinção clara entre um discurso argumentativo dos sofistas que através da

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persuasão procura manipulação os cidadãos, e o discurso argumentativo dos

filósofos que procuram atingir a verdade através do diálogo., pois só esta importa.

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Obras históricas

Mais importantes que se conservam são a de Heródoto e Tucídices.

Heródoto - conhecido como o pai da história, foi historiador e geógrafo dos

tempos antigos. Viveu entre 485 a.C e 425 a.C. Nasceu em Halicanarsso, que hoje é

Bodrum, na Turquia. Foi criado pelo seu tio Pamiatis que lhe ofereceu uma boa

educação e também muitas viagens pelo mundo antigo. A sua primeira viagem foi ao

Egito onde conheceu sobre sua origem, também conheceu a Líbia, Babilônia,

Pérsia, Macedônia entre outras.

Foi o escritor da obra “Histórias”, onde relata as guerras médicas entre gregos

e persas, esta obra é classificada em 9 livros, que eram dedicados à nove musas,

que segundo a mitologia grega eram responsáveis pela arte. O nove livros são:

Clio : nele, Heródoto expõe as causas das “Guerras médicas”,

Euterpe : fala sobre o Egito, sua história, geografia do país, religião, reis,

animais sagrados e costumes;

Tália : mostra o motivo que levou Cambises (imperador da Pérsia) a atacar o

Egito, fala sobre Cambises e sobre sua morte;

Melpômene : fala sobre Citia, que era uma região na Eurásia habitada por

iranianos;

Terpsicore : neste quinto livro conta sobre o avanço persa sobre a Grécia;

Erato : expõe a história de Esparta e Atenas, assuntos de políticas internas em

Atenas, fala também sobre a invasão persa na Macedônia;

Polímnia : relata a invasão da Grécia a morte de Dário morre e a subida de

Xerxes ao trono do império persa;

Urânia : o livro relata a destruição de Atenas, a Batalha de Salamina, onde a

Grécia derrotou a frota persa;

Caliope : e o último livro que fala sobre a batalha de Platea e Micala.

As obras de Heródoto relatam aspectos do comportamento humano, além

dos fatos históricos do mundo antigo, principalmente da Grécia, na época das

guerras médicas.

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Sendo um dos dez generais de Atenas, Tucídides foi mandado, em 424

a.C., à costa da Trácia para agir contra Brasidas (general espartano que lutou na

Guerra do Peloponeso). Fracassado na missão, foi condenado a trinta anos de

exílio. Provavelmente, os atenienses o chamaram de volta em 404 a.C.

Escreveu uma história da Guerra do Peloponeso, uma das mais

importantes obras históricas de todos os tempos, notável por seu estilo conciso,

direto, nítido, imparcial, e seu método científico. Tucidides demonstrou

percepção da conexão causal entre os eventos e raciocínio penetrante a respeito

de questões políticas.

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Bibliografia

Livros:

CHALINE, Eric. “Guia do viajante pelo mundo antigo da Grécia” 1º edição, 2008, São

Paulo-SP, editora Ciranda cultural.

COTRIM,Gilberto. “Fundamentos da Filosofia” 11º edição, 1995, editora Saraiva

Internet:

http://pt.wikipedia.org

http://carter-carter-carter.blogspot.com

www.scielo.br

www.cursogrego.com

http://recantodasletras.uol.com.br/teorialiteraria/258607

http://www.bocc.ubi.pt/pag/fidalgo-antonio-retorica-cultura-grega.html

http://afilosofia.no.sapo.pt/11filosret.htm

www.infoescola.com

WWW.logosphera.com

www.webartigos.com