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MULTILITERACIES AND LANGUAGE Orders of discourse and ...w3.ufsm.br/desireemroth/images/stories/fruit/pdf/MULTILITERACIES... · A “ordem do discurso” (FOUCAULT, 1998) de um período

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INTRODUÇÃO

(p. 162) Objetivo: desenvolver uma visão de linguagem de acordo com o “Projeto de Multiletramentos” – uma de suas preocupações centrais é direcionar-se à natureza cada vez mais multissemiótica dos textos na sociedade contemporânea e a como os textos articulam diferentes modalidades semióticas – como teorizar a semiose de modo mais geral?

A maneira como a linguagem é conceitualizada influencia tanto nas teorias semióticas quanto nas visões de letramento.

No centro do conceito de Design - está apenas no ponto inicial -, sugere-se que a produção de sentido (meaning-making) é uma aplicação criativa dos recursos existentes para a significação (Design of meanings) na negociação das ocasiões e necessidades de comunicação constantemente móveis – nesse processo de Designing, os próprios recursos de significação são transformados.

Na vida contemporânea, instabilidade e mudança são experiências primárias.

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(p. 162) Essa visão de produção de sentido (meaning-making) implicará em como se vai

teorizar a linguagem: linguagem centralizando diferença, mudança e criatividade.

(p. 163) Abordagem da ACD: enfatiza a diversidade social da linguagem, sua

heteroglossia, a multiplicidade de formas de linguagem coexistentes - mas

socialmente diferenciadas -, e as possibilidades para a articulação criativa dessas

formas de linguagem em textos heterogêneos em termos de gênero (escola

bakhtiniana).

Aqui, está descrita uma versão dessa visão de linguagem, que necessita também de

uma teoria estrutural de linguagem e de uma teoria de linguagem em uso (social).

2 conceitos centrais da teoria do discurso no Projeto de Multiletramentos:

ordens do discurso e intertextualidade.

Conexão entre as características da vida social contemporânea e

visões de produção de sentido e linguagem:

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1 VIDA CONTEMPORÂNEA E LINGUAGEM

(p. 163) Estamos vivendo em um período de intensas mudanças sociais e culturais, dirigido pela mudança econômica e a busca do lucro.

Em parte, essas mudanças são mudanças na linguagem, envolvendo um redesenhamento das fronteiras/limites entre diferentes práticas de linguagem (entre diferentes linguagens, dialetos, gêneros e discursos).

2 exemplos dessas mudanças/trocas de fronteiras:

Mercantilização de práticas discursivas;

Globalização de práticas discursivas.

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1.1 MERCANTILIZAÇÃO

(p. 163) Entendida como a extensão de modos de operação de mercado para novas

áreas da vida social - tem havido uma radical mercantilização dos serviços públicos:

universidades, escolas, hospitais... operando como negócios privados em muitos

países.

(p. 164) Ex.: Universidades - cada vez mais fundos privados, cortando departamentos

não lucrativos e investindo em outros mais lucrativos – “produtos” mercantilizados

visando “consumidores” em potencial – política neoliberalista (Estado voltado para a

privatização dos serviços).

Esses processos de mercantilização são, em parte, linguísticos em sua natureza,

envolvendo a mercantilização da linguagem (a linguagem dos serviços públicos está

sendo “colonizada” pela linguagem de mercado).

A propaganda em geral, por ex., está cada vez mais híbrida, compartilhando

características com propagandas de bens de consumo.

Ex.: Panfletos universitários (descrição escrita densa dos cursos “trocada” por um

documento “marketizado”) – combinando o tradicional com o gênero propaganda

de bens de consumo - figs. 8.1 (1967) e 8.2 (1993) (p. 166-169).

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(p. 164-165) Um aspecto dessa “troca”: implicações nas relações sociais e identidades

sociais .

Panfleto de 1967: a instituição é construída tendo autoridade sobre o candidato.

Exs.: lado direito/embaixo: requerimentos da universidade através de um grau de

esquemas; 3ª pessoa: “second year undergraduates... are required to take...”

Panfleto de 1993: mercantilização e troca nas relações/identidades sociais –

relações de autoridade ambivalentes e contraditórias – candidatos vistos como

“clientes” (os candidatos têm certa autoridade como “compradores” com poder de

escolha).

Então, como a instituição mantém o controle sobre seus próprios procedimentos quando

está tentando vender?

Exs.: requerimentos da universidade através de um grau de esquemas - troca de texto

linear por layout mais diagramático; abreviaturas; modalidades obrigatórias evitadas;

instituição construída com uma identidade pessoal coletiva: “we”; candidato

individualizado: “you”.

Redesenhamento dos limites/fronteiras entre lugar de alta educação (universidade) e

lugar de mercado: novo território de lutas no discurso dos serviços públicos.

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1.2 GLOBALIZAÇÃO

(p. 165) Entendida como a tendência dos processos culturais, políticos, sociais e

econômicos tomarem lugar em escala global – em vez de se confinarem a regiões

particulares.

A globalização cultural inclui a globalização de práticas de linguagem, envolvendo

mudança nas relações entre linguagens e aumentando consideravelmente o papel

de uma linguagem internacional (inglês).

Isso envolve a globalização de práticas discursivas – globalização dos modos de usar a

linguagem. Ex.: a mercantilização de certas áreas – e da linguagem - está

acontecendo em escala global.

(p. 168) A tendência global de mercantilização interage de maneira complexa com

diferentes tradições e práticas linguísticas em diferentes sociedades, produzindo

diferentes resultados e diferentes modos de articulação da linguagem de mercado

com outras práticas linguísticas.

A globalização é vista melhor como uma dialética entre o global e

o local: “glocalização” - é um processo não só “entre”

sociedades, mas “dentro” de sociedades.

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2 DESIGNING

(p. 169) Reestruturação dos recursos de significação - da perspectiva de estrutura e

sistema: available Designs of Meanings (potencial sistêmico selecionado no

Designing).

Um deles pode ser visto na linguagem da vida contemporânea da perspectiva da ação:

foco no processo de Designing e dos Designers (o que está em risco para com

aqueles engajados no processo de Designing).

Uma importante questão é a identidade social - os valores de ação social que

constroem heterogeneidades de identidade social em termos de papeis

complementares diferenciados, representando os sujeitos sociais como

desempenhando papeis predestinados, parecem inadequados na vida social

contemporânea.

(p. 169-170) Teorias que centralizam a contradição e a pluralidade do sujeito social e

veem a ação social como um processo de infinita negociação de identidades –

processo fundamentalmente linguístico - parecem mais “compráveis”.

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3 ORDENS DO DISCURSO E INTERTEXTUALIDADE

(p. 170) Necessidade de uma teoria dinâmica de linguagem – que requer uma teoria de linguagem no sentido convencional: teoria de linguagem como sistema (1) combinada com uma teoria de discurso (2), uma teoria de linguagem em uso concebida socialmente - Análise Crítica do Discurso (ACD).

Essas teorias (1 e 2) estão preocupadas em especificar recursos/sistemas a partir dos quais as escolhas são feitas em interações/textos particulares, mas a 2 também está interessada em como esses recursos estão postos na prática discursiva.

A ACD focaliza no texto (falado/escrito) como linguagem e como discurso.

1º. Analisando a linguagem de um texto: referimos texto à(s) gramática(s) – visão de texto em termos de regras ou sistemas.

2º. Analisando um texto como discurso: referimos texto à(s) ordem(s) do discurso - visão de texto em termos de práticas.

Ordem do discurso: status paralelo ao da gramática, mas em relação ao discurso e não à linguagem (tipos de convenção nos quais são orientados os produtores e consumidores de textos).

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OBS.:

A “ordem do discurso” (FOUCAULT, 1998) de um período particular possui uma “função

normativa e reguladora e coloca em funcionamento mecanismos de organização do

real por meio da produção de saberes, de estratégias e de práticas”.

Fairclough (2003, p. 24) aponta que a linguagem, assim como outras semioses, é um

elemento da ordem do social e da ordem do cultural em todos os níveis: estruturas

sociais (linguagens – que definem certos potenciais e possibilidades da língua e

excluem outros); práticas sociais (ordens do discurso – uma rede de práticas sociais

na linguagem cujos elementos não são estruturas linguísticas, mas gêneros, estilos e

discursos); e eventos sociais (textos).

O termo “ordens do discurso” é entendido por Fairclough (Idem, p. 220) como

configurações particulares de gêneros (que relaciona à metafunção textual e a

significados textuais acionais), estilos (que relaciona à metafunção interpessoal e a

significados textuais identitários) e discursos (que relaciona à metafunção ideacional

e a significados textuais representacionais), que constituem o aspecto discursivo de

uma rede de práticas sociais e têm relativa estabilidade.

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(p. 170) Ordem do discurso: conjunto de práticas discursivas associadas a uma

instituição ou domínio social, e as fronteiras/limites e relações particulares obtidas

entre essas práticas.

Ex.: A ordem do discurso das universidades britânicas contemporâneas inclui práticas

discursivas como leituras, seminários, encontros..., como também escrever artigos de

pesquisa e livros, apresentar conferências...

As práticas podem estar em relações complementares ou contrastantes e as fronteiras

entre elas podem ser relativamente abertas ou fechadas – essas relações estão se

trocando!

(p. 171) Ex.: A ordem do discurso das universidades britânicas contemporâneas se

tornou mercantilizada, mas mais fechada do que ordens do discurso de negócios

(fig. 8.2).

As ordens do discurso são também disputadas.

Ex.: A mercantilização de práticas particulares na ordem do discurso da alta educação

pode ser aceita por uns e sofrer resistência por parte de outros.

Ex.: Práticas que competem (figs. 8.3 e 8.4) - 2 modos diferentes de propaganda de

universidades britânicas (tradicional e “marketizada”).

Então, as ordens do discurso são sistemas muito mais abertos do que se poderia supor,

e seu valor analítico está em permitir um foco na natureza instável das fronteiras

entre práticas discursivas!

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(p. 171-173) O conceito de Multiletramentos focaliza 2 desenvolvimentos-chave nas sociedades contemporâneas (o conceito de ordens do discurso é útil aos 2):

1º. Multimodalidade: cada vez mais aumentam a saliência de múltiplos modos de significação (linguístico, visual...) e a tendência dos textos serem multimodais.

É possível estender o conceito de ordem do discurso, incluindo combinações de modos de significação e trocas através dos modos de significação dentro de movimentos dinâmicos de ordens do discurso.

(p. 171, 173) 2º. Hibridismo cultural - aumentando a interação entre as fronteiras culturais e linguísticas dentro e entre sociedades: inclui o cruzamento de fronteiras

dentro e entre culturas, assim como a mercantilização e a

conversacionalização.

Esse hibridismo cultural pode ser conceitualizado e analisado sob uma perspectiva discursiva em termos de fronteiras/limites e fluxos instáveis entre ordens do discurso.

(p. 173) A relação entre ordem do discurso e texto é complexa. Um texto pode se debruçar sobre diversas práticas discursivas, através de fronteiras (negociadas e redesenhadas) dentro e entre ordens do discurso.

Textos híbridos ou linguisticamente heterogêneos são cada vez mais comuns.

Ex.: Mercantilização do discurso.

Uma análise desse tipo é uma combinação de uma análise linguística e uma análise intertextual.

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OBS.:

Enquanto a análise linguística é descritiva por natureza, a análise intertextual é mais

interpretativa, situando o texto em relação aos repertórios de práticas discursivas, ou

seja, situando o texto em relação às ordens do discurso (FAIRCLOUGH, 1995, p. 61).

(p. 173) A análise linguística delineia/situa o texto em gramática(s); a análise intertextual

delineia/situa o texto na rede social das ordens do discurso (identificação de gêneros

e discursos sobre os quais o texto se debruça, e os modos pelos quais gêneros e

discursos estão articulados juntos).

As ordens do discurso mediam, por um lado, a relação entre sociedade e cultura, e, por

outro, a linguagem.

A intertextualidade de um texto media a relação entre o contexto social e a linguagem de

um texto: as propriedades do contexto social de um texto são realizadas na natureza

de sua intertextualidade; essas propriedades intertextuais, por sua vez, são

realizadas na sua linguagem.

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(p. 173) Um texto no qual a intertextualidade é relativamente normativa será relativamente homogêneo nas formas e significações;

um texto que é relativamente híbrido será relativamente heterogêneo nas formas e significações.

Ex.: O panfleto de 1993 (fig. 8.2) é relativamente híbrido, com heterogeneidades de formas e significações: às vezes se dirige aos candidatos como “you”, às vezes na 3ª pessoa (“students are invited...”) – exigências mercadológicas e institucionais/mistura de gêneros e discursos.

(p. 174) O significado de a ACD centralizar nos conceitos de ordens do discurso e intertextualidade é que essa abordagem fornece meios de mapear sistematicamente propriedades da sociedade e da cultura em propriedades textuais por meio da análise intertextual.

A ACD pode destacar a mudança e a hibridização nos discursos, a tensão entre pressões centrípetas (normatividade) e centrifugas (diferença e mudança) nos textos (Bakhtin).

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4 DIFERENÇA E MUDANÇA

(p. 174) Essa visão de linguagem prioriza a diferença e a mudança (mudança como

negociação dinâmica de diferença linguística e cultural), característica do Projeto de

Multiletramentos.

Há 2 diferentes quadros temporais (ou óticas) dentro dos quais podemos pensar a

mudança no discurso:

1º. em longo prazo – nas ordens do discurso;

2º. progressivo – nos textos.

A mercantilização do discurso é uma “troca” de – ou relaxamento das – fronteiras entre

as ordens do discurso do mercado e as várias ordens do discurso

público/profissional e da vida cotidiana.

As trocas “entre” ordens de discurso levam a trocas “dentro” das ordens do discurso, na

natureza das práticas discursivas e entre elas.

A globalização envolve relações entre diferentes linguagens – ou troca de fronteiras

entre ordens de discurso [mudança em longo prazo (1ª)].

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Conversacionalização do discurso público (tendência a se parecer com a

conversação comum/cotidiana): outra grande mudança contemporânea que afeta as

ordens do discurso – troca de fronteiras entre as ordens do discurso da vida pública

e da vida privada/cotidiana.

(p. 175) Ex.: Os médicos estão cada vez mais evitando os modelos tradicionais de

autoridade profissional - uso de terminologias médicas -, usando uma linguagem

conversacional que minimiza a distância de conhecimento entre médico e paciente, e

projeta o profissional como tendo muito em comum com o paciente.

Ambivalência da conversacionalização: pode ser uma interpretação otimista

ver a conversacionalização como sendo uma faceta da democratização da vida social

(valorização da informalidade) – ela frequentemente aparece como uma apropriação

de práticas cotidianas relacionada à uma manutenção política (no discurso político)

ou à venda de bens de consumo (na propaganda).

Já a mudança nos textos [progressiva (2ª)] pode ser explorada em termos de

hibridismo e heterogeneidade: hibridização de diferentes práticas

discursivas em um texto, realizada na heterogeneidade de suas características

linguísticas (semióticas). 16

(p. 175) ACD de textos - 3 diferentes análises:

1ª. Análise de texto linguística (semiótica)

2ª. Análise de texto intertextual

3ª. Análise sociocultural do evento discursivo

OBS.:

Fairclough (2001, p. 22) propõe que qualquer evento discursivo seja considerado

simultaneamente texto (evento social), prática discursiva e prática social –

abordagem tridimensional.

Análise - Ex.: p. 175-176 : extrato de uma entrevista de abril de 1992 do programa

político britânico de televisão Midnight Special com Jonathan Aitken (represente do

partido Conservador na concorrência eleitoral– John Major era Primeiro Ministro) –

foco na perspectiva de ação, especificamente na negociação discursiva de

identidades sociais.

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(p. 178) Marcas da presença do gênero

de entrevista política

(p. 178- 180) Marcas da hibridização

- Controle exercido pelo entrevistador - Humor

- Entrevistado chamado pelo primeiro

nome

- Muitos processos mentais (marcas

subjetivas de modalidade)

- Conversa como se o estúdio fosse um

local privado/íntimo

- Programa construído mais como

“espetáculo” do que interação

- Audiência convidada a compartilhar as

“piadas” com o entrevistado

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(p. 177) A política é caracterizada em termos de sistema (sistema político, sistema social,

sistema econômico ou economia).

A natureza da política depende de como esses sistemas interagem em diferentes

tempos e lugares – as fronteiras da politica estão sempre em questão (na família, por

ex.).

Essa visão de politica pode ser interpretada em termos linguísticos e caracterizada em

termos de mudança nas relações - mudança de articulações de ordens do discurso

do sistema politico, sistema social e economia.

No ex.:

O discurso político dos programas de televisão contemporâneos articulam ordens do

discurso do sistema politico, da vida (sistema social) e da mídia como indústria

cultural (economia).

A mídia, como indústria, deve conquistar audiência – aqui, constrói essa audiência como

“consumidores”, não como cidadãos.

Há conversacionalização do discurso da mídia – uma acomodação às condições de

recepção dentro dos lares. No caso, a entrevista está em forma de “chat”, uma

conversa: uma forma de entretenimento, uma recontextualização ou

adaptação do discurso cotidiano dentro da mídia como indústria cultural. 19

(p. 177) No ex., a ordem do discurso do sistema político é apenas uma ordem externa –

está recontextualizado dentro de um discurso de entretenimento conversacional e

articulado com ele (isso também acontece no discurso científico, acadêmico....).

Nessas condições estruturais, da perspectiva de “ação”, os políticos são confrontados

com complexos problemas de negociação de identidades: têm que continuar a ser

políticos com pressões para serem tanto pessoas comuns (como sua audiência),

quanto para serem “animadores” – entertainers – que buscam atrair uma audiência

consumidora (os apresentadores também sofrem problemas análogos de negociação

de identidades).

Esses processos de negociação envolvem hibridização de diferentes gêneros e

discursos: no ex., o gênero entrevista politica e os discursos políticos simulam

conversação e entretenimento.

(p. 178) Essa mistura de práticas discursivas é realizada na heterogeneidade textual.

(p. 180) O exemplo mostra como os Designs for Meanings (designs de sentido nos

domínios da política, mídia e cotidiano) são criativamente articulados de novas

formas; como relações entre e dentro de ordens do discurso são retrabalhadas

intertextualmente na interação: New Designs for Meanings.

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CONCLUSÃO

(p. 180) Ordens do Discurso e Intertextualidade:

- fundamentais para o Projeto de Multiletramentos

- ajudam a mostrar o Processo de Design como dependente e transformador dos

Designs of Meaning

(p. 181) Alguns domínios de práticas discursivas não têm alto potencial criativo, outros

sim (períodos de rápida mudança sociocultural, onde as relações de poder estão

desestabilizadas).

Essa mistura criativa de práticas discursivas pode ser de difícil aquisição e realizada

sofrivelmente (ex. do Midnight Special).

O Projeto de Multiletramentos coloca em foco complexas práticas

comunicativas que requerem altas demandas nas habilidades

comunicativas das pessoas. 21

Referências:

FAIRCLOUGH, N. Media discourse. New York: Edward Arnold, 1995.

FAIRCLOUGH, N. Discurso e mudança social. Tradução de Isabel Magalhães et al.

Brasília: Editora da UnB, 2001.

FAIRCLOUGH, N. Analysing discourse: textual analysis for social research. London:

Routledge, 2003.

FOUCAULT, M. A ordem do discurso: aula inaugural no Collège de France, pronunciada

em 2 de dezembro de 1970. Tradução de Laura F. A. Sampaio. Campinas: Loyola,

1998.

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