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FACULDADE PAN AMERICANA O DEUS DESCONHECIDO

MONOGRAFIA PÓS-GRADUAÇÃO

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ATRAVÉS DA PSICOLOGIA PASTORAL PODEMOS AJUDAR MELHOR AQUELES QUE NECESSITAM DE AJUDA.

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FACULDADE PAN AMERICANAO DEUS DESCONHECIDOCapanema2011ANTNIO CARLOS GONALVES BENTESO DEUS DESCONHECIDOApresentao de monografia FACULDADEPANAMERICANApara a concluso do Curso de PsGraduaoemCinciadaReligio.Apresentadapeloaluno Ant!nio Carlos Gonal"es #entes.Capanema20112DEDICATRIA$edicamos este tra%al&o a $eus' nosso Criador' (ue ) a ra*o de termos nosempen&ado nos estudos das +agradas ,scrituras' para (ue de algum modo possamos ser"i-lomel&or' a.udando com tudo (ue temos a mel&orar a "ida das pessoas neste mundo.$edicamos os resultados deste tra%al&o min&a esposa' aos meus fil&os e a min&aneta ,li*a (ue tm sido moti"o de alegria em todos os dias da min&a "ida.$edicamos este estudo aos alunos dos semin/rios +,#,0#G,' 12345,6'56+A2A' 7632623Ae ,scola #8%lica Pentecostal do #rasil onde teologi*amos efilosofamos so%re $eus.$edicamos este op9sculo ao amigo #ispo :os) 0oreno' cu.a compan&ia nos incenti"aa correr atr/s do con&ecimento. ;AGRADECIMENTOSA $eus' (ue na sua so%erania e Graa nos permitiu tal reali*ao.A min&a amada e (uerida esposa' Rute' (ue tem sido min&a compan&eira na %usca do$eus 3n"is8"el.Ao amigo +&arles Cru* (ue nos incenti"ou a fa*er esta Ps-Graduao.Ant!nio Carlos Gonal"es #entes ?7arl #art&@.=4udo fe* formoso em seu tempoA tam%)m p!s na mente do &omem a id)ia da eternidade' se%em (ue este no possa desco%rir a o%ra (ue $eus fe* desde o princ8pio at) o fim>?,clesiastes ;[email protected] umestudo da $i"indade entramos emsolo sagrado. 1samos a linguagemantropomrfica' pois no ) poss8"el falar de $eus na linguagem di"ina.Para entendermos a $i"indade nos &umil&amos a fim de rece%er a re"elao (ue eleprprio nos deu. Re"elao esta (ue ) tr8plice1. A REVELAONATURAL +l 1C.1'2AAt 1 ?:o 1.1E@. =5a"endo $eus antigamente falado muitas "e*es' ede muitas maneiras' aos pais' pelos profetas' nestes 9ltimos dias a ns nos falou pelo Gil&o' a(uem constituiu &erdeiro de todas as coisas' e por (uem fe* tam%)m o mundo> ?5% 1.1'[email protected] um pouco do conceito de $eus nas di"ersas culturas.,ntramos nos conceitos filosficos e teolgicos do 4&eos e do Hogos.0ergul&amos na encarnao do Hogos e na 4riunidade do 4&eos.Pala"ras c&a"es $eus' ,Iistncia' +er' &ipstase.JSUMRIOINTRODUO 81. DEUS 2. A COGNOSCIBILIDADE DE DEUS283. OS NOMES DE DEUS!1!. DEUS NAS RELIGI"ES !##. A PESSOALIDADE DE DEUS $2$. O LOGOS DE DEUS $8%. A ENCARNAO DO LOGOS %&8. O TRINO DEUS %!CONCLUSO %BIBLIOGRAFIA 81DINTRODUO6primeiropresidentedos ,stados 1nidos' GeorgeKas&ington' afirma"a (ue=areligio ) to necess/ria ra*o como a ra*o ) necess/ria religio' uma no podendo eIistirsem a outra>.+egundo a teologia' a f)' como resposta intelectual afirmati"a re"elao' ) tam%)muminstrumentodecon&ecimentoda"erdade' re"eladapeloesp8rito' enopelara*o?1Cor8ntios [email protected] teologiarepresentaaf)comora*operfeita' plena' completaeconsumada' umaracionalidadeculminanteesuprema' particular8ssimaetransracional' situando-seacimadara*o &umana.=7en Kil%er ?1CCE@' um dos modernos cientistas (ue tm procurado integrar cincia ereligio' menciona (ue os antigos m8sticos da religio afirma"am (ue todo ser &umano possuitrs tipos %/sicos de con&ecimento o ol&o da carne' o ol&o da mente e o ol&o decontemplao L o ol&o da carne seria o empirismo da cinciaA o da mente' o con&ecimentoracional e lgicoA e o da contemplao' o ol&o da gnose ou do con&ecimento espiritual>. 1=6(ue se pode di*er e pensar no ) a Realidade A%soluta' (ue ) indi*8"el eimpens/"el.Atra")sdosculosdanossafinitude&umanaenIergamosainfinitude$i"ina"isuali*ando-a assim como ns somos' mas no assim como ela )> ?5u%erto Ro&[email protected] +er e o ,Iistir' a ,ssncia e a ,Iistncia' o 1no e o Ferso ?Fer%o@' constituem o1ni"erso' a 1nidade do Real na $i"ersidade dos Reali*ados' (ue ) a Realidade 4otal. 2=5/ duas maneiras de se con&ecer a $eus. ,m primeiro lugar' o camin&o da teologiapositi"a ou afirmati"a. 4odos os nomes' medida (ue so positi"os' de"em ser atri%u8dos a$eus' posto (ue ele ) o fundamento de todas as coisas. Assim' $eus pode ser designado portodas as coisasA todas as coisas o indicam. $eus de"e ser nomeado com todos os nomes. ,msegundo lugar' contudo' temos a "ia da teologia negati"a na (ual ele no pode ser designadopor nome algum' se.a (ual for o nome>.;=$eus acima de $eus (ue ) o fundamento "erdadeiro de tudo o (ue eIiste' e (ue sesitua acima de (ual(uer nome especial (ue l&e possamos dar' mesmo (ue se.a o nome do maisalto ser>.' mesma rai* (ue $[\us' a di"indade principal do panteo indo-europeu' igualmente cognato do grego ]^_X ?`eus@. 2a era cl/ssica do latim o "oc/%ulo erauma referncia generali*ante a (ual(uer figura endeusada e adorada pelos pagos eatualmente no mundo cristo ) usada &odiernamente em frases e slogans religiosos' como poreIemplo' $eus sit "o%iscum' "ariao de $ominus sit "o%iscum' =o +en&or este.a con"osco>'o&inolit9rgicocatlico4e$eum' pro"enientede4e$eumHaudamus' =A Fs' $eus'lou"amos>e a eIpresso (ue ad")m da trag)di grega $eus eI mac&ina. Firg8lio com $a%itdeus &is (uo(ue finem' =$eus trar/ um fim isto>. 6 grito de guerra utili*ado no 3mp)rioRomano 4ardio e no 3mp)rio #i*antino' no%iscum deus' =$eus est/ conosco>' assim como ogrito das cru*adas $eus "ult' =assim (uer $eus>' =esta ) a "ontade de $eus>.,mlatimeIistiamas eIpressNes inter.ecti"as =6$eus meus> e =0i $eus>'correspondentes ao portugus ?6&@ meu $eusa' ?A&@ meu $eusa' $eus meua.$ei ) uma forma fleIionada ou declinada de $eus' usada em eIpressNes utili*adas peloFaticano' comoas organi*aNes catlicas apostlicas romanas 6pus $ei ?6%rade$eus'sendo o%ra oriunda de opera@' Agnus $ei ?Cordeiro de $eus@ e $ei Gratia ?Pela Graa de$eus@. Geralmentetrata-sedocasogeniti"o?=de$eus>@' mas )tam%)maformapluralprim/ria adicionada "ariantedi. ,Iiste ooutroplural'dii' e a forma femininadeae?=deusas>@.Apala"ra$eus' atra")s daformadeclinada $ei' )arai*dede8smo' pante8smo'panente8smo'e polite8smo'ironicamente tratam-se todas de teorias na (ual (ual(uer figuradi"ina ) ausente na inter"eno da "ida &umana. ,ssa circunstTncia curiosa originou-se douso de =de8smo> nos s)culos bF33 e bF333 como forma contrastante do pre"alecente=te8smo>. $e8smo ) a crena em um $eus pro"idente e interferente.+eguidores dessas teorias e ocasionalmente' seguidores do pante8smo' podem "ir a usarem "ariadas l8nguas' especialmente no ingls o termo =$eus> ou a eIpresso =o $eus> ?t&eGod@' para deiIar claro de (ue a entidade discutida no trata-se de um $eus te8sta. Art&ur C.ClarSeusou-oemseuromancefuturista' ;001 4&eGinal 6d[sse[.2ele' otermo=$eus>su%stituiu =God> no long8n(uo s)culo bbb3' pois =God> "eio a ser associado com fanatismoreligioso. A "iso religiosa (ue pre"alece em seu mundo fict8cio ) o $e8smo.10+o :er!nimo tradu*iu a pala"ra &e%raica ,lo&im ?cde fghi j@' para o latim como $eus.EA pala"rapodeassumir conotaNesnegati"asemalgumasutili*aNes. 2afilosofiacartesiana' aeIpresso$eusdeceptor )usadaparadiscutir apossi%ilidadedeum=$eusmal)"olo> (ue procura iludir-nos. ,sse personagem tem relao com um argumento c)tico(ue (uestiona at) onde um dem!nio ou esp8rito mau teria Iito na tentati"a de impedir ousu%"erter o nosso con&ecimento.6utra ) deus otiosus ?=$eus ocioso>@' um conceito teolgico para descre"er a crenanum $eus criador (ue se distancia do mundo e no se en"ol"e em seu funcionamento di/rio.1m conceito similar ) deus a%sconditus ?=$eus a%sconso ou escondido>@ de +o 4om/s deA(uino. Am%as referem-se a uma di"indade cu.a eIistncia no ) prontamente recon&ecidanem atra")s de contemplao ou eIame ocular de aNes di"inas in loco. 6 conceito de deusotiosus fre(uentemente sugere um $eus (ue eItenuou-se da ingerncia (ue tin&a neste mundoe (ue foi su%stitu8do por deuses mais .o"ens e ati"os (ue efeti"amente se en"ol"em' en(uantodeus a%sconditus sugere um $eus (ue conscientemente a%andonou este mundo para ocultar-seal&ures.A forma mais antiga de escrita da pala"ra germTnica $eus "em do CordeI Argenteuscristo do s)culo F3. A prpria pala"ra inglesa ) deri"ada da Proto-GermTnica = ukan>. A maioria dos linguistas concordam (ue a forma reconstru8da da Proto-3ndo-,urop)ia ?gl&u-t-m@ foi %aseada na rai* ?gl&au?m@-@' (ue significa tam%)m =c&amar> ou =in"ocar>.A formacapitali*ada$eusfoi primeiramenteusadanatraduogticaKulfilado2o"o4estamento' para representar ogrego=4&eos>. 2a l8ngua inglesa' acapitali*aocontinua a representar uma distino entre um =$eus> monote8sta e =deuses> no polite8smo.Apesar das diferenas significati"as entre religiNes como o Cristianismo' 3slamismo'5indu8smo' a G) #a&/i e o :uda8smo' o termo =$eus> permanece como uma traduo inglesacomum atodas.6nomepodesignificar deidadesmonote8sticasrelacionadasou similares'como no monote8smo primiti"o de AS&enaton e `oroastrismo.=6 ate8smo ) uma enfermidade (ue afeta a sociedade e o &omem' pois destri o 9nicofundamento da moral' um $eus pessoal L (ue coloca so%re o &omem a responsa%ilidade deguardar suas leis. +e no &/ $eus' ento no pode &a"er lei di"ina nem moral e todas as leispassaro a ser feitas - e imperfeitas L pelo &omem' (ue procura arrancar de seu corao oanelo pelas coisas do esp8rito' sua fome e sede de .ustia e do eterno>.CE &ttpQQpt.RiSipedia.orgQRiSiQ$eus.C 0AR326' Raul :9nior. A religio do C)re%ro.+o Paulo ,ditora Gente' 200B' p. 1.=$eus),sp8ritoPessoal' perfeitamente%om' (ue' emsantoamor' cria' sustentaedirige tudo>.=$eus ) ,sp8rito' infinito' eterno e imut/"el em seu ser' sa%edoria' poder' santidade'.ustia' %ondade e "erdade> ?$efinio do #re"e Catecismo@.=+eeIisteounoumasupremaintelignciapessoal' infinitaeeterna' onipotente'onisciente e onipresente' o Criador' +ustentador e Go"ernante do uni"erso' imanente em tudoainda (ue transcendente a tudo' gracioso e misericordioso' o Pai e Remidor da &umanidade' )10 3%idem. 0AR326' Raul :9nior. 11 #,R756G' Houis. 4eologia +istem/tica. 2M ed. Campinas Hu* Para o Camin&o' 1CC2' p. 11'12.12 &ttpQQteItoscal"inistasteontologia.%logspot.com.1; $ogma. Fem do "oc/%ulo grego doSen (ue significa =pensar' imaginar ou ter uma opinio>. $ogma. Ponto ouprinc8pio de f) definido pela 3gre.a. 2. Gundamento de (ual(uer sistema ou doutrina. ;. 6 con.unto das doutrinasfundamentais do cristianismo12sem d9"ida o mais profundo pro%lema (ue possa agitar a mente &umana. :a*endo %ase detodas as crenas religiosas do &omem' est/ ligado no apenas felicidade temporal e eternado &omem' mas tam%)m ao %em-estar e progresso da raa.> ?K&itelaR@.=6$eus1nonos)con&ecidonoespeculati"amente' maseIistencialmente. O+em$eus no se pode con&ecer a $eusP. $eus .amais ) o%.eto. ,m todo con&ecimento ) ele (uecon&ece em ns e por nosso meio. +omente ele se con&ece a si mesmo. 2s apenas podemosparticipar nesse con&ecimento de $eus. 0as ele no ) um o%.eto (ue possamos con&ecer apartir do eIterior. 2o se pode con&ecer $eus em sua grande*a' em seu car/ter a%soluto eincondicional. ,le s ) con&ecido no amor (ue "em a ns. Portanto' para se con&ecer $eus )preciso estar dentro de $eusA participar nele>.1.1C ,le continua =6s&omens de .u8*o sadio sempre estaro certos de (ue o senso de di"indade' (ue .amais pode serapagado' est/gra"adonas mentes dos &omens>.20Concluindosuaideia so%reosensusdivinitatis' Cal"ino di*Portanto' "isto(uedesdeocomeodomundonotem&a"idonen&umaregio' nen&umacidade' em resumo' nen&uma fam8lia (ue pudesse "i"er sem religio' nisto descansa a t/citaconfisso de (ue o sensus divinitatis est/ inscrito nos coraNes de todos os &omens. 216 teIto de Atos 1D' no episdio do Arepago de Atenas' mostra (ue todos os &omens'sem terem a lu* da re"elao especial' possuem o senso de (ue &/ um +er maior do (ue eles'ao (ual adoram' mesmo (ue essa semente da religio e senso de di"indade se.am pre.udicadosde"ido aos efeitos do pecado. Por causa da corrupo do corao'eles perderam os dadosprecisos a respeito de $eus' mas ainda possuem a conscincia de di"indade e a eIpressam noscultos (ue l&e prestam' mesmo sem con&ec-lo de"idamente.1.3. A *+,-./0 12 3,.245-672 , 12 70-3080962226 termo metaf8sica significa literalmente =al)m da f8sica>.4rata-se da disciplina dafilosofia (ue =estuda as causas primeiras e os primeiros princ8pios>' sendoocerne dapreocupao filosfica cl/ssica. Aristteles afirma (ue o o%.eto de in"estigao da metaf8sica) =o ser en(uanto ser e as propriedades (ue necessariamente o acompan&am>. A pergunta )por (ue as coisas so em "e* de no seremq 6 ser ) a essncia de algoA ) a (ualidade essencialde um ente sem a (ual ele no pode su%sistir. Apreocupao metaf8sica sistem/tica eIiste desde os filsofos pr)-socr/ticos.Parmnides)oconsideradooprimeirofilsofopropriamentemetaf8sico. Plato"iaosernuma realidade superior distinta do mundo em(ue "i"emos' o mundo das id)iasA ./Aristteles "ia o ser nas prprias coisas e no fora delas e definia $eus' o motor im"el' como1ECal"ino di* =,Iiste dentro da mente &umana' e' de fato' por instinto natural' uma conscincia da divindade?Institutas' 1.;[email protected] Institutas, 1.2.1.20 Institutas, 1.;.;.21 Institutas, 1.;.1.22 +Ans6' Hui* A. 4. Ca%eas Geitas. ;;M ,dio. +o Paulo ,ditora 5agnos' 200.6 uni"erso ) um efeito (ue eIige uma causa ade(uada'e a 9nicacausa suficiente ) $eus ?+l 1CA 5% ;. +;6?,:-28. ?A:9+3,;.0 10 70;-,;-0 [email protected]@2A O 2:9+3,;.0127:62=/0. A ra*oargumenta(ue ouni"ersode"etertidoumprinc8pio. 4odo efeito de"e ter uma causa suficiente. 6uni"erso' sendo o efeito' porconseguinte de"e ter uma causa. Consideremos a eItenso do uni"erso. 2as pala"ras de :orgeK. Gre[ =6 uni"erso' como o imaginamos' ) um sistema de mil&ares e mil&Nes de gal/Iias.Cada uma delas secompNe de mil&ares e mil&Nes de estrelas. Perto da circunferncia de umadessas gal/Iias - a Fia H/ctea - eIiste uma estrela de taman&om)dio e temperaturamoderada' ./amarelada pela "el&ice - (ue ) o nosso +ol>. , imaginem (ue o +ol ) mil&Nes de"e*es maior (ue a nossa pe(uena 4erraa Prossegue o mesmo escritor =6 +ol est/ girandonumar%ita"ertiginosaemdireocircunfernciadaFiaH/cteaa1C.;00metrosporsegundo' le"ando consigo a 4erra e todos os planetas' e ao mesmo tempo todo o sistema solarest/ girando num gigantesco circuito "elocidade incr8"el de ;21 (uil!metros por segundo'en(uanto a prpria gal/Iia gira' (ual colossal roda gigante estelar. Gotografando-se algumasseNes dos c)us' ) poss8"el fa*er a contagem das estrelas. 2o o%ser"atrio de 5ar"ard College0[er Pearlman "iu uma fotografia (ue inclui as imagens de mais de200 Fias H/cteas - todasregistradas numa c&apa fotogr/fica de ;B I fosse descrito da seguinte maneirao autortomou um "ago de tipos de imprensa e com p/ os atirou ao ar. Ao ca8rem no c&o' natural egradualmente se a.untaram de maneira a formar a famosa &istria de #un[an. 6 &omem maisincr)dulo diria (ue a%surdoa , a mesma coisa di*emos ns das suposiNes do ate8smo emrelao criao do uni"erso.6eIamedumrelgiore"ela(ueelele"aossinaisdedes8gniopor(ueasdi"ersaspeas so reunidas com umpropsito pr)"io. ,las so colocadas de tal modo (ue produ*emmo"imentos e esses mo"imentos so regulados de tal maneira (ue marcam as &oras. $issoinferimos duas coisas primeiramente'(ue o relgio te"e algu)m (ue o fe*' e em segundolugar' (ue o seu fa%ricante compreendeu a suaconstruo' e o pro.etou com o propsito demarcar as&oras. $amesmamaneira' o%ser"amosodes8gnioeaoperaodumplanono22mundo e' naturalmente' conclu8mos (ue &ou"e algu)m (ue o fe* e (ue sa%iamente o preparoupara o propsito ao (ual est/ ser"indo.6fato de nunca termos o%ser"adoa fa%ricao dumrelgio noafetaria essasconclusNes' mesmo (ue nuncacon&ecssemos um relo.oeiro' ou (ue .amais ti")ssemos id)iadoprocessodesse tra%al&o. 3gualmente' a nossa con"icode(ue ouni"ersote"e umar(uiteto' deformanen&umasofrealteraopelofatodenuncatermos o%ser"adoasuaconstruo' ou denunca termos "isto o ar(uiteto.$o mesmo modo a nossa concluso no se alteraria sealgu)m nos informasse (ue =orelgio)resultadodaoperaodasleis damecTnicaeeIplica-sepelas propriedades damat)ria>. Ainda assim teremos (ue consider/-lo como o%ra dum &/%il relo.oeiro (ue sou%eapro"eitar essas leis da f8sica e suaspropriedades para fa*er funcionar o relgio. $a mesmaforma' (uandoalgu)m nos informa (ue o uni"erso ) simplesmente o resultado daoperaodas leis da nature*a' ns nos "emos constrangidos a perguntar=ouem pro.etou' esta%eleceue usou essas leisq> 3sso' em ra*o de ser impl8cita a presena de um legislador uma "e* (ueeIistem leis.4omemos para ilustrar a "ida dos insetos. 5/ uma esp)cie de escara"el&o c&amado=+tag&orn> ou =C&ifrudo>. 6 mac&o temmagn8ficos c&ifres' duas "e*es mais compridos do(ue o seu corpoA a fmeano tem c&ifres. 2o est/gio lar"al' eles enterram-se a si mesmos naterra e' silenciosamente' esperam na escurido pela sua metamorfose. +o naturalmente merosinsetos' sem nen&uma diferena aparente e' no entanto' um deles esca"a para si um %uracoduas "e*es maisprofundo do (ue o outro. Por (uq Para (ue &a.a espao para osc&ifres domac&o se desen"ol"erem com perfeio. Por (ue essaslar"as' aparentemente iguais' diferemassim em seus &/%itosq ouem ensinou o mac&o a ca"ar seu %uraco duas "e*es mais profundodo (ue o fa* afmeaq r o resultado dum processo racionalq 2o' foi $eus' oCriador' (uemp!s na(uelas criaturas a percepo instinti"a (ue l&es seria 9til.$e onde rece%eu esse inseto a sua sa%edoriaq Algu)m tal"e*pense (ue a &erdara deseus pais.0as um co ensinado'por eIemplo'transmite sua descendncia sua ast9cia eagilidadeq2o. 0esmo (ue admitamos (ue o instinto fosse &erdado' ainda deparamos com ofato de (ue algu)m&a"ia instru8do o primeiro escara"el&o c&ifrudo. AeIplicao domara"il&oso instinto dos animais ac&a-se nas pala"ras do primeiro cap8tulo de Gnesis =,disse $eus> - isto ) a "ontade de $eus. ouem o%ser"a o funcionamento dum relgio sa%e(ueainteligncianoest/norelgiomassimnorelo.oeiro. ,(uemo%ser"aoinstintomara"il&oso das menores criaturas' concluir/ (ue a primeirainteligncia no era a delas' massim do seu Criador' e (ue eIiste uma 0ente controladora dos menores detal&es da "ida.2;6$r. K&itne[' eI-presidente da +ociedade Americana e mem%ro da AcademiaAmericana de Artes e Cincias' certa "e* disse (ue =um im repele o outro pela "ontade de$euseningu)mpodedarra*omel&or>. =oue(uerosen&ordi*ercomaeIpresso a"ontade de $eusq> Algu)m l&e perguntou. 6 $r. K&itne[ replicou =Como o sen&or define alu*q... ,Iiste a teoria corpuscular' a teoria de ondas' e agora a teoria do (uantumA e nen&umadas teorias passa duma con.etura educada. Com uma eIplicao to %oa como essas' podemosdi*er (ue a lu* camin&a pela "ontade de $eus... A "ontade de $eus' essa lei (ue desco%rimos'sem a podermos eIplicar - a 9nicapala"ra final>.6 +r. A. :. Pace' desen&ista do peridico e"ang)lico =+unda[ +c&ool 4imes>' fala desua entre"ista com o finado Kilson :. #entle[' perito em microfotografia ?fotografar o (ue se" atra")s domicroscpio@. Por mais de um tero de s)culo esse sen&or fotografoucristaisde ne"e. $epois de &a"er fotografado mil&ares desses cristais ele o%ser"ou trs fatosprincipaisprimeiro' (ueno &a"iadoisflocos iguaisAsegundo todos eram de umpadroformosoA terceiro todos eram in"aria"elmente de forma seIta"ada. ouando l&e perguntaramcomose eIplica"a essasimetriaseIta"ada'elerespondeu=$ecerto' ningu)m sa%eseno$eus' mas a min&a teoria ) a seguinte Como todossa%em' os cristais de ne"e so formadosde "apor de/gua atemperaturas a%aiIo de *ero' e a /gua se compNe de trsmol)culas' duasde&idrognio(uesecom%inamcomumadeoIignio. Cadamol)culatemumacargadeeletricidade positi"a e negati"a' a(ual tem a tendncia de polari*ar-se nos lados opostos. 6algarismotrs' portanto' figura no assunto desde o comeo>.=Comopodemos eIplicar estes pontin&os tointeressantes' as "oltas eas cur"asgraciosas' e estas (uinas c&anfradas to delicadamente cin*eladas' todas elas dispostas comperfeita simetria ao redor do ponto centralq> Perguntou o +r. Pace.,ncol&euos om%ros edisse =+omenteoArtista(ueos desen&oueos modeloucon&ece o processo>.+ua declarao acerca do =algarismo trs (uefigura no assunto> me p!s a pensar. 2oseriaento(ueotrino$eus' (uemodelatodaaformosuradacriao' ru%ricaaprpriatrindade nestas fr/geis estrelas de cristal de gelo como (uem assina seu nome em sua o%ra-primaq Ao eIaminar os flocos de ne"e ao microscpio' "-se instantaneamente (ue oprinc8pio %/sico da estrutura do floco de ne"e ) o &eI/gono ou a figura de seis lados' o 9nicoeIemplo disso em todo o reino da geometria a este respeito. 6 raio do c8rculo circunscre"ente)eIatamente igual aocomprimentodecadaumdos seis lados do&eI/gono. Portanto'resultamseistriTngulose(uil/terosreunidosaon9cleocentral' sendotodososTngulosdesessenta graus' a tera parte de toda a/rea num lado duma lin&a reta. oue s8m%olo sugesti"o2 Hamed - h "ale ;0A e a consoante final' o nosso =G> Gu8mel- ' "ale ;. +omando-as' temos ;;;' trs algarismos de trs.Curioso' no ) "erdadeq 0as por(ue no esperar eIatido matem/tica dum li"ro plenamente inspirado' to mara"il&oso (uantoo mundo (ue $eus criouqAcerca de $eus disse : =Ga* grandes coisas (ue nopodemos compreender. Pois di* ne"e Cai so%re a terra> ?: ;D.B'J@. ,u ./gastei dois dias inteiros para copiar com pena etinta o desen&o de $eus de seis cristais de ne"e e fi(uei muito fatigado. ,como ) f/cil paraele fa*-loa =,le di* ne"e> - e com uma pala"ra est/ feito.3maginem (uantos mil&Nes de %il&Nes de cristais de ne"e caem so%re um &ectare deterra durante uma &ora' e imaginem' se puderem' o fato surpreendente de (ue cada cristal temsua indi"idualidade prpria' um desen&o e modelo sem duplicata nesta ou em (ual(uer outratempestade. =4al con&ecimento mara"il&osodemais para mimA ele"ado)' noopossoatingir> ?+l 1;C.J@. Como pode uma pessoa a.ui*ada'diante de tal e"idncia de des8gnios'multiplicados por umsem-n9mero de "ariedades' du"idar da eIistncia e da o%ra do$esen&ista' cu.a capacidade ) imensur/"elqa 1m $euscapa* de fa*er tantas %ele*as ) capa*de tudo' at) mesmo de moldar as nossas "idas dando-l&es %ele*a e simetria.C:5.672 ,ssas pro"as racionais da eIistncia de $eus somente funcionam para a(ueles(ue' por graa' ./ crem (ue ele eIiste. ,sse eIerc8cio racional ) sempre feito pelos telogos2B(ue./cremno$eus das ,scrituras. $ificilmente encontramos pessoas completamentealienadas da f) crist fa*endo tais eIerc8cios. +e os fi*essem' todas as pessoas (ue eIercitamsua ra*o de maneira ra*o/"el &a"eriam de crer nele.A- 4230-2- CD:0?2- .,5-.2-E 2EAt)nos nossos dias' as famosas =pro"as te8stas>ela%oradas apartir dafilosofiaintegram os conte9dos essenciais de muitas 4eologias +istem/ticas. 4rata-se deargumentaNes especulati"as cu.o ponto de partida no ) a ,scritura +agrada' mas opensamentoaristot)lico(ueconce%ia $eus como=oser im"el' por(ueo(ueest/emmo"imento significa mudana e contingncia>.A gente se pergunta oue relao essencial&a"er/ entre esse =motor im"el> e o $eus "i"o e "erdadeiro (ue se re"elou na &istria de3srael e de :esus de 2a*ar)q Al)m disso' ainda (ue fosse poss8"el demonstrar a sua eIistncia'seriaesteomesmo$eusdare"elaona&istriaqPoroutrolado' aa"aliao' depoisdetantos s)culos deespeculaofilosfica so%reaeIistncia de$eus edeela%oraodeargumentos(uedemonstramsuaeIistncia' resultaantesnegati"a. 6use.a' osresultadosparecem no ser os esperados. ,m outras pala"ras' as pro"as te8stas como argumentos (uefalam de uma causa no causada ?$eus@ ou uma finalidade em todas as coisas (ue "emos?argumento teleolgico@' ./ no parecem to con"incentes como (uando foram formuladas' o(ue no (uer di*er (ue perderem seu fasc8nio. 2a "erdade'o telogo catlico 5ans 7pngsustentar poss8"el (ue as pro"as da eIistncia de $eus ten&am fracassado e fenecido como tais. 2oo%stante' ainda (ue fracassadas e fenecidas' continuam despertando respeito nas geraNes (uenasceram depois. , no so poucos os (ue' perante o ata9de das pro"as da eIistncia de $eus'"iram-se assom%rados por um ressentimento nost/lgico $e"eria ser poss8"el' apesar de tudoaApesar dos fatos comentados' at) o dia de &o.e as famosas =pro"as da eIistncia de$eus>constamdealgumas teologias sistem/ticas comoconte9dos essenciais daf)edateologia. , isso tanto nas dogm/ticas catlicas como nas protestantes. r sa%ido (ue 4om/s deA(uino ?um telogo do s)culo b333@' =$outor Ang)lico> para a 3gre.a Catlica' estrutura todoo seu pensamento segundo as diretri*es de Aristteles' (ue na )poca tin&a sido redesco%ertoatra")s das traduNes das suas o%ras dogregoparao/ra%e. 2oTm%itoprotestante &/teologias sistem/ticas (ue insistem' com maior ou menor nfase' nas importTncias das pro"aste8stas.2E R6H$t2' Al%erto G. 6p. Cit.2J$e"emos insistir (ue a leitura das ,scrituras nos fornece um panorama %em diferentedo (ue foi eIposto. Realmente' o%ser"amos (ue o $eus "i"o est/ ati"o na &istria &umana eprofundamente interessado nos processos espirituais e sociais do seu po"o. ,m s8ntese' trata-se do $eus (ue age e no de um mero =motor im"el>. 2as pala"ras de :usto Gon*/lesA f) do 2o"o 4estamento ) um monote8smo dinTmico. ... 6 $eus da #8%lia no ) o primeiromotor im"el da filosofia aristot)lica. ouando os autores %8%licos falam so%re $eus' eles no ofa*em em termos est/ticos' como se $eus fosse um ser impass8"el e imut/"el' mas falam deleem termos dinTmicos e de relao.6 Papel de Argumentos e Pro"as 2CPara o (ue cr' $eus no ) a concluso de um silogismoA ele ) o $eus "i"o de A%rao'3sa(ue e :ac (ue "i"e em ns.6 uso magisterial da ra*o ocorre (uando a ra*o est/ acima do e"angel&o' como ummagistrado' e o .ulga com %ase em argumentos e pro"as. 6 uso ministerial da ra*o ocorre(uando a ra*o se su%mete e ser"e ao e"angel&o. +omente o uso ministerial da ra*o pode seraceito. A filosofia ) realmente ser"a da teologia. A ra*o ) uma ferramenta para nos a.udar acompreender e defender mel&or a nossa f)A como disse Anselmo' temos uma f) procura decompreenso. A(uele (ue sa%e (ue o cristianismo ) "erdadeiro com %ase no testemun&o do,sp8rito tam%)m pode ter uma %oa apolog)tica' (ue l&e refora ou fortalece o testemun&o do,sp8rito' mas ela noser"e de %ase para a sua f). ouandosurge umconflitoentre otestemun&odo,sp8rito+anto(uanto"eracidadefundamental daf)cristecon"icNes%aseadas em argumentos e pro"as' ) o primeiro (ue precisa ter precedncia so%re o segundo' eno o contr/rio. 2C CRA3G' Killiam H. A F,RAC3$A$, $A Gr CR3+4s. +o Paulo ,ditora Fida 2o"a' 200 :oo 1D.;. ,la rego*i.a no fato de (ue =o Gil&ode $eus ) "indo' e nos tem dado entendimento para recon&ecermos o "erdadeiro' e estamosno"erdadeiro' emseuGil&o:esus Cristo>1:ooB.20. As duas id)ias refletidas nestaspassagens sempre foram sustentadas lado a lado na igre.a crist. 6s primiti"os pais da igre.a'assim c&amados' fala"am do #eus invisvel como um )er no gerado, indenomin'vel, eterno,incompreensvel, imut'vel. ,les tin&am ido %em pouco al)m da antiga id)ia grega de (ue o+er $i"ino ) eIistncia a%soluta e sem atri%utos. Ao mesmo tempo'eles confessa"am (ue$eusre"elou-senoHogose' portanto' podesercon&ecidoparaasal"ao. 2os)culo3F,un!mio' um ariano' argumentou' com %ase na simplicidade ontolgica de $eus' (ue no &/nadaem$eus (uenose.aperfeitamentecognosc8"el ecompreens8"el paraointelecto&umano' mas asuaopiniofoi re.eitadaportodososl8deresrecon&ecidos daigre.a. 6sescol/sticos distinguiam entre o *uido ponto dif8cil e o *ualis de $eus' e sustenta"am(uenosabemoso&ue#eus %em)eu)eressencial' mas podemos sa%er algoda+uanature*a' da(uilo(ue,le)parans' como,lesere"elaem+eusatri%utos di"inos.Asmesmas id)ias gerais forameIpressas pelos Reformadores' apesar de (ue eles noconcorda"am com os escol/sticos (uanto possi%ilidade de ad(uirir real con&ecimento de$eus pela ra*o &umana desa.udada' partindo da re"elao geral. Hutero fala repetidamentede $eus como o #eus Absconditus ?$eus oculto@' em distino dele como o #eus +evelatus?$eus re"elado@. ,m algumas passagens ele at) fala do $eus +evelado como ainda um $eusOculto' em"istadofatode(ue' mesmoatra")sda+uare"elaoespecial' nopodemoscon&ec-lo plenamente. Para Cal"ino' $eus' nas profunde*as do +eu +er' ) insond/"el. =+uaessncia>' di*ele' =)incompreens8"elA dessemodo' +uadi"indadeescapatotalmenteaossentidos &umanos>. 6s Reformadores no negam (ue o &omem possa aprender alguma coisa;0 #,R756G' . 4eologia +istem/tica. 2M ed. Campinas Hu* Para o Camin&o' 1CC2' p. 21-;2.2Eda nature*a de $eus por meio da +ua o%ra criadora' mas sustentam (ue ele s pode ad(uirir"erdadeiro con&ecimento de $eus por meio da re"elao especial' so% a influnciailuminadora doesp8rito+anto. +o%ainfluncia dateologia da imanncia' detendnciapante8sta' inspirada por 5egel e +c&leiermac&er' ocorreu uma mudana. A transcendncia de$eus' segundo o no"o conceito' ) enfra(uecida' ignorada ou eIplicitamente negada. $eus )redu*ido ao n8"el do mundo' ) colocado em lin&a cont8nua com ele e' portanto' ) consideradocomo menos incompreens8"el'em%ora ainda en"olto em mist)rio.A re"elao especial' nosentido de uma direta comunicao de $eus ao &omem' ) negada. Pode-se o%ter suficientecon&ecimento de $eus sem ela' uma "e* (ue o &omem pode desco%rir $eus por si mesmo nasprofunde*as do seu prprio ser' no uni"erso material e' acima de tudo em :esus Cristo' dado(ue estas coisas so manifestaNes eIternas do $eus imanente.r contra esta tendncia dateologia(ue#art&le"antaasua"o*eassinala(uenopodemosencontrar$eusnemnanature*a' nem na &istria' nem na eIperincia &umana de (ual(uer esp)cie' mas somente nare"elao especial' (ue c&ega at) ns na #8%lia. ,m suas "igorosas afirmaNes a respeito do$eus oculto' ,le emprega a linguagem de Hutero' e no a de Cal"ino.A teologia reformada sustenta(ue $euspodesercon&ecido' mas (ue ao&omem)imposs8"el ter umeIausti"oeperfeitocon&ecimentode$eus' demodoalgum. 4er essecon&ecimento de $eus seria e(ui"alente a compreend-lo' e isto est/ completamente fora de(uesto,-initumnonpossit capereonfinitum.(Ademais' o&omemnopodedar umadefiniode$eusnosentidoeIatodapala"ra' mas apenasumadescrioparcial. 1madefinio lgica ) imposs8"el por(ue $eus no pode ser consu%stanciado de forma sum/riade%aiIo de algum gnero mais alto. Ao mesmo tempo' sustenta-se (ue o &omem pode o%terum con&ecimento de $eus perfeitamente ade(uado reali*ao do propsito di"ino na "idado &omem.Contudo'o verdadeiro con!ecimento de #eus s pode ser ad&uirido graas /auto-revelao divina' e somente pelo &omem (ue aceita isso com f) semel&ante de umacriana. A religio necessariamente pressupNe tal con&ecimento. ,ste con&ecimento ) a maissagrada relaoentre o &omem eseu $eus'relao na(ual o &omem tem conscinciadaa%soluta grande*a e ma.estade de $eus como o +er +upremo' e de sua completainsignificTncia e su.eio ao Alt8ssimo e +anto +er. , se isto ) "erdade' segue-se (ue a religiopressupNe o con&ecimento de $eus no &omem. +e o &omem fosse deiIado a%solutamente nastre"as a respeito do +er de $eus' ser-l&e-ia imposs8"elassumir uma atitude religiosa.2opoderia &a"er re"erncia' piedade' temor de $eus' ser"io de adorao.2C2.2. N,92=/0 12 C09;0-76B686121, 1, D,+-.Apossi%ilidade de con&ecer a $eus temsido negada so%re diferentes %ases.Geralmenteessanegaose%aseianos supostos limites dafaculdadecogniti"a&umana'em%ora se apresente de diferentes formas. A posio fundamental ) a de (ue a mente &umana) incapa* de con&ecer (ual(uer coisa (ue este.a al)m e por tr/s dos fen!menos naturais' e'portanto' ) necessariamente ignorante (uanto s coisas supersensoriais e di"inas. 5uIle[ foi oprimeiroa aplicar (ueles (ue assumemesta posio' ele prprioinclu8do' onome de=agnsticos>. ,stes ac&am-se inteiramente alin&ados com os c)ticos dos s)culos anteriores eda filosofia grega. ,m regra' os agnsticos no gostam de ser rotulados de ateus' desde (ueeles no negam a%solutamente a eIistncia de um $eus' mas declaram (ue no sa%em se ,leeIiste ou no e' mesmo (ue eIista' no esto certos de terem algum genu8no con&ecimentodele' e' em muitos casos' negam de fato (ue possam 4er algum real con&ecimento dele.5ume tem sido c&amado o pai do moderno agnosticismo. ,le no nega"a a eIistnciade $eus' mas afirma"a (ue no temos um "erdadeiro con&ecimento dos +eus atri%utos. 4odasas nossas id)ias dele so' e s podem se' antropomrficas. 2o podemos estar certos de (ue&a.a alguma realidade correspondente aos atri%utos (ue a ,le atri%u8mos. 6 seu agnosticismoresultou do princ8pio geral de (ue todo o con&ecimento se %aseia na eIperincia. Contudo' foiespecialmente 7ant(ueestimulou o pensamento agnsticocomsua in(uisidora sondagemdos limites do entendimento e da ra*o &umanos. ,le afirma"a (ue a ra*o terica s con&ecefen!menos e necessariamente ignora a(uilo (ue est/ su%.acente a esses fen!menos L a coisaem si. $isto segue-se' naturalmente' (ue nos ) imposs8"el 4er algum con&ecimento terico de$eus. 0asHot*e./assinalou(ueosfen!menos' (uerf8sicos(uermentais' estosemprerelacionados com alguma su%stTncia su%.acente' da (ual eles so manifestaNes. 6 filsofoescocs' +irKillian5amilton' em%oranoconcordeinteiramentecom7ant' partil&oudoagnosticismointelectual dele. ,le afirma (uea mente &umana ssa%ea(uilo(ue est/condicionado e eIiste em"/rias relaNes' (ue eIiste independentemente de (uais(uerrelaNes' nopodemos o%ter nen&umcon&ecimento dele. 0as' con(uantonegue (ue o3nfinito pode ser con&ecido por ns' no nega a +ua eIistncia. $i* ele =Pela f) apreendemosa(uilo (ue est/ al)m do nosso con&ecimento>. As suas opiniNes forampartil&adassu%stancialmente por 0ansel' e por este forampopulari*adas. Para ele tam%)mpareciacompletamente imposs8"el conce%er a id)ia de um +er 3nfinito' em%ora tam%)m professasse f)em +ua eIistncia. 6 racioc8nio destes dois &omens no le"a"a con"ico consigo' "isto (uese perce%ia (ue o A%soluto ou 3nfinito no eIiste necessariamente fora de todas as relaNes';0mas pode entrar em "/rias relaNes' e (ue o fato de (ue s con&ecemos as coisas em suasrelaNes no significa (ue o con&ecimento assim ad(uirido se.a simplesmente umcon&ecimento relati"o ou irreal. Comte' pai dopositi"ismo' tam%)mera agnstico emreligio. $e acordo com ele' o &omem nada pode con&ecer' seno os fen!menos f8sicos e suasleis. 6s seus sentidos so as fontes de todo "erdadeiro pensamento' e ele nada pode con&ecer'eIceto os fen!menos (ue os seus sentido apreendem e as relaNes em (ue estes se mantmuns para com os outros. 6s fen!menos mentais podem ser redu*idos a fen!menos materiais' e'na cincia' o &omem no pode ir al)m deste. 0esmo os fen!menos suscet8"eis de percepoimediataestoeIclu8dos' emais' tudoo(ueest/portr/sdosfen!menos.A especulaoteolgica representa o pensamento em sua infTncia.2o se pode fa*er nen&uma afirmaopositi"aarespeitodaeIistnciade$eus' e' portanto' tantoote8smocomoate8smoestocondenados. 0ais tardeemsua"ida' Comte sentiuanecessidadedealguma religioeintrodu*iua=religioda5umanidade>' assimc&amada. Aindamais (ueComte' 5er%ert+pencer ) recon&ecido como o grande eIpoente do moderno agnosticismo cient8fico. ,le foimuito influenciado pela doutrina de 5amilton so%re a relati"idade do con&ecimento e peloconceito do A%soluto de 0ansel' e' lu* destas coisas' ela%orou a sua doutrina do3ncognosc8"el' (ue foi a designao (ue deu ao (ue (uer (ue se.a a%soluto' o primeiro ou o9ltimonaordemdouni"erso' $eusinclusi"e. ,lepartedasuposiode(ue&/algumarealidade su%.acente aos fen!menos' mas sustenta (ue toda refleIo so%re isso nos larga emmeio a contradiNes. ,sta realidade 9ltima ) completamente inescrut/"el. Con(uanto de"amosaceitar aeIistnciadeumPoder9ltimo' pessoal ouimpessoal' nen&umaconcepodelepodemos formar. 3ncoerentemente' ele dedica grande parte do seu-irst 0rinciplesaodesen"ol"imento do conte9do positi"o do 3ncognosc8"el' como se' na "erdade' fosse ele %emcon&ecido. 6utros agnsticos' influenciados por ele' so' entre outros' 5uIle[' GisSe eClifford. 4am%)m encontramos repetidamente o agnosticismo no &umanismo moderno. $i*5arr[ ,lmer #arnes =Para o autor' parece inteiramente %"io (ue a posio agnstica ) a9nica (ue pode ser apoiada por uma pessoa de mentalidade cient8fica e com disposio cr8ticano presente estado do con&ecimento>.;1Al)m das formas indicadas acima' o argumento agnstico tem assumido "/rias outras'das (uais as seguintes so algumas das mais importantes. ?1@ O !omem s tem con!ecimentomedianteanalogia. Con&ecemos somente a(uilo(uetemalguma analogia comanossanature*aoucomanossaeIperincia =)imiliasimilibus percipiuntur>. 0as' em%orase.a;1 1!e 12ilig!t of 3!ristianit4' p.2J0.;1"erdade (ue aprendemos muita coisa por meio de analogia' tam%)maprendemos porcontraste. ,mmuitos casos asdiferenassoprecisamenteascoisas(ue c&amamanossaateno. 6s escol/sticos fala"amdavianegationispela (ual eles' emseupensamento'elimina"am de $eus as imperfeiNes da criatura. Al)m disso' no de"emos es(uecer (ue o&omem foi feito a imagem de $eus' e (ue eIistem importantes analogias entre a nature*adi"ina e a nature*a do &omem. ?2@ O !omem realmente con!ece somente a&uilo &ue ele podecaptar em sus inteirea. ,m resumo' a posio ) a de (ue o &omem no pode compreender a$eus' (ue)infinitoA nopodeterumeIausti"ocon&ecimentodele' e' portantonopodecon&ec-lo. 0as esta posio parte da du"idosa suposio de (ue um con&ecimento parcialnopodeserumcon&ecimentoreal' suposio(ue' na"erdade' in"alidariatodoonossocon&ecimento' desde (ue este ) sempre incompleto. 6nosso con&ecimento de $eus'con(uantoeIausti"o' pode' contudo' ser muitoreal eperfeitamente ade(uados nossasnecessidades. ?;@1odos ospredicadosde#eussonegativose, portanto, nofornecemcon!ecimento real( $i* 5amilton (ue o A%soluto e o 3nfinito s podem ser conce%idos comouma negao imagin/"elA o (ue de fato significa (ue no podemos ter deles a%solutamentenen&uma concepo. 0as' em%ora se.a "erdade (ue muito da(uilo (ue ns atri%u8mos a $eus) negati"o' (uanto sua forma' isto no significa (ue' ao mesmo tempo' no possa comunicaralguma id)ia positi"a. A asseidade de $eus inclui a id)ias positi"as da +ua auto-eIistncia eauto-suficincia. Al)m disso' id)ias como amor' espiritualidade e santidade so positi"as. ?' mas uma coisa na (ual ,le ati"amente se fa* con&ecido. 2o )'como muitos pensadores modernos o "em' um aprofundamento discernimento espiritual (ue;' di*Paulo' =(ual dos &omens sa%e cousas do &omem' seno o seu prprio esp8rito (ue est/ neleqAssim tam%)m as cousas de $eus ningu)m con&ece' seno o ,sp8rito de $eus>. ?1 Co [email protected] ,sp8rito +anto perscruta todas as cousas. At) mesmo as profunde*as de $eus' e as re"ela ao&omem. $eus tem-se dado a con&ecer. Ao lado do con&ecimento ar(uet8pico de $eus' (ue seac&a no prprio $eus' &/ tam%)m um con&ecimento ect8pico dele' dado ao &omem por meioda re"elao. ,ste 9ltimo relaciona-se com o primeiro como uma cpia com o seu original e'portanto' no tem as mesmas proporNes de clare*a e perfeio. 4odo o nosso con&ecimentode $eus ) deri"ado da +ua auto-re"elao na nature*a e na ,scritura. Conse(pentemente' onosso con&ecimento )' de um lado' ect8pico e analgico' mas' de outro' ) tam%)m "erdadeiroe preciso' "isto (ue ) uma cpia do con&ecimento ar(uet8pico (ue $eus tem em +i mesmo.2.3.2. CONHECIMENTODEDEUSF INATOE AD*UIRIDO?C6G2343632+34A ,ACo13+4A@. 2ormalmente se fa* distino entre o con&ecimento de $eus' inato e ad(uirido.2o)uma distinoestritamente lgica por(ue' em9ltima an/lise' todocon&ecimento&umano ) ad(uirido. A doutrina das id)ias inatas ) filosfica' no teolgica. +uas sementes ./se ac&amna doutrina das id)ias' (ue nos "emde Plato' ocorrendo de modo maisdesen"ol"idonao%radeC8cero' intitulada#e' masl&ederamoutraconotao' outrospreferiram falar de uma cognitio #ei insita ?con&ecimento de $eus enIertado ou [email protected] um lado' esta cognitio #ei insita no consiste de id)ias e noNes formadas' presentes no&omempor ocasiodoseunascimentoA por outrolado' por)m' )mais (ueumasimplescapacidade(uepossi%ilitaao&omemcon&ecera$eus. ,ladenotaumcon&ecimento(uenecessariamenteresultadaconstituiodamente&umana' con&ecimentocongnitosnosentido de (ue ) ad(uirido espontaneamente' so% a influncia da semem religionis implantadano &omem por sua criao imagem de $eus' e (ue no ) ad(uirido pelo la%orioso processode racioc8nio e argumentao. r um con&ecimento (ue o &omem' constitu8do como )' ad(uirenecessariamente' e' como tal' distingue-se de todo con&ecimento condicionado pela "ontadedo &omem. 6 con&ecimento ad(uirido' por outro lado' ) o%tido pelo estudo da re"elao de$eus. 2o surge espontaneamente na mente &umana' mas resulta de consciente e constante%usca de con&ecimento. +pode ser ad(uirido pelofatigante processode percepo erefleIo' racioc8nio e argumentao. +o% a influncia do idealismo &egeliano e pelo conceitomoderno de e"oluo'o con&ecimento inato de $eus tem rece%ido forte nfaseA por outrolado' #art& nega a eIistncia de (ual(uer con&ecimento dessa esp)cie.2.3.3. A REVELAO GERAL E A ESPECIAL. A #8%lia atesta uma dupla re"elao de$eus uma re"elaonanature*a (uenos cerca' naconscincia &umana' enogo"ernopro"idencial do mundoA e uma re"elao encarnada na #8%lia como pala"ra de $eus. A testa aprimeira empassagens comoas seguintesA =6s c)us manifestamaGlriade$eus eofirmamento anuncia as o%ras das suas mos. 1m dia discursa a outro dia e uma noite re"elacon&ecimento outra noite> +almo 1C.1' 2. =Contudo' no se deiIou ficar sem testemun&o desi mesmo' fa*endoo%em' dando-"osdosc)usc&u"aseestaNesfrut8feras' enc&endoos"ossoscoraNesdefarturaedealegria> Atos12Reis 1D.1;. =manifestouos seus;Jcamin&os a 0ois)s' e os seus feitos' aos fil&os de 3srael> +almo 10;.D. =ningu)m .amais "iu a$euso$eus unignito' (ueest/ no seiodopai') (uemore"elou> :oo1.1E.=&a"endo$eus' outrora' faladomuitas "e*es' edemuitas maneiras aospais' nosprofetas' nestes9ltimos dias nos falou pelo fil&o> 5e%reus 1.1' 2.Com %ase nestes dados escritur8sticos' tornou-se costume falar da re"elao natural eso%renatural. A distino assim aplicada id)ia de re"elao )' primariamente' uma distino%aseada na maneira pela (ual ela ) comunicada ao &omemA mas' no transcurso da &istria'tam%)m tem sido %aseada' em parte' na nature*a da mat)ria (ue trata. 6 m)todo de re"elao) natural (uando esta ) comunicada por meio da nature*a' isto )' por meio da criao "is8"elcomsuas leis epoderes ordin/rios. rso%renatural (uando)comunicadaao&omemdemaneira mais ele"ada' so%renatural' como (uando $eus fala' (uer diretamente' (ue por meiode mensageiros so%renaturalmente dotados. A su%stTncia da re"elao era considerada comonatural' se pudesse ser ad(uirida pela ra*o&umana graas aoestudodanature*aA eraconsiderada so%renatural (uando no podia ser con&ecida a partir da nature*a' nem pela ra*o&umana desassistida. $a8 "eio a ser muito comum na 3dade 0)dia contrastar a ra*o comare"elao.2a teologia protestante'a re"elao natural muitas "e*es era c&amadarevelatiorealis' eare"elaoso%renaturalrevelatioverbalis' por(ueaprimeiraest/encarnadanascoisas' e a segunda em pala"ras. 2o transcorrer do tempo' por)m' "iu-se (ue a distino entreare"elaonatural easo%renatural eraam%8gua' "isto(uetodare"elao)so%renatural(uanto origem e' como re"elao de $eus' tam%)m (uanto ao conte9do. ,Rald' em sua o%raso%re+evelation" Its natureand+ecord' fala dare"elaonanature*a comore"elaoimediata' e da re"elao na ,scritura' (ue ele considera a 9nica (ue merece o nome=re"elao> no sentido mais completo' como re"elaomediata.;J1ma distino maiscomum' por)m' (ue' aospoucos' foi gan&andoaceitaogeral' )adere"elaogeral eespecial. 6 $r. Karfield distingue as duas como segue =A primeira ) dirigida de modo geral atodas as criaturas inteligentes' e' portanto' ) acess8"el a todos os &omensA a outra dirige-se auma classe especial de pecadores' aos (uais $eus (uis tornar con&ecida a +ua sal"ao. Aprimeira temem"ista locali*ar e suprir a necessidade natural das criaturas (uanto aocon&ecimento do seu $eusA a outra' resgatar do seu pecado e suas conse(pncias pecadoresescra"i*ados edeformados>.;DAre"elaogeral est/arraigadanacriao' )dirigidaao&omem na (ualidade de &omem' e mais particularmente ra*o &umana' e ac&a seu propsitona concreti*ao do fim da sua criao' con&ecer a $eus e assim desfrutar comun&o com;J P.B'J.;D +evelation and Inspiration, p.J.;D,le. A re"elao especial est/ arraigada no plano de redeno de $eus' ) dirigida ao &omemna (ualidade de pecador' pode ser ade(uadamente compreendida e assimilada somente pelaf)' e ser"e ao propsito de assegurar o fim para o (ual o &omem foi criado a despeito de todaa pertur%ao produ*ida pelo pecado. ,m "ista do plano eterno de re"elao' de"e-se di*er(ueestare"elaoespecial noapareceucomoumpensamentoposterior' mas esta"anamente de $eus desde o princ8pio.5ou"e consider/"el diferena de opinio a respeito da re"elao destas duas formas dere"elao ume com a outra. Conforme o escolasticismo' a re"elao natural fornecia os dadosnecess/riosparaaconstruodeumateologianatural cient8ficapelara*o&umana. 0as'con(uantocapacitasseo&omemaatingir con&ecimentocient8ficode$euscomoacausa9ltima de todas as coisas' no fornecia o con&ecimento dos mist)rios como os da 4rindade' daencarnao' e da redeno. ,ste con&ecimento ) dado pela re"elao especial. rumcon&ecimento no demonstr/"el racionalmente' mas de"e ser aceito pela f). Alguns dos maisantigos escol/sticos foram guiados pelo lema. =Credo ut intelligam>' e' depois de aceitarem as"erdades da re"elao especial pela f)' considera"am necess/rio ele"ar a f) compreensopormeiodeumademonstraoracional da(uelas"erdades' oupelomenos' pro"arasuaracionalidade. 4om/s de A(uino' por)m' considera"a imposs8"el isto' eIceto na medida em(ue a re"elao especial conti"esse "erdades (ue tam%)m fi*essem parte da re"elao natural.,m sua opinio' os mist)rios (ue compun&am o conte9do real da re"elao so%renatural noadmitiamnen&uma demonstrao lgica. ,le sustenta"a' por)m' (ue nopoderia &a"erconflitoentreas"erdadesdare"elaonatural easdare"elaoso%renatural. +eparecer&a"er conflito' &/ algo de errado com a filosofia da pessoa' Contudo' permanece o fato de (ueele recon&ecia' ao lado da estrutura erguida pela f) com %ase na re"elao so%renatural' umsistema de teologia cient8fica com fundamento na re"elao natural. 2a primeira a pessoa d/assentimento a alguma coisa por(ue esta ) re"elada' na +egunda' por(ue ) perce%ida como"erdadeira lu* da ra*onatural. Ademonstraolgica' (ue est/ fora de (uestonaprimeira' ) o m)todo natural de pro"a da segunda.6sreformadores re.eitaramodualismodosescol/sticos e"isaramumas8ntesedadupla re"elao de $eus. ,les no criam (ue a ra*o &umana ten&a capacidade para ela%orarum sistema cient8fico de teologia com %ase na re"elao natural pura e simples. +ua maneirade "er o assunto pode ser representada como segue como resultado da entrada do pecado nomundo' a escrita de $eus na nature*a ficou muito o%scura' e em alguns dos mais importantes;Eassuntos' ) opaca e ileg8"el.Al)m disso' o &omem foi atingido pela cegueira espiritual'e'assim' est/ pri"adodacapacidade deler corretamente a(uilo(ue$eus originariamenteescre"eu com clare*a nas o%ras da criao. Para remediar a (uesto e impedir a frustrao do+eu propsito' $eus fe* duas coisas. ,m +ua re"elao so%renatural' ,le tornou a pu%licar as"erdades da re"elao natural' esclareceu-as para e"itar mal-entendidos' interpretou-as com"istas s presentes necessidades do &omem' e' assim' incorporou-as emsua re"elaoso%renatural da redeno. ,' em acr)scimo a isso' ,le pro"idenciou uma cura para a cegueiraespiritual do &omem na o%ra de regenerao e santificao' incluindo iluminao espiritual' e'assim' capacitouo&omemmais uma "e*ao%ter "erdadeirocon&ecimentode$eus' ocon&ecimento (ue le"a consigo a segurana da "ida eterna.ouandoosg)lidos"entosdoracionalismosopramso%rea,uropa' are"elaofoieIaltada em detrimento da re"elao so%renatural' o &omem ficou intoIicado pela sensao dasua capacidade e %ondade' recusou-se a ou"ir a "o* da autoridade (ue l&e fala na escritura e asu%meter-se a ela' e depositou completa confiana na capacidade da ra*o &umana para gui/-loparaforadola%irintodeignorTnciaeerrorumoclaraatmosferadocon&ecimento"erdadeiro.Alguns (ue ensina"am (ue a re"elao natural era inteiramente suficiente paraensinar aos &omens todas as "erdades necess/rias' ainda admitiam (ue poderiam aprend-lasmais depressa com o auI8lio da re"elao so%renatural. 6utros nega"am (ue a autoridade dare"elao so%renatural era completa'en(uanto os eu conte9do no fosse demonstrado pelara*o. , finalmente o de8smo' emalgumas de suas formas' nega"a' no somente anecessidade' mas tam%)ma possi%ilidade e realidade da re"elao so%renatural. ,m+c&leiermac&er a nfase muda do o%.eti"o para o su%.eti"o' da re"elao para a religio' eisso sem nen&uma distino entre a religio natural e a re"elada. 6 termo =re"elao> ainda )conser"ado' mas fica reser"ado como umdesignati"o dodiscernimento espiritual maisprofundo do &omem' discernimento (ue' contudo' no l&e "em sem a sua diligente pes(uisapessoal. 6(ue)c&amadore"elaodeumpontode"ista' podeserc&amadodesco%erta&umanadeoutro. ,steconceitotornou-sede"erascaracter8sticodateologiamoderna. $i*7nudson =masestadistinoentreateologianatural eare"eladaagoracaiuem(uasecompletodesuso. A tendnciaatual) a denotraar nen&umalin&adefinidade distinoentre a re"elao e a ra*o natural' mas' sim' considerar as mais altas percepNes da ra*ocomo elas prprias constituindo re"elao di"ina. ,m todo caso' no &/ um corpo fiIo de;C"erdade re"elada' aceita com %ase em autoridade' e (ue se manten&a oposta s "erdades dara*o. 4oda "erdade &o.e repousa em seu poder de apelar para a mente &umana>..;Eresteconceitodere"elao(ue#art&denunciaemtermos fort8ssimos. ,leest/particularmenteinteressadonosu.eitodare"elao' e(uercondu*ir aigre.ade"oltadosu%.eti"o para o o%.eti"o' da religio para a re"elao. 2a religio ele " primariamente osesforos do &omem para encontrar $eus' e na re"elao' =$eus em %usca do 5omem> em:esus Cristo. #art& no con&ece nen&uma re"elao na nature*a. A re"elao .amais eIiste emalguma lin&a &ori*ontal' mas sempre desce perpendicularmente de cima. Are"elao )sempre $eus em ao' $eus falando' tra*endo algo inteiramente no"o para o &omem' algumacoisa da (ual ele no poderia 4er um con&ecimento pr)"io' e (ue se torna uma re"elao realsomente para a(uele (ue aceita o o%.eto da re"elao mediante uma f) dada por $eus. :esusCristo ) a re"elao de $eus' e somente a(uele (ue con&ece a :esus Cristo con&ece algumacoisa da re"elao. A re"elao ) um ato de graa' pelo (ual o &omem se torna consciente dasua condio pecaminosa' mas tam%)m li"re' imerecida e perdoadora complacncia de $eusem :esus Cristo. #art& at) domina a reconciliao. Fisto (ue $eus ) sempre so%erano e li"reem+uare"elao' estanuncapodeassumiraformafatualmentepresenteeo%.eti"a' comlimitaNes definidas' para (ual o &omem possa "oltar-se em (ual(uer ocasio em %usca deinstruo. $a8' ) um engano considerar a #8%lia como re"elao de $eus em (ual(uer outrosentido (ue no se.a um sentido secund/rio. ,la ) uma testemun&a e um sinal da re"elao de$eus. 6 mesmo pode-se di*er' em%ora num sentido su%ordinado' da pregao do ,"angel&o.0as' se.a (ual for a mediao pela (ual a Pala"ra de $eus "en&a ao &omem no momentoeIistencial da sua "ida' ela ) sempre recon&ecida pelo &omem como uma pala"ra diretamenteditaaele' e"indaperpendicularmentedoalto. ,sterecon&ecimento)efetuadoporumaoperaoespecial do,sp8rito+anto' pelo(ual sepodedenominar1estimonium)piritus)antcti indi"idual. A re"elao de deus foi dada uma ve por todas em :esus Cristo 2o em+eu aparecimento &istrico' mas no plano supra-&istrico no (ual os poderes do mundo eternotornam-see"identes' taiscomo+uaencarnao' +uamorte' e+uaressurreio. ,se+uare"elao ) tam%)m cont8nua' digamos assim' s o ) no sentido de (ue $eus continua a falar apecadores indi"iduais' no momento eIistencial de suas "idas' atra")s da re"elao em Cristo'mediadapela#8%liaepelapregao. Assim' somos deiIados commeros "islum%res dare"elao "inda a indi"8duos' da (ual somente a(ueles indi"8duos tm a%soluta certe*aA e comfal8"eis testemun&as ou sinais da re"elao em :esus Cristo' %em prec/rio fundamento para a;E 1!e #octrine of 8od, p. 1D;. ou =6 +upremo>' e assim por diante.1m %om eIemplo desse tipo de associao' ainda esto presentes em alguns nomes eeIpressNes &e%raicos' como Rafael ?=curado por $eus> - ,l@' e /ra%es' por eIemplo A%dalla&?=ser"o - a%d - de $eus> - Alla&@.0uitas traduNes das #8%lias crists grafam a pala"ra' opcionalmente' com a inicial emmai9scula' ouem"ersalete ?$,1+@' su%stituindo a transcrio referente aotetragrama'n5F5' con.untamente com o uso de +,256R em "ersalete' para referenciar (ue se trata"a;C &ttpQQpt.RiSipedia.orgQRiSiQ$eus..=$eus acima de $eus (ue ) o fundamento "erdadeiro de tudo o (ue eIiste' e (ue sesitua acima de (ual(uer nome especial (ue l&e possamos dar' mesmo (ue se.a o nome do maisalto ser>.o #eus de vossos pais enviou-me a vs?, e diro para mim" >*ual)acoisamaisimportante. 6"a*ionopensamento da ndia ) %em con&ecido. 2o pensamento &indu' o "a*io corresponde a $eus'pois era o "a*io onde as coisas acontecem>.' o =,sp8rito $i"ino e3nfinito>(ueemanadePara%ra&mannoin8ciodeumno"ociclodemanifestao?c&amado0a&aman"antara@. Portanto' ) a origem e rai* de toda a conscincia (ue e"olui neste mundo.4odos os po"os ti"eram a re"elao do $eus 9nico ?mesmo nos sistemas polite8stas')muito comum &a"er uma di"indade suprema' ou um conceito supremo' inomin/"el' sem altares esem representao@. Contudo' cremos (ue a sal"ao "em pelos .udeus e da8 a grande importTnciadas contri%uiNes feitas por este not/"el po"o &umanidade' dentre as (uais o 0essias nes&ua?:esus@.. Parao#udismo' aid)iadeum=$eus Criador A%solutoe4ranscendente>)contraditria com os ensinamentos.$outrinas do 0a&a[ana e do 4antrismo ?Fa.ra[ana@A situao assume aspectos diferentes nos #udismos 0a&a[ana e 4Tntrico. A(ui pode-seencontrar anoodos #udas com"/rios tipos decorpos' aparecendocomoreis de=Campos #9dicos> ?4erras-puras L mundos onde a pr/tica espiritual ) o foco central@. Apesarde eIistirem incont/"eis #udas' sua essncia ) 9nica e ) neste sentido (ue #uda ) lou"adocomo =4at&agata> e =sen&or dos de"as> ?mesmo no t&era"ada' ) #ra&ma se prostra ao #uda epede (ue ele ensine pela primeira "e*@. +eu reino ?=d&atu>@ tam%)m ) dito como inerente emtodos os seres. ,ssa essncia indestrut8"el ) c&amada de =#udd&a-d&atu> ?elemento de #uda'nature*a-de-#uda' reino-de-#uda@ ou =4at&agatagar%&a> em sutras tais como=0a&aparinir"ana +utra> e =Anunat"a-Apunat"a-2irdes>. Al)m disso' a id)ia de uma #ase do+er' e )tida comoatemporal' inerente atudo' (uetudosa%e' incriada e incessante ?od&armad&atu ou satt"ad&atu@' (ue ) a 0ente $esperta ?%od&icitta@ ou $&armaSa[a ?=Corpo daFerdade>@ doprprio#uda' )promulgadaemtais teItos. 2o0a&a"airocana+utra' estaessncia do supremo #uda' c&amada de Fairocana' ) sim%oli*ada pela letra =A>' (ue se di*ser residente nos coraNes de todos os seres e so%re a (ual o #uda Fairocana declara =am8stica letra OAP se situa no local do corao ela ) +en&or e 0estre de tudo' e ela permeiainteiramentetodososanimadoseinanimados. OAP )amaisaltaenergia-de-"ida>?4&e0a&a-"airocana-A%&isam%od&i 4antra' p. ;;1@.

$escriNes semel&antes podem ser encontradas no =4antra Rei- (ue-4udo-Cria>' ondea 0ente do $espertar uni"ersal ?c&amada de =#uda +amanta%&adra> - o =4odo-#em>@ declarade si mesmo=,u sou o n9cleo de tudo o (ue eIiste. +ou a semente de tudo o (ue eIiste. +ou a causade tudo o (ue eIiste. +ou o tronco de tudo o (ue eIiste. +ou a fundao de tudo o (ue eIiste.+ou a rai* da eIistncia. +ou Oo n9cleoP por(ue conten&o todos os fen!menos. +ou Oa sementePpor(ue dou "ida a tudo. +ou Oa causaP por(ue tudo pro")m de mim. +ou Oo troncoP por(ue asramificaNes de cada e"ento %rotam de mim. +ou Oa fundaoP por(ue tudo reside em mim.+ou c&amado de Oa rai*P por(ue sou tudo.> ?4&e +upreme +ource ?A Gonte +uprema@' p. 1BD@.,sses teItos costumamser facilmenteinterpretadocomosendoaideia%udistadedi"indade. $e"e se ) perce%er (ue' apesar de tudo' esta descrio se diferencia em muitosapectos das id)ias de di"indade oriental ou ocidental.,m "/rios teItos' como no %udismoC&an C&ins ou `en :apons "emos uma le"e semel&ana com as id)ias do 4aoismo. Assim'as doutrinas do #udismo primiti"o e posterior espal&am-se por um "asto arco (ue "ai de umaparente no-te8smo s maiores formas de pensamento' c&egando ao m/Iimo num aparentepante8smo.!.!. DEUS L ISLAMISMO ./ eIistia no como di"indade' mas como conotati"o para o somdo tro"o ?4u-p/' 4u-p ou 4u-pana' golpeQ%a(ue estrondante@' portanto' no passa"a de umefeito' cu.a causa o 8ndio descon&ecia e' por isso mesmo' temia. 6s"aldo 6rico ) da opiniode (ue os ind8genas tin&am noo da eIistncia de uma -ora' de um #eus superior a todos.Assim ele di* =A despeito da singela id)ia religiosa (ue os caracteri*a"a' tin&a noo de ,nte+upremo' cu.a "o* se fa*ia ou"ir nas tempestades L 4up-cinunga' ou =o tro"o>' cu.o refleIoluminoso era 4up%era%a' ou relTmpago. 6s 8ndios acredita"am ser o deus da criao' o deusda lu*. +ua morada seria o solPara os ind8genas' antes dos .esu8tas os etnocidarem' 4up representa"a um ato di"ino'era o sopro' a "ida' e o &omem a flauta em p)' (ue gan&a a "ida com o fluIo (ue por elepassa.. =2oeIistealgu)msuficientementes/%ioa(uiem Atenasq>es%ra"e.ouumancioindignado. =4emos de apelar para um ... um estrangeiroq> =+econ&ecealgumgrandes/%ioem Atenas' podec&am/-lo>' disse28cias. =Casocontrario' cumpramos simplesmente as ordens do or/culo>. 1m "ento frio' frio como se tocado pelos dedos g)lidos do terror (ue "arria Atenas'fe*-se presente na cTmara de m/rmore %ranco do consel&o na Colina de 0arte.' ossinaisdapragaeram"istosportodaaparte. 0as,pimnideso%ser"ou outra coisa=2unca "i tantos deusesa> eIclamou o cretense para o seu guia' piscando surpreso.Galanges ladea"am os dois lados da estrada (ue saia do Pireu. 6utros deuses' centenas deles'adorna"am um terreno 8ngreme e roc&oso' c&amado acrpole. 4empos depois' nesse mesmolugar' os atenienses constru8ram o Partenon. =ouantos soos deuses de Atenasq> in(uiriu,pimnides. =Farias centenas pelomenosa> replicou 28cias. =Farias centenasa>' foi a eIclamao espantada de ,pimnides. =A(ui e mais f/cil encontrar deuses do (ue &omensa>=4em ra*oa>' riu o consel&eiro 28cias. =2o sei (uantos pro")r%ios ./ foram feitosso%re OAtenas' a cidade saturada de deusesP. Com a mesma facilidade (ue se tira uma pedra dapedreira' outro deus e tra*ido para a cidadea>. 28cias parourepentinamente' refletindoso%reo(ueaca%aradedi*er. =4oda"ia>'comeou pensati"o' =o or/culo de P8tias declara (ue os atenienses precisam apa*iguar aindaum outro deus. , voc' ,pimnides' de"e promo"er a intercesso necess/ria. Ao (ue parece'apesar do (ue eu disse' ns' atenienses' ainda precisamos de mais um deusa>. :ogando a ca%ea para tr/s e rindo' 28cias eIclamou =Realmente' ,pimnides'noconsigo adi"in&ar (uempoderia ser esse outro deus. 6s atenienses so os maiorescolecionadores de deuses no mundoa :/ sa(ueamos as teologias de muitos po"os das"i*in&anas' apoderando-nos de toda di"indade (ue possamos transportar para a nossa cidade'por terra ou por mar>. =4al"e* se.a esse o seu pro%lema>' disse ,pimnides com um ar misterioso. B;28cias piscouos ol&os para oamigo' semcompreender' como(uemdese.aumesclarecimentodesse 9ltimocoment/rio. 0as alguma coisanaatitude de,pimnides osilenciou. 0omentos depois' c&egaram a um prtico com piso de m/rmore' .unto cTmara doconsel&o na Colina de 0arte. 6s ancios de Atenas ./ &a"iam sido a"isados e o consel&o osespera"a.=,pimnides' agradecemos sua ...> comeou o presidente da assem%leia. =+/%ios ancios de Atenas' no&/ necessidade de agradecimentos>. ,pimnidesinterrompeu. =Aman&a' aonascer dosol' tragamumre%an&odeo"el&as' umgrupodepedreiros e uma grande (uantidade de pedras e argamassa ate a ladeira co%erta de rel"a' ao p)destaroc&asagrada. Aso"el&asde"emser todassadias edecoresdiferentes - algumas%rancas' outraspretas. Focs node"emdeiI/-lascomer depoisdodescansonoturno. rpreciso (ue se.amo"el&as famintasa Fou agora descansar da "iagem. Acordem-me aoaman&ecer>. 6s mem%ros do consel&o trocaram ol&ares curiosos' en(uanto ,pimnides cru*a"a oprtico em direo a um (uarto sossegado' enrolando-se em seu manto coma num co%ertor esentando-se para meditar. o presidente "oltou-se para um dos .o"ens mem%ros do consel&o.=Fe./ (ue tudo se./ feito como ele ordenou>' disse ele. =As o"el&as esto a(ui>' falou o .o"emmem%ro' &umildemente. ,pimnides'despenteado e ainda meio dormindo' saiu de seu descanso e seguiu o mensageiro ate a ladeira(ue fica"a na %ase da Colina de 0arte. $ois re%an&os - 1m de o"el&as pretas e %rancas eoutro de consel&eiros' pastores e pedreiros - ac&a"am-se a espera' de%aiIo do sol (ue nascia.Centenas de cidados' desfigurados por outra noite de "ig8lia cuidando dos doentes atingidospela praga ec&orandopelosmortos'galgaram ospe(uenos outeiros e ficaramo%ser"andoansiosos. =+/%ios ancios>' comeou,pimnides' ="ocs ./seesforarammuitoofertandosacrif8cios aos seus numerosos deusesA entretanto' tudo se mostrou in9til. Fou agora oferecersacrif8cios %aseado em trs suposiNes %em diferentes das suas. 0in&a primeira suposio...>4odos os ol&os esta"am fiIos no cretense de ele"ada estaturaA todos os ou"idos atentospara captar suas prIimas pala"ras. =... ) (ue eIiste ainda outro deus interessado na (uesto desta praga - 1m deus cu.onome no con&ecemos e (ue no est/' portanto' sendo representado por (ual(uer 8dolo em suacidade. +egundo' "ousuportam%)m(ueessedeus)%astantepoderosoesuficientemente%ondoso para fa*er alguma coisa a respeito da praga' se apenas pedirmos a sua a.uda.> B =A terceira suposio ) a min&a resposta a sua pergunta>' replicou ,pimnides. =,ssa &iptese) muito simples. oual(uer deus suficientemente grande e %ondoso para fa*er algo a respeitoda praga ) tam%)m poderoso e misericordioso para nos fa"orecer em nossa ignorTncia - se arecon!ecermos e o in"ocarmosa> 0urm9rios de apro"ao misturaram-se como %alido das o"el&as famintas. 6sancios de Atenas .amais tin&am ou"ido essa lin&a de racioc8nio antes. =0as' por (ue as o"el&as de"iam ser de cores diferentesq> pergunta"am eles. =Agoraa> gritou ,pimnides' =preparem-se para soltar as o"el&as na ladeira sagradaa1ma "e* soltas' deiIem (ue cada animal paste onde (uiser' mas faam com (ue se.a seguidopor um &omem (ue o o%ser"e cuidadosamente>.A seguir' le"antando os ol&os para o c)u',pimnides oroucom"o* profunda e c&eia de confiana =' tu' deus descon&ecidoaContempla a praga (ue aflige esta cidadea , se de fato tens compaiIo para nos perdoar ea.udar' o%ser"aestere%an&odeo"el&asa Re"elatuadisposiopararesponder' eupeo'fa*endo com (ue (ual(uer o"el&a (ue te agrade deite na rel"a em "e* de pastar. ,scol&a as%rancas seelas teagradaremA as pretas setecausarempra*er. As (ueescol&eres serosacrificadas a ti' recon&ecendo nossa lament/"el ignorTncia do teu nomea> ,pimnides sentou-se na grama' inclinoua ca%ea e fe* sinal aos pastores (ueguarda"amore%an&o. ,stes "agarosamenteseafastaram. Comrapide*e"oracidade' aso"el&as se espal&aram pela colina' comeando a pastar. ,pimnides ficou ali sentado comouma est/tua' com os ol&os %aiIos.=r in9til' murmurou %aiIin&o um consel&eiro. =0al aman&eceu e raras "e*es "i umre%an&otofaminto. 2en&umanimal "ai deitar-seantes deenc&er oest!magoe(uemacreditar/ ento (ue foi um deus (ue o le"ou a issoq> =,pimnides de"e ter escol&ido esta &ora do dia deli%eradamentea> respondeu 28cias.=+ assim poderemos sa%er (ue a o"el&a (ue se deitar o far/ em o%edincia "ontade dessedeus descon&ecido' e no por sua prpria inclinaoa> 0al 28cias terminara de falar (uando um pastor gritou =6l&ema> 4odos os ol&os se"oltaram para "er um carneiro do%rar os .oel&os e deitar-se na rel"a. =,is a(ui outroa> %radou um consel&eiro surpreso' fora de si por causa do espanto. ,mpoucos minutos' algumas das o"el&as se ac&aram acomodadas so%re a rel"a suculenta demaispara (ue (ual(uer &er%8"oro faminto pudesse resistir - em circunstTncias normaisa BB=+e apenas uma deitasse' ter8amos dito (ue esta"a doentea> eIclamou o presidente doconsel&o. =0as istoa 3sto s pode ser uma respostaa> Comosol&osc&eiosdere"erncia' elese"oltou' di*endoa,pimnides =6(uefaremos agoraq> =+eparem as o"el&as (ue esto descansando>' replicou o cretense' le"antando a ca%eapela primeira "e* desde (ue in"ocara o deus descon&ecido' =e mar(uem o lugar onde cadauma se ac&a. Gaam depois com (ue os pedreiros le"antem altares - 1m altar em cada pontoonde as o"el&as descansarama> C&eios de entusiasmo' os pedreiros comearam a fa*er argamassa e no final da tardeela ./ &a"ia endurecido o suficiente. 4odos os altares se ac&a"am preparados para uso. =oual onome dodeus (ue gra"aremos so%re esses altaresq> perguntouumdosconsel&eiros do grupo mais .o"em' eIcessi"amente ansioso. 4odos se "oltaram para ou"ir aresposta do cretense. =2omeq> repetiu ,pimnides' refletindo. =A di"indade' cu.a a.uda %uscamos' agradou-se em responder a nossa admisso de ignorTncia. +e agora pretendermos mostrarcon&ecimento'gra"ando um nome (uandona"erdadenotemosamenorideia a respeitodele' temo (ue "amos apenas ofend-laa> =2opodemoscorrer esserisco>concordouopresidentedoconsel&o. =0ascomcerte*a de"e &a"er um meio apropriado de - de dedicar cada altar antes de us/-lo.> =4em ra*o' s/%io consel&eiro>' declarou ,pimnides com um sorriso raro. =,Iiste ummeio. 3nscre"am simplesmente as pala"ras Agnosto 4&eo - a um deus descon&ecido - no ladode cada altar. 2ada mais e necess/rio.> 6s atenienses gra"aram as pala"ras recomendadas pelo consel&eiro cretense. A seguir'sacrificaram cada o"el&a =dedicada> so%re o altar' marcando o ponto em (ue a mesma &a"iadeitado. A noite caiu. 2a madrugada do dia seguinte' o aperto mortal da praga so%re a cidade./ se &a"ia afrouIado. 2o decorrer de uma semana' os doentes sararam. Atenas enc&eu-se delou"or ao =$eus descon&ecido> de ,pimnides e tam%)m a este' por ter prestado socorro tosurpreendentedeummodo"erdadeiramenteengen&oso. Cidados agradecidos colocaramfestNesdefloresaoredordodespretensiosocon.untodealtaresnaencostadaColinade0arte. 0ais tarde' eles esculpiram uma est/tua de ,pimnides sentado e a colocaram diantede um de seus templos. Como passar do tempo' por)m' o po"o de Atenas comeou a es(uecer-se damisericrdia (ue o =deus descon&ecido> de ,pimnides l&es concedera. +eus altares na colinaforam negligenciados e eles "oltaram a adorar centenas de deuses (ue se mostraram incapa*esBJde remo"er a maldio da cidade. FTndalos demoliram parte dos altares e remo"eram pedrasde outros. 6 mato e o musgo comearam a crescer so%re as ru8nas ate (ue ...Certo dia' dois ancios (ue se lem%ra"am da importTncia dos altares pararam diante deles acamin&o do consel&o. Apoiados em seus %ordNes' eles contemplaram pensati"os as rel8(uiasocultas por trepadeiras. 1m dos ancios retirou um pouco do musgo e leu a antiga inscrioenco%erta =Agnosto 4&eo. $emas - "oc se lem%raq>=Como poderia es(uecerq> respondeu $emas. =,u era o .o"em mem%ro do consel&o(ue ficou acordado a noite inteira para certificar-me de (ue o re%an&o' as pedras' a argamassae os pedreiros estariam prontos ao nascer do sola> =, eu>' replicou o outro ancio' =era a(uele outro .o"em mem%ro ansioso (ue sugeriu(ue fosse gra"ado em cada altar o nome de algum deusa oue tolice.> ,le fe* uma pausa' mergul&ado emseus pensamentos' acrescentando a seguir=$emas' "oc tal"e* me considere sacr8lego' mas no posso deiIar de sentir (ue se o $eusdescon&ecido de ,pimnides se re"elasse a%ertamente a ns' logo deiIar8amos de lado todosos outrosa> o ancio %ar%udo %alanou o %ordo com certo despre*o na direo dos 8dolossurdos e mudos (ue' fileira aps fileira' co%riam o alto da acrpole' em maior numero do (ue./ &ou"era. =+e,le.amais"ierare"elar-se>' disse$emaspensati"amente' =comonossopo"osa%er/(ueno)umestran&o' mas um$eus(ue./participoudospro%lemas denossacidadeq> =Ac&o (ue s eIiste um meio>' replicou o primeiro ancio. =$e"emos preser"ar pelomenos um desses altares como e"idencia para a posteridade. , a &istoria de ,pimnides de"e'de alguma forma' ser mantida "i"a entre as nossas tradiNes.> =1magrandeideiaasua>entusiasmou-se$emas.>6l&ea ,steaindaest/em%oascondiNes.Famoscontratarpedreirosparapoli-loeaman&alem%raremostodooconsel&odessa antiga "itria so%re a praga. Garemos uma proposta (ue inclua pelo menos amanuteno deste altar entre as despesas perp)tuas de nossa cidadea> 6s dois ancios apertaram-seas mos parafec&ar oacordoe' de%raos dados'seguiramcamin&oa%aiIo' %atendoalegrementeos%ordNescontraaspedrasdaColinade0arte.6 relato acima %aseou-se principalmente em uma tradio registrada como &istria por$igenes Ha)rcio' um autor grego do terceiro s)culo d.C.' numa o%ra cl/ssica denominada4&e Hi"es of ,minent P&ilosop&ers ?=As Fidas de Gilsofos ,minentes>'". 1' p. 110@. 6selementos %/sicos da narrati"a de $igenes so os seguintes ,pimnides' um &eri cretense'BDatendeu a um pedido de Atenas' feito por 28cias' a fim de aconsel&ar a cidade so%re como seli"rar de uma praga. Ao c&egar a Atenas' ,pimnides conseguiu um re%an&o de o"el&as pretase %rancas e soltou-as na Colina de 0arte' dando instruNes para (ue alguns &omens seguissemas o"el&as e marcassem o lugar onde (ual(uer uma delas se deitasse. 6 propsito aparente de ,pimnides com isso era dar' a (ual(uer deus e"entualmenteligado a (uesto da praga' uma oportunidade de re"elar sua disposio em a.udar' ao fa*ercom (ue as o"el&as (ue o agradassem ficassem deitadas' como sinal de (ue as aceitaria sefossemoferecidasemsacrif8cio. Fisto(ueno&a"erianadaeItraordin/rionofatodeaso"el&as se deitarem fora do &or/rio &a%itual em (ue pasta"am',pimnides pro"a"elmentecondu*iu sua eIperincia de man& %em cedo' (uando as o"el&as esta"am famintas. Algumas das o"el&as deitaram e os atenienses as ofereceram em sacrif8cio so%re osaltares sem nome' constru8dos especialmente com esse propsito. A praga foi assim remo"idada cidade. 6s leitores doAntigo4estamento lem%raro de (ue um&eri c&amado Gideo'%uscando con&ecer a "ontade de $eus' usou como sinal um pedao de l. ,pimnides fe*mais (ue Gideo' ele usou um re%an&o inteiroa +egundouma passagememHeis' de Plato' ,pimnides tam%)mprofeti*ou' namesma )poca' (ue de* anos mais tarde umeIercitopersa atacaria Atenas. 4oda"ia' osinimigos persas =retrocedero com todas as suas esperanas frustradas e depois de sofrer maisferimentos do (ue os infligidos por eles>. ,sta profecia foi cumprida.6apstoloPaulo' du*entosanosdepoisde,pimnides' passandoem Atenas' seuesp8rito se re"olta"a' em face da idolatria na(uela cidade.Atos 1D.1J-2B 1J. ,n(uanto Paulo os espera"a em Atenas' re"olta"a-se nele o seuesp8rito' "endoacidadec&eiade8dolos. 1D.Argumenta"a' portanto' nasinagogacomos.udeus e os gregos de"otos' e na praa todos os dias com os (ue se encontra"am ali. 1E. 6ra'alguns filsofos epicureus e esticos disputa"am com ele. 1ns di*iam oue (uer di*er esteparoleiroq , outros Parece ser pregador de deuses estran&osA pois anuncia"a a %oa no"a de:esus e a ressurreio. 1C. ,' tomando-o' o le"aram ao Arepago' di*endo Poderemos nssa%er (ueno"adoutrina)essade(uefalasq20. Pois tunos tra*es aos ou"idoscoisasestran&asA portanto (ueremos sa%er o (ue "em a ser isto. 21. 6ra' todos os atenienses' comotam%)mosestrangeiros(ueali residiam' denen&umaoutracoisaseocupa"amsenodecontar ou de ou"ir a 9ltima no"idade. 22. ,nto Paulo' estando de p) no meio do Arepago'disse FarNesatenienses' emtudo"e.o(uesoiseIcepcionalmentereligiososA 2;. Por(ue'passandoeueo%ser"andooso%.etosdo"ossoculto' encontrei tam%)mumaltarem(ueBEesta"a escrito A6 $,1+ $,+C625,C3$6. ,sse' pois' (ue "s &onrais sem o con&ecer' ) o(ue "os anuncio. 2.ouando os telogos falam so%re as Pessoas da 4rindade' eles (uerem di*er (ue' na4rindade' temos uma essncia ?ser@ e trs su%sistncias. As trs Pessoas da deidade su%sistemna essncia di"ina.A pala"ra pessoa' na formulao da trindade' ) deri"ada do "oc/%ulo latino persona(2os teatros romanos' uma personaera uma m/scara atra")s da (ual os atores fala"am. 4em&a"ido grande relutTncia por causa do uso da pala"ra persona' na teologia' por causa de suaJ2origem. 6 termo grego (ue se ac&a no 2o"o 4estamento e (ue para o latim foi tradu*ido porpersona' e para o portugus para pessoa' ) &upstasis ? yuuVX ).Por conseguinte' (uandofalamos na trindade' falamos na unio &ipost/tica da deidade.A 3gre.a crist (uando confessa sua f) em um $eus trino' ela tenciona transmitir aid)ia de (ue eIiste uma s essncia ou ser' e no trsA mas (ue eIistem trs personalidadessu%sistentes distintas na deidade.6 grandemist)rio ) (ueo&omem)um ser e umapessoa'toda"ia$eus)um serconstitu8do de trs Pessoas.5/trs Wu u^VX?&[postaeis@ousu%sistncias' (uesomutuamentedistintas'cada uma possuindo inteligncia' su%sistindo por si mesma e no transmitido outransmiss8"el s outras' as (uais c&amamos pessoas' de acordo com a definio (ue temosdesse termo. Com isto no (ueremos di*er (ue &/ trs modos de su%sistncia ou trs formasde manifestao' mas' como ./ dissemos' trs su%sistncias inteligentes realmente distintasuma das outras. 1ma pessoa sugere a id)ia de algu)m (ue possui mente' emoo e "ontade.,ssa ) a id)ia (ue temos (uando di*emos (ue &/ trs pessoas na $i"indade.As trssu%sistncias datrindadenotmumanature*aseparada' mas umaeamesma nature*a di"ina ?W u @. 5/ um s $eus' portanto de"e &a"er apenas uma nature*adi"inaeIistindoemcadaum.As 4rspessoasparticipantesdeumaeamesmaessncia?W u @ estointimamenterelacionadas entresi. ,sterelacionamentoest/impl8citonosnomes Pai' Gil&o e ,sp8rito +anto.2a trindade temos trs su%sistncias ? Wu ^@' ou mel&or di*endo' trs almas?_ X @ ou pessoas ?Personas@' por)m um s ,sp8rito' ou se.a' uma s essncia. 2o eIisteum ,sp8rito para o Pai' um para o Gil&o' e nem um ,sp8rito para o ,sp8rito +anto. 0as ums ,sp8rito' uma s essncia ?W u @. 6 $eus 9nico su%siste em trs Pessoas.#.3. A TRPLICE REVELAO DE DEUS #1#.3.1. A REVELAO NATURAL+l 1C.1'2A At 1. B;=A forteantipatiateologiaemnossosdias' %aseadaemespeculao&umanasemsuporte' trouIe emconse(uncia uma re.eioampla e por atacadodetodaa teologianatural>. B.BJ=A re"elao especial ) especial por(ue fornece informaNes espec8ficas so%re $eus(ue no podemos encontrar na nature*a. A nature*a no nos ensina o plano de $eus para asal"aoA a#8%lia ensina. Aprendemos muitomais pontos espec8ficos so%reocar/ter eB2+PR61H. Ro%ert C&arles.6 oue ) 4eologia Reformada. 1M ed. +o Paulo ,ditora Cultura Crist' 200C'p.29.B; 3%id.' p. 29.B< 3%id.' p. 29.BB 3%id.' p. D.BJ 3%id., p. 9.J ?:o . , mais' ,le no ) destrut8"el' aocontr/rio da nature*a &umana.,Iistem' ) claro' numerosas passagens (ue do a entender (ue $eus possui aspectosf8sicos' tais como mos e p)s. Como entender tais refernciasq Parece mel&or compreend-lasBD +PR61H. Ro%ert C&arles. 6p. Cit., p. 9.BE #,24,+' A. Carlos G. 4,6246H6G3A. Hagoa +anta L 0G. ,dio Prpria' 2011' p. D'E.JBcomoantropomorfismo' tentati"as de eIpressar a "erdade acerca de $eus por meio deanalogias &umanas. 4am%)m &/ casos em (ue $eus apareceu em forma f8sica' especialmenteno Antigo 4estamento. ,sses casos de"em ser entendidos como teofanias ou manifestaNestempor/rias de$eus. Parecemel&or entender literalmenteasafirmaNes clarasacercadaespiritualidade e in"isi%ilidade de $eus e interpretar os antropomorfismos e as teofanias deacordo com elas. Ali/s' :esus mesmo indicou claramente (ue um esp8rito no possui carnenem ossos ?Hc 2(uandoo+en&or l&esapareceu no 5ore%e' e portanto no de"eriam fa*er para si imagens d,le ?$t ?:o 1.1E@. Paulo se referiu a ,le como =o $eus in"is8"el> ?Rm1.20A Cl 1.1BA 1 4m 1.1D@' e declarou (ue nen&um &omem .amais 6 "iu ou pode "-lo ?1 4mJ.1J@. Algumas passagens' entretanto indicam (ue os remidos 6 "ero algum dia ?+l 1D.1BA0t B.EA 5% 12.1 ?I ;.1. #.!.#. ELE ) ASSE'UADO. BCouandoperguntamos se $eus) do seIo masculino'muitossemostramclaramenteinseguros. Afinal de contas' no nos dirigimos a $eus como Paiq 2o empregamoscontinuamenteopronomepessoal =,le>aoreferir-nos a$eusqConsiderearespostade:er!nimo.r inconce%8"el (ue eIista seIo entre as agncias de $eus' desde (ue mesmo o ,sp8rito+anto' de acordo com o uso da l8ngua &e%raica' ) eIpresso pelo gnero feminino ?ruac&@A emgrego' no neutro ?to pneuma@A em latim' no masculino ?spiritus@. $isto de"emos entender (ue'(uando&/discussoso%reoacimacitadoealgumacoisa)registradanomasculinooufeminino' isto no ) tanto uma indicao de seIo' mas uma eIpresso do idioma dalinguagem. Por(ue o prprio $eus' o in"is8"el e incorrupt8"el' ) representado em (uase todasas linguagens pelo gnero masculino' e portanto o seIo no se aplica a ,le.#.!.$. ELE ) TRIPESSOAL. 2a teologia crist' o desen"ol"imento inicial dessa id)ia ) creditado a 4ertuliano. Paraele uma pessoa ) um ser (ue pode falar e atuar.,mnen&umponto a alma de"ota sente mais suas limitaNes do (ue (uando)confrontada com a responsa%ilidade de entender a P,++6A de $eus. 6 &omem depois da(ueda tornou-se incapa*' parte da iluminao di"ina' de compreender o Criador so%erano' eo sal"o s rece%e esse con&ecimento de $eus atra")s da iluminao do ,sp8rito +anto.BC 5AHH' C&ristop&er A. H,2$6 A+ ,+CR341RA+ C60 6+ PA3+ $A 3GR,:A. 2M ed. Fiosa ,ditora 1H430A46. p. 12D'12E.JD$. O LOGOS DE DEUS#.1.O LOGOS NA FILOSOFIA $&6Hogos ?emgregovywWX' pala"ra@' nogrego' significa"ainicialmenteapala"raescrita ou falada o Fer%o. 0as a partir de filsofos gregos como 5er/clito passou a ter umsignificado mais amplo. Hogos passa a ser um conceito filosfico tradu*ido como ra*o' tantocomo a capacidade de racionali*ao indi"idual ou como um princ8pio csmico da 6rdem eda #ele*a.Antes dosurgimentoda filosofia ?por "olta dos)c. F3 a.C.@'L090-significa"apala"ra. Por)m' a partir de filsofos como 5er/clito de rfeso' "eio a ter o conceito de :2N/0.Goi nos escritos de5er/clito(ueapala"ra=logos>mereceuespecial atenonafilosofia da Gr)cia Antiga. Apesar de 5er/clito parecer usar a pala"ra com um significado nomuito diferente da maneira como era utili*ada no grego comum dessa )poca' uma eIistnciaindependente de um =logos> uni"ersal era ./ sugerida,ste H6G6+' os &omens' antes ou depois de o &a"eremou"ido' .amais ocompreendem. Ainda (ue tudo acontea conforme este H6G6+' parece no terem eIperinciaeIperimentando-seem taispala"raseo%ras'como euaseIpon&o'distinguindo-seem taispala"ras e o%ras' como eu as eIpon&o' distinguindo e eIplicando a nature*a de cada coisa. 6soutros &omens ignoram o (ue fa*em em estado de "ig8lia' assim como es(uecem o (ue fa*emdurante o sono.Por esta ra*o' o comum de"e ser seguido. 0as' apesar de o H6G6+ ser comum atodos' a maior parte das pessoas "i"e como se cada um ti"esse um entendimento particular.r s/%io (ue os (ue ou"iram' no a mim' mas ao H6G6+' recon&eam (ue todas ascoisas so um.#.2. O LOGOS COMO HIPSTASE $1Adoutrina do Hogos como 5ipstase ou Pessoa $i"ina encontra sua primeiraformulao no .udeu F580; 1, A8,O2;1:62?nasceu entre 1B e 10 a.C.@' assim G8lon di* =Asom%ra de $eus ) o +eu L090-A ser"indo-+e $ele como instrumento' $eus criou o mundo.,ssa +om%ra ) (uase a imagem deri"ada e o modelo das outras coisas. Pois assim como $eus) o modelo dessa +ua 3magem ou +om%ra' (ue ) o L090-' o L090-) o modelo das outrascoisas>.J0 &ttpQQpt.RiSipedia.orgQRiSiQHogos.J1 &ttpQQpt.RiSipedia.orgQRiSiQHogos.JE#.3. O LOGOS NA TEOLOGIA CRIST $22a teologia crist o conceito filosfico do Hogos "iria a ser adaptado no ,"angel&o de:oo' o e"angelista se refere a :esus Cristo como o Hogos' isto )' a Pala"ra =2o princ8pio eraa Pala"ra' e a Pala"ra esta"a com o $eus' e a Pala"ra era $eus> :oo 1.1 ? {} { vywWX' V vywWX{ }WX W{ |^y{' V |^WX{ vywWX@. J;A +egunda Pessoa da 4rindade ?6 Gil&o@ ) intrinsecamente igual em cada aspecto soutras Pessoas da $i"indade. ,le permanece sendoo(ue ,le sempre foi apesar dosconceitoserrados(uesurgiramso%rea+uaPreeIistncia. 2o)poss8"el criar nen&umm)tododeCristologia#8%lica(uenose%aseieenoten&aorigemna"erdadetodo-determinante de (ue a +egunda Pessoa encarnada' em%ora ten&a sido um &omem de dores )o $eus ,terno. Cristo ) Pr)-eIistente' ,le prprio disse =,m "erdade' em "erdade eu "osdigo antes (ue A%rao eIistisse' ,1 +61> ?:o E.BE@. 4emos di"ersos teItos (ue corro%oramsua Pr)-eIistncia :o 1.1.R,-+- > 0 ;0--0 E32;+,8F ;2-7610 1, +32 ?6:9,3. E8, -, .0:;0+ +3 1, ;. 4emos a(ui uma Pessoa compleIa' $i"ina e &umana>.E8, > +32 C:62;=2F 32- .23B>3 > 0 D,+- F0:., , P26 12 E.,:;6121,.0( B.2 =, tu' #el)m-,frata' pe(uena demais para figurar como grupo de mil&aresde :ud/' de ti me sair/ o (ue &/ de reinar em 3srael' e cu.as origens so desde os temposantigos' desde os dias da eternidade>. Firia a um local geogr/fico na terra ?#el)m@' mas +uaprocedncia ) eterna.Hc 1.;0-;B =0as o an.o l&e disse 0aria' no temasA por(ue ac&aste graa diante de$eus. ,is (ue conce%er/s e dar/s lu* um fil&o' a (uem c&amar/s pelo nome de :esus. ,steser/ grande e ser/ c&amado Gil&o do Alt8ssimoA $eus' o +en&or' l&e dar/ o trono de $a"i'seu paiA ele reinar/ para sempre so%re a casa de :ac' e o seu reinado no ter/ fim. ,nto'disse 0aria ao an.o Como ser/ isto' pois no ten&o relao com&omemalgumqRespondeu-l&e o an.o $escer/ so%re ti o ,sp8rito +anto' e o poder do Alt8ssimo te en"ol"er/com a sua som%raA por isso' tam%)m o ente santo (ue &/ de nascer ser/ c&amado Gil&o deJB C5AG,R' HeRis +perr[. 4eologia +istem/tica. 1M ed. Fol. 1. +o Paulo ,ditora 5agnos' 200;' p. ;J0-;D;.D0$eus>. 6 Gil&o de 0aria ) o Gil&o do Alt8ssimo e (ue foi' como nen&um ser &umano poderiaser' =0 ,;., -2;.0>.:o 1.1'2'1< =2o princ8pio era o Fer%o' e o Fer%o esta"a com $eus' e o Fer%o era$eus. ,le esta"a no princ8pio com $eus. , o Fer%o se fe* carne e &a%itou entre ns' c&eio degraa e de "erdade' e "imos a sua glria' glria como do unignito do Pai>. 6 $eus ,terno'o Hogos' tornou-se carne para poder ta%ernacular entre os &omens. Goi ,le (ue criou todasas coisas e dele procede toda a "ida.Gp 2.J-E =pois ele' su%sistindo em forma de $eus' no .ulgou como usurpao o serigual a $eusA antes' a si mesmo se es"a*iou' assumindo a forma de ser"o' tornando-se emsemel&ana de &omensA e' recon&ecido emfigura &umana' a si mesmo se &umil&ou'tornando-seo%edienteat)morteemortedecru*>. ,stagrandeporocristolgicadaPala"ra de $eus coloca Cristo em trs posiNesa@ ,le esta"a na forma de $eus. Gorma ?W}- morfe@ indica (ueoCristopreencarnadoesta"anaformade$eusnosentidode(ueeIistiuemecomanature*a de $eus.%@ ,le ) igual a $eus. ,le era $eus e' portanto ocupa"a o lugar de $eus e possu8atodas as perfeiNes di"inas.c@ ,le apareceu na terra em semel&ana de &omens. A sua preeIistncia na forma de $eus ) e"idncia completa de (ue ,le ) $eus' mas )tam%)m o mesmo (ue assumiu a ?W} ?forma@ de um ser"o e a semel&ana ( WVV @dos &omens. A filiao di"ina ) o firme fundamento so%re o (ual repousa sua 3gre.a [email protected]. COMO O FILHO SE ENCARNOUP,le nasceu na fam8lia &umana e' assim' "eio a possuir o +eu prprio corpo e esp8rito&umanos. A ortodoIia afirma (ue ,le "eio tam%)m possuir uma alma &umana. 4oda"ia &/a(ueles (ue entendem (ue a Alma do Hogos poderia assumir o lugar da alma &umana de"ido semel&ana entre am%as. 6utros crem (ue a alma &umana de Cristo foi &ipostati*ada napersonalidade do Fer%o. A ,ncarnao no ) &a%itao' ns temos ou somos &a%itao do,sp8rito +anto. 0as o Hogos se fe* carne. oue Cristo nasceu de uma "irgemficoueIpressamente declarado. A gerao dessa "ida no "entre da "irgem ) um mist)rio. $eus Paicriou o primeiro Ado e tam%)m o segundo Ado. 6 primeiro Ado foi criado santo e oD1segundo tam%)m. oue Cristo nasceu de uma "irgem ) a garantia de (ue ,le no rece%eu anature*adeca8dadapartedopaiA epara(ueningu)mpense(ueumanature*adeca8dapudesse atingi-lo atra")s de +ua me' o an.o declarou 0aria' (uando l&e anunciou o +eunascimento' (ue o =ente santo> (ue nasceria dela seria' por causa de sua santidade' c&amadode =Gil&o de $eus>.2a ,ncarnao &ou"e a apropriao de um corpo &umano =Por isso' ao entrar nomundo' di* +acrif8cio e oferta no (uisesteA antes' um corpo me formaste> ?5% 10.B@. 6primeiro Ado te"e o seu corpo formado do p da terra ?Gn 2.D@ e com o sopro de $eus nassuas narinas o &omem tornou-se alma "i"ente. 6 sopro de $eus tornou-se o primeiro esp8rito&umanocriado' eaentradadestena(uelecorpofe*surgir umamanifestaoLaalma&umana. $eusaocriar osegundoAdofe*oucriouumno"ocorposemel&anadoprimeiro Ado. , formou o esp8rito &umano dentro do corpo do +egundo Ado ?`c [email protected] &ou"e um soprar de $eus para o surgimento da alma &umana' mas o Hogos' a AlmaPreeIistente do Gil&o encarnouA o Fer%o se fe* carne. 2a conformidade com o $eus-5omemglorificado e (ue os santos desta dispensao estaro em comun&o com ,le para sempre.6s seus corpos trasladados ou ressurretos sero iguais ao corpo da sua glria ?Gp ;.21@. 5o.ena 4rindade ns temos trs Pessoas ?ou trs almas@' um s ,sp8rito ou essncia' e um corpo LodoGil&ode$eus. 6Cristoencarnadomorreueressuscitouefoi glorificado. 1mdia"oltar/' do mesmo lugar de onde su%iu' o monte das 6li"eiras ?At 1.12A `c 1 ?1 4s B.21@. ,m%ora$eusse.aums' elenuncaest/s. $i*3rineu =,stosemprecomeleapala"raeasa%edoria' oGil&oeo,sp8rito+anto' por meiodos (uais tudofe*li"reeespontaneamente>. +egundo3rineu' essestrssoums$euspor(uepossuemumasd4namis' um s poder de ser' uma s essncia' a mesma potencialidade. =Potencialidade> e=dinTmica> so termos latinos e gregos para significar o (ue eIpressamos em nossa l8nguapelo termo =poder do ser>.JJ6spaiscapadcios' especialmenteGregriode2a*ian*o' fa*iamclarasdistinNesentre os conceitos empregados para definir o dogma trinit/rio. 5a"ia duas s)ries de conceitosa primeira di*ia =uma di"indade>' =uma essncia> ?ousia - W u@' e =uma nature*a> ?p&i[sis@Aasegunda' =trssu%stTncias>?&[postaseis- Wuu^VX@'=trspropriedades>?idiotetes@' e=trs pessoas> ?prosopa' personae@. A di"indade era entendida como uma essncia ou nature*aemtrs formas' trsrealidades independentes. 4odasastrstin&amamesma"ontade' amesma nature*a e a mesma essncia.JD8.2. A TRINDADE NO ANTIGO TESTAMENTO6 "oc/%ulo &e%raico ,H6530 - cde fghi j ?$eus@' aparece mais de 2000 "e*es no A. 4.r este um su%stanti"o' personati"o' masculino' plural. ,lo&im ) o di"ino autor de tudo ?Gn1.1-;@.Para a(ueles monote8stas eIclusi"istas' ,lo&im ) apenas um plural no%re' o (ue nadamais)do(ueumescapismo' umafarsa' poisnocremos(ueo,sp8rito+anto' aodarare"elao a 0ois)s' ten&a deiIado-nos um mist)rio'um enigma.Ao contr/rio' &a"endo nal8nguaoriginal poreleusadaos"oc/%ulos,H e,H65t?$eus@' su%stanti"opersonati"o'masculino' singular' usou o plural destes "oc/%ulos' a sa%er' ,lo&im' com a finalidade de nosJJ 43HH3C5' Paul. 4eologia +istem/tica. ,diNes Paulinas' ,ditora +inodal' 1CED' p. J1.JD 43HH3C5' Paul. 6p. Cit.' p. C2.D.A traduoinglesadi* =5ear' o3srael' t&e Hord our God is one Hord>. A traduo espan&ola di* =6[e 3srael' :e&o"/ nuestro$ios' :e&o"/ uno )>. 3sto significa (ue o teIto &e%raico eIprime precisamente ser a di"indadeCriadora' ,terna' uma unidade composta' posto (ue ) isto (ue eIprime o ad.eti"o ,RRA$'conforme compro"am os seguintes eIemplos Gn 2.2< - =Por isso deiIa o &omem pai e me' ese une sua mul&er' tornando-se os dois uma ?ERRAD@ s carne>. 2este teIto o ad.eti"o,RRA$ admite a associao de dois em um s :* 20.1-11A 1 +m 11.DA ,d ;.1A J.20. ,m todosestes teItos' o ad.eti"o ,RRA$ demonstra (ue admite associao de dois e de muitos sem l&ealterarosentido. ,' pasmemosmonote8staseIclusi"istas' )estead.eti"o,RRA$' (ue)aplicado a $i"indade em todo o Antigo 4estamento.3RR3$? de d@Y9nico' )umaunidadea%soluta' eIclusi"a' (ueema%soluto' noadmite (ual(uer associao para poder eIprimir o seu sentido restrito' a%soluto' posto (ue'(ual(uer associao (ue se l&e fi*er' altera-l&e 100 o sentido (ue tem. Fe.a a