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SEQUÊNCIA DIDÁTICA PARA O USO DA CÂMARA ESCURA COMO CONTEXTO PARA O ENSINO DA SEMELHANÇA DE TRIÂNGULOS Material do Professor INTRODUÇÃO Apresentamos como produto educacional roteiros de atividades investigativas para o ensino da Semelhança de Triângulos a partir da Câmara Escura de Orifício e do Teorema de Tales a partir da medição de altura de forma indireta através da sombra. O ensino destes tópicos se dá dentro de uma sequência didática que permite apresentar aos alunos temas iniciais de Óptica Geométrica e explorar seus esquemas sobre temas mais básicos da Geometria. Desta forma, podemos dividir a sequência didática em dois momentos: no primeiro momento, são trabalhadas investigações que tratam d os princípios da óptica geométrica e das leis da reflexão a fim de fornecer um contexto para o ensino da Geometria bem como as ideias e subsunçores que os alunos usarão para explicar a formação da imagem na Câmara Escura de Orifício e a formação das Sombras. Estas investigações servem também para avaliar as concepções dos alunos sobre temas como retas, segmentos de retas, ângulos e medidas de ângulo a fim de avaliar se esses conceitos estão bem estruturados e reforçá-los através de situações onde o uso de seus esquemas sobre eles são necessários, como por exemplo, representar a trajetória descrita pela luz através de raios de luz que são segmentos de reta orientados ou avaliar a lei da reflexão através da medida do ângulo entre o feixe refletido e o espelho, no segundo momento, são apresentados temas da Geometria, como Semelhança de Triângulos e Teoremas de Tales, a partir do contexto criado pela Óptica, mais especificamente das consequências dos princípios desta. Essas atividades são voltadas ao Ensino Fundamental, momento em que os alunos devem ter contato com os temas da Geometria Plana. No 9º ano do Ensino Fundamental, está prevista a apresentação da Semelhança de Triângulos e o Teorema de Tales na grade das aulas de Matemática no mesmo ano em que os alunos têm aulas de introdução à Óptica nas aulas de Ciências, o que torna o 9º ano um bom momento para

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SEQUÊNCIA DIDÁTICA PARA O USO DA CÂMARA ESCURA COMO

CONTEXTO PARA O ENSINO DA SEMELHANÇA DE TRIÂNGULOS

Material do Professor

INTRODUÇÃO

Apresentamos como produto educacional roteiros de atividades investigativas

para o ensino da Semelhança de Triângulos a partir da Câmara Escura de Orifício e do

Teorema de Tales a partir da medição de altura de forma indireta através da sombra. O

ensino destes tópicos se dá dentro de uma sequência didática que permite apresentar aos

alunos temas iniciais de Óptica Geométrica e explorar seus esquemas sobre temas mais

básicos da Geometria.

Desta forma, podemos dividir a sequência didática em dois momentos: no

primeiro momento, são trabalhadas investigações que tratam d os princípios da óptica

geométrica e das leis da reflexão a fim de fornecer um contexto para o ensino da

Geometria bem como as ideias e subsunçores que os alunos usarão para explicar a

formação da imagem na Câmara Escura de Orifício e a formação das Sombras. Estas

investigações servem também para avaliar as concepções dos alunos sobre temas como

retas, segmentos de retas, ângulos e medidas de ângulo a fim de avaliar se esses

conceitos estão bem estruturados e reforçá-los através de situações onde o uso de seus

esquemas sobre eles são necessários, como por exemplo, representar a trajetória descrita

pela luz através de raios de luz que são segmentos de reta orientados ou avaliar a lei da

reflexão através da medida do ângulo entre o feixe refletido e o espelho, no segundo

momento, são apresentados temas da Geometria, como Semelhança de Triângulos e

Teoremas de Tales, a partir do contexto criado pela Óptica, mais especificamente das

consequências dos princípios desta.

Essas atividades são voltadas ao Ensino Fundamental, momento em que os

alunos devem ter contato com os temas da Geometria Plana. No 9º ano do Ensino

Fundamental, está prevista a apresentação da Semelhança de Triângulos e o Teorema de

Tales na grade das aulas de Matemática no mesmo ano em que os alunos têm aulas de

introdução à Óptica nas aulas de Ciências, o que torna o 9º ano um bom momento para

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apresentação conjunta e interdisciplinar dos temas. Outra oportunidade seria trabalhar

com alunos da Educação de Jovens e Adultos onde o trabalho harmonicamente

articulado dos dois temas tornaria o ensino-aprendizagem mais dinâmico e significativo.

As atividades promovem o envolvimento dos alunos através das situações

propostas e da interação com os equipamentos usados. Os roteiros prezam pelo trabalho

em grupo de forma a permitir a troca de saberes e negociação de significados onde os

alunos precisavam ser ativos na aprendizagem, fazendo observações e propondo

explicações. Propõem situações em que os alunos usam e aprimoram seus esquemas

cognitivos sobre Geometria e fortalecem subsunçores úteis para a formalização

posterior dos conteúdos geométricos e também para o ensino de Física no Ensino

Médio. Então podemos dizer que é capaz de gerar benefícios mútuos para a Física e a

Matemática.

As vantagens do uso do produto estão em contextualizar os conteúdos

matemáticos trabalhando-os fora do ambiente unicamente matemático ao tempo em que

apresenta tópicos inicias da Óptica Geométrica permitindo que criem esquemas para os

conceitos que serão reforçados durante o Ensino Médio. Mas um empecilho ao seu uso

seria o tempo de uso. A previsão de uso de toda a sequência é de sete aulas, mas vale

ressaltar que os roteiros em que são trabalhados a Semelhança de Triângulos e Teorema

de Tales podem ser usados separadamente a depender da necessidade e tempo

disponível do professor.

Como os roteiros são construídos para que os alunos observem o fenômeno e

então escrevam suas observações, façam previsões ou expliquem o observado, um dos

obstáculos com qual o professor pode se deparar é a dificuldade para interpretar as

questões e para construir respostas. Nas questões em que se pedem para explicar o

observado, é comum que alguns alunos respodam o efeito como sendo a causa. A

quantidade e a necessidade de se construir respostas a todo momento pode gerar

desânimo entre os alunos, mas é uma ferramenta crucial para que externalizem suas

ideias e para que sejam avaliadas suas dificuldades e progresso.

1. Sobre a estrutura das aulas e a avaliação

As atividades de investigação devem ser realizadas em grupo para promover a

troca de conhecimento e discussão entre os alunos, mas é importante que eles construam

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as respostas de forma individual. O professor deve assumir o papel de mediador durante

as atividades guiando a sequência da atividade e orientando sobre quando e quais

questões os alunos devem responder ou em que momento só observar ou interagir e

manipular os equipamentos. O professor deve acompanhar e verificar o preenchimento

dos questionários buscando, quando convir, a interferência dialógica para a construção

dos conhecimentos e dos significados com os alunos.

Após a realização das investigações, depois dos alunos terem contato com as

situações, feito suas observações, proposto explicações, o professor deve formalizar os

conteúdos trabalhados. Tanto os conteúdos trabalhados da Óptica Geométrica como os

da Geometria devem ser passados ou reforçados para os alunos. Principalmente nas

investigações 1, 2 e 3. Sugere-se que a primeira formalização de parte do conteúdo se dê

após a primeira investigação que podemos chamar de um momento de discussão, a

segunda depois da investigação 3. Para as investigações 4 e 5, serão apresentadas a

Semelhança de Triângulos e o Teorema de Tales durante as atividades pois são

necessárias para a conclusão da atividade e por elas poderem ser usadas

independentemente do restante da sequência.

A sequência didática inteira está composta de cinco roteiros de atividades

investigativas em que são apresentados os objetivos buscados com a investigação, os

elementos da geometria trabalhados, os materiais necessários, roteiros para a construção

do equipamento usado (investigações 1, 4 e 5) e como deve se dá o desenvolvimento da

atividade. O tema da Óptica Geométrica que é o contexto para o trabalho com a

Geometria é introduzido por um texto de entrevista da luz.

A tabela 1.1 abaixo ilustra a sequência das atividades a ser seguida.

Atividade Objetivos

Óptica geométrica Geometria

Texto de

Apresentação. Apresentar aos alunos o tema de estudo

Investigação

1: Como a luz

pode ser

representada por

raios.

Explorar a propagação retilínea da

luz, usar os raios de luz para

representar a trajetória descrita pela

luz, diferenciar feixes divergentes,

convergentes e paralelos.

Explorar o conceito de reta,

segmento de retas e retas

paralelas.

Discussão

Formalizar e/ou revisar os conteúdos explorados na investigação 1.

Investigação

2: Você sempre

vê as reflexões em

Explorar a propagação retilínea da

luz, mostrar o princípio da

reversibilidade dos raios de luz,

Explorar a ideia de segmento

de reta.

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espelhos?

mostrar a reflexão em espelhos

planos e motivar o surgimento de

ideias sobre o fenômeno.

Investigação

3: Como a luz é

refletida em um

espelho?

Identificar que o ângulo de

incidência é igual ao ângulo de

reflexão e perceber o princípio da

independência dos raios de luz.

Trabalhar com segmentos de

retas, verificar e reforçar a

noção de ângulo e como

medir ângulos.

Discussão

Formalizar e/ou revisar os conteúdos explorados nas investigações

2 e 3.

Investigação

4: Câmara Escura

de Orifício.

Inferir o princípio de propagação

retilínea da luz e o princípio da

independência dos raios luminosos,

contextualizar a semelhança de

triângulos e comprovar a

propriedade fundamental dos

espelhos planos.

Explorar a ideia de figuras

semelhantes, construir a

semelhança de triângulos e

verificar a semelhança dos

triângulos na câmara e

classifica-la e no espelho

plano.

Investigação

5: Medindo

alturas

Explorar a propagação retilínea da

luz, usar os raios de luz para

representar a trajetória descrita pela

luz, explorar o Teorema de Tales.

Diferenciar retas paralelas e

retas transversais, explorar a

semelhança de triângulos,

trabalhar a noção de

proporções e apresentar

Teorema de Tales.

Tabela 1.1: Sequência de atividades.

Para a avaliação do aproveitamento do aluno, deve-se levar em conta sua

organização em grupo, participação das discussões, respostas dadas por escrito e

esboços montados. O que se deve avaliar é de certa forma, o percurso cognitivo durante

a situação ou situações na tentativa averiguar uma melhora conceitual, o que não

necessariamente significa compreensão total do tema.

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Primeiro contato: aquecendo a turma!

O que vamos fazer?

Explique aos alunos que através de investigações simples vamos construir

conceitos de geometria e óptica geométrica. Vamos explorar temas como a propagação

da luz, espelhos planos, a semelhança de triângulos e o teorema de Tales que são muito

usados para construir relações métricas.

Mas antes vamos ter uma conversa...

Peça que os alunos imaginem um diálogo com a luz. Pode-se construir o diálogo

como se fosse uma entrevista onde os alunos fazem as vezes do entrevistador e os

alunos de entrevistado (a luz).

- Como você se chama?

- Luz, somente luz; no entanto, tenho vários apelidos...

- Que apelidos você tem?

- Essa é uma história um pouco longa... Mas vou tentar contá-la.

- Conte-me então.

- Tudo começou no primeiro dia, aliás, em plenas trevas... Já no final desse mesmo

dia, fui criada. Desde esse momento, sai por aí, refletindo, refratando, espalhando e

fazendo muito mais...

-Mas como você é capaz disso tudo, se é invisível?Quem é você? O que você é?

- Pois é... Já alaram bastante a meu respeito. Muitos, inclusive, discordam da minha

invisibilidade. Mas há uma verdade: só é possível acompanhar o meu rastro quando

existe algo no meu caminho.

- Como assim?

- É simples: quando saio do farol de um carro, num dia de chuva, só se vê o meu

facho porque as gotículas de água me refletem, isto é, me atrapalham. Só é possível ver

meu trajeto quando parto do farol de uma torre porque as partículas de poeira, em

suspensão, se colocam no meu caminho, desviando-me para todos os lados.

-Ah, entendi... Continue sua história.

- No inicio, os homens pré- históricos não estavam muito interessados nisso. Depois,

no século XVII, travou-se uma grande discussão acerca da minha natureza. Uns diziam

que eu constituiria em pequenas partículas porque, ao incidir em um espelho, era

refletida como uma bola de bilhar em uma mesa. Outros diziam que eu era onda, pois

alguns fenômenos luminosos apresentam características de ondas, como o som

produzido por cordas e membranas.

- Quer dizer então que você é uma onda?

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-Bem, essa foi a conclusão dos cientistas até o final do século passado. Na verdade,

as pesquisas no início desse século apontaram novamente para a minha natureza

corpuscular.

-E, no final das contas, o que você é?

-Não posso responder, pois só é possível ao homem penetrar minha essência através

dos conceitos e das teorias que ele cria. A natureza representa um grande desafio à

capacidade humana de compreensão. Os debates e as discussões entre os cientistas são

decorrência dessa tentativa de entender minha essência.

-Isso quer dizer que a Ciência não chegou a uma conclusão definitiva sobre sua

natureza? Algumas vezes é vista como onda, outras como partícula?

-É, parece que você entendeu o espírito da situação. Hoje, para a Ciência, sou algo

com duas faces: uma ondulatória e outra particular. Talvez amanhã cheguem a outra

imagem sobre minha natureza. Por enquanto, me apresento com essa dupla identidade,

como um agente secreto.

Fonte do texto: FIGUEIREDO, A.; PIETROCOLA, M. Luz e cores- Física um outro lado,

FTD, São Paulo, 2000.

Após a leitura do texto peça que os alunos comentem sobre o que leram, sobre o

que é a luz e como se comporta. Esse é o momento de apresentar a luz como tendo um

comportamento dual- onda e partícula- e apresentar a Óptica como a área de estudo

voltada aos fenômenos relacionados à luz. Explique que iremos explorar temas

abordados pela Óptica geométrica, ramo que estuda os fenômenos ligados à propagação

da luz.

Depois da leitura do texto e da discussão inicie a Investigação 1.

Investigação 1: Como a luz pode ser representada por raios.

Fonte: adaptado de Active Learning in optics and photonics, 2006.

Objetivo: explorar a propagação retilínea da luz, usar os raios de luz para representar a

trajetória descrita pela luz, diferenciar feixes divergentes, convergentes e paralelos,

classificar as fontes de luz como puntiforme ou extensa.

Elementos da geometria: segmentos de reta e retas paralelas.

Equipamentos: 6 banquinhos idênticos, caneta laser, lâmpada pequena, suporte para

lâmpada, 5 tubos de PVC de ½” e 30 cm de comprimento, 10 m de barbante, fita

adesiva e pó de giz.

Montagem dos Tubos: Para usar os tubos prepare-os fixando com fita adesiva 2 metros

de barbante. Enrole o barbante no tubo para que os alunos usem durante a atividade

apenas o tamanho necessário.

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Figura 1.1: materiais utilizados

Desenvolvimento: Delimite uma área de no mínimo 25 m² (sugestão de 5 × 5, em

metros). Monte e posicione o suporte e a lâmpada em um ponto central dessa área sobre

um banquinho. Distribua os demais banquinhos em posições aleatórias, como no

esquema da figura 1, sobre os quais repousam os tubos de PVC com o barbante

enrolado. Peça, então, que os alunos observem a lâmpada através do tubo. Em seguida,

peça-lhes que gire levemente o tubo para a direita e depois para a esquerda e pergunte-

lhes se eles conseguem ainda ver a lâmpada. Peça-lhes então que coloque os tubos nas

posições angulares em que se pode observar a lâmpada e fixe-o no banquinho através de

fitas adesivas. Feito isso nos 5 banquinhos, peça-lhes que estique o cordão a partir do

tubo até a extremidade do bulbo da lâmpada e averigue se o cordão é paralelo ao eixo

do tubo quando o cordão passa por cima deste. Fixe o barbante no suporte da lâmpada

com fita adesiva. Peça então que os alunos respondam as questões 1,2 e 3.

1. Que figura geométrica o cordão faz nesse momento? Uma reta ou uma

curva?

2. Se o tubo for girado levemente para a direita ou para esquerda, mudaria a

forma do cordão? Neste caso é possível observar a luz proveniente da

lâmpada?

3. Com base na questão anterior, como a luz se propaga, como uma reta

acompanhando o cordão esticado ou uma curva?

Em seguida, peça que olhem esquema da figura 1.2 e respondam a questão 4 e 5. Dê

uma volta pela sala e observe os esboços, mas sem interferir.

4. No diagrama da figura 1.2 esboce 5 raios de luz que começam no bulbo da

lâmpada e vão até os pontos de 1 a 5. Compare com o de seus colegas.

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Figura 1.2: Esquema de disposição da lâmpada e dos alunos.

Nesse momento espera-se que o aluno seja capaz de formalizar sua resposta quanto

ao tipo de propagação da luz, desta forma, espera-se que eles desenhem retas ligando a

lâmpada aos pontos.

5. Descreva esses raios em palavras. Como eles são desenhados à medida que

a distância ao filamento aumenta?

Espera-se que eles descrevam que os raios são representados por retas que partem

do objeto (no caso a lâmpada) se tornam mais afastadas entre si com a distância. Isso

propicia a formação da ideia de uma fonte divergente.

Com os alunos de volta a suas posições, peça que eles observem agora a luz de um

laser que brilha através da sala.

Pode ser útil suspender pó de giz na sala de forma a melhor visualizar o caminho do

laser. Peça que eles respondam a pergunta 6. Novamente, peça que discutam, troquem

ideias e em seguida respondam a questão 7 e 8.

6. Você pode ver o feixe de laser bem sem o pó de giz no ar? Por que o pó de

giz torna o feixe mais visível? O que você viu foi a luz proveniente

diretamente do laser ou tem mais alguma coisa acontecendo?

7. Aponte as diferenças que você identificou entre a luz do laser e a da

lâmpada e a forma como elas atravessam a sala.

As duas últimas perguntas deve-se esperar respostas que revelem que o aluno já

começa a associar o fato de ver um objeto com a reflexão da luz, no caso da questão 6,

e que eles percebam que tanto na lâmpada e no laser, a luz se propaga em linha reta,

mas no caso do laser os raios são sempre em uma única direção, enquanto na lâmpada

os raios vão e várias direções.

8. Quais as diferenças entre as respostas de seus colegas e a sua?

Agora aponte o foco para o esquema como o da figura 2 e peça que respondam as

pergunta 9,10 e 11.

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9. Com base em suas observações, esboce alguns raios deixando o laser no

esquema da figura 1.3.

Figura 1.3: Esquema de disposição do laser e dos pontos.

10. Você espera que o feixe do raio laser passe pelo ponto 1, 2, 3 ou em

nenhum? Qual a diferença entre os raios que você desenhou neste esboço e

no anterior?

Caso o aluno não consiga responder essa questão, peça-lhe que esboce os raios de

luz como se fosse trocado o laser por uma lâmpada incandescente como o da figura 1 e

depois compare com a do laser.

11. Você acha que existem outras situações nas quais os raios podem ser

representados como os saídos de um laser? Imagine um feixe de luz solar

que atinge a Terra, ele seria constituído de raios luminosos semelhantes aos

da lâmpada ou do laser?

Para finalizar a atividade peça que eles pesquisem como acontece um eclipse solar.

Dificuldades mais prováveis: durante a realização da investigação os alunos podem

apresentar dificuldades em ler e interpretar as perguntas, necessidade de perguntar o

que deve ser feito mesmo antes de ler o material, dificuldade em construir respostas,

tentar explicar o fenômeno observado apenas relatando-o, desenhar apenas um raio de

luz saindo do laser.

Bibliografia utilizada na Investigação 1:

UNESCO. Active learning in optics and photonics (ALOP): training manual. 2006

LUZ, A. M. R. Física em Contexto & Aplicações: ensino médio, 1ª ed., São Paulo,

Scipione, 2013.

Após a conclusão da Investigação 1 é hora de formalizar os conceitos

trabalhados comece falando sobre fontes de luz:

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Fontes de luz

Se observarmos os objetos que nos rodeiam, verificamos que alguns deles emitem luz,

isto é, são fontes de luz, tais como o Sol, uma lâmpada acesa, a chama de uma vela.

Mas outros, apesar de não emitirem a luz podem ser vistos porque são iluminados pela

luz de alguma fonte de luz.

As fontes de luz podem ser:

Fonte de luz primário: corpo luminoso. Aquele que emite luz própria.

Fonte de luz secundária: corpo iluminado. É aquele que reenvia a luz recebida de

outros corpos luminosos.

Fonte de luz pontual: quando as suas dimensões são desprezíveis em relação a

distância que o separa do observador.

Fonte de luz extensa: quando suas dimensões não podem ser desprezadas em

relação a distância que o separa do observador.

Em seguida formalize o conceito de raio de luz para o aluno. Lembre-se que para

eles esse conceito não é tão trivial quanto possa parecer.

Raios de luz

Para representar graficamente a direção e o sentido de propagação da luz a partir de uma

fonte luminosa usamos segmentos de reta orientados. A esses segmentos de reta

chamamos de raios de luz.

Esses raios irão representar a trajetória da luz da fonte até o seu destino. Chamamos um

conjunto de raios de luz de feixe de luz.

Um feixe pode ser classificado como:

Se estivermos em um ambiente desprovido de partículas materiais não poderemos

enxergar um feixe de luz. Isso acontece porque só somos capazes apenas os objetos

iluminados, ou seja, o que vemos é a interação da luz com a matéria que ela iluminou.

Relembrando a geometria:

Retas: são figuras geométricas primitivas formadas por conjuntos de

pontos. O fato de serem primitivas significa que não existe uma definição para elas,

contudo, aceitamos que retas são linhas que não fazem curva.

Segmentos de reta: Um segmento de reta é apenas uma parte da reta.

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Classificação das retas:

Paralelas: não tem nenhum ponto em comum.

Transversais: possui só um ponto em comum. Um exemplo de retas transversais

são as retas perpendiculares.

Coincidentes: possuem dois pontos e comum.

Diferencie os meios de propagação para que os alunos sejam capazes de melhor

avaliar as diferentes situações onde podem ou não ver um objeto.

Meios de propagação da luz

Podemos classificar os materiais quanto à capacidade de deixar ou não a luz passar.

Transparente:conseguimos ver os objetos nitidamente através dele.

Translúcido: não conseguimos enxergar muito bem através dele, a visualização

não é nítida.

Opaco: não conseguimos ver através dele

Com base em como a luz se propaga e com o que eles observaram na

investigação comente que se pode concluir que:

A luz em um meio homogêneo e transparente a luz se propaga em linha reta.

Chamamos o fato da luz se propagar em linha reta de Princípio de Propagação

Retilínea da Luz.

Dando continuidade aos estudos vamos as Investigações 2 e 3.

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Investigação 2: Você sempre vê as reflexões em espelhos?

Fonte: adaptado de ROBERTO, 2009.

Objetivos: explorar o princípio de propagação retilínea da luz, mostrar o princípio da

reversibilidade dos raios de luz, mostrar a reflexão em espelhos planos e motivar o

surgimento de ideias sobre o fenômeno.

Elementos da geometria: segmentos de reta.

Equipamentos: espelho plano, suporte para montar o espelho em pé sobre uma

superfície horizontal (mesa), uma lâmpada com soquete e tecido preto.

Figura 2.1: materiais utilizados.

Desenvolvimento: monte o espelho plano sobre uma mesa e cubra-o com um tecido

preto e peça a três alunos voluntários para que se posicionem na frente do espelho como

mostra a figura 2.2.

Figura 2.2: Esquema de montagem.

Utilizando fita adesiva cada aluno deve marcar sua posição no chão ou local onde

estiverem como, por exemplo, a carteira. Posicione a lâmpada um pouco a direita e

ligue-a e depois a deixe desligada. Feito isso, os alunos devem se reunir em grupos e

responder as questões 1,2 e 3.

1. Você acha que a luz reflete no espelho? O que te faz achar isso?

2. O que o seu grupo acha? Escreva as ideias que o grupo elaborou que sejam

diferentes das suas.

Espera-se que os alunos consigam associar a imagem formada no espelho, e vista

por ele, ao fenômeno da reflexão dos raios de luz. Para facilitar a formação dessa ideia

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é importante a negociação de saberes e entendimentos com os colegas, por isso, a

questão 2 se faz relevante.

3. Após o espelho ser descoberto, qual dos três estudantes poderá ver o reflexo

da lâmpada no espelho?

Chame-os de volta e descubra o espelho. Peça que respondam as questões 4 e 5.

4. Qual dos estudantes foi capaz de ver o reflexo da lâmpada? O que

aconteceu está de acordo com o que você esperava? Se não, explique o

porquê?

5. Desenhe os raios de luz que expliquem o que foi observado.

As respostas devem caminhar para a formação da ideia de que para ver a imagem

de um objeto, ele deverá receber um feixe de luz, proveniente do objeto, depois refletido

no espelho. Traçando-se os raios que atingem a extremidade do espelho e obtendo um

raio refletido que chega ao observador, é previsto que se note essa limitação.

Agora circunscreva com um pincel para quadro branco a região no espelho onde um

dos estudantes vê o reflexo da lâmpada. Em seguida, troque-o de lugar com a lâmpada.

Questione-o sobre o que ele percebeu e peça que comente para os colegas. Para que

todos consigam visualizar o esperado, deixe o espaço aberto para que cada um dos

alunos tome a posição do colega e observe.

Em seguida peça que respondam a questão 6.

6. Ao trocar de posição a lâmpada (objeto) e o aluno (observador) você

observou que ainda é possível ver o reflexo da lâmpada? E o reflexo da

lâmpada está novamente circunscrita? Como você explicaria isso?

A sexta questão pretende explorar a visualização da reversibilidade dos raios

luminosos. O ideal é que eles comentem sobre o caminho percorrido pela luz para

chegar ao observador.

Dificuldades mais prováveis: durante a realização da investigação pode acontecer de

os alunos alterarem a resposta dada na questão 3 após observar o que acontece quando o

espelho é descoberto, para coibir essa ação comente que essa questão nada mais é do

que uma previsão e que eles não devem se preocupar em errar, mas devem dar o melhor

de si. Alguns alunos também podem demonstrar dificuldade em construir respostas.

Tente que na questão 5 eles não se restrinjam a desenhar somente o raio de luz que

chega ao observador que conseguiu vê o reflexo da lâmpada, mas que no desenho

explorem mais de um raio que sai da lâmpada o que pode facilitar a entendimento de

porque o(s) outro(s) não viram.

Bibliografia utilizada na Investigação 2:

ROBERTO, E. V. Aprendizagem ativa em ótica geométrica: experimentos e

demonstrações investigativas. Dissertação de Mestrado, IFSC- USP, 2009, p. 70-72.

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LUZ, A. M. R. Física em Contexto & Aplicações: ensino médio, 1ª ed., São Paulo,

Scipione, 2013.

Investigação 3: Como a luz é refletida em um espelho?

Fonte: adaptado de ROBERTO, 2009.

Objetivos: identificar que o ângulo de incidência é igual ao ângulo de reflexão e

perceber o princípio da independência dos raios de luz.

Elementos da geometria: segmentos de reta, ângulos e medidas de ângulos.

Materiais : 4 espelhos planos, suportes, anteparos, 4 canetas-lasers, transferidores,

réguas e papel quadriculado.

Figura 3.1: materiais utilizados.

Desenvolvimento: Entregue os materiais listados para os grupos. A princípio peça que

eles observem a imagem da figura 3.2 e respondam as questões 1 e 2. Dê uma volta pela

sala e observe os esboços feitos pelos alunos sem interferir.

Figura 3.2: Esquema para um raio de luz incidindo sobre um espelho.

1. A figura 3.2 mostra um raio de luz incidindo com um ângulo de 45° em um

espelho plano. Como é o raio refletido? Desenhe a sua resposta.

2. O que os seus colegas de grupo acham? Quais ideias deles que são diferentes

da sua?

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O intuito da questão 1 é averiguar o entendimento dos alunos sobre a reflexão a fim

de construir a lei da reflexão, então, não responder corretamente não atrapalha o

entendimento da atividade. A troca de informações proposta na questão 2 auxilia nessa

construção.

A seguir, peça que eles reproduzam a figura 3.1 com os materiais que foram

distribuídos para responder a questão 3.

Para facilitar a montagem, marque no papel milimetrado a posição onde devem

colocar o espelho e a fonte de luz de forma que a luz incida fazendo um ângulo de 45°

com o espelho.

Para a verificação peça que eles usem o transferidor para medir o ângulo formado

entre o raio refletido e o espelho.

Verifique se existe dificuldade para reproduzir a situação da figura 3.1. Auxilie

sugerindo que um dos alunos segure o espelho, outro segure o laser e outro faça então a

medida .

3. Incida um feixe de luz com um ângulo de 45° com o espelho. O que você

observou? Aconteceu o que você imaginava?

Conclua esta etapa desenhando no quadro negro um esquema contendo o espelho, o

feixe incidente e o feixe refletido e apresente a ideia de reta normal.peça para ser

respondido a questão 4.

4. Como a luz se reflete no espelho? Explique com uma frase.

5. O que acontece se o ângulo de incidência for mudado? Por exemplo, quando

for 30° ou 60°?

6. Na imagem abaixo quatro raios de luz incidem em quatro espelhos. Como

são os raios refletidos? Desenhe sua ideia.

Figura 3.3: Esquema para reflexão de feixes de luz incidente em espelhos planos.

7. Os desenhos dos seus colegas de grupo são diferentes do seu? Em que?

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Na questão 6 o foco é a percepção do princípio da independência dos raios

luminosos. Se ao final das questões os alunos não chegarem ao entendimento correto o

professor pode complementar com a apresentação de imagens, mas espera-se que isso

não seja necessário.

Dificuldades mais prováveis: durante a realização da investigação pode haver

dificuldade em manter o foco do aluno em realizar a atividade e não em “brincar com o

laser”, deve-se ficar atento a isso. Outra dificuldade consiste em utilizar a ferramenta

transferidor, se o aluno não souber usá-lo isso pode interferir no resultado, bem como

outras limitações inerentes aos materiais usados. Para reduzir estas dificuldades instrua

que o grupo coopere de forma a quem souber usar o transferidor ensinar a quem não

sabe.

Bibliografia utilizada na Investigação 3:

ROBERTO, E. V. Aprendizagem ativa em ótica geométrica: experimentos e

demonstrações investigativas. Dissertação de Mestrado, IFSC- USP, 2009, p. 70-72.

LUZ, A. M. R. Física em Contexto & Aplicações: ensino médio, 1ª ed., São Paulo,

Scipione, 2013.

Após a realização das Investigações 2 e 3 e interessante discutir com os alunos a

fim de chegarmos a outras conclusões sobre o comportamento da luz chegando aos

outros princípios da Óptica Geométrica:

Quando um raio de luz atravessa o caminho de outro raio de luz ambos seguem

seus caminhos como se nada tivesse acontecido. Chamamos esse fato de Princípio

da Independência dos Raios de Luz.

O caminho que um raio de luz percorre não se modifica se invertermos as

posições da fonte e do observador, ou seja, a trajetória de ida e volta é a mesma.

Chamamos isso de Princípio da Reversibilidade dos Raios de Luz.

Relembrando a geometria:

Ângulo: podemos representar um ângulo da seguinte maneira:

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As semirretas AO e OB de mesma origem são os lados e o ponto O é o vértice.

Podemos indicar esse ângulo por . Para medir o ângulo utilizamos o grau (°) como

unidade de medida.

O instrumento usado para medir ângulos é o transferidor.

Quando dois ângulos são iguais dizemos que eles são congruentes.

Após rever os conteúdos geométricos, formalize os conceitos sobre a reflexão:

Espelho plano

Quando raio de luz incide sobre uma superfície refletora como um espelho acontece

algo interessante, ele é refletido com o mesmo ângulo que incidiu. Isso é o que

chamamos de Lei da Reflexão. Além disso percebemos que o raio incidente, o raio

refletido e o que chamamos de reta normal estão situados no mesmo plano.

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Em um espelho, as imagens parecem estar atrás do espelho. Isso acontece porque os

olhos e cérebro captam as imagens a partir dos raios luminosos que chegam até nos.

Então se prolongarmos os raios refletidos pelo espelho, veremos que tudo se passa

como se esses raios tivessem partido de pontos atrás do espelho. A imagem do objeto é

vista no ponto de encontro dos prolongamentos dos raios refletidos.

Fonte: www.educabras.com/enem/materia/fisica/optica/aulas/espelhos_planos

Depois dessa explanação vamos para a Investigação 4 e 5.

Investigação 4: Câmara Escura de Orifício

Objetivos: inferir o princípio de propagação retilínea da luz e o princípio da

independência dos raios luminosos, contextualizar a semelhança de triângulos e

comprovar a propriedade fundamental dos espelhos planos.

Elementos da geometria: retas, segmentos, propriedades métricas dos triângulos.

Materiais necessários: uma caixa de papelão grande o suficiente para uma pessoa

caber dentro (uma caixa de fogão ou máquina de lavar, por exemplo), fita adesiva ou

cola, papel madeira, lápis, grampeador, régua, papel cartão branco, tecido ou tnt preto,

figuras impressas.

Procedimento para a montagem da câmara escura: o primeiro passo é vedar, com a

fita adesiva, todas as possíveis entradas de luz da caixa como, por exemplo, as frestas do

fundo da caixa e possíveis furos, se a fita não for suficiente para vedar as frestas é

melhor recobri-las com o papel madeira. Depois, faça um furo com o lápis na caixa. O

furo deve estar no centro da caixa, horizontalmente, e verticalmente, a uns 10 cm do

fundo. A folha de papel cartão deve ser colada no lado oposto ao furo, pelo lado de

dentro da caixa usando a fita adesiva transparente ou a cola. O próximo passo é colocar

uma saia de tecido na borda da boca da caixa usando a fita adesiva ou grampeador. A

saia serve para impedir a entrada de luz. A câmara depois de montada deve ser

semelhante a mostrada na figura 4.1. O aluno deve se posicionar dentro da caixa e

observar o ambiente.

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Figura 4.1: Câmara escura montada.

Desenvolvimento:

Apresente a câmara escura de orifício:

A câmara escura de orifício é uma ferramenta óptica muito antiga desenvolvida pelo

árabe Alhazen para acompanhar eclipses solares, mas que ao longo da história ela

também foi usada por pintores e desenhistas para copiar paisagens. Ao longo da história

já se construíram câmaras escuras de vários tamanhos inclusive do tamanho de quartos

inteiros, as chamadas salas escuras, mas só no final do século XVII foram construídas

as primeiras câmaras escuras portáteis.

Uma câmara escura de orifício é basicamente uma caixa ou sala completamente

escura onde a comunicação com o meio exterior se dá apenas por um pequeno orifício,

daí vem o seu nome. Na parede oposta é fixado um tecido ou papel branco para

funcionar como uma espécie de tela onde eram projetadas as imagens.

Apresente então a câmara construída explicando como foi montada. Em seguida,

peça que os alunos escolham algum objeto ou local para observar e então direcionem o

furo da caixa para ele. Eles devem entrar na caixa se posicionar de forma a observar a

imagem projetada na folha de papel cartão. Diga para eles se atentarem para todos os

detalhes possíveis e em seguida respondam as questões 1, 2 e 3.

1. O que você poderia dizer sobre a imagem projetada dentro da caixa? Quais

as características você poderia citar?

2. Tente explicar como a imagem é projetada na folha.

3. Para você o que explica o fato de a figura projetada ser semelhante ao

corpo considerado na forma e em colorido, mas apresentar-se invertida em

relação ao corpo?

O ideal é que eles apontem que a imagem formada é semelhante ao objeto, mas

invertida e que comentem sobre o seu tamanho na questão 1. As outras questões estão

abertas para a especulação dos alunos. Se eles afirmarem que os raios de luz que partem

do objeto e passam pelo orifício já estaremos num bom caminho.

Depois de os alunos brincarem um pouco com a câmara construída, deve-se

continuar as atividades agora com o uso de ilustrações como a da figura 7. Para dar

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sequência, peça que eles respondam as questões 4 e 5. Certifique-se de que, a princípio,

façam seus esboços sozinhos e só depois troquem opiniões com os colegas e respondam

a questão 6. Dê uma volta pela sala e observe os esboços, mas sem interferir.

4. A figura 4.2 ilustra uma situação semelhante à presenciada no experimento

prático. Temos então, uma câmara escura de orifício direcionada para uma

vela. A imagem da vela será projetada na superfície oposta ao orifício.

Desenhe como seria a figura da vela projetada no lado oposto ao orifício da

câmara segundo sua experiência.

Figura 4.2: Ilustração de câmara escura de orifício.

5. Cada ponto de um objeto emite luz em todas as direções, mas para

determinar a posição da figura da vela projetada na câmara é suficiente

traçar apenas alguns raios de luz que partem do objeto, passam através do

orifício incidindo na parede oposta. Desenhe, na figura 4.2, alguns raios de

luz que partam da vela, atravessem o orifício e que formem a projeção

segundo sua previsão.

6. Todos os seus colegas desenharam a figura projetada e os raios da mesma

forma que você? Quais foram as diferenças?

Avalie se os alunos, ao desenhar, levaram em conta as propriedades da luz como a

propagação retilínea e a independência dos raios. Caso seja necessário, relembre essas

propriedades.

Espera-se que os alunos sejam capazes de usar o princípio de propagação retilínea da

luz e que percebam que de todos os raios emitidos pelos corpos, apenas alguns passam

pelo orifício e atingem a parede oposta. Mas de qualquer forma esse é o momento de

comentar seu funcionamento.

Explique que o funcionamento da câmara escura é consequência da propagação

retilínea da luz. Ressalte o fato de que os objetos reflete luz em todas as direções, mas

explique que somente aqueles raios que vinham na direção do orifício é que conseguirão

atravessá-lo e formar a imagem na parede. Então o orifício tem o papel de selecionar

alguns raios.

Depois dessa explanação é útil apresentar a imagem da figura 8 para que os alunos

comparem com seus esboços. Certifique-se que a figura 8 só seja apresentada aos alunos

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depois que eles tenham respondido a questão 6 para que ela não influencie nas

respostas.

Figura 4.3: Somente alguns raios de luz refletidos atingem o orifício da câmara.

Mostre a figura 4.4 e explique que, por exemplo, o raio de luz que partiu do ponto mais alto

da vela (ponto A) atingiu a região inferior da tela (ponto A’), o raio de luz que partiu da parte

inferior (ponto B) atingiu a parte superior da tela (ponto B’).

Figura 4.4: Representação da imagem B'A' do objeto AB obtida na câmara.

Reassalte para os alunos que os raios se cruzam ao passar pelo orifício, seguindo seus

trajetos retilíneos o que faz com que a imagem projetada seja invertida em relação ao

objeto que neste caso é a vela.

Em seguida vamos explorar as propriedades geométricas da situação. Para iniciar,

peça para os alunos respondam a pergunta 7.

7. Na figura 9 os raios de luz que emanam da vela e chegam até a parede da

câmara formam dois triângulos, o triângulo ABO e o triângulo A’B’O, você

tinha percebido? Você seria capaz de apontar o que esses dois triângulos

tem em comum?

Nessa questão espera-se respostas como: os dois triângulos possuem o mesmo

vértice, os dois são formados pela mesmas retas, se o tamanho AB for mudado o A’B’

também mudará, etc.

Mas afinal, quais seriam essas semelhanças?

Nesse momento devem ser explicitadas as condições de semelhanças para triângulos:

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Dois triângulos são semelhantes caso três ângulos correspondentes sejam

congruentes e 3 lados correspondentes possuam a mesma razão de

proporcionalidade.

O primeiro passo para analisar a semelhança de dois triângulos é determinar a

correspondência dos lados e dos ângulos de cada triângulo. No quadro, desenhe

triângulos para fazer essa distinção.

Figura 4.5: Triângulos semelhantes.

Faça com que os alunos notem que todos os lados possuem a mesma razão de

proporcionalidade ½ e que os ângulos correspondentes são iguais ou congruentes.

Porém, é possível verificar a semelhança nos triângulos de uma forma mais simples

conhecendo apenas alguns de seus elementos. Basta observar se eles se enquadram

em alguns dos casos de semelhança particulares.

Caso 1- Ângulo Ângulo (AA): Dois triângulos são semelhantes se possuírem dois

ângulos correspondentes congruentes.

Caso 2- Lado Lado Lado (LLL): Se dois triângulos possuem três lados proporcionais,

então esses dois triângulos são semelhantes. Portanto, não é necessário verificar os

ângulos.

Caso 3- Lado Ângulo Lado (LAL): Dois triângulos que possuem dois lados

proporcionais e o ângulo entre eles congruente são semelhantes.

Depois dessa explanação, peça que os alunos analisem novamente a figura 9 e

respondam a questão 8.

8. Em qual dos casos de semelhança, apresentados pelo professor, você

classificaria os triângulos da figura 4.4?

O próximo passo é construir a relação matemática para os lados correspondentes

proporcionais através da figura 4.6:

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Figura 4.6: Representação da imagem B'A' do objeto AB, seus tamanhos H e h e das

distâncias D e d obtida na câmara.

Comente que, como eles perceberam, na câmara escura houve a formação de dois

triângulos semelhantes, que tem um vértice em comum que fica bem no orifício e que

quando dois triângulos são semelhantes existe uma proporcionalidade entre seus lados

correspondentes.

Então temos que os tamanhos H e h, que são lados dos triângulos, são proporcionais

e então D e d que são as alturas desses triângulos devem apresentar a mesma razão de

proporção. Desta

Para continuar exemplificando o trabalho com triângulos, considere agora o espelho

plano representado na figura a 11 diante do qual se situa um objeto luminoso pontual P.

os raios luminosos PR e PQ incidem no espelho, respectivamente, normal e

obliquamente. O raio PR se refletirá sobre si mesmo, enquanto PQ dará origem a um

raio refletido obliquo em relação ao espelho.

Com base nessa figura peça que os alunos respondam a questão seguinte.

Figura 4.7: Espelho plano.

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9. Na figura 4.7 a imagem de P é P’ que é obtida pelo cruzamento dos

prolongamentos dos raios refletidos. Observando os dois triângulos

formados PQR e P’QR, aponte o eles tem em comum. Explique.

Busque por respostas do tipo: o lado QR é comum aos dois triângulos, tem ângulos

iguais e por aí vai.

Após as respostas comente com os alunos a figura apresentando suas características.

Como :

O lado QR pertence aos dois triângulos.

Q R = (alternos internos)

Q R = (correspondentes)

Mas como = (lei da reflexão) tem-se que Q R = Q R.

E Q P = Q P’ = ângulo reto.

Desta forma temos dois ângulos que são congruentes e um lado congruente. O que

garante que os triângulos são congruentes. Comente que quando dois triângulos são

congruentes são semelhantes e com razão de proporcionalidade um.

Lembre sempre de ressaltar que duas coisas (dois ângulos, dois lados) são

congruentes quando tem a mesma medida.

Como os triângulos são congruentes PR = P’R o que significa que a distância do

objeto ao espelho é igual a distância da imagem ao espelho.

Dificuldades mais prováveis: durante a realização da investigação algumas

dificuldades podem ser encontradas como o fato de nem todos os alunos caberem dentro

da câmara, o que depende do tamanho de caixa for usada, quanto maior a caixa melhor.

Durante as respostas os alunos podem apresentar problemas para entender as perguntas

ou construir respostas, além de alguns, em seus esboços, terem dificuldade de

representar raios de luz que condizem com o tamanho da imagem desenhada. O

professor não deve interferir nas respostas, mas pode reforçar que leiam bem as

questões e discutam em grupo sobre elas antes de respondê-las, pois a própria pergunta(

nesse caso a questão 5) instrui como o aluno deve proceder o esboço e a ordem para

montá-lo. Após a explanação sobre a semelhança de triângulos e responder a questão 8

é comum que os alunos queiram, na questão 9, classificar os triângulos quanto aos casos

de semelhança e não apontar e explicar o que eles tem em comum como é pedido.

Bibliografia utilizada na Investigação 4:

LUZ, A. M. R., Física em Contexto & Aplicações: ensino médio, 1ª ed., São Paulo,

Scipione, 2013.

OLIVEIRA, M. P. P., Física em contextos: pessoal, social e histórico: energia, calor,

imagem e som., 1ª ed., São Paulo, FTD, 2010, p. 313-318.

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VILLAS BOAS, N., DOCA, R. H., BISCUOLA, G. J., Física 2, 2ª ed., São Paulo,

Saraiva, 2013, p. 218.

SOUZA, J. R., Vontade de saber matemática, 9º ano, 2ª ed., São Paulo, FTD, 2012, p.

139-143.

Cinema na caixa (câmara escura - experimento de Física)- Movie in a box. Manual do

Mundo. Disponível em: http://www.manualdomundo.com.br/2012/05/cinema-na-caixa-

camara-escura/, visto em 29 de agosto de 2016.

Semelhança de Triângulos. Brasil escola. Disponível em:

http://brasilescola.uol.com.br/matematica/semelhanca-triangulos.htm.

Investigação 5: Medindo alturas

Objetivo: explorar a propagação retilínea da luz, usar os raios de luz para representar a

trajetória descrita pela luz, explorar o Teorema de Tales.

Elementos da geometria: retas paralelas, triângulos, semelhança de triângulos,

proporções, Teorema de Tales.

Equipamentos: isopor, cartolinas, tintas guache marrom, palitos de churrasco, palitos

de dente, barbante, papelão, papel ofício, dois tons de verde de papel crepom, pistola de

cola quente, bastão de cola de silicone, cola para isopor, réguas.

Construindo a maquete:

Para montar a base da maquete use uma placa de isopor de aproximadamente 50 cm

x 50 cm. Use o papel crepom mais claro para cobrir a placa de isopor usando a cola de

isopor. A base também poderia ser pintada com tinta guache de verde, mas o benefício

de usar o papel é a facilidade para reutilizar a placa de isopor.

Para a montagem da árvore:

Tronco: para montar o caule use o papelão. Desenhe no papelão 2 contornos

aproximados de um tronco de árvore com alguns galhos. Recorte-os. Em um dos

troncos faça um corte reto no meio do caule que começa na parte de cima e vai

até a metade do tronco. No outro tronco faça também um corte central só que

começando de baixo até o meio. Em seguida encaixe-os. Reforce o encaixe com

cola, espere secar e pinte o tronco com tinta guache marrom.

Copa da árvore: depois de o tronco secar, amasse o papel oficio deixando-o em

formato de bola. Cole a bola de papel no centro dos galhos do tronco. Recorte

algumas tiras de papel crepom dos dois tons de verde. Pegue as tiras de papel

crepom, amasse como se fosse formar bolinhas e cole com a cola de silicone

sobre a bola de papel do centro. Alterne entre os tons de verde para dar um

efeito bonito. Preencha toda a bola central e uma parte dos galhos até conseguir

um bom volume.

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Fixando a árvore: para fixar árvore na base de isopor cole, com cola quente,

palitos de dente por entre os buraquinhos do papelão na parte de baixo da árvore.

Assim a árvore poderá ser colocada e removida com facilidade do isopor sem a

necessidade de colá-la.

Figura 5.1: Maquete montada. A foto foi tirada após a maquete ter sido usada, por isso as

marcas da sombra.

Desenvolvimento: Após confeccionar a maquete de uma árvore em uma superfície

plana como mostrada na da figura 5.1.

Figura 5.2: Maquete.

Escolher um dia de sol para marcar a sombra da árvore com palitos de churrasco

pintando com tinta guache a sombra projeta na superfície do isopor. Se possível faça

isso acompanhado dos alunos e peça que um deles marque a sombra.

Feito isso use barbantes para demonstrar os triângulos formados, como ilustrado na

figura 5.2.

Aproveite o momento para questionar aos alunos sobre o que os triângulos formados

teriam de semelhante.

Feito isso, o próximo passo é medir, juntamente com os alunos, com régua a sombra

da árvore, a altura da vareta e sua sombra. Ressalte que os raios de Sol que atinge a

Terra são paralelos.

Após essas etapas peça que os alunos respondam as questões 1 e 2.

1. É possível descobrir a altura da árvore da maquete sem medi-la

diretamente? Qual a sua sugestão?

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2. Antes de fazer qualquer medida, explique o que justifica a formação das

sombras da árvore e da vareta?

Em seguida, apresente aos alunos o Teorema de Tales no quadro:

Figura 5.3: Retas paralelas a, b e c interceptadas pelas transversais r e r’. Fonte:

http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/matematica/teorema-tales.htm.

Se um feixe de retas paralelas é intersectado por duas retas transversais então

os segmentos determinados pelas paralelas sobre as transversais são proporcionais.

Agora, peça que eles respondam a questão de número 3, onde eles terão que

identificar quais são os feixes de retas paralelas e quais são as retas transversais.

Observe os desenhos dos alunos, mas não interfira.

Comente com os alunos que este teorema foi desenvolvido pelo filósofo, astrônomo e

matemático grego Tales de Mileto (624 a.C.- 558 a.C.) e, por isso, recebe esse nome.

Conte a eles sobre a lenda de que Tales usou ou desenvolveu o teorema a partir de um

experimento realizado através da observação de uma sombra de uma das pirâmides do

Egito, pirâmide Quéops. A partir disso, ele conseguiu calcular sua altura com base na

sombra que ela projetava e da sombra projetada por uma estaca.

3. Na figura abaixo, tente identificar quais retas formam o feixe de retas

paralelas e quais são as retas transversais mencionadas na definição do

Teorema de Tales.

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Figura 5.4: Maquete com raios solares.

Figura 5.5: Maquete com os raios solares.

A partir da imagem 5.5 peça que os alunos observem que os raios solares que

chegavam à Terra estão na posição inclinada e são paralelos. Então os triângulos

formados pelas alturas, tamanhos das sombras e os raios solares são semelhantes, dessa

forma, existe uma proporcionalidade entre as medidas da sombra e da altura dos

objetos:

Ou

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Após isso, peça que respondam a questão 4.

4. Realize os cálculos de proporções com os valores medidos e depois compare

com a altura verdadeira da árvore representada.

Dificuldades mais prováveis: durante a realização da investigação uma dificuldade

possível de ser enfrentada está em conseguir marcar as sombras na maquete em um dia

de sol. Isso pode surgir pelo horário da aula da turma, como no caso de uma turma

noturna. Para combater esse empecilho o professor pode já levar a marcação da sombra

feita e explicar por que e como foi feito ou, usar uma outra fonte de luz como uma

lâmpada, mas neste caso é necessário explicar o porquê de se fazer isso e apontar as

diferenças entre a fonte de luz Sol e lâmpada já que as questões da atividade tratam de

raios solares.

Bibliografia utilizada na Investigação 5:

SOUZA, R. V. S., GOIS, A. M. D., Maquetes, o caminho para a compreensão do

teorema fundamental da semelhança de triângulos em situações problemas. Disponível

em:http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/cadernospde/pdebusca/producoes_pde

/2012/2012_uenp_mat_artigo_rosangela_vitorino_de_souza.pdf.

PAULA, E., FERNANDES, F. C. R., Educação matemática pela contextualização com

a astronomia, XIII Encontro Latino Americano de Iniciação Científica e IX Encontro

Latino Americano de Pós- Graduação- Universidade do Vale do Paraíba. Disponível

em: http://www.inicepg.univap.br/cd/INIC_2009/anais/arquivos/RE_0976_1429_01.pdf

SOUZA, J. R., Vontade de saber matemática, 9º ano, 2ª ed., São Paulo, FTD, 2012, p.

126-134.

Teorema de Tales. Mundo Educação. Disponível em:

http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/matematica/teorema-tales.htm.

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Bibliografia utilizada:

FIGUEIREDO, A.; PIETROCOLA, M. Luz e cores- Física um outro lado, FTD, São

Paulo, 2000.

GEWANDSZNAJDER, F. Projeto Teláris: Ciências- 9º ano, 1ª ed., Ática, São Paulo,

2012.

LUZ, A. M. R. Física em Contexto & Aplicações: ensino médio, 1ª ed., São Paulo,

Scipione, 2013.

SOUZA, J. R.de, Vontade de saber matemática, 8º ano, 2ª ed.,FTD, São Paulo, 2012.

Retas. Mundo Educação, Disponível em:

http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/matematica/retas.htm, acesso em: junho de 2017.

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Material do Aluno

Com o intuito de facilitar as atividades do professor, montamos roteiros das

investigações destinadas aos alunos. Neles constam os questionários a serem

respondidos pelos alunos nas investigações.

O que vamos fazer?

Através de investigações simples vamos construir conceitos de geometria e óptica

geométrica. Vamos explorar temas como a propagação da luz, espelhos planos, a

semelhança de triângulos e o teorema de Tales que são muito usados para construir

relações métricas.

Mas antes vamos ter uma conversa...

Imaginem um diálogo com a luz e acompanhe a entrevista abaixo:

- Como você se chama?

- Luz, somente luz; no entanto, tenho vários apelidos...

- Que apelidos você tem?

- Essa é uma história um pouco longa... Mas vou tentar contá-la.

- Conte-me então.

- Tudo começou no primeiro dia, aliás, em plenas trevas... Já no final desse mesmo

dia, fui criada. Desde esse momento, sai por aí, refletindo, refratando, espalhando e

fazendo muito mais...

-Mas como você é capaz disso tudo, se é invisível?Quem é você? O que você é?

- Pois é... Já alaram bastante a meu respeito. Muitos, inclusive, discordam da minha

invisibilidade. Mas há uma verdade: só é possível acompanhar o meu rastro quando

existe algo no meu caminho.

- Como assim?

- É simples: quando saio do farol de um carro, num dia de chuva, só se vê o meu

facho porque as gotículas de água me refletem, isto é, me atrapalham. Só é possível ver

meu trajeto quando parto do farol de uma torre porque as partículas de poeira, em

suspensão, se colocam no meu caminho, desviando-me para todos os lados.

-Ah, entendi... Continue sua história.

- No inicio, os homens pré- históricos não estavam muito interessados nisso. Depois,

no século XVII, travou-se uma grande discussão acerca da minha natureza. Uns diziam

que eu constituiria em pequenas partículas porque, ao incidir em um espelho, era

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refletida como uma bola de bilhar em uma mesa. Outros diziam que eu era onda, pois

alguns fenômenos luminosos apresentam características de ondas, como o som

produzido por cordas e membranas.

- Quer dizer então que você é uma onda?

-Bem, essa foi a conclusão dos cientistas até o final do século passado. Na verdade,

as pesquisas no início desse século apontaram novamente para a minha natureza

corpuscular.

-E, no final das contas, o que você é?

-Não posso responder, pois só é possível ao homem penetrar minha essência através

dos conceitos e das teorias que ele cria. A natureza representa um grande desafio à

capacidade humana de compreensão. Os debates e as discussões entre os cientistas são

decorrência dessa tentativa de entender minha essência.

-Isso quer dizer que a Ciência não chegou a uma conclusão definitiva sobre sua

natureza? Algumas vezes é vista como onda, outras como partícula?

-É, parece que você entendeu o espírito da situação. Hoje, para a Ciência, sou algo

com duas faces: uma ondulatória e outra particular. Talvez amanhã cheguem a outra

imagem sobre minha natureza. Por enquanto, me apresento com essa dupla identidade,

como um agente secreto.

Fonte do texto: FIGUEIREDO, A.; PIETROCOLA, M. Luz e cores- Física um outro lado,

FTD, São Paulo, 2000.

Investigação 1: Como a luz pode ser representada por raios.

Fonte: adaptado de Active Learning in optics and photonics, 2006.

Lembre: A investigação será realizada em grupo, mas as respostas deverão ser dadas

individualmente.

Depois de visualizar a lâmpada através do tubo de PVC, responda:

1. Que figura geométrica o cordão faz nesse momento? Uma reta ou uma

curva?

________________________________________________________________

________________________________________________________________

2. Se o tubo for girado levemente para a direita ou para esquerda, mudaria a

forma do cordão? Neste caso é possível observar a luz proveniente da

lâmpada?

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________________________________________________________________

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3. Com base na questão anterior, como a luz se propaga, como uma reta

acompanhando o cordão esticado ou uma curva?

________________________________________________________________

________________________________________________________________

4. No diagrama da figura 1 esboce 5 raios de luz que começam no bulbo da

lâmpada e vão até os pontos de 1 a 5. Compare com o de seus colegas.

Figura 1: Esquema de disposição da lâmpada e dos alunos.

5. Descreva esses raios em palavras. Como eles são desenhados à medida que

a distância ao filamento aumenta?

________________________________________________________________

________________________________________________________________

________________________________________________________________

________________________________________________________________

Depois de ver como a luz do laser se propaga, responda:

6. Você pode ver o feixe de laser bem sem o pó de giz no ar? Por que o pó de

giz torna o feixe mais visível? O que você viu foi a luz proveniente

diretamente do laser ou tem mais alguma coisa acontecendo?

________________________________________________________________

________________________________________________________________

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________________________________________________________________

7. Aponte as diferenças que você identificou entre a luz do laser e a da

lâmpada e a forma como elas atravessam a sala.

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8. Quais as diferenças entre as respostas de seus colegas e a sua?

________________________________________________________________

________________________________________________________________

9. Com base em suas observações, esboce alguns raios deixando o laser no

esquema da figura 2.

Figura 2: Esquema de disposição do laser e dos pontos.

10. Você espera que o feixe do raio laser passe pelo ponto 1, 2, 3 ou em

nenhum? Qual a diferença entre os raios que você desenhou neste esboço e

no anterior?

________________________________________________________________

________________________________________________________________

________________________________________________________________

______________________________________________________________

11. Você acha que existem outras situações nas quais os raios podem ser

representados como os saídos de um laser? Imagine um feixe de luz solar

que atinge a Terra, ele seria constituído de raios luminosos semelhantes aos

da lâmpada ou do laser?

________________________________________________________________

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________________________________________________________________

________________________________________________________________

Investigação 2: Você sempre vê as reflexões em espelhos?

Fonte: adaptado de ROBERTO, 2009.

Lembre: A investigação será realizada em grupo, mas as respostas deverão ser dadas

individualmente.

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Após observar a situação montada, o espelho coberto e a lâmpada e depois de

escolher os colegas voluntários, vamos responder algumas questões:

1. Você acha que a luz reflete no espelho? O que te faz achar isso?

___________________________________________________________________

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___________________________________________________________________

2. O que o seu grupo acha? Escreva as ideias que o grupo elaborou que sejam

diferentes das suas.

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

3. Após o espelho ser descoberto, qual dos três estudantes poderá ver o reflexo

da lâmpada no espelho?

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

Depois de descobrir o espelho e observar o que acontece, responda:

4. Qual dos estudantes foi capaz de ver o reflexo da lâmpada? O que

aconteceu está de acordo com o que você esperava? Se não, explique o

porquê?

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___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

5. Desenhe os raios de luz que expliquem o que foi observado.

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Figura 2.1: Esquema de montagem.

6. Ao trocar de posição a lâmpada (objeto) e o aluno (observador) você

observou que ainda é possível ver o reflexo da lâmpada? E o reflexo da

lâmpada está novamente circunscrita? Como você explicaria isso?

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

__________________________________________________________________

Investigação 3: Como a luz é refletida em um espelho?

Fonte: adaptado de ROBERTO, 2009.

Lembre: A investigação será realizada em grupo, mas as respostas deverão ser dadas

individualmente.

Seu grupo recebeu um conjunto de materiais, mas antes de usá-los responda as

questões 1 e 2.

1. A figura 3.1 mostra um raio de luz incidindo com um ângulo de 45° em um

espelho plano. Como é o raio refletido? Desenhe a sua resposta.

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Figura 3.1: Esquema para um raio de luz incidindo sobre um espelho.

2. O que os seus colegas de grupo acham? Quais ideias deles que são diferentes

da sua?

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

Agora sim vamos usar aqueles materiais. Faça sua representação da figura 3.1

sobre o papel milimetrado, nele já existem as marcações necessárias. Meça o ângulo

usando o transferidor. Se sentir dúvida em como medir usando o transferidor

consulte seus colegas de grupo, caso eles não possam te ajudar chame então o

professor.

3. Incida um feixe de luz com um ângulo de 45° com o espelho. O que você

observou? Aconteceu o que você imaginava?

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___________________________________________________________________

4. Como a luz se reflete no espelho? Explique com uma frase.

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5. O que acontece se o ângulo de incidência for mudado? Por exemplo, quando

for 30° ou 60°?

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6. Na imagem abaixo quatro raios de luz incidem em quatro espelhos. Como

são os raios refletidos? Desenhe sua ideia.

Figura 3.2: Esquema para reflexão de feixes de luz incidente em espelhos planos.

7. Os desenhos dos seus colegas de grupo são diferentes do seu? Em que?

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Investigação 4: Câmara Escura de Orifício

Lembre: A investigação será realizada em grupo, mas as respostas deverão ser dadas

individualmente.

E aí, você viu a Câmara Escura de Orifício? Experimentou entrar nela?

A câmara escura de orifício é uma ferramenta óptica muito antiga desenvolvida pelo

árabe Alhazen para acompanhar eclipses solares, mas que ao longo da história ela

também foi usada por pintores e desenhistas para copiar paisagens. Ao longo da história

já se construíram câmaras escuras de vários tamanhos inclusive do tamanho de quartos

inteiros, as chamadas salas escuras, mas só no final do século XVII foram construídas

as primeiras câmaras escuras portáteis.

Uma câmara escura de orifício é basicamente uma caixa ou sala completamente

escura onde a comunicação com o meio exterior se dá apenas por um pequeno orifício,

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daí vem o seu nome. Na parede oposta é fixado um tecido ou papel branco para

funcionar como uma espécie de tela onde são projetadas as imagens.

Agora responda algumas questões:

1. O que você poderia dizer sobre a imagem projetada dentro da caixa? Quais

as características você poderia citar?

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___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

2. Tente explicar como a imagem é projetada na folha.

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3. Para você o que explica o fato de a figura projetada ser semelhante ao

corpo considerado na forma e em colorido, mas apresentar-se invertida em

relação ao corpo?

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4. A figura abaixo ilustra uma situação semelhante à presenciada no

experimento prático. Temos então, uma câmara escura de orifício

direcionada para uma vela. A imagem da vela será projetada na superfície

oposta ao orifício. Desenhe como seria a figura da vela projetada no lado

oposto ao orifício da câmara segundo sua experiência.

Figura 4.1: Ilustração de câmara escura de orifício.

5. Cada ponto de um objeto emite luz em todas as direções, mas para

determinar a posição da figura da vela projetada na câmara é suficiente

traçar apenas alguns raios de luz que partem do objeto, passam através do

orifício incidindo na parede oposta. Desenhe, na figura abaixo, alguns raios

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de luz que partam da vela, atravessem o orifício e que formem a projeção

segundo sua previsão.

Figura 4.1: Ilustração de câmara escura de orifício.

6. Todos os seus colegas desenharam a figura projetada e os raios da mesma

forma que você? Quais foram as diferenças?

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Agora sua professora deve ter te entregue ou mostrado algumas figuras que

mostram como os raios de luz formam a imagem projetada na câmara. Essas figuras

são as figuras 4.3 e 4.4, com base nelas responda as questões 7 e 8.

7. Na figura 4.4 os raios de luz que emanam da vela e chegam até a parede da câmara

formam dois triângulos, o triângulo ABO e o triângulo A’B’O, você tinha

percebido? Você seria capaz de apontar o que esses dois triângulos tem em

comum?

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8. Em qual dos casos de semelhança, apresentados pelo professor, você

classificaria os triângulos da figura 4.4?

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9. Na figura 4.7 a imagem de P é P’ que é obtida pelo cruzamento dos

prolongamentos dos raios refletidos. Observando os dois triângulos

formados PQR e P’QR, aponte o eles tem em comum. Explique.

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Figura 4.2: Espelho plano.

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Investigação 5: Medindo alturas

Lembre: A investigação será realizada em grupo, mas as respostas deverão ser dadas

individualmente.

Temos um problema que precisamos resolver! Sabe essa maquete que o professor

mostrou, precisamos medir a altura daquela árvore, mas não podemos medi-la

diretamente com a régua. Mas antes responda:

1. É possível descobrir a altura da árvore da maquete sem medi-la

diretamente? Qual a sua sugestão?

2. Antes de fazer qualquer medida, explique o que justifica a formação das

sombras da árvore e da vareta?

O teorema que seu professor apresentou foi desenvolvido pelo filósofo, astrônomo e

matemático grego Tales de Mileto (624 a.C.- 558 a.C.) e, por isso, recebe esse nome.

Diz a lenda de que Tales usou ou desenvolveu o teorema a partir de um experimento

realizado através da observação de uma sombra de uma das pirâmides do Egito,

pirâmide Quéops. A partir disso, ele conseguiu calcular sua altura com base na sombra

que ela projetava e da sombra projetada por uma estaca.

Associando o que você do teorema de Tales com a figura 5.1, responda:

3. Na figura abaixo, tente identificar quais retas formam o feixe de retas

paralelas e quais são as retas transversais mencionadas na definição do

Teorema de Tales.

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Figura 5.1: Maquete com raios solares.

Foi montada uma relação de proporção entre alturas da árvore e da vareta e o

tamanho da sombra da vareta, agora use essa relação para descobrir a altura da árvore.

4. Realize os cálculos de proporções com os valores medidos e depois compare

com a altura verdadeira da árvore representada.

Tamanho as sombra da árvore:______

Tamanho da sombra da vareta:______

Altura da vareta:______

Altura da árvore:______