Manual de Ensino IIB - Volume 2 EB60-ME-14.063

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    MANUAL DE ENSINO INSTRUO INDIVIDUAL

    BSICA VOLUME 2

    O CHEFE DO DEPARTAMENTO DE EDUCAO E CULTURA DOEXRCITO, no uso das atribuies que lhe conferem o pargrafo nico do art. 5, aletra b) do inciso VI do art. 12, e o caput do art 44, das Instrues Gerais para asPublicaes Padronizadas do Exrcito (EB10-IG-01.002), aprovadas pela Portaria doComandante do Exrcito n770, de 7 de dezembro de 2011, resolve:

    Art. 1Aprovar, para fins escolares, o Manual de E nsino Instruo IndividualBsica Volume 2 (EB60-ME-14.063), 1 edio, de 2013, que com esta baixa.

    Art. 2Estabelecer que esta Portaria entre em vigo r a contar da data de suapublicao.

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    FOLHAREGISTRODEMODIFICAES

    NMERODEORDEM ATODEAPROVAO PGINASAFETADAS DATA

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    EB60-ME-14.063NDICE DE ASSUNTOS

    Pag

    CAPTULO 1 - O TERRENO ..................................................................................001CAPTULO 2 - UTILIZAO DO TERRENO............................................................019

    CAPTULO 3 - MISSES INDIVIDUAIS...................................................................040

    CAPTULO 4 - ORGANIZAO DO TERRENO ......................................................051

    CAPTULO 5 - OBSTCULOS DE ARAME FARPADO ..........................................067

    CAPTULO 6 - OUTROS TIPOS DE OBSTCULOS ...............................................078

    CAPTULO 7 - DEFESA ANTIAREA E ANTI-CARRO............................................086

    CAPTULO 8 - DEFESA QBRN.................................................................................091

    CAPTULO 9 -NS E AMARRAES.....................................................................123

    CAPTULO 10 -TRANSPOSIO DE CURSOS DGUA COM MEIOS AUXILIARESDE FLUTUAO.......................................................................................................132

    CAPTULO 11 -PONTES..........................................................................................137

    CAPTULO 12 -CABO AREO OU TIROLESA.....................................................140

    CAPTULO 13 - TRANSPOSIO DE PAREDES.................................................141

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    CAPTULO 1 - O TERRENO

    ARTIGO ICONHECIMENTO DO TERRENO

    2-1. GENERALIDADESa. O conhecimento do terreno necessrio a todo combatente, qualquer que seja a sua

    funo. O seu perfeito conhecimento concorre para que o militar com ele se familiarize,sentindo-o nas suas mincias, ficando apto a:(1) conhecer o valor militar dos diversos acidentes;(2) utiliz-lo judiciosamente;(3) ser capaz de a ele referir-se em linguagem militar.

    b. A execuo de qualquer misso (ofensiva ou defensiva) exige o reconhecimento doterreno em que se vai operar. Isto s ser bem feito, se o executante tiver perfeita noo decomo conduzi-lo tendo em vista o mximo aproveitamento dos recursos que o terreno podeoferecer misso recebida.

    c. Em princpio, todo terreno defensvel ou atacvel, desde que a tropa encarregadade sua defesa ou ataque, saiba utiliz-lo com objetividade, ajustando, aos seus acidentes, os

    fogos de suas armas e dele tirando o mximo proveito para organizar-se defensivamente ouprogredir.

    2-2. CLASSIFICAO DO TERRENOa. Visibilidade - Quanto visibilidade, o terreno tem a seguinte classificao:

    (1) Descoberto - Quando no apresenta obstculo algum que impea a vista dedescortinar grandes distncias. Os terrenos descobertos dificultam as aes de surpresa egeralmente permitem a execuo de tiros a grandes distncias.

    (2) Coberto - o caso contrrio, quando apresenta obstculos que limitam avisibilidade. Terrenos nessas condies favorecem as aes de surpresa, permitem ainfiltrao e reduzem a amplitude dos campos de tiro.

    b. Campos de tiro - Podem ser favorveis ou desfavorveis.(1) Favorveis - Quando as formas do terreno e a vegetao permitem adaptar as

    trajetrias dos projetis ao terreno, proporcionando, ao combatente, possibilidade de bat-locom armas de trajetria tensa, dificultando ou mesmo impedindo a progresso do inimigo. Oscampos de tiro favorveis so sempre procurados para as aes defensivas, sendo que osterrenos que mais se prestam a esse fim so os descobertos, e uniformemente inclinados.Esses terrenos permitem o mximo de zonas rasadas.

    (2) Desfavorveis - Quando a vegetao impede as vistas ou o terreno apresentareentrncias e salincias, dando origem a ngulos mortos que limitam o aproveitamento dasarmas de tiro tenso, reduzindo a sua eficincia.

    c. Progresso - Quanto progresso ou movimento de tropas, o terreno tem a seguinteclassificao:

    (1) Livre ou aberto - Quando no apresenta obstculos que impeam ou dificultem omovimento ou a progresso (esta com o concurso do fogo).

    (2) Cortado - Quando apresenta obstculos que impedem ou dificultam o movimentoou a progresso, tais como: rios, matas, grandes valas, taludes, etc.

    d. Praticabilidade(1) Diz-se que um terreno praticvel quando, embora apresentando obstculos,

    permite o movimento, em tempo til, aps certos trabalhos, tais como: lanamento depassadeiras, abertura de picadas ou estradas, etc.

    (2) Impraticvel - Quando os obstculos existentes tornam impossvel o movimento,

    dentro do tempo necessrio execuo da operao que se tem em vista. Exemplo: riosmuito largos, atoleiros ou pntanos extensos, montanhas de alturas considerveis, etc.e. Vegetao - Segundo a natureza da vegetao dominante o terreno tem a seguinte

    classificao:

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    (1) Limpo - Quando a vegetao no se em obstculo que impea ou dificulte asvistas (observao), o movimento e a ligao.

    (2) Sujo - Quando a vegetao se constitui em obstculo observao, ao movimentoou ligao.

    ARTIGO IINOMENCLATURA DO TERRENO

    2.3. GENERALIDADESO conhecimento da nomenclatura para os diversos acidentes do terreno visa a assegurar

    o perfeito entendimento entre os militares, pela padronizao da linguagem empregada nasordens, partes, relatrios, etc.

    2-4. ALTIMETRIAAltimetria a parte da Topografia que se ocupa das formas do terreno, ou seja, do seu

    modelado e relevo e de sua representao grfica.a. Curvas de nvel

    So as projees ortogonais horizontais das intersees do terreno com planos

    horizontais eqidistantes. Elas representam linhas imaginrias, no terreno, ao longo da qualtodos os pontos esto em uma mesma altitude. As curvas de nvel indicam uma distnciavertical acima, ou abaixo, de um plano de nvel. Comeando no nvel mdio dos mares, que a curva de nvel zero, cada curva de nvel tem um determinado valor. A distncia vertical entreas curvas de nvel conhecida como eqidistncia cujo valor encontrado nas informaesmarginais da carta. Maiores informaes sobre o assunto, verificar o CAPTULO 7 do C 21-26- LEITURA DE CARTAS E FOTOGRAFIAS AREAS.

    b. Altitude de um ponto qualquer do terreno sua altura em relao ao nvel mdio domar.

    c. Qualquer que seja a altitude mdia de uma regio; as alturas relativas nela existentesclassificam o terreno:

    (1) Plano - Quando no apresenta sensvel variao de alturas.(2) Ondulado - Quando as elevaes nele existentes tm alturas que variam de zero a

    20 metros(3) Movimentado - Quando variam entre 20 e 50 metros(4) Acidentado - Quando variam entre 50 e 100 metros.(5) Montuoso - Quando variam entre 100 e 1.000 metros.(6) Montanhoso - Quando variam acima de 1.000 metros.

    d. Cota - o nmero que exprime a altura de um ponto em relao a um plano horizontalde referncia. Nas cartas topogrficas, as cotas so, normalmente, expressas em metros etomadas a partir do nvel do mar, correspondendo, portanto ao valor mtrico da altitude. comum, tambm, referir-se a uma elevao pela sua cota. Assim uma elevao cuja cota de434 metros, militarmente chamada Cota 434.

    e. Comandamento - Diz-se que um ponto tem comandamento sobre outro quando maisalto do que esse outro; entretanto, esse comandamento no depende exclusivamente daaltura relativa mastambm da distanciaentre esses doispontos, levando-seem conta o alcancedo armamentoempregado e a

    possibilidade de seobservar. A posse deum ponto ou de umaposio decomandamento

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    garante sempre vantagem ttica sobre o inimigo; por essa razo, as aes terrestres, mesmode pequenos efetivos, giram em torno da conquista e preservao dos pontos dominantes daregio de operaes (Fig 2-1).

    f. Elevaes(1) Elevao a designao genrica das partes altas do terreno.(2) Elevaes isoladas - Quando uma elevao aparece isolada no terreno,

    geralmente toma a forma de uma colina ou de um mamelo:

    (a) A colina tem o aspecto geral alongado segundo uma direo (Fig 2-2).(b) O mamelo apresenta as encostas mais ou menos arredondadas e uniformes(Fig 2-3).

    Fig 2-2 Aspecto geral da colina Fig 2-3 Aspecto geral do mamelo

    (3) Formas elementares - Em sua maioria, no entanto, as elevaes apresentam-seinterligadas e tomam aspecto bastante irregular. Nessas elevaes podemos encontrar asformas elementares abaixo.

    (a) Garupa - Massa de terra, com a forma arredondada da anca de um cavalo, quese projeta de uma elevao (Fig 2-4).

    (Fig 2-4).

    (b) Espigo - um movimento de terra semelhante garupa, porm de formatriangular e alongada (Fig 2-5).

    (Fig 2-5).

    (c) Esporo - semelhante a um espigo, sobre cuja extremidade, aps um colo,ergue-se um cume mais ou menos pronunciado (Fig 2-6).

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    (4) Elementos comuns a todas as elevaes.(a) Cume ou cimo - a parte mais alta de uma elevao, serra ou cordilheira. Quando

    o cume em forma de ponta, chama-se pico e, se este extremamente agudo, recebe onome de agulha (Fig 2-7 e 2-8).

    (b) Linha de crista ou de cumeada - a linha que corre pela lomba da ou parte maisalta das elevaes, ligando os diversos cumes; a linha que limita o encontro das vertentesopostas da elevao. tambm chamada linha de festo, linha divisora de guas ou linha seca(Fig 2-9).

    (c) Crista topogrfica - alinha segundo a qual umaelevao se projeta contra o fundo(Fig 2-10).

    (d) Crista militar - Chama-

    se crista militar, linha formadapela reunio dos pontos de maiorcota, dos quais se pode ver ebater com tiros de trajetria tensao sop da elevao (Fig 2-10).

    (e) Encostas ou vertentes - So as superfcies em declive que formam uma elevao(Fig 2-10). O uso militar admite a designao de encostas para as superfcies interiores de umcompartimento do terreno onde se defrontam duas foras adversrias, e contra-encosta paraas superfcies opostas (Fig 2-11).

    (f) Sop, raiz ou fralda - So as denominaes dadas parte mais baixa das elevaese onde comeam suas encostas (Fig 2-10).

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    (5) Elevaes de grande porte.(a) Montanha - a denominao dada a um aglomerado de elevaes de grandes

    altitudes com mais de 1000 m de altura e contornos irregulares.(b) Cadeia ou cordilheira - Chama-se cadeia ou cordilheira, ao conjunto de

    montanhas que seguem umadireo mais ou menos retilnea.

    (c) Serra - Quando uma

    cadeia tem pequena extenso,denomina-se serra.(d) Macio - um

    conjunto de elevaes que sedistribuem uniformemente emtorno de um ponto central (Fig 2-12).

    (e) Contrafortes - As elevaes de grande porte (montanhas, serras, etc.), quandomudam de direo, lanam um movimento de terra semelhante a uma garupa ou espigo,perpendicularmente ao lado oposto da curvatura, que denominado contraforte.

    (f) Planalto - Superfcie mais ou menos extensa e regular, situada em regies

    elevadas; em geral ondulada, podendo ser acidentada. Um planalto de pequena extenso chamado chapada.g. Depresses - Depresses so formas opostas s elevaes e s quais vo ter as

    guas das chuvas que se escoam pelas encostas das elevaes circundantes. Com paradascom o terreno circunvizinho, as depresses do idia de verdadeiras escavaes.

    (1) Cuba - As depresses em sua grande maioria so leitos para o escoamento dasguas em forma de ravinas e vales. Algumas depresses, no entanto, apresentam-se isoladase sem escoamento para as guas, recebendo a denominao de cuba. Essas depresses, porsinal bastante raras, servem, em geral, de fundo de lagos e lagoas.

    (2) Ravina e fundo - Chama-se ravina ao sulco ou depresso mais ou menosprofunda, existem na encosta de uma elevao. Fundo uma ravina alongada, forma

    intermediria entre aravina e o vale (Fig 2-13).

    (3) Vale -Regio baixa do terreno,existente entre elevaesmais ou menos paralelas,formada pelo encontrodas vertentes dessaselevaes. Os vales tmforma de sulcosalongados e sinuosos, deprofundidade e largura variveis (Fig 2-13). Um vale estreito e que permita acesso a outrocompartimento do terreno, pode tomar a forma de garganta, corredor ou desfiladeiro.

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    (4) Garganta - uma depresso bastante acentuada, estreita e curta, que serve depassagem entre duas elevaes (Fig 2-14).

    (5) Corredor e desfiladeiro - Quando uma garganta tem extenso aprecivel, recebeo nome de corredor. Se este apresenta encostas ngremes e de difcil acesso chamadodesfiladeiro.

    (6) Grotas e grotes - So vales estreitos, profundos, de aspecto sombrio e comencostas rochosas eescarpadas.

    (7) Brecha - agarganta formada por rupturasnaturais do terreno (Fig 2-15).

    (8) Cortes - Sodepresses artificiais, deaspecto uniforme, feitas naselevaes para a passagemde estradas (de ferro ou de rodagem)

    (Fig 2-16).(9) Colo - uma depresso

    de pequena extenso e mais oumenos suave, existente na linha decrista de uma elevao (Fig 2-17 e 2-18).

    (10) Linha de aguada, defundo ou talvegue - a forma oposta linha de cumeada, ou seja, a linha de ligao das encostas de elevaes opostas, em suaparte mais baixa; serve como coletora e escoadora das guas.

    h. Plancie(1) Plancie - uma grande extenso de terreno plano situada em regies de baixaaltitude.

    (2) Pampas, estepes e pradarias - So nomes dados s vastas plancies cobertas devegetao rasteira e apropriadas para a criao de gado, existentes em algumas regies do

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    mundo. O nome varia com o lugar: pampa, na regio meridional da AMRICA DO SUL;pradaria, na AMRICA DO NORTE; e estepe, na SIA e EUROPA ORIENTAL.

    (3) Vrzea - Terreno baixo, plano e frtil que margeia os rios e ribeires. tambmchamado vargem ou varge.

    (4) Baixada - Plancie existente entre o sop de grandes elevaes e o mar ou um rio.

    2-5. PLANIMETRIA

    Planimetria a parte da topografia que se ocupa da representao e projeo horizontaldas linhas naturais e artificiais do terreno (estradas de rodagem, vias frreas, cursos-dgua,vegetao, reas urbanas, etc).

    a. Hidrografia(1) Curso-dgua

    (a) Rio - Curso-dgua doce, natural, mais ou menos volumoso e que ,normalmente, navegvel em grande parte de sua extenso.

    (b) Ribeiro - Curso-dgua de menor volume que o rio, porm mais caudalosoque um riacho.

    (c) Riacho, ribeiro ou crrego - Curso-dgua muito pequeno e que geralmente dvau em toda sua extenso; no Norte do Brasil chama-se igarap e no Sul arroio.

    (d) Cabeceira ounascente - o local onde um rionasce. Situa-se, geralmente,em regies altas (Fig 2-19).

    (e) Bacia - a regiobanhada por um rio e pela redede seus tributrios. (Fig 2-19).

    Fig 2-19 Cabeceira e bacia(f) Afluente ou

    tributrio - Diz-se que um curso-

    dgua afluente ou tributriode outro quando nele desgua,perdendo, conseqentemente, seu nome (Fig 2-20).

    (g) Leito, lveo ou calha - o terreno em que o rio corre; o sulco cavado por suasguas.

    (h) Embocadura, confluncia ou foz - o ponto em que um rio lana suas guasem outro rio, num lago ou no mar (Fig 2-20).

    (i) Margens - So as duas partes do terreno que servem de bordas ao leito de umrio. Para se determinar qual a margem direita ou esquerda de um rio, deve-se dar as costaspara a direo de onde provm as guas e tem-se, assim, do lado direito e esquerdo asmargens respectivas. Quando as margens so altas denominam-se barrancas ou ribanceiras;quando planas, baixas e arenosas, so chamadas praias (Fig 2-20).

    (j) Jusante e montante - Um ponto qualquer est a jusante em relao a um outroquando est abaixo, e a montante quando se acha rio acima.

    (1) Saco e praia - Numa curva de rio, geralmente, existe uma parte cncava ebarrancosa que se denomina saco e uma parte convexa denominada praia, que sempremais baixa do que o saco(Fig 2-20).

    (m) Vau - Regioem que um curso-dguad passagem a p, a

    cavalo ou em viatura. NoSul do BRASIL,denomina-se passo. acidente de importnciaem face das

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    possibilidades que oferece transposio dos cursos-dgua por pequenos elementos (Fig 2-20).

    (n) Estiro - E o trecho mais ou menos reto de um rio.(o) Saltos, quedas- cachoeiras e cascatas - So mudanas de nvel mais ou menos

    abruptas e rochosas do leito de um rio. Uma srie de pequenos saltos chamada corredeira.(2) Outros elementos hidrogrficos

    (a) Lago e lagoa - Chama-se lago a uma extenso relativamente grande de gua

    circundada por terra. Se um lago for de pequena extenso chamado de lagoa.(b) Represa ou barragem e aude - Represa uma construo destinada a reter umcurso-dgua com a finalidade de acumular gua para usos diversos. Aude uma represadestinada a fins agropecurios (irrigao, bebida para o gado, etc).

    (c) Sangradouros ou corixos - So canais que do escoamento s guas de lagoase represas, ligando-as ao mar ou a um rio.

    (d) Pntanos - So depresses do terreno que contm gua estagnada e coberta devegetao; quando possuem pequena extenso, chama-se de banhados.

    (e) Alagadios, charcos ou brejos - So terrenos midos e de fraca consistncia.Nesses lodaais, por vezes encontram-se atoleiros perigosos e de difcil transposio.

    (f) Poos ou cacimbas - So buracos cavados no solo para a obteno de gua dos

    lenis subterrneos.b. Vegetao(1) O revestimento vegetal pode apresentar-se sob vrios aspectos.

    (a) Floresta - uma espessa mata, em grande parte constituda por rvoresseculares e que ocupa espaos imensos do terreno. Nas regies tropicais e equatoriaisadquire aspecto bastante hostil, sendo chamada, a, de selva.

    (b) Mata - Aglomerao de rvores cobrindo uma considervel poro do terreno,porm, de extenso muito menor que a floresta.

    (c) Bosque - uma pequena mata, ressaltada nitidamente entre o revestimentocircundante. O bosque geralmente permevel passagem do homem a p.

    (d) Capo - um pequeno bosque isolado no campo. No Norte do BRASIL

    denominado ilha.(e) Capoeira - o conjunto de vegetao que nasce aps uma derrubada feita

    num trecho de mata. Tem o aspecto de um bosque muito sujo e constitudo de arbustos ervores de pequeno porte.

    (f) Pomar - Aglomerado de rvores frutferas formando um bosque, cuja disposiodas rvores , normalmente, bastante regular.

    (g) Macega - Conjunto de vegetao baixa que cresce nos campos, constitudanormalmente de mato daninho e arbustos diversos.

    (h) Renque - O renque uma fileira de rvores em linha simples, reta ouquebrada, cuja caracterstica maior oferecer mscara contra vistas areas e terrestres.Exemplos: renques de bambus, de palmeiras, de eucaliptos, etc.

    (i) Campo - o terreno limpo e descoberto, que tem como revestimento vegetal,gramneas e outras vegetaes rasteiras, podendo ter ou no, rvores esparsas.

    (2) Outros elementos da vegetao.(a) Clareira - Regio sem rvores, existente n interior de uma floresta, mata ou

    bosque. Quando essa clareira coberta de pastagem, diz-se que uma clareira campestre.(b) Orla - Linha exterior que

    determina o contorno de uma floresta, mata,bosque, capoeira, etc.

    c. Estradas e caminhos - Em relao sestradas conveniente fixar-se algumas

    idias, a fim de evitar dupla interpretao.(1) Se duas estradas se unem, semse cortarem, o ponto de unio pode constituirum entroncamento ou uma bifurcao.Ser entroncamento, quando a estrada ou

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    caminho que se une vem de uma direo geral mais ou menos perpendicular estrada oucaminho que se percorre (Fig 2-21). Nesse caso, usa-se dizer que a via de menor importnciase entronca na principal e o sentido do deslocamento tem muito pouca importncia.

    (2) Ser bifurcao, quando a estrada (ou caminho) que se une, parece ir na mesmadireo geral que se segue (Fig 2-22); a juno apresenta o aspecto geral de uma forquilha ouforqueta, e se faz em ngulo agudo.

    (3) Entretanto, quando no ponto de juno se tem a impresso que a estrada (oucaminho) que se une vem da direo geral daquela que se segue, essa juno ser umentroncamento, muito embora apresente a configurao de uma forquilha (invertida) (Fig 2-23).

    (4) Cruzamento - o ponto em que duasestradas (ou caminhos) se cortam (Fig 2-24).Quando formam entre si ngulosaproximadamente retos, denominam-seencruzilhada (Fig 2-25).

    (5) N de estradas - Ponto ou regio em

    que vrias estradas se cortam (Fig 2-26).

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    ARTIGO IIIVALOR MILITAR DOS ACIDENTES

    2-6. GENERALIDADESa. Os acidentes naturais e artificiais encontrados no terreno oferecem, ao combatente,

    vantagens tticas que, corretamente utilizados, facilitaro sobremaneira o cumprimento da suamisso. Examinando o terreno do ponto de vista militar, nele sero encontrados meios

    variados de proteo contra o inimigo, meios dedificultar o seu movimento e tambm de mant-lo sobfogo e observao.

    b. Cobertas So todos os acidentes naturaisou artificiais que ocultam o combatente das vistas doinimigo (terrestre ou areo), sem, contudo, proteg-lodos tiros; por exemplo: moitas, arbustos, macegas,plantaes, tufos de capim, cercas vivas, capinzais,etc (Fig 2-27).

    Fig 2-27. Aproveitamento de uma coberturapara ocultar-se e observar.

    c. Abrigos So acidentes naturais ou artificiais que colocam o combatente a salvo dofogo e das vistas inimigas; por exemplo:dobras do terreno, escavaes, taludes,troncos grossos, etc (Fig 2-28)

    Fig 2-28. Abrigod. Obstculos So os acidentes do

    terreno que impedem ou dificultam omovimento ou a progresso. Os obstculospodem ser naturais ou artificiais.

    (1) Naturais So todos osobstculos encontrados no terreno, mesmo aqueles que, sendo obras do homem, no tem a

    finalidade original de se constiturem em obstculo; por exemplo: montanhas, cursos-dguade considervel volume, banhados extensos, canais, represas, etc.

    (2) Artificiais - So os obstculos lanados com essa finalidade; por exemplo: redes dearame, fossos, campos de minas, abatizes, etc.

    (3) Os obstculos aumentam de valor, quando so eficazmente batidos pelofogo.

    e. ngulos mortos - So trechos doterreno que, devido a dobras e taludesou existncia de alguma construo,fogem observao de quem seencontra em determinada posio. Emconseqncia, o ngulo morto ficaabrigado das vistas e dos tiros detrajetria tensa partidos daquela posio(Fig 2-29). Os ngulos mortos devemser batidos pelo emprego de engenhosde trajetria curva, tais comograna das de mo e debocal, morteiros ou artilharia.

    f. Caminhosdesenfiados - So trechos do

    terreno nos quais se podeprogredir a coberto dasvistas e, muitas vezes,abrigado dos fogos inimigos.Por exemplo:

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    (1) a coberto das vistas: picadas ou trilhas dentro de matas e bosques, orlas debosques, macegas, renques de rvores, etc. (Fig 2-30);

    (2) abrigados dos fogos, porcaminhos em ngulo morto: valas,fossos, barrancos, etc (Fig 2-31).

    g. Observatrios - So acidentes

    naturais e artificiais dos quais, devido sua posio de comandamento, seavista uma grande extenso doterreno.

    (1) Naturais - Cumes deelevaes, cristas, rvores altas, etc.

    (2) Artificiais - Torres,campanrios de Igrejas, chamins,caixas-dgua, edifcios altos,mangrulhos, telhados, etc.

    2-7. ACIDENTES DO TERRENO E SEU VALOR MILITARa. Cada acidente do terreno pode apresentar vantagens e desvantagens tanto para oatacante como para o defensor.

    b. Elevaes - As elevaes oferecem, de uma maneira geral, bons observatrios e bonscampos de tiro. Estas vantagens, no entanto, dependem da vegetao e do comandamentosobre o terreno adjacente. As linhas de elevaes prestam-se organizao de posiesdefensivas as quais, tirando proveito da dominncia sobre o terreno frente, obtero omximo de eficincia quando instaladas na altura da crista militar. Nesta situao obtm-se omximo de profundidade dos campos de tiro, sem prejuzo da segurana. Isto porque da cristamilitar consegue-se observar e bater pelo fogo o sop da elevao. A contra-encosta daselevaes presta-se proteo dos diversos meios de apoio administrativo, dos elementos de

    apoio de fogo das armas de trajetria curva e dos movimentos e reunies de tropa.c. Montanhas - As montanhas oferecem excelentes observatrios e constituem

    obstculos de valor que, para serem vencidos, necessitam de treinamento e equipamentoespecial.

    d. Ravinas e fundos - As ravinas so favorveis instalao de postos de refgio deferidos, postos de remuniciamento e outros pequenos rgos de apoio. Os fundos e ravinasmaiores prestam-se colocao de elementos mais importantes, tais como reservas, postosde comando, postos de socorro de unidade, grupamentos de viaturas, etc.

    e. Gargantas, corredores e desfiladeiros - So acidentes que impem a reduo da frenteda tropa que os ultrapassa e restringem a liberdade de sua manobra, favorecendo, portanto, montagem de emboscadas.

    f. Taludes, barrancos e valas - Oferecem, ao combatente individual, abrigos e caminhosdesenfiados. Podem constituir-se tambm, dependendo de suas dimenses, em obstculoscontra blindados.

    g. Cursos-dgua - Quando caudalosos e profundos, constituem-se em importantesobstculos. Margens altas com barrancos, mesmo em cursos-dgua de menor importncia,so tambm excelentes obstculos. Esses barrancos podem ser agravados atravs detrabalhos de sapa.

    h. Vau - um acidente importante, pois, normalmente, possibilita a transposio decursos-dgua, dispensando apoio de engenharia.

    i. Pntano, charcos e brejos - Constituem, conforme sua extenso, srios obstculos

    passagem e, em conseqncia, servem de reforo aos meios de defesa. Os pequenoscharcos e brejos, normalmente, podem ser transpostos por elementos a p de efetivoreduzido, procurando-se evitar seus trechos menos consistentes. No entanto, sempre quepossvel, tais terrenos devem ser evitados. Quando for necessrio, a passagem de viaturas ougrandes efetivos pode ser feita com a preparao do terreno ou aterros.

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    j. Vegetao - Sob o ponto de vista militar, pode oferecer: cobertura contra as vistasareas ou terrestres, obstculo ao movimento e abrigo contra o fogo inimigo. Estes fatorestm como condicionantes a extenso coberta, a densidade e o porte da vegetao.

    (1) Florestas e matas - Servem como elemento de cobertura, sob todos os pontos devista. Apresentam reduzidssimos campos de tiro e so srios obstculos ao movimento, s opermitindo a tropa a p, mesmo assim com grandes dificuldades de ligao e controle.

    (2) Bosques, capes e pomares - Oferecem mscara contra vistas areas e terrestres.

    No constituem obstculos de valor, sendo facilmente desbordados, alm de que so,geralmente, permeveis a tropa a p. Prestam-se ocultao de pontos de suprimento, zonasde reunio de unidades, ncleos de defesa, postos de observao, etc. Os pequenosbosques, pomares e capes so, no entanto, regies que atraem a observao e o fogo daartilharia inimiga.

    (3) Clareiras - Criam campos de tiro no interior das matas. Constituem tambm, pontosde referncia para a l igao terra - ar e possibi l i tam o suprimento areo.Servem ainda como referncia e pontos de ligao para elementos progridem atravs damata.

    (4) Renques de rvores - Oferecem mscara contra as vistas terrestres e areas apequenos efetivos, ocultando-os e

    encobrindo-lhes a progresso.Podem ser explorados por pequenosefetivos de elementos de vigilncia esegurana. Suas rvores podemoferecer pontos dominantes para ainstalao de vigias, facilmentedisfarados entre as ramagens dascopas. Como pontos caractersticosde um trecho de terreno, podemservir como local de reunio depequenos elementos, observando-se

    que, por serem facilmentereferenciados, podem atrair a ateno do inimigo (observao e fogos) (Fig 2-32).

    l. Fazendas, stios e chcaras - Respondem s mesmas vantagens e inconvenientes dosbosques, pomares e capes, tendo ainda como vantagem possibilidade de oferecer conforto tropa, em situaes de clima rigoroso.

    m. Estradas, trilhas e caminhos - Facilitam e orientam o movimento de tropas e seussuprimentos. As pontes e viadutos so pontos extremamente sensveis de uma estrada, umavez que, destrudos, interrompem a continuidade do trfego.

    n. Picadas - Em certas regies, o movimento atravs de florestas, matas e bosques s possvel mediante a abertura de picadas embora de construo lenta e por vezes, penosa,quando orientadas com senso de objetividade, podem trazer grande vantagem para omovimento de tropas a p, de grandes ou pequenos efetivos.

    ARTIGO IVINTERPRETAO DE INDCIOS

    2-8. GENERALIDADESO terreno apresenta diversos indcios que nos permitem concluir ou deduzir quais os

    acidentes que se acham ocultos s nossas vistas. Cada regio apresenta particularidades e ocombatente deve estar sempre atento e procurando ampliar, cada vez mais, a sua capacidadede interpretao dos indcios que lhe apresenta o terreno onde atua.

    2-9. INTERPRETAO DE INDCIOSa. Fbricas, usinas ou engenhos - Podero ser indicados por uma chamin, vista ao

    longe.

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    b. Povoado - Torre de igreja emergindo entre telhados, indica a existncia do povoado.Quando se est marchando e casas esparsas vo aparecendo com intensidade crescente nadireo de marcha, indcio de que h um povoado nas proximidades.

    c. Estradas e caminhos - Rede eltrica e renques, de rvores podem indicar a existnciade estradas e caminhos.

    d. Estradas - Viaturas em marcha indicam a existncia de uma e pelo menos carrovel.e. Via frrea - Apitos de trem indicam a existncia de uma via frrea.

    f. Riachos, arroios - Quando no meio do campo notamos que uma parte da vegetao seapresenta mais escura e seguindo uma direo mais ou menos sinuosa, conclumos queexiste um riacho ou crrego. A vegetao escura que, s vezes, acompanha o curso do rio,denomina-se vegetao ciliar ou pestana.

    g. Granja, fazenda - Gado solto no campo indica as proximidades de uma granja oufazenda.

    h. Picada, trilha - Avistando-se homem isolado na orla de um terreno coberto, conclumosque nas proximidades deve haver uma picada ou trilha.

    i. Vau - Quando um caminho se interrompe na margem de um curso dgua e prosseguena outra margem, indica a existncia de um vau, ou passagem em balsa.

    j. Indcios de tropa

    (1) Efetivo - O efetivo de uma tropa pode ser avaliado, normalmente pela extenso darea que ocupava ou pela quantidade de detritos deixados.(2) Condies, importncia e moral - As condies de uma rea de estacionamento

    abandonada, latas vazias, fossas de detritos, o tipo e a quantidade de rastros, podem definir atropa que a ocupava e o seu estado moral. Mesmo o combatente no saiba interpretar certosindcios importante que ele os grave e transmita a seu comandante.

    (3) Rastros de viatura(a) As marcas das rodas e lagartas indicam a natureza da tropa e os veculos que

    possui.(b) Os rastros deixados pelas rodas e lagartas, quando convenientemente

    analisados, levando-se em considerao a natureza do solo e as condies meteorolgicas,

    entre outras, permitiro uma avaliao da hora de passagem da viatura por determinadoponto.

    (c) A direo de um veculo pode ser determinada pela forma deixada pelas marcasde suas rodas ou lagartas, nas estradas e pela direo em que lanam as guas das poas.

    (d) A velocidade de uma viatura pode ser determinada pela quantidade de lama outerra espalhada e pela profundidade dos sulcos. Movimentos lentos deixam marcas suaves ebem definidas. Nos movimentos rpidos as marcas so profundas, mas os desenhos no sobem ntidos.

    ARTIGO VAVALIAO DE DISTNCIAS

    2-10. GENERALIDADESa. A habilidade na avaliao de distncias tem, para o combatente, importncia capital

    para a observao e execuo do tiro. O militar tem necessidade de avaliar distncias, sejapara fornecer um informe preciso, seja para verificar se um deter minado objetivo est dentrodo limite de emprego de sua arma.

    b. Obteno das distncias(1) Calculadas - As distncias podem ser calculadas pelas cartas, fotografias areas

    em escala, etc.(2) Medidas

    (a) Diretamente, aplicando-se sobre o terreno uma medida conhecida (odmetrode Vtr, fita mtrica, etc).(b) Indiretamente, por meio de aparelhos (teodolito, telmetro, etc).

    (3) Avaliadas - Por intermdio de instrumentos ticos (binculos), pelo som, luz, vista,etc.

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    c. Classificao das distncias - Militarmente, quanto avaliao, as distnciasclassificam-se em: pequenas, at 600 m; mdias, de 600 a 1.200 m; e grandes, alm de 1.200metros.

    2-11. AVALIAO DE DISTNCIAS PELA VISTAa. Esse o processo mais utilizado pelos combatentes das fraes elementares e, por

    isso, todos devem ser adestrados, a fim de que os erros decorrentes deste processo sejam

    reduzidos ao mnimo.b. A avaliao de distncias pela vista at 600 metros, consiste em se aplicarmentalmente, sobre a distncia a avaliar, uma unidade de medida de 100 metros que se tenhagravado de memria, fruto de uma observao freqente. Para distncias maiores, pode-setreinar a aplicao mental, de uma unidade de medida maior. A habilidade do homem emavaliar distncias pela vista pode ser desenvolvida mediante a execuo de alguns exerccios.

    (1) Inicialmente, num terreno plano, devero ser posicionados alguns soldados de100 em 100 m at a distncia de 1000 ou 1200 m. Em cada posio devero ser postadosquatro ou cinco soldados, que devero tomar diversas posies (de p, ajoelhado, deitado,etc) e realizarem vrias atividades como andar, cavar, correr etc. O trabalho deve serrealizado at 600 m e posteriormente at 1.200 m. preciso ressaltar, aos instruendos, a

    nitidez com que se observam, a diferentes distncias, detalhes do corpo, armamento eequipamento dos soldados e incutir no combatente a necessidade de que cada um grave, namemria, a forma como se apresenta um ou mais homens, em determinada posio ouatividade, a distncias diversas. Os instruendos devero, ao observar, tomar, igualmente,diversas posies. Aps realizado o trabalho em terreno plano, o mesmo deve ser repetido emterreno variado, levando-se em conta a luminosidade e o fundo sobre o qual se destaca oobjetivo.

    (2) Um outro exerccio consiste em dispor num terreno variado, em diferentesdirees, homens e uma mesma distncia, primeira a 100 metros, de modo que osinstruendos gravem, segundo o aspecto do terreno e o fundo, como se apresenta o objetivo aessa distncia. O mesmo se far depois, nas demais distncias.

    2-12. AVALIAO PELA COMPARAO DAS DIMENSES APARENTESa. Esse processo baseia-se no fato de que as dimenses aparentes de dois objetos do

    mesmo tamanho so inversamente proporcionais s distncias que os separam.(1) Um homem visto distncia de 600 metros, parece trs vezes menor, do que

    quando visto a 200 metros.(2) Quando se observa que uma construo de 8 metros de altura parece duas vezes

    menor que outra de igual tamanho, conclui-se que ela se acha ao dobro da distncia entre aoutra e o observador.

    b. A aplicao deste processo exige o conhecimento da altura de alguns objetivos maiscomumentes encontrados no campo, tais como: homem de p, 1,70 metros; cavaleiro, 2,50metros; poste de rede eltrica, de 7 a 9 metros; casa pequena 4 a 5 m; coqueiro e palmeira,de 15 a 25 metros; vago de estrada de ferro, de 3 a 3,50 metros; carro de combate, de 2,50 a3 metros; viatura de 2,5 Ton, por volta de 3,00 metros.

    2-13. MDIA DAS AVALIAESQuando houver tempo e a situao permitir, deve-se utilizar o processo da mdia das

    avaliaes feitas, para uma mesma distncia, pelos diversos componentes de uma frao,porque a mdia , geralmente, mais aceitvel do que uma nica avaliao.

    2-14. CAUSAS QUE INFLUEM NA AVALIAO DE DISTNCIAS PELA VISTA

    a. Existem vrias causas que influem neste processo de avaliao, por exemplo: posiode quem avalia a distncia, estado atmosfrico, luz, cor, altitude, hora, fundo sobre o qual sedestaca o objetivo, o terreno no sentido da altura e da profundidade, etc., umas concorrendopara aument-las, outras para diminu-las.

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    b. Avalia-se em geral para menos quando o tempo est claro, o objetivo iluminado, seacha em movimento ou sua cor difere nitidamente do fundo sobre o qual se acha; quando seobserva de baixo para cima, depois de uma forte chuva, etc. Avalia-se para menos, ainda, naposio deitado.

    c. Avalia-se para mais ao amanhecer, ao anoitecer, quando o objetivo no iluminado;quando se acha em um fundo sombrio e cor quase se confunde com este; ao se observar decima para baixo; quando o objetivo est imvel ou quando visvel somente em parte, etc.

    2-15. AVALIAO DE DISTNCIAS PELO SOMa. O som percorre 331 metros por segundo, na temperatura de zero grau centgrado. Ao

    aumento de cada grau, corresponde um aumento de 0,63 metro por segundo. Assim, natemperatura de 25 C, a velocidade do som ter o valor de 347 m/seg. 331 + (25 x 0,63) =347.

    b. Tomando-se por base os princpios acima, a avaliao de distncia poder ser feita deduas formas.

    (1) Processo normal - Quando se percebe o claro de uma exploso ou da boca deuma arma de fogo, inicia-se a contagem dos segundos, at se ouvir o rudo correspondente. Aseguir, multiplica-se o nmero de segundos achados pela velocidade do som em 1 segundo,

    obtendo-se assim a distncia do local da arma ou da exploso. Exemplo: tempo entre o claroe o rudo 7 segundos; distncia 7 x 347 = 2.429 m.(2) Processo rpido - Considera-se neste caso, a velocidade do som igual a

    333 metros por segundo e treina-se ocombatente para contar at dez em 3segundos, porque 333 m/seg x 3 seg aproximadamente l000 m. Assim sendo, cadanmero contado corresponde a umhectmetro (100 m). Para avaliar a distncia ocombatente deve, ao ver o claro da explosoou disparo, iniciar a contagem at dez em 3

    segundos; ao ouvir a detonao, o nmerodito na ocasio corresponde ao nmero dehectmetros da distncia da arma (Fig 2-33).Ao chegar ao nmero 10, deve-se reiniciar acontagem, lembrando que cada dezenacontada equivale a 1.000m.

    2-16. AVALIAO DE DISTNCIAS COMEMPREGO DE PROJETIL TRAANTE

    Gradua-se a ala na distncia avaliadapela vista e dispara-se um projetil traante;de acordo com o impacto observado,corr ige-se a ala e cont inua-se aat irar.

    2-17. MEDIDA DE DISTNCIAS A PASSOa. Muitas vezes, o soldado tem necessidade de medir distncias, fazendo-o, quase

    sempre, diretamente e empregando meios simples, dos quais o principal o passo-duplo.b. preciso fazer com que todos os homens afiram o passo, para empreg-lo quando for

    necessrio medir uma distncia. Aferir o passo consiste em se determinar para cada indivduoo valor mtrico do seu passo-duplo.

    c. Deve-se medir em terreno variado, para esse fim, uma determinada distncia e fazercom que o homem a percorra um certo nmero de vezes, contando em cada uma delas onmero de passos empregados para percorr-la. Somam-se todos os passos e divide-se pelonmero de vezes que percorreu o mesmo trajeto. Ter-se-, ento, a mdia de passos gastos

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    para percorrer a distncia marcada. A distncia dividida pela mdia dos passos dar o valorde cada passo-duplo.Exemplo: Empregando um fio duplo telefnico, monta-se um tringulo, em terreno variado,com os trs lados iguais a 100 m. Os vrtices devero estar firmemente amarrados a estacasou rvores. Cada instruendo dever percorrer o circuito, pelo menos duas vezes. A cada 100m percorridos, o homem dever anotar o nmero de passos duplos contados, conforme a

    figura 2-34.

    Mdia de passos duplos/100 m =- = 64 passos duplosAmplitude do passo duplo = 100 m = 1,56 m, OBSERVAO: O instruendo dever percorrer ocircuito completamente equipado e no passo normal. O homem poder, tambm, percorr-loem passo acelerado para obter a aferio neste passo.d. Aps conhecer o processo e aferir o seu passo, o homem dever estar sempre usando-o eadaptando-o ao terreno e velocidade, porque ele varia de acordo com a situao. O passo-duplo ser maior ou menor conforme o homem esteja correndo, carregando peso, subindo oudescendo. A prtica indispensvel para a confiabilidade de qualquer processo de medioou avaliao de distncias.

    ARTIGO VIDESCOBERTA E DESIGNAO DE ALVOS E OBJETIVOS

    2-18. GENERALIDADESA descoberta e designao de alvos e objetivos, do mesmo modo que a avaliao de

    distncias, tem aplicao tanto sob o ponto de vista da observao como da execuo do tiro.O combatente quer esteja isolado, quer se ache enquadrado numa unidade elementar, tem,comumente, necessidade de descobrir e designar alvos e objetivos.

    2-19. PROCESSOS DE DESIGNAO DE ALVOS E OBJETIVOSa. Processo direto - Quando o alvo ou objetivo se destaca nitidamente no terreno,

    suficiente indic-lo da maneiraabaixo enumerada.

    (1) Direo - Dadaatravs do processo dorelgio. Neste processoconsidera-se a direo emfrente, como direo dozehoras, e, a partir da, seguem-

    se as horas de acordo com adireo do objetivo ou alvo (Fig 2-35).(2) Distncia - Normalmente avaliada pela vista e dada em metros.

    Exemplo: 800 m(3) Situao - o local onde se encontra o objetivo ou alvo.

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    Exemplo: Na meia encosta da elevao, na margem esquerda do rio, na linha decrista, etc.

    (4) Natureza - De que se trata o objetivo ou alvo. Exemplo: Grupo de homens, casa,carros de combate, casamata, etc.

    (5) Particularidades - Detalhes do objetivo ou alvo.Exemplo: branca com telhado marrom, com uma chamin na extremidade

    esquerda, etc.

    (6) Terminada a designao, deve-se verificar se o objetivo foi identificado,perguntando: Visto?Exemplo:- As duas horas! (direo)- 500 m! (distncia)- No corte da estrada! (situao)- Um grupo de homens! (natureza)- Realizando trabalhos de sapa! (particularidade)- Visto?

    b. Processo indireto - Utilizado quandoo alvo ou objetivo no surgir nossa vista

    to facilmente como no processo direto,aparecendo menos perceptvel, devido asua colorao, fundo em que se acha,natureza do terreno, tamanho ouinterferncia de outros objetos napaisagem. Para design-lo necessrio umobjetivo auxiliar, bem ntido, para servircomo ponto de referncia e tambm a determinao do afastamento angular (Fig 2-36).

    (1) 1 Fase - Determinao do objetivo auxiliar ou ponto de referncia pelo processodireto.

    - Direo: onze horas

    - Distncia: 800 metros- Situao: bifurcao de estradas- Natureza: casa de palha- Particularidades: uma porta, duas janelas, tendo uma cerca viva.-Visto?(2) 2 Fase - Determinao do alvo ou objetivo a designar.- Afastamento angular: quatro dedos direita- Distncia: 800 metros- Situao: no final da cerca- Natureza: grupo de homens- Particularidades: cavando o terreno- Visto?

    c. Processo de leitura do terreno por faixas - Quando o alvo ou objetivo se apresentaquase imperceptvel; necessrio, aqum ou almdele, ir lendo o terrenogradativamente por faixas,at encontrar um ponto dereferncia (tal como umarvore, um arbusto escuro,um poste, etc), do qual se

    emprega o afastamentoangular para designar oobjetivo desejado (Fig 2-37).

    Exemplo:- Em frente, temos

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    esta linha de crista. Visto?Mais adiante, na encosta daquela elevao mais alta distingue-se um grupo de

    rvores. Visto?- A direita, um terreno cultivado, de vegetao rasteira e verde escura. Visto?- Mais para a direita um trecho de mato queimado. Visto?- Na sua extremidade esquerda, existe uma moita verde-clara. Visto?- Trs dedos direita da moita, dois homens, um de joelhos e outro deitado,

    parecendo observar o terreno. Visto?d. Processo da utilizao dos projetis traantes(1) um processo rpido e preciso, no entanto, tem a desvantagem de revelar a

    posio do atirador, no permitindo mais, por exemplo, a surpresa de uma rajada contra oinimigo.

    (2) Neste processo, para se designar um alvo (reduzindo a um ponto), o atirador,aps definir sua natureza e particularidades, anuncia:

    Ala tal! (Ex: ala cinco zero zero);Observem meu tiro! E dispara um tiro traante sobre o alvo, verificando, em

    seguida, se o mesmo foi observado;- Visto?

    (3) Quando o objetivo tem frente extensa, seus flancos so indicados por projetistraantes e anunciados: flanco esquerdo! Flanco direito!

    2-20. MEDIDA DO AFASTAMENTO ANGULARa. Para se determinar o afastamento angular entre o ponto de referncia e o alvo ou

    objetivo, empregam-se, como medida, os dedos, que constituem um meio rpido, simples eprtico, para tal fim.

    b. Regras que devero ser observadas.(1) O brao deve ficar bem distendido.(2) Volver o lado direito ou esquerdo para o objetivo, de modo a distender o brao

    lateralmente ao corpo, no prolongamento da linha dos ombros, pois, assim, a medida ser

    tomada com maior preciso, porque a distncia dos dedos aos olhos ser constante, qualquerque seja a estatura do homem.

    (3) Dedos bem unidos.(4) A mo bem perpendicular ao brao e a ponta dos dedos para cima.(5) Observar com urna das vistas, para maior exatido.

    2-21. OBSERVAES IMPORTANTESa. Direita ou esquerda de um alvo ou objetivo a parte desse alvo ou objetivo, que

    vista sua direita ou esquerda, respectivamente.b. Toda vez que o homem perceber o alvo ou objetivo designado, dir: visto e, caso

    contrrio, no visto, cabendo, nesse caso, a quem o indicou design-lo novamente.

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    CAPTULO 2 - UTILIZAO DO TERRENO

    ARTIGO IUTILIZAO DE COBERTAS

    4-1. GENERALIDADESa. Como vimos anteriormente, cobertas so todos os acidentes naturais ou artificiais que

    do proteo contra as vistas do inimigo (terrestre ou areo), sem, contudo, proteger contra osfogos. Exemplo: macegas, arbustos, moitas, redes de camuflagem, etc.b. Para tirar o melhor proveito de uma cobertura, o combatente deve observar

    determinadas regras prticas quando da sua ocupao e utilizao.

    4-2. FINALIDADES DA OCUPAO DE UMA COBERTAO combatente ocupa uma coberta com as seguintes finalidades:- para observar;- como ponto de parada no decorrer de uma progresso;- para atirar, somente quando no dispuser de abrigos;- para, mediante trabalho de sapa, transform-la num abrigo.

    4-3. REGRAS PARA OCUPAO DE COBERTASa. Utilizar a sombra - Ao

    ocupar uma coberta, ocombatente deve sempre quepossvel, aproveitar a sombra,pois no ter o seu corpoiluminado e conseqentemente,ser menos visvel do que se ficarexposto luz. Nas noites de luatambm devem ser utilizadas as

    sombras (Fig 4-1).b. Imobilidade - Os

    rnovimentos do combatente ou davegetao contra um fundo imvel, sero facilmente percebidos pela observao inimiga.Deve ser conservada a mxima imobilidade.

    c. Confundir-se com o terreno - As rvores, os arbustos, a terra e as construesporventura existentes no terreno formam fundos que variam de cor e aparncia. O combatentedever escolher cobertas que se harmonizem com o seu uniforme, levando em conta a cordos objetos sua volta e o fundo contra o qual se projeta. importante alterar ou disfarar ocontorno de objetos e equipamentos conhecidos (capacete, fuzil, etc) e do prprio corpohumano, para que se tornem irregulares e mais difceis de serem identificados. Os reflexos daluz sobre objetos brilhantes, tambm, devem ser eliminados, cobrindo-os, escurecendo-os ouabrigando-os do sol.

    d. No se projetar no horizonte - Asfiguras que se projetam na linha dohorizonte podem ser vistas, mesmodurante noite, a grandes distncias,porque os contornos escuros ressaltamem contraste com o cu mais claro. Asilhueta forma da nestas condies, pelocorpo do soldado, torn-o um alvo fcil.

    Por esse motivo, o combatente deveevitar mostrar-se nas cristas e partesaltas do terreno.

    e. Evitar pontos notveis do terreno- Deve-se evitar a ocupao de cobertas

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    que se constituam ou estejam prximas a pontos notveis do terreno tais como arvores econstrues isoladas arbustos que se destaquem dos demais, seja pela cor, pelo porte oupela forma, etc. Estes pontos atraem a observao e o fogo inimigo.

    f. Deitar se para observar - Nessa posio o homem oferece uma silhueta poucopronunciada e projeta pouca sombra. Pode observar agachado ou de ccoras, pois destaforma, tambm, dificilmente ser observado.

    g. Observar atravs da coberta ou pelos seus cantos inferiores - Nas moitas, deve-se

    observar atravs de aberturas na folhagem (seteiras). Quando a vegetao for compacta nose deve abrir brechas, pois o movimento pode alertar o inimigo. Neste caso deve-se observarpelos lados e pela parte inferior da coberta. O mesmo procedimento vlido com relao amuros, troncos, pedras, etc. (Fig 4 2)

    ARTIGO IIUTILIZAO DE ABRIGOS

    4-4. GENERALIDADESGenericamente abrigo qualquer coisa que proteja contra os efeitos do fogo inimigo,

    particularmente do fogo direto. Alm dos abrigos naturais encontrados no terreno, pode-se,

    atravs de trabalhos de sapa, construir abrigos sumrios e abrigos reparados. A construode abrigos assunto do Captulo 5 deste Manual.

    4-5. CONDIES A SATISFAZERa. Os abrigos devem satisfazer s seguintes condies:

    (1) oferecer proteo contra os tiros inimigos;(2) permitir a observao;(3) facilitar a execuo do tiro;(4) estar disfarado.

    b. O abrigo que no satisfizer as condies acima mesmo depois de melhora do deve serabandonado.

    4-6. EXEMPLOS DE ABRIGOS NATURAIS (Fig.4-3).a. Tronco de rvores - No mnimo com 1 metro de dimetro.b. Monte de terra - No mnimo com 0,90 metro de espessura.c. Monte de pedras - Para evitar ricochete e estilhaamento, este tipo de abrigo dever

    ser revestido com uma camada de terra de, no mnimo, 0,20 metro.d. Areia - No mnimo 0,70 metro de espessura. A areia resiste melhor penetrao dos

    projetis quando molhada. Amelhor maneira de se utilizar estematerial acondicionando-a emsacos.

    e. Dobras do fossos,escavaes, etc - Desde que aespessura seja suficiente paraquebrar a fora do projetil.

    OBSERVAO - No sedeve ocupar um abrigo quepossua pedras ou muro retaguarda, pois o ricochete dosprojetis causa, geralmente,ferimentos to graves, quanto os

    impactos diretos.4-7. INFLUNCIA DA TRAJETRIA

    a. Armas de trajetria tensa (fuzis e metralhadoras)

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    (1) A distncias menores que 800 m as trajetrias so tensas. Num terreno plano edescoberto, caso fique deitado ou empregue a marcha rastejante, o combatente fica expostoao fogo, porm a menor ondulao do terreno constituir-se- num abrigo eficiente.

    (2) Quando o inimigo atira de distncias superiores a 800 m (metralhadoras,normalmente), ser necessrio procurar abrigos que apresentem maior altura, pois os tirossero mergulhantes (Fig 4-4).

    (3) Quanto maneira do

    homem abrigar-se, no 1 caso,basta deitar-se face direo deonde partem os tiros; no 2 casodeve deitar-se, de modo que seucorpo fique perpendicular direo de onde vm os tiros,encostado todo o corpo, o mximopossvel no talude do abrigo.

    b. Armas de trajetria curva(artilharia, morteiros, etc) - Paraproteger-se dos fogos das armas

    de trajetria curva, o combatentedeve proceder da maneira que sesegue.

    (1) Em terrenodescoberto, deita-seimediatamente aproveitando aprimeira ondulao do terreno queencontrar, e em seguida, se asituao permitir, deve-seconstruir uma toca para proteger-se dos estilhaos.

    (2) Existindo no terreno barrancos, fossos, trincheiras, etc, deve colar-se,

    imediatamente, no talude. A fim de obter uma melhor proteo e se a situao permitir, deve-se cavar no talude, o mais baixo possvel, um nicho de tamanho suficiente para abrigar-se emseu interior.

    ARTIGO IIIUTILIZAO DO TERRENO PARA OBSERVAR

    4-8. OBSERVAO DURANTE O DIAa. O correto emprego das tcnicas apresentadas neste artigo, permitir ao combatente

    ocupar corretamente uma posio e observar o terreno, extraindo informaes que seconstituiro num elemento importante para as decises de seu comandante.

    b. Posto de observao um observatrio ocupado por elemento de pequeno efetivo oupor um militar isolado, com a finalidade de cumprir uma misso de observao.

    c. Para que a observao seja contnua, o posto de observao , normalmente,ocupado por dois ou mais homens que se revezam no posto, evitando assim, um desgasteexcessivo e permitindo um melhor resultado na observao.

    d. Os postos de observao devero, sempre que possvel, estar dentro do alcance deutilizao das armas amigas, como medida de segurana, para permitir o apoio de fogo emcaso de retraimento e dispor de meios da comunicaes (rdio ou telefone) que permitamuma rpida ligao com a sua unidade.

    e. Ao ocupar um posto de observao o combatente deve evitar:

    (1) posies que possuam ngulos mortos ou caminhos desenfiados frente quepermitam a aproximao coberta do inimigo;(2) pontos destacados do terreno;(3) posies em que a silhueta contraste com o fundo ou horizonte.

    f. Um posto de observao dever, sempre que a situao permitir, proporcionar:

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    (1) bom campo de vista;(2) cobertas e abrigos;(3) itinerrio de retraimento coberto.

    g. Exemplos de postos de observao e maneira correta de ocup-los(1) Telhado de casa

    (a) Subir na cumeeira e levantar uma ou duas telhas (normalmente a casa nocampo no possui forro).

    (b) Camuflar o rosto e a cabea (Fig 4-5).(2) Janela ouporta de casa

    (a) Observarafastado, de dois a trsmetros, a fim de ficaroculto pela sombra.

    (b)Permanecer imvel (Fig4-6).

    (3) rvores

    (a) Paraconstituir um bom posto deobservao, a rvore devepossuir os requisitosabaixo:

    - possuirfolhagem densa;

    - no sedestacar da vegetao sua volta;

    - no estar

    isolada ou projetar a suasilhueta, contra ohorizonte.

    (b) Ocombatente deve subir notronco a coberto das vistasinimigas, at atingir umlocal com bastantefolhagem para bem seocultar (Fig 4-7).

    (4) Moita, arbusto,macega, tronco, pedra,muro, cerca ou monte deterra - Para sua utilizao ocombatente deve seguir asregras gerais paraocupao de cobertas e abrigos. conveniente retirar ou camuflar o capacete para disfarar-lhe o contorno peculiar.

    (5) Crista - Paraobservar de uma elevaoo homem deve ter a

    preocupao de selecionarum lugar onde a crista sejairregular haja vegetao.Especial cuidado deve sertomado quando da

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    ocupao e do retraimento,para evitar a projeo dasilhueta (Fig 4-8).

    h. Mtodo deobservao de um setor(Fig 4-9)

    (1) Inicialmente o

    combatente deve visualizartodo o seu setor deobservao procurandoidentificar pontos bemdestacados, contornos ou movimentos que no sejam naturais. Para tanto, deve olhardiretamente para o centro do setor, imediatamente frente da sua posio e levantarrapidamente os olhos em direo distncia mxima que deseja observar. Se o setor deobservao for muito amplo, ocombatente deve subdividi-lo eproceder de maneira idnticapara cada subsetor.

    (2) Em seguidapassar a examinar o terrenopor faixas deaproximadamente 50m deprofundidade, iniciando aobservao pela faixa maisprxima, percorrendo-as como olhar, da direita para aesquerda e da esquerda paraa direita, sucessivamente (Fig4-10). Coberto todo o setor, o

    combatente reiniciar aobservao pela faixa maisprxima.

    (3) Ao observar umsetor deve-se ter em mentetodos os indcios possveis,que revelem atividade inimiga, tais como: reflexos, poeira, fumaa, animais em movimento,etc.

    i. Observao em movimento - Quandoem movimento, o combatente poder manterobservao sobre determinado setor, porm oresultado obtido ser bastante inferior aoconseguido com a observao esttica. Sempreque a situao permitir, o homem, emdeslocamento, deve ocupar postos deobservao sucessivos, longo do itinerrio demarcha.

    j. Transmisso do resultado de umaobservao - Toda observao feita de serrapidamente informada, seja verbalmente oupor escrito, da forma mais completa. Um

    processo eficiente poder ser utilizadodividindo-se o informe, em cinco itens (Fig 4-11).

    (1) Donde? Local do PO ou de onde foifeita a observao.

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    (2) Quem ou o qu? O que foi observado.(3) Onde? Em que local verificou-se o fato.(4) Como? Qual a atitude. O que faziam.(5) Quando? Hora exata.

    4-9. OBSERVAO NOITEa. Generalidade - As operaes desenvolvidas durante noite ou em condies de

    pouca visibilidade se revestem de grande importncia, pois a obscuridade permite arealizao de deslocamentos de tropa, substituies, desaferramento de uma posio,retraimentos e mesmo operaes ofensivas, a coberto das vistas inimigas, o que facilita aobteno da surpresa. Uma vez ocupado um posto de observao o combatente utilizar avista e o ouvido, com preponderncia da escuta, j que a observao se torna limitada porcausa da pouca visibilidade.

    b. Desenvolvimento da viso noturna - O uso eficiente dos olhos durante noite, requer aaplicao dos princpios da viso noturna: adaptao escurido, viso fora de centro eesquadrinhamento.

    (1) Adaptao escurido - a propriedade que tm os olhos de se acostumaremaos locais de pouca luminosidade. Para que a adaptao seja bem feita, o combatente deve

    permanecer em torno de trinta minutos em completa escurido. Outro processo eficienteconsiste em manter o homem num local com iluminao vermelha ou utilizando culos delentes vermelhas por vinte minutos, seguidas de dez minutos em local completamente escuro.Este mtodo possui a vantagem deeconomizar tempo valioso, pois, enquanto seexpe luz vermelha, o homem poderreceber ordens, inspecionar o equipamentoou realizar outros preparativos para a missoa ser cumprida.

    (2) Viso fora do centro - a tcnicautilizada para manter a ateno dirigida para

    um objetivo, sem olh-lo diretamente, poisneste caso a imagem se formar no centro daret ina, cu jas c lu las , t ipo cones, noso sensve is no escuro. Seolharmos acima, abaixo ou para os lados, aimagem se formar numa regio da retinacujas clulas, tipo bastonetes, so sensveis escurido. Assim, conclui-se que se ocombatente deseja observar um determinadoobjetivo noite, deve faz-lo nodiretamente, mas sim com um pequenodesvio, pois desta maneira conseguirdistinguir a sua forma e contornos com maior facilidade (Fig 4-12).

    (3) Esquadrinhamento - noite parase obter a continuidade da viso deve-sedesviar, constantemente, o ponto deobservao com movimentos visuais curtos,rpidos e i rregulares em torno doa l v o , d e te n d o , n o e n ta n to ,o.olhar apenas por alguns segundosem cada ponto. Isto decorre de que, quando

    se observa noite por meio da viso forade centro, a imagem formada na regio dasclulas bastonetes, tende a desaparecerentre quatro e dez segundos (Fig 4-13).

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    c. Fatores que afetam a viso noturna - A falta de vitamina A prejudica a viso,entretanto, o excesso da mesma no a melhora. O resfriado, o cansao, os narcticos, o fumodemasiado e o uso excessivo de lcool, reduziro a capacidade de ver durante a noite. Aexposio luz brilhante, durante perodos prolongados, tambm prejudicar tanto a visonoturna quanto a diurna.

    d. Preservao da vis noturna - O combatente perder a adaptao escurido casoseja exposto a uma luminosidade intensa. Se isto no puder ser evitado, deve-se fechar ou

    cobrir um dos olhos para que este preserve a capacidade de enxergar noite. Quando a fontede luz se apagar ou o homem deixar a rea iluminada, a viso noturna retida pelo olhoprotegido permitir que o homem enxergue no escuro, at que o outro olho se adaptenovamente.

    e. Concluso - Normalmente os olhos so utilizados em locais iluminados, fazendo comque o homem se acostume com os contornos ntidos e pronunciados e cores brilhantes. noite, no se pode distinguir, com facilidade, um objeto pelo seu contorno e as cores no seapresentam bem definidas. Somente com a prtica continuada, o combatente pode obter aconfiana na sua viso noturna e o adestramento necessrio para sua utilizao no combate.

    4-10. EQUIPAMENTOS DE VISO NOTURNA

    a. Generalidades - Os equipamentos de viso noturna destinam-se a minimizar asdificuldades da viso noturna, permitindo a observao, o deslocamento e a realizao do tiroe de outras atividades sem a utilizao de fontes de luz visvel. Alm de possibilitar, de umamaneira geral, o tiro noturno e o movimento de viaturas em completo escurecimento, essesequipamentos permitem, nas operaes defensivas ou nas situaes estticas, que avigilncia noturna seja feita em condies semelhantes diurna. Nas aes ofensivas, naspatrulhas e nos movimentos, os equipamentos de viso noturna tm especial importncia naorientao e na manuteno da direo noite.

    b. Possibilidades e limitaes - Os equipamentos de viso noturna permitem, dentro decertos limites, que a observao noite seja feita da mesma maneira que durante o dia,facilitando a vigilncia, o reconhecimento e a orientao. Por outro lado, o alto custo desses

    equipamentos torna proibitiva a sua distribuio generalizada tropa. Em princpio serodotados os motoristas de viaturas blindadas, pessoal de reconhecimento e vigilncia,observadores de artilharia, chefes de carros de combate, atiradores de armas coletivas eoutros elementos-chave. Outra limitao o fato de que equipamentos de viso noturna soinstrumentos delicados, que exigem manuseio cuidadoso e manuteno altamenteespecializada.

    c. Tipos de equipamentos de viso noturna(1) Equipamentos infravermelhos - Os equipamentos que utilizam o infravermelho

    para iluminar o alvo noite, so considerados, comparativamente com os demais, baratos,prticos e eficientes. Sua grande deficincia decorre de serem ativos, isto , emitem luzinfravermelha e podem, por isso, ser facilmente detectados pelo inimigo.

    (2) Equipamentos de imagem termal - Visando contornar a deficincia dosequipamentos ativos, foram desenvolvidos os passivos, isto , equipamentos que ao invs deemitirem, captam a luz infravermelha que irradiada pelos objetos. O desenvolvimento datecnologia de captao da luz infravermelha permitiu a construo de equipamentos quereproduzem imagens termais. A principal vantagem desses equipamentos observar, aalcances maiores, objetos que estejam sob escurido total ou cobertos por neblina, cortina defumaa ou nuvem de poeira. A principal desvantagem reside no fato de que as imagensproporcionadas pelos equipamentos de imagem termal so toscas e estriadas, necessitandode pessoal qualificando para a sua interpretao. Por exemplo: um operador experiente podedetectar imagens de uma viatura que j tenha deixado a rea observada, atravs da

    diferena entre a temperatura do solo que estava sob a viatura e a temperatura da rea emtorno, o que poder, primeira vista, no ter nenhuma relao com o que est sendoobservado, para um operador inexperiente.

    (3) Equipamentos de intensificao de imagens - Amplificam a fraca luminosidaderesidual do ambiente (luz das estrelas, da lua, etc), produzindo ante os

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    olhos do observador uma imagem um pouco borrada, mas razoavelmente ntida e clara. Asprincipais caractersticas desse tipo de equipamento so:

    (a) o aumento sbito do nvel de iluminao em alguns equipamentos, causado poruma granada iluminativa, holofote, exploso de granadas, etc, desfaz o contraste, ofuscando oobservador;

    (b) o volume e o peso do equipamento, relacionam-se diretamente com o seu alcancee amplitude do campo de vista;

    (c) qualquer combatente pode utilizar com sucesso um equipamento de intensificaode imagens, graas a sua simplicidade de manejo;(d) as imagens fornecidas so compreensveis por qualquer combatente;(e) o alto custo dos equipamentos, qualquer que seja o tipo, sua grande

    desvantagem.(4) Existem equipamentos que aliam as vantagens das duas ltimas tecnologias,

    permitindo ao operador optar pelo tipo de imagem que deseja obter. Neste caso, ele poderiniciar o vasculhamento da rea atravs da imagem termal e mudar para a intensificao deimagens quando necessitar de maiores detalhes sobre o alvo detectado. Algunsequipamentos permitem o uso simultneo das duas tecnologias, proporcionando ao mesmotempo uma imagem termal e intensificada do alvo.

    d. Concluso(1) Apesar de todos os equipamentos colocados disposio do combatente,permanecem ainda as caractersticas bsicas do combate noturno.

    (a) Decrscimo da eficincia do fogo.(b) Aumento da importncia do combate aproximado.(c) Dificuldade de movimento, de ao de comando e de manuteno do controle.

    (2) Entretanto, a tecnologia continuar influenciando as operaes fazendo com que,cada vez mais, as operaes noturnas sejam conduzidas da mesma forma semelhante as queseria feito durante o dia.

    ARTIGO IV

    UTILIZAO DO TERRENO PARA ATIRAR

    4-11. GENERALIDADESA destruio do inimigo, objetivo final do combate ser realizada por meio da correta

    utilizao do armamento na execuo do tiro. Para este fim, o combatente deve estar emcondies e aproximar-se do inimigo, observ-lo, avaliar a distncia do alvo corretamente eutilizar sua arma para abat-lo.

    4-12. ESCOLHA E OCUPAO DE UMA POSIODE TIRO

    a. Uma boa posio de tiro deve oferecer aoatirador (Fig 4-14):

    (1) bons campos de tiro dentro do alcance deutilizao de sua arma, e dentro do setor que desejabater, pois assim, poder explorar ao mximo aspossibilidades de sua arma;

    (2) boa observao sobre o terrenocircunvizinho, para impedir uma aproximao desurpresa por parte do inimigo;

    (3) abrigo ou pelo menos, coberta;(4) disfarce que dificulte sua identificao

    pelo inimigo;(5) apoio para a arma ou para o combatente.b. claro que essas condies so ideais e

    dificilmente sero encontradas reunidas em umamesma posio, principalmente em situao de

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    combate. O soldado deve saber escolher, no terreno, a posio que oferea o mximo dasvantagens acima.

    c. Deve dar preferncia a uma posio de tiro abrigada. No entanto, a situao podeforar o combatente a utilizar uma coberta para atirar. Esta, por sua vez, deve sertransformada, pelo menos em um abrigo sumrio, assim que for possvel.

    d. Ao ocupar uma posio de tiro, o soldado deve tomar todas as precaues relativas aprogresso e utilizao de cobertas e abrigos, de modo a impedir que o inimigo perceba sua

    aproximao e ocupao da posio.e. Os possveis ngulos mortos devero ser batidos pelo emprego de granadas de bocalpara distncias entre 50 e 150 metros da posio e granadas de mo para alcances inferioresa 50 metros. Neste ltimo caso o combatente deve evitar a ocupao da posio, s ofazendo caso o terreno no apresente opes.

    4-13. CONDUTA DO COMBATENTEa. O combatente deve observar e atirar pelo lado e parte inferior do elemento de

    proteo, de maneira a ocultar a maior parte do corpo e da cabea, no expondo a silhueta.b. Atirar de preferncia da posio deitado.c. S atirar por sobre o abrigo se houver: fundo adequado sua silhueta e quando no

    for conveniente faz-lo pelos lados.

    4-14. LIMPEZA DOS CAMPOS DE TIROa. Nas situaes estticas, em que se espera o contato com o inimigo, (defensivas,

    emboscadas, etc.) devem ser preparados os campos de tiro. Essa operao, afim de no denunciar as posies de tiro, deve obedecer aos princpios que se seguem:

    (1) remover o excesso de vegetao rasteira, com cuidado, para no quebrar o aspectonatural em torno da posio;

    (2) nas regies de rvores esparsas, remover os ramos mais baixos destas rvores;(3) nos bosques densos, em princpio, no ser possvel, dentro do tempo disponvel,

    realizar a limpeza completa do campo de tiro; o trabalho deve ser limitado a desbastar a

    vegetao rasteira, remoo dos ramos mais baixos das rvores maiores e abrir estreitoscorredores de tiro para as armas automticas;

    (4) iniciar a limpeza junto posio, prosseguindo o trabalho na direo do limite doalcance til da arma;

    (5) remover a vegetao cortada para locais onde no proporcione cobertas para oinimigo, nem denuncie a posio;

    (6) plantaes de cereais (trigo, milho, etc.) e capinzais devem ser ceifados ouqueimados se estiverem secos, desde que isto no revele a posio;

    (7) deixar a vegetao que auxilia no disfarce da posio.b. Antes de iniciar a limpeza de um campo de tiro, o combatente deve fazer uma

    cuidadosa avaliao do vulto do trabalho dentro do tempo disponvel. Esta estimativa, muitasvezes, determina a natureza e a extenso da limpeza a ser realizada, pois um campo de tirono qual a vegetao desbastada no pde ser convenientemente retirada, pode dar ao inimigomelhores cobertas e abrigos que o terreno em sua feio normal, alm de denunciar aposio.

    4-15. TIRO NOTURNOa. A tcnica do tiro noturno emprega um processo de pontaria no qual, tendo em vista a

    visibilidade deficiente, o atirador no utiliza o aparelho de pontaria. Utilizando os princpios deviso noturna o atirador, aps identificar o alvo, aponta sua arma mantendo os dois olhosabertos, a cabea erguida e o queixo sobre a coronha. Os olhos permanecem fixos no alvo e

    o atirador sente a direo da arma sem olhar para o cano de sua arma.b. O emprego de munio traante, no obstante denunciar a posio do atirador, facilitaa observao dos efeitos e a correo do tiro.

    c. Para localizar posies inimigas, poder ser utilizado um homem que se deslocarpara um lado e executar diversos disparos, para a o fogo inimigo. preciso ter cuidado para

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    no se deixar enganar por esse ardil quando empregado pelo inimigo. noite, s se deveatirar quando se observar o alvo com nitidez que permita atingi-lo. Um tiro a esmo no surtiro efeito desejado e ainda denunciar a posio do atirador.

    d. As granadas de mo so de grande utilidade no combate noturno. Os seus efeitos soeficazes contra alvos incertos e no denunciam a posio de quem as arremessou. Oemprego noite de granadas de bocal, por outro lado, deve ser cercado de rigorosaprecauo quanto aos campos de tiro. A existncia de qualquer obstculo na trajetria de uma

    granada de bocal, mesmo um pequeno ramo ou arbusto pode provocar sua explosoprematura trazendo srio perigo ao atirador.e. Sob condies de iluminao muito favorveis, desde que se consiga ver a massa de

    mira, pode-se realizar o tiro como durante o dia.f. A utilizao de equipamentos de viso noturna reduz consideravelmente as

    dificuldades do tiro noturno. No entanto esse tipo de equipamento exige treinamentoespecfico para o correto manuseio.

    ARTIGO VUTILIZAO DO TERRENO PARA PROGREDIR

    4-16. PROGRESSO EM COMBATEa. Para furtar-se observao e ao fogo inimigo, ao progredir em suas proximidades, osoldado deve tomar as seguintes precaues:

    (1) escolher itinerrios que ofeream o mximo de cobertas e abrigos;(2) deslocar-se por lanos curtos entre os abrigos e cobertas sucessivas;(3) aps cada lano, parar e fazer um estudo cuidadoso do terreno, s

    abandonando a posio depois de escolher o ponto seguinte a ocupar e o melhor caminhopara atingi-lo;

    (4) evitar reas limpas e descobertas, onde ficar mais visvel;(5) se tiver que cruzar pequenos trechos descobertos do terreno, aproveitar rudos

    ou movimentos que possam distrair a ateno do inimigo (tiros, movimento de blindados, etc.);

    (6) usar um processo de progresso adequado ao terreno e situao;(7) evitar obstculos e partes difceis do terreno que lhe restrinjam o movimento,

    deixando-o mais exposto ao fogo inimigo.b. Os deslocamentos por lanos so lentos e, em geral, mais cansativos. Por essa

    razo, s devem ser usados quando no se dispuser de itinerrios totalmente desenfiados efor necessrio progredir em trechos do terreno expostos observao e ao fogo direto doinimigo.

    4-17. PROGRESSO SOB FOGO INIMIGOa. Progresso sob fogos de fuzis e metralhadoras - realizado de acordo com dois

    casos. O primeiro quando a infantaria inimiga estiver atirando a distncias iguais ousuperiores a 800 metros e o segundo quando o inimigo atira a menos de 800 metros (Fig 4-15).

    (1) No primeiro casotemos, em geral, apenas fogos demetralhadoras, pois essa distnciaest acima do alcance til dosfuzis. As trajetrias desses tirosapresentam-se bem curvas emergulhantes na rea batida, podendo atingir um combatente que se encontre protegido porum abrigo de pequena altura. Para progredir sob fogos longnquos de infantaria deve-se

    observar. (a) A essa distncia os objetivos so pouco visveis. Deve-se aproveitar a mobservao inimiga para progredir evitando mostrar-se.

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    (b) Os fogos so pouco preciso e freqentemente apresentam erros de ala.Deve-se tirar proveito dessa deficincia para progredir. Se o fogo inimigo estiver longo, possvel progredir rastejando sob as trajetrias.

    (c) Procurar a disperso, de forma a no oferecer alvo compacto aos fogos demetralhadora.

    (d) Ao cruzar pequenas faixas de terreno limpo e descoberto, faz-lo num lanocoletivo ou ento por lano de homem a homem, iniciando o movimento de lugares diferentes.

    (e) Evitar cruzar reas limpas e descobertas de maior extenso, s o fazendo emltimo caso. Nessas circunstncias usar um lano rpido, evitando expor-se.(f) Ao ser surpreendido por uma rajada de arma automtica deve-se: deitar, se

    possvel em um abrigo, a fim de no oferecer alvo aos projetis; progredir, assim que a rajadatenha cessado, para abandonar a zona batida, procurando no atrair a ateno do inimigo;constatando um erro de ala, reiniciar a progresso, a fim de desorientar o inimigo.

    (2) No segundo caso, a distncias menores que 800 metros, as trajetrias sotensas e num terreno plano, descoberto e uniforme, so rasantes. Neste tipo de terreno ohomem fica exposto se permanecer deitado ou rastejar. Por outro lado, qualquer dobra doterreno oferece um ngulo morto, onde se poder rastejar ou ficar deitado sem perigo. Paraprogredir nas condies acima, deve-se seguir os princpios abaixo:

    (a) Quando o terreno apresenta vrios abrigos, progride-se por lanos, para cruzartrechos limpos e descobertos entre esses abrigos. Os lanos devem ser curtos e rpidos, nodevendo ultrapassar 15 metros, pois o homem no deve ficar exposto s vistas e fogos doinimigo mais do que 5 a 6 segundos, tempo necessrio para o inimigo ver, apontar e dispararsua arma. Logicamente, a extenso dos lanos ditada, tambm, pela disposio e distnciaentre os abrigos.

    (b) Os terrenos limpos e descobertos de grande extenso devem ser evitados.Quando for necessrio, porm, ultrapass-los, deve-se faz-lo por lanos curtos, rpidos esucessivos, normalizando a respirao nas paradas. Essa progresso deve receber a mximacobertura de fogo amigo.

    (c) Na transposio de cristas, aproximar-se at a linha de desenfiamento e

    conforme a distncia, o fogo inimigo e a natureza do terreno quanto a abrigos e cobertas,transp-la, correndo ou rastejando, at que na encosta se encontre um abrigo.

    (d) Valas pouco profundas, pequenos taludes e ligeiras dobras do terreno devemser aproveitados para curtos deslocamentos de rastos.

    b. Progresso sob fogos de artilharia e morteiros - Os projetis de artilharia e demorteiros, ao atingirem o solo, distribuem-se de forma irregular sobre uma certasuperfcie. A esse fenmeno d-se o nome de disperso e devido a ele que essas armastm limitada preciso, prestando-se, principalmente, a bater reas, grupos de homens,instalaes, etc.

    (1) Os fogos de artilharia e de morteiros tm as caractersticas abaixo:(a) Baixa velocidade, sendo possvel ao combatente perceber a aproximao da

    granada antes do seu arrebentamento, atravs do rudo da detonao do canho e do sibilarda granada emmovimento. Osmorteiros, em geral, somais silenciosos e notm o sibilarcaracterstico durante atrajetria.

    (b) Utilizamvariados tipos de

    espoletas com afinalidade de obterarrebentamentos comdiversos efeitos,conforme a figura (Fig 4-

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    16).(c) Trajetria curva, podendo atingir zonas desenfiadas do terreno. As peas

    atiram de posies abrigadas e tm seu fogo dirigido por observadores.(2) Para progredir sob fogos de artilharia e morteiros deve-se observar:

    (a) Quando a artilharia atira intermitentemente (tiros espaados), deve-se evitara zona batida e, se isso n for possvel, aproximar-se o mximo possvel dessa regio e, nointervalo entre um tiro e outro, atravess-la rapidamente.

    (b) Sendo o tiro executado com certa intensidade, e se o terreno possuir vriosabrigos, deve-se progredir de abrigo em abrigo para sair da zona batida.(c) Ao se ouvir a detonao do canho ou o sibilar da aproximao da granada,

    deve-se deitar em um abrigo, para escapar aos estilhaos, e, logo aps o arrebentamento doprojetil, progredir rapidamente para um novo abrigo, mais frente ou que oferea maissegurana.

    (d) Quando se surpreendido por uma rajada de artilharia, deve-se deitarrapidamente, se possvel num abrigo, permanecendo imvel. Uma vez cessada a rajada,progredir para sair da zona enquadrada.

    (e) Caso no existam abrigos e o tiro seja intenso, deve-se progredir por lanoscurtos e rpidos, que so regulados pelas detonaes do canho, para deitar, e pelas

    exploses das granadas para levantar logo aps e dar um novo lano. Existindo um bomabrigo no terreno, deve-se nele permanecer, at que o fogo cesse.(f) Se os projetis caem sua frente, sem o atingir, o combatente deve instalar-se

    num abrigo e esperar que cessem; caso os projetis caiam sua retaguarda, deve avanarpara fugir do fogo.

    (g) Em todos os casos o combatente deve: evitar terrenos descobertos e limpose utilizar ao mximo as cobertas, abrigos e itinerrios desenfiados, a fim de no ser visto pelosobservadores inimigos; atravessar o mais rpido possvel a zona batida; seguir seu chefe,reunindo-se a ele o mais breve possvel.

    4-18. PROCESSOS DE PROGRESSO EM COMBATE

    a. Em combate o homem poder valer-se de diversos processos de progresso, osquais sero ditados pelo terreno, pelo inimigo, pela velocidade desejada e pelo esforo fsico adispender. As progresses podero ser feitascaminhando em marcha normal, engatinhando,rastejando, ou correndo em marcha acelerada(marche-marche). Pequenos deslocamentoslaterais podem ser feitos por rolamento.

    (1) Marcha normal - empregada quandono se est sob vistas e fogos do inimigo ou emtrechos desenfiados do terreno. O combatentedever ter sua arma em condies de prontoemprego e utilizar ao mximo as cobertas eabrigos oferecidos pelo terreno. Quando for o caso, dever caminhar agachado para tirarproveito de pequenas cobertas e diminuir sua silhueta. Enquadrado em uma frao o soldadoutilizar esse processo de progresso ao comando de MARCHE! (Fig 4-17).

    (2) Engatinhar - o processo utilizado quando se dispe de cobertas e abrigos demdia altura. mais lento e fatigante que caminhar e melhor que rastejar. O combatentedever conduzir sua arma na m direita (ou esquerda se for canhoto), cuidando para que noentre terra na boca da arma e na janela de ejeo. Enquadrado em uma frao, o soldadoreceber o comando de ENGATINHAR!

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    (3) Rastejo - empregado quando se desejar fugir observao e ao fogo inimigo eas cobertas e abrigos existentes forem muitoreduzidos em altura. Podem ser usados doisprocessos de rastejo, ambos extremamentelentos e fatigantes e que s dever serutilizados para pequenos deslocamentos.

    (a) Rastejo alto (1 processo) -

    empregado quando h disponibilidade decobertas e abrigos, quando a observao doinimigo reduzida e quando se deseja umpouco mais de rapidez. Mantm-se o corpolevantado do solo, apoiando-o sobre osantebraos e os joelhos. Acomoda-se o fuzilnos braos, cuidando-se para que a boca daarma no encoste no solo. Progride-sealternando os avanos do cotovelo direito ejoelho esquerdo, com os do cotoveloesquerdo e joelho direito (Fig 4-18).

    (b) Rastejo baixo (2 processo) - Esteprocesso mais lento e cansativo, mas empregado quando as cobertas e os abrigosso mnimos, quando o inimigo tem boaobservao e quando a rapidez no essencial. Mantm-se o corpo colado aosolo, segura-se a bandoleira prximo aozarelho superior, ficando a arma deitadasobre o antebrao, sem que sua boca toqueo solo. Para progredir levam-se as mos frente da cabea, conservando os cotovelos

    no solo. Encolhe-se uma das pernas e comela empurra-se o corpo para frente, com oauxlio da trao das mos e antebraos.Deve-se trocar com freqncia a perna deimpulso para evitar o cansao (Fig4-19).

    (c) Enquadrado em uma frao, ocombatente progredir utilizando-se de umdos processos de rastejo acima, ao comandode DE RASTOS!

    (4) Marcha acelerada (marche-

    marche) - o processo empregado quando avelocidade de progresso for essencial ouquando se deseja transpor trechos limpos doterreno com o mnimo de exposio ao fogoinimigo. Ao comando de MARCHE-MARCHEo combatente correr, conduzindo a armacom ambas as mos, em condies deempreg-la rapidamente. A mo esquerdaempunha o guarda-mo e a direita segura o punho (Fig 4-20).

    (5) Rolamento - Pode ser usado para a realizao de pequenos deslocamentoslaterais. Partindo da posio de tiro deitado, o homem dever rolar tendo o cuidado de nodeixar a boca da arma tocar o solo (Fig 4-21).

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    b. A escolha do processo de progressomais adequado funo dos seguintes

    fatores: cobertas e abrigos existentes noterreno, posio e armamento do inimigo,

    velocidade que se pretende obter e esforofsico a ser dispendido.

    (1) De acordo com a posio do

    inimigo, do seu armamento e das cobertas eabrigos do terreno, teremos os casosadiante especificados.

    (a) Progresso em regiocoberta ou abrigada - Utiliza-se a marchanormal e, se a velocidade forpreponderante, o marche-marche.

    (b) Progresso em trechos de cobertura baixa - Utiliza-se o engatinhar ou orastejo, dependendo da altura da coberta ou abrigo.

    (c) Progresso em regio descoberta - Utiliza-se o marche-marche, a fim dediminuir o tempo de exposio ao fogo inimigo.

    (2) A necessidade de ganhar tempo pode levar o combatente a prejudicar um poucosua segurana para obter maior velocidade. Assim pode-se, por exemplo, progredir emmarche-marche num local que oferea cobertura baixa, a fim de no perder tempo rastejando.

    (3) O combatente tambm deve evitar o desperdcio de suas energias, a fim demanter-se em condies de combater por perodos prolongados. Dessa forma, sem abusar dasegurana, deve empregar o processo menos cansativo que permita o cumprimento damisso.

    4-19. EXECUO DO LANOa. O lano um deslocamento curto e rpido realizado entre duas posies abrigadas

    (ou cobertas). Deve ser realizado num movimento decidido, posto que uma parada ou um

    recuo podem ser fatais ao combatente. Antes de iniciar um lano, o soldado dever fazer umcuidadoso estudo da situao para evitar uma in deciso no decorrer do deslocamento.

    b. Para uma deciso firme e acertada o combatente deve, ao preparar um lano,responder a si prprio as perguntas que se seguem (Fig 4-22).

    (1) Para onde vou? Responder a essa pergunta escolhendo nas suas proximidadesuma coberta ou abrigo adequado ao cumprimento da sua misso. conveniente lembrar queum lano em marche-marche em terreno limpo, no deve ser maior do que 15 metros. Se opercurso for longo, haver necessidade da realizao de lanos intermedirios e conveniente que o soldado escolha previamente os locais de parada.

    (2) Por onde vou? Estuda o caminho a seguir at alcanar a posio escolhida (casoseu itinerrio no esteja determinado pelo seu comandante imediato). Se for obrigado aprogredir em marche-marche, deve utilizar o itinerrio mais curto, para evitar expor-se aoinimigo por tempo demasiado.

    (3) Como vou? De acordo com o ponto de destino e o itinerrio a seguir, serescolhido o processo de progresso mais adequado realizao do deslocamento (quandoenquadrado em uma frao o comandante determinar o processo de progresso): correndo,rastejando, etc.

    (4) Quando vou? Fazendo parte de uma frao, ir ordem de seu comandante e nocaso de homem a homem, quando o que o precedeu tenha terminado o seu lano. Estandoisolado, deve esperar o momento mais propcio para o lano. Por exemplo:

    (a) quando o fogo inimigo for suspenso momentaneamente;

    (b) ao perceber que o inimigo atira em outra direo;(c) no momento em que o fogo do inimigo estiver mal ajustado;(d) ao verificar que elementos amigos vizinhos atiram sobre o inimigo,

    prejudicando ou neutralizando seu fogo;(e) quando a artilharia ou a aviao amiga bombardeiam as posies adversrias.

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    c. Aps cada lano, parar, escutar, observar, fazer um novo estudo, e, s entoprosseguir.

    d. Sempre que possvel, ocombatente deve evitar a ocupao domesmo abrigo que j tenha sido utilizadopelo homem que o precedeu, pois o inimigopode haver identificado essa posio.

    e. O mesmo cuidado deve sertomado com itinerrios que no sejamcompletamente desenfiados, devendo-se,pois, evitar que vrios homens por elesprogridam.

    f. Para deslocar-se por lano emmarche-marche partindo da posio deitadoo combatente deve agir da forma adianteenumerada (Fig 4-23 e 4-24).

    (1) Quando decidir realizar umlano (ou, se enquadrado, ao comando de

    PREPARAR PARA PARTIR!), segura aarma pelo centro de gravidade e encolhe osbraos, trazendo as mos junto cabea,sem levantar os cotovelos.

    (2) Ergue, lentamente, a cabea efaz o seu estudo do lano (quandoenquadrado, realiza essa operao aocomando de AT TAL PONTO ou LINHA!)

    (3) No momento oportuno (ou ao comando DE MARCHE-MARCHE!) e em ummovimento rpido e contnuo, ergue-se, apoiando-se nas mos e nas pontas dos ps; leva aperna direita ou esquerda frente e com um impulso desta, levanta-se, iniciando odeslocamento.

    (4) Corre direto e a toda velocidade at o ponto escolhido.(5) Deita-se, saltando, de maneira a assentar ambos os ps no solo, na mesma linha,

    afastados de cerca de 60 centmetros; aproveitando a velocidade, lana-se ao chovivamente, caindo sobre os jo