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confirmou novamente o primeiro foral.
A Ordem do Templo mandou reedificar
a fortaleza e as muralhas em 1293. Em
meados do séc. XVII D. Luis de Haro, ministro
de Filipe IV, tentou o cerco a Monsanto,
sem sucesso. Maistarde, no início do século
XVIII, o Duque de Berwick põe também
cerco a Monsanto.
Já no século XIX, o imponente castelo
medieval de Monsanto foi parcialmente
destruído pela explosão acidental do
paiol de munições, restando actualmente
apenas duas torres, para além das
belíssimas ruínas da Capela de S. Miguel.
Programa de IntervençãoA preservação de Monsanto visa
recuperar para a povoação a dimensão
original que teve até há algumas
dezenas de anos e cujas particularidades
são suficientemente atractivas para a
dinamização turística e cultural.
MonsantoLocalizaçãoMonsanto é uma das 17
freguesias do concelho
de Idanha-a-Nova. Tem
uma área de cerca de 18
hectares e situa-se a nordeste
do território concelhio - o cabeço de
Monsanto - que interrompe abruptamente
na campina e que, no seu ponto mais
elevado, atinge 758 metros.
Monsanto dista cerca de 25 Km de
Idanha-a-Nova, sede do concelho. O
acesso a esta localidade faz-se pela
Estrada Nacional 239 e pela Estrada
Municipal 567.
Quadro HistóricoTrata-se de um local muito antigo, com registo
de presença humana desde o Paleolítico.
Vestígios arqueológicos dão conta
de um castro lusitano e de villae e termas
romanas no denominado campo de S.
Lourenço, no sopé do monte.
Em 1174 Monsanto recebeu foral
do monarca, o qual foi confirmado por
D. Sancho I, em 1190, que, ao mesmo
tempo, a mandou repovoar e reedificar
a fortaleza desmantelada nas lutas contra
Leão; mais tarde, em 1217, D. Afonso II
lhe atribuído o título de vila e foi elevada a
concelho por Afonso IX de Leão.
As doações feitas aos frades
Salamantinos, fundadores da Ordem de S.
Julião do Pereiro, e aos primeiros frades de
Santa Maria de Aguiar, oriundos de Zamora,
revelam uma idêntica preocupação com a
reorganização e povoamento desta área,
de que o convento de Santa Maria de
Aguiar é, hoje, importante testemunho.
Castelo Rodrigo, povoação fortificada
desde a mais remota antiguidade, foi
integrada definitivamente no território
português a 12 de Setembro de 1297, pelo
tratado de Alcanizes; D. Dinis , que confirma
o seu Foral em Trancoso, em 1296, mandou
repovoar e reconstruir o Castelo.
Sendo palco de constantes guerras, D.
Fernando mandou novamente reparar as
suas muralhas.
Durante a crise de 1383-85 de novo
a Vila se despovoou e caiu em ruínas. D.
Manuel mandou, novamente, que fosse
repovoada, bem como restaurado o
Castelo, tendo-lhe dado Foral Novo em 25
de Junho de 1508.
Os dois primeiros reis da Dinastia
dos Filipes instituíram o condado e o
marquesado de Castelo Rodrigo fez erigir,
Castelo RodRigoLocalizaçãoCastelo Rodrigo situa-se sobre uma alta
e isolada colina, na cota 770m a 820m.
Localiza-se nos vastos territórios de Riba
Côa, a 10 Km da margem direita do rio
Côa, próximo da Ribeira de Aguiar, 3 Km a
sul de Figueira de Castelo Rodrigo e a 12,5
Km da raia espanhola.
Encontra-se na confluência da Estrada
Nacional 332, vinda de Almeida, e da
estrada Nacional 221, vinda de Pinhel.
Quadro HistóricoOs vestígios mais antigos da presença
do homem no território são achados do
Paleolítico. A cultura megalítica e a cultura
castreja reflectem-se na sua toponímia.
O domínio romano apresenta muitos
vestígios na região. Existem lápides
epigrafadas e dezassete estações
arqueológicas no concelho, na sua maioria
restos de villae romanas.
A passagem dos muçulmanos ficou
marcada por vestígios ainda existentes na
cisterna e nalgumas casas no interior do
Castelo. As primeiras referências escritas
datam da época da Reconquista e mostram
a importância que tinha para os reis de
Leão o repovoamento deste território: foi-
em 1590, um magnífico palácio residencial
no interior da antiga alcáçova.
A 10 de Dezembro de 1640 a população
de Castelo Rodrigo, revoltada contra o
fidalgo, pôs fogo ao palácio do traidor.
Após as Guerras da Restauração Castelo
Rodrigo foi perdendo a sua importância e, a
25 de Junho de 1836, por Carta Régia de D.
Maria II, a sede de concelho passou para a
povoação de Figueira de Castelo Rodrigo.
alMeida
LocalizaçãoO Concelho de Almeida é constituído por 29
freguesias e apresenta uma riqueza histórico/
patrimonial assinalável, consolidada na
existência de três centros históricos: as
aldeias medievais de Castelo de Mendo e
Castelo Bom e o núcleo histórico da vila de
Almeida.
O concelho é servido pela Linha da
Beira Alta e pelo IP5. Este itinerário tem dois
nós de acesso ao concelho, um através
da Estrada Nacional 324 e outro em Vilar
Formoso.
Quadro HistóricoAlmeida está associada a períodos
agitados da história de Portugal, de guerras
e escaramuças em tentativas de soberania
sobre o território. Um passado militar que hoje
se reflecte sobre suas as robustas alvenarias
de granito- fortalezas abaluartadas.
Crê-se que a sua fixação humana tenha
acontecido durante o domínio romano,
em Enxido de Sarça, a cerca de 1 Km a
norte da localização actual, onde têm sido
encontrados vestígios abundantes.
Durante a reconquista cristã, em
1039, Um século depois D. Sancho I,
reconquistou-a e reconstruiu e ampliou as
suas muralhas.
Em 1296, D. Dinis mandou reconstruir o
castelo e as muralhas. De imediato cercada
pelos leoneses, que não conseguiram
vencer, só pelo Tratado de Alcanizes, em
1297, Almeida e as terras em volta passaram
para a jurisdição portuguesa.
Durante o reinado dos Filipes de
Espanha as fortalezas da fronteira foram
caindo em ruínas por decisão política de
não permitir a sua separação.
Foi logo após 1640, com a Restauração
da Independência, que começaram as
obras de fortificação moderna, tal como
chegou até aos nossos dias, de traçado
abaluartado.
Durante a guerra de Restauração
Almeida foi considerada a verdadeira chave
de segurança da Província da Beira, nunca
tendo sido tomada.
Em 1736, com D. João V, foi traçada e
iniciada a construção da Praça Forte de
Almeida que se considerava a praça militar
mais importante do reino. Em 1763 o Conde
de Lippe pedia a reconstrução das muralhas.
As invasões francesas marcaram Almeida
para sempre com a explosão do Castelo, por
incúria, na noite de 26 de Agosto de 1810.
Iniciaram-se novamente obras de
restauro das muralhas que se arrastaram
por mais de 13 anos. Em 1844, os revoltosos
de Torres Novas, danificaram bastante as
muralhas. A sua reconstrução deu-se a
partir de 1853.
A revalorização do ambiente militar do
passado no imaginário colectivo é determinante
para a captação de fluxos turísticos que
consolidem um centro comercial desenvolvido,
pólo de atracção das populações envolventes,
portuguesas e espanholas.
Castelo Mendo
LocalizaçãoSituada na ala sudoeste do concelho da
Almeida, do qual dista 19 Km, a aldeia
medieval de Castelo Mendo encontra-se
implantada, a 756m de altitude. A aldeia
domina uma paisagem agreste e recortada,
de vales cavados, o que lhe confere uma
ambiência de certa forma rude e agressiva.
A leste e a sul circunda-a o rio Côa. A aldeia
tem como principal eixo viário de acesso a
Estrada Nacional 16, sendo também servida
pela Linha da Beira Alta (Vilar Formoso).
Quadro HistóricoPela sua localização em zona fronteira, a
evolução histórica de Castelo de Mendo está
profundamente ligada à vocação militar de
defesa e consolidação do território nacional.
A estrutura urbana do aglomerado data
dos primeiros tempos da Monarquia. Por
ali passavam também as vias romanas de
ligação a Almeida e à Guarda.
Com as invasões dos bárbaros e,
mais tarde, dos muçulmanos, Castelo
Mendo caiu em ruínas. E assim D. Sancho
I a terá encontrado, tendo ordenado a
reedificação do seu castelo. D. Sancho
II mandou reforçar e ampliar muralhas,
concedendo-lhe novo foral em 1239.
D. Dinis, em 1285, remodelou o Castelo
e ampliou de novo a cerca das muralhas.
D. Fernando manda de novo restaurar as
muralhas, já no último quartel do séc. XIV.
Esta fortificação desempenhou um papel
de assinalada importância durante a
época medieval e também no séc. XIX.
linhaRes
LocalizaçãoLinhares localiza-se a cerca de 810 metros
de altitude, numa das faldas da Serra da
Estrela, no concelho de Celorico da Beira,
acerca de 4 Km da Estrada Nacional 17
que liga Coimbra à Guarda.
Quadro HistóricoA origem da povoação remonta a 580-500
a.C. e terá sido fundada pelos Túrdulos.
Entre o séc. III a.C. e a ocupação romana
foi habitada pelos Lusitanos.
Quando os Romanos conquistaram a
Península Ibérica Linhares continuou
habitada e passou a ser atravessada por
uma importante estrada romana que ligava
Emerda a Braccara Augusta (Braga). Restos
de estrada romana são ainda bem visíveis
na calçada tão peculiar que existe no meio
de nada, pedras grandes bem polidas,
memória de um passado muito distante .
Existe também a ruína de um fórum
romano, pequena tribuna sobrelevada,
com um banco ao redor e uma mesa onde
se tomavam decisões comunitárias ou se
faziam julgamentos.
É uma construção original e única: o
granito, tão característico da região, é aqui
integralmente utilizado.
Com a progressiva chegada dos
Bárbaros à Península, Linhares foi marco de
cristianização, tendo-se tornado, com os
Visigodos, sede da Diocese.
Com a invasão muçulmana, que
ocorreu após anos de existência pacífica
destas comunidades, tudo se alterou.
Viveu-se um clima de insegurança, com as
povoações a voltarem-se sobre si mesmas,
tendo a agricultura como única fonte de
subsistência.
As informações sobre Linhares nessa
época contradizem-se: ora a dão como
destruída e arruinada no séc. VIII, ora
apresentam o castelo como tendo origem
numa fortificação moura.
Há inúmeras lendas que relacionam
Linhares com a presença moura, tal como
histórias de mouras encantadas que
permaneceram no imaginário das suas
gentes. Uma das lendas mais citadas respeita
à vitória dos habitantes de Linhares sobre
as hostes do chefe muçulmano Zuzar que
ocupava o castelo de Azuzara, próximo de
Mangualde.
Este facto terá sido comemorado até ao
séc. XVII numa romagem a uma capela onde
existiu o Castelo de Azurara e de onde se
avistava Linhares.
Em 1169, D. Afonso Henriques conquistou
definitivamente Linhares aos mouros,
integrando-a numa linha defensiva da região,
da qual faziam parte Trancoso e Celorico
da Beira; em Setembro desse mesmo ano
concedeu-lhe foral.
O primeiro senhor de Linhares foi o
próprio rei: “os moradores do concelho
não teriam outro senhor a não ser o rei
ou seu filho”. No entanto, o período de
instabilidade prosseguiu e, segundo a
tradição, no reinado de D. Sancho II, em
1198, a Beira foi invadida por castelhanos
e leoneses que se apoderaram de Celorico.
O seu alcaide Gonçalo Mendes, pediu
então auxílio ao seu irmão Rodrigo Mendes,
alcaide de Linhares, ambos filhos do Alcaide
de Castelo Mendo, D. Mendo Mendes.
Conta a tradição que este combate
se realizou numa noite de Lua Nova, que
iluminou os combatentes, e que estes,
combatendo com bravura, derrotaram o
inimigo.
Ainda hoje as bandeiras de Linhares
da Beira e Celorico da Beira ostentam um
crescente e cinco estrelas. Linhares foi
doado a D. Isabel, filha bastarda de D.
Fernando, que se casou com D. Afonso, filho
bastardo de D. Henrique II de Castela.
A sucessão ao trono dividira Portugal, e
o alcaide de Linhares, apesar da oposição
de toda a população entregou o castelo
ao rei de Castela. Linhares conheceu,
a partir daquela época e durante
cerca de dois séculos, um período de
grande prosperidade e desenvolvimento
económico. D. João I, já aclamado rei nas
Cortes de Coimbra, fez a doação destas
terras a Martin Vasques da Cunha, pela
recompensa dos serviços prestados.
Em 17 de Abril de 1411 foi criada a casa
senhorial do Infante D. Henrique, duque de
Viseu e senhor Covilhã, a qual abrangia
grande parte da comarca da Beira. Num
total de 125 terras, 97 eram henriquinas.D.
Manuel deu Foral Novo a Linhares em 1510.
A época de prosperidade e
desenvolvimento económico que se
iniciara com a expansão atingiu o seu
apogeu. Terá existido em Linhares uma
colónia de judeus, tendo em conta os
nomes que constam dos processos da
Inquisição, como naturais da região.
Dadas as características prováveis das
habitações que serviam para comércio e
residência, a judiaria situar-se-ia próxima
do adro da Igreja, na parte superior da
povoação, por aí se realizar uma feira.
As habitações têm sinais característicos:
cruzes apostas nos ombrais das portas,
datas com referência à construção das
casas, símbolos e outras inscrições. Esta
simbologia encontra-se um pouco por toda
a povoação.
D. João III elevou Linhares a condado,
tendo sido o primeiro Conde D. António
de Noronha. Existiam duas paróquias na
povoação que crescia e se desenvolvia: a da
Nossa Senhora da Assunção, anteriormente
de Santa Maria, que foi crescendo ao gosto
das sucessivas épocas; e a de Santo Isidoro,
que também sofreu transformações e onde,
em 1576, foi instituída a Misericórdia, que
teve o seu hospital na Albergaria.
O aparecimento dos solares, com
características eminentemente barrocas,
atesta a prosperidade económica das
grandes casa que foram aparecendo nos séc.
XVIII e XIX, hoje já assimiladas pelo conjunto e
coexistindo com ele em perfeita harmonia.
Muitas das actividades eram regidas
por conselhos de vizinhos e tinham carácter
comunitário, que ainda hoje se mantêm.
No séc. XVIII a população diminuiu e a
povoação declinou.
Durante as Invasões francesas, de 1808
e 1810, Linhares ainda tinha sob a sua
alçada seis concelhos.
Em 1820 elegeu um deputado para as
cortes, seguindo-lhe a sua estagnação e
decadência.
O concelho foi extinto em 1842, data em
que passou a se apenas uma freguesia do
Concelho de Celorico da Beira.
Pela sua localização, Linhares possui
condições excepcionais para a prática de
parapente, sendo um centro de prática da
modalidade desportiva já referenciado nos
roteiros internacionais.
soRtelha
LocalizaçãoSortelha localiza-se na Beira Alta e pertence
ao concelho do Sabugal. Situada a 773
metros de altitude, a sudoeste da Serra de
S. Cornélio, assenta sobre terrenos graníticos
e integra-se na zona do concelho onde se
verificam simultaneamente as altitudes mais
baixas e as encostas mais declivosas. Dista
12 Km do Sabugal e 14 KM de Belmonte.
A ligação a Sortelha faz-se pela estrada que
liga Castelo Branco à Guarda.
Quadro HistóricoSortelha é uma aldeia medieval: Pesquisas
arqueológicas revelaram inúmeras sepulturas
antropomórficas localizadas, sobretudo, em
volta da igreja Matriz.
A construção das muralhas da povoação
é, por tradição historiográfica, atribuída de D.
Sancho I. Estas erguem-se em forma circular,
fazendo corpo com enormes penedos.
No termo do antigo concelho de Sortelha
conhecem-se vestígios da presença romana,
como demonstra a Viam Veterum, desde a
Porta Poente até ao chafariz da Azenha.
No Brasão de Armas da antiga vila
desenha-se um castelo e um anel. Sortija,
Sortilia ou Sorteia são designações
castelhanas para um jogo antigo de
cavaleiros que consistia em enfiar a ponta
de uma lança num anel de pedrarias que
teria um elevado valor simbólico.
D. Sancho II terá mandado fazer
a primeira reedificação do castelo,
concedendo foral à vila em 1228, que
renova em 1238 de modo a defnder-los
da linha de fronteira, então definida pelo
rio Côa.
O castelo perdeu então gradualmente
a sua importância militar, embora tenha
recebido obras de beneficiação nos
reinados de D. Dinis , D. Fernando e D.
Manuel I em 1510, altura da implantação
do actual Pelourinho. Em 1640 o castelo foi,
de novo, requalificado, devido à Guerra da
Restauração.
Programa de IntervençãoReforçada a dimensão museológica de
Sortelha, factor de atracção turística e
cultural, foi reabilitada e revitalizadado sócio-
económicamente de modo a favorecer a
fixação da população, através do incremento
da oferta turística e da actividades ligadas
às artes e ofícios tradicionais, (tapeçaria,
escultura e cestaria) .
Castelo novo
LocalizaçãoEm plena Beira Baixa, Castelo Novo
localiza-se na meia-encosta leste da
serra da Gardunha, a 703 m de altitude,
entre duas ribeiras.
Acede-se à aldeia através da Estrada
Nacional 18. Dista 18 Km do Fundão,
e cerca de 35 KM de Castelo Branco.
Castelo Novo é servida por um apeadeiro
de caminho-de-ferro.
Quadro HistóricoOs vestígios arqueológicos conhecidos
sugerem uma ocupação humana do
território provavelmente desde o Calcolítico,
projectando-se num crescendo de testemunhos
que se referem às Idades do Bronze e do Ferro
e se consolidam na colonização romana.
Desta podem ainda encontrar-se troços
das suas vias e vestígios de explorações
mineiras, para além de múltiplos outros
achados.
A existência de Castelo Novo, cuja
índole medieval transparece ao primeiro
olhar, é comprovada documentalmente no
início do séc. XIII, no reinado de D. Sancho I.
Em 1290 D. Dinis dá-lhe novo foral
tendo mandado novamente repovoar e
reconstruir o Castelo.
Datam dessa época o Pelourinho e
a Casa da Câmara que exibe as armas
manuelinas e que tem ainda implantado
na sua frontaria um belo chafariz de três
bicas, também manuelino.
Na primeira metade do séc. XVIII
Castelo Novo sofre novo impulso construtivo,
possivelmente com o ouro vindo do brasil,
como atestam a sua Igreja Matriz (1732) e
o Chafariz da Bica.
Programa de IntervençãoA recuperação dos edifícios e do espaço
de Castelo Novo vai no sentido de realçar
os vestígios do seu passado histórico.
idanha-a-velha
LocalizaçãoIdanha-a-Velha localiza-se a 15 Km da
vila de Idanha-a-Nova, a 12 Km da aldeia
de Monsanto e a 31 Km das Termas de
Monfortinho, localidade termal que faz
fronteira com Espanha.
Conhecida pela sua beleza natural
e pelos vestígios históricos que encerra,
a aldeia de Idanha-a-Velha ocupa uma
área de 4,5 hectares. A sua implantação
faz com que apareça denominada
paisagisticamente fortaleza de Monsanto.
Quadro HistóricoIdanha-a-Velha - capital da Cívicas
Igaeditanorum da época romana.
Segundo os materiais arqueológicos
encontrados, foi fundada na época romana
- período de Augusto (séc. I a.C.).
A forma actual deriva da forma visigótica
Egitania e da árabe Idania.
No centro da cidade encontrava-se
o forum, certamente uma construção do
séc. I. Trata-se de um espaço rectangular
definido por um muro a toda a volta, hoje
praticamente irreconhecível.
Na cabeceira oeste encontra-se
o podium do templo, provavelmente
dedicado a Vénus. Para sul do forum
encontravam-se as termas. As dimensões
das estruturas já escavadas sugerem tratar-
se de um edifício público. Os abundantes
elementos de construção romanos,
reaproveitados na muralha, indicam a
existência de numerosos edifícios. Nos
arredores foram encontrados um forno
cerâmico e uma barragem que talvez
abastecesse de água a cidade.
Nos séc. III-IV o perímetro urbano
contraiu-se com a construção de uma
forte muralha que cercava apenas uma
pequena parte daquilo que foi a cidade
do Alto Império.
As muralhas demonstram terem sido
reconstruídas e modificadas ao longo do
tempo. As portas actuais não parecem
corresponder às romanas. Antes se devem
atribuir ao período muçulmano, ou mesmo
ao período da Reconquista.
Em 585 Idanha-aVelha terá ganho
um novo impulso económico e político-
administrativo pelo que indicam os
abundantes elementos de construção
ricamente decorados. O edifício
actualmente designado por Sé Catedral é
tradicionalmente atribuído àquele período.
O baptistério datável dos séc. VI-VII,
junto à porta sul da Sé, deve ser interpretado
como o vestígio da primeira basílica
paleocristã. Era o primeiro templo suevo,
sobre o qual os bispos visigóticos erigiram
a nova catedral que, sucessivamente
reconstruída, deu o actual templo.
Nesse período a Sé visigótica foi adaptada
a mesquita. A Porta Norte deve ser atribuída
àquela época, assim como os torreões de
planta circular adoçados à muralha.
A Ordem dos Templários. efectuou
algumas obras militares das quais a mais
conhecida é a torre que assenta sobre o
podium do templo do forum.
Programa de IntervençãoA aldeia de Idanha-a-Velha é um local com
características para o desenvolvimento
de um turismo essencialmente cultural,
pela sua condição de museu aberto
e vivo em que, na diversidade do seu
quadro arquitectónico, ressalta a herança
dos mundos romano e visigótico em
permanente (re)descoberta arqueológica.