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POTENCIAL DE REAPROVEITAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS ORGÂNICOS EM UMA INSTITUIÇÃO DE ENSINO POR MEIO DA COLETA SELETIVA Priscila Motté Costa, Jacqueline Rogéria Bringhenti, Adriana Marcia Nicolau Korres Engenharia Sanitária e Ambiental Campus Vitória Instituto Federal do Espírito Santo - Ifes [email protected], [email protected], [email protected] Resumo - No Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia, Campus Vitória, servidores e alunos geram resíduos sólidos orgânicos. A destinação destes resíduos no meio ambiente gera consequências como perda de nutrientes, atração de vetores e doenças, maior volume em aterros sanitários. O objetivo deste trabalho foi realizar um levantamento dos setores que geram resíduos sólidos orgânicos durante a jornada de trabalho e estimular a coleta seletiva desses resíduos para futura aplicação na compostagem no Ifes, Campus Vitória. Um questionário foi passado nos diferentes setores no sentido de levantar a produção de resíduos orgânicos. Foram visitados 26 setores em diferentes setores, dos quais 85% consomem alimentos no local de trabalho gerando resíduos sólidos orgânicos, sendo 67% diariamente e 18% raramente. O hábito de preparar café no setor de trabalho foi relatado por 96% dos setores que geram resíduos diariamente e por 80% dos que geram raramente. Panfletos para levantar o interesse e conhecimento prévio do colaborador sobre a problemática da geração dos resíduos sólidos orgânicos e como agir em relação ao tema foram preparados. Todos os setores visitados mostraram interesse em colaborar e obter informações sobre o projeto e pelo tema compostagem, mesmo aqueles que não geram resíduos orgânicos. Palavras-chave: Compostagem, resíduos sólidos orgânicos, ambiente escolar, coleta seletiva. Abstract - In Federal Institute of Education, Science and Technology, Victoria Campus, servers and students generate organic solid waste. The disposal of these wastes in the environment generates consequences such as loss of nutrients, attraction of vectors and diseases, higher volume in landfills. The aim of this study was to survey the sectors that generate organic solid waste during the workday and encourage the collection of

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POTENCIAL DE REAPROVEITAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS ORGÂNICOS EM UMA INSTITUIÇÃO DE ENSINO POR MEIO DA

COLETA SELETIVA

Priscila Motté Costa, Jacqueline Rogéria Bringhenti, Adriana Marcia Nicolau Korres

Engenharia Sanitária e AmbientalCampus Vitória

Instituto Federal do Espírito Santo - Ifes

[email protected], [email protected], [email protected]

Resumo - No Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia, Campus Vitória, servidores e alunos geram resíduos sólidos orgânicos. A destinação destes resíduos no meio ambiente gera consequências como perda de nutrientes, atração de vetores e doenças, maior volume em aterros sanitários. O objetivo deste trabalho foi realizar um levantamento dos setores que geram resíduos sólidos orgânicos durante a jornada de trabalho e estimular a coleta seletiva desses resíduos para futura aplicação na compostagem no Ifes, Campus Vitória. Um questionário foi passado nos diferentes setores no sentido de levantar a produção de resíduos orgânicos. Foram visitados 26 setores em diferentes setores, dos quais 85% consomem alimentos no local de trabalho gerando resíduos sólidos orgânicos, sendo 67% diariamente e 18% raramente. O hábito de preparar café no setor de trabalho foi relatado por 96% dos setores que geram resíduos diariamente e por 80% dos que geram raramente. Panfletos para levantar o interesse e conhecimento prévio do colaborador sobre a problemática da geração dos resíduos sólidos orgânicos e como agir em relação ao tema foram preparados. Todos os setores visitados mostraram interesse em colaborar e obter informações sobre o projeto e pelo tema compostagem, mesmo aqueles que não geram resíduos orgânicos.

Palavras-chave: Compostagem, resíduos sólidos orgânicos, ambiente escolar, coleta seletiva.

Abstract - In Federal Institute of Education, Science and Technology, Victoria Campus, servers and students generate organic solid waste. The disposal of these wastes in the environment generates consequences such as loss of nutrients, attraction of vectors and diseases, higher volume in landfills. The aim of this study was to survey the sectors that generate organic solid waste during the workday and encourage the collection of these wastes for future application in composting at IFES, Victoria Campus. A questionnaire answered by workers in different sectors in order to raise the production of organic waste. 26 sectors were visited in different sectors, of which 85% consume food at work generating solid organic waste, 67% daily and 18% rarely. The habit of making coffee was reports by sector work was reported by 96% of the sectors that generate waste daily and 80% of those who rarely generate. Informative flyers to raise interest and prior knowledge of the employee on the issue of maintenance of organic solid waste and how to act in relation to the theme were prepared. All sectors visited expressed interest in collaborating and receive information about the project and the theme composting, even those that do not generate waste organic.

Key-words: Composting, organic solid waste, school environment, selective collection.

INTRODUÇÃODurante o dia, o ser humano gera resíduos sólidos orgânicos que podem atrair moscas,

ratos, baratas e formigas, aumentando assim a probabilidade de transmissão e dispersão de várias doenças; além de fazer volume em aterros sanitários quando os resíduos são destinados a estes.

Tal problemática incentivou alunos e professores de instituições de ensino a realizarem projetos científicos, tais como este, que, segundo Lopes e Barros, “sistematizam informações

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que vem instruindo procedimentos relativos à gestão – e possível aproveitamento – dos resíduos orgânicos gerados por esses estabelecimentos” [1]. A Universidade de São Paulo desenvolve o projeto “USP Recicla” [2], que tem como objetivo principal estimular ações voltadas à minimização de resíduos, conservação do meio ambiente, melhoria da qualidade de vida e formação de recursos humanos. Outro exemplo foi desenvolvido pelo Instituto Federal do Piauí, onde Nascimento et al (2010) relatam a estruturação de um núcleo de estudos agroecológicos que visa, dentre outros objetivos, estimular o uso de materiais orgânicos na produção de composto e vermicomposto na Escola [3]. Santos e Fehr (2007) também relatam o uso de resíduos sólidos urbanos na produção de composto orgânico e na educação ambiental de escolas no município de Araguari (MG) com sucesso [4].

O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Espírito Santo, Ifes, campus Vitória, o mais antigo da rede, oferece cursos em diferentes modalidades a cerca de 4.000 alunos. Conta com uma equipe de aproximadamente 180 servidores técnicos administrativos e 300 professores. Este cenário se enquadra nos requisitos de ações de sustentabilidade no que se refere ao número de colaboradores para a execução de uma atividade de coleta seletiva de resíduos sólidos orgânicos e compostagem.

O termo compostagem está associado ao processo de tratamento dos resíduos orgânicos sejam eles de origem urbana, industrial, agrícola e/ou florestal. Definida como um processo aeróbio controlado, desenvolvido por uma população diversificada de micro-organismos, efetuada em duas fases distintas: a primeira quando ocorrem as reações bioquímicas mais intensas, predominantemente termofílicas; e a segunda ou fase de maturação, quando ocorre o processo de humificação [5].

O termo composto orgânico pode ser aplicado ao produto compostado, estabilizado e higienizado, que é benéfico para a produção vegetal [6]. A compostagem é a decomposição de materiais orgânicos, que ocorre naturalmente no ambiente; porém, pode ser desenvolvida pelo homem com vistas a acelerar o processo de degradação desses materiais, largamente produzidos na sociedade atual.

A compostagem caseira é uma alternativa viável para a redução desse volume de lixo orgânico. O processo de compostagem não se limita apenas à adição e mistura de materiais orgânicos em pilhas, mas envolve a escolha dos materiais, seleção do sistema de compostagem, o local onde será realizado, bem como a disponibilidade desses materiais para que o processo se complete. O objetivo é transformar a matéria orgânica em questão em adubo orgânico natural, sem adição de produtos químicos. Dessa forma, os nutrientes dos alimentos são reaproveitados e devolvidos ao meio ambiente, e o volume em aterros sanitários é reduzido.

Além dos benefícios para o meio ambiente, há a questão da salubridade do meio. Já que há menor volume de lixo nos aterros, há também menor volume de lixo nos ambientes de trabalho, pois a coleta seletiva é realizada para o uso dos resíduos orgânicos no processo de compostagem. Assim, moscas, ratos, baratas e outros animais que podem transmitir doenças, não são atraídos para estes locais. Os resultados são sempre favoráveis tanto ao meio ambiente quanto à saúde da população que pratica a coleta de resíduos sólidos orgânicos para a compostagem. Este trabalho teve como objetivo sensibilizar e informar a comunidade de servidores e estudantes sobre a coleta seletiva de resíduos sólidos orgânicos e sobre o processo de compostagem, bem como coletar dados sobre os setores geradores de resíduos sólidos orgânicos no Campus e, futuramente, aplicar a compostagem caseira no Ifes, Campus Vitória. Além de estimular os possíveis colaboradores a Pensar e Agir em relação à compostagem caseira, via panfletos provocativos e informativos.

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METODOLOGIAComo estratégia para se atingir os objetivos traçados, foi desenvolvido um estudo de

caso no Campus Vitória, do Ifes, envolvendo etapas de diagnóstico (quais setores da Instituição geram resíduos sólidos orgânicos no horário de trabalho), coleta de dados (a partir de visitas feitas aos diversos setores da Instituição, seguidas do preenchimento de um questionário elaborado anteriormente), sensibilização e informação sobre o tema aos possíveis colaboradores (através do planejamento e divulgação de panfletos confeccionados utilizando-se o programa computacional Microsoft Word e no site Glogster beta, http://www.glogster.com/). (Figura 1)

Figura 1: Ações desenvolvidas para diagnóstico de setores geradores de resíduos e sensibilização/informação dos participantes da coleta seletiva de resíduos sólidos orgânicos no Ifes, Campus Vitória.

Os dados obtidos serão de importância para o planejamento, implantação, operação e estudos de composteiras caseiras no Campus Vitória.

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Inventário dos setores geradores de resíduos sólidos orgânicos na Instituição. Através de visitas aos demais setores da Instituição, seguidas de preenchimento de um questionário-diagnóstico previamente elaborado, foram identificados os setores geradores de resíduos sólidos orgânicos e os servidores interessados em participar da coleta seletiva destes resíduos, entre os meses de outubro/2012 e fevereiro/2013. Estes setores foram mapeados por meio de entrevistas com docentes, técnicos administrativos e demais colaboradores da Instituição em seus locais de trabalho. Durante estas visitas os responsáveis dos diversos setores foram informados sobre o projeto e seus objetivos e convidados a colaborar respondendo ao questionário e atuando como multiplicador de informações aos demais servidores e professores.

Durante as visitas foram coletados dados sobre os hábitos de consumo de materiais orgânicos durante o expediente de trabalho. Tais dados permitiram conhecer os tipos de materiais e suas fontes geradoras, considerando as especificidades dos diferentes ambientes analisados, que serão utilizados futuramente na montagem e operação de composteiras no Campus.Tais dados permitiram conhecer os tipos de materiais e suas fontes geradoras, considerando as especificidades dos diferentes ambientes analisado, que serão utilizados futuramente na montagem e operação de composteiras no Campus.

Sensibilização e informação. O planejamento e a elaboração de material para divulgação do projeto, bem como para o levantamento do interesse e do conhecimento prévio dos possíveis colaboradores, constitui o início das ações de sensibilização e informação.Os panfletos criados tem caráter provocativo/informativo, foram confeccionados utilizando-se a ferramenta Glogster beta (disponível em http://www.glogster.com/), divididos nas fases de “Pensar” e “Agir”.

RESULTADOSCom os dados obtidos nos questionários respondidos em cada visita, foi feita uma

análise, através de médias, visando atingir os objetivos traçados. Assim, podemos dizer teoricamente, que o Ifes, Campus Vitória, tem potencial para iniciar futuramente o processo de coleta seletiva de resíduos sólidos orgânicos a fim de alimentar composteiras caseiras e obter dados estatísticos, como por exemplo da redução de volume em aterros sanitários.

O questionário-diagnóstico foi aplicado em 26 diferentes setores da Instituição, os quais foram classificados como Área de Ensino, Área de Atendimento ao aluno/servidores e Área Administrativa. (Figura 2).

Figura 2: Áreas dos setores que geram resíduos sólidos orgânicos no Ifes, Campus Vitória.

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Do total de setores visitados, 85% relatou consumir alimentos no local de trabalho, gerando resíduos sólidos orgânicos, sendo que 67% geram os resíduos diariamente e 18% raramente.

O hábito de preparar café no setor de trabalho foi relatado por 96% dos setores que geram resíduos diariamente e por 80% dos setores que geram raramente, sendo que esta prática é uma fonte de matéria orgânica para a compostagem. A borra de café é um material que pode vir a compor a pilha de compostagem por apresentar conteúdo de matéria orgânica e nutrientes em quantidade suficiente o que é importante para o estímulo e sustentação do crescimento de micro-organismos, responsáveis principais pelo processo de decomposição da matéria orgânica [7]. (Tabela 1).

Tabela 1. Geração de resíduos sólidos orgânicos, dentre os 26 setores visitados no Campus Vitória, e o respectivo preparo de café.

Geração de resíduos sólidos orgânicos

Diariamente Raramente Não geram

Setores que geram residuos sólidos orgânicos

67% 18% 15%

Setores que preparam de café 96% 80% -

A maioria dos setores visitados (81,5%) tem refrigerador em suas dependências, o que facilitaria o acondicionamento dos resíduos para posterior coleta. Embora quatro setores (14,8%) declararam não consumir alimentos no local e, por isso, não gerar resíduos orgânicos, todos demonstraram interesse no projeto desenvolvido e gostariam de colaborar de alguma maneira. Esse interesse reforça o intuito deste trabalho, que visa envolver a comunidade na coleta seletiva e na compostagem dos resíduos orgânicos gerados no local de trabalho. Este tipo de abordagem remete à pesquisa participativa que, segundo Thiollent, reforça a comunicação entre o pesquisador e o grupo participante, estimulando a alteração de hábitos e comportamentos [8]. A prática de seleção de resíduos orgânicos nos setores de trabalho torna o colaborador um agente da prática ambientalmente correta e ainda o estimula a multiplicar a consciência ao repetir as ações em seu lar e em outros ambientes que frequenta.

Das pessoas entrevistadas nos setores geradores de resíduos, 23 (92%) demonstraram interesse em receber informações do andamento do projeto via e-mail, enquanto uma pessoa (4%) demonstrou interesse em receber informações via material impresso e apenas uma (4%) gostaria de receber as informações via o informativo oficial da Instituição (Notícias do Ifes), de circulação semanal. Acredita-se que a comunicação via e-mail é uma via direta com o colaborador, o que estimula o interesse, o acompanhamento e a participação no projeto. Além disso, a escolha por esta forma de comunicação demonstra consciência de preservação ambiental, uma vez que evita o gasto com papel, ação favorável ao meio ambiente.

Dois panfletos constituem a fase “Pensar”, que visou estimular o interesse da comunidade escolar sobre o tema ao questionar o consumo, a geração, os malefícios dos resíduos não reciclados e uma possível solução para tal problemática: a compostagem caseira. (Figura 2). Além disso, a fase “Pensar” passa informações sobre os benefícios da coleta seletiva como reduzir o volume em aterros sanitários, fazendo com que estes tenham maior vida útil; forneçam condições de fertilidade ao solo através dos produtos da compostagem caseira; entre outros. (Figura 3). Foram também criados dois panfletos constituindo a fase “Agir”, no qual o primeiro aborda o que é compostagem caseira, como decorre o processo e os resíduos que podem ser utilizados neste. (Figura 4). Já o segundo aborda dados estatísticos sobre o lixo total produzido no Brasil, as destinações deste, a porcentagem desse lixo total em

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resíduos sólidos orgânicos e o que é reciclado. Além de mostrar opções para transformar o lixo orgânico em adubo para plantas – compostagem caseira. (Figura 5).

O início da veiculação dos panfletos provocativos/informativos (Figuras 2, 3, 4 e 5) a se deu durante a Semana do Meio Ambiente no Campus Vitória, entre os dias 18 e 21 de Junho de 2013.

Figura 3: Panfleto “Pensar 1”

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Figura 4: Panfleto “Pensar 2”

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Figura 5: Panfleto “Agir 1”

Figura 6: Panfleto “Agir 2”

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Além dos panfletos, durante a Semana do Meio Ambiente, foi realizada uma mostra de composteiras caseiras e o material orgânico produzido pelo processo de compostagem para que o visitante tivesse seus conhecimentos ampliados sobre o tema e fosse incentivado a participar devido à facilidade de execução do processo. (Figuras 7 e 8).

Figura 7: Exposição de composteiras caseiras na Semana do Meio Ambiente. À esquerda composteira utilizada em residência voluntária neste projeto para apuração de dados e à direita composteira feita de garrafa pet por alunos do 6º período, durante aula

experimental da disciplina de Biotecnologia Ambiental do curso de Engenharia Sanitária e Ambiental.

Figura 8: Adubo orgânico e chorume resultantes do processo de compostagem caseira.

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DISCUSSÃO E CONCLUSÕESConsiderando-se o caráter contínuo da produção de resíduos por uma população, torna-

se imperativo a sensibilização da comunidade no sentido de realizar a coleta seletiva e a destinação de resíduos sólidos orgânicos para áreas e projetos de compostagem [9]. Por outro lado, a prática dos conhecidos 3Rs de Reduzir, Reutilizar e Reciclar consegue resumir o caráter preventivo da geração de resíduos. Segundo Sudan et al (2007) [10], ao invés de reciclar materiais, é mais sustentável reduzir a produção, o consumo e o desperdício.

Portanto, pode-se concluir que é viável a implantação de uma composteira caseira no Ifes, Campus Vitória, pela disponibilidade de espaço, pela presença de grande extensão de áreas ajardinadas e possibilidade de implantação de uma horta, mas principalmente pela geração de resíduos sólidos orgânicos por grande parte da comunidade de servidores existentes, conforme identificado no inventário de resíduos realizado. Torna-se, assim, um método importante para o aproveitamento desses resíduos, reduzindo seu envio a aterros sanitários, diminuindo o risco de atração de animais transmissores de doenças dentro da própria Instituição, além de funcionar como instrumento de educação ambiental para alunos, servidores e comunidade.

AGRADECIMENTOSDeixo expressos meus sinceros agradecimentos ao Instituto Federal de Educação,

Ciência e Tecnologia do Espírito Santo, por oferecer uma bolsa de incentivo para realização do projeto de iniciação científica em questão. Bem como aos servidores do Campus Vitória, por colaborarem na coleta de dados, nos recebendo e cedendo tempo de trabalho para responder ao questionário durante a visita; pelo interesse em receberem informações durante o período de realização do projeto a fim de participarem de uma futura coleta seletiva de resíduos sólidos orgânicos para alimentar composteiras caseiras e alcançar uma Instituição mais salubre e com jardins férteis.

REFERÊNCIAS[1] LOPES, C.; BARROS, R. Aspectos da gestão de resíduos sólidos orgânicos de cantinas e

restaurantes no campus Pampulha da UFMG (Belo Horizonte/Brasil). Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) – campus Pampulha – DESA.

[2] SUDAN, D. C.; OLIVEIRA, E. S.; FRÖNER, I. C.; SILVA, J. A.; DEPIRO, M. A. S. Resíduos Sólidos Recicláveis. Pág. 24 – 42. In: Sudan, D. C.; Froner, I. C. (Orgs.). Tá na mão: Olhando resíduos e repensando as práticas de gestão de resíduos no campus da USP de Ribeirão Preto. 124 p. Programa USP Recicla. Agência USP de Inovação. 2009.

[3] NASCIMENTO, S. P.; RAMALHO, C. I.; AGUIAR, M. I.; MESQUITA, M. R. Estudos agroecológicos: geração e difusão no meio escolar. II Congresso Cearense de Agroecologia, Juazeiro do Norte (CE), 2010. http://submissoes.cariri.ufc.br/agro2010/cd_final.php. Acesso em: 14 de novembro de 2011.

[4] NASCIMENTO, S. P.; RAMALHO, C. I.; AGUIAR, M. I.; MESQUITA, M. R. Estudos agroecológicos: geração e difusão no meio escolar. II Congresso Cearense DE Agroecologia. Juazeiro do Norte CE. 2010. http://submissoes.cariri.ufc.br/agro2010/cd_final.php. Acesso em: 14 de novembro de 2011.

[5] OLIVEIRA, E. C. A. de; SARTRI, R. H.; GARCEZ, T. B. Compostagem. In: Programa de pós-graduação em solos e nutrição de plantas, 2008, São Paulo, p.1.

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[6] ZUCCONI F & BERTOLDI M. Composts specifications for the production and characterization of composts from municipal solid waste. In Compost: production, quality and use, M de Bertoldi, M.P. Ferranti, P.L'Hermite, F.Zucconi eds. Elsevier Applied Science, London, 30-50 p, 1987.

[7] VIDAL, M. B., VITTI, M. R.; MORSELLI, T. B. G. A. Caracterização química de vermicompostos de diferentes substratos orgânicos. Revista Brasileira DE Agroecologia. v. 2, n. 1, 2007.

[8] THIOLLENT, M. Metodologia da pesquisa ação. 8ª. Ed. São Paulo:Cortez, 1998.[9] OLIVEIRA, F. R. G.; CAIXETA, A. C. M.; MARAGNO, A. L. F. C.; PEREIRA, C. E. A

logística dos resíduos sólidos orgânicos do restaurante universitário do campus Santa Mônica da Universidade Federal de Uberlândia (UFU). XXXIII Congresso Interamericano DE Engenharia Sanitária E Ambiental. 2012. Anais. Salvador BA. 2012.

[10] SUDAN, D. C.; MEIRA, A. M. ROSA, A. V. LEME, P. C. S.; ROCHA, P. E. D. Da Pá Virada: revirando o tema lixo: vivências em Educação Ambiental e Resíduos Sólidos. 1ª. ed. Programa USP Recicla. Agência USP de Inovação. 245 p. 2007.